sumÁrio · 2019-06-11 · 1. apresentaÇÃo da mesa diretora.....2 2. apresentaÇÃo do tema ......

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA ................................................. 2

2. APRESENTAÇÃO DO TEMA .................................................................... 4

2.1. Fintechs ............................................................................................... 9

2.2. BIG DATA .......................................................................................... 10

2.3. Blockchain ........................................................................................ 13

2.4. Criptomoedas ................................................................................... 15

3. FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI) ...................................... 17

3.1. Funcionamento do Comitê .............................................................. 19

3.2. Estrutura da Assembleia dos Governadores do FMI 2018 ........... 21

4. POSICIONAMENTO POR BLOCOS ........................................................ 23

5. QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES .................................... 24

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 26

TABELA DE REPRESENTAÇÕES ................................................................ 31

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1. APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA

Diretora - Camila Venturim Ribeiro dos Santos

Senhores delegados, sejam muito bem-vindos ao MINIONU 20 Anos e ao

Fundo Monetário Internacional, FMI (2018). Meu nome é Camila Venturim Ribeiro

dos Santos, sou Diretora deste comitê e neste discutiremos assuntos relativos ao

uso de tecnologias no Sistema Financeiro Internacional. Tenho 21 anos e durante o

evento estarei cursando o 7º período do curso de Relações Internacionais. Esta será

minha primeira experiência em um comitê econômico e será um prazer tê-los nessa

aventura.

Minha admiração pelo projeto MINIONU é antecessora a minha presença

efetiva, uma vez que, só tive a oportunidade de participar do MINIONU no meu

segundo ano de graduação sendo voluntária em 2017 do 18° MINIONU no comitê

externo de Logística, o qual é responsável por manter o arranjo do evento. Ao fazer

parte dessa equipe, adquiri uma experiência extraordinária, pois pude aprimorar o

olhar organizacional nas relações em grupo, desenvolver a inovação interpessoal e

aperfeiçoar a comunicação no momento de transmitir informação e ideias. O meu

interesse em continuar só persistiu no 19º MINIONU abracei o desafio de ser

Diretora Assistente da Assembleia Geral das Nações Unidas, AGNU (1972), onde

tive um contato pleno com o ambiente de simulação, aprendendo mais sobre

solidariedade, respeito, Direitos Humanos e trabalho em equipe.

Essa trajetória no projeto me deixou cada vez mais apaixonada e crente no

poder transformador que esse projeto tem sobre a vida das pessoas. Dessa forma,

ao ver cada vez mais pessoas cientes do evento e cada vez mais pessoas

interessadas, sinto uma sensação de encorajamento para persistir, propondo

discussões sobre acontecimentos internacionais com a finalidade de variar e reforçar

o conhecimento, através do questionamento e do desenvolvimento argumentativo.

Portanto, espero que os senhores abracem essa oportunidade e aproveitem

muito tudo o que o MINIONU tem a oferecê-los. Tenho certeza de que a mesa

diretora e a coordenação estão trabalhando intensamente para fazer desta edição a

melhor de todas. Sem mais delongas, aguardo-os para fazermos juntos, o MINIONU

20 Anos.

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Diretora Assistente - Laura de Oliveira

Caros delegados, meu nome é Laura de Oliveira, tenho 19 anos e é com

imensa alegria que sou diretora assistente do comitê de FMI nessa edição do

MINIONU! Estou cursando o 4º período de Relações Internacionais na Unidade

Praça da Liberdade e esta é a minha segunda participação dentro do projeto.

Durante o meu ensino médio, infelizmente, não tive a oportunidade de participar

como delegada, assim, meu primeiro contato com o MINIONU foi durante o ano

passado, em 2018, quando fui voluntária do comitê OTAN 2011-2013. Tive uma

experiência excepcional e fiquei encantada pelo projeto quando participei e isso me

incentivou a ficar ainda mais envolvida na simulação, dessa vez com um cargo que

requer maior dedicação ao comitê. Estou muito animada para a edição desse ano,

sou uma grande admiradora de temas que envolvem o mercado financeiro e é

exatamente esse a base do nosso comitê! Espero que todos estejam ansiosos,

assim como estou, para iniciarmos as simulações, desejo bons estudos e bons

preparativos a todos!

Diretora Assistente - Maria Fernanda Martins Couto

Meu nome é Maria Fernanda Martins Couto, eu serei diretora assistente do

comitê FMI 2018. Tenho 19 anos e durante o evento estarei cursando o 4º período

do curso de Relações Internacionais. Ao longo da minha vida escolar, eu desenvolvi

uma paixão por modelos de simulações ONU, participei de diversas simulações em

diferentes lugares, mas o MINIONU me tocou de uma forma diferente. Ter contato

com alunos de todo o Brasil e com temáticas, até então imaginadas por mim, me fez

expandir minhas perspectivas de mundo. Durante o Ensino Médio, eu participei três

vezes e a cada ano eu percebia como o projeto era importante para o meu

crescimento pessoal e acadêmico, de forma que ao final do meu terceiro ano eu

tinha certeza que gostaria de seguir a carreira de Relações Internacionais. Ano

passado, eu participei pela primeira vez como membro da equipe organizadora,

sendo voluntária no comitê AGNU 1972. Isso fez minha visão do projeto se expandir,

de modo que eu consegui entender melhor a missão transformadora do MINIONU e

compreender o quão grande é sua dimensão de atuação. Assim minha vontade de

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participar só aumentou, e neste ano eu encarei o desafio de ser diretora assistente

em um comitê de Economia. Área pela qual eu tenho muito interesse e espero que

se os senhores ainda não tenham que o comitê consiga despertar esse interesse em

vocês. Assim espero que os senhores possam aproveitar esse comitê e o MINIONU

da melhor forma possível, que consigam extrair dele conhecimentos que possam ser

levados para suas vidas acadêmicas e pessoais.

