sumário da aula -...
TRANSCRIPT
03/09/2009
1
Aula 10 – Indicadores de Saúde: mortalidade e
gravidade
Saúde Coletiva e Ambiental
UNIG, 2009.1
Prof. Ricardo Mattos
Bibliografia de Referência: Medronho, 2008 (Cap. 3)
1) Indicadores de mortalidade
2) Coeficiente Geral de Mortalidade
3) Taxa de Mortalidade Infantil
4) Taxa de Mortalidade Materna
5) CM por causa, sexo e idade
6) Indicador de gravidade
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Sumário da Aula
03/09/2009
2
• Maneira mais antiga de medir doença (Londres, sec. XVI);
• No Brasil, primeiros dados relativos à mortalidade por causas
data de 1944, envolvendo óbitos nas capitais desde 1929;
• Fonte primária (atualmente): atestados de óbitos;
• Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS, 1975);
• Principais indicadores de mortalidade:
(1) Coeficiente Geral de Mortalidade;
(2) Taxa de Mortalidade Infantil;
(3) Mortalidade Proporcional por sexo, por causa, por idade.
Indicadores de Mortalidade
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
• Estima o risco de morrer a que está sujeita uma pessoa de uma
determinada área, num determinado ano;
• Considera os óbitos totais.
• Extremamente influenciado pela distribuição etária da
população;
• Podemos ter o mesmo CMG em regiões com distintos níveis de
saúde (países com populações idosas têm CMG maior que pop.
Jovens);
Coeficiente Geral de Mortalidade
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
03/09/2009
3
Método do Cálculo do CGM
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Número de óbitos de uma população residente
População total residente
x 10ⁿ
Taxa de Mortalidade Geral e específica por sexo, segundo grandes regiões do Brasil, 1998
Grande região Masculino Feminino Ambos
Norte 6,1 4,4 5,2
Nordeste 9,1 7,3 8,2
Centro-oeste 6,4 4,3 5,4
Sudeste 8,2 5,6 6,9
Sul 7,6 5,5 6,6
Brasil 8,1 5,9 7,0
Fonte: Moraes, Claudia Leite de
(2009 ) - Aula
03/09/2009
4
• Refere-se ao risco de morrer no primeiro ano de vida;
Taxa de Mortalidade Infantil (TMI)
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Número de óbitos em < 1 ano de uma população residente
Total de Nascidos Vivos
x 1000
Mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos), segundo diferentes países (1970 e 1991)
País 1970 1991
Japão 13 5
Suécia 11 6
Espanha 28 8
Itália 30 8
Portugal 56 11
Hungria 34 15
Argentina 52 25
México 72 36
Brasil 95 58
Bolívia 153 83
Índia 137 90
Etiópia 158 130
Moçambique 171 149Fonte: Moraes, Claudia Leite de
(2009 ) apud World Bank (1993)
03/09/2009
5
TMI e seus componentes
Neonatal precoce(0 – 6 dias)
Pós-Neonatal(28 dias – 1 ano)
Neonatal(0 – 27 dias)
0 6 27 1 ano
Neonatal tardio(7 – 27 dias)
5 anos
Taxa de Mortalidade em Menores de 5 anos(0 – 4 anos 11 meses e 29 dias)
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Método do cálculo dos componentes da TMI
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Número de óbitos em (período da infância* eleito) de uma população residente
Total de Nascidos Vivos
x 1000
03/09/2009
6
Mortalidade Perinatal & Natimortalidade
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Óbitos fetais (A partir da 22 sem. Gestacional) + Óbitos até
a 1ª semana de vida
Total de Nascidos Vivos
x 1000
Óbitos de Natimortos
Total de Nascidos Vivos + Nascidos mortos
x 1000
Mortalidade Perinatal
Natimortalidade
Taxa de Mortalidade Materna
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Óbitos ligados à gravidez, parto e puerpério
Total de Nascidos Vivos
x 1000
03/09/2009
7
CM por causa e por sexo
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Óbitos por determinada doença na população no ano
População residente no ano
x 100.000Mortalidade por causa
Total de óbitos no sexo na população no ano
População residente no ano
x 100.000Mortalidade por sexo
CM por idade
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Óbitos na faixa etária* na população no ano
População residente no ano
x 100.000Mortalidade por idade
*Geralmente, as faixas etárias selecionadas são: 5 – 19 anos, 20 a 49anos, 50 anos ou mais¹.
¹Quando se calcula a faixa etária de 50 anos ou mais, na verdadeestamos realizando um índice denominado Índice de Swaroop &Uemura (ISU). A base deste indicador é de 100 ao invés de 100.000
03/09/2009
8
Óbitos registrados e mortalidade proporcional segundo causa (CID - 10ª revisão), Brasil, 1998
Causa Óbitos MP (%)
Doenças do ap. circulatório 256.355 27,59
Sintomas, sinais e achados anormais de examesclínicos e de laboratório
138.613 14,92
Causas externas de morbidade e mortalidade 117.603 12,66
Neoplasias 110.766 11,92
Doenças do ap. respiratório 91.927 9,9
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 48.732 5,25
Doenças do ap. digestivo 40.715 4,38
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 39.819 4,29
Algumas afecções originadas no período neonatal 36.189 3,9
Doenças do ap. geniturinário 12.875 1,39
Demais causas 35.429 3,81
Total 929.023 100,0Fonte: Moraes, Claudia Leite de (2009 ) apud DATASUS (2000)
Níveis de saúde representados por variações da curva de mortalidade proporcional
Fonte: Moraes, Claudia Leite de (2009 ) apud Moraes (1959)
03/09/2009
9
• Este indicador mede a gravidade da doença;
• Mistura medida de mortalidade e morbidade;
• Indica qualidade da assistência, acesso aos serviços e recursos
disponíveis, patogenicidade do agente, susceptibilidade do indivíduo,
etc.
• Este indicador é uma proporção.
Indicador de Gravidade:Letalidade
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
Óbitos por determinada doença na população no ano
População residente acometoda pela doença no ano
x 100Letalidade
• A mortalidade específica estima o
risco da população em geral
morrer por uma determinada
doença. Já a letalidade, estima o
risco de morrer na população
acometida por determinada
doença.
Letalidade ≠ Mortalidade específica
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
03/09/2009
10
CIDADE A
População: 20.000 habitantes
1000 casos de dengue
500 óbitos por dengue
Então vamos à prática...“5 minutinhos de alegria”
Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael
CIDADE B
População: 20.000 habitantes
4000 casos de dengue
800 óbitos por dengue
Calculem:
1) O Coeficiente de Mortalidade específica por dengue paracada uma das cidades (Base do indicador = 1.000)
2) A letalidade por dengue em ambas as cidades.
Próxima aula: Processo Epidêmico I
Fiquem com Deus ! ! !