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Apras Supermix

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PresidenteEverton Muffato (Irmãos Muffato & Cia. Ltda.)Primeiro Vice-PresidentePaulo Beal (Supermercado Beal Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de PatrimônioEduardo Antonio Dalmora (Dalmora & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia. Ltda.)Vice-Presidente JurídicoLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de SegurançaMario Seizi Kuwahara (Supermercado Fantinato Ltda.)Vice-Presidente de EventosPedro Joanir Zonta (Condor Super Center Ltda.)Vice-Presidente de ExpansãoCelso Luiz Stall (Supermercado Stall Ltda.)Vice-Presidente de Relações SindicaisAlceu Breda (Fadaleal Supermercado Ltda.)Vice-Presidente AdjuntoCesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia. Ltda.)Vice-Presidente AdjuntoJoão Jacir Zonta (Comercial de Alimentos Zonta)Vice-Presidente AdjuntoCarlos Alberto Cardoso (Supermercado Cidade Canção)Vice-Presidente AdjuntoAlceu José Tissi (Supermercados Tissi Ltda.)Presidente Regional Sul – Ponta GrossaNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Presidente Regional Norte – LondrinaAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Presidente Regional Oeste – CascavelRubimar João Beal (Supermercado Beal)Presidente Regional Sudoeste – Pato BrancoFernando Carlos Delazeri (Comercial Pato Branco)Presidente Regional Noroeste – MaringáTarley Maia Kotsifas (Supermercado Bom Dia Rede Centro)Presidente Regional Norte Pioneiro – JacarezinhoCarlos Henrique Molinis (Supermercado Supernorte)Presidente Regional – CuritibaIrineu Ferrari (Ferrari & Cia Ltda)Presidente Regional – IratiPaulo César Ivasco (Super Ivasco)Presidente Regional – GuarapuavaJoão Ricardo K. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo Pankratz (Supermercados Jacomar Ltda.)Haroldo Antunes Deschk (Haroldo Antunes Deschk & Cia. Ltda.)Dercio Domingos de Costa (Supermercado Videira Ltda.)Conselho Fiscal SuplenteRui Marcos Chemin (RM Chemin e Cia. Ltda.)Edson Zamprogna (Com. Alim. Zamprogna Ltda.)Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado Ltda.)Conselho PermanenteEduardo Antonio DalmoraPedro Joanir ZontaRoberto DemetercoRomildo Ernesto ConteRuy SenSidney SchnekembergSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasEduardo MuffatoDiretor ComercialWalde Renato ProchmannJornalistaCamila Manssour TremeaRedação Ana Carolina Cernicchiaro e Fabio PinheiroDepartamento ComercialKhailany Raquel e Rosicléia JonasFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected]çãoSamuel RodriguesRevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem16.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e é o seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.brOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2006/2009

0506071420

22244856

Palavra do Presidente Responsabilidade Social

Entrevista

Editorial Mercosuper 2009

Jurídico

News Artigos

Plataforma

sumário

42

16

32

28

Perspectivas 2009 O ano da atenção

redobrada

Meio Ambiente “Desperdício Zero” promove uso responsável

Páscoa O clima é de otimismo e promete bons negócios

FLV Rotulagem:

compromisso para 2009

matéria de capa

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Palavra dopresidente

Everton Muffato Presidente da Apras

Everton Muffato

Caro leitor,

Muito se tem ouvido falar sobre a crise econômica mundial. O índice de desemprego continua mostrando números negativos, o PIB apresenta crescimento mais modesto, a contenção na oferta de crédito faz com que os consumidores fiquem mais tímidos para comprar e a indústria e o comércio de alguns segmentos vem percebendo uma retração nas vendas. Mesmo assim, em 2008 o impacto da crise não foi sentido no nosso setor. Fechamos o ano crescendo 8,98% em relação a 2007, melhor resultado apresentado nos últimos quinze anos.

Entretanto, para 2009, o cenário deve sofrer mudanças, principalmente, se o índice de desemprego aumentar. Um cenário que foi ótimo em 2008 deve tender para regular em 2009. Nossa projeção é de que as vendas cresçam somente 3% em 2008, principalmente atingindo os bens-duráveis que dependem diretamente da oferta de crédito. Os produtos alimentícios certamente não sofrerão recuo, afinal, as pessoas não deixam de consumir alimentos. Pode haver, sim, uma substituição de marcas que eram líderes para produtos de marcas mais baratas.

Devemos aproveitar o momento de volta às aulas e a Páscoa para aquecer o setor, multiplicar as vendas e aumentar nosso faturamento. É importante lembrar, que é nas crises que surgem as grandes oportunidades, principalmente para empresas bem estruturadas e geridas. No mais, basta aproveitarmos o momento para transformar o ano do nosso setor em um ano de oportunidades.

Boa leitura e bons negócios a todos!

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EditorialCaro leitor,

Em primeiro lugar, como nova coordenadora de comunicação da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), gostaria de me colocar à disposição para trabalhar, junto com a equipe da Supermix, por uma revista completa, trazendo notícias e informações sobre o varejo paranaense e do Brasil.

Como todos sabem, a crise econômica internacional já começou a afetar o país, certamente deixando muitos empresários ansiosos. Mas, nesta edição, vamos mostrar que é esse o momento em que as empresas devem se reestruturar, repensar processos e orçamentos. Aviso aos leitores que o ano de 2009 poderá ser, sem dúvida, um ano de crescimento para o setor, principalmente, para aqueles que souberem enxergar as oportunidades que a crise pode proporcionar.

Nas próximas páginas, o leitor poderá acompanhar as reportagens produzidas por nossa equipe que vão mostrar que as perspectivas para o ano são boas – ainda que não possamos dizer que sejam excelentes. Com acesso restrito ao crédito, os consumidores têm reavaliado seus hábitos de compras. Aspecto positivo para o varejo de alimentos, que dificilmente sofrerá recuo considerando que as pessoas simplesmente não deixam de comer. Além do mais, com a Páscoa à vista, o jeito é motivar seus colaboradores e atrair os consumidores com as novidades.

Devo lembrá-los que, em abril, Curitiba receberá a maior feira varejista do sul do país. A Mercosuper 2009, superando expectativas neste ano, espera receber mais de 50 mil visitantes numa área de exposição de 23 mil m² de negociações que podem chegar a R$ 600 milhões. O setor continua aquecido... É preciso enxergar as oportunidades.

Boa leitura e vejo vocês na Mercosuper 2009!

Camila Manssour Tremea

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NewsABRAS PROJETA VENDAS FRACAS NO SETOR EM 2009

VAREJO USA MAIS TECNOLOGIA PARA ATRAIR CLIENTES

O ano de 2008 poderia ter sido ótimo, mas foi apenas bom. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a crise econômica mundial não intimidou o crescimento do consumo no setor e as vendas anuais fecharam em 8,98%, um pouco abaixo das previsões otimistas feitas antes do agravamento da crise no último trimestre.

Segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, o setor supermercadista terá desaceleração no crescimento das vendas podendo fechar em 2,5%. “Começamos 2009 com uma base forte de 2008”, afirma. O aumento do desemprego, o crescimento modesto do PIB, percepção do consumidor sobre a crise e mesmo o desejo de consumo não realizado, por conta da contenção da oferta de crédito, levaram a Abras a projetar números magros para o desempenho do setor em 2009, mas Honda lembra que mesmo em época de crise o setor de alimentos não sofre recuos. “Ninguém deixa simplesmente de comprar esses produtos”, completa.

Com o acirramento da crise econômica, o consumidor vai começar a fazer a substituição de marcas, optando pelas mais baratas. “As marcas que ocupavam a liderança agora cedem lugar às mais baratas”, destaca Honda. Além disso, a indústria alimentícia, que vinha utilizando 90% da capacidade de produção, já vem reduzindo o prazo para negociação de venda de produtos. Outra mudança que pode ocorrer está relacionada ao preço das commodities que também influencia o comportamento dos preços nos supermercados e o faturamento do setor. Ainda segundo a Abras, os investimentos do setor para a expansão de unidades devem continuar em 2009. As redes Carrefour, Pão de Açúcar e Wal Mart deverão investir cerca de R$ 4 bilhões para expansão rumo à interiorização das unidades.

Uma rede paulista de supermercados adotou televisões de plasma em algumas seções de suas lojas e viu as vendas subirem até 15% depois de apresentar comerciais dos produtos nesses espaços. A empresa segue uma tendência forte de mudança nos pontos-de-venda, em que novas tecnologias são utilizadas como estratégias que começam a crescer no varejo nacional.

Com base em uma pesquisa que aponta que 81% das decisões de compra são tomadas na loja, o varejo deve aumentar a utilização de mídia digital nas prateleiras, mercado que deve crescer até 30% este ano. De acordo com Bassil Nahhat, diretor da Display Show – empresa que comercializa telas de plasma para pontos-de-venda – a expectativa é colocar até 10 mil peças no mercado brasileiro neste ano. “O baixo custo de locação do equipamento, aproximadamente R$ 240 por mês, é o termômetro de tamanho otimismo”, afirma. Ainda segundo Nahhat, não adianta utilizar as telas para colocar uma programação rotineira. “É preciso encontrar maneiras de despertar o interesse dos clientes”, completa.

Para Ronald Peach Júnior, especialista em sinalização digital, este segmento deve crescer de 30% a 35% no ano que vem no Brasil. “É um mercado novo e com ótimos resultados. O valor de uma tela de plasma pode chegar a mil reais, dependendo do tamanho”, afirma. Segundo ele, a mídia digital vem ganhando mercado, pois transmite muita informação em pouco tempo. “A tela substitui o banner”, diz. O especialista salienta que a ferramenta deva ser utilizada para gerar propaganda e induzir o consumidor a comprar. “As telas devem ficar em lugares estratégicos, perto do produto, por exemplo, não no alto, longe da vista dos consumidores”, enfatiza.

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News

VISANET BRASIL LANÇA SISTEMA PARA PAGAMENTO RÁPIDO

SERVIÇOS GRATUITOS COM ESTRATÉGIA DE MARKETING FAZEM A DIFERENÇA

CONSUMIDORES COM RENDA ENTRE 4 E 6 SALÁRIOS SÃO OS MAIS INADIMPLENTES

A Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (VisaNet) apresenta novo projeto de pagamento rápido para o varejo brasileiro. O serviço permite efetuar pagamentos sem a impressão do comprovante de venda e, conseqüentemente, sem a assinatura do cliente. Esta inovação pode ser usada nas compras de até R$ 40,00 e trará agilidade aos consumidores preocupados com fator crítico de fila, mantendo a segurança habitual no processamento de cada transação.

O projeto também traz vantagens aos estabelecimentos comerciais. Entre os benefícios estão a redução de custos com bobina e trabalhos operacionais, aumento na durabilidade da impressora e aumento do vínculo de parceria entre o lojista e seus clientes. “Um dos nossos principais compromissos é desenvolver soluções inovadoras que transformem a vida das pessoas e tragam mais eficiência e agilidade aos estabelecimentos comerciais”, diz Eduardo Chedid, vice-presidente de Soluções em Negócios da VisaNet Brasil. Neste momento, o projeto está em fase de piloto e, portanto, disponível apenas para alguns lojistas de São Paulo e Guarulhos.

Apesar das iniciativas do governo brasileiro para garantir que a economia não sofra com a crise, os brasileiros já começaram a sentir os reflexos. Segundo pesquisa da TeleCheque, empresa especializada na concessão de crédito no varejo, os brasileiros com renda entre quatro e seis salários foram os mais inadimplentes nos meses de novembro e dezembro (42,92%). Em 2008, o desempenho do comércio varejista foi forte. O número de empregos aumentou e ainda houve a valorização do real. Mas, com a crise, esse cenário mudou. “Muitas pessoas já tinham

Desde cedo o consumidor aprende que tudo o que é de graça é bem-vindo. Para os departamentos de marketing de diversas empresas, oferecer um produto ou serviço gratuitamente é mais do que um agrado. É uma estratégia de fidelização. Oferecer estes produtos faz com que os consumidores tenham o primeiro contato com a marca, e sem gastar dinheiro fica mais fácil experimentar um serviço. Isso sem contar o impacto positivo de lembrança da marca. Independente da classe social, as estratégias que envolvem serviços gratuitos são um diferencial competitivo para quem busca novos consumidores.

Em 2008, a Land Rover beneficiou os clientes que chegavam a um restaurante dirigindo um modelo da marca. Eles tinham direito a estacionamento e recebiam serviço de chofer sem pagar nada. “O foco das nossas ações não está nos serviços gratuitos. Isso é um beneficio indireto”, explica Luiz Tambor, Diretor de Vendas e Marketing da Land Rover. Outra marca que também aposta na força das ações gratuitas é a Pantene. Em uma praia do Rio de Janeiro, a empresa circulou com uma carreta equipada com três chuveiros e ofereceu o produto gratuitamente para o público feminino. “Quando o produto tem como diferencial a sua performance, é importante

realizado compras pré-datadas e não puderam honrar com o pagamento”, explica José Antonio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque.

Hoje, as mais endividadas são as mulheres (57,08%), com idade entre 31 e 40 anos. Apesar de maduras e independentes, gastos com presentes, festas e viagens de final de ano acabaram comprometendo o orçamento. Entre os principais gastos estão vestuário (11,91%), lojas de departamento (11,46%) e telefonia celular (9,89%). “A partir de agora a tendência é que os gastos se concentrem em itens de primeira necessidade”, afirma Praxedes.

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De acordo com dados divulgados em janeiro pelo Banco Central, o ano de 2008 registrou a entrada recorde de dólares no Brasil – o cálculo inclui trocas cambiais oficiais e gastos com cartões de crédito de turistas estrangeiros – somando US$ 5,785 bilhões em divisas. O valor é 16,8% superior ao registrado em 2007, quando U$ 4,953 bilhões ingressaram no país pelo turismo internacional. O resultado é o recorde histórico desde 1969.

