sumário 1 2 · antecipação a um aperto monetário gradual nos estados unidos. entretanto, desde...

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  • 4 A-119 Ambiente regulatrioA-102 Gerenciamento de riscosA-91 Fatores de riscoNossa gesto de riscos

    2 A-46 Pontos fortes competitivosA-33 Nosso negcioA-27 Nossa histriaA-21 Destaques de 2017A-17 Em nmerosNosso perfil

    7AnexosA-473 Sumrio de contedos da GRI

    Standards "de acordo" EssencialA-481 Relatrio de assegurao limitada dos

    auditores independentes sobre as informaes de sustentabilidade do Relatrio Anual Consolidado 2017, contidas no captulo Sustentabilidade e nos anexos deste relatrio

    A-496 GlossrioA-495 Controles e procedimentosA-488 Tributao de detentores de ADSsA-486 Taxas de cmbioA-484 Informaes estatsticas selecionadasA-483 Declarao de independncia

    F-187 Demonstraes contbeis consolidadas (IFRS)

    A-143 Principais polticas contbeisA-169 Resultados

    Desempenho

    5

    A-09 Contexto deste relatrioA-09 Contexto do Ita Unibanco HoldingA-04 Contexto macroeconmico

    Contexto1

    3 A-88 Principais diferenas entre as prticas de governana corporativa no Brasil e nos EUA

    A-52 Estrutura da administraoA-81 Nossas aes

    A-50 Nossas prticas

    Nossa governana

    Sumrio

    6 A-377 Responsabilidade bancria | Impactos sociais, econmicos e ambientaisA-372 Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentvel (ODS) em nossa estratgiaA-358 MaterialidadeA-356 Estratgia de sustentabilidadeSustentabilidade

    A-393 Mudanas climticas

  • Contexto macroeconmicoGRI 103-2 | 103-3 Antecipao de cenrios

    Contexto global

    A atividade econmica global continua com bom desempenho e as pesquisas com empresas indicam que o crescimento pode ser ainda maior. Como apresentaremos a seguir, o PIB dos EUA cresceu 2,3% em 2017 aps uma expanso a uma taxa de 1,5% em 2016. A Zona do Euro e o Japo vm se recuperando a taxas modestas de crescimento econmico. Enquanto isso, na China, o crescimento encontra-se estvel e em outros mercados emergentes o crescimento tem acelerado.

    Na Zona do Euro, a economia vem se recuperando em ritmo modesto, considerando que as reformas fiscais e a poltica monetria acomodatcia do Banco Central Europeu (BCE) contriburam para a melhora na confiana e nas condies financeiras. O PIB real cresceu 1,8% na regio em 2016 e expandiu a uma taxa de 2,5% em 2017. Os riscos polticos na regio so relativamente baixos. As negociaes do Brexit entre a Unio Europeia e o Reino Unido j mostram avanos esse ano. O resultado das eleies na Itlia indica que partidos populistas devem participar do novo governo, reduzindo chances de reformas estruturais, mas uma sada da Zona do Euro improvvel. Ao mesmo tempo, a coalizo pr-Europa na Alemanha e o governo Emmanuel Macron na Frana proporcionam estabilidade regio.

    Considerando as medidas de polticas monetrias inditas que vm sendo implantadas pelos pases desenvolvidos, desde 2008, h maior liquidez disponvel para investimentos nos mercados emergentes, impulsionando os preos dos ativos nesses mercados. Considerando que a economia dos Estados Unidos continua em recuperao e as perspectivas de crescimento continuam positivas, o Federal Reserve elevou seis vezes o intervalo de taxas de juros pretendido para os fundos federais desde a reunio do FOMC de dezembro de 2015. Alm disso, o FOMC iniciou a reduo de seu balano patrimonial permitindo o vencimento da sua carteira de ttulos do Tesouro dos Estados Unidos e ttulos de dvida do governo dos Estados Unidos sem substitu-los. Indicou ainda que deve continuar elevando gradualmente o intervalo de taxas de juros pretendido para os fundos federais.

    Entre 2013 e 2016, valores significativos de recursos financeiros foram retirados de investimentos nos mercados emergentes em resposta ao fraco crescimento dessas economias e em antecipao a um aperto monetrio gradual nos Estados Unidos. Entretanto, desde meados de 2016, fluxos financeiros esto gradualmente retornando aos mercados emergentes, uma vez que os preos das commodities se estabilizaram e os fundamentos econmicos melhoraram em algumas economias de mercados emergentes. Os riscos no cenrio econmico esto equilibrados, uma vez que o crescimento global est mais sincronizado, os riscos polticos nos EUA e Europa continuam moderados e as polticas monetria e fiscal induzem uma desacelerao modesta e controlada da economia da China.

    O PIB real da China cresceu 6,9% em 2017, 0,2 ponto percentual maior em relao ao exerccio anterior. A atividade econmica deve ser moderada em 2018.

    Contexto na Amrica Latina

    As condies financeiras externas continuam amparando o crescimento na Amrica Latina, em um contexto de recuperao econmica global, preos de commodities mais altos e taxas de juros baixas em mercados desenvolvidos. Taxas de cmbio tm contribudo para manter a inflao baixa (ou mais baixa) em quase todos os pases (exceto na Argentina), o que, em combinao com hiatos negativos do produto, proporciona um ambiente para uma poltica monetria expansionista.

    Assim, o crescimento econmico est ganhando fora gradualmente em 2018. No Mxico, entretanto, incertezas com relao ao Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte (NAFTA) esto impactando negativamente sobre o investimento.

    A tabela a seguir mostra as taxas de crescimento real do PIB em sete pases da Amrica Latina para os exerccios findos em 31 de dezembro de 2017, 2016, 2015, 2014 e 2013, exceto quando de outra forma indicado.

    O PIB real dos Estados Unidos cresceu 2,3% em 2017, comparado com 1,5% em 2016 e 2,9% em 2015. A expanso econmica deve continuar a um ritmo moderado (de acordo com a Survey of Professional Forecasters emitida pelo Federal Reserve Bank of Philadelphia), sustentada por uma slida demanda domstica. A demanda domstica deve ser amparada por (i) polticas monetria e fiscal acomodatcias; (ii) otimismo entre consumidores e empresrios, de acordo com os dados de pesquisas de dezembro de 2017, publicadas pelo The Conference Board e pelo Institute for Supply Management, respectivamente; e (iii) mercado de trabalho saudvel, com crescimento lquido mdio de 182.330 empregos por ms em 2017 e taxa de desemprego de 4,1% em dezembro de 2017.

    Criao de empregos nos EUA Follha de pagamento no agrcola (sazonalmente ajustado, em milhares)

    Fonte: Ita Unibanco Holding e Bureau de Estatticas do Trabalho (BLS) dos EUA.

    2000

    2001

    2002

    2003

    2004

    2005

    2006

    2007

    2008

    2009

    2010

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015

    2016

    2017

    400

    200

    0

    -200

    -400

    -600

    -800

    Ms Mdia de 3 meses

    A-4

  • Exerccio findo em 31 de dezembro de

    Crescimento real do PIB (%) 2017 2016 2015 2014 2013

    Argentina(1) 2,9 (1,8) 2,7 (2,5) 2,4

    Chile(2) 1,5 1,3 2,3 1,8 4,0

    Colmbia(3) 1,8 2,0 3,1 4,4 4,9

    Mexico(4) 2,0 2,9 3,3 2,8 1,4

    Paraguai(5) 3,7 4,1 3,0 4,7 14,0

    Peru(6) 2,5 4,0 3,3 2,4 5,8

    Uruguai(7) 2,7 1,7 0,4 3,2 4,6

    (1) Fonte: Instituto Nacional de Estadstica y Censos. (2) Fonte: Banco Central de Chile.(3) Fonte: Banco de la Repblica.(4) Fonte: Instituto Nacional de Estadstica y Geografa. (5) Fonte: Banco Central del Paraguay. Dado de 2017 se refere ao perodo de 12 meses findo em 30 de setembro de 2017.(6) Fonte: Banco Central de Reserva del Per.(7) Fonte: Banco Central de Uruguay.

    Contexto brasileiro

    Na qualidade de banco brasileiro cujas atividades so preponderantemente realizadas no Brasil, somos afetados de forma significativa pelas condies econmicas, polticas e sociais do pas. De 2004 a 2013, fomos beneficiados pela estabilidade geral da economia brasileira, com crescimento mdio do PIB de aproximadamente 4,0% a.a. naquele perodo, o que favoreceu o aumento dos emprstimos e depsitos bancrios. Os anos seguintes foram menos favorveis, com desacelerao do crescimento do PIB para 0,5% em 2014 e recuo de 3,5% tanto em 2015 quanto em 2016. A economia brasileira mostrou sinais de recuperao em 2017, com um alta do PIB de 1,0%.

    A queda generalizada na inflao, devido ao alto nvel de capacidade ociosa na economia brasileira e expectativas de inflao ancoradas, criou oportunidade para o Banco Central iniciar um ciclo de afrouxamento monetrio. Aps atingir 14,25% a.a. no final de 2015, a taxa de juros comeou a ser reduzida pelo Banco Central em outubro de 2016. Em maro de 2018, a taxa Selic atingiu 6,50%. Como proporo do PIB, o saldo de emprstimos bancrios diminuiu para 47,1% em dezembro de 2017, em comparao com 49,6% em dezembro de 2016.

    A inflao atingiu 2,9% em 2017, uma desacelerao em relao aos 6,3% de 2016. Os preos regulados pelo governo (como gasolina, plano de sade, medicamentos, energia eltrica, passagens de nibus urbanos, entre outros) tiveram aumento de 8,0% no perodo em 2017 (ante 5,5% em 2016), enquanto os preos livres aumentaram 1,3% no mesmo perodo (ante 6,6% em 2016).

    Crdito total

    (em % do PIB)

    Fonte: Ita Unibanco Holding e Banco Central.

    2009

    2010

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015

    2016

    2017

    56

    50

    44

    38

    32

    Fonte: IBGE.

    Crescimento do PIB (%)

    5,1

    2008

    -0,1

    2009

    7,5

    2010

    4,0

    2011

    1,9

    2012

    3,0

    2013

    0,5

    2014

    -3,5

    2015

    -3,5

    2016 2017

    1,0

    14%

    12%

    10%

    8%

    6%

    Selic(taxa de juros nominal)

    Selic (decidida) Selic efetiva

    2008

    2009

    2010

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015

    2016

    2017

    2018

    Fonte: Ita Unibanco Holding e Banco Central.

    A-5

  • O resultado primrio do setor pblico brasileiro tem sido deficitrio desde 2014. Os cortes nas despesas discricionrias e os aumentos nos impostos foram insuficientes para compensar a queda da arrecadao e o aumento das despesas obrigatrias. No perodo de 12 meses, o saldo primrio do setor pblico brasileiro fechou 2017 com deficit de 1,7% do PIB, aps deficit de 2,5% do PIB em 2016, 1,9% em 2015 e 0,6% em 2014. Para contornar o desequilbrio fiscal estrutural, o Congresso Nacional aprovou uma emenda constitucional que estabelece um teto de gastos que limitar o crescimento dos gastos pblicos inflao de anos anteriores para no mnimo 10 anos, representando uma reforma estrutural para a economia brasileira. A reforma da previdncia social e outras reformas so consideradas fundamentais para garantir que o teto permanea vivel nos prximos anos; entretanto, a aprovao dessas reformas pelo Congresso Brasileiro incerta. Essas reformas so um importante passo no sentido de retornar aos superavits primrios, estabilizando, assim, a dvida pblica no mdio prazo.

    Alm disso, o Brasil passou por muitas alteraes regulatrias, como mudanas nas regras de compulsrio e de requerimento de capital para instituies financeiras, alm de outras polticas macroprudenciais. Para mais informaes, consulte a seo Nossa gesto de riscos, item Ambiente regulatrio, Implementao de Basileia III no Brasil, e seo Desempenho, item Depsitos compulsrios no Banco Central.

