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SulDouro | Relatório e Contas | 2007

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007

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SULDOURO — Valorização e Tratamento

de Resíduos Sólidos Urbanos, S. A.

Relatório e Contas 2007

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Índice

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Mensagem do Presidente | 05Orgãos Sociais | 07Mesa da Assembleia Geral, Fiscal Único e Conselho de Administração | 07

A Empresa | 13Síntese de Indicadores | 13

Principais Acontecimentos | 15Governo da Sociedade1. Missão e Posicionamento Estratégico | 191.1 Missão | 19

1.2 Política Empresarial | 19

1.3 Posicionamento Estratégico | 19

1.4 Objectivos Estratégicos | 19

1.5 Desafios | 20

2. Estrutura Organizacional | 203. Relações com Stakeholders | 214. Regras Societárias | 214.1 Código de Conduta Ética | 21

4.2 Controlo de Risco | 21

4.2.1 Risco Operacional | 21

4.2.2 Risco Financeiro | 22

4.2.3 Risco Regulatório | 22

5. Órgãos de Administração | 225.1 Conselho de Administração | 22

5.2 Fiscalização | 22

5.3 Assembleia Geral | 22

6. Remunerações | 237. Relatório dos Administradores não Executivos | 23Actividade da Empresa1. Introdução | 272. Enquadramento Macro-Económico | 273. Enquadramento do Sector | 294. Cadeia de Valor | 305. Regulação | 316. Actividade de Exploração | 317. Responsabilidade Social | 348. Situação Económica e Financeira | 359. Prespectivas para o Futuro | 4010. Considerações Finais | 4011. Anexo ao Relatório | 4012. Proposta de Aplicação de Resultados | 40Contas do Exercício de 2007Balanço | 44Demonstração dos Resultados por Natureza | 46Demonstração dos Resultados por Função | 47Demonstração dos Fluxos de Caixa | 48Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa | 49Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados | 51

Relatório e Parecer do Fiscal Único | 61Certificação Legal das Contas | 65Relatório de Auditoria | 69

SulDouro | Relatório e Contas | 2007 02|03

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Mensagem do Presidente

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 04|05

O exercício económico de 2007 fica marcado por um desempenho económico da empresa digno de registo. Um volume de negóciossuperior a 8,7 milhões de euros e um resultado líquido ligeiramente superior a 1 milhão de euros, permitiram elevar os capitaispróprios da Sociedade para 5,3 milhões de euros.

Naturalmente que este resultado, fruto de um conjunto de decisões estratégicas tomadas ao longo dos anos, nomeadamente oaproveitamento energético do biogás, a aposta consistente no reforço da recolha selectiva e a recepção de resíduos industriaisbanais (RIB), beneficiou também do levantamento da suspensão de recepção de RIB decretada pelo MAOTDR já após o início doano e da subida dos valores de contrapartida pagos pela SPV para os resíduos de embalagens enviados para reciclagem.

Uma nota de grande preocupação para o problema estrutural do prazo médio de pagamento por parte dos clientes municipais,o qual só não coloca problemas financeiros mais graves à empresa em virtude do esforço de diversificação das fontes de receitas,já acima referenciado, o qual permitiu reduzir o peso das tarifas municipais para 45% do mix de vendas. A este título relevam-seas facturações geradas pelos recicláveis — 2 milhões de euros — e pela venda de energia — 1,6 milhões de euros.

Mas a importância do final de 2007 é muito superior aos resultados económicos gerados, pois marca o início de um novo ciclo navida da empresa. De facto, a segunda metade da vida da concessão de tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos doSul do Douro que agora se inicia será marcada pela reposição da capacidade de tratamento e valorização da empresa à luz donovo paradigma de soluções definidas pelas Directivas Comunitárias e pelo PERSU II.

O caminho percorrido até às decisões tomadas na última Assembleia-Geral de Accionistas foi longo e difícil, mas cabe nesta men-sagem uma palavra de sincero reconhecimento pela forma empenhada como todos os accionistas se empenharam na busca deuma solução, naturalmente defendendo os seus legítimos interesses.

O ano de 2008 será marcado pelo início de um período de grandes investimentos que se prolongarão por três anos (até à entradaem funcionamento da totalidade das novas infra-estruturas) e durante os quais a exigência de disponibilidades financeiras não teráparalelo na história da empresa e para a qual os 6 milhões de euros do fundo de coesão e os 31 milhões de financiamento já apro-vado pelo Banco Europeu de Investimento terão que ser complementados com uma redução do prazo médio de recebimento.

O novo modelo técnico (novo aterro, central de valorização orgânica e automatização da triagem) proposto pela Administraçãoe aprovado pela totalidade dos accionistas, foi enformado numa óptica de qualidade de serviço aos cidadãos de respeito pelosmaiores padrões de desempenho ambiental e, não menos importante, de racionalização de custos de investimento e de opera-ção gerados pelas novas unidades, de modo a que a política de moderação tarifária, que marcou a primeira metade da concessão,se prolongue no tempo (naturalmente com as limitações decorrentes das novas exigências da legislação nacional e comunitáriapara o sector).

“O exercício económico de 2007 fica marcado porum desempenho económico da empresa digno deregisto. Um volume de negócios superior a 8,7milhões de euros e um resultado líquido ligeira-mente superior a 1 milhão de euros…”

Nuno de Lança Falcão Delgado PintoPresidente do Conselho de Administração

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Orgãos Sociais

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 06|07

Os Órgãos Sociais eleitos em Assembleia Geral realizada no dia 21 de Julho de 2005 apresentam a seguinte composição:

Mesa da Assembleia GeralPresidente — Município de Santa Maria da Feira, representado pelo seu Presidente de Câmara.Vice-Presidente — Empresa Geral do Fomento, S.A..Secretário — Dr.ª Alexandra Isabel Martins Varandas Colaço.