Os números confirmam os prognósticos de bom desempenho na entrada de divisas por meio de gastos de turistas estrangeiros na economia nacional em 2008. “Este recorde demonstra que o Brasil está no caminho certo ao trabalhar não só para atrair o turista, mas para fazer com ele fique cada vez mais tempo no Brasil”, afirmou o ministro do Turismo, Luiz Barretto. Segundo a Organização Mundial do Turismo o resultado é

GASTO DE TURISTAS ESTRANGEIROS NO BRASIL CRESCE 16,8% EM 2008

promover atividades de experimentação, pois o consumidor tem a oportunidade de comprovar seu desempenho”, diz Thiago Icassati, Diretor de Marketing de Coloração e Hearcare da Procter & Gamble.

Segundo Tambor, não existe uma forma eficaz de medir o retorno dessas ações. “Além de mídia e a divulgação da marca, ganhamos o reconhecimento dos nossos clientes e também dos que não são clientes”, avalia. De acordo com Icassati, é preciso desenvolver a estratégia no lugar certo, na hora certa e para o público correto. “O resultado destas ações inclui desde grande visibilidade até uma aproximação com o consumidor”, completa.

mais do que o dobro da média mundial de 7%. “Isso demonstra que o Brasil tem se qualificado e se destacado cada vez mais no competitivo cenário internacional”, comemorou a Presidente da Embratur, Jeanine Pires.

VAREJO REDUZ ESTOQUE EM ATÉ 15 DIAS

Grandes redes varejistas – entre elas Casas Bahia e Magazine Luiza – planejam diminuir o volume de mercadorias compradas dos fornecedores com o intuito de reduzir os estoques de bens duráveis e enfrentar os primeiros meses do ano, que seguem carregados de incerteza já que o setor opera com margens bastante apertadas.

A rede paulista Casas Bahia, maior varejista de móveis e eletroeletrônicos do país, com mais

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News

Com o agravamento da crise, houve uma diminuição da liquidez nos mercados financeiros e ficou mais difícil para as empresas captarem recursos para investimentos. Pensando nessa situação, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) firmou um convênio com o Bradesco a fim de facilitar o acesso de pequenos e médios supermercados às linhas de crédito, com taxas

Empresas investem em capacitação ou recorrem a órgãos que atendem pessoas com deficiência para cumprir a lei que determina cota de 2% a 5% para esses profissionais. Apesar da existência da lei, a inserção desse público no mercado de trabalho não é tão simples. A falta de capacitação e as dificuldades de adaptação

CONVÊNIO VAI FACILITAR ACESSO A RECURSOS PARA PEQUENOS E MÉDIOS SUPERMERCADOS

FALTA DE CAPACITAÇÃO E PROBLEMAS DE ADAPTAÇÃO DIFICULTAM A CONTRATAÇÃO DE DEFICIENTES

mais acessíveis, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“Em momentos de crise, o acesso ao crédito se torna ainda mais importante. O BNDES é uma fonte de recurso confiável e com juros baixos. Queremos facilitar o acesso de pequenos e médios supermercados a esses recursos, para que o setor possa continuar investindo e ajudando o Brasil crescer”, avalia Sussumu Honda. O supermercadista também terá tratamento diferenciado nas agências do Bradesco, agente financeiro das operações e canal direto com o departamento de empréstimos.

Algumas vantagens do convênio são as orientações aos supermercadistas e a facilidade de acesso ao departamento de empréstimos do Bradesco. Para a divulgação do convênio serão realizadas palestras ministradas por um consultor financeiro especializado. O objetivo é explicar como funcionam os diversos modelos de financiamento que podem ser utilizados para a expansão das redes. “Os pequenos e médios supermercados têm muita dificuldade em obter empréstimos por causa da burocracia e da falta de esclarecimentos. Com o convênio firmado o acesso à linha de crédito será facilitado, com uma consultoria de apoio especializada e orientações especiais sobre a concessão do financiamento”, explica o presidente da Abras, Sussumu Honda. Além das palestras, a Abras também disseminará o conhecimento através de matérias técnicas sobre o assunto na revista da entidade, a SuperHiper, e de consultas no Portal Abras (www.abras.com.br).

de 530 lojas, tem trabalhado para reduzir seu estoque de 45 para 30 dias. Recentemente, o diretor executivo, Michael Klein, disse acreditar que a empresa vai repetir este ano o faturamento de 2008. “Vamos seguir com planos cautelosos, ajustando-os ao ritmo menor de crescimento da economia e projetar lucro menor para 2009. Entretanto, está mantida a previsão de abrir 30 filiais ainda antes do Natal”, afirmou.

A mesma situação se repete na concorrente Magazine Luiza, que achatou suas margens em até 70%. “Vamos adaptar o estoque à perspectiva de um primeiro semestre bastante difícil, reduzindo de 49 para 40 dias. Isto é importante para preservar a saúde da companhia”, explicou Frederico Trajano, Diretor de Vendas e Marketing da varejista. Ele ressalta que o ideal é realizar compras todos os meses para ter um controle mais efetivo das vendas. “Quanto mais freqüente, melhor se contabiliza o giro de estoque”, diz.

O Diretor de Inteligência de Mercado de uma consultoria especializada em varejo, Luiz Góes, aponta que apenas nos momentos de turbulência econômica que as empresas realmente colocam a gestão do estoque como prioridade. “Se, enquanto as vendas estavam fortes no varejo elas trabalhavam com um estoque médio, tudo bem. Caso o estoque seja maior que o necessário, essas empresas terão de se adequar à nova realidade”, destaca. O consultor lembra também que o dinheiro ficou mais caro e se faz necessário adaptar os níveis de produtividade em todos os aspectos. “Partirá efetivamente da gestão do estoque e da otimização dos procedimentos logísticos as soluções para economizar os custos”, sinaliza.

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têm atrapalhado a contratação dessas pessoas e, conseqüentemente, o cumprimento da lei. Em alguns casos, as empresas investem em capacitação para conseguir absorver a mão-de-obra necessária. O gerente de Inclusão e Capacitação Profissional da Avape (Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais), Marcelo Vitoriano, confirma a dificuldade das empresas em contratar profissionais qualificados. “Percebemos que as pessoas com deficiência e que hoje estão em idade adulta têm uma dificuldade muito grande em relação ao seu preparo profissional, e isso ocorre porque a grande maioria não teve oportunidade de receber uma escolaridade adequada”, disse. Se, atualmente, encontrar o profissional adequado já é difícil, quando se fala em pessoa com deficiência as dificuldades de contratação são ainda maiores. A saída que algumas empresas encontraram envolve buscar a capacitação para profissionais e, só então, serem inseridos.

No segmento de supermercados, a dificuldade

de encontrar profissionais capacitados para assumir as vagas voltadas para deficientes pode ser ainda maior. Algumas funções dependem de um esforço físico braçal e muitas vezes os supermercados não encontram profissionais para atender as necessidades desse trabalho. Segundo o gerente de uma rede de supermercados, além disso, as empresas devem encontrar formas de amenizar aquele público que não é tão receptivo. Apesar de afirmar que problemas desse tipo são mínimos, o gerente admite que há casos em que a sociedade não sabe lidar com essa inserção. “A sociedade muitas vezes não está preparada para isso”, lamentou. Ele destacou também a concorrência acirrada por esses profissionais. “São pessoas muito esforçadas e trabalhadoras, mas que requerem uma atenção especial. E há uma concorrência muito forte com o deficiente que está empregado porque significa que está apto e muitas vezes outras empresas oferecem maiores salários para ter esse profissional já formado”.

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News

SUPERMERCADOS INGLESES INVESTEM EM MEDIDAS AMBIENTAIS

As redes Tesco e Sainsbury – duas das maiores do Reino Unido – investem em medidas para proteger o meio ambiente com o objetivo de reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2). Primeiro, veio a substituição de sacolas plásticas por reutilizáveis, depois o uso de fontes renováveis seguido pela criação de rótulos com informações sobre as emissões de carbono de cada produto. Agora, os supermercados britânicos planejam transformar o lixo produzido em biocombustível e reduzir em até 70% as emissões de gases do efeito estufa.

O Tesco – terceiro maior varejista do mundo com 2,2 mil lojas espalhadas pelo Reino Unido e por outros 13 países – inaugurou recentemente a sua primeira loja que produz 70% menos gases que aquelas construídas há apenas dois anos. Telhados que possibilitam a entrada de luz natural resultaram na redução de 31% nas emissões. A utilização de uma usina de energia e calor alimentada por óleos vegetais reciclados permitiu que o estabelecimento gerasse sua própria energia usando o calor desperdiçado. A nova loja faz parte do plano da empresa de cortar pela metade as emissões de CO2 de todas as lojas que forem construídas até 2020. O resultado foi economia também no bolso. A conta de luz da loja caiu 48%. As medidas adotadas incluem a substituição das prateleiras de ferro por feitas de madeira, aumento do uso de materiais recicláveis, instalação de sistemas de medição para monitorar o uso de água e energia, controle da geração de lixo e reutilização de materiais.

As concorrentes também

investem em ações ambientais como a rede Sainsbury que anunciou que até setembro todas as lojas do país irão transformar os alimentos que antes iriam para o lixo em energia elétrica. Até o final de fevereiro, as 28 lojas da Escócia já terão as 42 toneladas de lixo orgânico que produzem semanalmente enviadas para uma refinaria de biocombustível. Economia que reduzirá até três toneladas de dióxido de carbono (CO2). A empresa pretende dispensar o uso de aterros sanitários para o lixo que produz até o final do ano. Os restos alimentares terão dois possíveis destinos: biodigestores, que produzem o biogás, e refinarias de biocombustíveis em regiões onde as tecnologias de digestão anaeróbica não estejam disponíveis.

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FACILITANDO A VIDA DO CONSUMIDOR

VISA LANÇA SISTEMA DE COMBATE A FRAUDE EM TEMPO REAL

Desde 20 de setembro de 2006, está em vigor o Decreto Federal 5.903, que obriga proprietários de estabelecimentos comerciais – empresas de prestação de serviços, lojas, supermercados, bares, casas noturnas, restaurantes e hotéis – a fixar o preço e as condições de pagamento dos produtos oferecidos. A lei parte do princípio que o consumidor tem o direito às informações inerentes à mercadoria que pretende adquirir, sem depender da ajuda de terceiros. O decreto busca ainda transparência nos negócios, garantindo a informação completa sobre o produto ou serviço.

A promotora de Justiça Kátia Rosana Pretti Armange, há mais de dois anos na área da Curadoria do Consumidor, aposta que, em cinco anos, o decreto esteja inserido na cultura da cidade. “A partir do momento que o consumidor cobra o cumprimento da lei, cria-se uma conscientização”, explica. No caso dos supermercados, são fiscalizadas as gôndolas e se o produto possuir código de barras, o local deve ter um leitor ótico a cada 15 metros com cartazes suspensos informando a localização do equipamento.

Ao receber a denúncia do PROCON, o Ministério Público instaura procedimento preparatório e chama o autuado que poderá firmar acordo – Termo de Ajustamento de Conduta. O valor da multa pelo descumprimento da norma pode variar de R$ 300 a R$ 3 mil, conforme a infração cometida. O proprietário de descumprir o Termo de Ajustamento de Conduta também pode pagar multa que varia de R$ 5 mil a R$ 20 mil. Segundo a promotora, o dinheiro arrecadado com as multas é destinado a entidades filantrópicas ou vai para o Fundo para Reconstituição dos Bens Lesados.

A Visa é a primeira empresa da indústria de meios de pagamento a introduzir, no Brasil e na América Latina, uma tecnologia antifraude cuja ação se

dá em tempo real. O Advanced Authorization detecta instantaneamente uma possível fraude e cria indicadores de risco para as instituições financeiras, o que lhes permite aceitar ou recusar uma transação imediatamente. A tecnologia é única, pois permite que as decisões sejam tomadas antes mesmo da realização das compras e por oferecer estratégias de gerenciamento de casos. “A segurança é uma das principais razões pelas quais milhares de consumidores preferem usar cartões de crédito e de débito ao invés de dinheiro ou cheque”, afirma Alejandro Estrada, diretor-geral de Risco da Visa.

O Advanced Authorization chega para agregar mais uma camada de segurança às transações realizadas no Brasil e na América Latina, e permite que o portador de cartão fique mais confiante a cada compra que realiza. O Advanced Authorization relaciona padrões de níveis de fraude a comportamentos e transações incomuns, a fim de prevenir e detectar atividades fraudulentas no ato de sua ocorrência. A tecnologia permite que as decisões sejam tomadas no momento da venda. Para isso, analisa os padrões estatísticos e atualiza esses modelos para criar códigos de nível de risco do cartão.

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Entrevista

Os fatos podem mudar as expectativas

Desde quando foi criado em 1992, o PROVAR – Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA) – tornou-se uma referência obrigatória para quem pretende compreender o mercado brasileiro de consumo. É para os professores e consultores do programa que jornalistas de todos os veículos de comunicação pedem socorro para tentar entender e traduzir para onde caminham a atividade varejista e seus consumidores, em tempos de prosperidade ou de recessão.

Um dos nomes mais requisitados da instituição é o do professor Eduardo Terra, diretor do PROVAR e da Felisoni Consultores Associados. Estudioso do varejo nacional e internacional, pesquisador dos fenômenos relacionados ao consumo e com uma carga de centenas de cursos e palestras ministrados em instituições de ensino, Terra é um dos maiores especialistas brasileiros em varejo. Nesta entrevista, ele fala à SUPERMIX sobre as perspectivas para o varejo em 2009 e o que os empresários devem esperar dos consumidores em um cenário que caminha para a recessão a partir do segundo semestre do ano.