Diretor Assistente - Mathaus Arthur Silva

Chamo-me Mathaus Arthur Silva, tenho 21 anos e durante o evento estarei

estudando no 5º período do curso de Relações Internacionais. Bom, minha trajetória

no MINIONU se inicia em 2017 quando eu ainda estava no primeiro semestre do

curso, nessa ocasião exerci a função de voluntário no comitê de logística, e tive uma

grande experiência. Neste comitê pude entender como funciona e se organiza cada

estrutura que compõe os três dias de evento. A partir disso, foi me despertado o

desejo de continuar a fazer parte do MINIONU. Desde o início do curso, as matérias

que tinham foco em inovação, tecnologia e economia sempre prenderam a minha

atenção de um modo diferenciado, de tal forma que o tema desse comitê não me

deixou dúvidas de escolha. Assim como está sendo para mim uma ótima experiência

eu espero que seja também para todos, pois acredito temos muito a aprender em

coletividade. Além disso, garanto a todos que após os três dias de evento a sua

maneira de olhar e pensar o mundo não continuará sendo a mesma, portanto,

aproveitem cada segundo. Um grande abraço a todos!

2. APRESENTAÇÃO DO TEMA

O Sistema Financeiro Internacional (SFI) é baseado na construção de regras

e normas consolidadas pela cooperação que visam intensificar e organizar as

relações entre bens, serviços, consumidor e produtor com o objetivo de que essas

relações ocorram de maneira mais eficiente. Diante disso, para entender como

ocorreu a estruturação multilateral desse sistema é preciso recorrer à perspectiva

analítica sobre os fenômenos econômicos internacionais, que são apresentados de

maneira ordenada na seguinte linha do tempo:

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Figura 1 - Eventos Econômicos Internacionais

Fonte: DOS SANTOS, 2019.

Diante disso, nota-se que a primeira alteração na organização das relações

comerciais e financeiras foi o estabelecimento do padrão-ouro, que instituiu que as

trocas ocorressem somente em moedas cunhadas em ouro e o padrão monetário

seria determinado pelo câmbio fixo, encerrando assim o bimetalismo (ouro e prata),

com a finalidade de corrigir as variações cambiais, a perda de ouro na conversão de

valor e liberalizar os fluxos monetários e de bens de maneira simultânea. O

problema desse padrão foi que gerava instabilidade no Sistema devido ao aumento

de dependência dos países do Sul Global ao acesso a libra e ao ouro, assim como

também limitava o crescimento econômico inglês devido à oferta de ouro

(MARINHO, 2007).

Esse padrão se mostrou mais frágil, a partir da eclosão da Primeira Grande

Mundial, pois os países soberanos deixaram de honrar o compromisso de

conversibilidade ocasionando aumento de pressões inflacionárias devido à

intensificação das crises internas e aplicação de políticas restritivas ao comércio

internacional. Para superar essa conjuntura no ano de 1922, o Comitê Financeiro

recomendou aos países do Sul Global que mantivessem suas reservas em libra e

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assim automaticamente em ouro, no entanto esse conselho reforçou o

endividamento público. Outro fator que contribui para o abandono completo das

medidas propagadas pelo padrão-ouro foi a Crise Econômica de 1929, a qual

ocorreu com a quebra (Crash) da Bolsa de Valores dos Estados Unidos da América

(EUA), que impactou de maneira negativa a economia internacional (KRUGMAN,

2005).

Diante dessa conjuntura, esse sistema foi reestruturado no Pós Segunda

Guerra, observando as consequências das políticas que visam propagar o

crescimento doméstico de maneira unilateral, organizando-se de modo que os

países conjuntamente buscassem soluções para a recessão econômica,

reordenando a lógica produtiva e competitiva da economia (ROSA, 2006). Isso

ocorreu no ano de 1944, através do acordo de Bretton Woods (BW), que determinou

que a paz e a estabilidade fossem negociáveis, através da criação de instituições

para fomentar e regular as relações econômicas. A implantação desse sistema

propiciou a inserção mais efetiva de alguns países do Sul Global, através do livre

mercado da intensificação dos fluxos econômicos (EICHENGREEN, 2012).

O Sistema de BW também se demonstrou inadequado em promover de

maneira plena a estabilidade do SFI, pois os países encontraram entraves para

seguir os pilares necessários para manter o mesmo. A conjuntura internacional

também se mantinha desequilibrado devido aos Choques do Petróleo que

influenciou a flexibilização de capital, ocasionando a Crise da Dívida Externa, que foi

a queda das exportações, escalada das taxas de juros, declínio dos empréstimos

externos e apreciação do dólar. Diante desse cenário, surge de maneira conjunta o

Consenso de Washington que propõe dez propostas para definir uma estabilidade

com base na ordem econômica mundial definida pela desregulamentação e

liberalização comercial e financeira com base no Dólar Wall Street, que seria a

ordem econômica pautando o dólar como moeda para transações internacionais

sem nenhum lastro (GOWAN, 2003).

Essa liberalização de fluxos, incluindo novos atores operando no financeiro

através de concentração e acumulação de capital sucedeu na

crise financeira internacional, originada em meados de 2007 no mercado norte-americano de hipotecas de alto risco (subprime), adquiriu proporções tais que acabou por se transformar, após a falência do banco de investimentos Lehman Brothers, numa crise sistêmica. O desenrolar da crise colocou em xeque a arquitetura financeira internacional, na medida em

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que explicitou as limitações dos princípios básicos do sistema de regulação e supervisão bancária e financeira atualmente em vigor, bem como pôs em questão a sobrevivência de um perfil específico de instituições financeiras (PEREIRA, 2009).

Logo, é possível observar que o SFI é moldado pela acumulação de capital

organizado através da divisão do trabalho, trocas de mercadorias e fluxo monetário,

ou seja, o SFI é o panorama dos investimentos e poupanças proveniente da renda e

dos lucros dos agentes econômicos (governos, civis e empresas), assim como

também das relações de trocas monetárias orientadas pelo câmbio (O'BRIEN;

WILLIAMS, 2016). E que pode ser melhor compreendido pela perspectiva liberal

ponderando acerca da eliminação das barreiras à livre movimentação de capitais,

diversidade de intermediadores e de produtos financeiros, flexibilização cambial e de

juros e pela elaboração de estratégias políticas que visam ampliar as relações para

maximizar ganhos de comércio com o movimento constante de capital

(MIRANDOLA, 2010).