Fiscal ÚnicoEfectivo — P. Matos Silva, Garcia Jr., P. Caiado & Associados (SROC), Lda., representado por Dr. Pedro João Reis de Matos Silva.Suplente — Dr. José dos Santos Garcia Júnior.

Conselho de AdministraçãoPresidente — Dr. Nuno da Lança Falcão Delgado Pinto.Administrador Delegado — Eng.º José Loureiro Campos.Vogal — Eng.ª Ana Maria Milagre Martins Mendonça dos Santos.Vogal — Município de Vila Nova de Gaia, representado pelo Senhor César Fernando Couto de Oliveira.Vogal — Município de Santa Maria da Feira, representado pelo Senhor José Fernando Moreira.

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 08|09

Curriculum Vitae dos Administradores

NUNO DA LANÇA FALCÃO DELGADO PINTONasceu em Lisboa a 26 de Abril de 1971.

Habilitações AcadémicasLicenciatura em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa.Pós-Graduação em Gestão Bancária pela Universidade Católica Portuguesa e pelo Instituto de Formação Bancária.

Experiência ProfissionalIniciou a sua carreira na Caixa Geral de Depósitos, S.A., onde, entre 1994 e 1995, desenvolveu estágio na Direcção de Particularese Administração de Agências no gabinete de Apoio ao Órgão Directivo no âmbito do lançamento do atendimento aos clientesparticulares de elevado património. No ano de 1995 exerceu o cargo de consultor residente do Fórum para a Competitividadecom as funções de coordenação do grupo de trabalho da Política Horizontal de Financiamento às PME’s, na sequência do projectoConstruir as Vantagens Competitivas de Portugal elaborado pela Monitor e coordenado pelo Prof. Michael E. Porter. Durante osanos de 1996 a 2001 desempenhou funções da Direcção Comercial de Lisboa da Caixa Geral de Depósitos na rede de Agênciastendo sido Sub-Gerente das Agência Central — Sede, e Gerente das agências de Algés e da Agência Central da Rua do Ouro.Durante o ano de 1998 assegurou a coordenação da estrutura comercial do projecto Caixa — Banco da Expo e sendo o responsá-vel pelo arranque da operação bancária no recinto da EXPO’98. Entre 2001 e 2002 exerceu funções de Director-Geral da Pictorial,SGPS, empresa gestora de participações em empresas produtoras de publicidade exterior em Portugal e no Brasil. Em Novembrode 2002 foi nomeado Administrador da Empresa Geral de Fomento com, entre outros, o pelouro Financeiro tendo exercido até àdata funções de Administrador não Executivo e de Presidente do Conselho de Administração em várias empresas participadaspela EGF.Foi reconduzido para um segundo mandato na Administração da EGF em Maio de 2005 assegurando entre outros o pelouro financeiro.

Funções ActuaisVogal do Conselho de Administração da EGF — Empresa Geral do Fomento, S.A.., Presidente dos Conselhos de Administraçãoda Algar, Resioeste e Suldouro,Vogal não Executivo dos Conselhos de Administração da Valorsul e da Resulima,Vogal do Conselhode Administração da Recigroup e Gerente da Recipneu e da Recipav.

JOSÉ LOUREIRO CAMPOSData de Nascimento: 28 de Dezembro de 1934.

Habilitações AcadémicasLicenciatura em Engenharia Mecânica pela Universidade do Porto, Faculdade de Engenharia (Julho de 1958).Carteira Profissional Ordem dos Engenheiros, n.º 7004.

Experiência Profissional• De Novembro de 1996 até á data: Suldouro — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos S.A. com o cargo de

Administrador Delegado/Executivo;• De Dezembro de 1995 a Outubro de 1996: ABB Portugal, Responsável pela Área da Metalomecânica e Montagens, acumulando

com o de Presidente do Conselho de Administração da SMM;• De Dezembro de 1994 a Dezembro de 1995: ABB Portugal, Responsável pela Área das Instalações Industriais, acumulando com

o de Presidente do Conselho de Administração das Empresas do Grupo ABB, Sermague e SMM;• De Setembro de 1983 a Dezembro de 1994: SEPSA — Sociedade de Construções Electro-Mecânicas, S.A.,Administrador Delegado;• De Fevereiro de 1978 a Setembro de 1983: Siderurgia Nacional, Director da Fábrica da Maia;• De Novembro de 1975 a Fevereiro de 1978: Rabor — Fábrica de Motores Eléctricos, Gestor por parte do Estado;• De Setembro de 1973 a Novembro de 1975: Rabor — Fábrica de Motores Eléctricos, Director Geral;• De Setembro de 1966 a Setembro de 1973: SEPSA — Sociedade de Construções Electro-Mecânicas, S.A., Director Fabril;• De Dezembro de 1958 a Setembro 1966: Empresa de Cimentos de Leiria, Adjunto do Chefe da Conservação da Fábrica de

Cimentos Tejo, Engenheiro Projectista — Coordenador da Equipa de Projecto da Fábrica de Cimentos de Nacala, em Moçam-bique, e várias obras na Metrópole.

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ANA MARIA MILAGRE MARTINSData de nascimento: 27 de Julho de 1967.

Habilitações AcadémicasLicenciatura em Engenharia do Ambiente pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, com médiafinal de 14 valores.