    O estoque total de crdito bancrio continuou recuando em dezembro de 2017 na variao anual real, com queda de 3,3%, ritmo menos intenso que o observado em dezembro de 2016 (queda de 9,2%). O total de novos emprstimos ficou praticamente estvel em 2017 contra reduo de 15,7% em 2016, em termos reais. A taxa de inadimplncia no crdito s famlias diminuiu 0,5 ponto percentual na comparao anual, atingindo 3,5% em dezembro de 2017. A taxa de inadimplncia nos emprstimos para empresas no financeiras atingiu 2,9% em dezembro de 2017, abaixo do nvel observado em dezembro de 2016 (3,5%).

    O real sofreu leve depreciao frente ao dlar americano atingindo R$ 3,31 por US$ 1,00 em 29 de dezembro de 2017, em comparao com R$ 3,26 por US$ 1,00 em 30 de dezembro de 2016. Apesar das incertezas em relao aos ajustes e s reformas, o ambiente externo tem se mostrado mais benigno para ativos de risco, resultando em prmios de risco menores.

    O deficit em conta-corrente brasileiro (saldo lquido do comrcio de bens e servios) alcanou 0,5% do PIB em dezembro de 2017. O Brasil manteve sua solvncia externa, com US$ 382 bilhes em reservas internacionais e US$ 310 bilhes em dvida externa em dezembro de 2017.

    A tabela abaixo mostra o crescimento real do PIB, a taxa de inflao, a variao cambial e as taxas de juros no Brasil referentes aos exerccios findos em 31 de dezembro de 2017, 2016, 2015, 2014 e 2013, exceto quando de outra forma indicado.

    Taxa de cmbio nominal

    (Real/US$)

    2010

    2012

    2014

    2016

    2018

    4,5

    4,0

    3,5

    3,0

    2,5

    2,0

    1,5

    Taxa de inflao em 12 meses (IPCA)

    Fonte: Ita Unibanco Holding e IBGE.

    2009

    2010

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015

    2016

    2017

    11%

    10%

    9%

    8%

    7%

    6%

    5%

    4%

    3%

    2%

    Exerccio findo em 31 de dezembro de

    2017 2016 2015 2014 2013

    Crescimento real do PIB(1) 1,0 (3,5) (3,5) 0,5 3,0

    Taxa de inflao IGP-DI(2) (0,4) 7,2 10,7 3,8 5,5

    Taxa de inflao IPCA(3) 2,9 6,3 10,7 6,4 5,9

    Variao cambial (R$/US$)(4) 1,8 (17,8) 48,9 12,5 15,1

    TR (taxa referencial de juros)(5) 0,00 1,98 2,07 1,01 0,53

    CDI (certificado de depsito interbancrio)(6) 6,99 13,63 14,14 11,51 9,78

    Selic (taxa de juros overnight)(6) 7,00 13,65 14,15 11,58 9,90

    CDS soberano 5 anos(7) 162,0 280,8 494,9 200,8 193,8

    (1) Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). (2) Fonte: ndice Geral de Preos Disponibilidade Interna (IGP-DI), publicado pela Fundao Getulio Vargas. (3) Fonte: ndice de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo IBGE.(4) Fonte: Bloomberg (taxas acumuladas no perodo); nmeros positivos significam depreciao do real. (5) Fonte: Taxa Referencial (TR), publicada pelo Banco Central. Dados apresentados em porcentagem por ano. (6) Fonte: Banco Central. Dados apresentados em porcentagem por ano. (7) Fonte: Bloomberg (final do perodo). Swap de crdito soberano (CDS) uma medida do risco-pas (pontos-base).

    A-6

  • Mensagem dos Copresidentes do Conselho de Administrao

    Prezado leitor,

    O ano de 2017 foi marcado por mudanas importantes no Brasil e no Ita Unibanco.

    Observamos sinais que indicam o incio da recuperao da maior crise dos ltimos 100 anos da economia brasileira, com crescimento de 1% do PIB aps trs anos de recesso, em um cenrio de baixa inflao e menores taxas de juros. Acreditamos que o Brasil est preparado para superar as crises econmica e poltica, voltar a gerar empregos e a crescer em patamares sustentveis.

    A mudana no cenrio econmico foi refletida em nossas operaes, sendo o ltimo trimestre de 2017 marcado pela retomada do crescimento da carteira de crdito para pessoas fsicas e micro, pequenas e mdias empresas. A inadimplncia de nossos clientes diminuiu e, neste cenrio de menor risco, nosso custo de crdito(1) reduziu-se em 29,6% em comparao a 2016. Esse fato, aliado a outras importantes conquistas, como o controle de custos operacionais, nos permitiu atingir o lucro lquido de R$ 23,9 bilhes(2), um aumento de 2,6% em relao ao ano anterior. Mantivemos o retorno recorrente sobre nosso patrimnio lquido em patamar elevado, registrando 20,1% no ano de 2017.

    Esses resultados foram obtidos no primeiro ano do Candido Bracher como nosso CEO, cujo incio da gesto tambm destacado pelos avanos na agenda estratgica, pautada por seis frentes amplamente divulgadas ao mercado: (i) Centralidade no Cliente, (ii) Transformao Digital, (iii) Gesto de Pessoas, (iv) Gesto de Riscos, (v) Internacionalizao e (vi) Rentabilidade Sustentvel. Acreditamos que as trs primeiras precisam passar por transformaes profundas dentro da organizao ao longo dos prximos anos e as trs ltimas compem a melhoria contnua. Cabe frisar que Governana Corporativa e Sustentabilidade permeiam todos esses esforos.

    Temos a convico de que nossos objetivos no podem ser alcanados sem que enfatizemos a gesto de pessoas, pois nelas que reside o grande poder de transformao, so elas que nos fazem evoluir, garantem resultados sustentveis e tornam concreta a nossa capacidade de gerar valor para a sociedade e o pas. Assim, temos o desafio de ser cada vez mais atraentes para

    todas as geraes e engajar, desenvolver e reter talentos. Por isso, investimos consistentemente na divulgao do nosso propsito e do que chamamos de Nosso Jeito, uma cultura forte, pautada pela colaborao, tica e respeito total e irrestrito.

    No Conselho de Administrao tomamos importantes decises no ano de 2017, definindo diretrizes estratgicas para o Ita Unibanco, das quais destacamos o apetite de riscos. Definimos tambm uma nova prtica para distribuio de resultados (payout), segundo a qual temos o objetivo de manter nosso ndice de CET1(3) em 13,5%, distribuindo todo o montante excedente. Assim, com base no crescimento dos nossos ativos ponderados pelo risco (RWA) e retorno sobre o patrimnio, distribumos em 2017 o equivalente a 83% do nosso lucro lquido recorrente(4), incluindo as recompras de aes que realizamos, valor recorde em nossa histria. Essa distribuio foi possvel tambm porque emitimos, pela primeira vez, ttulos perptuos que comporo nosso capital principal, reduzindo nosso custo de capital e favorecendo a gerao de valor para nossos acionistas.

    Continuamos a evoluir em nossas prticas de governana corporativa, adaptando-as ao novo contexto de negcios. Assim, em 2017 criamos o Digital Advisory Board, que passou a ter um papel importante de propor desenvolvimento tecnolgico, avaliar a experincia dos clientes e nos permitir acompanhar tendncias mundiais. Ana Lcia de Mattos Barretto Villela passar a compor o Conselho de Administrao, trazendo um novo olhar sobre nossa gesto, alm de refletir nosso compromisso cada vez maior em garantir a diversidade na organizao.

    Por fim, queremos convid-los leitura deste Relatrio Anual Consolidado. Destacamos as sees Nossa governana e Nossa gesto de riscos, que foram reformuladas em comparao s ltimas edies e apresentam as informaes de forma mais objetiva, de fcil entendimento e organizadas.

    Cordialmente,

    Roberto Setubal Pedro Moreira Salles Copresidentes do Conselho de Administrao

    (1) De acordo com as normas estabelecidas pelo Bacen BRGAAP.(2) Lucro lquido atribuvel aos acionistas controladores, em IFRS.(3) Common Equity Tier I (Capital Principal).(4) O payout considera o lucro lquido recorrente apurado segundo as normas estabelecidas pelo Bacen

    BRGAAP.

    A-7

  • Caro leitor,

    O ano passado foi marcado pelo incio da recuperao econmica do Brasil. Vimos a inflao cair, assim como a taxa de juros, alm da retomada do crescimento do PIB, ainda que de forma modesta. Esse movimento interrompeu um longo perodo de recesso, cujos efeitos sobre nossa carteira de crdito foram relevantes durante os anos de 2015 e 2016.

    Por outro lado, tambm houve acentuada volatilidade nos mercados locais, provocada pela instabilidade poltica e pelas incertezas relacionadas ao processo de aprovao das reformas to necessrias para o pas.

    Neste contexto, nossas receitas foram impactadas pela queda das taxas de juros e por uma recuperao de demanda ainda muito incipiente. Este fato foi mais do que compensado por um melhor desempenho da inadimplncia e pela manuteno de um rigoroso controle sobre os nveis de despesas. A resultante destes fatores foi um lucro lquido de R$ 23,9 bilhes(1), 2,6% superior ao de 2016.

    Gostaria de destacar o impacto gerado pelo banco por meio do valor adicionado(2) economia, que atingiu R$ 67,2 bilhes em 2017. O montante foi distribudo entre diversos segmentos da sociedade, por meio do pagamento de nossos colaboradores, de tributos e de aluguis, do reinvestimento dos lucros na operao e da remunerao dos mais de 120 mil acionistas. O impacto gerado pelo valor adicionado materializa o nosso propsito, que estimular o poder de transformao das pessoas.

    importante notar que o desempenho em 2017 reflete em grande parte as decises estratgicas tomadas em 2012. Na ocasio, decidimos atuar em trs grandes frentes servios e seguros, crdito e tesouraria para reduzir a volatilidade dos nossos resultados por meio de uma maior diversificao de receitas.

    Da mesma forma que em 2012, em 2017 tomamos decises que contriburam para o bom desempenho do ano, mas que devero ter seus maiores efeitos no mdio prazo. A partir de uma reflexo colegiada sobre nossos principais desafios estratgicos, demos incio a um processo de estruturao de nossas frentes prioritrias, com o objetivo de dar maior consistncia e qualidade ao nosso resultado nos prximos anos. As novas frentes foram divididas em dois grandes grupos: Transformao e Melhoria Contnua.

    No primeiro grupo, esto as frentes de Centralidade no Cliente, Transformao Digital e Gesto de Pessoas. Queremos conceber uma cultura de atendimento focada no que os clientes precisam, tendo-os realmente como centro das nossas decises. Devemos fazer isso no contexto da nossa transformao digital, que nos possibilitar oferecer aos clientes experincias melhores e aperfeioar constantemente nossos processos. Tudo isso dentro de uma nova dinmica de trabalho, altamente cooperativa, que mudar de forma significativa a experincia dos nossos colaboradores no seu cotidiano.

    Em Melhoria Contnua, esto as outras trs frentes estratgicas. A de Gesto de Riscos, que permite identificar ameaas, atuar na preveno ou na rpida mudana de curso, quando necessrio. A de Rentabilidade Sustentvel, cujo principal desafio trazer resultados ainda mais sustentveis para o banco. E, por fim, a nossa agenda de Internacionalizao, por meio da qual perseguiremos nveis de rentabilidade prximos aos do Brasil, alm de buscar sinergias e aprendizados que o intercmbio cultural e de operaes possibilita.

    Estas frentes prioritrias possibilitaro ao Ita Unibanco continuar a crescer de forma sustentvel neste e nos prximos anos, construindo ao longo do tempo um banco cada vez melhor para nossos clientes, colaboradores e acionistas e, consequentemente, para a sociedade. Voc encontra o detalhamento da nossa atuao nas frentes prioritrias na seo Estratgia de negcios.