Dessa maneira, como o SFI é moldado também pelo modo de produção que

no sistema capitalista vigente determina os investimentos, o comércio e o fluxo

financeiro, através da alocação de recursos, deve-se analisar a influência e os

possíveis desdobramentos das Revoluções Indústrias, que são compreendidas

como saltos tecnológicos, no Sistema Financeiro Internacional. Posto que, a

Primeira Revolução Industrial fez com que ocorresse a consolidação da dinâmica

capitalista em que as empresas tornassem tomadoras de decisão, houve também

acentuação das rotas comerciais. Já a Segunda Revolução Industrial e a Terceira

Revolução Industrial são de caráter cientifico, visto que, a combinação crescente dos

insumos (terra, capital e trabalho) são necessariamente alterados e dominados pela

nova economia da inteligência pós-industrial de capital globalizado (ALMEIDA,

2001). Atualmente, estudasse sobre a Quarta Revolução Industrial, que seria

aquela voltada para os serviços influenciados pelas tecnologias digitais, que geram o

crescimento exponencial da capacidade de computação alternando diferentes

tecnologias, que impactaram o funcionamento econômico e geram diversas

discussões entre os governos quanto à regulamentação de ofertas de novos

produtos em diversos segmentos comerciais, financeiros e de investimentos

(SOARES, 2018).

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Diante do exposto, considera-se que o sistema financeiro internacional se

altera quando surgem novas formas de gerar riquezas, há ascensão de novos atores

e ocorre uma transformação na lógica do investimento, devido ao progresso

tecnológico que representa oportunidades para inovações lucrativas. Recentemente,

é possível notar contínuas transformações na economia mundial, provindas da

globalização financeira. Estas mudanças na ordem global atingem com inusitada

velocidade as maneiras de estabelecer as relações entre os países e até mesmo o

cotidiano das sociedades contemporâneas, pois produzem alterações nas esferas

sócias, e econômicas e políticas, demonstradas o desenvolvimento e a difusão das

denominadas tecnologias de informação e comunicação na base da produção e do

comércio internacional para gerenciar de melhor maneira os negócios, propiciando a

integração e a expansão dos mercados de capitais através de novas instituições

financeiras (REZENDE, 2012).

Essas tecnologias apresentam como base a inteligência artificial que vem

transformando o cenário dos serviços financeiros, criando oportunidades e desafios

para consumidores, provedores de serviços e reguladores. Esse conjunto de novas

tecnologias são representadas pelas inovações nos serviços dos setores financeiros

(Fintechs) 1, aplicando sistemas técnicos informacionais para gerir dados e aumentar

a segurança (“Big Data” 2 e Blockchain) 3 e a diversificação de produtos financeiros e

moedas de trocas (Criptomoedas) 4. Essas tecnologias se apresentam como

soluções para diminuir as informações assimétricas e aumentar a transparência

fiscal, pelo motivo de serem mais rápidas, mais baratas, mais transparentes e mais

inclusivas (PIRES, 2011).

É célebre ressaltar, por fim, a significância da discussão sobre o uso de

tecnologias digitais na área de comércio e finanças, observando o cenário atual de

crescente insegurança nas instituições e a constante necessidade de mudanças

1 Plataformas de análises avançadas digitais para conduzir avaliações de crédito mais rápidas e a

custos mais baixos, que prestam algum tipo de serviço ou vendem produtos atrelados ao mercado financeiro (SILVA; RIBEIRO, 2017). 2 Para Gartner Group (2015) “Big Data é definido como ativos de informação de alto volume, de alta

velocidade e de alta variedade que demandam por formas inovadoras e rentáveis de processamento de informação para uma melhor percepção e tomada de decisão” (apud GOMES; BRAGA, 2017). 3 Blockchain é uma tecnologia de estruturação de bancos de dados, por meio da qual se cria uma

rede colaborativa de distribuição da escrituração de informações, transparente às pessoas habilitadas, com auditoria automática e contínua (BRAGA; FILHO; LEAL, 2017). 4 Nakamoto (2008) denomina criptomoedas como sendo um fenômeno de transações econômicas na

Internet (apud JUNIOR, 2013).

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estruturais para que os Estados possam a partir da cooperação adquirir múltiplos

ganhos. Dado o exposto, esta proposta de trabalho será divida em quatro seções.

A primeira seção “Apresentação do Comitê” tem como finalidade esclarecer

sobre a utilização de inovações tecnológicas no sistema financeiro internacional,

analisando a configuração do sistema atualmente e a ascensão da Inteligência

artificial. A segunda seção “Fundo Monetário Internacional” tem como objetivo

apresentar os propósitos do Fundo Monetário Internacional (FMI), esclarecendo

sobre os assuntos discutidos relacionando-os com o contexto do comitê, assim

como também, expor o objetivo primordial desse. A terceira seção “Posicionamento

Por Blocos” expõe sobre o posicionamento dos atores da diretoria executiva do FMI

que estarão presentes nesta Assembleia de Governadores, considerando que

Estados tomam posições de acordo com a economia interna, o cenário político

econômico nacional e internacional. A quarta seção “Questões Relevantes nas

Discussões” discorre sobre tópicos que poderão ser discutidos e analisados durante

os debates tendo em vista a crescente discussão acerca da modernização do

sistema financeiro internacional, a partir de novas tecnologias.

2.1. Fintechs

A crise financeira de 2008 estimulou um crescente sentimento de

desconfiança dos consumidores em relação os bancos, mas ela também

desencadeou várias inovações no setor financeiro, entre elas o surgimento do

fenômeno das Fintech. O termo "Fintech" é uma contração dos termos “finanças” e

“tecnologia”, e refere-se aos startups tecnológicos que estão surgindo para rivalizar

com agentes bancários e financeiros tradicionais. Elas trabalham a fim de inovar e

otimizar serviços do setor financeiro, possuindo custos operacionais muito mais

baixos que de bancos tradicionais, por serem menos burocráticas (DAROLLES,

2016).

Sendo fruto da 4ª Revolução Industrial, as Fintechs redesenham a área de

serviços financeiros com processos inteiramente baseados em tecnologia,

conseguindo atuar em várias áreas além dos bancos digitais. Desse modo, elas

abrangem uma variedade de serviços, disponibilizando ferramentas digitais de

pagamento, de crédito ou empréstimo, crowdfunding, Bitcoins, controle financeiro,

investimento, entre outros (PERASSO, 2016).