Associações Profissionais• Membro n.º 383 da Associação Portuguesa de Engenheiros do Ambiente (APEA).

Experiência ProfissionalEntre 15/02/1996 a …Encontra-se actualmente na Empresa Geral do Fomento, S.A. onde exerce o cargo de técnica na Direcção Técnica que tem comoobjectivo apoiar quer o Conselho de Administração da EGF, S.A. quer as empresas participadas, definidas no âmbito dos sistemasmultimunicipais para as soluções de tratamento, valorização e destino final dos resíduos sólidos urbanos definidas.Para além disso, exerce no triénio 2005–2007 as funções de administradora não executiva da Suldouro — Valorização e Tratamentode Resíduos Sólidos Urbanos, S.A., sociedade concessionário do Sistema Multimunicipal do Sul do Douro, uma das empresas par-ticipadas da Empresa Geral do Fomento, S.A.Entre 15/04/1992 a 31/12/95Iniciou a actividade profissional na SEIA, Sociedade de Engenharia e Inovação Ambiental, a 15 de Abril de 1992, onde inicialmenteexerceu o cargo de técnico superior e posteriormente de Directora Técnica, tendo colaborado na elaboração de diversos Estudosde Impacto Ambiental, nomeadamente de vias rodoviárias.ComunicaçõesMartins, A.; "Estratégia Nacional para Aterros Sanitários" in Valorização Energética do Biogás Produzido em Aterros Sanitários rea-lizado no Caramulo em 27 de Novembro de 1998.Cabeças, A.J.; Martins, A.; Correira, A.N.; "Estação de Triagem — Objectivos e Considerações Técnicas" in VIII EnaSB EncontroNacional de Saneamento Básico realizado em Barcelos entre 20 e 23 de Outubro de 1998.Cabeças, A.J.; Jesus, C.; Martins, A.; "Metodologia de Operação e Manutenção de Estações de Transferência de Resíduos SólidosUrbanos" in VIII EnaSB Encontro Nacional de Saneamento Básico realizado em Barcelos entre 20 e 23 de Outubro de 1998.Martins, A.; Fialho, J.; Nobre, E.; "Randus" in 1.as Jornadas de Ambiente e Informática, realizadas no Forum Picoas entre 19 e 21 deJunho de 1990.

CÉSAR FERNANDO COUTO OLIVEIRANascido na freguesia de Canelas — V. N. de Gaia, a 16 de Junho de 1946.

Habilitações Académicas / Experiência ProfissionalFoi simultaneamente estudante e trabalhador.Tem como habilitações literárias o Curso Geral de Comércio.Cumpriu serviço militar obrigatório na Força Aérea, durante 48 meses, 27 dos quais em comissão de serviço no norte de Moçambique.Iniciou-se no mundo do trabalho aos 14 anos, como empregado de escritório até à entrada na vida militar. Aos 24 anos chefiouum escritório de representações, tendo em seguida ingressado numa grande empresa onde esteve 9 anos, começando por chefiaro sector de exportação. Ao fim de 2 anos foi promovido a chefe geral de vendas e aos 31 anos a director comercial, tendo à suaresponsabilidade toda a cobertura nacional da sede, delegações e armazéns, empregando 600 trabalhadores.Aos 33 anos iniciou-se como empresário, tendo formado uma empresa com os seus familiares que continua em laboração desde1979, sendo a mesma desde o ano 2000 gerida por um seu filho. Participou como sócio em duas sociedades produtoras de artigosdo lar com dimensão nacional e internacional, tendo alienado a sua posição nos anos 90.Profissionalmente possui vários cursos de formação, actualização e modernização, desde organização administrativa até às maismodernas técnicas de venda, qualidade e gestão de empresas comerciais e industriais.Nas áreas sociais, políticas, culturais e desportivas é sócio e dirigente anterior e actual das seguintes: Associação Cultural Amigosde Gaia, Associação de Socorros Mútuos “Os Amigos do Próximo”, Associação de Solidariedade Humanitária de Canelas(Presidente da Assembleia Geral), Associação Recreativa de Canelas (ex-presidente da Assembleia Geral), Associação Recreativade Perosinho, Atlético Clube da Rechousa, Clube Futebol Canelas Gaia (ex-presidente da Assembleia Geral), Centro Democrático

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e Instrução Latino Coelho, Associação de Amizade Portugal-Brasil (Fundador), Associação de Antigos Alunos da Escola Comerciale Ind.V. N. de Gaia (fundador), Militante fundador do Partido Social Democrata Associação de Especialistas da Força Aérea (Ex--presidente da Assembleia Geral), Fundação Rotária do Rotary Nacional e Internacional (Companheiro Paul Harris), Liga dos Amigosdos Hospitais de Gaia e Sto.António, Irmão da Misericórdia de Gaia, Clube Português de Automóveis Antigos (Ex-Director), ClubePortuguês do Automóvel Clássico (fundador e presidente da Assembleia Geral), Automóvel Clube Portugal, Confraria da Broa deAvintes (Confrade), Associação dos Amigos do Solar Condes Resende — Confraria Queirosiana (Confrade e Presidente do Con-selho Fiscal), Membro Honorário da Confraria “O doce do Velhote”.Na Área Autárquica; Candidato a Presidente de Junta de Freguesia de Canelas nas primeiras eleições democráticas em 1976.Membro da Assembleia de Freguesia de Canelas em 1976/77/78/79/80 e 1981.Deputado Municipal em V. N. de Gaia nos anos 1994/95/96 e 1997.Presidente do Grupo Parlamentar Municipal em 1994/96/97.Administrador Executivo do Parque Biológico de Gaia em 2000/2002.Administrador Não Executivo em representação do Município de V. N. de Gaia na Suldouro — Valorização e Tratamento de ResíduosSólidos Urbanos, S.A., desde 2005.Assessor e Adjunto do Senhor Presidente da Câmara de V. N. de Gaia desde 1997 até ao presente, continuando nas funções comoseu Adjunto.

