supastar bodyboard magazine

102
EDIÇÃO NUMERO 01 - 2012 ENTREVISTA SUPASTAR COM NICOLAS ROSNER ENTREVISTA COM MIGUEL GRAÇA ESPECIAL VERÃO 2012 BODYBOARD MAGAZINE

Upload: supastar-mag

Post on 10-Mar-2016

221 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Nova revista de bodyboard portuguesa

TRANSCRIPT

Page 1: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

EDIÇÃO NUMERO 01 - 2012

ENTREVISTA SUPASTAR COM NICOLAS ROSNERENTREVISTA COM MIGUEL GRAÇA

ESPECIAL VERÃO 2012

BODYBOARD MAGAZINE

Page 2: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

BODYBOARD MAGAZINE

Page 3: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

AVISOTodos os direitos reservados. Esta revista digital não pode ser reproduzida, copiada ou em parte, por qualquer processo mecânico, fotográfico, electrónico, ou por meio de gravação, nem ser in-troduzido numa base de dados, difundido ou de qualquer forma copiado para uso público ou priva-do - além do uso legal como breve citação em artigos e críticas - sem prévia autorização dos autores. As infracções às regras acima referidas ou outras serão punidas pela lei.

Depois diz que não foste avisado.

Page 4: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben TavaresFoto: Ruben Tavares

Page 5: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

EDITORIALA Supastar não nasce com esta primeira edição. Nasce há aproximadamente 16 anos, num subúrbio mal-afamado de Sintra. Quando os ténis Redley e o cabelo queimado pelo wax passavam de moda, a euforia do “Portugal Radical” esmorecia e as grandes marcas de Surf deixavam de apostar no Bodyboard. Foi neste contexto que se foi formando um grupo de amigos, que tinham em comum o facto de pertencerem à mesma esco-la, bem como a paixão pelas ondas. Não éramos muitos e, nem tão pouco, espe-cialmente bons. Não tínhamos a praia à porta de casa e muito menos carro. Aí sim, deu-se o início da Supastar, nas idas conjuntas de autocarro para a praia, nas primeiras surf trips à Ericeira de tenda às costas, no ensinar como fazer um bottom aos mais novos, no primeiro carro que rapidamente era de todos, no picanço para entrar em mar cada vez maior. É neste espírito de pureza, simplicidade e amizade que esta equipa foi moldada e no fundo é tudo o que temos para oferecer. Não par-ticipámos em campeonatos, não somos big riders, não somos minimamente conhecidos na comunidade. Somos sim, felizes anónimos que sempre acompa-nharam o Bodyboard de perto. Sabemos que o início desta publicação é humil-de, contra a corrente dos tempos que correm, mas é um projecto cheio de sinceridade e amor pelo Bodyboard. O que mais queremos é ver o lineup cheio de bons bodyboarders, de todas as idades, raças e géneros a usufruir e a aprender de tantas coisas que este desporto tem para oferecer.

É para isso que queremos contribuir. Boas ondas meus amigos!

Carlos Oliveira

Foto: Ruben Tavares

Page 6: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 7: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 8: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 9: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 10: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Carlos Renato / hawaii

Page 11: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

“... o Mar como uma enti-dade, como um ecossistema e como um Mundo dentro do nosso Mundo...”

Pela primeira vez, sento-me para

escrever algo a ser publicado. Digo-o

sem medos! O projecto“Supastar”

é como um bebé que acabou de

nascer; não sabe qual o seu destino

nem ainda qual o seu contributo para

a sociedade. Este bebé é a ambição

de três amigos que o compõem e

eu, bem, eu sou um deles… Um

dos que começaram agora a cresc-

er com o projecto. “O Homem e o

Mar”… Assunto complexo, penso

eu… Comecei a escrever, apaguei,

rasguei, deitei fora… Recomecei

a escrever, lixo outra vez! Até que

pensei: “Porque complicas?! Nada

pode ser mais simples para ti que

escrever sobre este assunto…”.

Apercebi-me que estava totalmente

errado! Passar uma paixão, um amor,

para o papel, pode revelar-se uma

árdua tarefa.