    Agradeo a confiana e o apoio que tive ao longo de 2017 e desejo um timo 2018.

    Boa leitura!

    Abrao,

    Candido Bracher

    Presidente Executivo e CEO (1) Lucro lquido atribuvel aos acionistas controladores, em IFRS.(2) Considera o lucro lquido recorrente e a reclassificao dos efeitos fiscais do hedge dos

    investimentos no exterior para a margem financeira, em BRGAAP.

    Mensagem do Presidente Executivo e CEO GRI 102-14

    A-8

  • Um banco com um propsito

    Em 2017 revelamos para os nossos colaboradores o propsito do Ita Unibanco, destacando os valores que fazem parte da nossa essncia e que nos trouxeram at aqui.

    Nestes 93 anos de histria, alcanamos o posto de maior banco do pas(1) e somos considerados a marca brasileira mais valiosa do Brasil por publicaes como Interbrand, entre outros importantes reconhecimentos. Essas conquistas so fruto da forma como conduzimos os negcios, sempre colocando a tica frente dos resultados, buscando constantemente a inovao e a excelncia.

    Crescemos ajudando as pessoas e o pas a crescer, incentivando o crescimento de quem est ao nosso redor. Trabalhamos para transformar sonhos em realidade, impulsionar o desenvolvimento, despertar a vontade de fazer cada vez mais e melhor. Esse o sentido da nossa trajetria e este o nosso propsito: estimular o poder de transformao das pessoas.

    Por trs de tudo o que fazemos existem pessoas. Pessoas que tm ideias, que viram solues, que mudam a vida de outras pessoas. Revelar o propsito do Ita Unibanco faz parte da reafirmao da nossa razo de existir, ampliando o poder que cada pessoa tem de inventar e de se reinventar. Para isso, necessrio engajar todos os colaboradores nessa mesma direo.

    Em linha com este objetivo, a chegada do novo presidente do Ita Unibanco foi marcada pela incorporao desse propsito na organizao, que originou a definio das seis prioridades estratgicas que nortearo nossas aes nos prximos anos: Centralidade no Cliente, Transformao Digital, Gesto de Pessoas, Gesto de Riscos, Rentabilidade Sustentvel e Internacionalizao.

    Essas prioridades foram definidas a partir da percepo compar-tilhada do Comit Executivo sobre as tendncias do mercado e os desafios da instituio e organizam iniciativas que j estavam em andamento por todo o banco reforando o nosso compromisso com os colaboradores, clientes, acionistas e sociedade.

    O propsito do Ita Unibanco no nasceu em 2017, ele sempre existiu dentro de todas as pessoas que fizeram parte dessa organizao e de quem agora d continuidade a esse legado. Somos gente que move gente.

    Contexto deste relatrio

    Este relatrio anual consolidado unifica o contedo dos principais relatrios confeccionados anualmente como o Formulrio 20-F, o Relatrio Anual e o Prospecto de Dvida do Programa de Notas de Mdio Prazo (Programa MTN). O Formulrio 20-F, documento disponibilizado na Securities and Exchange Commission (SEC), nos EUA, foi a referncia para o contedo do relatrio aqui apresentado.

    O relatrio anual consolidado descreve nossa estratgia, estrutura, atividades e operaes, usando uma linguagem simples e direta para se tornar acessvel para todos os pblicos que possam vir a consultar este relatrio.

    As informaes apresentadas esto em linha com o Pronunciamento 13 do Comit de Orientao para Divulgao de Informaes ao Mercado (CODIM), uma iniciativa conjunta de entidades brasileiras que representam o mercado de capitais, cujo objetivo melhorar a transparncia e a divulgao de informaes no mercado de capitais brasileiro.

    Este relatrio anual consolidado rene dados apurados no perodo de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017, exceto quando de outra forma indicado, apresentando a nossa estrutura corporativa e de negcios, governana e desempenho financeiro, entre outros assuntos. O relatrio tambm abrange informaes sobre todas as organizaes sujeitas ao controle ou influncia significativa do Ita Unibanco Holding. Quaisquer potenciais alteraes ou impactos sobre os dados coletados como resultado de certas transaes, aquisio ou venda de ativos ou outras alteraes significativas para os negcios, sero sinalizados ao longo deste relatrio. O relatrio anual consolidado est dividido nas seguintes sees: (i) Contexto; (ii) Nosso perfil; (iii) Nossa governana; (iv) Nossa gesto de riscos; (v) Desempenho; (vi) Sustentabilidade; e (vii) Anexos. GRI 102-1 | GRI 102-49 | GRI 102-50 | GRI 102-52

    A auditoria das nossas demonstraes contbeis, seguindo as normas internacionais de relatrio financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), realizada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (PwC).

    Contexto do Ita Unibanco Holding

    (1) Em termos de ativos totais de acordo com o Banco Central.

    A-9

  • Documentos disponibilizados

    Estamos sujeitos s exigncias de informaes aplicveis aos emissores privados estrangeiros previstas sob o aditamento U.S. Securities Exchange Act (Lei das Bolsas de Ttulos e Valores Mobilirios) de 1934. Dessa forma, somos obrigados a arquivar relatrios e outras informaes na SEC, inclusive os relatrios anuais no Formulrio 20-F e os relatrios no Formulrio 6-K. Os relatrios e outras informaes por ns arquivados na SEC podem ser examinados e copiados nas instalaes de consulta pblica mantidas pela SEC na 100 F Street, N.W., Washington, D.C. 20549. Cpias dos materiais podem ser obtidas por correio, solicitando-as Public Reference Room da SEC, em 100 F Street, N.W., Washington, D.C. 20549 s tarifas prescritas. O pblico pode obter informaes sobre o funcionamento da Public Reference Room da SEC contatando a SEC nos Estados Unidos pelo telefone 1-800-SEC-0330. Alm disso, a SEC mantm o website no endereo www.sec.gov, em que possvel acessar esses materiais por meio eletrnico, inclusive este Relatrio Anual e seus respectivos anexos. Tambm arquivamos demonstraes contbeis e outros relatrios peridicos na Comisso de Valores Mobilirios (CVM), localizada Rua Sete de Setembro, 111 Rio de Janeiro RJ 20050- 901 Brasil. A CVM mantm um website no endereo www.cvm.gov.br.

    Cpias de nosso Relatrio Anual no Formulrio 20-F estaro disponveis para consulta, mediante solicitao ao Departamento de Relaes com Investidores, em nosso escritrio localizado Praa Alfredo Egydio de Souza Aranha 100, Torre Conceio, 9 andar So Paulo SP 04344-902 Brasil.

    Os investidores podem receber uma cpia impressa deste relatrio anual consolidado, inclusive das nossas demonstraes contbeis completas auditadas referentes ao ltimo exerccio fiscal, sem custo, solicitando uma cpia ao nosso Departamento de Relaes com Investidores, pelo e-mail [email protected], mencionando as informaes para contato e o endereo completo. Comentrios e sugestes em relao a este relatrio podem ser enviados ao mesmo endereo eletrnico. GRI 102-53

    Estratgia de negcios

    Agenda estratgica de mdio e longo prazosNossas seis prioridades estratgicas, com perspectivas de mdio a longo prazos, tm pautado nossa gesto. A nossa atuao foi organizada em vrias frentes com diviso de responsabilidades em grupos de trabalho que integram diversos nveis organizacionais com objetivos claros a serem alcanados e indicadores selecionados para acompanhamento do processo. J colhemos alguns frutos e temos a expectativa de agregar mais valor nos prximos anos sociedade e aos nossos acionistas.

    Segmentamos as seis prioridades em dois grupos: Transformao e Melhoria Contnua.

    No primeiro grupo, inclumos as prioridades que acreditamos necessitar de uma verdadeira transformao na organizao: Centralidade no Cliente, Transformao Digital e Gesto de Pessoas.

    Em Melhoria Contnua, esto includos os temas Gesto de Riscos, Internacionalizao e Rentabilidade Sustentvel. So prioridades amplamente difundidas na organizao, mas que requerem esforo para seu contnuo aperfeioamento.

    Permeando todos esses desafios, esto a governana corporativa e a sustentabilidade.

    A governana corporativa tem o papel fundamental de garantir os interesses dos diversos pblicos que se relacionam com a organizao e chave no alcance do crescimento sustentvel de longo prazo. Est integrada no apenas aos desafios aqui descritos, mas tambm em cada etapa de nossas atividades dirias, desde prticas de remunerao at a gesto de riscos.

    A sustentabilidade deve estar totalmente integrada aos negcios, tanto nos aspectos operacionais quanto comerciais, fazendo as questes socioambientais parte de nosso cotidiano. Suas variveis precisam ser incorporadas e mensuradas em cada um de nossos diferentes processos, como concesso de crdito, investimentos, atividades de seguros, contrato de fornecedores e gesto de recursos.

    Detalhamos a seguir esses temas prioritrios:

    Transformao GRI 103-2 | 103-3 EficinciaCentralidade no cliente Temos a viso de ser o banco lder em performance sustentvel e satisfao dos clientes. Hoje o cliente o protagonista e, portanto, o ponto central da nossa cultura organizacional. No ambiente de mercado atual, negcios tm-se destacado por oferecer experincias diferenciadas e novas ao cliente. Dessa forma, nossas aes, incluindo a transformao digital e os esforos em relao gesto de pessoas, so orientadas para a satisfao dos nossos clientes, mtrica-chave para toda a organizao, sendo que estabelecemos indicadores para acompanh-la de forma tempestiva e contnua e que esto diretamente vinculados aos incentivos aos nossos colaboradores.

    Vamos construir uma cultura focada na satisfao de clientes e em relaes de longo prazo. Assim, nossos esforos sero direcionados para comunicar, incentivar e capacitar nossos colaboradores em torno dos pilares dessa cultura.

    Pesquisas de opinio e acompanhamento dos nmeros de reclamaes demonstram que estamos acima da mdia do mercado em relao satisfao dos clientes. Porm, acreditamos que podemos ir alm e, por isso, estamos adotando o Net Promoter Score (NPS), que estar presente em cada etapa dos nossos processos.

    A-10

    http://www.cvm.gov.brmailto:relacoes.investidores%40itau-unibanco.com.br?subject=Relat%C3%B3rio%20anual%202017
  • Nosso objetivo construir um banco com o cliente e para o cliente. Dedicamos-nos cada vez mais a ouvir o que os clientes tm a dizer, identificando os atributos que mais valorizam no relacionamento e desenvolvendo produtos e servios que superem suas expectativas. Assim, agimos para melhorar a experincia do cliente, evoluindo e desburocratizando nossos processos.

    Alguns exemplos de iniciativas para melhoria da satisfao dos clientes:

    App Light, vencedor do Financial World Innovation Awards. Lanado em 2017, foi desenvolvido em conjunto com nossos clientes. O aplicativo necessita menor uso de memria dos smartphones e oferece navegao mais simples do que a tradicional. O app Light j atingiu mais de 500 mil usurios, com 90% de fidelizao.

    Em maro de 2017, lanamos a plataforma Personnalit Investimento 360, que amplia a convenincia e comodidade ao disponibilizar um leque completo de produtos de investimentos do Ita e de outras instituies financeiras por meio da Ita Corretora. Esta iniciativa tambm disponibiliza um servio de assessoria especializada, levando-se em considerao as necessidades dos nossos clientes no curto, mdio e longo prazos e oferecendo mais agilidade aos investidores por meio do acompanhamento de toda a sua movimentao financeira e rendimentos em um s lugar.

    Buscando garantir a equalizao da jornada multicanal na internet, modernizamos a plataforma tecnolgica e

    revisamos a experincia de navegao e compra, tornando-a mais intuitiva para o usurio. Para o segmento Empresas, melhoramos tambm os servios de pagamentos e recebimentos, fazendo do Ita o melhor internet banking para empresas do Brasil pelo terceiro ano consecutivo.