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Assim,

As Fintechs têm permitido a inclusão financeira de segmentos de clientes anteriormente excluídos do mercado. A facilidade de acesso a investimentos proporcionados pelas plataformas de financiamento alternativo contribuem para o surgimento de novos tipos de investidores, inclusive pessoas físicas. A transparência e o compartilhamento de dados das transações financeiras viabilizam novos mecanismos de avaliação de risco para crédito, possibilitando às instituições financeiras tradicionais oferecer mais crédito a taxas menores (UARI, 2017).

A ascensão da tecnologia da informação está gerando novas fontes de

riquezas permitindo uma liberdade para elaborar novas possibilidades de ganhar

dinheiro, que é evidenciada na globalização econômica pelo livre acesso a

tecnologias que permite que qualquer pessoa possa realizar transferências e

investimentos de forma instantânea, barata e sem riscos (ARRUDA et al., 2016). No

entanto, é importante ressaltar que o processo de transformação só beneficiará

quem for capaz de inovar e se adaptar. Em meio ao desenvolvimento tecnológico,

sempre há perdedores e aqueles que não têm sequer acesso a esses avanços

tecnológicos.

2.2. BIG DATA

Podemos observar que a quantidade de dados criados e armazenados

globalmente a cada minuto é quase inimaginável, e essa quantidade tende a

aumentar. Dessa forma, a “Big Data” elimina a problemática da quantidade e foca

em o que pode ser feito para aperfeiçoar os dados obtidos. Ou seja, ao analisar

dados de diversas fontes você pode obter soluções que afetem positivamente na

performance de ambientes corporativos. Tais como, reduzir custos, economizar

tempo, desenvolver novos produtos e otimizar ofertas, dentre outras.

“Big Data” é um grande volume de informações de alta velocidade e / ou ativos de informações de alta variedade que exigem formas inovadoras e econômicas de processamento de informações que permitem uma melhor percepção, tomada de decisões e automação de processos (GARTNER, 2019. Tradução nossa)

5.

5 Big data is high-volume, high-velocity and/or high-variety information assets that demand cost-

effective, innovative forms of information processing that enable enhanced insight, decision making, and process automation (GARTNER, 2019).

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Nota-se que a “Big Data” é um fenômeno que faz parte de uma longa

evolução de captura e uso de dados que apresenta como base o processamento de

dados e Internet sobre as quais muitas evoluções serão construídas, pois gera

mudanças na forma como administramos os negócios e a compreendemos a

sociedade devido à sua força revolucionária que apresenta oportunidades e também

desafios ao organizar dados (MARR, 2015).

Para compreender a “Big Data” é necessário definir os seguintes princípios:

Volume: A imensa escala e expansão de dados não estruturados excede soluções tradicionais de armazenagem e analíticas; Variedade: Sistemas de gestão de dados tradicionais não conseguem lidar com a heterogeneidade do “Big Data” — também conhecida como “shadow” ou “dark data,” incluindo traços de acessos e históricos de buscas na web; Velocidade: Dados são gerados em tempo real, o que requer a oferta imediata de informações úteis (INTEL CENTER, 2013).

Podemos dizer então, que a “Big Data” é uma tecnologia voltada para o

armazenamento de dados de empresas e organizações que possuem como desafio

se desenvolver trabalhando em cima de dados relevantes, com a finalidade de

oferecer confiança, disponibilidade, flexibilidade e alto desempenho na manipulação

de um grande volume de dados em larga escala (MARQUESONE, 2019).

Para esclarecer sobre como essa tecnologia funciona, o seguinte fluxograma

exemplifica como ocorre o processo organizacional das informações.

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Figura 2 - Fluxograma dos principais componentes da tecnologia “Big Data”

Fonte: PODEROSO, 2014.

Para compreender melhor, estão grafados no mapa os principais elementos,

preocupações e necessidades de um ambiente de “Big Data”. Começando por

negócios, suas subdivisões são necessárias para entender que a “Big Data” é uma

ótima ferramenta para atender os reais negócios de uma empresa, pois ela identifica

oportunidades competitivas que envolvem conhecer melhor o cliente, o produto, a

cadeia de distribuição ou produção, os fornecedores e os competidores.

A Segurança não está apenas relacionada à questão dos acordos para

acesso, controle e disseminação dos dados. Ela é relacionada à questão Ética. O

que é ético fazer com dados que na grande maioria das vezes são públicos? Como

uma análise dos dados públicos pode interferir na vida das pessoas? Estas questões

precisam de calma e sensatez para que se possam encontrar as respostas.

A Visualização dos Dados envolve o uso de técnicas estatísticas adequadas

para responder questões de negócio para justificar o desenvolvimento do projeto.

Com estes importantes recursos é possível estabelecer análises chamadas de

Mineração de Dados aplicadas em um grande volume de dados.

Outro elemento extremamente importante está no Armazenamento dos

Dados. Este envolve questões que nascem em uma Plataforma Distribuída, passa

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pelos bancos específicos (NoSQL) e terminam em um ambiente de Tomada de

Decisão (representado pelo SQL e Data Warehouse no mapa). Não considero um

grande problema. Atualmente há ferramentas que atendem com relativa facilidade

esta questão.

A Escalabilidade tem a ver com o Volume, mas também envolve a Variedade

das origens (o segundo dos Vs) encontrada neste tipo de projeto. E isso se resolve

com Processamento Paralelo, Bancos Não-Relacionais (NoSQL) e Cloud

Computing. É uma solução técnica. Certamente irá evoluir para facilitar o processo,

mas não é algo que deva atemorizar o condutor deste tipo de projeto.

A Coleta e Integração de Dados também é um problema que envolve os dois

primeiros Vs. Está relacionado com Cloud Computing, mas encontra seus principais

desafios na Ingestão e Limpeza / Tratamento de Dados. Permitam-me a redução

conceitual, mas a Ingestão para mim é um ETL de alta complexidade, com inúmeras

fontes e com técnicas de solução do problema muito semelhantes, mas,

naturalmente, adaptadas ao volume e variedade de dados do “Big Data” .

Por fim, o uso de técnicas de Análise avançadas, são desenvolvidas e

aplicadas para modelos de previsão que permitem que a velocidade atenda às

necessidades do negócio. Mostrar estas análises de maneira adequada ao gestor do

negócio ou estabelecer visualização para modelos criados é o produto final de um

projeto de “Big Data”.