JOSÉ FERNANDO MOREIRAData Nascimento: 24 de Agosto de 1954.

Habilitações AcadémicasCurso Geral dos Liceus.

Experiência ProfissionalDesde 1973.09.10 que é funcionário da Direcção Geral dos Impostos.Exerceu funções nas Repartições de Finanças de Arouca, Faro,Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira.Como Perito de Fiscalização Tributária exerceu ainda funções nos departamentos de fiscalização das Direcções de Finanças do Portoe Aveiro.Ao longo da carreira frequentou diversos cursos e foi opositor a vários concursos que lhe permitiram ascender à actual categoriade Inspector Tributário nível 2.Presentemente exerce as funções de Chefe do Serviço de Finanças de Arouca.

Outras ActividadesSecretário da Junta de Louredo no mandato 1979/1982.Membro da Assembleia de Freguesia de Louredo no mandato de 1982/1985.Desde Dezembro de 1989 que vem exercendo o cargo de Presidente da Junta de Louredo e, por inerência, é membro da Assem-bleia Municipal do Concelho de Santa Maria da Feira.Foi ainda dirigente de várias associações de âmbito cultural, recreativo e Social.

SulDouro | Relatório e Contas | 2007 10|11

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 12|13

A Empresa

A SULDOURO — Valorização e Tratamento de ResíduosSólidos Urbanos, S.A., contribuinte n.º 503 693 812, foi consti-tuída pelo Decreto-Lei 89/96 de 3 de Julho, tendo celebrado a30 desse mês um Contrato de Concessão com o Estado Por-tuguês e, simultaneamente, Contratos de Entrega e Recepçãode Resíduos Sólidos Urbanos e de Recolha Selectiva com osMunicípios de Vila Nova de Gaia e de Santa Maria da Feira.A sua área de intervenção é de 384 Km2 e tem como missãoproceder ao tratamento e destino final dos resíduos sólidosurbanos produzidos pelos cerca de 450 mil habitantes destesdois Concelhos.Para a prossecução dos seus objectivos a Suldouro adoptou oseguinte modelo técnico:• Aterro Sanitário localizado em Vila Nova de Gaia.• Estação de Triagem nas mesmas instalações do Aterro Sanitário.• Central de Valorização Energética do Biogás nas mesmas ins-

talações do Aterro.• Recolha selectiva através de 1.434 ecopontos e quatro Eco-

centros (2 em cada concelho).• Encerramento de duas lixeiras, uma em Vila Nova de Gaia, na

freguesia de Vilar de Andorinho, e outra em Santa Maria da Feira, na freguesia de Canedo.

Com uma área total de instalação de 28 ha, o Aterro Sanitáriopossui uma área de 11 ha com um volume de encaixe de 1.650.000m3, em que cerca de 83% se encontra actualmente ocupado.Asduas estações de triagem, papel/cartão e plástico/metal, apre-sentam capacidades de processamento de 6,5 ton./h e 1,3 ton./h,respectivamente. A Central de Valorização Energética tem umapotência instalada de 2.112 KW.

Síntese de Indicadores

N.º de Habitantes por Concelho

V.N. de Gaia

306.513

St.ª Maria da Feira

144.329

2005

65

2006

69

2007

74

N.º médio de colaboradores

2005

4.353

2006

4.456

2007

5.309

Capital Próprio(milhares de €)

2005

173.222

2006

179.915

2007

177.762

Deposição RSU Municipais(toneladas)

2005

27.734

2006

22.815

2007

25.223

Deposição Resíduos por Particulares(toneladas)

2005

1,151

2006

1,195

2007

1,178

Capitação (kg/hab.dia)

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2005

11.167

2006

12.669

2007

14.029

Venda Produtos Recicláveis(toneladas)

Volume de Negócios por Actividade(milhares de €)

Deposição deRSU

2.5932.958

3.875

Venda deRecicláveis

1.1001.511

2.030

Deposição porParticulares

1.162866 1.104

Venda deEnergia

864 918

1.629

2005 2006 2007

2005

23%

2006

24%

2007

19%

Custo Pessoal/Volume de Negócios(%)

2005

8.709

2006

8.474

2007

14.555

Produção/Venda Energia(MWh)

2005

14.97

2006

16.44

2007

21.8

Tarifas Praticadas(€/toneladas)

2005

5.719

2006

6.252

2007

8.638

Volume de Negócios(milhares de €)

Drenagem de Biogás

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 14|15

Principais Acontecimentos

Como factos marcantes no ano em apreço temos a registar :• A publicação, em 12 de Fevereiro, da Portaria 187/2007,

aprovando o Plano Estratégico dos Resíduos sólidos Urbanos (PERSU II) para o período de 2007 a 2016.

• O levantamento, em Janeiro, da suspensão de deposição no Aterro de Sermonde de resíduos não perigosos de origem industrial.

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Governo da Sociedade

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 18|19

1. Missão e Posicionamento

Estratégico

1.1 MissãoGestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Valorizaçãoe Tratamento dos Resíduos Sólidos Urbanos do Sul do Douro,integrando como utilizadores os Municípios de Vila Nova de Gaiae de Santa Maria da Feira e englobando as actividades da recolhaselectiva de resíduos, a sua triagem, tratamento, valorização edestino final controlado.