    Fomos eleitos, por votao dos leitores da revista Euromoney, o melhor banco para gesto de caixa do Brasil pelo dcimo ano consecutivo.

    Transformao Digital Temos o desafio de acelerar nosso processo de transformao digital com aumento contnuo de produtividade de nossa rea de Tecnologia da Informao e difuso da mentalidade digital por todo o banco, de forma a ganhar mais eficincia e a melhorar a experincia do usurio e satisfao dos clientes.

    Atualmente, a tecnologia representa a espinha dorsal da evoluo do Ita Unibanco.

    Alguns dos frutos dessa transformao digital incluem: (i) o desenvolvimento de mais de mil APIs (application programming interface), que permitem a criao de aplicativos reutilizveis; (ii) a participao em 100% das aplicaes de blockchain sendo desenvolvidas no Brasil para evoluir o mercado financeiro; (iii) a consolidao de uma cloud privada, que j roda dezenas de aplicaes (sistemas internos) do banco; e (iv) o uso de inteligncia artificial e machine learning para ganho de eficincia operacional. Os frutos dessa transformao digital se concretizam por meio da combinao harmoniosa de trs elementos fundamentais.

    O primeiro deles pessoas com expertise digital. So especialistas em design, user experience, cincia de dados, mdia digital, web analytics e cibersegurana, somando-se aos nossos profissionais de formaes clssicas (engenharia, administrao, economia e contabilidade). Essa evoluo acontece de forma exponencial na organizao. Nos ltimos dois anos, aumentamos em 13 vezes a presena de profissionais com perfis digitais no Ita Unibanco.

    O segundo a simbiose tecnologia-negcios, considerando que reconhecemos que a rea de Tecnologia fundamental na criao de solues de transformao. Dessa forma, possvel aproveitar a evoluo exponencial das tecnologias, acelerar a frequncia de inovaes e disrupes e promover ciclos de entregas de valor mais curtos (semanas e at mesmo dias).

    Essa unio de esforos j uma realidade em nosso banco. Conclumos, ao fim de 2017, a segunda fase do fortalecimento das especialidades tcnicas (arquitetura de tecnologia, engenharias de distribuio, sistemas bancrios e de dados, desenvolvimento de sistemas, entre outras) e da integrao das equipes (mais de cinco mil colaboradores envolvidos), com a criao de comunidades de entrega e times multidisciplinares em que trabalham de forma colaborativa, seguindo os princpios Lean(1) e Agile(2), para solucionar desafios de negcio. Esse

    (1) Lean: Estrutura de processo em que h uma tentativa de minimizar o risco e o desperdcio, enquanto maximiza o valor do cliente.(2) Agile: Filosofia focada no tempo que permite construir um produto passo a passo,

    entregando-o por peas menores.

    Procedentes | Ranking histrico

    1Tri17 2Tri17 3Tri17 4Tri17

    5 5

    6 6

    Fonte: Banco Central.

    Procon |

    Entradas (mil)-19,7% -20,8%

    76,0

    2016

    94,7

    2015 2017

    60,2

    Fonte: Servio de Proteo ao Consumidor (Procon).

    A-11

  • novo modelo de trabalho, caracterizado por decises rpidas, compartilhadas entre pessoas com diferentes especialidades e com autonomia, responsvel pela gerao de resultados cada vez mais sustentveis como:

    Time to Market (ciclos de entregas reduzidos): reduo de 22% do tempo mdio de entrega de um projeto; e

    Qualidade (testes e homologao mais rpidos, enxutos e automatizados): reduo de 31%(1) no ndice de indisponibilidade e 25% no nmero de incidentes.

    Por fim, o ltimo componente a centralidade no cliente, tambm entendida como uma nova concepo de banco. Hoje vivemos a era das experincias, em que empresas e clientes cocriam solues. Nesse contexto, o banco tem atuado colocando o cliente no centro da sua estratgia. Para isso, busca entender tudo aquilo que ele diz, analisando, por exemplo, os centenas de milhares de feedbacks recebidos nas redes sociais ou fornecidos pelos nossos beta-testers (clientes tecnologicamente engajados que testam novas verses dos apps do banco). J fazemos uso tambm da tecnologia (big data, aprendizado de mquina, computao em nuvem, entre outras) para buscar eficincia operacional, como aplicao de inteligncia artificial nos nossos modelos de crdito, e para compreender o comportamento do cliente em todos os seus pontos de contato com o banco. Isso porque essas interaes so insumos importantes para a criao de produtos e servios mais conectados s suas reais necessidades.

    Apresentamos a seguir alguns dos nossos destaques de 2017:

    App Ita Light: mais leve e com menor consumo de dados, o app oferece navegao intuitiva e simplificada;

    App Ita Abreconta: mais de 190 mil contas abertas por meio do aplicativo, que permite abertura de conta corrente pelo celular de forma 100% digital, sem necessidade de ir agncia;

    Evoluo mobile: apps com novo design e navegao simplificada para Ita e Ita Empresas. Em maio de 2017, o app Ita foi eleito o melhor app pela Folha de So Paulo e app do momento na Apple Store; e

    Agncias digitais: oferecemos atendimento em horrio diferenciado para clientes Personnalit e Uniclass. Ao fim de 2017, possuamos 160 agncias digitais, sendo 25 abertas em 2017.

    Gesto de Pessoas No Ita Unibanco sempre tivemos uma convico muito forte de que nas pessoas que reside o grande poder de transformao. So elas que nos fazem evoluir, garantem resultados sustentveis e impulsionam nossa capacidade de gerar valor para a sociedade e o pas.

    Temos o desafio de ser cada vez mais atrativos para todas as geraes e de engajar e desenvolver nossos talentos. Para isso, temos investido consistentemente na disseminao de nosso propsito e do que chamamos de Nosso Jeito uma cultura forte, pautada pela colaborao, meritocracia, tica e respeito total e irrestrito ao indivduo.

    Se o banco composto de capital humano, proporcionar a melhor experincia ao colaborador, para que ele seja capaz de promover seu desenvolvimento, fundamental. Com esse objetivo, a frente prioritria de pessoas est revendo modelos de incentivos, alm de estimular a autonomia e a mobilidade das pessoas, fazendo com que se sintam cada vez mais donas do negcio e da prpria carreira.

    Nesse sentido, em consonncia com todas as transformaes ocorrendo no mundo, a prioridade da frente de pessoas busca tambm inspirao no que existe de mais inovador nas prticas atualmente utilizadas e est focada na construo de uma orga-nizao que promova cada vez mais a diversidade e a incluso.

    Melhoria contnuaGesto de riscosAdministrar riscos a essncia da nossa atividade e uma responsabilidade de todos os colaboradores. Nossas atividades de gesto incluem atuarmos de maneira proativa para estarmos em conformidade com as orientaes referentes ao Apetite de Risco estabelecidas pelo nosso Conselho de Administrao. Alm disto, focaremos os esforos para tratar as prioridades de 2018 Riscos de Negcios, de Tecnologia, de Pessoas e Regulatrio.

    Com relao ao Apetite de Risco, temos o desafio de monitorar a evoluo das disciplinas tradicionais de risco (risco de mercado, risco de crdito e risco operacional) e buscar, por meio de ferramentas de cultura de riscos, o envolvimento de todos os nossos colaboradores no dia a dia da gesto de riscos e, consequentemente, no cumprimento do nosso Apetite de Risco.

    Em se tratando de Risco de Negcio, temos como princpio a centralidade no cliente, priorizando a sustentabilidade dos nossos relacionamentos. Acompanhamos a evoluo no perfil de nossos clientes e da concorrncia, concebendo novos produtos e servios sempre focados na satisfao dos clientes.

    No desafio de Risco de Tecnologia, temos o compromisso de gerenciar nossa transformao digital, evitar a obsolescncia de plataformas ou sistemas que possam no atender mais as necessidades do negcio, alm de aumentar a produtividade de nossa rea de TI.

    Dentro do Risco de Pessoas, temos o compromisso de aperfeioar os mecanismos de atrao, motivao e reteno dos melhores profissionais, alm de evitar a concentrao de equipes com conhecimento em pessoas-chave. Buscamos aperfeioar continuamente nossos modelos de avaliao para sermos cada vez mais percebidos como justos e meritocrticos.

    Por fim, entendemos que dentro da frente de Risco Regulatrio devemos sempre estar atentos s mudanas especficas de leis e normas que possam afetar nossos negcios e a oferta de servios ou produtos. Dessa forma, temos o compromisso de agir proativamente e acompanhar as mudanas regulatrias.

    (1) Refere-se ao segundo semestre de 2017 em comparao ao mesmo perodo do ano anterior.

    A-12

  • Rentabilidade SustentvelTemos o desafio de melhorar de forma contnua a eficincia de nossas operaes, manter a capacidade de identificar oportunidades de reduzir custos e administrar os investimentos visando ganhar agilidade, alm de gerir de forma eficiente a alocao de capital, bem como nosso custo de capital.

    Nosso modelo de negcios, utilizado desde 2012, baseia-se no conceito fundamental de Criao de Valor, que considera no apenas nossas despesas operacionais ou financeiras, mas o custo do capital alocado em cada atividade, buscando remuner-lo adequadamente.

    Priorizamos, tambm, nossas operaes de Servios e Seguridade, que necessitam de menor alocao de capital e cujos resultados e criao de valor so menos volteis em relao aos ciclos econmicos. Alm disso, nossa estratgia nesses negcios focar em produtos massificados, tipicamente comercializados por meio de nossa rede de agncias e canais digitais. Desta forma, operaes como seguros de vida em grupo, grandes riscos e garantia estendida foram alienadas ou descontinuadas ao longo dos ltimos anos. Ainda assim, ampliamos o produto bancrio(2) advindo de servios e seguridade.

    Essa viso sobre o resultado direciona nossa atuao para negcios que efetivamente geram valor para o acionista, estabelecendo a remunerao mnima exigida para nossas operaes.

    Sob esse modelo, revisamos o mix da nossa carteira de crdito, que, em um cenrio de crise econmica, ampliou a participao da nossa carteira composta de produtos com risco menor, como crdito imobilirio, que envolvem garantias por ativos reais, e crdito consignado, que tem suas parcelas descontadas em folhas de pagamento e concentrado em clientes que contam com estabilidade de renda, como aposentados e funcionrios pblicos federais.

    Abaixo, detalhamos a evoluo da composio da nossa carteira de crdito(1) no Brasil:

    Crdito Consignado e Imobilirio

    Veculos

    Micros, Pequenas e Mdias Empresas

    Grandes Empresas

    Carto de Crdito e Crdito Pessoal

    8%

    13%

    20%

    42%

    17%

    20%

    3%15%

    40%

    22%

    Dez./12 Dez./13 Dez./14 Dez./15 Dez./16 Dez./17

    Servio e Seguridade, Lucro Lquido Recorrente e Produto Bancrio (R$ bilhes)

    13,513,6

    48,748,3

    2016 2017

    Lucro Lquido Recorrente Produto Bancrio

    (1) Inclui garantias financeiras prestadas.(2) Soma da margem financeira gerencial, das receitas de prestao de servios, das outras receitas

    operacionais e do resultado de seguros, previdncia e capitalizao antes das despesas de sinistros e de comercializao.

    Diante do crescimento mesmo que moderado do PIB brasileiro a partir de 2017, nosso modelo de negcios, em conjunto com as ferramentas advindas dos nossos esforos em relao gesto de riscos, nos permitir identificar oportunidades granulares de diversificao e expanso das operaes que atendam necessidade de criao de valor para nossos acionistas e se enquadrem nos limites estabelecidos pelo nosso apetite de risco.