2.3. Blockchain

O sistema Blockchain atua como base de diversas transações, e nos

diferentes programas de segurança e de registros de dados, posto que, é composto

por blocos encadeados e vinculados, em ambientes descentralizados. A aplicação

dessa tecnologia, seja para comodidade do cidadão, seja para controle e

transparência, vêm revolucionando implicando em mudança comportamental

relevante na população global (CARRIJO, 2008).

Define-se como Blockchain

Uma estrutura de dados onde o registro atual depende de informações do anterior, criando o encadeamento de registros. A alteração de um registro implica na alteração dos registros subsequentes. É impossível alterar um registro passado sem que isso seja detectado (BRAGA; FILHO; LEAL, 2017).

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Dessa maneira, a Blockchain é formada pela união de blocos que entendem o

processo a partir da confirmação de cada transação. Para cada novo bloco ser

agregado é criado um código matemático, formulado a partir dos dados de toda a

Blockchain e das novas transações. Portanto, conclui-se que essa tecnologia é

segura porque utiliza da integridade dos dados encadeados e rastreáveis pelo uso

desses códigos (FAÉ, 2014).

Para uma melhor compreensão desse sistema, apresenta o seguinte

fluxograma que demonstra a dinâmica do fluxo que ocorre na Blockchain a partir da

lógica da sala de aula.

Figura 3 - Fluxograma explicativo do Blockchain

Fonte: Carlos (2018).

O esquema demonstra uma sala de aula, em que alunos e professores irão

gerenciar transações financeiras fictícias. Para registrar todas as informações de

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uma transação, como de onde ela vem e para onde ela vai, por exemplo, cada aluno

recebe um fichário com folhas para fazer seus respectivos registros. Cada folha do

fichário possui um código, que é gerado baseado no código da folha anterior, todo o

fichário é ligado sequencialmente entre suas folhas.

Desse modo, os professores ficam responsáveis por receber as transações e

colocá-las em uma fila de espera. Enquanto os alunos ficam responsáveis por pegar

as transações da fila de espera, verificar se o Silvio possui o saldo de 50 unidades,

registrar no fichário que 50 unidades foram retiradas da conta do Silvio e

adicionadas na conta do Arthur, e pegar o código da última folha com registro do

fichário e inserir essa informação na folha que ele está escrevendo. Assim,

simultaneamente, o aluno precisa resolver um problema matemático, que é baseado

nas informações que ele está inserindo na folha ao encontrar a resposta do

problema matemático, um novo código é gerado e gravado nessa folha que o aluno

está escrevendo.

Dentro da sala de aula, todos os alunos possuem uma cópia desse fichário, e

existe uma competição para saber quem é o aluno mais rápido, aquele que primeiro

registrar as transações e solucionar cada problema matemático. Para confirmar que

o aluno vencedor fez todas as tarefas acima, os professores precisam validar se o

resultado do problema matemático está correto. Estando tudo confirmado, esse

aluno vencedor recebe alguns prêmios e sua folha é copiada e inserida no fichário

de todos os outros alunos e professores. Portanto, todos da sala possuem sempre a

mesma cópia atualizada desse fichário e é possível garantir que nenhum aluno

consiga trapacear, inserindo transações falsas ou alterando transações passadas,

pois ele teria que mudar as folhas do fichário de todos os outros alunos e

professores.

2.4. Criptomoedas

As criptomoedas são um tipo especial de dinheiro virtual que recebem esse

nome porque são moedas criptografadas, ou seja, um dinheiro que recebe a

criptografia para que as transações financeiras sejam feitas com segurança. No

momento o Bitcoin é a moeda mais popular, porém existem vários tipos sendo

criados no mundo, por exemplo, o Ethereum e o Zcash. As criptomoedas

surgiram em 2009 na forma do Bitcoin, e a sua principal ideia consiste em facilitar

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o controle do seu dinheiro sem ter que ir constantemente aos bancos físicos, e

criar um modelo descentralizado que seja gerenciado pelos próprios usuários.

O conceito de criptomoedas envolve 1) um ativo financeiro utilizado como moeda virtual que opera sob a completa descentralização do sistema monetário, mediante uma rede par-a-par (peer-to-peer) entre os computadores participantes do sistema, sem dependente de intermediários da transação, e, portanto, com custo de transação zero ou quase zero para qualquer compra e venda para qualquer lugar do mundo pela internet, e 2) a proteção mediante criptografias, isto é, complexos códigos computacionais que são virtualmente impossíveis de serem abertos sem a senha possuída pelo dono da moeda e que garante quase o anonimato dos usuários e de suas transações (Martins; Val, 2016).

A ideia de moedas virtuais começou a ser desenvolvida em 1980. A

popularização das criptomoedas se deu em função de inúmeras razões, dentre elas,

a ineficiência dos serviços financeiros atuais, a descrença no sistema político vigente

e a globalização da informação (MORI, 2017).

Como as criptomoedas não possuem uma central de gerenciamento de dados

existem os mineradores, ou seja, usuários que voluntariamente oferecem o poder de

processamento dos seus computadores, através de um programa ou um software

baixado, para gerenciar as movimentações de valores e as especulações da moeda.

Em contrapartida, em troca de oferecer o processamento do seu computador, o que

gasta o hardware e a energia da casa do minerador, eles recebem a própria moeda

que eles ajudam a gerenciar.

É por meio da mineração que há a criação de novos bitcoins, essa ação diz

respeito a algo fundamental do sistema de dinheiro eletrônico P2P: ela é a política

monetária do Bitcoin. Ou seja, toda emissão de novos Bitcoins ocorre por meio

desse processo. Assim é regulada a oferta monetária do sistema. Não há nenhum

outro meio de aumentar a quantidade de moeda no Bitcoin. Vale ressaltar, que as

criptomoedas geradas através da mineração ou de outros meios são armazenadas

em carteiras virtuais.

A semelhança existente entre as criptomoedas e o dinheiro tradicional é que

ambos os valores são definidos através da lei oferta e procura. Porém, na economia

tradicional existe um lastro que cada país impõe para controlar as inclinações da sua

moeda, para que não haja problemas de inflação, ou de uma emissão desenfreada

de moeda, no caso das criptomoedas, não tem lastro, pois não existe um país que

detenha o seu controle, o efeito disso é que a sua valorização e desvalorização fica

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totalmente desgovernada. Entretanto, esse efeito atrai a atenção de especuladores e

de mineradores, pois com isso, eles adotam a estratégia de comprar a moeda com

um valor inferior e vender a mesma por um valor superior.