1.2 Política EmpresarialA SULDOURO, S.A., consciente da relevância da sua Missão ede como esta influi na qualidade de vida das populações, con-sidera fundamental integrar as vertentes da gestão da qualidade,ambiente, segurança e saúde, numa gestão global, que possibilitea prossecução do objectivo de um desenvolvimento sustentávelnos domínios económico, técnico, ambiental e social, colocandoaos vários níveis da sua organização, todo o seu empenho nocumprimento das obrigações e responsabilidades legais e sociaispara com os seus Clientes, Accionistas,Trabalhadores, Fornece-dores e Comunidade.Para tal, a SULDOURO na sua actividade diária compromete--se a:• satisfazer as necessidades dos seus Clientes, com melhoria

contínua da qualidade de serviço;• assegurar a sustentabilidade económica da concessionária,

apoiando a gestão, concretizando os investimentos necessá-rios e promovendo melhorias nos desempenhos organizacio-nais e operacionais;

• seleccionar quer tecnologias e processos, quer boas práticas ambientais e de segurança, de forma a garantir a operação em condições que permitam a eficácia e produtividade ope-racional, prevenir a poluição, controlar e minimizar os impac-tos ambientais e os riscos profissionais;

• envolver os colaboradores na melhoria contínua das suas ac-tividades, proporcionando-lhes adequadas condições de tra-balho, estimulando e promovendo a sua formação e melho-ria de competências;

• assegurar um relacionamento exigente e claro com fornece-dores, de modo a garantir adequadas condições do forneci-mento de serviços e de bens, com partilha de experiência ambiental e de gestão da prevenção de acidentes e doenças profissionais;

• cumprir a legislação aplicável e outros requisitos que a empre-sa subscreva, fazendo o respectivo acompanhamento das suasactividades;

• fomentar uma boa relação de vizinhança e cooperação, atra-vés de um diálogo transparente com a população e/ou seus representantes que residem na envolvente das suas unidades e com as entidades oficiais.

1.3 Posicionamento EstratégicoA Estratégia Nacional e Comunitária de Gestão de Resíduos,encontra-se consubstanciada no Decreto-Lei 152/2002 de 23de Maio, no Decreto-Lei 178/2006 de 5 de Setembro, no Des-pacho 454/2006 (PIRSUE), e na Portaria 187/2007, de 12 deFevereiro (PERSU II).Nestes documentos, preconiza-se um reforço acentuado naredução das quantidades de resíduos a encaminhar para desti-no final, com prioridade para a sua reutilização, reciclagem evalorização, nomeadamente a valorização orgânica e aproveita-mento energético.É de salientar, que a solução de confinamento técnico que foi pri-vilegiada após a eliminação do passivo ambiental que era geradopelas lixeiras, e que numa perspectiva futura tem como objecti-vo passar a receber apenas os resíduos últimos e será sempremantida no quadro das soluções futuras de sustentabilidade dosistema multimunicipal onde opera a Suldouro, sem esquecercontudo que será sempre privilegiada qualquer solução de reu-tilização, reciclagem e valorização em detrimento daquela.

1.4 Objectivos EstratégicosEm consonância com o posicionamento estratégico atrás referido,e em seguimento do caminho orientador dado pelo PERSU II epelo PIRSUE,os objectivos estratégicos para o novo paradigma degestão de resíduos que a Suldouro pretende atingir, passam por:• ampliar a capacidade do aterro sanitário de Sermonde, pela

construção de uma célula intermédia, de modo a permitir a continuidade de deposição de RSU, até à entrada em explo-ração do novo aterro sanitário;

• projectar e construir um novo Aterro Sanitário;• construir uma Central de Valorização Orgânica (CVO), por

digestão anaeróbia;• desviar de aterro, a partir de meados de 2010, os resíduos

orgânicos/biodegradáveis a serem encaminhados para a CVO;• promover a produção de combustível derivado de resíduos

(CDR), a partir da fracção calórica de resíduos resultantes do tratamento mecânico dos resíduos, e que não sejam valori-zados por reciclagem;

• promover o aproveitamento de resíduos recicláveis, a partir da separação mecânica da CVO;

• incrementar a recolha selectiva multimaterial das fracções recicláveis com recurso à colocação de novos ecopontos, e eventualmente completada através de sistema de recolha porta a porta;

• promover a optimização da recolha selectiva, com software específico, e modelos de geração de rotas baseadas em algo-ritmos de cálculo;

• promover a remodelação da Estação de Triagem (de 1.ª gera-ção), com ampliação de sua capacidade e introdução de sis-tema de automação.

• obtenção da certificação em qualidade, ambiente e segurançasegundo normas internacionais ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS18001, respectivamente.

Governo da Sociedade

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1.5 DesafiosAs dificuldades que se apresentam à Suldouro na prossecuçãodos objectivos apontados, assentam fundamentalmente na ca-pacidade própria de realização dos investimentos em vista eobtenção dos necessários meios de financiamento.

2. Estrutura Organizacional

O organigrama da empresa é o seguinte:

Direcção Administrativa e Financeira• garantir o funcionamento global das funções financeira e

administrativa;• assegurar o apoio à Administração em matéria de gestão eco-

nómica e financeira;• gerir os recursos humanos da empresa e apoiar a Adminis-

tração na definição e controle das políticas a implementar nesta área;

• gerir os aprovisionamentos e stocks.