Falar da relação entre o Homem e

o Mar, passa por falar em várias ac-

tividades, vários pontos de vista,

vários sentimentos. Trata-se de um

assunto bastante subjectivo, se não

quiser entrar em factos históricos

(o que é aqui o caso) e nos quais

Portugal é riquíssimo, em prol de uma

abordagem mais sentimental. É

falar da abordagem principal da

“Supastar”, os Bodyboarders, mas

também dos surfistas, dos pratican-

tes de outros desportos náuticos,

dos pescadores, dos fotógrafos

desportivos ou de paisagem, sejam

todos estes intervenientes perten-

centes às categorias de amadores ou

profissionais. Passa por falar no sal

que nos fica na pele e que provoca

comichão quando vestes a t-shirt;

passa por falar na sensação de felici-

dade quando te sentas na areia, num

fim de tarde, a contemplar o Mar,

esteja ele revolto ou calmo; na re-

volta que sentes quando o vês

constantemente a ser martirizado e

o teu pico preferido, substituído por

uma marina que irá encher os bolsos

MAR

S U P A S T A R

HOMEM E O

REVOLTO OU CALMO

Page 12: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

de alguém que “se está nas tintas”

para estes sentimentos que aqui

falamos… Passa, essencialmente,

por tratar o Mar como uma entidade,

como um ecossistema e como um

Mundo dentro do nosso Mundo;

passa por escrevê-lo com “M” maiús-

culo porque é isso que ele merece!

É imenso e demasiadamente impor-

tante para ser diminuído…

Quando penso no Mar, penso em

parte de mim. Penso num remé-

dio para as minhas angústias, para

os meus problemas… Penso num

prazer que ainda não paga imposto!

Sou Bodyboarder há 23 anos e o sen-

timento simplesmente não muda!

Muito pelo contrário. Cada vez mais,

quando me sento na prancha, bem

posicionado no outside, enquanto

observo o horizonte pintado por um

imponente pôr-do-sol, ao mesmo

tempo que avisto uma gaivota a rasar

a superfície do Oceano, bem próxima

de mim, não me consigo lembrar de

nada mais que os momentos bons e

felizes da minha vida. Todos os males

são erradicados da minha mente e,

naquele momento, a minha vida é

perfeita… É este o efeito fantástico

que me leva a amar o Mar. Por seu

turno, quando, por algum motivo,

HOMEM E O MAR

Foto: João Faustino

Page 13: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

estou longe por muito tempo, a

claustrofobia instala-se e eu só que-

ro voltar! A minha relação com o

Mar proporcionou-me o desenvolvi-

mento de outras relações. Grandes

amizades se têm construído ao

longo da minha vida, tendo como fio

condutor o sal que existe como

seu elemento. O próprio amor que

hoje existe pela mulher com quem

partilho a minha vida, tem algo de

salgado, fruto dos inúmeros mo-

mentos aí passados… O Mar, para

mim, não é mais nem menos que

a base de tudo. O oxigénio que não

me entra no corpo quando mergulho

só, enquanto comunidade. Para

nós, todos sabemos que, indepen-

dentemente dos nossos motivos, é

o Mar que nos leva a tomar certas

decisões e a seguir determinados

percursos nas nossas vidas. Por

isso, vive-o, partilha-o e, acima

de tudo, respeita-o e preserva-o!

Porque a nossa relação com o Mar

deve, e tem, que ser interminável…

João Faustino

é, no fundo, aquele que me faz viver

e que me dá o fôlego para enfrentar

o dia-a-dia! Talvez seja exactamente

por isso que, ao escrever estas pala-

vras, o faça sentado de frente para

o Mar, a minha fonte de inspira-

ção de sempre. Falar do Mar e da

nossa relação com este pode ser,

como já referi, um assunto mui-

to subjectivo e dependente das

experiências de cada um. Esta é

apenas a minha visão dele. Tu,

que lês estas palavras, poderás ter

uma opinião diferente. Porém, não

poderemos negar que, afinal, é ele

que nos une, Bodyboarders e não

S U P A S T A R

Page 14: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Carlos Renato / hawaii

Page 15: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

HOMEM E O MARNão importa o porquê… Não interessa

a razão… Apenas o fazemos porque

está em nós! No fundo, é irrelevante

o tamanho da onda, a manobra

escolhida, a projecção ou a di-

recção. Interessa, sim, o espírito

e o elemento: o Mar que te abraça

e faz feliz. Com ele, somos livres!

