método simplificado x método de céspedes

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Instituto Federal de Goiás Departamento de Indústria Curso de Engenharia Elétrica Caíque Torres Santos Thalys Eduardo Ferreira Rezende Comparação do método simplificado de regulação de tensão em relação ao fluxo de potência radial de Céspedes. Jataí GO

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Comparação entre o método simplificado de regulação de tensão e o método de cespedes para fluxo de potência radial para determinar a tensão nos barramentos de um sistema elétrico de potência

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Page 1: Método simplificado x Método de Céspedes

Instituto Federal de Goiás

Departamento de Indústria

Curso de Engenharia Elétrica

Caíque Torres Santos

Thalys Eduardo Ferreira Rezende

Comparação do método simplificado de regulação de tensão em relação ao fluxo de

potência radial de Céspedes.

Jataí – GO

Page 2: Método simplificado x Método de Céspedes

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Caíque Torres Santos

Thalys Eduardo Ferreira Rezende

Comparação do método simplificado de regulação de tensão em relação ao fluxo de

potência radial de Céspedes.

Trabalho apresentado para avaliação na

disciplina de Qualidade de Energia do curso de

Engenharia Elétrica do Instituto Federal de

Goiás

Prof. Luciano de Souza da Costa e Silva

IFG

Jataí – GO

2014

Page 3: Método simplificado x Método de Céspedes

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Lista de figuras

Figura 1:Linha de distribuição com oito alimentadores ................................................................ 5

Figura 2: Circuito equivalente entre subestação, linha de distribuição e carga. ............................ 6

Figura 3: Representação esquemática para demonstração do método. ......................................... 6

Figura 4: Queda de tensão real. ..................................................................................................... 6

Figura 5: Tabela coleta de dados calculados e de fácil visualização ............................................ 7

Figura 6 ......................................................................................................................................... 7

Figura 7 ......................................................................................................................................... 7

Figura 8: Equacionamento ............................................................................................................ 8

Figura 9: Equação (1) .................................................................................................................... 8

Figura 10 ....................................................................................................................................... 9

Figura 11: Perfil de tensão para demanda máxima. ................................................................... 12

Figura 12: Perfil de tensão para demanda mínima. .................................................................... 12

Page 4: Método simplificado x Método de Céspedes

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Sumário

Introdução ..................................................................................................................................... 5

Método simplificado para regulação de tensão ........................................................................... 6

Método das Somas das Potências – Cespedes .............................................................................. 7

Codificação dos Métodos .............................................................................................................. 9

Gráficos Obtidos .......................................................................................................................... 12

Conclusão .................................................................................................................................... 13

Referências .................................................................................................................................. 13

Page 5: Método simplificado x Método de Céspedes

5

Introdução

O sistema de distribuição de energia elétrica é responsável por promover a

comunicação entre os sistemas de geração e transmissão as necessidades energéticas de

cada consumidor. A conexão do sistema entre a linha de transmissão e a rede de

distribuição é a subestação (SE), da qual se originam os alimentadores. Entre as

características físicas destacam-se: a disposição radial, múltiplas conexões, cargas de

diferentes naturezas, e circuitos com baixa relação entre reatância e resistência, entre

outras.

Devido o crescimento de uma rede de distribuição, surge a necessidade de

métodos que possibilitem a regulação e controle de tensão, de maneira que se possa

fornecer energia com alto padrão de qualidade segundo as especificações do Prodist.

Para que tal qualidade seja alcançada é necessário o desenvolvimento de

metodologias específicas de fluxo de potência que possibilitem uma maior eficiência

computacional para a análise da operação de sistemas de distribuição. O fluxo de

potência é uma ferramenta importante e fundamental para a análise de qualquer sistema

de potência, sendo um problema matemático, cujo objetivo é determinar as tensões e

potências em todos os barramentos de um sistema elétrico. Dessa forma podemos

dimensionar linhas de transmissão, transformadores e demais equipamentos que farão

parte do sistema, bem como operá-los corretamente, de modo a manter os padrões

adequados de tensão.

Tendo finalidade acadêmica, neste trabalho será calculado o perfil de tensão de

uma linha de distribuição com oito alimentadores.

Figura 1:Linha de distribuição com oito alimentadores

Tensão na Subestação: 13.8 kV

Fator de demanda máximo p/ todas as cargas: 0,80

Fator de demanda mínimo p/ todas as cargas : 0,35

Fator de Potência Médio das cargas: [0,93; 0,95; 0,8; 0,82; 0,98; 0,96; 0,93; 0,89]

Page 6: Método simplificado x Método de Céspedes

6

Método simplificado para regulação de tensão

Esse método consiste em percorrer uma linha radial com a finalidade de

identificar as quedas de tensão e determinar os limites operacionais do sistema. Com

uma analise simplificada de circuitos, vem:

Figura 2: Circuito equivalente entre subestação, linha de distribuição e carga.