SUPERMIX – Qual a leitura que o senhor faz do panorama econômico de 2009 sob a ótica do consumo ?

Eduardo Terra – O consumo se dá em cima de fatos e expectativas. Os fatos que começam a se tornar visíveis neste momento são o aumento do desemprego e a conseqüente diminuição da renda. Já as expectativas referem-se ao temor que as pessoas têm de perder seus empregos, o que as leva a consumir menos e poupar mais. É preciso separar os fatos das expectativas. Esta crise chega ao Brasil tendo iniciado como expectativa para agora se consolidar como fato – com as notícias sobre demissões na indústria. Neste momento, nós estamos descendo, mas ainda não sabemos onde está o fundo do poço. Se houver uma melhora, as expectativas em si também se tornam positivas, o que é importante para o consumo, que depende de crédito, que por sua vez alimenta as expectativas.

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SUPERMIX – E como será o impacto para quem comercializa alimentos?

SUPERMIX – É possível perceber oportunidades?

SUPERMIX – Podemos esperar uma situação similar à dos anos 90, com fusões e aquisições no setor?

SUPERMIX – E o que se pode esperar dos fatos?

SUPERMIX – Que setores são ou serão mais afetados?

E.T. – O varejo de alimentos oscila menos por um motivo muito simples. As pessoas podem reduzir estas compras, até substituir marcas, mas não vai adiar a aquisição destes itens. Mas precisamos lembrar que o varejo de alimentos se tornou multicategoria nos últimos anos, ao comercializar bens duráveis. Então, agora o impacto será maior nestas categorias como linha branca, informática e telefonia. Já o impacto para empresas de pequeno porte será menor.

E.T. – Este cenário também traz oportunidades. É o momento das empresas fazerem ajustes

E.T. – Não tenha dúvida. Existe capital disponível nas mãos de pessoas físicas e jurídicas. As aquisições ainda não aconteceram porque os ativos das empresas passíveis de serem vendidas ainda não foram avaliados. Como esses ativos devem diminuir de valor, muitas empresas serão vendidas. No segundo semestre, os valores dos ativos devem ser mais precisos e aí começará um movimento de aquisições e fusões. Não por desejo das empresas que serão vendidas, mas por necessidade. Não vejo no horizonte a entrada de novas redes no mercado. O que pode acontecer é uma movimentação dos fundos de investimentos, que podem se associar a empresas do setor.

E.T. – Dificilmente os fatos serão bons este ano. Pode haver uma melhora ao final do ano, que é um período natural de aquecimento. Se a partir de março ou abril surgirem notícias melhores, pode haver uma mudança no quadro. Mas será um primeiro semestre de notícias negativas.

E.T. – Nenhuma crise impacta de forma igual todos os setores da Economia. Neste momento, o impacto é maior nos setores de bens duráveis – aqueles que comercializam imóveis, carros, equipamentos de informática, celulares. Essas atividades dependem de crédito e são consideradas compras programadas, ou seja, ainda que necessárias, podem ser adiadas. O varejo de bens duráveis já registrou uma queda em suas vendas, mas é importante lembrar que ele vinha de um ótimo momento alguns meses atrás.

em suas operações. Por incrível que pareça, é nas crises que as organizações conseguem se reestruturar, pois elas tendem a se acomodar nos períodos de prosperidade. É o momento de se repensar processos, custos e qualificação de pessoal. Essa atitude só é tomada quando a água sobe. Portanto, 2009 é o ano de tentar sobreviver, de boiar, de passar pela crise de forma menos dolorosa possível. Quem fizer os ajustes e se mantiver no mercado, sairá desta fase mais fortalecido e à frente da concorrência.

SUPERMIX – O consumidor já está mudando seus hábitos de compra nos supermercados?

E.T. – Toda esta situação afeta o orçamento do consumidor. Pode ser que ele cancele a TV por assinatura, o celular ou que repense suas escolhas. Também pode migrar da marca líder para uma de primeiro preço e daí para a marca própria. Mas este momento ainda não chegou. Neste instante, o consumidor está refletindo sobre seu orçamento mais ainda não chegou a mudar seus hábitos na frente da gôndola. Com os fatos novos daí sim ele deverá mudar.

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Meio Ambiente

Não é lixo, é MATÉRIA-PRIMAPor meio do programa Desperdício Zero, que

no Paraná tem o apoio da Apras, a Tetra Pak

promove a capacitação para o manuseio e

descarte adequado das embalagens Longa

Vida em nove Estados brasileiros

Todo ano, no Brasil, circulam no mercado varejista mais de nove milhões de embalagens Longa Vida. São, portanto, milhões de unidades de material totalmente reciclável, que precisa ser adequadamente manuseado e descartado. Pensando no cuidado necessário em todas as etapas pelas quais passam as embalagens, desde que saem da fábrica onde são produzidas até chegarem ao consumidor, a Tetra Pak possui o programa Desperdício Zero, criado no ano 2000. Inicialmente voltado para as indústrias que utilizam seus produtos, o programa evoluiu e chegou ao varejo há um ano. Baseado principalmente em treinamentos presenciais, o Desperdício Zero está presente em nove Estados brasileiros, entre os quais o Paraná, onde é certificado pela Apras, apoiadora da iniciativa.

De acordo com a diretora de Marketing da Tetra Pak, Heloisa Rios, o programa tem como objetivo tanto a eficiência pelo lado da melhor logística, evitando ao máximo as perdas de embalagens, quanto a preservação das mesmas, pelo fato delas representarem uma futura matéria-prima e oportunidade de benefício ao meio ambiente. Segundo a Tetra Pak, o desperdício geral nas lojas, informado pelos supermercadistas, varia entre 1% e 3%, sem mencionar as perdas ocorridas entre o centro de distribuição e o ponto de venda, exatamente quando o produto está prestes a chegar às mãos do consumidor.

Embalagens Tetra Pak:2008: mais de cinco mil participantes treinados no

Paraná para o “Desperdício Zero”

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É sobre este índice que o programa atua. “As embalagens da Tetra Pak, desde que descartadas adequadamente, de forma seca, não são lixo e sim uma matéria-prima de qualidade. O Desperdício Zero promove este uso responsável”, afirma ela.

Nas capacitações, que são gratuitamente realizadas pela Tetra Pak, os participantes aprendem a maneira ideal de transportar, armazenar e descartar as embalagens. Em 2008, foram 4.300 pontos de venda participantes e 28.300 pessoas treinadas em todo Brasil. Deste total, 695 pontos são do Paraná, que registrou mais de cinco mil participantes nos treinamentos. Em recente pesquisa, 84% dos pontos de venda treinados afirmaram que o treinamento foi eficiente e que sua operação melhorou. A Apras é a entidade parceira da Tetra Pak no Estado, mas o treinamento também pode ser solicitado por pontos de varejo que comercializam produtos com embalagem Longa Vida diretamente pelo site www.tetrapak.com.br/desperdiciozero. O programa tem informações disponíveis na internet e ainda possui material instrutivo, de divulgação.

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Meio Ambiente

Transporte• Omais indicado é o usode caminhõesfechados, mas qualquer que seja o veículo para transporte, é importante que ele esteja em boas condições, caso contrário, poderá haver amassamento das embalagens Longa Vida.• Em caso de carga estivada, sigarigorosamente as instruções de paletização, bem como a altura máxima de empilhamento especificada.• Nãoestacioneoveículocarregadoaosol,pois o produto pode ser danificado.• Dirija com cuidado, evitando freadasbruscas e curvas em alta velocidade. Se as caixas tombarem, as embalagens Longa Vida serão danificadas.

Veja as melhores práticas para o Desperdício Zero das embalagens Longa Vida*:

Paletização

• Usepaletesdemadeiradeboaqualidadee no formato padrão

brasileiro de 1200 x 1000 mm.• Não empilhe os paletes uns sobre os

outros. Use porta-paletes.• Não ultrapasse a altura máxima de

empilhamento: por exemplo, seis camadas de caixas de embarque no caso do leite. Para os demais produtos, siga sempre as instruções de empilhamento indicadas na caixa de embarque, evitando assim amassamento e vazamento das embalagens Longa Vida.• Oarranjodascaixasnãodeveultrapassaro

tamanho do palete (sobrepasso) e o espaçamento entre elas não deve existir.

Descarte as embalagens pós-consumo como lixo reciclável, seco. Podem estar no mesmo ambiente de descarte das latas, garrafas e papel, e devem ser direcionadas para reciclagem.

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Manuseio e Estocagem Ponto de Venda• Ogarfodaempilhadeiranãodeveencostarnas caixas, para não furá-las.• O palete deve ser movimentado comcuidado, respeitando-se o limite de velocidade especificado no depósito e evitando-se quedas e acidentes.• Nunca permita que as caixas sejamjogadas de uma pessoa para outra.• As caixas devem ser seguradas com asduas mãos e nunca pelas abas ou pelo plástico.• Carregar excesso de peso pode causardano físico ao funcionário e queda das embalagens (desperdício).• As caixas não devem ser estocadas emlocais sujeitos a sol, chuva e poeira. O sol causa danos ao produto, a chuva e a poeira danificam as caixas.• Nãodeixequepisemousentemsobreasembalagens.• Lembre-se de utilizar a técnica FIFO,isto é: os primeiros paletes a entrar no estoque devem ser os primeiros a sair. Desta forma, o consumidor sempre terá produtos com prazo de validade maior.

• Abrir as caixas para exposição dasembalagens através do picote no plástico protetor. Se não houver picote, afaste o plástico com as mãos e corte-o nas áreas protegidas pelo papelão, tomando cuidado para não furar os produtos e não se cortar.• Transportarascaixasdepreferênciacomcarrinhos ou outro meio disponível.• O local de exposição deve sermantidolimpo e bem iluminado. As embalagens da Tetra Pak são muito fáceis de serem expostas. Tire proveito dessa vantagem. Exponha mais produtos aos olhos dos consumidores para que todos vendam mais.• Retirar do ponto de venda embalagensamassadas ou com vazamento para não prejudicar a imagem das demais e, acima de tudo, não deixar o consumidor insatisfeito.

* Recomendações do Programa Desperdício Zero da Tetrapak.

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Jurídico

Mini Reforma – Menos ICMS Para o consumidor do Paraná

Foi sancionada a Lei nº 16016/2008 do Governo do Estado que reduz o ICMS de 18% ou 25% para 12% sobre, aproximadamente, 95 itens de bens de consumo popular vendidos nos supermercados do Paraná. Entre os principais produtos que terão suas alíquotas reduzidas estão: material escolar, alimentos – inclusive sucos –, rações, produtos de higiene e limpeza, eletrodomésticos, vestuário, calçados e medicamentos.

A Associação Paranaense de Supermercados (Apras), por meio do Presidente Everton Muffato e dos Presidentes Regionais, participou de todo o debate, desde a proposta até a aprovação final na Assembléia Legislativa no dia 18 de dezembro de 2008. Os Presidentes Regionais estiveram também representando a Apras nos debates que aconteceram em Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Curitiba.

Com a entrada em vigor da lei no dia 01 de abril de 2009 (com exceção dos itens de material escolar, já em vigor), a expectativa é de que os preços sejam reduzidos, pressionados pela grande concorrência no setor, permitindo que o consumidor amplie a quantidade e qualidade dos produtos que hoje encontra nos supermercados.

Foi uma conquista para o setor supermercadista, mas, principalmente, para o consumidor de baixa renda, que será o grande beneficiado, considerando-se que os itens contemplados com a redução de ICMS são de consumo popular. Os nossos parabéns ao Governador Roberto Requião, ao Secretario Heron Arzua, ao líder do Governo Deputado Luis Carlos Romanelli, e ao 1º Secretário, Deputado Alexandre Curi, pelo empenho na aprovação da lei.

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Responsabilidade Social

Instituição promove a dignidade do idoso

Asilo São Vicente de Paulo, em Curitiba, recebeu doação da Apras Mulher, na Mercosuper 2008

O envelhecimento de uma população é considerado um indicativo do grau de evolução de uma sociedade. Nações mais pobres tradicionalmente têm mais jovens em sua população, enquanto as mais desenvolvidas dão às pessoas condições de chegar à velhice com algum grau mínimo de conforto.

O amadurecimento da população brasileira nas últimas décadas é uma realidade que merece a atenção de todos. O idoso precisa de cuidados específicos e, na maioria dos casos, os filhos já estão ocupados demais para cuidar deles. Um sintoma de melhoria de vida se transforma em um problema. E aí, é comum as famílias recorrerem aos asilos. A palavra ‘asilo’ em si dá um pouco de medo. Em muitos casos, é um lugar onde os idosos acabam sendo explorados, esquecidos e maltratados.

Pois esta imagem não tem nada a ver com o Asilo São Vicente de Paulo, em Curitiba. Muito ao contrário. A instituição, que foi inaugurada em 1926, cuida com carinho de 155 idosas com deficiência mental ou física. Bem administrada, consegue dar uma vida digna a pessoas que já não tinham condições de viver com suas famílias ou que, infelizmente, foram esquecidas e abandonadas no local.

Localizada no bairro do Cabral em um terreno de 20 mil m2, o Asilo tem 150 funcionários. Ao longo dos anos, o local tornou-se uma referência no atendimento ao idoso, contrastando com a visão que se tem dessas instituições. “Trabalhamos com a promoção humana”, diz o Padre José Aparecido Pinto, administrador do Asilo.

A instituição conta com vários programas. O Centro Dia atende pessoas acima de 60 anos, de ambos os sexos, que possuem limitações para as atividades diárias e que convivem com suas famílias, mas não tem quem cuide delas durante o dia em suas casas. Esse programa estimula o

convívio social, e propicia a permanência do idoso com a família e a comunidade.