A partir daí, fala a paixão…

João Faustino

Page 16: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 17: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Foto: Ruben Tavares / Supertubos

Page 18: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Miguel Serrão

Page 19: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Foto: Ruben Tavares / Guincho Foto: Carlos Renato / hawaii

Page 20: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Miguel Tavares

Foto: Carlos Renato / hawaii

Page 21: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

HOMEM E O MARO Mar não é o Mar por si só.

Seria este o mesmo se não

existisse o meio que o envolve?

Que seria deste sem as escarpas

que o abraçam em dias de tem-

pestade como alguém faz ao abraçar

um amigo tomado por uma atitude

de fúria? Que seria do Mar sem uma

praia de areia suave que o recebe

num festival de espuma branca

antes de o enviar de novo para a

sua próxima viagem? Que seria

dele sem o recife que o suporta e

lhe proporciona as feições mais

belas, esculpidas numa onda de

tubo oco e cores translúcidas,

que nem uma Deusa de formas

esculturais e idolatrada por nós,

ditos “Homens do Mar”, que a

veneramos?

João Faustino

Page 22: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Carlos Renato / hawaii

Page 23: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Pedro Fernandes

Foto: Arquivo Pessoal / Nicolas Rosner

S U P A S T A R

Page 24: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 25: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Desconhecido

S U P A S T A R

Foto: Carlos Renato / Carcavelos

Page 26: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Hugo Pinheiro

Foto Capa: Ruben Tavares / Rider: Hugo Pinheiro

HOMEM E O MARO Homem sempre se tentou superar a si próprio e aos outros. É um facto… O porquê dessa necessidade é algo que poderá ter muitas ou ne-nhumas explicações. Tudo depende da motivação de cada um e da sua própria visão do mundo. Foi no Mar que a História registou grandes feitos heróicos que muitos julgavam inalcan-çáveis. Na actualidade, sem mais Mar por desbravar e na esperança de menos batalhas travar, continuamos a tentar superar os nossos limites dando, cada vez mais, um novo fôlego ao nosso desporto. Na imagem, Hugo Pinheiro pergunta-se se “o céu será o

limite”…

Page 27: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Hugo Pinheiro

Foto: Ruben Tavares

S U P A S T A R

Page 28: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Carlos Renato / hawaii

Page 29: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

HOMEM E O MARToda uma comunidade num mesmo

meio. É este o poder do elemento que

nos une. É a união que nos dá a força

necessária para o defender das mais

agoniantes agressões. Não só pode-

mos, como DEVEMOS, fazê-lo!

Independentemente da prancha

que se usa, da espessura da linha

com que pescamos, da abertura

da lente com que fotografamos…

É nosso dever proteger o Mar para

que nunca deixemos de ver nele o tal

pôr-do-sol que nos faz ser, naquele

momento, a entidade mais feliz do

planeta.

João Faustino

Page 30: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 31: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 32: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 33: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 34: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: João Raimundofacebook.com/JoaoPedroRaimundoPhotography

Page 35: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

“...há 18 anos as minhas ambiçoes eram aprender a surfar como os prós...”

Nicolas, ganhar os trials numa praia que te é muito querida e depois ter sido recebido na are-ia daquela forma, deve ter sido uma verdadeira surpresa! Que sonhos e ambições tinhas, relacio-nados com o Bodyboard, quando começaste a apanhar as primeiras ondas? Ou nunca pensaste muito nisso?N.R. Sim, foi uma pequena sur-

presa, entrei no campeonato com o

objectivo de me qualificar para o

main event e, com o apoio na praia

que ia recebendo durante cada heat,

fui ganhando a confiança que me

levou até à final. Quando comecei

a praticar Bodyboard há 18 anos,

as minhas ambições eram apren-

der a surfar como os prós na altura,

como o Eppo, Wingnut, Macca, Jeff

Hubbard, Kyle Maligs, entre outros.