Após o calculo da queda de tensão percentual e a constate K, entre alimentadores, vem:

Figura 3: Representação esquemática para demonstração do método.

Após equacionado o cálculo percentual no trecho entre duas barras, vamos

demonstrar a queda de tensão real entre duas barras:

Ponto SE 4 3 2 1

Tensão(KV)

Figura 4: Queda de tensão real.

)..cos..V senIXIR ll

100.V(%) S

RS

V

VV

100.3

)..cos.((%)

esp

ll

V

IsenXRV

100.3..)..cos.(

(%) l

espV

IsenxrV

..)(

100)..cos.((%) 32

S

V

senxrV

lesp

)(

100)..cos.(

2lespV

senxrk

..(%) 3 SkV

.. 11112 SkV

) .( . 212223 SSkV

) .( . 3213334 SSSkV

) .( . 4321444 SSSSkVSE

43423121 SESE VVVVV

)(

100)..cos.(

2lesp

iiiii

V

senxrk

4 4 esp SE V V V 3443 VV V 2332 VV V 1221 VV V

Page 7: Método simplificado x Método de Céspedes

7

Logo:

Figura 5: Tabela coleta de dados calculados e de fácil visualização

Posteriormente a realização dos cálculos acima propostos, é possível visualizar o

perfil de tensão da linha, sendo ainda possível atribuir o fator de demanda quando

necessário.

Portanto, nos é permitido, baseado nos cálculos efetuados, identificar o

comportamento do sistema sob condições do mesmo, utilizando o Método Simplificado

de Regulação de tensão.

Método das Somas das Potências – Cespedes

Figura 6

Dados do equacionamento:

Figura 7

Page 8: Método simplificado x Método de Céspedes

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O método de Soma de Potências utiliza uma sistemática que percorre o sistema

de forma direta e inversa. As cargas e as perdas são somadas no caminho inverso, ou

seja, partindo na direção da barra terminal e terminando na barra fonte, enquanto que as

tensões nodais são calculadas através de equação biquadrada, usando o caminho direto,

ou seja, partindo na direção da barra fonte e terminando na barra terminal, tomadas duas

a duas.

Inicialmente, usando o caminho inverso, determina-se a potência equivalente

para cada barra somando as potências referentes às cargas, incluindo a própria carga e

as perdas de potência da linha que estão depois da barra de interesse, concentrando o

resultado nesta barra. Na primeira iteração as perdas não são levadas em consideração.

Figura 8: Equacionamento

Uma vez calculada a potência equivalente para cada barra do sistema, iniciasse o

cálculo das tensões através da equação (1). Esse processo começa na barra fonte e vai

em direção ao nó carga, tomando-se as barras duas a duas. Uma barra que se comporta

como sendo de carga numa primeira fase do processo, torna-se barra fonte na fase

seguinte após o cálculo da tensão. Repete-se esta sistemática até o nó terminal. Nesse

processo, a rede de distribuição é percorrida de cima para baixo.

Figura 9: Equação (1)

A equação fornece o módulo da tensão na barra carga conhecendo-se a tensão na

barra fonte, a impedância da linha e a potência da carga. Essa equação é a parte

fundamental no processo do cálculo do fluxo de potência para sistemas radiais.

P e Q são as potências somadas na barra carga.

R e X são as impedâncias entre a barra s e r.

A fase da tensão na barra carga pode ser calculada por:

Page 9: Método simplificado x Método de Céspedes

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Figura 10

O método converge se a diferença entre o vetor tensões nas barras antes da

interação e o vetor tensões nas barras depois da interação for pequena. Essa diferença é

o erro.