Em outra ponta funcionam as Casas Lares, um projeto inovador que aproxima as moradoras mais independentes do ambiente familiar, encorajando-as a resgatar os valores familiares e a autonomia. As casas lares têm capacidade de atender seis moradoras no total, priorizando-se as idosas que possuem maior tempo na instituição, as que apresentam o desejo de residir nas casas, e também pelo grau de independência de cada uma.

As idosas recebem tratamento médico,

Manter a estrutura do Asilo tem altos custos. “O maior volume de doações ainda é de

pessoas físicas. Gostaríamos que as empresas participassem mais”.

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odontológico, psicológico, psiquiátrico, fisioterápico e fonoaudiológico. Também contam com serviços de profissionais de enfermagem, nutrição, farmácia, serviço social, educação física, musicoterapia e terapia ocupacional.

Durante o dia, elas se envolvem em aulas de artesanato, alfabetização e algumas participam das aulas de Informática. Festas de aniversário na última sexta de cada mês animam o ambiente. O lazer é garantido com passeios ao cinema, teatro, zoológico, bailes da Terceira Idade, café e visitação a colégios, parques e, anualmente, excursão para o litoral. Mais de 300 voluntários visitam o asilo, como cabeleireiros, manicures e contadores de histórias que garantem diversão para as idosas.

Toda esta estrutura tem altos custos. O Asilo se mantém graças a convênios com os Governos Federal, Estadual e Municipal, o que paga cerca de 60% das despesas. O restante vem da administração dos benefícios das idosas e de doações de pessoas físicas e empresas. “O maior volume de doações ainda é de pessoas físicas. Gostaríamos que as empresas participassem mais”, revela o padre José Aparecido. “Não temos dívidas, mas não sobra nenhum centavo”, lembra.

De acordo com o sacerdote, a sociedade brasileira precisa aprender a respeitar a realidade do idoso em um país que já não é mais formado em sua maioria por jovens. “O primeiro responsável pelo idoso é a sua família. Temos aqui quase 80% de pessoas que não tem família ou que simplesmente a família ignora. Nós somos toda a família delas. Precisamos de políticas públicas voltadas para os idosos”, afirma o padre, que também é coordenador do Fórum Paranaense do Idoso.

Os Conselhos e instituições de proteção ao idoso têm atuado firme no fechamento de casas que exploram e maltratam idosos. São comuns na mídia os casos de instituições que se apropriam da pensão dos internos e os maltratam, privando-os até de comida. Tal situação acaba prejudicando a imagem das instituições sérias.

O Padre José Aparecido recomenda que, antes de doar ou ser voluntário, qualquer pessoa deve conhecer a instituição que pretende auxiliar. “Nossa casa está aberta à visitação em todas as suas instalações. Aqui existe vida e todos mantemos um compromisso firme com o idoso”, completa.

O Asilo São Vicente de Paulo foi inaugurado em 1926, no bairro do Cabral, e atualmente atende 155 idosas que participam dos diversos programas que

a instituição oferece.

As idosas recebem tratamentos médico, odontológico e psicológico, e se envolvem

diariamente com atividades culturais como aulas de artesanato, alfabetização e informática. Voluntários oferecem serviços

de cabeleireiros, manicures e contadores de histórias.

Asilo São Vicente de Paulowww.asilosaovicente.org.br

Fone: (41) 3313-5353

Informações

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Negócios responsáveis em um dos maiores eventos varejistas do Brasil

Já está mais que comprovado, inclusive com base em pesquisas. As empresas que têm um conjunto de valores sólidos e adotam uma atitude de respeito para com seus colaboradores, fornecedores, consumidores e comunidades onde atuam estão à frente da concorrência.

Em um mercado onde quase toda inovação apresentada de manhã é copiada pelo concorrente à tarde e com pouca diferenciação entre produtos e serviços, o consumidor vem pautando suas decisões de compra por marcas que apresentam um compromisso efetivo não apenas com a lucratividade. Aos olhos dos clientes, não basta preço baixo e qualidade: é preciso contribuir para um mundo melhor.

Pensando neste cenário, a APRAS definiu “Negócio Responsável” como o slogan da Mercosuper 2009, que acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de abril no Expotrade, em Pinhais. Segundo maior evento

supermercadista do Brasil, atrás apenas da feira da APAS, em São Paulo, a Mercosuper chama para si a missão de disseminar uma cultura de responsabilidade social no varejo. “Queremos reunir empresários do setor supermercadista e fornecedores em um grande evento de negócios, com retorno para os expositores, ao mesmo tempo em que acreditamos na parcela de responsabilidade que cada organização tem na construção de um mundo melhor”, afirma Everton Muffato, presidente da APRAS.

A Mercosuper chega à sua 28ª edição apresentando um equilíbrio entre conhecimento e negócios, que é a chave de seu sucesso e de seu destaque no calendário nacional de feiras.

De um lado, o evento proporciona aos participantes palestras com renomados profissionais em áreas de vendas, marketing, gestão, tecnologia e Recursos Humanos. E por outro lado, a Mercosuper aproxima vendedores e compradores.

É o momento em que supermercadistas literalmente “vão às compras”. Em um único espaço – os 23 mil m2 do Expotrade – proprietários, gerentes e compradores de empresas varejistas conhecem em três dias as últimas novidades em produtos, equipamentos e serviços. Em 2008 foram mais de 200 fornecedores, e a previsão para este ano é que este número seja ainda maior.

Os fornecedores capricham na montagem de estandes atraentes, que funcionam como grandes vitrines para chamar a atenção dos varejistas. Expositores aproveitam a feira para lançar produtos e ainda oferecem condições especiais de preço e prazo para os compradores.

Além do caráter de conhecimento e negócios, a feira cumpre sempre uma importante função no relacionamento entre varejistas e fornecedores. Longe da correria do cotidiano e com privacidade, quem compra e quem vende sentam-se com

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calma, conversam, trocam idéias, sugerem, reclamam, colocam a conversa em dia, resolvem pendências e firmam parcerias. A presença de altos executivos das marcas de grande consumo é uma oportunidade para o supermercadista ter contato direto com a alta gerência das empresas fornecedoras, o que raramente aconteceria durante o ano.

A cada ano, a feira recebe mais visitantes. No ano passado, foram 45 mil. É gente de olho em uma ampla gama de alimentos, bebidas, artigos de higiene, limpeza, bazar e serviços que em breve estará nas gôndolas das lojas.

Para dar conta deste batalhão de visitantes, a feira envolve uma verdadeira operação de guerra em seus bastidores. Estima-se que sejam gerados 4,5 mil empregos diretos e indiretos durante os três dias de evento. Entre organização e montagem de estandes, o valor movimentado é de R$ 13 milhões. Tudo isso para chegar à conta final: uma previsão de negócios acima de R$ 600 milhões.

Confirmando o propósito de atuar com mais força em Responsabilidade Social, a Mercosuper repete este ano o trabalho desenvolvido pelo Apras Mulher na arrecadação

A Mercosuper chega à sua 28ª edição apresentando grandes oportunidades de negócios. Essa é a chave de seu sucesso

e destaque no calendário nacional, contando sempre com a presença de autoridades do Estado.

Na edição 2008: palestra com Luiz Felipe Scolari, o ex-zagueiro e atualmente treinador reconhecido em todo o mundo reuniu

centenas de visitantes no Auditório Principal do Expotrade para falar sobre motivação e liderança.

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palestra de Daniel Brito. Elias Suzuki falará sobre gerenciamento de categorias. Gestão de Operação e Logística é o assunto de Lemilson Almeida. As marcas próprias, que vem ocupando espaço cada vez maior nas gôndolas, são o assunto de Daniela Khauaja. O Calcanhar de Aquiles do setor, as perdas, será abordado por George Stein. Jaime Jimenez falará sobre gestão de pessoas.

Sucesso no ano passado, com grande presença de público e milhões de reais em negócios fechados, a Rodada de Negócios Internacionais volta em 2009, mais uma vez reunindo

dezenas de empresas argentinas de alimentos e bebidas. É a grande oportunidade para o supermercadista conhecer as novidades dos fornecedores e fazer negócios em condições especiais.

A Mercosuper será encerrada com a entrega do Prêmio Top de Categoria, em jantar que reúne milhares de convidados no próprio Expotrade. Em votação direta auditada pela ACNielsen, os supermercadistas do estado escolhem os melhores fornecedores em várias categorias, que são conhecidas na última noite do evento.

No ano passado, o Apras Mulher arrecadou junto às empresas exposi-toras 5,5 toneladas de alimentos, que foram repassadas ao Hospital

Pequeno Príncipe e Asilo São Vicente de Paulo.

de donativos para instituições filantrópicas. Em 2008, as voluntárias do Apras Mulher arrecadaram junto às empresas expositoras 5,5 toneladas de alimentos, que foram repassadas ao Hospital Pequeno Príncipe e Asilo São Vicente de Paulo.

O ponto alto da Mercosuper fica por conta da programação de palestras. A cada ano, os auditórios do Expotrade reúnem centenas de pessoas interessadas em atualizar seus conhecimentos sobre tudo que acontece e afeta o universo do varejo. A organização da feira procura sempre montar uma programação com o que há de mais moderno e relevante em cada área, reunido especialistas e profissionais de renome internacional.

A atração deste ano é o ídolo do basquete Oscar Schmidt, maior nome nacional deste esporte em todos os tempos. Oscar falará sobre os desafios enfrentados por ele em sua carreira vitoriosa, traçando um paralelo com os desafios enfrentados pelo universo empresarial.

Alfredo Rocha falará sobre vendas e atendimento, um tema essencial para o bom desempenho dos supermercados. Custos e Formação de Preço para Compradores é o tema da

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FLV

Rotulagem precisa ser compromisso para 2009

Ainda parcialmente exercida, a colocação dos rótulos em frutas, legumes e verduras comercializados ao varejo é uma

necessidade de mercadoSegurança e confiabilidade dos produtos para

toda a cadeia, chegando até o consumidor final, em um momento em que a sociedade valoriza a alimentação saudável e também a responsabilidade ambiental. Em resumo, estas são as vantagens finais do processo de rotulagem de frutas, legumes e verduras, prevista em lei federal desde 2002. Desde quando entrou em vigor, a Associação Paranaense de Supermercados e a Central de Abastecimento do Paraná juntamente com alguns supermercadistas e produtores trabalham para a implantação desta exigência legal. Cumprida ainda parcialmente, a necessidade de se colocar rótulo nos FLV continua na agenda da Apras e do Ceasa neste ano de 2009, com o objetivo de incentivar sua prática efetiva.

O Ceasa chegou a preparar a infra-estrutura para atender ao programa de rotulagem e o Ministério da Agricultura, Visa e Ipem – órgãos fiscalizadores – foram convidados a comparecer no local para verificar o trabalho realizado. Grande parte dos boxes fez as etiquetas, mas elas não foram utilizadas. De acordo com o diretor-técnico do Ceasa, Marcos Valério Andersen, alguns “setores” estão mais à frente que outros. “Maçã, laranja, cebola, alho e batata, por exemplo, já estão imersos no processo de rotulagem. No entanto, de uma forma geral, alface, rúcula e agrião não ainda estão de acordo com a legislação”, explica ele. “Percebemos que ainda ocorre um cumprimento parcial da exigência. E, neste ano, trabalharemos para contribuir na reversão deste quadro”, complementa Andersen.

Em 2009, o Ceasa irá se empenhar na conscientização da importância da rotulagem,

disponibilizando informações sobre o assunto e estimulando os agricultores a utilizarem um programa de computador que disponibiliza modelos de rótulo e impressão. Segundo Andersen, os agricultores podem se beneficiar do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para aquisição de computadores e impressoras, que modernizam e agilizam o seu método de trabalho. Cinco mil produtores e supermercadistas já foram treinados para se adequar as exigências.

“Nós rotulamos o morango há 10 anos e nós mesmos somos os produtores das uvas que comercializamos aqui no Ceasa, todas rotuladas.

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Entidades e a Apras já participaram de inúmeras reuniões para definir um plano de controle de contaminação, atualmente, já em operação no Paraná.

Ainda assim, a pergunta é: sendo um benefício tanto para produtores e empresários quanto para consumidores, qual a dificuldade para se adequar legalmente ao processo? O setor supermercadista, principalmente, deve estar consciente de que aquele que não exigir produtos etiquetados

e disponibilizá-los inadequadamente nas gôndolas estará assumindo a responsabilidade por eventuais problemas ao consumidor.

Irineu Ferrari, presidente da Apras Regional Curitiba e supermercadista do Ferrari Ltda, completa explicando quais os dois aspectos da rotulagem que ele considera importante para os supermercados que fazem o destino final das frutas, verduras e legumes:

mapeamento, controle – inclusive da pesagem – e a fidelidade de seus clientes. “Já aconteceu de comprarmos caixas com conteúdo abaixo da pesagem e até acima”, conta ele.

Isto é fundamental para a relação que temos com nossos compradores, que querem transmitir a mesma confiabilidade a seus consumidores finais”, conta Luiz Carlos dos Santos, chefe de vendas do Rei da Uva. Ele ressalta a dificuldade dos próprios distribuidores rotularem os itens. “Isto precisa vir pronto do produtor, que vai rotular o seu produto, que será posteriormente encaminhado aos compradores”, complementa.

“Os agricultores precisam reparar que o rótulo

é uma propaganda para eles, é onde inclusive o consumidor passa a ter referência de seu produto, associando a sua qualidade de onde ele vem”, alerta Andersen, reforçando mais um aspecto positivo da rotulagem. Hoje, rotulagem precisa apresentar nome do produtor, endereço, número de registro geral, classificação, tipo e peso, sendo que as próprias gôndolas precisam conter informações de origem do produto. “Da forma como todos estão atentos ao assunto, em breve também serão exigidas informações nutricionais”, completa ele. Nos supermercados, por enquanto, apenas os produtos embalados precisam conter os dados nutricionais.