Direcção de Produção• assegurar a operação das infra-estruturas e equipamentos sob

a sua responsabilidade, zelando pelo seu bom estado e fun-cionamento, com os mínimos consumos de energia e/ou combustível;

• seguir as boas normas e procedimentos na deposição de re-síduos, sua valorização e tratamento cumprindo a legislação nacional e comunitária quando aplicável.

Direcção Técnica• assegurar o cumprimento dos procedimentos internos e le-

gislação aplicável;• realizar processos de investigação e desenvolvimento;• promover a melhoria contínua dos processos operacionais da

empresa;• assegurar a implementação do sistema de qualidade, ambiente

e segurança,de acordo com as respectivas normas internacionais;• gerir os investimentos em curso.

Higiene, Saúde e Segurança• assegurar todas as actividades necessárias à promoção da se-

gurança e higiene do trabalho;• promover a vigilância da saúde de todos os trabalhadores;• assegurar o cumprimento de toda a legislação aplicável.

Conselho de Administração

Direcção de Produção

Comunicação e Imagem Higiene, Saúdee Segurança

Administrador Delegado

Conservação Triagem

Direcção TécnicaDirecçãoAdministrativa e Financeira

Secretariado

Contabilidadee Tesouraria

AterroSanitário

RecolhaSelectiva

Compras/ArmazénsComercial Tratamento

de Lixiviados

CentralEléctrica/Biogás

Admissão deResidúos deParticulares

GestãoAmbiental

Manutençãodo SGI InvestimentosControlo

de Gestão

RecursosHumanos

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 20|21

Comunicação e Imagem• assegurar a concretização da política de relacionamento e a

prestação de informação às entidades e meio envolvente à empresa;

• assegurar a comunicação institucional;• promover campanhas de sensibilização e educação ambiental.

3. Relações com Stakeholders

A Suldouro, consciente que presta serviços de carácter público,com influência na qualidade de vida das populações da sua áreade intervenção, reconhece que a criação de valor é fundamentalpara todos os que estão com ela envolvidos.Neste contexto, são stakeholders, utilizadores, clientes, colabora-dores, entidade reguladora, entidades financiadoras, accionistas,fornecedores, entidades governamentais, meios de comunicaçãosocial e as comunidades locais.

A Suldouro cumpre todas as obrigações legais e estatutáriasem matéria de divulgação de informação, assegurando os deve-res inerentes ao adequado relacionamento com o universo dosstakeholders acima referido.

4. Regras Societárias

4.1 Código de Conduta e ÉticaO Grupo Águas de Portugal acredita que a concretização dosseus interesses de longo prazo no desempenho da missão quelhe foi cometida pelo Estado Português, está necessariamentealicerçada no estrito cumprimento dos mais elevados padrõesde conduta ética.

O Código de Conduta e Ética do Grupo Águas de Portugalvem expressar o compromisso do Grupo com uma condutaética nos seus relacionamentos internos e externos, tendocomo objectivo o reforço dos padrões éticos aplicáveis e acriação de um ambiente de trabalho que promova o respeito,a integridade e a equidade.

Mas, mais do que um compromisso, este Código de Conduta eÉtica reflecte a vontade de prosseguir um caminho de melho-ria contínua de um grupo empresarial que assume como prin-cípios estruturantes da sua acção o respeito pelos direitos dostrabalhadores, a responsabilidade da defesa e protecção domeio ambiente, a transparência nas suas relações com o exte-rior e a contribuição para um desenvolvimento sustentável.

O Código é aplicável a todas as empresas e vincula todos oscolaboradores do Grupo AdP, independentemente da sua fun-ção ou posição.

Valores Éticos do Grupo AdP e Princípios de ActuaçãoO Grupo AdP tem como Valores Centrais:• Espírito de Servir• Excelência• Integridade• Responsabilidade• Rigor

e rege-se pelos seguintes Princípios:• Respeito e protecção dos direitos humanos• Respeito pelos direitos dos trabalhadores• Luta contra a corrupção• Erradicação de todas as formas de exploração• Erradicação de todas as práticas discriminatórias• Responsabilidade na defesa e protecção do meio ambiente• Contribuição para o desenvolvimento sustentável

4.2 Controlo de RiscoA Suldouro encontra-se exposta a um conjunto de riscos queresultam da sua actividade. A continuidade das operaçõesdepende, de forma crítica, da eliminação ou controlo de riscosque podem significativamente afectar o conjunto dos seus activos(equipamentos, qualidade de serviço, informação, instalações), edeste modo pôr em risco os seus objectivos estratégicos. ASuldouro, e em particular o seu Conselho de Administração,dedicam grande atenção aos riscos inerentes à sua actividade.A gestão de risco, enquanto pilar do Governo das Sociedades,foi incorporada em todos os processos de Gestão, tendo sidoassumida como uma preocupação constante de todos os ges-tores e colaboradores da Suldouro.

Os riscos económicos são atenuados por critérios de seguran-ça e prudência que têm em conta a dispersão geográfica dosinvestimentos efectuados nas diferentes áreas de negócio, epela realização de estudos prévios à sua concretização, nomea-damente no que respeita à definição da política de preços.

4.2.1 Risco OperacionalDentro do risco operacional, encontram-se catalogados comomais relevantes, os riscos relacionados com a qualidade de ser-viço, interrupção do serviço e respectivas tarifas, os recebimen-tos dos clientes, os investimentos, a subscrição e realização decapital dos accionistas parceiros, a integração e manutençãodos activos das concessões e as alterações climáticas.