Codificação dos Métodos

%Desenvolvimento método de Céspedes

D=[1 0 0 0 0 0 13800

2 1 0.8872 1.13208 2806275 1109110.8486 13800 3 2 2.86884 3.67926 3804275 1250404.7242 13800 4 3 1.4712 1.8868 336000 252000 13800 5 4 2.2068 2.8302 405900 283319.9428 13800 6 5 4.9653 6.36795 852600 173127.8141 13800 7 6 1.25052 1.60378 364800 106400 13800 8 7 1.1034 1.4151 404550 159888.3908 13800 9 8 4.15614 5.33021 267000 136788.1574 13800]; erro=13800;h=0; distancia=[0 2.4 10.2 14.2 20.2 23.7 27.1 30.1 41.4]; vadli=linspace(12834,12834,9); vadls=linspace(14490,14490,9);

vprli=linspace(12420,12420,9); while(h<100) P=D(:,5)*0.8;Q=D(:,6)*0.8; for n=9:-1:1 k=find(D(:,2)==n); t=size(k); if(t(1,1)>0) ativaacumulada(n)=P(k(1,1)); reativaacumulada(n)=Q(k(1,1));

perdasativas(n)=D(k(1,1),3)*(P(k(1,1))^2+Q(k(1,1))^2)/(D(k(1,1),7)^2);

perdasreativas(n)=D(k(1,1),4)*(P(k(1,1))^2+Q(k(1,1))^2)/(D(k(1,1),7)^2

); else ativaacumulada(n)=0; reativaacumulada(n)=0; perdasativas(n)=0; perdasreativas(n)=0; end P(n)=P(n)+perdasativas(n)+ativaacumulada(n); Q(n)=Q(n)+perdasreativas(n)+reativaacumulada(n); end v=D(:,7); for n=2:9 eq=[1 0 (2*(D(n,3)*P(n)+D(n,4)*Q(n))-(D(D(n,2),7)^2)) 0

(P(n)^2+Q(n)^2)*(D(n,3)^2+D(n,4)^2)]; c=roots(eq);

Page 10: Método simplificado x Método de Céspedes

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D(n,7)= max(abs(c)); end erro=max(abs(D(:,7)-v)); h=h+1; end vdmax=D(:,7); D(:,7)=linspace(13800,13800,9); h=0; while(h<5) P=D(:,5)*0.35;Q=D(:,6)*0.35; for n=9:-1:1 k=find(D(:,2)==n); t=size(k); if(t(1,1)>0) ativaacumulada(n)=P(k(1,1)); reativaacumulada(n)=Q(k(1,1));

perdasativas(n)=D(k(1,1),3)*(P(k(1,1))^2+Q(k(1,1))^2)/(D(k(1,1),7)^2);

perdasreativas(n)=D(k(1,1),4)*(P(k(1,1))^2+Q(k(1,1))^2)/(D(k(1,1),7)^2

); else ativaacumulada(n)=0; reativaacumulada(n)=0; perdasativas(n)=0; perdasreativas(n)=0; end P(n)=P(n)+perdasativas(n)+ativaacumulada(n); Q(n)=Q(n)+perdasreativas(n)+reativaacumulada(n); end v=D(:,7); for n=2:9 eq=[1 0 (2*(D(n,3)*P(n)+D(n,4)*Q(n))-(D(D(n,2),7)^2)) 0

(P(n)^2+Q(n)^2)*(D(n,3)^2+D(n,4)^2)]; c=roots(eq); D(n,7)= max(abs(c)); end erro=max(abs(D(:,7)-v)); h=h+1; end vdmin=D(:,7); formatSpec='Docente: Luciano de Souza da Costa e Silva\nDiscentes:

Caique Torres & Thalys Rezende \nDisciplina:Qualidade de energia

elétrica\n\n'; fprintf(formatSpec,h,erro); fprintf('\n\nPerfil de tensão para demanda máxima através do método

de soma de potências de cespédes:\n\n'); for n=2:9 formatSpec='O módulo da tensão na barra %d é: %4.4f V.\n'; fprintf(formatSpec,n-1,vdmax(n)); end fprintf('\n\nPerfil de tensão para demanda mínima através do método

de soma de potências de cespédes:\n\n'); for n=2:9 formatSpec='O módulo da tensão na barra %d é: %4.4f V.\n'; fprintf(formatSpec,n-1,vdmin(n)); end

%Desenvolvimento método simplificado S=[3017500 4004500 420000 495000 870000 380000 435000 300000]; SMAX=S*0.8;