Nakamoto (2008) avalia e descreve que a situação da crise financeira em que

a maioria dos países vivenciou no ano de 2008, juntamente com uma vasta

conjuntura tecnológica foi um ambiente favorável para inserção da moeda na forma

de código computacional criando

“um sistema de pagamentos eletrônicos baseado em provas criptográficas em vez de confiança, que permita que duas partes interessadas em fazer transações diretamente façam-nas sem a necessidade de um intermédio confiável” (NAKAMOTO, 2008, p. 1).

Dessa maneira, o grande avanço na utilização das moedas virtuais é

analisado pelo crescente número de usuários que aderem e se interessam pelas

criptomoedas motivados pelo progresso das tecnologias virtuais e da programação,

que tornou possíveis as trocas entres os agentes de todo o mundo sem a

intervenção de governos ou de instituições particulares com o propósito de lucrar

com esse movimento, reduzindo custos, rompendo barreiras que dificultam as

transações monetárias, priorizando a segurança e a eficiência do sistema (II

ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO

PARANÁ, 2016).

3. FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi elaborado no contexto do pós

Segunda Grande Guerra em 1944, durante a conferência de Bretton Woods. A

reunião teve a participação de 44 países e tinha o intuito de restabelecer a

estabilidade da economia mundial, que se encontrava abalada após a ocorrência

de duas guerras mundiais e da Grande Depressão da década de 30. Em Bretton

Woods, foi constituído o sistema financeiro internacional por meio da criação de

instituições e normas com o objetivo gerir a economia mundial, de forma a

diminuir as tensões, além de impulsionar o comércio e desenvolvimento

(DATHEIN, 2003).

Deste modo, admite-se que o propósito do FMI é restabelecer condições

viáveis e estáveis para promover relações econômicas entre os Estados.

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Apresentando como objetivos primordiais impulsionar a cooperação monetária

internacional, assessorar o estabelecimento de um sistema multilateral de

pagamentos e fornecer empréstimos a países com desajustes no balanço de

pagamento (EICHENGREEN, 2012).

Logo, as funções do FMI podem ser esclarecidas através da colaboração

monetária para garantir um sistema de troca entre moedas estável, de modo a evitar

depreciações com fins de concorrência. Ademais, o Fundo fornece mecanismos de

consulta e de colaboração para solucionar problemas monetários, motivando a

confiança entre os países. A fim de, oportunizar a expansão e o crescimento

equilibrado do comércio internacional garantindo a coordenação de políticas

macroeconômicas, aquelas que visam aos objetivos amplos da economia, levando

em consideração o crescimento econômico, o desemprego, a inflação e a Balança

de Pagamentos (BP) 6 (KINDLEBERGER, 1986; LICHTENSZTEJN; BAER, 1986).

Em 1971 é desfeito o Sistema Bretton Woods com isso o FMI reformula sua

perspectiva tendo como foco estratégias estruturais incorporando um conceito de

funcionamento aberto baseado na internacionalização dos sistemas financeiros e

dos mercados de capitais (GILPIN, 2001). Isso significou ampliar a preocupação das

ações políticas nas esferas cambial, monetária e de crédito, fiscal e salarial, ou seja,

encorajar a liberalização de preços e comércio, a desregulamentação do mercado

de trabalho, incentivar as privatizações e controlar a inflação (POLAK, 1997).

O Fundo na qualidade de espaço de diálogo entre os atores internacionais

tem o papel de coletar informações sobre a situação da economia mundial diante

dos mercados financeiros. Neste sentido, ele observa o desenvolvimento econômico

dos países individualmente e em seus grupos econômicos, de modo a avaliar a

situação econômica mundial, apresentando uma prévia das evoluções econômicas

nas relações financeiras entre os países. Com essas ações o FMI visa solucionar e

reduzir situações de crises (RITTBERGER; ZANGL; STAISCH, 2006).

Dessa maneira para que a Organização consiga realizar suas funções, ela

possui uma estrutura composta por: Conselho de Governadores, Diretório Executivo,

Diretor geral e secretarias técnicas. O Conselho de Governadores é composto por

presidentes, ministros da fazenda ou diretores de bancos centrais, que representam

6 Balança de Pagamentos é registro contábil calculado de todas as transações econômicas (fluxos de

bens, serviços, ativos financeiros, ativos reais e monetários) entre residentes e não residentes de um país durante um tempo determinado (CARVALHO; SILVA, 2000).

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os seus respectivos países, ele se reúne uma vez por ano e decide as diretrizes

gerais da instituição no período. Já o Diretório Executivo é formado por 24 diretores

que monitoram as políticas determinadas no conselho de governos, além de

executar as operações gerais do Fundo. A direção executiva se mantém em sessão

contínua na sede do FMI em Washington. O Diretor-Geral é escolhido pelos

diretores executivos, atualmente, a diretora geral do FMI é a francesa Christine

Lagarde, seu papel é de orientar as operações do fundo, também nomear e demitir

funcionários (PULCHERIO, 2015).

Os encontros anuais apresentam como base dos debates as mudanças no

atual quadro do sistema monetário internacional. Tais mudanças ocorrem

principalmente devido às novas tecnologias financeiras, que proporcionam o

crescimento de outros centros de financeiros e monetários para além das fronteiras

dos países devido à globalização da informação.

Neste contexto, o FMI desenvolve o papel de coordenação e de construção

de consensos para reordenar os fluxos financeiros, analisando a desregulamentação

e o revigoramento dos mercados de capitais (SATO, 2003). Dessa forma, o Fundo

busca estabelecer medidas para entender como essas novas tecnologias podem ser

um instrumento para ampliar a cooperação internacional e o crescimento econômico.

Logo, as decisões do FMI são de caráter recomendatório, entretanto caso um

Estado aja em desacordo com os princípios da organização, ele pode ser punido de

forma a perder capacidade para utilizar os recursos do Fundo.

Diante do exposto, o Comitê Fundo Monetário Internacional (FMI-2018)

simula a reunião anual da Assembleia dos Governadores que ocorreu no dia 25 de

outubro de 2018. Na qual foi colocado em pauta o questionamento a respeito da

diversificação dos mercados financeiros, por meio da criação de novas tecnologias.