Qualidade de serviço, interrupção de serviço e tarifasA Suldouro tem efectuado um elevado esforço no sentido dese dotar de ferramentas (tecnologia) que permitam monitoraro serviço prestado, mantendo elevados padrões no que diz res-peito à sua qualidade. Saliente-se que a actividade desenvolvidapela Suldouro está regulada por um conjunto de leis e regula-mentos de elevada exigência, que vão desde a qualidade deserviço até à definição das tarifas a cobrar pelos seus serviço, e

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que as suas políticas passam por assegurar que estas sejamescrupulosamente cumpridas.

Recebimento de clientesA Suldouro tem como parceiro de negócio os municípios, quesão simultaneamente sócios das sociedades e clientes das mes-mas. Como é do conhecimento generalizado, e amplamentenoticiado e debatido publicamente, uma parte significativa dosmunicípios nacionais atravessam significativas dificuldades detesouraria. Estas dificuldades têm repercussão directa nos rece-bimentos da Suldouro pelos serviços prestados, estando assimsujeita a este factor crítico do negócio. Saliente-se que em algunscasos os atrasos no pagamento dos serviços prestados apre-sentam valores de tal modo significativos que põem inclusiva-mente em risco o volume de investimentos definidos no con-trato de concessão.A Administração da Suldouro tem efectuado esforços significa-tivos no sentido de promover a regularização destas situações,estando inclusive a efectivar acordos relativos às situações maisrelevantes.

Gestão de activos e Integração de activosSendo esta uma actividade de capital intensivo, resultado de sig-nificativos volumes de investimentos em infra-estruturas, a cor-recta identificação e manutenção dos activos afectos à opera-ção, torna-se crítica na gestão do dia-a-dia das empresas. ASuldouro tem em curso diversos projectos, no sentido de tor-nar mais eficaz e mais eficiente a gestão dos seus activos. Estesprojectos passam, para além da sua correcta identificação einventariação, pelo desenvolvimento de projectos de avaliaçãodos activos e pela implementação de novas ferramentas infor-máticas que auxiliam o controlo da sua manutenção.

4.2.2 Risco FinanceiroAs actividades da Suldouro estão expostas a uma diversidadede riscos financeiros dos quais se destacam os riscos de taxa dejuro. A política de gestão dos riscos financeiros do Grupo, pro-cura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes da impre-visibilidade dos mercados financeiros, recorrendo a instrumentosfinanceiros estruturados.

Gestão do risco de taxa de juroA política de gestão de risco de taxa de juro do Grupo, estáorientada para uma redução dos encargos financeiros e reduçãoda exposição dos cash-flows da dívida às flutuações do mercadoatravés da contratação de instrumentos financeiros estruturados.

4.2.3 Risco RegulatórioComo prestadora de um serviço público, a Suldouro operanum ambiente altamente regulado pelo IRAR (Instituto Regu-lador de Águas e Resíduos). Esta instituição, mandatada peloGoverno, regula entre outros aspectos, a tarifa a cobrar pelosseus serviços.

Na tentativa de balancear o interesse público no que concerneao adequado acesso aos seus serviços e o seu próprio interes-se em gerar resultados que satisfaçam e remunerem o capitalinvestido dos seus accionistas, o regulador pode tomar medidascom impacto negativo no resultado, com todas as consequên-cias adversas que daí resultam.

5. Órgãos da Administração

5.1 – Conselho de AdministraçãoA estrutura de governação da Suldouro está de acordo com ocódigo das Sociedades Comerciais e com os estatutos da em-presa aprovados através do Decreto-Lei 89/96 de 3 de Junhoque a constituiu.Nos termos do artigo 19.º dos Estatutos da Sociedade, o Con-selho de Administração é composto por cinco membros eleitospela Assembleia Geral, que designa também o Presidente.

O actual Conselho de Administração eleito para o triénio 2005//06/07, na Assembleia Geral de 21 de Julho de 2005, é compos-to por cinco membros, a seguir indicados, tendo delegado noEng.º José Loureiro Campos a gestão corrente da Sociedade compoderes claramente definidos.• Dr. Nuno da Lança Falcão Delgado Pinto (Presidente)• Eng.º José Loureiro Campos (Executivo)• Eng.ª Ana Maria Milagre Martins Mendonça dos Santos (Vogal)• Sr. César Fernando Couto Oliveira (Vogal)• Sr. José Fernando Moreira (Vogal).

Ao Conselho de Administração compete deliberar nos termosdo Código das Sociedades Comerciais sobre qualquer assuntoda administração, reunindo mensalmente.

5.2 – FiscalizaçãoNos termos legais e estatutários, a fiscalização da Sociedade éassegurada por um Fiscal Único que é simultaneamente RevisorOficial de Contas.Para além desta certificação legal, a empresa promove audito-ria às contas por entidade auditora externa e independente.

5.3 – Assembleia GeralConforme Artigo 15.º dos Estatutos da Sociedade, a Mesa daAssembleia Geral é constituída e dirigida por um Presidente,um Vice-Presidente, e um Secretário.

A Assembleia Geral é convocada e dirigida pelo Presidente daMesa e na sua ausência ou impedimento pelo Vice-Presidente.Todos os membros são eleitos em Assembleia Geral por umperíodo de três anos.