    O foco na eficincia um tema muito relevante em nossa estratgia de Rentabilidade Sustentvel, tratado como de alta prioridade no banco j h alguns anos. Temos estruturado iniciativas que envolvem desde a reduo de desperdcios de recursos e energia e a reviso de estruturas de departamentos at projetos para aumento de produtividade e transformao digital, e assim esperamos ampliar ganhos de escala e garantir sinergias para os negcios.

    O processo de transformao digital pelo qual estamos passando gera diversos ganhos nesse sentido, pois conseguimos reformular processos e oferecer produtos com qualidade a um custo menor.

    InternacionalizaoAtuamos no Brasil h mais de 90 anos e, nesse perodo, atingimos um elevado grau de maturidade de gesto, disseminamos nossa cultura e temos apresentado de maneira consistente nveis de rentabilidade que geram valor para os nossos acionistas.

    Nossa estratgia nos demais pases latino-americanos prev atingirmos, nessa regio, o padro de gesto que o Ita Unibanco tem no Brasil, homogeneizando prticas e estabelecendo condies para assumirmos ainda mais posies de liderana. Esses objetivos se aplicam s nossas operaes do Cone Sul e so especialmente importantes no processo de integrao do Ita CorpBanca (importante concorrente nos mercados

    A-13

  • bancrios do Chile e da Colmbia) que fruto da fuso entre o Ita Chile e o CorpBanca.

    Buscamos fortalecer, tambm, nossa atuao no hemisfrio norte, onde temos o objetivo primrio de otimizar e simplificar nossos processos. Na Amrica Latina, procuramos sempre melhorar a satisfao de clientes, bem como desenvolver produtos e servios com solues e bases digitais. O desafio principal acelerar a transformao digital em todas as nossas unidades externas.

    Finalmente, o Ita Unibanco acompanha constantemente o cenrio internacional, buscando entender diferentes mercados, negcios, produtos e servios, identificando oportunidades de expanso de nossa operao e de integrao entre nossas unidades.

    Leitura deste relatrio

    Neste relatrio, os termos:

    Ita Unibanco Holding, Grupo Ita Unibanco, ns, nos ou nosso referem-se ao Ita Unibanco Holding S.A. e todas as suas subsidirias e coligadas consolidadas, exceto onde especificado ou exigido pelo contexto de outra forma;

    Ita Unibanco refere-se ao Ita Unibanco S.A. com as suas subsidirias consolidadas, exceto onde especificado ou exigido pelo contexto de outra forma; GRI 102-45

    Ita BBA refere-se ao Banco Ita BBA S.A. e suas subsidirias consolidadas, exceto onde especificado ou exigido pelo contexto de outra forma;

    Brasil refere-se Repblica Federativa do Brasil; Governo brasileiro refere-se ao governo

    federal da Repblica Federativa do Brasil; Banco Central e Bacen referem-se

    ao Banco Central do Brasil; CMN refere-se ao Conselho Monetrio Nacional; CVM refere-se Comisso de Valores Mobilirios; Aes preferenciais e aes ordinrias

    referem-se s aes preferenciais e ordinrias autorizadas e em circulao sem valor nominal;

    ADSs referem-se s nossas Aes Depositrias Americanas (uma [1] ADS representa 1 [uma] ao preferencial);

    R$, reais ou real referem-se ao real, a moeda oficial do Brasil; e

    US$, dlares ou dlares dos EUA referem-se aos dlares dos Estados Unidos.

    Adicionalmente, acrnimos utilizados repetidamente neste relatrio anual, termos tcnicos e expresses especficas do mercado sero explicados ou detalhados na seo Anexos, item Glossrio, assim como o nome completo de nossas principais subsidirias e outras entidades referenciadas neste relatrio anual consolidado.

    A data-base para as informaes quantitativas dos saldos apresentados neste relatrio anual consolidado 31 de dezembro de 2017 e, para os resultados, o exerccio findo em 31 de dezembro de 2017, exceto quando de outra forma indicado.

    Nosso exerccio fiscal termina em 31 de dezembro e as aluses neste relatrio anual consolidado a qualquer exerccio fiscal especfico referem-se ao perodo de 12 meses findo em 31 de dezembro daquele mesmo exerccio.

    As informaes constantes deste relatrio anual so precisas apenas com referncia data em que foram consolidadas ou data deste documento, conforme o caso. Nossas atividades, situao financeira e patrimonial, resultado das operaes e perspectivas podem ter mudado desde essa data.

    Este documento contm informaes, incluindo dados estatsticos, sobre determinados mercados e nossa posio competitiva. Exceto quando indicado de forma diferente, estas informaes so extradas ou derivadas de fontes externas. Indicamos o nome da fonte externa em cada caso especfico, quando so apresentados dados setoriais neste relatrio anual consolidado. No podemos garantir a preciso das informaes extradas de fontes externas, ou que, em relao s estimativas internas, um terceiro, utilizando mtodos diferentes, obteria as mesmas estimativas que aquelas apresentadas neste relatrio.

    As informaes contidas ou acessveis em sites mencionados neste relatrio anual consolidado no fazem parte deste relatrio, a menos que especifiquemos que so incorporadas por referncia e fazem parte deste relatrio. Todas as referncias a sites neste relatrio so referncias textuais inativas e somente para fins de informao.

    Informaes prospectivas

    Este relatrio anual consolidado contm declaraes que so ou podem constituir declaraes prospectivas, de acordo com o significado da Seo 27A da Lei das Sociedades por Aes de 1933 dos EUA, e alteraes posteriores, e da Seo 21E da Lei das Sociedades por Aes de 1934 dos EUA, e alteraes posteriores. Tais declaraes prospectivas baseiam-se, em grande parte, nas nossas expectativas e projees atuais com respeito a acontecimentos futuros e tendncias financeiras que afetam nossas atividades. Essas declaraes prospectivas esto sujeitas a riscos, incertezas e pressupostos que incluem, entre outros riscos:

    Condies gerais econmicas, polticas e comerciais no Brasil e as variaes nos ndices de inflao, nas taxas de juros e de cmbio e o desempenho dos mercados financeiros;

    Condies gerais econmicas e polticas no exterior e, em particular, nos pases em que operamos;

    Normas governamentais e legislao fiscal e respectivas alteraes;

    Desdobramentos de investigaes de grande visibilidade atualmente em curso e seu impacto nos clientes e na nossa exposio fiscal;

    Turbulncias e volatilidade nos mercados financeiros globais; Aumentos nas exigncias referentes a reservas

    e depsitos compulsrios; Regulao e liquidao do nosso negcio

    de forma consolidada; Obstculos para os detentores de nossas aes

    e ADSs receberem dividendos;

    A-14

  • Falha ou violao de nossos sistemas ou infraestrutura operacional e de segurana;

    Fortalecimento da concorrncia e consolidao do setor; Alteraes em nossas carteiras de crdito e no valor dos

    nossos ttulos e valores mobilirios e derivativos; Perdas associadas s exposies das contrapartes; Nossa exposio dvida pblica brasileira; Metodologias incorretas de precificao de produtos de

    seguro, previdncia e capitalizao e reservas inadequadas; Eficcia da nossa poltica de gesto de riscos; Danos nossa reputao; Capacidade de nosso acionista controlador

    de dirigir nosso negcio; Dificuldades na integrao dos negcios

    adquiridos ou incorporados; Efeitos de questes socioambientais; e Outros fatores de risco expostos na seo Nossa

    gesto de risco, item Fatores de risco.

    As palavras acreditar, poder, dever, estimar, continuar, prever, pretender, esperar e semelhantes so usadas para caracterizar declaraes prospectivas, mas no so formas exclusivas de identificao de tais declaraes. No assumimos qualquer obrigao de atualizar publicamente ou rever declaraes prospectivas devido a novas informaes, acontecimentos futuros ou outros fatores. Em vista desses riscos e incertezas, as informaes, os fatos e as circunstncias prospectivos expostos neste relatrio anual consolidado podem no vir a ocorrer. Nossos resultados e desempenho efetivos podem diferir substancialmente daqueles previstos nessas declaraes prospectivas.

    Sobre nossas informaes contbeis

    Nossas demonstraes contbeis completas, includas neste Relatrio Anual Consolidado, so preparadas de acordo com as normas internacionais de relatrio financeiro

    (International Financial Reporting Standards IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Todas as informaes contbeis consolidadas referentes aos exerccios de 2017, 2016, 2015, 2014 e 2013, includas neste relatrio, foram elaboradas em conformidade com a IFRS.

    Usamos prticas contbeis adotadas no Brasil aplicveis para instituies autorizadas a operar pelo Banco Central (BRGAAP) em nossos relatrios aos nossos acionistas brasileiros, nos registros na CVM e para a apurao de pagamento de dividendos e de passivos fiscais.

    O Conselho Monetrio Nacional (CMN) determinou que as instituies financeiras que atendem certos critrios, como o Ita Unibanco Holding, devem apresentar Demonstraes Contbeis Completas de acordo com a IFRS, emitido pelo IASB, assim como as Demonstraes Contbeis Completas em BRGAAP.

    Consulte a seo Desempenho, item Demonstraes Contbeis Completas (IFRS), Nota 34 Informaes por Segmento, para mais detalhes sobre as principais diferenas entre nossos sistemas de relatrios gerenciais e as Demonstraes Contbeis Completas elaboradas de acordo com a IFRS.

    Nossas demonstraes contbeis completas referentes a 31 de dezembro de 2017, 2016 e 2015 foram auditadas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (PwC), uma empresa de auditoria independente, conforme declarado no parecer includo na seo Desempenho, item Desempenho Financeiro deste relatrio.

    Consulte a seo Desempenho, item Demonstraes Contbeis Consolidadas (IFRS), Nota 2 Polticas Contbeis Significativas, para mais detalhes sobre as principais polticas contbeis aplicadas na preparao de nossas Demonstraes Contbeis Completas de acordo com a IFRS.

    A-15

  • Nossa cultura e nossos valores direcionam as nossas atitudes para uma atuao tica, meritocrtica e transparente. Conhea nossa histria, nossos negcios e diferenciais competitivos. GRI 102-7

  • Em nmerosDados financeiros selecionados IFRS

    Os dados financeiros selecionados apresentados a seguir devem ser lidos em conjunto com a seo Desempenho, item Resultados e Demonstraes Contbeis Completas (IFRS), includos neste relatrio anual consolidado.