Outra preocupação que produtores e supermercadistas devem considerar está relacionada à quantidade de resíduos agrotóxicos encontrado nos produtos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária desenvolveu o Programa de Análises de Resíduos Agrotóxicos (Para) que, desde 2001, vem recolhendo amostras de FLV nos supermercados de 16 estados brasileiros – em 2009 chegará a todo o país – para identificar se os produtos estão contaminados. O Governo do Estado, Ministério da Agricultura, Universidades,

O Ministério Público vai começar a responsabilizar criminalmente os produtores que comercializarem produtos contaminados e identificados pelo Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos (Para). Sendo assim, os produtos não rotulados devidamente passarão a gerar riscos para o supermercadista.

As exigências, ano a ano:

- 2000: Lei n.º 9.972, de 25 de maio, institui a classificação de produtos vegetais e resíduos de valor econômico e dá outras providências.- 2002: Instrução Normativa Conjunta nº 9, de 12 de novembro de 2002, que estabelece normas para a embalagem, rotulagem e classificação dos FLV.- 2004: Ministério da Saúde com a Resolução RDC n.º 216, de 15 de setembro, dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.- 2008: a Apras é notificada pelo Ministério Publico do Paraná, que notificou também o IPEM, a Visa e o Ministério da Agricultura para que passem a exigir dos produtores de FLV que entreguem seus produtos rotulados.

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FLV

Recomendação da Apras

Saiba mais sobre o PIF

Rotulagem estabelece relação de confiança

A Apras recomenda que os supermercados exijam dos seus fornecedores de FLV a etiqueta de rotulagem e classificação do FLV, além da embalagem conforme estabelece INC nº 9/2002. Além disso, recomenda que seja exigida etiqueta com os princípios ativos dos agrotóxicos usados. Os produtos, quando vendidos a granel, devem conter estas informações disponíveis ao consumidor no local da compra (ex: cartazes, etiquetas, caixa etc.).

A Produção Integrada de Frutas (PIF) é um programa desenvolvido pelo Inmetro em conjunto com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem como objetivo substituir as práticas convencionais de produção. Prioriza a sustentabilidade com a aplicação de recursos naturais, substituição de produtos poluentes e monitoramento dos procedimentos, tornando-o economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. A alta qualidade dos produtos gerados por meio do PIF aumenta a credibilidade e confiabilidade do consumidor em relação às frutas brasileiras.

“O consumidor está mais preocupado em consumir alimentos saudáveis e de procedência confiável. Por isso, acredito que a rotulagem será um instrumento para o salto de qualidade. É importante que a cadeia de FLV entenda que a rotulagem trará vantagens para o consumidor, supermercado e produtor. As informações contidas no rótulo vão permitir que o consumidor decida sua compra baseado nos critérios de qualidade dos produtos, no grau de açúcar da fruta e padrão de higiene. Consumidor satisfeito é garantia de mais vendas e fidelidade às marcas. Nós já estamos percebendo essa tendência nos supermercados, com o crescimento de produtos pré-embalados e pré-processados. O consumidor está disposto a pagar mais por eles, pois percebe um diferencial de qualidade e o produtor que oferecer isso será mais bem remunerado. Aumentando a percepção do consumidor, ele passará a selecionar melhor os produtos valorizando os bons produtores. Dessa forma, fica estabelecida uma relação de confiança entre o produtor e o consumidor final. Será um grande motivo para produzirmos FLV com mais qualidade, mais garantia ao consumidor, menores riscos e resultados para toda a cadeia”.

Everton Muffato, presidente da Apras.

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INFORME 15/2008Curitiba, 22 de dezembro de 2008.

Resumo: A Apras recomenda que os supermercados exijam dos seus fornecedores de FLV a etiqueta de rotulagem e classificação além da embalagem, conforme estabelece INC nº 9/2002. Além disso, recomenda também a exigência das etiquetas com os princípios ativos dos agrotóxicos usados. Os produtos, quando vendidos a granel, devem trazer as informações disponíveis ao consumidor no local da compra (ex: cartazes, etiquetas, caixa, etc.)

A Apras foi notificada pelo Ministério Publico do Paraná, que notificou também o IPEM, a VISA e o Ministério da Agricultura para que passem a exigir dos produtores de FLV produtos conforme preconiza a Instrução Normativa Conjunta nº 9, de 12 de novembro de 2002, que estabelece normas para a embalagem, rotulagem e classificação.

Adicionamento, o MP passará a exigir dos produtores, que embasado na Resolução RDC/ANVISA Nº 259 de 20/09/2002, Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados e no artigo nº 31 do CDC que passem a discriminar em etiqueta os princípios ativos dos agrotóxicos utilizados. Desta forma, além das informações previstas na INC nº 9/2002 deverá conter também – ex.: Alface lisa foi tratada com (contém estes ingredientes) Princípio ativo 01, Princípio ativo 02 –, ou similar. Tal exigência esta embasada nos reiterados problemas que o PARA – Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos – vem identificando em amostras de produtos colhidos nos supermercados do Paraná, desde 2004. Complementarmente, entende o MP que os produtos, quando vendidos a granel, devem conter estas informações disponíveis ao consumidor no local da compra (ex.: cartazes, etiquetas, caixa, etc.). Informamos também que o MP contratou dois agrônomos para acompanhar o trabalho.

Considerações sobre as exigências previstas no INC nº9/2002:1. Que esta é uma medida de segurança alimentar adotada para o consumidor e, se bem explorada, um diferencial para o supermercado;2. Que uma grande quantidade de estabelecimentos já exige que seus fornecedores de FLV entreguem os produtos de acordo com a INC nº 9/2002;3. Que uma boa parte dos supermercados, já informa na vasca o rótulo do FLV comercializado;4. Que a diretoria da Apras é favorável à implantação da INC nº 9/2002;5. Que a Apras divulgou esta exigência reiteradas vezes por meio de revista, informes, imprensa e palestras.

Considerações sobre as exigências de que os produtores passem a discriminar em etiqueta os princípios ativos dos agrotóxicos utilizados no FLV:1. Para os FLV embalados, o MP avalia que existe previsão legal na Resolução - RDC/ANVISA Nº 259/2002 – e considera os componentes do agrotóxico como um ingrediente;2. Para os FLV vendidos a granel, o MP considera que o CDC dá suporte.

Ademais, a Apras entende que quando o supermercado não etiqueta o FLV ou não coloca as informações na gôndola está assumindo a responsabilidade pela venda do produto impróprio para consumo. Desta forma, recomendamos que os supermercados comecem a exigir as etiquetas de rotulagem, classificação e os princípios ativos utilizados para os produtos a granel e adicionalmente a etiqueta nutricional para os produtos embalados.

Quanto aos funcionários, recomendamos que sejam orientados a informar ao cliente que o rótulo dos princípios ativos contém os produtos utilizados na produção do FLV e representam uma garantia para o consumidor em termos de rastreabilidade e princípios ativos utilizados.

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Páscoa promete render bons

negóciosO clima é de otimismo para uma das sazonalidades mais esperadas do ano

Apesar do alarde em torno da crise que assola o mundo desde o segundo semestre de 2008,

a Páscoa deste ano promete render bons negócios. As expectativas da indústria para as vendas de ovos de chocolate, azeites, peixes, vinhos, entre outras guloseimas típicas desta data, são de crescimento em relação ao ano passado.

Os fornecedores estão otimistas e prometem rechear os supermercados de novidades e promotores de venda. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), a Páscoa 2009 deve gerar mais de 25 mil vagas para trabalhos temporários, 70% delas na comercialização e o restante

na produção de chocolates. Isso significa uma força-tarefa de mais de 17 mil trabalhadores nos principais canais de distribuição, como lojas e supermercados. “As indústrias focaram no aumento da eficiência das linhas de produção para poder investir mais em ajudar o varejista a vender e auxiliar o consumidor na escolha mais adequada aos seus anseios e necessidades”, afirma Getulio Ursulino Netto, presidente da Associação. A diretoria da Abicab ainda não divulgou as estimativas para as vendas de ovos de chocolate em 2009, mas revela que em 2008 foram comercializadas 22,9 mil toneladas de produtos para Páscoa.

Só a Lacta, líder nas vendas de ovos de Páscoa há 12 anos consecutivos, deve produzir 21

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milhões de ovos de chocolate este ano. Segundo Larissa Diniz, gerente de trade marketing da Kraft Foods Brasil, 1.050 funcionários foram contratados para reforçar a equipe de produção da fábrica de Curitiba, que será responsável pela fabricação e distribuição nacional dos ovos de Páscoa. Além disso, foram abertas 6,1 mil vagas para promotores de vendas pelo País, 600 pessoas a mais do que no ano passado. O objetivo, segundo Larissa, é ampliar ainda mais a participação da Lacta nesta

época do ano, que representa cerca de três meses de toda a comercialização anual de chocolates. Larissa afirma que a crise não afetou em nada os projetos da companhia, mesmo porque a Páscoa tem um planejamento de 18 meses. “A expectativa para este ano é de uma Páscoa de muito sucesso. Esperamos em 2009 ultrapassar a meta de vendas alcançada em 2008”, completa.

O diretor executivo da Barion, Rommel Barion também está otimista. A empresa espera um crescimento de 10% em

relação às vendas de 2008. “Não sabemos ainda qual o impacto da crise, se houver, nas vendas de artigos de Páscoa. Mas acreditamos que não será significativo, pois a Páscoa é uma festa religiosa e ninguém deixa de presentear os familiares nessa ocasião”, diz, acrescentando que o consumo de chocolate vem crescendo e que este ano não deverá ser diferente. Segundo ele, o incremento na produção e no consumo dos produtos Barion nesta época em relação ao resto

do ano é de aproximadamente 20%.

A Itamaraty também prevê crescimento na produção de ovos de chocolate para a Páscoa de 2009. A expectativa é de um aumento de 5% na produção em relação a 2008, chegando a um milhão de ovos, que serão distribuídos nas cinco regiões brasileiras. Para a produção dos chocolates, foram gerados cerca de 150 empregos e para os pontos de venda deverão ser contratados mais 200 colaboradores. Sem contar a produção de barras

de chocolate, que começou já em outubro do ano passado e também deve aumentar significativamente, assim como de bombons recheados, chips de wafer e outros produtos que têm grande procura neste período.

Os varejistas também estão otimistas. Segundo José Luiz Fink, diretor comercial do Wal-Mart, a rede prevê resultados muito positivos para esta data. “Nossa expectativa de crescimento nas vendas das lojas do varejo no Paraná é de 15% em relação à Páscoa de

“Não sabemos ainda qual será o impacto da crise, se houver, sobre as vendas de artigos de Páscoa. Mas acreditamos que não será significativo, pois a Páscoa é uma festa religiosa e ninguém deixa de presentear os familiares nessa ocasião”.

Rommel Barion

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“Nossa expectativa de crescimento nas vendas das lojas do varejo no Paraná é de 15% em relação à Páscoa de 2008”.

2008”, afirma. Segundo Fink, duas situações embasam o otimismo da empresa. Uma delas está relacionada com o calendário, já que a Páscoa 2009 será no segundo final de semana de abril. “Teremos mais tempo para manter a exposição em loja”, explica Fink. Outro fator importante, afirma ele, é a forte tradição de presentear com ovos de Páscoa, da qual o consumidor dificilmente abre mão.

Oportunidade para crescer

A importadora Porto a Porto aposta num crescimento médio de 7% com relação à Páscoa do ano passado. Para o diretor Pedro Corrêa de Oliveira, os períodos de crise financeira são os melhores momentos para crescer na venda de alimentos e bebidas. “Isso acontece porque, quando o consumidor não tem dinheiro para trocar de carro, reformar a casa ou comprar um novo aparelho de TV, ele investe nas refeições especiais. Ele capricha na ceia natalina e nos almoços de Sexta-Feira Santa e Domingo de Páscoa”, afirma.

Oliveira defende que a melhor resposta para a crise são as novidades. “Temos que lembrar que 70% das vendas do varejo são feitas por produtos

que não existiam há 10 anos. Se pensarmos que um Hipermercado possui 15 mil itens, ele deve saber que são 1.050 itens novos por ano (7%) e quase cem novidades todo mês. Sabemos, obviamente, que as gôndolas não são de borracha: para entrar um item tem que sair outro. Mas é normal

O diretor comercial conta que as vendas das lojas, considerando toda a sua variedade, são elevadas em 40%. “Para se ter uma idéia do aumento da venda de chocolates nessa época, podemos nos ater à demanda por bombons. No período de Páscoa, o consumo de caixas de bombons chega a ser 500% maior do que a média mantida nos demais meses do ano”, conta.

Jose Luiz Fink

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Crise torna os mercados mais seletosencontrarmos dez marcas de palmito em conserva em um supermercado e nenhuma marca de palmito pupunha in natura, um produto que está na moda entre os consumidores de alto poder aquisitivo”, exemplifica. Neste sentido, ele acredita que as redes médias, que ainda possuem uma administração familiar, têm como grande diferencial a agilidade em cadastrar as novidades de seus fornecedores e tomar decisões.

Apostando que, na Páscoa,

ano para a empresa, perdendo somente para as festas de final de ano. Ele conta que este período representa aproximadamente 24% do volume de vendas anual, principalmente nas linhas de azeitonas verdes e pretas e de azeite de oliva, que são os produtos mais vendidos nesta época. Vidal Júnior revela que a meta de crescimento destes produtos para este ano é de 12% em relação a 2008. “Nossa expectativa é de crescimento, pois nos períodos de crise os mercados se tornam mais seletos, abrindo oportunidades para quem é especialista”, diz. Para esta Páscoa, a Vale Fértil está lançando o azeite de oliva Extra Virgem importado da Espanha em embalagem de 125ml.