Ainda bem que falas nisso. Vi-te al-gumas vezes, aquando do campe-onato, a dares boleias ao Jeff Hubbard, assim como ao Amaury Lavernh. E vi também um comen-tário do Jeff no “Instragram”, feliz da vida por teres ganho os trials. E chamava-te carinhosamente “my boy”. De onde vem essa amizade?A amizade vem já desde os primei-

ros anos que o Jeff vem a Portugal,

sendo a CC Board Center o meu

actual patrocinador, quem o trouxe

cá na altura e continua a trazer.

Como é conviver e surfar durantes uns dias com prós? Viste alguma onda que te tenha impressionado durante as surfadas que fizeste com eles?Surfar e conviver durante uns dias

com os prós é algo onde aprendo

sempre muito. Eles estão sempre

com pica para todos os tipos de

mar e quando não estão na água

fazem sessões de alongamento.

Fiquei impressionado com os tubos

e as manobras inovadoras do Dave

Hubbard como quando mandou

um backflip em stand up e aterrou

deitado a continuar na espuma, na

Praia Grande, antes do campeonato.

Mudando de assunto. Sei que vens do Magoito. Praia que até nem é uma onda de referência nacional.Mas o certo é que a sua comuni-dade tem altos bodyboarders. Tu,

NICOLAS ROSNER

S U P A S T A R

SUPASTAR

ENTREVISTA

Page 36: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Arquivo Pessoal / Nicolas Rosner

Page 37: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

o Sanguim e o Magoito são talvez os mais conhecidos. Como é que uma praia com ondas medianas produz tamanha qualidade?Não sei, mas talvez por crescermos

a surfar ondas tão moles e más que

quando apanhávamos dias de ondas

melhores noutras praias aprendía-

mos a não desperdiçar nenhuma

parte da onda... Enfim, não sei bem,

será preciso fazer um estudo mais

aprofundado! (risos)

Quais são as tuas ondas favoritas? Em Portugal e no estrangeiro. As minhas ondas favoritas em Portugal são mui-tas mas de destacar talvez, em fundo de areia, Supertubos, Beliche , Paço d’Arcos e Praia Grande quando os fundos acer-tam. E em fundo de pedra, os reefs da Ericeira.

E viagens? Que surf trips já fizeste? Qual a que marcou mais e porquê?Viagens… Já fiz algumas surf trips

mas ainda há muitas por fazer. Já

estive quatro vezes na Indonésia e

foram sem duvida as que me mar-

caram mais em termos de ondas

boas e consistentes. É, sem dúvida,

um sítio recomendado para ganhar

experiência nos tubos e na linha de

onda. Para além da Indo, já fiz surf

trips ao nordeste do Brasil, Açores,

Canarias, Califórnia, sul da Índia e

Cabo Verde.

És um adepto do Dropknee. Donde vem essa pica para fazer dk?Adoro dk. A pica vem já de há al-

guns anos atrás e começou mais a

sério quando vivia na Califórnia, onde

existia uma esquerda com parede

mas bastante mole, à frente de casa.

Como não tinha carro para ir todos

os dias para o sítio onde as ondas

eram melhores, comecei a fazer

surfadas só em Dropknee e deu

para ganhar uma base melhor. Aqui

dá-me sempre pica estar com

pessoal que faça DK, pois ainda

tenho muito para aprender.

Porque é que achas que há tão pouca gente a fazê-lo?Acho que ainda não há muita gente

a fazê-lo em Portugal por, talvez, o

processo de aprendizagem inicial

ser um pouco longo. Por exemplo,

para fazer um simples bottom sem

começar a deslizar por todos os la-

dos pode demorar algum tempo…

No DK temos de trabalhar muito com

os dois rails da prancha para ganhar

controlo da onda. Mas temos, sem

NICOLAS ROSNER

Page 38: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Arquivo Pessoal / Nicolas Rosner

Foto: Arquivo Pessoal / Nicolas Rosner

Page 39: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

dúvida, muito talento em Portugal.

Em quase todas as zonas do país

temos riders a fazer manobras e

tubos incríveis.