    (Em milhes de R$, exceto porcentagens)

    AtivoEm 31 de dezembro de Variao

    2017 2016 2015 2014 2013 2017-2016 % 2016-2015 % 2015-2014 % 2014-2013 %Disponibilidades 18.749 18.542 18.544 17.527 16.576 207 1,1 (2) (0,0) 1.017 5,8 951 5,7

    Depsitos compulsrios no Banco Central 98.837 85.700 66.556 63.106 77.010 13.137 15,3 19.144 28,8 3.450 5,5 (13.904) (18,1)

    Aplicaes em depsitos interfinanceiros 29.053 22.692 30.525 23.081 25.660 6.361 28,0 (7.833) (25,7) 7.444 32,3 (2.579) (10,1)

    Aplicaes no mercado aberto 244.707 265.051 254.404 208.918 138.455 (20.344) (7,7) 10.647 4,2 45.486 21,8 70.463 50,9

    Ativos financeiros mantidos para negociao 270.121 204.648 164.311 132.944 148.860 65.473 32,0 40.337 24,5 31.367 23,6 (15.916) (10,7)

    Ativos financeiros designados a valor justo atravs do resultado 1.746 1.191 642 733 371 555 46,6 549 85,5 (91) (12,4) 362 97,6

    Derivativos 22.843 24.231 26.755 14.156 11.366 (1.388) (5,7) (2.524) (9,4) 12.599 89,0 2.790 24,5

    Ativos financeiros disponveis para venda 102.284 88.277 86.045 78.360 96.626 14.007 15,9 2.232 2,6 7.685 9,8 (18.266) (18,9)

    Ativos financeiros mantidos at o vencimento 36.560 40.495 42.185 34.434 10.116 (3.935) (9,7) (1.690) (4,0) 7.751 22,5 24.318 240,4

    Operaes de crdito e arrendamento mercantil financeiro, lquidas 465.472 463.394 447.404 430.039 389.467 2.078 0,4 15.990 3,6 17.365 4,0 40.572 10,4

    Operaes de crdito e arrendamento mercantil financeiro 493.367 490.366 474.248 452.431 411.702 3.001 0,6 16.118 3,4 21.817 4,8 40.729 9,9

    (-) Proviso para crditos de liquidao duvidosa (27.895) (26.972) (26.844) (22.392) (22.235) (923) 3,4 (128) 0,5 (4.452) 19,9 (157) 0,7

    Outros ativos financeiros 59.568 53.917 53.506 53.649 47.592 5.651 10,5 411 0,8 (143) (0,3) 6.057 12,7

    Investimentos em associadas e entidades controladas em conjunto 5.171 5.073 4.399 4.090 3.931 98 1,9 674 15,3 309 7,6 159 4,0

    gio 10.716 9.675 2.057 1.961 1.905 1.041 10,8 7.618 370,3 96 4,9 56 2,9

    Imobilizado, lquido 7.359 8.042 8.541 8.711 6.564 (683) (8,5) (499) (5,8) (170) (2,0) 2.147 32,7

    Ativos intangveis, lquido 8.667 7.381 6.295 6.134 5.797 1.286 17,4 1.086 17,3 161 2,6 337 5,8

    Ativos fiscais 41.927 44.274 52.149 35.243 34.742 (2.347) (5,3) (7.875) (15,1) 16.906 48,0 501 1,4

    Bens destinados venda 736 631 486 196 117 105 16,6 145 29,8 290 148,0 79 67,5

    Outros ativos 10.453 10.027 11.611 13.921 12.142 426 4,2 (1.584) (13,6) (2.310) (16,6) 1.779 14,7

    Total do ativo 1.434.969 1.353.241 1.276.415 1.127.203 1.027.297 81.728 6,0 76.826 6,0 149.212 13,2 99.906 9,7

    Ativos mdios remunerados(1) 1.226.148 1.151.430 1.070.450 955.416 882.472 74.718 6,5 80.980 7,6 115.034 12,0 72.944 8,3

    Ativos mdios no remunerados(1) 143.022 159.779 115.596 97.526 83.025 (16.757) (10,5) 44.183 38,2 18.070 18,5 14.501 17,5

    Ativos mdios totais(1) 1.369.170 1.311.209 1.186.046 1.052.942 965.497 57.961 4,4 125.163 10,6 133.104 12,6 87.445 9,1

    (1) Calculamos o saldo mdio com base nos saldos contbeis mensais. Consulte a seo Anexos Informaes Estatsticas Selecionadas, item Dados Mdios de Balano Patrimoniais para mais detalhes.

    Os dados constantes das tabelas a seguir so extrados de nossas demonstraes contbeis completas, referentes aos exerccios apresentados, elaboradas de acordo com o IFRS emitido pelo IASB, salvo indicao em contrrio.

    A-17

  • A-18

    (Em milhes de R$, exceto porcentagens)

    PassivoEm 31 de dezembro de Variao

    2017 2016 2015 2014 2013 2017-2016 % 2016-2015 % 2015-2014 % 2014-2013 %Depsitos 402.938 329.414 292.610 294.773 274.383 73.524 22,3 36.804 12,6 (2.163) (0,7) 20.390 7,4

    Captaes no mercado aberto 312.634 349.164 336.643 288.683 266.682 (36.530) (10,5) 12.521 3,7 47.960 16,6 22.001 8,2

    Passivos financeiros mantidos para negociao 465 519 412 520 371 (54) (10,4) 107 26,0 (108) (20,8) 149 40,2

    Derivativos 26.746 24.698 31.071 17.350 11.405 2.048 8,3 (6.373) (20,5) 13.721 79,1 5.945 52,1

    Recursos de mercados interbancrios 129.616 135.483 156.886 122.586 111.376 (5.867) (4,3) (21.403) (13,6) 34.300 28,0 11.210 10,1

    Recursos de mercados institucionais 98.482 96.239 93.918 73.242 72.055 2.243 2,3 2.321 2,5 20.676 28,2 1.187 1,6

    Outros passivos financeiros 77.613 71.832 68.715 71.492 61.274 5.781 8,0 3.117 4,5 (2.777) (3,9) 10.218 16,7

    Provises de seguro e previdncia privada 181.232 154.076 129.305 109.778 99.023 27.156 17,6 24.771 19,2 19.527 17,8 10.755 10,9

    Passivos de planos de capitalizao 3.301 3.147 3.044 3.010 3.032 154 4,9 103 3,4 34 1,1 (22) (0,7)

    Provises 19.736 20.909 18.994 17.027 18.862 (1.173) (5,6) 1.915 10,1 1.967 11,6 (1.835) (9,7)

    Obrigaes fiscais 7.839 5.836 4.971 4.465 3.794 2.003 34,3 865 17,4 506 11,3 671 17,7

    Outros passivos 26.361 27.110 25.787 23.660 20.848 (749) (2,8) 1.323 5,1 2.127 9,0 2.812 13,5

    Total do passivo 1.286.963 1.218.427 1.162.356 1.026.586 943.105 68.536 5,6 56.071 4,8 135.770 13,2 83.481 8,9

    Capital social 97.148 97.148 85.148 75.000 60.000 - 0,0 12.000 14,1 10.148 13,5 15.000 25,0

    Aes em tesouraria (2.743) (1.882) (4.353) (1.328) (1.854) (861) 45,7 2.471 (56,8) (3.025) 227,8 526 (28,4)

    Capital adicional integralizado 1.930 1.785 1.733 1.508 984 145 8,1 52 3,0 225 14,9 524 53,3

    Reservas integralizadas 12.499 3.443 10.067 8.210 13.468 9.056 263,0 (6.624) (65,8) 1.857 22,6 (5.258) (39,0)

    Reservas a integralizar 28.365 25.362 20.947 16.301 12.138 3.003 11,8 4.415 21,1 4.646 28,5 4.163 34,3

    Resultado abrangente acumulado (2.359) (3.274) (1.290) (431) (1.513) 915 (27,9) (1.984) 153,8 (859) 199,3 1.082 (71,5)

    Total do patrimnio lquido dos acionistas controladores 134.840 122.582 112.252 99.260 83.223 12.258 10,0 10.330 9,2 12.992 13,1 16.037 19,3

    Participaes de acionistas no controladores 13.166 12.232 1.807 1.357 969 934 7,6 10.425 576,9 450 33,2 388 40,0

    Total do patrimnio lquido 148.006 134.814 114.059 100.617 84.192 13.192 9,8 20.755 18,2 13.442 13,4 16.425 19,5

    Total do passivo e patrimnio lquido 1.434.969 1.353.241 1.276.415 1.127.203 1.027.297 81.728 6,0 76.826 6,0 149.212 13,2 99.906 9,7

    Passivos mdios remunerados(1) 1.016.569 969.461 875.904 793.069 738.535 47.108 4,9 93.557 10,7 82.835 10,4 54.534 7,4

    Passivos mdios no remunerados(1) 212.633 214.024 203.376 169.247 148.215 (1.391) (0,6) 10.648 5,2 34.129 20,2 21.032 14,2

    Patrimnio lquido total mdio(1) 127.590 117.844 105.034 90.626 78.747 9.746 8,3 12.810 12,2 14.408 15,9 11.879 15,1

    Passivo e patrimnio lquido total mdio(1) 1.369.170 1.311.210 1.186.046 1.052.942 965.497 57.960 4,4 125.164 10,6 133.104 12,6 87.445 9,1

    (1) Calculamos o saldo mdio com base nos saldos contbeis mensais. Consulte a seo Anexos Informaes Estatsticas Selecionadas, item Dados Mdios de Balano Patrimoniais para mais detalhes.

  • A-19

    (Em milhes de R$, exceto porcentages)

    Demonstrao do resultadoExerccio findo em 31 de dezembro de Variao

    2017 2016 2015 2014 2013 2017-2016 % 2016-2015 % 2015-2014 % 2014-2013 %Produto bancrio 111.050 118.661 92.011 91.657 79.387 (7.611) (6,4) 26.650 29,0 354 0,4 12.270 15,5

    Perdas com crditos e sinistros (18.240) (22.122) (21.335) (15.801) (14.870) 3.882 (17,5) (787) 3,7 (5.534) 35,0 (931) 6,3

    Produto bancrio lquido de perdas com crditos e sinistros 92.810 96.539 70.676 75.856 64.517 (3.729) (3,9) 25.863 36,6 (5.180) (6,8) 11.339 17,6

    Despesas gerais e administrativas (54.118) (50.904) (47.626) (42.550) (39.914) (3.214) 6,3 (3.278) 6,9 (5.076) 11,9 (2.636) 6,6

    Despesas tributrias (7.029) (7.971) (5.405) (5.063) (4.341) 942 (11,8) (2.566) 47,5 (342) 6,8 (722) 16,6

    Participao no resultado de empresas no consolidadas 548 528 620 565 603 20 3,8 (92) (14,8) 55 9,7 (38) (6,3)

    Imposto de Renda e Contribuio Social correntes (4.539) (3.898) (8.965) (7.209) (7.503) (641) 16,4 5.067 (56,5) (1.756) 24,4 294 (3,9)

    Imposto de Renda e Contribuio Social diferidos (3.404) (10.712) 16.856 262 3.160 7.308 (68,2) (27.568) (163,6) 16.594 6.333,6 (2.898) (91,7)

    Lucro lquido 24.268 23.582 26.156 21.861 16.522 686 2,9 (2.574) (9,8) 4.295 19,6 5.339 32,3

    Lucro lquido atribuvel aos acionistas controladores 23.903 23.263 25.740 21.555 16.424 640 2,8 (2.477) (9,6) 4.185 19,4 5.131 31,2

    Lucro lquido atribuvel aos acionistas no controladores 365 319 416 306 98 46 14,4 (97) (23,3) 110 35,9 208 212,2

  • ndices consolidados selecionados(%)

    LiquidezEm 31 de dezembro de

    2017 2016 2015 2014 2013Emprstimos e arrendamento mercantil como porcentagem do total de depsitos(1) 122,4 148,9 162,1 153,5 150,0

    Patrimnio lquido total como porcentagem do total dos ativos(2) 10,3 10,0 8,9 8,9 8,2

    (1) Operaes de crdito e arrendamento mercantil no final do exerccio divididas pelo total de depsitos no final do exerccio.(2) Total do patrimnio lquido no final do exerccio dividido pelo total de ativos no final do exerccio.

    A-20

    (Em R$, exceto nmero de aes)

    Lucro e dividendo por aoExerccio findo em 31 de dezembro de

    2017 2016 2015 2014 2013Lucro bsico por ao(1)(2)

    Ordinrias 3,68 3,57 3,91 3,26 2,48

    Preferenciais 3,68 3,57 3,91 3,26 2,48

    Lucro diludo por ao(1)(2)

    Ordinrias 3,65 3,54 3,89 3,24 2,47

    Preferenciais 3,65 3,54 3,89 3,24 2,47

    Dividendos e juros sobre o capital prprio por ao

    Ordinrias 2,71 1,58 1,24 1,22 1,03

    Preferenciais 2,71 1,58 1,24 1,22 1,03

    Mdia ponderada das aes em circulao Bsica(1)

    Ordinrias 3.347.889.957 3.351.741.143 3.351.741.143 3.351.741.143 3.351.741.143

    Preferenciais 3.156.020.074 3.171.215.661 3.228.881.081 3.266.347.063 3.257.578.674

    Mdia ponderada do nmero de aes em circulao Diluda(1)

    Ordinrias 3.347.889.957 3.351.741.143 3.351.741.143 3.351.741.143 3.351.741.143

    Preferenciais 3.197.763.868 3.216.235.372 3.270.734.307 3.305.545.129 3.289.183.380

    (1) As informaes por ao relacionadas a 2015, 2014, 2013 e 2012 foram ajustadas retrospectivamente pela distribuio de bonificao de aes ocorrida em 2016, 2015, 2014 e 2013 conforme apropriado.(2) O lucro por ao foi calculado seguindo o mtodo Duas Classes estabelecido pelo IAS 33 Lucro por Ao. Consulte a seo Nosso Perfil, item Nossas Aes, Informaes para o investidor, Pagamento de

    acionistas para mais detalhes sobre nossas duas classes de aes. Consulte a seo Desempenho, item Demonstraes Contbeis Consolidadas (IFRS), Nota 28 Lucro por Ao para mais Detalhes sobre o Clculo do Lucro por Ao.