Page 11: Método simplificado x Método de Céspedes

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SMIN=S*0.35; fp=[0.93 0.95 0.8 0.82 0.98 0.96 0.93 0.89]; zcabo=0.3678+0.4717*i; H=[2.40 3017.5 7.80 4004.5 4.00 420.00 6.00 495.00 13.5 870.00 3.40 380.00 3.00 435.00 11.3 300.00]; for(n=8:-1:1) if(n==8) S3facmax(n)=SMAX(n); S3facmin(n)=SMIN(n); else S3facmax(n)=SMAX(n)+SMAX(n+1); S3facmin(n)=SMIN(n)+SMIN(n+1); end end for(n=8:-1:1)

k(n)=(real(zcabo)*fp(n)+imag(zcabo)*sin(acos(fp(n))))*100/(13800^2); end for(n=8:-1:1) deltavpercentualmax(n)=k(n)*H(n,1)*S3facmax(n); deltavpercentualmin(n)=k(n)*H(n,1)*S3facmin(n); end for(n=1:8) if(n==1) deltavperacmax(n)=deltavpercentualmax(n); deltavperacmin(n)=deltavpercentualmin(n); else deltavperacmax(n)=deltavpercentualmax(n)+deltavperacmax(n-1); deltavperacmin(n)=deltavpercentualmin(n)+deltavperacmin(n-1); end end for(n=1:8) if(n==1) vbmsmax(n)=13800-(deltavpercentualmax(n))*138; vbmsmin(n)=13800-(deltavpercentualmin(n))*138; else vbmsmax(n)=vbmsmax(n-1)-(deltavpercentualmax(n))*138; vbmsmin(n)=vbmsmin(n-1)-(deltavpercentualmin(n))*138; end end fprintf('\n\nPerfil de tensão para demanda máxima através do método

simplificado:\n\n'); for n=1:8 formatSpec='O módulo da tensão na barra %d é: %4.4f V.\n'; fprintf(formatSpec,n,vbmsmax(n)); end fprintf('\n\nPerfil de tensão para demanda mínima através do método

simplificado:\n\n'); for n=1:8 formatSpec='O módulo da tensão na barra %d é: %4.4f V.\n'; fprintf(formatSpec,n,vbmsmin(n)); end vbmax(1)=13800; vbmin(1)=13800; for(n=1:8)

Page 12: Método simplificado x Método de Céspedes

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vbmax(n+1)=vbmsmax(n); vbmin(n+1)=vbmsmin(n); end

%Comparação dos gráficos figure(1); plot(distancia,vdmax,distancia,vbmax,distancia,vadli,distancia,vadls,d

istancia,vprli); figure(2); plot(distancia,vdmin,distancia,vbmin,distancia,vadli,distancia,vadls,d

istancia,vprli);

Gráficos Obtidos

Figura 11: Perfil de tensão para demanda máxima.

Figura 12: Perfil de tensão para demanda mínima.

Page 13: Método simplificado x Método de Céspedes

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Conclusão

O método simplificado utilizado para encontrar perfil de tensão de sistemas de

distribuição desconsidera as perdas de potência através das impedâncias da linha,

atenuando a queda de tensão nas barras subsequentes. O método também faz uma

aproximação considerando que a diferença angular entre a tensão da barra fonte e a

tensão da barra remota é muito pequena. Este método tem como vantagem sua

simplicidade em comparação aos métodos de fluxo de potência e permite ter uma noção

geral do comportamento de um sistema de distribuição para controle de qualidade no

fornecimento de energia elétrica.

O método de somas de potências de Céspedes proporciona uma maior precisão e

exatidão dos valores calculados comparados aos valores reais do sistema, pois considera

os fatores desprezados no método simplificado, além de ser um método iterativo, que

quanto maior o número de iterações, menor é o erro obtido nos cálculos.

A eficiência do método de céspedes implementado foi comprovada no cálculo de

perfil de tensão para demanda mínima onde foi obtido um erro de com 5

iterações, obtendo uma queda de tensão percentual de aproximadamente 14,94% para a

última barra do sistema em relação a subestação. O que é um resultado condizente com

os sistemas reais de distribuição. Porém, por um motivo desconhecido, o algoritmo não

convergiu para demanda máxima obtendo um erro de aproximadamente para

100 iterações. A não convergência do método neste caso implicou em níveis de tensão

distantes do perfil real de tensão em sistema de distribuição, obtendo uma queda de

tensão de 83,27% na barra final em relação a subestação.

O trabalho realizado também nos permite inferir que: quanto maior for a

demanda de potência maior é a queda de tensão percentual em cada trecho.

Page 14: Método simplificado x Método de Céspedes

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Referências

Desenvolvimento e Modelagem de Regulador de Tensão para Fluxo de Potência em Redes de

Distribuição de Energia Elétrica. Disponível em

<http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/mestrado/trabalhos-mestrado/mestrado-

rodrigo-mendonca.pdf>. Acessado em: 24/09/2014.

SEMENSATO, M.- Fluxo de Potência em sistemas de distribuição. Disponível em

http://ifgjatai.webcindario.com/fluxo.pdf >. Acessado em: 24/09/2014.

SILVA, L. S. C.- Regulação de tensão.