Já que estiveste na Califórnia, conta-nos um pouco dessa ex-periência. Como foste lá parar? Qual a opinião com que ficaste das ondas californianas? Como é a “bodyboard comunity”? O crowd? O lifestyle americano?Estive na Califórnia em 2005. Tinha

lá uns amigos a viver e decidi ir lá

acabar o secundário, tirar um curso

de barman e trabalhar durante uns

tempos. As ondas em San Diego,

Califórnia, são bastante boas. Há

uma zona com vários reefs bem

perto uns dos outros, tipo Ericeira,

e alguns beach breaks bons. Mas

há muito poucos sítios onde só se

encontrem Bodyboarders. Existem

muitos surfistas em toda a Califór-

nia e uma pessoa tem de aprender a

lidar com o crowd que é bem pior que

cá. No geral, o nível de Bodyboard

não é muito alto em prone mas em

DK vi muitas pessoas a andar bem.

Que achas que tens que melho-rar ao nível do teu surf? Tanto ao nível de Prone como Dk…Existem várias coisas que posso

melhorar no meu surf em prone ou

DK, mas talvez as mais óbvias sejam

treinar mais as direitas, aperfeiçoar

as manobras no geral, surfar ondas

de consequência, acho que existe

sempre espaço para melhorar todos

os aspectos do meu surf e penso ser

isso que me faz voltar para dentro de

agua dia após dia.

E planos futuros?Planos futuros… Ao nível de viagens,

vou para o Hawaii no final deste ano e

irei ficar lá os meses de inverno a tra-

balhar e a surfar o máximo que pud-

er. Em termos de competição, tenho

planos de fazer algumas etapas de

qualificação do mundial e, em Portu-

gal, pretendo entrar no Circuito

Nacional 2013 e em etapas em que

as previsões das ondas sejam boas.

Nicolas Rosner, desde já muito obrigado por tudo. Tens algum co-mentário a fazer? Agradecimentos?Quero agradecer-vos pela iniciati-

va, aos meus patrocinadores, a CC

Board Center ,a www.Bodyboarder.

de, a shorebreak.pt e aos meus

companheiros de surfada, eles sa-

bem quem são :)

NICOLAS ROSNER

Page 40: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 41: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Foto: Ruben Tavares / Rider: Nicolas Rosner

Page 42: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 43: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 44: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 45: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Real Quality Bodyboarding Content!

facebook/I-LOVE-BODYBOARD

Page 46: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Pedro Graça

Page 47: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

“...evoluir no bodyboard é acima de tudo saber divertir-se...”

Boas. Antes de tudo, parabéns pelo teu percurso no Circuito de Esperanças. Como descreves a tua participação até agora? Qual é a tua opinião sobre esse circuito?Este é o meu terceiro ano de com-petição e segundo em sub-16, sinto-me agora com mais experiên-cia o que lógicamente me deixa mais forte mentalmente. Ter vencido logo a primeira etapa na Caparica ajudou-me no arranque e deu-me bastante confiança. Apesar de eu ter dominado o ranking do principio ate ao fim, estive sempre consci-ente de que existem adversários muito fortes, que também estiveram sempre nos lugares do topo da

tabela e que me obrigaram a man-ter os niveis de concentração altos e a dar sempre tudo para ganhar. Quando chegámos à finalíssima na Nazaré ainda estava tudo em aberto, cada um dos cinco atletas do topo da tabela ainda tinham hipóteses de vencer e poder tornar-se Campeão. As coisas acabaram por me correr bem e depois de passar os quartos e as meias finais em primeiro lugar cheguei à final já como Campeão Nacional. Senti-me muito contente com a minha prestação. Estava orgulhoso. O Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças é o Campe-onato Nacional e só por isso é a competição mais importante para nós. Com ele aprendemos a lidar com a pressão e ganhamos ritmo competitivo.

Como vês o Bodyboard nas cama-das mais jovens?Nota-se que há grande potencial na-lguns atletas, claro que o Guilherme Guerra em Sub-14 já não é uma novidade, é uma certeza, alias está também na luta para o titulo nos Sub-16, mas há outros que de certe-za também vão evoluir e começar a dar que falar. Acho que poderiam existir mais atletas Sub-12 e Sub-14 a participar no circuito. São poucos, mas isso não significa que existam poucos a aprender, por isso espero que entrem cada vez mais.