    (Em US$)

    Lucro e dividendo por aoExerccio findo em 31 de dezembro de

    2017 2016 2015(1) 2014(1) 2013(1)

    Dividendos e juros sobre o capital prprio por ao(2)(3)

    Ordinrias 0,82 0,48 0,32 0,46 0,44

    Preferenciais 0,82 0,48 0,32 0,46 0,44

    (1) As informaes por ao relacionadas a 2015, 2014, 2013 e 2012 foram ajustadas retrospectivamente pela distribuio de bonificao de aes ocorrida em 2016, 2015, 2014 e 2013 conforme apropriado.(2) Nos termos da legislao societria brasileira, podemos pagar juros sobre capital prprio como alternativa ao pagamento de dividendos aos nossos acionistas. Consulte a seo Nosso perfil, item Nossas aes,

    Informaes para o investidor, Pagamento de acionistas e seo Nossa gesto de riscos, item Ambiente regulatrio para mais detalhes sobre juros sobre capital prprio.(3) Convertido de reais para dlares dos Estados Unidos pela taxa de cmbio de venda estabelecida pelo Banco Central no final do exerccio em que os dividendos ou os juros sobre capital prprio foram pagos ou

    declarados, conforme o caso.

  • Destaques de 2017 GRI 102-10 | GRI 102-49Eventos societrios

    Novo Presidente Executivo Em abril de 2017, Candido Botelho Bracher assumiu a Presidncia Executiva do Ita Unibanco, sucedendo Roberto Egydio Setubal. Aps 23 anos frente da Companhia, Roberto atingiu o limite de idade e passou a atuar como Copresidente do Conselho de Administrao. Agradecemos ao Roberto por toda a sua dedicao e contribuies organizao, que viveu um perodo de relevante crescimento, com aumento, por exemplo, de 69 vezes em nosso lucro lquido recorrente anual.

    Dividendos e juros sobre capital prprio (JCP) Em 2017, pagamos, provisionamos ou destacamos no Patrimnio Lquido R$ 17,6 bilhes em dividendos e JCP lquidos, valor recorde na nossa histria e que equivale a 70,6% do lucro lquido consolidado recorrente do exerccio de 2017, representando um aumento de 75,6% em relao ao exerccio de 2016.

    Em 7 de maro de 2018, pagamos, entre dividendos e JCP lquidos, R$ 2,0707 por ao (posio acionria em 15 de fevereiro de 2018) e R$ 0,122825 por ao (posio acionria em 14 de dezembro de 2017).

    Portanto, no ano base de 2017 (competncia) os acionistas da Companhia recebero R$ 2,7127 lquido por ao.

    Adicionalmente, considerando as recompras de aes de emisso prpria durante o ano de 2017, o payout atinge 83,0% do lucro lquido consolidado recorrente de 2017.

    Em 2017, estabelecemos uma nova prtica de pagamento de dividendos e JCP, que prev a distribuio de, no mnimo, 35% do lucro lquido recorrente anual, sendo que o valor total a ser distribudo a cada ano ser fixado pelo Conselho de Administrao, considerando-se, entre outros:

    1. O nvel de capitalizao da Companhia, conforme regras definidas pelo Banco Central.

    2. O nvel mnimo estabelecido pelo Conselho de Administrao de 13,5% de capital Nvel 1.

    2017

    70,6%

    45,0%

    30,6%32,2%32,2%32,2%

    12,4%

    4,3%

    13,9%0,2%4.,2%0,9%

    83,0%

    49,3%44,6%

    32,3%36,4%33,0%

    20162015201420132012

    Recompras Dividendos & JCP

    3. A lucratividade no ano.

    4. As perspectivas de utilizao de capital em funo do crescimento esperado dos negcios, programas de recompra de aes, fuses e aquisies, e alteraes normativas e de mercado que possam alterar a exigncia de capital.

    5. Mudanas fiscais.

    Assim, o percentual a ser distribudo poder flutuar ano a ano em funo da lucratividade e demandas de capital da companhia, sempre considerando o mnimo previsto no estatuto social.

    Gesto de capitalAdotamos postura prospectiva no gerenciamento do nosso capital, por meio das seguintes etapas: (i) identificao dos riscos materiais e avaliao da necessidade de capital adicional para esses riscos; (ii) elaborao do plano de capital, tanto em situaes de normalidade quanto de estresse; (iii) estruturao do plano de contingncia de capital; (iv) avaliao interna da adequao de capital; e (v) elaborao de relatrios gerenciais e regulatrios.

    O resultado do ltimo ICAAP realizado para a data-base dezembro de 2016 apontou que, alm de capital para fazer face a todos os riscos materiais, dispomos de significativa folga de capital, garantindo assim a solidez patrimonial.

    Visando garantir a nossa solidez e disponibilidade de capital para amparar o crescimento dos nossos negcios, os nveis de capital regulatrio foram mantidos acima do exigido pelo Banco Central, conforme evidenciado pelos ndices de Capital Principal, de Nvel I e de Basileia. Para mais informaes, consulte o relatrio Gerenciamento de Riscos e Capital Pilar 3 no nosso site www.itau.com.br/relacoes-com-investidores > Governana Corporativa.

    Ao final de 2017, o ndice de Basileia atingiu 18,8%, sendo: (i) 16,2% referentes ao Capital de Nvel I, composto pela soma do Capital Principal e do Capital Complementar, e (ii) 2,6% referentes ao Capital de Nvel II. Esses indicadores demonstram a nossa capacidade efetiva de absorver perdas inesperadas. O montante de instrumentos elegveis a capital regulatrio de Nvel II alcanou R$ 19,8 bilhes em 31 de dezembro de 2017.

    Na gesto de capital, em 2017, merecem destaque:

    Programa de Recompra de Aes no perodo de janeiro a dezembro de 2017, adquirimos aes de emisso prpria: Aes preferenciais: 37.982.900, no montante total

    de R$ 1,4 bilho ao preo mdio de R$ 36,19 por ao; Aes ordinrias: 46.214.237, no montante total de

    R$ 1,7 bilho ao preo mdio de R$ 37,00 por ao; e O total de 84,2 milhes de aes recompradas equivalem

    a 1,3% do capital social do banco em 31 de dezembro de 2016.

    Observao: O payout considera o lucro lquido recorrente apurado segundo as normas estabelecidas pelo Bacen BRGAAP.

    A-21

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  • Nosso programa de recompra atual, aprovado pelo Conselho de Administrao em dezembro de 2017, autoriza a Companhia a adquirir at 28.616.649 aes ordinrias e at 50 milhes de aes preferenciais de emisso prpria, permitindo que as operaes sejam efetuadas no perodo de 20 de dezembro de 2017 a 19 de junho de 2019.

    Cancelamento de Aes em Tesouraria das aes recompradas e que estavam em tesouraria, 31.793.105 aes ordinrias foram canceladas por deciso do nosso Conselho de Administrao, sem reduo do valor do capital social. O cancelamento est pendente de aprovaes regulatrias.

    O processo de aquisio de aes de emisso prpria com posterior cancelamento das aes tem como principais objetivos: (i) maximizar a alocao de capital por meio da aplicao eficiente dos recursos disponveis; (ii) prover a entrega de aes aos funcionrios e administradores da Companhia e de suas controladas no mbito dos modelos de remunerao e dos planos de incentivos de longo prazo; e/ou (iii) utilizar as aes adquiridas caso haja oportunidades de negcios no futuro.

    Notas Subordinadas Perptuas Em dezembro de 2017, emitimos pela primeira vez notas subordinadas perptuas/AT1, no montante de US$ 1,25 bilho. As notas tm taxa fixa de 6,125%, que ser vlida at o quinto aniversrio da data da emisso. Aps esta data, inclusive, a taxa de juros ser recalculada a cada cinco anos com base na taxa de juros dos ttulos emitidos pelo Tesouro dos Estados Unidos para o mesmo perodo. No quinto ano ou em qualquer data de pagamento de juros subsequente, poderemos recomprar as notas, sujeito aprovao prvia de autoridades brasileiras, incluindo o Banco Central. As notas foram oferecidas no mercado internacional somente a investidores institucionais qualificados, conforme definido pela Regra 144A da Securities Act, e a investidores no americanos fora dos EUA, de acordo com a Regulamentao S da Securities Act. Solicitamos a aprovao do Banco Central para que as notas componham o Capital Complementar do seu Patrimnio de Referncia, incrementando em aproximadamente 0,6 p.p. o ndice de capitalizao Nvel I do banco.

    Deciso do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais)Em 2013, fomos autuados pela Receita Federal para a cobrana de Imposto de Renda e Contribuio Social sobre Lucro Lquido (CSLL) decorrentes da operao societria relacionada associao dos conglomerados financeiros Ita e Unibanco.

    Em 10 de abril de 2017, o CARF, em turma ordinria, proferiu deciso favorvel a ns, reconhecendo serem inaplicveis as pretendidas cobranas de imposto de renda e de CSLL e ratificando a regularidade e legitimidade dos atos da fuso do Ita com o Unibanco da forma como foram integralmente aprovados pelo Banco Central, pela CVM e pelo CADE, o que reafirma nosso entendimento de que essas operaes cumpriram todas as exigncias legais.

    Planos econmicos O Ita Unibanco parte em aes especficas referentes suposta cobrana de expurgos inflacionrios em caderneta de poupana, decorrente de planos econmicos implementados nas dcadas de 1980 e 1990 como medida de combate inflao. Apesar de termos observado as regras vigentes poca, figuramos como ru em aes ajuizadas por pessoas fsicas que versam sobre esse tema, bem como em aes coletivas e, portanto, constitumos provises quando do recebimento da citao, bem como no momento em que as pessoas fsicas exigem a execuo da deciso proferida pelo Judicirio, utilizando os mesmos critrios adotados para determinar as provises das aes individuais.

    Em dezembro de 2017, sob mediao da Advocacia-Geral da Unio (AGU) e superviso do Banco Central do Brasil, poupadores (representados por duas associaes civis, FEBRAPO e IDEC) e a FEBRABAN assinaram instrumento de acordo com o objetivo de finalizar os litgios relacionados aos planos econmicos, contra os bancos brasileiros, inclusive ns. Este acordo foi ratificado em sesso plenria do STF (01/03/2018) e os poupadores tero 90 dias para aderirem a seus termos por um perodo de 24 meses para a concluso dos procedimentos legais.

    Cancelamento do Programa de CEDEAR Em junho de 2017, cancelamos nosso Programa de CEDEAR (Certificados de Depsito Argentinos), cujos certificados so lastreados por aes preferenciais escriturais da Companhia. O cancelamento foi aprovado pela Comisso Nacional de Valores da Argentina (CNV) e pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM) e no afeta a negociao das nossas aes nas bolsas de valores de So Paulo e Nova Iorque. No h CEDEARs do banco em circulao na bolsa de valores da Argentina desde dezembro de 2016. Em decorrncia desse cancelamento, o contedo do site de Relaes com Investidores em espanhol no est mais disponvel. Enfatizamos que continuamos a atualizar os sites de Relaes com Investidores em portugus (www.itau.com.br/relaes-com-investidores) e ingls (www.itau.com.br/investor-relations).

    ndice de Sustentabilidade Dow JonesPelo 18 ano consecutivo, fomos selecionados para compor o ndice de Sustentabilidade Dow Jones (DSJI), principal ndice de sustentabilidade do mundo, em sua edio 2017/2018. Somos o nico banco da Amrica Latina a compor o ndice desde a sua criao em 1999. Nessa nova edio, atingimos a melhor nota do setor bancrio nos quesitos Polticas/Medidas Anticrime, Estabilidade Financeira e Risco Sistmico, Materialidade, Filantropia e Cidadania Corporativa, Riscos e Oportunidades de Negcios, Estratgia Climtica e Reporte Social.