Marcelino Campos Vidal Junior

o consumidor investe em produtos diferenciados para a elaboração de suas refeições, a Porto a Porto está apresentando uma diversificada gama de novidades. Destaque para o azeite de oliva português Monsaraz, da região do Alentejo, produzido de forma artesanal; o azeite de oliva australiano Ollo; a massa italiana Farfaline Paganini; as sardinhas portuguesas congeladas e o polvo português congelado. Sem contar o Vinho Loios João Portugal Ramos, com nova apresentação, e o chocolate português Jubileu, em formato de frutos do mar.

Segundo Oliveira, a Páscoa é a segunda melhor época do ano para os importados de qualidade. “Geralmente, as vendas destes produtos são 25% maior nesta data do que nos outros meses. E este ano, os lançamentos devem impulsionar um crescimento de 30% em relação aos demais períodos”, analisa. Ele explica que o maior crescimento acontece nos vinhos e na linha de gastronomia relacionada à Quaresma, como os frutos do mar, entre eles, o tradicional bacalhau. Sem contar o azeite de oliva, cujas vendas alcançam seu auge nesta época do ano, superando, inclusive, as vendas de Natal.

Segundo o gerente de marketing e produto da Vale Fértil, Marcelino Campos Vidal Júnior, a Páscoa representa o segundo melhor momento de vendas no

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Uma delícia de Páscoa

O diretor comercial do Wal-Mart, também destaca o sucesso dos azeites, vinhos, conservas vegetais e peixes durante a Páscoa. “O consumo de peixes é valorizado no período, elevando a venda especialmente de salmão, merluza e bacalhau, além da sardinha e do atum em lata. Cresce ainda a procura por batata, tomate, cebola e pimentão, que geralmente acompanham os pratos com bacalhau”, diz Fink.

Mas ele lembra que os itens mais consumidos durante a Páscoa são mesmo os ovos de chocolate. “Também é expressivo o consumo de barras de chocolate, chocolates para cobertura, bombons e colombas. Dentre os ovos de Páscoa, os preferidos são os infantis, dos 20 ovos mais vendidos em 2008, 13 eram voltados para crianças”, conta,

acrescentando que, em relação às novidades do Wal-Mart, o cliente pode esperar, além da colomba de fabricação própria, um incremento expressivo nas linhas de chocolates com personagens.

Aliás, os personagens são

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a aposta da Lacta para a linha infantil, que está lançando o Lacta Kung Fu Panda, feito de chocolate ao leite, que vem com um boneco interativo do desenho. Para os adultos, as novidades são o Bis Formato de Bis, com pedaços de Bis na casca, que é retangular igual ao chocolate e inova no formato; o Lacta Avelã, com pedaços de avelã na casca; e o Laka Diet.

A Garoto também investiu fortemente no público infantil com uma ampla gama de novidades e brindes. Cada tamanho do ovo Baton, por exemplo, vem com um brinde diferente, que pode ser desde caneca, minimoto, minibarco, lanterna ou até passaporte para o parque Hopi Hari.

Destaque também para os ovos Pucca, Bratz, Polly, Max Steel e Smilinguido, todos com brindes.

Na linha para adultos, as novidades são os ovos Garoto Clássicos 375g, Garoto Nougat 240g, Serenata de Amor Jóia 510g (com novo pingente em formato de coração), Talento Avelãs Quadrado 375g e Super Talento 1 Kg. Além dos miniovos Serenata de Amor, com nova embalagem.

A Nestlé é outra empresa que está investindo fortemente na linha infantil, com o Ovo Hannah Montana, que retoma a parceria com a Disney e vem com um pequeno microfone com música; o Ovo Moranguinho, com estojo de

morango com brilho labial; e o Ovo Speed Racer, que vem com minicapacete que serve como garagem do carrinho Mach 6. Ainda para o público infantil, o ovo ao leite com adição do biscoito Passatempo agora vem em gramatura de 75g (número 9), é a primeira vez que a Nestlé chega com um ovo nessa gramatura para trabalhar na pré-Páscoa.

Na linha para adultos, a empresa está lançando os tabletes Classic Branco (375g), Classic ao leite (145g) e Classic Branco (145g). Destaque também para o ovo premium Alpino Tripla Camada, com 600g, que vem com tripla camada, recheio cremoso e nova embalagem para presentear.

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“As indústrias focaram no aumento da

eficiência das linhas de produção para

poder investir mais em ajudar o varejista

a vender e auxiliar o consumidor na

escolha mais adequada aos seus anseios

e necessidades”. (Getúlio Ursulino Netto)

O segredo do sucesso

Mas não basta encher a loja de novidades. Para ter sucesso nesta Páscoa é essencial uma boa exposição dos produtos. “A exposição correta dos ovos de Páscoa é um ponto importantíssimo”, defende Larissa Diniz. Segundo a gerente de trade marketing da Kraft Foods Brasil, a exposição deve ser feita de maneira que facilite a escolha do produto. “Para viabilizar isto, desenvolvemos o planograma de Páscoa, que

orienta o varejista quanto à exposição dos produtos na loja, facilitando a navegação do consumidor”, conta.

A visibilidade e a utilização de materiais de marketing no ponto de venda são apontados pela Nestlé como fundamentais para uma boa exposição. A empresa destaca que o chocolate faz parte da categoria de impulso. Portanto, é necessário expô-lo em pontos que despertem o interesse espontâneo do

Os ovos Especialidades, Diplomata, Prestígio, Charge, Sensação, Chokito, Crunch e Sem Parar também tiveram suas embalagens remodeladas.

Uma das p r i n c i p a i s novidades da empresa é a linha Nestlé Torce Por Você. Faz parte da linha os ovos ao leite dos clubes Corinthians, P a l m e i r a s , Santos, Bahia e Vitória, cujo brinde é um boneco com cartela de adesivos. O hexacampeão São Paulo é homenageado com a Caixa Mini Ovos, de ovos ao leite, que tem jogo de memória de brinde; e a Lata Vintage com bombons sortidos especialidades, em duas opções de imagens. Já na linha Nutrição, Saúde e Bem-Estar, o lançamento da Nestlé é o Classic Diet, sem adição de açúcares.

A Itamaraty também investe na linha light/diet, com produtos com 0% de açúcar que podem ser consumidos por diabéticos e por aqueles que buscam uma dieta alimentar com baixas calorias. Na linha tradicional, a empresa produz ovos ao leite, branco e brigadeiro. Além dos ovos sabor em dobro, que são produzidos com uma casca de chocolate branco coberto com chocolate meio amargo. Na linha para adultos, a grande novidade da empresa para 2009 é o Ovo Impact, produzido com

chocolate ao leite e coco. Para as crianças, a linha Spantooo inova com mini pinballs.

O grande diferencial dos chocolates da empresa é que

eles são feitos com 100% de manteiga de cacau. Por definição do Ministério da Agricultura, o chocolate produzido e comercializado no Brasil deve ter, no máximo, 5% de gordura vegetal e, no mínimo, 25% de cacau. No entanto, apesar da legislação permitir o uso de

gordura até o limite de 5%, a Itamaraty mantém na fabricação de seus chocolates apenas a manteiga de cacau.

Segundo Rommel Barion, além dos ovos de Páscoa, outros produtos que vendem muito bem são os coelhinhos de chocolate, os chocolates em tabletes e os bombons. “Em resumo, todos os produtos de chocolate vendem mais nessa época do ano”, afirma. A empresa resolveu

manter os mesmos lançamentos do ano passado, devido ao excelente desempenho de vendas de produtos como o ovo de wafer, coberto com chocolate ao leite, e o ovo mendo wafer, recheado com mendo wafer, sabor chocolate com avelã e amendoim.

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consumidor. As condições ideais básicas de armazenamento são: temperatura entre 18 e 22ºC, umidade relativa do ar de no máximo 70%, e nunca perto de produtos ou materiais que exalam cheiros fortes, como carne, peixe, queijos, ou ainda material de limpeza e higiene.

Para Rommel Barion, a melhor maneira de expor os ovos de chocolate é em parreiras, como tem sido feito na maioria das lojas. É o caso do Wal-Mart, que investe na exposição com parreiras em áreas nobres das lojas, como os corredores centrais, em layouts diferenciados e na exposição agrupada de produtos que se complementam. “Além disso, teremos sinalização especial nas unidades da rede e campanhas nos veículos de comunicação”, diz José Luiz Fink.

Mas não basta a exposição em

parreiras, nem se concentrar na venda de produtos infantis para a Páscoa. Pedro Corrêa de Oliveira lembra que o varejo que pretende realmente se diferenciar da concorrência tem que ter um mix de produtos que satisfaça também os consumidores mais exigentes. Como exemplo, ele cita o bacalhau. “Cada vez mais o bacalhau seco está perdendo espaço para o bacalhau sem sal congelado, principalmente nas lojas que possuem uma clientela de maior poder aquisitivo. Quem quiser se diferenciar deve procurar produtos mais nobres, de maior valor agregado. Obviamente, devemos ter exposição agressiva de bacalhau, mas também devemos contar com desfiados, posta limpa, lombo congelado, etc”, defende.

Segundo Oliveira, isso vale

também para o azeite de oliva. Ele aconselha que o supermercadista monte uma seleção de azeites com marcas que representem os principais estilos e países produtores. “O azeite de oliva virou uma espécie de coqueluche perante uma faixa da população de alto nível. O mercado de gastronomia cresce em grandes proporções e o varejo moderno deve se atualizar para não perder espaço para os especialistas”, conta.

Já Vidal Júnior, da Vale Fértil, acredita que a melhor maneira de expor os produtos é colocá-los em ilhas junto com produtos específicos para a Páscoa, o azeite, por exemplo, viria junto com o bacalhau. “É o momento de ter uma área de exposição ampliada, afinal o consumidor busca praticidade na loja”, diz.

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Economia

O ano da atenção

redobradaAs expectativas para 2009 sinalizam para a continuidade de investimentos no

setor supermercadista, mas rigor na gestão continua sendo a recomendação dos especialistas

Se 2008 foi o ano do anúncio e de comprovações, pode-se dizer que em 2009 será a vez de mais constatação e prática. O início do ano já trouxe consigo demissões em massa em empresas líderes em seus setores de atuação em todo mundo e o recém-empossado presidente americano, Barack Obama, fala que os Estados Unidos estão lidando, possivelmente, com uma crise sem precedentes na sua história. Por outro lado, o seu par no Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, transmitiu uma mensagem de otimismo aos brasileiros: o sério problema financeiro americano não irá comprometer as metas de crescimento do Brasil, pois o país conta com volume alto de reservas. “A crise veio consertar a economia mundial”, já afirmou o presidente brasileiro este ano.

Diante de todas as notícias que chegam e os sinais que, pouco a pouco, aparecem, os especialistas e profissionais das áreas de economia e negócios no varejo apontam para a necessidade que momentos de dificuldade geram: rigor ainda maior nas negociações e fluxo de caixa, atenção redobrada nas mudanças de perfil de consumo e criatividade. A receita mais simples de todas é esta. Há quem irá recorrer ou já recorreu a ela e quem, enfrentando problemas relacionados ao crédito, por

“Investimentos devem ser mantidos e novas aquisições podem acontecer”

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exemplo, poderá se envolver em movimentações no próprio setor. “Novas aquisições entre redes regionais podem acontecer”, avalia Everton Muffato, presidente da Apras.

“Devemos ter mais consolidação do mercado local, com novas aquisições. Aqueles que dependem de crédito para seu fluxo podem abrir oportunidade para as movimentações de compras e fusões”, afirma Muffato. Para o superintendente da Apras, Valmor Rovaris, se as grandes corporações do setor já exercem pressão para negociações, o ambiente econômico apenas acentua este assédio. “Elas tem capital, querem os pontos e a clientela, e fazem propostas de aquisição de alto valor”, explica. “Os mercados americano e europeu estão em ponto de saturação, o crescimento de maior amplitude está nos emergentes. Por isso, querem a gente”.

Para o diretor de consultoria de negócios para o mercado de varejo da IBM Brasil, Alejandro Padron, o terreno atual é fértil para novas

aquisições e fusões. As grandes redes, que hoje concentram cerca de 40% do mercado nacional e estão bem capitalizadas, podem fazer novos movimentos, bem como as redes regionais podem fazer entre si. “Em um cenário econômico em que é preciso de crédito e capital, as movimentações de concentração acabam ficando mais propícias a acontecer”, analisa ele.

A movimentação regional mais recente foi a compra do Fatão pelo Super Muffato, em 2008. O Super Muffato comprou as lojas da rede Fatão de Londrina, Ibiporã e Maringá. As duas principais aquisições de abrangência nacional que influenciaram o mercado paranaense foram a compra do Atacadão pelo Carrefour, em 2007, por 2,2 bilhões de reais, e do Mercadorama pelo Sonae, em 1997, que também adquiriu redes no Rio Grande do Sul e São Paulo. No entanto, as 24 lojas Mercadorama passaram para as mãos do Wal-Mart, em 2005.

No quesito investimentos, Muffato indica que

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Economia

as redes regionais do Paraná devem manter os planos previstos para 2009. Segundo ele, por enquanto não foi notada uma mudança significativa no comportamento de consumo, o que deve acontecer nos próximos meses. “Janeiro teve bom desempenho”, pontua. O desemprego, que ainda deve aparecer mais, é que pode alterar o cenário das vendas.