Que achas necessário fazer para evoluir?Para evoluir no Bodyboard é pre-ciso, acima de tudo, saber divertir-se, ter vontade de melhorar todos os dias, surfar em diferentes sí-tios e condições e superar os seus medos, que são naturais. A partir dai, com rigor nos treinos e confiança, as manobras vão acabar por começar a

MIGUEL GRAÇA

S U P A S T A R

SUB-16

ENTREVISTA

Page 48: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Pedro Graça / Rider: Miguel Graça

Foto: Renato Fonte / Rider: Miguel Graça

Page 49: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

sair cada vez melhor e a satisfação vai aumentar treino após treino.

Qual o adversário mais temido?Respeito todos os adversários em competição e muitas vezes até acaba por ser o próprio mar o nosso maior adversário. Quando não conseguimos encaixar no seu ritmo ou quando entram as “flata-das” podemos perder com qualquer um. De qualquer forma, claro que existem alguns que destaco por serem excelentes atletas, por exemplo, Miguel Adão, fortíssimo, Frederico Sena, Guilherme Guerra (Sub-14), Ricardo Rosmaninho e o Stephanos Kokorelis que está muito forte ultimamente.

Que qualidades tem ele que gostavas de ter?Uma vez que não destaquei ninguém em especial, penso que a melhor

qualidade será conseguir ter a mes-ma confiança nas manobras tanto para a direita como para a esquerda, pois isso abre-nos muito mais as hipóteses de vencer.

Olhando para o circuito da IBA, vemos que o nível está altíssimo. Achas que um dia vamos ver-te lá?É muito cedo para falar nisso. Tenho muito que aprender, estou nisto há pouco tempo, estou apenas no meu terceiro ano de competição. Claro que gostaria de lá chegar mas a úni-ca maneira de saber isso é continuar a treinar e estar atento às oportuni-dades.

Que achas ser necessário para lá chegar?Experiência em vários tipos de on-das, trabalho, treino, talento, dedica-ção, sorte e…“money”.

Qual a tua onda favorita em Portu-gal? E lá fora?Carcavelos, quando está clássico, mas há outras ondas muito boas, na Ericeira, por exemplo. Lá fora adora-va um dia entrar em Shark Island.

Viagens para o futuro, alguma coisa em mente?Estou a planear com uns amigos uma viagem às Canárias no final do ano e ir à Indonésia em 2013.

Qual a tua manobra favorita?O invertido aéreo.

Miguel, desde já muito obrigado por tudo e desejamos-te o maior futuro no mundo do Bodyboard!

MIGUEL GRAÇA

Page 50: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 51: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 52: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 53: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 54: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Nuno Felix

Page 55: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

“...o swell comprimenta os bancos de areia com perfeição e força...”

Não raras foram as vezes em

que no final da tarde me despedi

apressadamente dos meus cole-

gas de trabalho para ir surfar. Mas

poucas foram as ocasiões em que

estes me perguntaram para que

areal eu partia. Porém, manhãs

seguidas cheguei ao escritório

com um sorriso nos lábios, a

descrever com coração cheio as

altas ondinhas que tinha apanhado

naquele lugar, como se de uma

paixão de verão se tratasse. Certo

é que só um dos meus colegas,

surfista, compreendia de onde vinha

tamanha alegria.

Carlos Oliveira

LITTLESISTER

S U P A S T A R

THE

Page 56: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Amaury Lavernhe

Page 57: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

LITTLE SISTERLisboa, 2ª Circular, IC19, Sintra,

Colares, Praia Pequena. Cheguei.

Olho do cimo da falésia, nada que

me surpreenda. Quebram três

picos triangulares ao longo da

praia. Delicio-me com o cenário:

o swell cumprimenta os bancos

de areia com perfeição e força.

Ainda com os olhos nas ondas, visto

com rapidez o fato. No carro ao lado

mais um bodyboarder despe a sua

gravata. Agora o negócio é outro,

pensei… Que se lixe o aquecimen-

to, siga para a água. Há campeão

do mundo na água, lindo! Uma cara

conhecida sai-se com esta: “Ontem

é que isto estava a bombar”. Típico,

que se lixe, hoje está mais que bom.

É verão porra!

Carlos Oliveira

Page 58: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: João FaustinoFoto: Ruben Tavares

Foto: Ruben Tavares / Rider: Mark McCarthy

Page 59: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

LITTLE SISTERSaio da água quase de noite.