Buscando analisar como esses novos mecanismos e os novos agentes econômicos

que surgem a partir deles, transformam a esfera produtiva da economia.

3.1. Funcionamento do Comitê

A Organização das Nações Unidas é composta por seis órgãos principais e

diversas organizações independentes vinculadas ao sistema das Nações Unidas a

partir de acordos. Diante disso, observa-se que O Fundo Monetário Internacional

(FMI) é um exemplo, pois é uma agência especializada que é conciliada a ONU

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através do órgão coordenador Conselho Econômico e Social (ECOSOC), produz

relatórios e discussões voltadas para questões econômicas e sociais. Nesse sentido,

o FMI e responsável para coordenar em assuntos específicos que dizem respeito à

cooperação monetária (CENTRO DE INFORMAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA

O BRASIL, 2009).

À vista disso, as decisões e discussões do FMI são orientadas por seus

propósitos, articulando propostas recomendatórias em referência ao comércio

internacional, a esfera fiscal e a BP. Organizando fóruns, reuniões e avaliações em

questões como, por exemplo, as medidas monetárias, a redução das restrições ao

fluxo de capitais, a liberação do controle das importações, os investimentos e

créditos bancários, os mecanismos para as reservas monetárias e as operações em

divisas estrangeiras (OLIVEIRA; MAIA; MARIANO, 2008).

Tradicionalmente as recomendações do Fundo são focadas para

independência dos interesses do mercado e promoção da integração econômica

financeira global, mas recentemente as orientações do FMI abrangem muito mais,

posto que tenha considerado políticas públicas estruturais, analisando condicionais

sociais e econômicas internas dos países. Logo, nota-se que o Fundo age nas

diretrizes de políticas monetárias, fiscais, de renda, de trabalho, industrial e

ambiental tornando-se um agente para nortear os caminhos das economias

nacionais (BARNETT; FINNEMORE, 2004).

Assim sendo, a “Assembleia dos Governadores do Fundo Monetário

Internacional: Inovações Tecnológicas no Sistema Financeiro Internacional” se dá

em 25 de outubro de 2018 em Washington no cenário internacional de expansão

econômica desestabilizada. Uma vez que, o sistema financeiro enfrenta diversos

desafios, como a amplificação de disputas comerciais advindas dos aumentos das

tarifas e as restrições nas relações comerciais, às dívidas pública e privadas

derivando-se de elevados custos e endividamentos e alta variação de preço nas

negociações do mercado financeiro (LEVY, 2018).

Outro fator importante que deve ser ponderado é o contexto e o interesse

conjunto da sociedade internacional para formularem condutas para viabilizar a

conquista dos pilares da “Agenda 2030” da ONU que tem como o eixo central

impulsionar a elaboração de práticas que possibilite desenvolvimento nas esferas

econômica, social e política sem prejudicar gerações futuras (ORGANIZAÇÃO DAS

NAÇÕES UNIDAS, 2015). Nesse sentido o FMI como agência especializada tem

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elaborado propostas voltadas para a inclusão social, crescimento de renda, geração

de empregos, preocupando-se com a distribuição e o meio ambiente.

Diante dessa conjuntura, esse encontro tem como discussão central o

desenvolvimento de projetos políticos e estruturais para que os países possam

controlar os riscos financeiros e fiscais, ampliar a atuação do setor financeiro,

promover um sistema de comércio multilateral aberto, garantir que as novas

tecnologias beneficiem a todos estimulando a economia para impulsionar o

crescimento inclusivo e a estabilidade financeira (RELATÓRIO, 2018). Refletindo

acerca das inovações no mercado financeiro como, por exemplo, a criação de novos

instrumentos financeiros, surgimento de novos agentes e transformação nas

negociações e produtiva na economia (MELLO, 2013).

Dado o exposto, a Assembleia dos Governadores FMI (2018) propõe avaliar a

perspectiva da atuação dessa tecnologia para estimular o crescimento econômico de

maneira que impulsione a realização da tomada de decisão corrigindo falhas de

comunicação, pois facilitará o acesso a informações fazendo com que os

negociadores tomem decisões em um menor espaço tempo, conhecendo melhor

seu espaço de negociação e seus ganhos. Para além, determinar como a adoção

dessas tecnologias podem auxiliar os países a diminuir riscos e auxiliar na

diversificação das transações financeira de maneira eficaz, segura e inclusiva no

enfoque global. À vista disso, espera-se que os debates argumentem sobre a

ascensão da prosperidade através do aperfeiçoamento financeiro por meio do

desenvolvimento da tecnologia para facilitar as transações, tornando-as mais

eficientes para motivar o comércio e as relações financeiras internacionais.

3.2. Estrutura da Assembleia dos Governadores do FMI 2018

A “Assembleia dos Governadores do Fundo Monetário Internacional:

Inovações Tecnológicas no Sistema Financeiro Internacional” observando a situação

do ano de 2018 propõe debater a respeito do uso tecnologias de informação e

comunicação na economia internacional, tendo em vista a redução das fronteiras e

alteração das relações sociais alterando a maneira de refletir sobre atividades

financeiras e monetárias. O intuito central é de tomar decisões a respeito das

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atividades do Fundo para reduzir riscos e aumentar a cooperação através do

conhecimento e de acordos multilaterais.

Este comitê apresenta moderação tradicional, de caráter recomendatório, o

que, no entanto, não anula sua importância para o cenário internacional. Visto que,

os debates serão organizados através de uma lista de oradores e a aplicação das

resoluções para os tópicos da agenda no âmbito doméstico dos países fica a critério

dos mesmos, contudo, ignorá-las pode gerar penalidades devido às capacidades

que o órgão possui. Sendo elas pautadas em um conjunto de regras e normas que

constrangem atividades e moldam expectativas apresentadas no “Acordo

Constitutivo do Fundo Monetário Internacional FMI” (1944), e que permitem que o

Fundo limite o acesso aos recursos e aplicar sanções aos membros que não

cumprirem com os acordos.

A estrutura desta Assembleia consiste em 33 delegações, sendo oitos países

que possuem assentos permanentes e dezesseis membros eleitos bienalmente de

acordo com sua cota no FMI. Dentre essas delegações, alguns são membros

observadores, estes devem atentar para as características particulares de um

membro observador. Os membros observadores são membros convidados por esta

Assembleia para participarem do debate comitê, pois podem agregar na discussão

do tema proposto, esses membros não podem votar em questões relativas à

aplicação de decisões que se referem ao tema da discussão do tópico da agenda

proposta, mas é obrigatório votar a favor ou contra em questões que têm relação

aos procedimentos corriqueiros dentro do comitê, como por exemplo, alteração do

tipo de debate.