Quem se declara otimista para 2009, mantendo os planos de expansão, é o Grupo Pão de Açúcar, que opera 581 lojas em 14 Estados e no Distrito Federal, sendo seis no Paraná (duas lojas da rede Extra e quatro da rede Pão de Açúcar). De acordo com a assessoria de imprensa, o investimento este ano deve totalizar um bilhão de reais, provenientes de recursos próprios, que serão aplicados na medida em que o cenário econômico e resultados da empresas mostrarem-se viáveis.

“Hoje, temos uma posição de caixa forte e robusta, o que dá oportunidades de expansão podendo incluir fusões e aquisições. A companhia já destacou uma equipe responsável em prospectar essas oportunidades e para que esse processo seja feito de maneira estratégica e planejada”, informa a empresa. O grupo pretende investir não só na compra de redes varejistas, mas também em postos de gasolina e drogarias, por exemplo.

Dentro do valor previsto de um bilhão de reais, estão também os investimentos em TI, logística e construção de cem novas lojas, incluindo a compra de terrenos. O objetivo é focar nas bandeiras Extra Fácil (hoje presente apenas em São Paulo) e Assai (São Paulo, Fortaleza e Rio de Janeiro).

Impacto no comércio: por vir

De acordo com pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) junto a 1.200 empresários do comércio, serviço e turismo, entre os quais representantes do setor supermercadista, a expectativa de crescimento

do ano de 2009 em relação a 2008 reduziu cerca de 35% se comparada à pesquisa feita no final de 2007 sobre o que se esperava do ano que viria.

“A indústria já iniciou o processo de demissões e isto chegará em breve ao comércio, que teve em dezembro um momento de aquecimento, mas já em fevereiro deste ano deve começar a arrefecer. O pior está por vir, talvez não na mesma intensidade que está ocorrendo lá fora, mas será um ano complicado para a economia”, prevê Darci Piana, presidente da Fecomércio.

“Desemprego ainda está por chegar ao comércio”

Fora do país, a crise se apresenta em números grandiloqüentes quando se fala em desemprego. De acordo com a Organização Mundial do Trabalho (OIT), a crise econômica mundial poderá contabilizar, em 2009, aproximadamente 51 milhões de pessoas desempregadas em todo mundo, fazendo com que a taxa de desemprego mundial possa chegar a 7,1%, contra 6% da estimativa anterior.

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Das mais de 300 mil demissões que já ocorreram no mundo desde o ano passado, pelo menos 55 mil foram na última semana de janeiro, quando nomes como General Motors, Philips, Sprint Nextel e ING entraram no grupo dos anunciantes de corte de cargos, juntamente com Siemens, Microsoft e Motorola. As dez maiores montadoras do mundo também anunciaram cortes, sendo que os trabalhos temporários são os mais afetados.

“A mensagem da OIT é realista, não pessimista. Estamos agora encarando uma crise global de empregos”, disse o diretor-geral da organização, Juan Somavía, em um comunicado. “Muitos governos estão conscientes e agindo, mas uma ação internacional mais decisiva e coordenada é necessária para evitar uma recessão social global”.

O peso dos cortes de empregos deve se fazer

sentir nos países desenvolvidos, mas os países em desenvolvimento também terão intenso impacto, segundo a OIT. Na América Latina, a crise deve eliminar cerca de 2,4 milhões de empregos neste ano. De acordo com ele, o cenário, portanto, exige cautela, o mínimo de endividamento e revisão de projetos de investimento. No setor supermercadista, espera-se um aumento do consumo de alimentos, por exemplo, “mas sabemos que a rentabilidade destes itens é baixa”, pontua Piana.

“A crise deve levar pelo menos três anos para uma retomada lenta de recuperação. Primeiro, desceremos a escada, depois haverá uma estabilidade desta recessão e então começaremos, lentamente, a subir novamente. É época de ser criativo e de evitar ao máximo as demissões, o que é ruim para toda a cadeia econômica”, finaliza.

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Atenção às mudanças de consumo

De acordo com Alejandro Padron, diretor de consultoria de negócios para o mercado de varejo da IBM Brasil, as grandes redes supermercadistas tinham diante de si um cenário próspero antes da crise atual ser deflagrada, com planos de expansão e crescimento, que neste momento podem ser reavaliados. “O período econômico é desafiador e sairá bem dele quem estiver bem estruturado, com agilidade para driblar as dificuldades e retração do mercado, aproveitando novas oportunidades”, analisa.

Bem duráveis e de maior valor agregado, geralmente adquiridos mediante parcelamentos pelo público consumidor, estão entre as principais vítimas da recessão econômica no varejo. Alimentos e as linhas de produtos mais baratas se encontram na categoria dos privilegiados. “O consumidor fica mais conservador e passa a optar por opções e marcas mais econômicas e também tende a gastar mais com alimento, já que não pode se dar ao prazer de compras de maior custo”, afirma.

A o s supermercados de pequeno porte, Padron recomenda esforço redobrado nas negociações de compra e gestão bastante rígida do fluxo de caixa. Estes estabelecimentos se beneficiam da proximidade de seu público consumidor, pois são os mercados do bairro, de fácil acesso, e de relacionamento interpessoal com a clientela. “É importante tirar proveito disto e prestar atenção às mudanças de comportamento de consumo”, diz. “É preciso estar atento ao que o cliente procura. Não

Kátia Bello, especialista em comunicação estratégica de varejo da Opus Design, ressalta a importância de manter o olhar na oportunidade, não apenas na atitude defensiva. “Relatório do Boston Consulting Group sobre as tendências mundiais no comportamento do consumidor que mostra justamente como períodos turbulentos oferecem oportunidades de captar intenções

de compra e r e p o s i c i o n a r produtos e serviços”, orienta.

Para a elaboração do relatório, foram ouvidos 21 mil c o n s u m i d o r e s , pesquisadas 117 categorias em 14 países (dentre eles Estados Unidos, Brasil, China, Índia,

Japão, França, Itália e Inglaterra). Com uma amostragem global, foi possível captar que os consumidores de todos os mercados começam a adotar um novo modelo de compra. O mesmo consumidor que prefere a loja de desconto para o abastecimento de alimentos onde economiza cada centavo, investe bastante em categorias que geram gratificação emocional.

Reação da crise no consumidor

“O período econômico é desafiador e sairá bem dele quem estiver bem estruturado, com agilidade para driblar as dificuldades e retração do mercado, aproveitando novas oportunidades”. (Alejandro Padron)

adianta só expor picanha, se ele está procurando lingüiça para o churrasco, que é mais em conta. É necessário conhecer seu público consumidor e rentabilizar também em seus desejos de consumo”, exemplifica. “Historicamente, as crises passam e sobrevivem a ela aqueles que estão preparados. É hora de gestão ainda mais rigorosa e observação cuidadosa da demanda”, recomenda o especialista.

Economia

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Os pequenos e médios negócios, que no varejo supermercadista paranaense ocupam uma boa parcela do mercado – entre os associados da Apras contabilizam 73% do total –, são alvo da Visa, que desde 2007 realiza estudo em parceria com a empresa Nielsen. O objetivo do estudo feito na parceria é analisar os hábitos financeiros e operacionais das pequenas e médias empresas na América Latina, de uma forma geral, sem foco setorizado específico.

As conclusões, já da versão de 2008 do estudo trazem informações para reflexão da gestão e condução dos negócios, principalmente em um momento de maiores dificuldades. O estudo

Pequenas e médias empresas: estudo recente

“Pode passar pela cabeça de lojistas a seguinte pergunta: como vou ao mesmo tempo passar a idéia de que minha loja é uma boa opção porque oferece descontos e, além disso, gerar apelo emocional? A resposta é: entendendo as categorias dentro de sua loja e cuidando da comunicação e da exposição delas”, explica a consultora.

“Dentro de um hipermercado, um produto como o arroz, que é um item de abastecimento de cesta-básica, é um típico produto para receber uma comunicação com o consumidor baseada em vantagem e preço, ou seja, menos propensa a uma geração de sensação emocional pela compra. Já itens como maquiagem e cuidados pessoais, por exemplo, podem ter a comunicação mais trabalhada para despertar o desejo e o apelo pela gratificação emocional. O consumidor não está comprando maquiagem e sim a possibilidade de ficar mais bonito ou bonita. A predisposição em pagar por ficar mais bonita é muito maior do que a de pagar por um simples produto de maquiagem”, analisa, indicando a necessidade de explorar as possibilidades de apelo ao consumo.

concluiu que dentro das pequenas e médias empresas (PMEs) notam-se claramente dois grupos – as pequenas e médias por um lado e as micro pelo outro – que se comportam de forma diferente em suas operações, em seus processos e em seus hábitos financeiros. Tanto o faturamento como os gastos das PMEs brasileiras aumentaram. No entanto, seu nível de otimismo é mais baixo que em 2007.

O Brasil se destaca pelo seu alto nível de registro de empresas como pessoas jurídicas, se comparado aos demais países da região. Entretanto, em 2008 diminuiu levemente o número de empresas que declararam registrar-se dessa forma, particularmente no Rio de Janeiro. Apesar dessa formalidade, a relação bancária continua sendo primordialmente do dono da empresa como pessoa e não como empresa em si. O nível da adesão ao sistema bancário no Brasil é alto quando comparado com o da região e se mantém estável se comparado ao ano passado.

Apesar dos instrumentos de pagamento empresariais não estarem amplamente difundidos, se reconhece a necessidade de separar os gastos pessoais dos da empresa. Aqueles que utilizam cartões empresariais reconhecem como principal benefício, a possibilidade de fazer mais compras para o negócio.

As formas de pagamento mais utilizadas continuam sendo o dinheiro e cheque. Também vale ressaltar o uso do boleto bancário, característico no Brasil, o que, de acordo com a Visa, gera tempo considerável de administração.

Da mesma forma que em 2007, a maioria das PMEs não conta com acesso a crédito e em sua maioria são empresas pequenas e médias. Apenas 20% das empresas declararam ter acesso a crédito e as fontes de financiamento se diversificaram em relação a 2007, incluindo empréstimos bancários, cartões de crédito e financiamento dos fornecedores. A oportunidade de utilizar meios de pagamento eficientes e modernos é uma realidade para todas as PMEs, independentemente de seu tamanho.

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Artigos

por Prof. Menegatti

Mantendo clientes para sempre...

O que fazer para manter clientes para sempre num

mercado hiper competitivo?

Hoje em dia, empresas inteligentes não se vêem como vendedoras de produtos, mas como criadoras de clientes lucrativos. Não querem apenas gerar uma carteira de clientes, mas serem donas desses clientes para sempre, ou seja, aumentar sua participação nos negócios do cliente. Elas não querem ser as únicas fornecedoras de um determinado produto, mas também fornecerem tudo o que puderem entre aquilo que o cliente consome. Isso é conhecido como perseguir a participação do cliente.

Os bancos, por exemplo, cada vez mais querem aumentar sua participação no bolso do cliente. Hoje, a Harley-Davison não vende apenas motocicletas, mas também jaquetas de couro, óculos escuros, creme de barbear e tem até restaurante Harley em Nova York. Podemos dizer que a Harley quer criar e ser proprietária do “estilo de vida do cliente”.

Tornar um cliente mais forte e fiel requer levá-lo através de vários estágios de desenvolvimento de sua fidelidade. Entre os principais estão:• ClienteComprador• ClienteRegular• ClienteFã

Antes de comprar, o cliente desenvolveu certa expectativa baseada no que os outros disseram, naquilo que o vendedor prometeu e em suas experiências anteriores. Esse cliente só voltará a comprar se ficar satisfeito ou muito satisfeito. A Xerox relata que clientes plenamente satisfeitos têm seis vezes mais probabilidade de voltar a comprar produtos Xerox nos 18 meses seguintes do que clientes simplesmente satisfeitos.

Pesquisas de satisfação do cliente demonstram

1. Cliente Comprador

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Com um bom banco de dados, uma empresa que possui muitos consumidores pode começar a vê-los e tratá-los como clientes. Quando alguém liga para uma empresa que vende roupas por catálogo, outra de seguro de carros e os operadores de telemarketing quando atendem ao telefone perguntam: “Sr. José, o senhor gostou da TV que comprou mês passado?”; ou “Sr. Hélio, a entrega foi feita de maneira satisfatória?”, essas empresas

2. Cliente Regular

que ele tende a ficar descontente com suas compras em 25% dos casos. E o que é pior, 96% deles não reclama, seja porque não sabem como ou com quem reclamar, seja por acharem que o esforço não compensa. Ironicamente, os clientes que reclamam e têm suas queixas atendidas satisfatoriamente costumam se tornar mais fiéis do que clientes que nunca ficaram insatisfeitos. Cerca de 34% dos clientes que registram queixas mais graves voltam a comprar na empresa se suas reivindicações forem atendidas. Esse número se eleva para 52% para as reclamações mais leves. Mas, se a reclamação for resolvida rapidamente, 52% dos clientes com reclamações mais graves e 95% dos clientes com reclamações mais leves voltam a fazer negócios com a empresa.

Existem muitas maneiras de recuperar a preferência de um cliente decepcionado. Uma delas é entender que a reclamação é uma forma de dizer “desejo continuar comprando”. Outra maneira é oferecer algum desconto na próxima compra ou ainda um pequeno presente, como forma de compensar o erro.

Uma cadeia americana de restaurantes possui uma estratégia muito particular para a recuperação de clientes:• Quandoosclientestêmqueesperarentre

10 e 20 minutos além do horário de sua reserva, as bebidas são por conta da casa. • Se eles tiveremque esperarmais de20

minutos, toda a refeição fica por conta da casa. • Seopãochegar5minutosapósocliente

ter se sentado à mesa, oferecem uma sopa, também por conta da casa.

estão considerando seus consumidores como clientes e demonstrando que seu interesse vai além de simplesmente vender seus produtos.

Apenas lembrando...Consumidor: é aquele que adquire bens,

produtos e serviços sem estabelecer um vínculo comercial de longo prazo com a empresa.