Olho para o céu e agradeço estes

abençoados bancos de areia.

Pacientes e imóveis já há alguns

meses. Tolerantes aos vários tama-

nhos e direcções de swell, mas

exigentes com a maré. Respeitei

sempre esta última premissa e

quase sempre saí satisfeito.

Creio que muitos dos que habitam

na grande lisboa e que leram este

texto, vão-se rever pelo menos

parcialmente nesta minha rotina

veraneante. E acredito que todos

desejamos que no próximo verão,

a Pequena seja mais uma vez um

clássico desta estação.

Para quem tem dúvidas, aqui estão

as fotos de várias sessões a compro-

var que este verão existiu, que não

foi imaginação fruto de uma ressaca

de verão.

Carlos Oliveira

Page 60: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 61: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Desconhecido

S U P A S T A R

Page 62: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 63: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Saguim

S U P A S T A R

Page 64: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Chase O´Leary

Foto: Ruben Tavares / Rider: Jeff Hubbard

Page 65: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Foto: Ruben Tavares / Rider: Desconhecido

Page 66: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Nuno Felix

Page 67: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 68: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Desconhecido

Page 69: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 70: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Saguim

Page 71: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 72: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 73: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 74: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 75: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 76: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

SUPERTUBOS“...a beleza do pico a quebrar é irreprensivel, prquenas ou grandes, es-tas ondas são especiais...”

PENICHE

Page 77: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

O alarme madruga, a câmara está

pronta e o carro atestado. Tudo

preparado para um swell com

tamanho que promete altas na

praia mais super de portugal.

O conta km’s apressa-se fruto da

ansiedade do condutor. Não há

tempo para apreciar o Oeste.

O parque de estacionamento está

cheio, bom sinal, diriam muitos.

Contudo ao correr para o areal, a

ansiedade dá lugar ao sentimento

de reles normalidade. Era o dia

de dar boas vindas ao inverno, de

testar os pulmões, mas não…

Sets de metro, quanto muito,

beijam o areal. O sentimento só

não é de desilusão, porque a beleza

do pico a quebrar é irrepreensível,

pequenas ou grandes, estas ondas

são especiais.

Infiltro-me no crowd, onde já

parte dele é circo. O WCT

aproxima-se, egos de “pseudo-

Slaters” não faltam. Implorei pe-

los locais de Peniche, hoje davam

jeito. Apesar de tudo, a tarefa foi

fácil, as cores estavam lindas,

o pico definido, correntes nem

vê-las. É dia de estudo, ângulos,

quero ângulos novos! Agradeço

por viver na era digital, senão seria

rolo atrás de rolo…

Regresso ao mundo sólido, passa-

do umas horas, satisfeito por me

ter feito à estrada. Olho de novo

para o mar. Ainda não é desta

inverno, o verão ainda reina.

Foto: Ruben Tavares / Rider: Pedro Fernandes

Page 78: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Desconhecido

Page 79: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 80: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Desconhecido

Page 81: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 82: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 83: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Foto: Ruben Tavares

Page 84: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Filipe Pipocas

Page 85: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 86: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 87: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Foto: Ruben Tavares / Rider: Desconhecido

Page 88: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares / Rider: Pedro Fernandes

Page 89: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 90: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Ruben Tavares

GRANDE OU PEQUENO... É SUPERTUBOS!

Page 91: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

S U P A S T A R

Page 92: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 93: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 94: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Renato Fonte

Page 95: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

“...Creio que o bodyboard nos pode ensinar muito sobre a vida...”

Eléctrico 18, Sexta-feira 8:20, Lisboa.

Embora o sol brilhe, o tejo ilumine o

horizonte, o ambiente é triste. Os

olhos fixos no jornal, como que no

vazio. Sem grandes novidades este

dia: mais um aumento de impostos,

mais um negócio obscuro, números,

mais números...Mas a meu ver

cada vez menos lógica. Veio-me à

memória uma discussão na equipa

sobre as temáticas passíveis de

terem lugar nesta revista. Foi-me

sugerido que política era de evitar.

Rendi-me, já que a visão que temos

desta crise e da forma de sair dela

não é, entre nós, unânime. Penso e

repenso num tema, mas ao olhar à

minha volta, não vejo como fugir à

omnipresente crise. É a nossa vida

que está em causa.