    At esse momento, considerando os desdobramentos recebidos, ns continuamos acreditando que o risco de perda no procedimento fiscal mencionado acima permanece remoto.

    A-22

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  • Fuses, aquisies e parcerias

    Gestora de inteligncia de crdito Em janeiro de 2016, anunciamos que nossa controlada Ita Unibanco S.A. assinou um Memorando de Entendimentos no vinculante com Banco Bradesco S.A., Banco do Brasil S.A., Banco Santander S.A. e Caixa Econmica Federal, visando criao de uma Gestora de Inteligncia de Crdito (GIC).

    Em novembro de 2016, a operao foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econmica (CADE) com certas restries e, em 14 de junho de 2017, a GIC foi constituda por Ita Unibanco S.A., Banco Bradesco S.A., Banco do Brasil S.A., Banco Santander (Brasil) S.A., e Caixa Econmica Federal (atravs da sua subsidiria Caixa Participaes S.A.).

    A GIC est estruturada como uma sociedade annima e seu controle compartilhado entre os scios, cada qual detendo 20% de seu capital social. Seu Conselho de Administrao composto por membros indicados pelos scios e seus executivos se dedicaro com exclusividade s atividades da GIC, preservando a natureza independente da administrao da gestora. A plataforma tcnica e analtica da GIC ser desenvolvida e implementada por meio de um contrato de prestao de servios com a LexisNexis Risk Solutions FL Inc.

    Ita CorpBancaEm 26 de abril de 2016, conclumos a incorporao do Banco Ita Chile pelo CorpBanca e, como resultado, adquirimos o controle da entidade resultante Ita CorpBanca. Nessa mesma data, celebramos o acordo de acionistas do Ita CorpBanca (Acordo de Acionistas do Ita CorpBanca), que nos d o direito de indicar, em conjunto com o Corp Group, antigo controlador do CorpBanca, a maioria dos membros do Conselho de Administrao do Ita CorpBanca. Esses membros so nomeados de acordo com a participao acionria de cada uma das partes e ns temos o direito de eleger a maioria dos membros eleitos por esse bloco. Tambm nessa mesma data, o Ita Unibanco consolidou o Ita CorpBanca em suas demonstraes contbeis, acrescentando R$ 114,7 bilhes de ativos em seu balano patrimonial.

    De acordo com a opo de venda estabelecida no Acordo de Acionistas do Ita CorpBanca, adquirimos (i) em outubro de 2016, 10,9 bilhes de aes do Ita CorpBanca por aproximadamente R$ 288,1 milhes, aumentando nossa participao acionria de 33,58% para 35,71%, e (ii) em setembro de 2017, 1,8 bilho de aes do Ita CorpBanca por aproximadamente R$ 55,6 milhes, aumentando nossa participao acionria de 35,71% para 36,06%, e, em ambos os casos, sem alterar a governana do Ita CorpBanca.

    Em janeiro de 2017, celebramos um aditamento ao acordo da operao, estabelecendo (i) o adiamento da data de aquisio das aes detidas pelo Corp Group no Banco CorpBanca Colombia S.A. (CorpBanca Colmbia) de 29 de

    janeiro de 2017 para 28 de janeiro de 2022, sujeito obteno das aprovaes regulatrias aplicveis; (ii) a modificao da estrutura previamente definida para a combinao das operaes do Ita Unibanco e do Ita CorpBanca na Colmbia, para uma compra e venda de ativos e passivos, que foi concluda em abril de 2017; e (iii) a substituio da obrigao de realizar uma oferta pblica inicial (IPO) do CorpBanca Colmbia pela obrigao de registrar o CorpBanca Colmbia como uma empresa de capital aberto e listar suas aes na bolsa de valores colombiana.

    Alienao da operao de seguro de vida em grupoEm setembro de 2016, celebramos um contrato de alienao de nossas operaes de seguros de vida em grupo com a Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A. A transferncia das aes e a liquidao financeira dessa transao ocorreu em 1 de abril de 2017, mediante o cumprimento de certas condies previstas no acordo. Essa transao refora nossa estratgia, j divulgada, de focar em produtos de seguro massificados, tradicionalmente relacionados com o segmento Banco de Varejo.

    Aquisio dos negcios de varejo do Citibank no BrasilEm outubro de 2016, celebramos um contrato de compra de participao (Equity Interest Purchase Agreement) com o Citibank para a aquisio de seus negcios de varejo no Brasil, incluindo emprstimos, depsitos, cartes de crdito, agncias, gesto de recursos e corretagem de seguros, assim como as participaes societrias detidas pelo Citibank na TECBAN Tecnologia Bancria S.A. e na CIBRASEC Companhia Brasileira de Securitizao.

    O negcio de varejo do Citibank no Brasil (que inclui 71 agncias) contava, na data da assinatura do contrato, com aproximadamente 315.000 clientes do segmento de varejo, aproximadamente 1,1 milho de cartes de crdito e uma carteira de crdito de aproximadamente R$ 6 bilhes e, na data-base de 31 de dezembro de 2015, aproximadamente R$ 35 bilhes em depsitos e ativos sob gesto.

    Em agosto de 2017, o CADE aprovou a transao e, em outubro desse mesmo ano, foram obtidas todas as aprovaes do Banco Central do Brasil. Assim, a liquidao financeira da aquisio e a transferncia do controle operacional das operaes de varejo do Citibank ocorreram em 31 de outubro de 2017, data em que o Ita Unibanco se tornou responsvel por essas operaes.

    J a liquidao financeira da aquisio das operaes de varejo da Citibank Corretora e a correspondente transferncia dessas operaes ocorreu em 1 de dezembro de 2017. Finalmente, as aquisies das participaes societrias detidas pelo Citibank na TECBAN e CIBRASEC e as respectivas liquidaes financeiras ocorreram em 26 de dezembro de 2017, em conformidade com as disposies dos respectivos acordos de acionistas dessas empresas.

    A-23

  • XP Investimentos Em 11 de maio de 2017, celebramos com a XP Controle Participaes S.A. (XP Controle), G.A. Brasil IV Fundo de Investimento em Participaes e Dyna III Fundo de Investimento em Participaes, entre outros (Vendedores), um contrato de compra e venda de aes para adquirir 49,9% do capital social total (sendo 30,1% das aes ordinrias) da XP Investimentos S.A. (XP Holding), holding que consolida todos os investimentos do grupo XP (Grupo XP), incluindo a XP Investimentos Corretora de Cmbio, Ttulos e Valores Mobilirios S.A. (XP Investimentos), por meio de aporte de capital no valor de R$ 600 milhes e aquisio de aes de emisso da XP Holding detidas pelos Vendedores no valor de R$ 5,7 bilhes, estando tais valores sujeitos a ajustes contratualmente previstos (Primeira Aquisio). O valor atribudo a 100% do capital social total da XP Holding (antes do aporte) foi de aproximadamente R$ 12 bilhes, o que reflete um mltiplo Preo sobre Lucro Projetado (2018) de 20 vezes.

    Alm da Primeira Aquisio, por meio da qual o Ita Unibanco tornar-se- acionista minoritrio da XP Holding, o Ita Unibanco comprometeu-se a adquirir (i) em 2020, um percentual adicional de 12,5%, que lhe garantir 62,4% do capital social total da XP Holding (sendo 40,0% das aes ordinrias), com base em um mltiplo de resultado (19 vezes) da XP Holding, e (ii) em 2022, outro percentual adicional de 12,5%, que lhe garantir 74,9% do capital social total da XP Holding (sendo 49,9% das aes ordinrias), com base no valor justo de mercado da XP Holding poca, sendo certo que o controle do Grupo XP, incluindo a XP Investimentos, permanecer com os acionistas da XP Controle, que sero titulares da maioria das aes com direito a voto.

    Adicionalmente, o Ita Unibanco e alguns dos vendedores firmaro, na data de fechamento da Primeira Aquisio, um acordo de acionistas que conter, entre outros, disposies sobre (a) os direitos do Ita Unibanco como acionista minoritrio da XP Holding; (b) o direito do Ita Unibanco de indicar dois de sete membros do Conselho de Administrao da XP Holding, de forma a garantir os direitos anteriormente mencionados; e (c) o direito (i) de a XP Controle exercer, a partir de 2024, uma opo de venda da totalidade de sua participao no capital social da XP Holding ao Ita Unibanco, e (ii) de o Ita Unibanco exercer, a partir de 2033, uma opo de compra da totalidade da participao detida pela XP Controle no capital social da XP Holding. O exerccio de qualquer dessas opes, caso efetivado, resultar na aquisio de controle e da totalidade do capital social da XP Holding pelo Ita Unibanco.

    Cabe destacar que a gesto e a conduo dos negcios de todas as sociedades do Grupo XP, incluindo a XP Investimentos, continuar independente, segregada e autnoma, preservando os mesmos princpios e valores atualmente em vigor. O controle do Grupo XP continuar com os scios da XP Controle, sendo que os atuais diretores e executivos da XP Holding, XP Investimentos e outras

    controladas permanecero frente de seus respectivos negcios, de forma a assegurar que a XP Investimentos continue atuando como plataforma aberta e independente, oferecendo aos seus clientes uma gama diversificada de produtos prprios e de terceiros, competindo livremente com as demais corretoras e distribuidoras do mercado de capitais, inclusive aquelas pertencentes ao conglomerado Ita Unibanco, sem qualquer tipo de restries ou barreiras. O Ita Unibanco atuar como scio minoritrio e no ter influncia nas polticas comerciais e operacionais da XP Investimentos ou de qualquer outra sociedade do Grupo XP, nem qualquer acordo de preferncia ou exclusividade na comercializao de produtos.

    A consumao da transao est condicionada ao cumprimento de determinadas condies precedentes, incluindo a obteno das aprovaes regulatrias aplicveis, sendo que com a aprovao da transao pelo CADE em 14 de maro de 2018 e as aprovaes de rgos estrangeiros j obtidas, as nicas aprovaes regulatrias ainda pendentes so do Banco Central do Brasil.

    Estimamos que o impacto da Primeira Aquisio ser de 0,8% no ndice de Basileia do Ita Unibanco.

    Oferta pblica inicial do IRBEm julho de 2017, o IRB-Brasil Resseguros S.A. (IRB) realizou uma oferta pblica inicial de aes, que consistiu na distribuio pblica secundria de 63.960.000 aes ordinrias escriturais pelos acionistas controladores, pelo valor de R$ 27,24 por ao para (i) o pblico no Brasil, (ii) investidores institucionais qualificados nos Estados Unidos (conforme definido pela Regra 144A do Securities Act e alteraes posteriores), e (iii) investidores institucionais e outros investidores no americanos fora dos Estados Unidos e Brasil (conforme definido pela Regulation S sob o Securities Act, ou Regulation S). Em decorrncia da oferta pblica inicial, a Ita Vida e Previdncia S.A. vendeu 677.400 aes ordinrias, representativas da totalidade da sua participao no capital social do IRB, e a Ita Seguros S.A. vendeu 9.618.600 aes ordinrias, representativas de 3,1% do capital social do IRB, reduzindo sua participao para 11,64% do capital social e permanecendo no bloco de controle nos termos do acordo de acionistas do IRB. Os valores recebidos pela It