Cliente: é a peça chave da empresa e o foco das atenções. Diferencia-se do consumidor por possuir um vínculo de maior intensidade com a empresa.

3. Cliente Fã...Quanto mais o cliente gostar de uma empresa,

mais provavelmente ele falará bem dela quando pedirem sua opinião – ou mesmo sem que a peçam. A melhor propaganda é um cliente satisfeito e clientes satisfeitos tornam-se Fãs.

Muitas empresas têm por objetivo fazer de seus clientes seus fãs. Fã é uma forma abreviada de fanático, uma boa descrição do sentimento dos proprietários de motocicletas Harley-Davidson. As pessoas confiam muito mais na opinião de amigos e conhecidos do que em anúncios que lêem ou um porta-voz que elogie o produto.

Uma opção óbvia para conquistar mais Fãs é solicitar a esses clientes a indicação de alguns amigos ou perguntar se eles se disporiam a servir de referência para a empresa. Um bom exemplo é o de um supermercado de bairro de uma cidadezinha do interior que colocou uma placa dizendo: “Se você estiver satisfeito com nosso atendimento, gostaríamos de satisfazer também seus amigos”.

Lembre-se:Manter um cliente é mais fácil e mais barato que conquistar um novo.

Prof. Menegatti:www.menegatti.srv.br

(41) 3342-9562 / 9942-5550

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Artigos

T e n d ê n c i a s 2 0 0 9 : Quais são os novos temores do líder?

Com a crise dos mercados globais influenciando o rumo das organizações nos últimos meses, tem-se ouvido de todos os lados que as empresas têm que se redescobrir a cada ano, se superar a cada mês e se reinventar a cada semana para não serem devoradas por concorrentes. Mas é possível conseguir tudo isto em um curto espaço de tempo?

O ser humano, de um modo geral, possui limites e é comum o temor daquilo que não conhecemos. Liderar em meio à crise é um desafio, principalmente no que se refere a resultados imediatos e empenho da equipe. É importante lembrar que, da mesma forma que o líder, os seus colaboradores também têm limites e medo, por isso, cobrar de todos mudanças imediatas e alteração de comportamento no trabalho não é tão simples.

Há, neste momento, uma preocupação intensa dos empresários e líderes com as novas tendências, com o futuro, mas o presente não está sendo cuidado

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Andréa Luy Gerente de Treinamento da IESPAR

( Inst ituto Escola Paranaense de Supermercados)

devidamente. Muitos clientes continuam insatisfeitos com a performance das empresas em questões como, por exemplo, a falta de planejamento, desconhecimento das suas necessidades e falta de atenção dos funcionários.

É necessário ressaltar que o papel do líder neste momento também é dar assistência aos seus colaboradores. Líder empreendedor deve ser otimista. Não há outra forma de vencer as turbulências. A equipe precisa ser assistida, ela ouve muitas notícias e comentários, mas muitas vezes não consegue compreender até onde a crise global altera os negócios no supermercado em que trabalha. Em outras palavras, lhe são exigidas mudanças de comportamento profissional, mas não lhe são dados instrumentos para lutar contra a crise.

Mas, quais as estratégias a serem usadas neste momento? Ao se falar de resultados, é necessário pontuar que este irá surgir a partir da satisfação dos clientes e, para tanto, deve haver profissionalismo da parte do supermercadista. Isto é possível com preparação dos recursos humanos da empresa, ou seja, uma equipe devidamente treinada.

Como formar uma equipe em meio à crise? Em um momento de medo como este, é fundamental que a empresa ofereça segurança aos seus colaboradores. Um bom clima organizacional em que o funcionário é ouvido, respondido, treinado e consegue ver que a empresa tem planos para ele, lhe darão forças e mais vontade para trabalhar e trazer resultados. É importante lembrar que as mudanças serão vistas por profissionais assistidos pelo líder, não ocorrerão de imediato porque o ser humano precisa de tempo para absorver mudanças e rever atitudes.

A grande tendência para os supermercadistas é a profissionalização do setor e o grande capital das empresas é o capital humano. O resultado será visto em um futuro próximo. Para tanto, o empresário e os líderes devem rever uma mudança imediata de atitudes frente ao seu cliente interno e externo.

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CURSO FORMAÇÂO GERENCIAL NO VAREJO

2009

Maiores informaçõeswww.apras.org.br/iespar

41 3362-1212

PALESTRA Prof. Francisco Flávio de Paula

PROJETO APRAS MULHER

No dia 27 de janeiro de 2009, no auditório da Apras, Francisco Flávio de Paula, professor do Iespar (Instituto Escola Paranaense de Supermercados) e Consultor na Área Varejista, ministrou a primeira palestra do ano, com o tema “Tendências para o Varejo 2009”. O professor apresentou pesquisas de vendas e falou sobre as características de empresas que estão sendo mais atingidas pela crise. Pontuou, com bastante ênfase, sobre a preocupação intensa das empresas com as novas tendências, com o futuro, porém disse que elas “não estão cuidando do presente”. Relatou que os clientes continuam insatisfeitos com a performance das empresas e afirmou que os supermercadistas que estiverem planejando seu trabalho, identificando as necessidades dos clientes, controlando e realizando um acompanhamento pós-vendas, estarão preparados para enfrentar futuras dificuldades no comércio. A palestra contou com a participação de supermercadistas associados à Apras e também de não-associados.

O projeto Apras Mulher – braço de responsabilidade social da Apras – em parceria com o Iespar (Instituto Escola Paranaense de Supermercados do Paraná) vai realizar em 2009 cursos de capacitação destinados à comunidade. Serão cursos para formação de confeiteiros(as), padeiros(as), operadores de caixa e cartazistas.

Turma 21 – CuritibaInício do curso: 09/03/2009Contato: PatríciaFone: (41) 3362-1212

Turma 22 – Ponta GrossaInício do curso: 09/03/2009Contato: AnitaFone: (42) 3236-3077

Turma 23 – CascavelInício do curso: 10/03/2009Contato: MarcelaFone: (45) 3223-9995

Turma 24 – MaringáInício do curso: 03/03/2009Contato: IedaFone: (45) 3223-9995

Espaço Iespar

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PROGRAMAÇÃO DE CURSOS

Curso: Atendimento ao Cliente – Carga horária: 8hDia: 10/03/2009.Cidade: Curitiba – PRInformações: (41) 3362-1212 – Patrícia

Curso: Hortifruti – Carga horária: 8hDia: 24/03/2009. Cidade: Curitiba – PRInformações: (41) 3362-1212 – Patrícia

Curso: Promotores de Loja – Carga horária: 8hDia: 05/03/2009.Cidade: Cascavel – PRInformações: (45) 3223-9995 – Marcela

Curso: Atendimento ao Cliente – Carga horária: 8hDia: 18/03/2009.Cidade: Foz do Iguaçu – PRInformações: (45) 3223-9995 – Marcela

Curso: Cartazista – Carga horária: 8hDia: 10/03/2009.Cidade: Guarapuava – PRInformações: (44) 3627-6141 – Edena

Curso: Técnicas de Vendas – Carga Carga horária: 8hDia: 17/03/2009.Cidade: Guarapuava – PRInformações: (44) 3627-6141 – Edena

Curso: Atendimento ao Cliente – Carga Carga horária: 8hDia: 23/02/09Cidade: Londrina Informações: (43) 3323-7935 - Miriam

Curso: Repositores são Vendedores – Carga horária: 8hDia: 13/04/09Cidade: LondrinaInformações: (43) 3323-7935 - Miriam

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Espaço Apras

Regional Cascavel Regional Ponta Grossa

Para encerrar as atividades de 2008 e comemorar os resultados, a Apras Regional Cascavel realizou, no dia 29 de novembro, no salão social da Coopavel, seu jantar de encerramento. O Senhor Vice-Prefeito de Cascavel, Vander Piaia, esteve presente e parabenizou a diretoria da Apras Regional Cascavel pelo brilhante trabalho realizado. Após o jantar, os cerca de 900 convidados puderam degustar coquetéis especiais preparados por um flair bartender e prestigiar a apresentação da Banda Savana. Na oportunidade, o presidente regional, Rubens Beal, aproveitou para homenagear os patrocinadores dos eventos realizados em 2008 e agradecer aos associados. “As nossas ações são possíveis devido à participação de todos”, ressaltou.

A confraternização da Apras Regional Ponta Grossa reuniu, no dia 29 de novembro, associados supermercadistas, fornecedores, representantes e convidados de Ponta Grossa e Irati num grande jantar dançante que recebeu cerca de 600 convidados no Centro de Convenções do Shopping Palladium, em Ponta Grossa. Depois da refeição, os presentes participaram do sorteio de diversos prêmios e prestigiaram a apresentação da Atlântico Sul Banda Show.

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Regional Pato Branco Aspectos Macroeconômicos da crise, por Milton Dellari

Regional Maringá

O jantar de final de ano da Apras Regional Pato Branco foi realizado no dia 29 de novembro na sede social do Grêmio Industrial Patobranquense. Supermercadistas, convidados e autoridades foram recepcionados pelo presidente regional, Fernando Delazeri, que, em seguida, passou a palavra aos patrocinadores do evento. Para encerar, os presentes acompanharam o espetáculo da Banda Mariah.

Os associados da Apras acompanharam, no dia 9 de fevereiro, a palestra do consultor empresarial e ex-Secretário Especial de Abastecimento e Preços da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, Milton Dellari. Os participantes puderam aprofundar seus conhecimentos sobre os aspectos macroeconômicos da crise financeira mundial e entender a origem, a influência no cenário brasileiro, e quais as perspectivas para a indústria e o comércio em 2009.

De acordo com o consultor, neste momento de transição os empresários devem agir com prudência e tranqüilidade. É preciso reunir a equipe, colocar os problemas e estar aberto para sugestões vindas dos funcionários. “Quando o colaborador participa das decisões da empresa, os resultados são altamente positivos”, afirma.

A Apras Regional Maringá realizou o jantar dançante de encerramento no dia 29 de novembro, no Clube Olímpico. Com a participação de 736 pessoas entre associados supermercadistas, convidados e fornecedores, o evento contou com a presença do Senhor Vice-Prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin. Além do jantar, os convidados puderam descontrair com a apresentação do cantor e humorista Marlon Rossy, diretamente de Maceió, e o sucesso da Banda Condor Show.

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Plataforma

A Danone anuncia um produto que vai levantar a galera: DanUp Açaí com Guaraná. Elaborado com polpa de açaí e extrato do guaraná, o novo sabor de DanUp já está disponível nas gôndolas dos supermercados. A versão é gostosa, saudável e prática de beber, ideal para os jovens que enfrentam a correria do dia-a-dia e precisam ter energia para as horas de lazer, trabalho, estudo, esporte e namoro. DanUp Açaí com Guaraná contém 157kcal em cada garrafinha de 180g.

A Gomes da Costa, líder de pescados em conserva na América Latina, traz mais uma novidade ao mercado brasileiro: a Cavalinha – um tipo de peixe sem escamas, mais saboroso e mais nobre do que a sardinha. O novo produto é uma extensão da linha, conservado em óleo, que traz um sabor mais marcante às receitas. As latas são equipadas com tampa abre-fácil.

A Leite de Rosas inova em design e aposta em novas embalagens para o seu desodorante roll-on, que também ganhou duas novas fragrâncias: Fresh e Pétalas. A linha oferece proteção contra os odores e a transpiração excessiva, tratando a pele e prolongando a sensação de pós-banho. Produzidos a partir de formulas leves e suaves, os antitranspirantes Leite de Rosas mantêm o pH fisiológico da pele, protegem por 24 horas, são hipoalergênicos e não contêm álcool ou corantes.

você terá em suas mãos a solução mais prática e eficiente para manter seu ambiente sempre limpo e com uma agradável fragrância. Os refis secos descartáveis utilizam ação eletrostática para atrair as partículas de pó, cabelo, migalhas e outras sujeiras para o refil, onde um tecido de fibras as

DanUp versão Açaí com Guaraná

Pescado em conserva

Linha roll-on com nova embalagem

Ambiente limpo e sem desperdício

atrai pelo contato. Os refis úmidos são utilizados para finalizar a limpeza de seu ambiente, após a utilização do seco, higienizando e deixando o ambiente com um agradável perfume. Encontrado nas fragrâncias Citrus e Lavanda.

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A embalagem do tradicional Vinho do Porto das Caves Messias está de cara nova. Mais alongada, a garrafa ganha novo rótulo que destaca o brasão e a marca. O aroma refinado, a coloração esplêndida e a qualidade permanecem intactos. O Vinho do Porto Messias chega ao Brasil por meio das importadoras Casa Flora e Porto a Porto, com preço sugerido de R$39,00.

A importadora Gourmand Alimentos vem se adaptando às mudanças de comportamento do consumidor brasileiro e traz para o mercado a linha Wonka de chocolates e balas vinda do Estados Unidos. O nome faz alusão a Willy Wonka do filme A Fantástica Fábrica de Chocolates. Os chocolates apresentam-se em barras de 75g e as balas nos sabores melancia, morango, frutas silvestres, cereja, maçã, uva e limão entre outros.

A Perfetti van Melle decidiu lançar no Brasil o Mentos cola, novo sabor que pretende atingir o público jovem, que tem o hábito de beber refrigerante com mais freqüência. Por ser da cultura do brasileiro tomar refrigerante com uma fatia de limão, o produto foi mais além: foi lançada a explosiva mistura de cola e limão. O Mentos cola com limão já é o sexto mais

Nova identidade para Vinho do Porto

Presentes de dar água na boca

Mentos sabor cola

vendido da linha, ultrapassando inclusive o sabor melancia, que até então era o lançamento mais bem sucedido da companhia.

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