Carlos Oliveira

MAISUM DIA

S U P A S T A R

OPINIÃO

Foto: Renato Fonte

Page 96: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Escritório, Sexta-feira 19:15, Lisboa

Rotina de final de semana de

trabalho: Windguru. Ao estudar

atentamente a tabela por todos nós

conhecida, apercebo-me que nos

dias que correm, o verificar das

previsões do mar para o dia seguinte

já não é só entusiasmo, mas é

também tensão. Desejo intensa-

mente que as praias mais próximas

debitem boas ondas. Não é que

não goste de variar, ou que seja um

local fidelíssimo, muito pelo

contrário. É o custo da gasolina que

me vem à cabeça, os euros que

terei de gastar se me vir obrigado a

deslocar para longe para usufruir do

meu mar. São os tempos que correm…

Nunca imaginei pensar duas vezes

em pegar no carro e fazer umas

dezenas de km’s para surfar. Mas

agora faço-o.

Sei que de certa forma até se torna

ridículo falar deste meu capricho,

havendo pessoas com preocupa-

ções, essas sim, maiores. Mas

para não o ser, encaro esta situa-

ção como um exercício espiritual.

Imagino se em vez da dificuldade

em me deslocar para as melhores

praias, fosse sim a dificuldade em

pagar o meu crédito à habitação, o

passe necessário para ir trabalhar.

Como me sentiria, como procede-

ria, a quem pediria ajuda. O pôr-nos

no lugar do outro, do que sofre, é

MAIS UM DIA

Foto: Ruben Tavares

Page 97: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

das práticas mais nobres, mais

humanas, mais divinas.

Creio que o Bodyboard nos pode

ensinar muito sobre a vida. Realça

o que é realmente importante. Não

é com certeza um grande carro,

uma casa luxosa, mas sim a simpli-

cidade da comunhão com a nature-

za, a namorada à espera na praia,

a cerveja na esplanada com os

amigos, a primeira onda dos filhos.

Nada disto se compra. O Body-

board foi muitas vezes, para mim,

um alerta, o contrapeso à tentação

de um consumismo ridículo.

O mar tem também a capacidade

de nos fazer sentir saudavelmente

Não acredito no homem que insiste

em remar sozinho. Não acredito

em picos privatizados.Não acredito

em surfistas privilegiados. Acredito

que o mar é de todos. Acredito que

o pico deve ser partilhado. Acredi-

to que o surfista maior é aquele

que respeita o outro e o mar que

o rodeia.

Desculpem-me colegas.

Mas Bodyboard é política.

Alguém precisa de boleia?

Carlos Oliveira

pequenos. Quem não desejou já ter

ao seu lado um semelhante quando

um set acimas das nossas capaci-

dades quebra à nossa frente. Sen-

tir que não estamos sós, mas que

existe alguém que olhe por nós, a

quem possamos pedir ajuda.

A humildade renasce nestes mo-

mentos. É conselho maior de

qualquer “Big Rider”, não se

entra no mar sozinho em condições

grandes.

Tento transpor estas lições salga-

das para todas as dimensões do

Homem, entre elas políticas, soci-

ais e económicas. E convido a to-

dos que façam o mesmo exercício.

S U P A S T A R

Page 98: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 99: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE
Page 100: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Foto: Renato Fonte

Page 101: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

Dj Ride

Life in Loops

O groove corre nas veias deste

campeão do mundo e este álbum é

mais uma prova disso mesmo. As

batidas de hip-hop são o fio condu-

tor deste conjunto de músicas, que

percorrem vários meios musicais.

Sente-se a escola de Dj Shadow.

O álbum está repleto de artistas

convidados, Legendary Tiger Man,

Stereossauro, Paus, Beat Shake,

Lisa Davis e Sarah Linhares. “Life in

loops” é fluído como o Mike Stew-

art, é banda sonora de uma festa

com estilo, é praia urbana. Além do

mais é um Disco Optimus, o down-

load no site é legal. Que esperam?

BOXS U P A S T A R

MUSIC

Foto: Renato Fonte

Page 102: SUPASTAR BODYBOARD MAGAZINE

BODYBOARD MAGAZINE