Cada delegação formada por dois delegados, a formação em dupla reflete o

funcionamento da Assembleia dos Governadores, em que é a delegação em si é

constituída pelo Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central de todos os

países membros presentes nessa assembleia, mas é reconhecida pelo país. O

comitê em dupla apresenta uma dinamização que deve ser aproveitada, visto que,

um auxilia o outro na boa oratória, na construção e na exposição dos discursos

através da cooperação e da concordância do assunto pautado. É permitido que a

dupla fale em um mesmo discurso, ficando a critério dos delegados a preferência do

pronunciamento no comitê. A ausência de um dos delegados no comitê não implica

em ausência da delegação, pois o que será contabilizada como presente em todas

as votações será a delegação.

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O processo de votação no Fundo Monetário Internacional é definido pelo

número de cotas que o país possui, através da contribuição financeira do mesmo

para o Fundo Monetário não podendo ser alterada livremente pelos países

membros. Vale lembrar que toda decisão tomada por este órgão deve obter no

mínimo 85% dos votos e o único país com poder de veto é os EUA. Entretanto,

nesta Assembleia a votação por motivos de dinamização do processo a votação

ocorrerá em questões procedimentais para serem adotadas precisam de maioria

simples dos delegados presentes na seção, já em questões substâncias demandam

maioria qualificada, ou seja, dois terços dos membros permanentes.

Ao final de cada tópico da agenda será produzida a declaração do comitê,

dividida em artigos. Cada artigo representa uma declaração de princípio ou de ação,

comprometendo o Fundo e os países membros de forma vinculante. Este

documento é do corpo técnico do FMI e não remete a ideia da Diretoria Geral do

Fundo.

4. POSICIONAMENTO POR BLOCOS

Os países membros do FMI estão dispostos a discutirem sobre a criação de

uma regulamentação clara e compartilhada acerca da aplicação tecnológica no

sistema financeiro, visto que, as tecnologias digitais estão além das fronteiras

nacionais. Mas alguns atores possuem argumentos e posições chaves, atuando

como protagonistas nessa problemática. Entre eles, figuram os Estados Unidos da

América (EUA), que lidera as discussões com base na melhoria da eficiência dos

serviços financeiros, a República da França que se atenta aos riscos de fraudes e

violação de privacidade e o Japão, que defende a ampliação do mercado digital.

Neste cenário, os debates são fomentados pelos países que são polos

financeiros, como os EUA e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte,

esses consideram que as particularidades aperfeiçoam a eficiência estrutural e

aproximam as finanças tradicionais das finanças digitais, pois reduz custos e pode

ser manuseada pelo setor público e privado em diversas áreas econômicas. Além de

criar oportunidades para novos investidores, uma vez que, facilitam as transações e

as tornam mais seguras. Como forma de ampliar a produção das Fintechs, os dois

países vêm investindo grande quantidade de capital além de estabelecerem um

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acordo de cooperação que visa o compartilhamento de informações e tecnologias

entre eles (COOPERATION ARRANGEMENT, 2018).

Contudo, outros países argumentam que precisa haver cooperação para

elaborarem políticas públicas que sejam capazes de mediar às inovações e o

emprego dessas estruturando a ascensão da prosperidade. Esse grupo é composto

por países que têm um alto investimento no desenvolvimento de tecnologia, como a

República Popular da China e a Federação Russa. Tais Estados acreditam que uma

maneira de garantir que as Fintechs não representem riscos à segurança digital é

que elas sejam desenvolvidas nacionalmente.

Ademais, existem delegações que constroem a argumentação na reflexão

quanto aos riscos substanciais que esses mecanismos podem gerar. Dentre eles,

destacam o aumento da vulnerabilidade a ataques cibernéticos, a violação da

privacidade e a facilitação de crimes econômicos, como a lavagem de dinheiro e a

evasão de divisas. Países como a Arábia Saudita e a Índia defendem esse

posicionamento, de modo que adotaram em suas legislações leis que proíbem ou

restringem a utilização desse tipo de tecnologia (GLOBAL LEGAL RESEARCH

CENTER, 2018)

5. QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES

Diante do que foi exposto nas seções anteriores, a reunião da “Assembleia

dos Governadores do Fundo Monetário Internacional: Inovações Tecnológicas no

Sistema Financeiro Internacional” deve suscitar questões, tais como:

● Como as tecnologias financeiras podem auxiliar no desenvolvimento

da cooperação monetária aprimorando a segurança do sistema financeiro?

● Como o Fundo Monetário Internacional deve auxiliar, dentro de suas

capacidades, a promoção e a inserção da “Big Data” e da Inteligência

Artificial no mercado financeiro?

● De que maneira a Fintech pode aumentar as relações do setor privado

e público no ambiente internacional conectado?

● De que modo os países podem utilizar o sistema Blockchain para

diversificar as transações digitais para estabilizar o sistema financeiro?

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● Quais os pontos que devem ser trabalhados dentre as competências

do FMI para auxiliar os Estados a elaborarem uma regulamentação para

administrar a atuação das criptomoedas no sistema financeiro?

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TABELA DE REPRESENTAÇÕES

Banco Mundial Bitcoin Canadá

Comunidade da

Austrália

Confederação Suíça Emirados Árabes

Unidos

Estados Unidos da

América

Estados Unidos

Mexicanos

Federação Russa

Japão Malásia Nubank

Países Baixos Reino da Arábia

Saudita

Reino da Espanha

Reino da Noruega Reino da Suécia Reino da Bélgica

Reino Unido da Grã-

Bretanha e Irlanda do

Norte

República Árabe do

Egito

República Argentina

República Bolivariana

da Venezuela

República da África do

Sul

República da Coreia

República da Guiné

Equatorial

República da Índia República da Irlanda

República da Turquia República da Finlândia República do Panamá

República Federal da

Alemanha

República Federativa

do Brasil

República Francesa

República Islâmica do

Irã

República Popular da

China

República Portuguesa

República Unida da

Tanzânia

República Italiana