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 22|23

6. Remunerações

Na Assembleia Geral de 21.07.2005 foi eleita uma Comissãode Vencimentos, tendo como Presidente o Sr. Eng.º AntónioManuel da Silva Branco e Vogal o Município de Santa Maria daFeira, representado pelo seu Presidente de Câmara, a qual sereúne periodicamente deliberando sobre o estatuto remunera-tório dos membros dos Corpos Sociais.A última reunião foi em Maio de 2006, mantendo-se inalteradasas remunerações fixadas.Os montantes auferidos em 2007 pelos membros dos ÓrgãosSociais descriminam-se no mapa que se apresenta:

7. Relatório dos Administradores

Não Executivos

1. IntroduçãoNos termos da alínea m) do artigo 13.º — A do Decreto-Lein.º 558/99, de 17 de Dezembro, na redacção do Decreto-Lein.º 300/2007, de 23 de Agosto, cumpre-nos, na qualidade deadministradores não executivos, apresentar um relatório sobreo desempenho do administrador executivo referente ao exer-cício de 2007.

2.ActividadeNos termos da lei, acompanhámos a gestão da empresa porparte do administrador executivo.As nossas funções foram exercidas com independência, sendo onosso juízo, em face do administrador executivo, livre e incon-dicionado.

3. ParecerEm consequência do supra exposto, fazemos uma apreciaçãopositiva da actividade do administrador executivo.

Sermonde, 22 de Fevereiro de 2008Os Administradores não Executivos

Valores no ano 2007Cargo (Nome)

Mesa da Assembleia Geral Presidente (Alfredo Oliveira Henriques) Vice-Presidente (EGF) Secretário (Alexandra Isabel M. V. Colaço)Sub total Assembleia GeralFiscal Único (Pedro João Reis de Matos Silva)

Conselho de Administração Presidente ** (Nuno da Lança F. Delgado Pinto) Admin. Executivo (José Loureiro Campos) Admin. não Executivo (César F. Couto de Oliveira) Admin. não Executivo (José Fernando Meira) Admin. não Executivo ** (Ana M. Martins dos Santos)Sub total Cons. de AdministraçãoTotal Geral Orgãos Sociais

* Custos efectuados pelos órgãos sociais ao serviço da empresa.** Os valores foram pagos à Empresa Geral do Fomento, conforme acta da Comissão de Vencimentos.*** Estão incluidos 805.05 € relativos ao ano anterior.**** Os membros da mesa da Assembleia Geral prescindiram da remuneração a que tinham direito.

Remuneração

************0,00

11.674,0811.674,08

39.683,0075.138,0018.214,0018.214,0018.214,00

169.463,00181.137,08

Telefone*

0,00

0,00

227,31

227,31227,31

Viatura*

0,00

0,00

7.175,47

7.175,477.175,47

Combustiveis*

0,00

0,00

1.333,34

1.333,341.333,34

SubsídioRefeição *

0,00

0,00

1.240,25

1.240,251.240,25

PPR***

0,00

0,00

4.700,45

4.700,454.700,45

Segurode Saúde

0,00

0,00

308,41616,82616,82

1.542,051.542,05

Seguro deAcid. Pess.

0,00

0,00

327,36

327,36327,36

Total

0,000,000,000,00

11.674,0811.674,08

39.683,0090.450,5918.830,8218.830,8218.214,00

186.009,23197.683,31

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Actividade da Empresa

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 26|27

1. Introdução

O modelo de gestão que a Suldouro pretende atingir, em versãointegrada SGI, assenta no cumprimento das normas internacio-nais ISO 9001, para a qualidade, ISO 14001, para o ambiente eOHSAS 18001, para a segurança. Em 2007 é de realçar a apro-vação da rede de processos do sistema, dos processos de rea-lização, e de grande parte dos restantes processos (gestão,suporte, monitorização e análise).Tendo em atenção a progressiva complexidade das instalaçõesa gerir, nomeadamente a Central de Valorização Orgânica, oaumento de potencia com novas unidades da Central Termo-eléctrica a partir do biogás, a ampliação e automatização daTriagem, foi seguida uma orientação estratégica do Grupo nodomínio da informação e procedeu-se em 2007 à implementa-ção do sistema SAP.De realçar ainda como factos marcantes do ano:• entrada em funcionamento do 2.º motor gerador em Abril, com

40 dias de antecipação em relação ao previsto;• um aumento de 11% em relação a 2006, da quantidade de

resíduos de embalagens recolhidos selectivamente.De registar contudo, como factor negativo e preocupante, odeslizamento dos grandes investimentos que havíamos consi-derado para o ano, e que, por circunstâncias de vária ordemnão pudemos concretizar.

2. Enquadramento Macro-Económico

Em 2007 a economia mundial manteve um crescimento acen-tuado até Agosto, altura em que se começou a sentir o impac-to das turbulências globais em termos de menor crescimentoe maior inflação. Esta situação resultou dos efeitos conjugadosda crise financeira, da quebra de actividade dos Estados Unidose da subida dos preços das matérias primas em especial dopetróleo. Este crescimento foi fortemente suportado pelascada vez mais importantes “novas” e emergentes economiasasiáticas (China e Índia) e da Rússia. Por outro lado as econo-mias dos EUA e da União Europeia apresentam crescimentosmoderados, em resultado dos constrangimentos, riscos e dete-rioração recente dos mercados financeiros, com as consequen-tes correcções das taxas de juro de forma a controlar as ten-dências inflacionistas destas regiões, resultantes em parte, dasubida significativa dos preços do petróleo.

A principal tarefa dos governos e bancos centrais tem consisti-do em restaurar as condições ditas “normais” dos mercadosfinanceiros e assim salvaguardar o desejado crescimento daseconomias. No entanto, as pressões inflacionistas, a incertezacausada pela crise do sub-prime ainda não absorvida pelosmercados financeiros, a volatilidade dos mercados energéticos(em particular com a subida constante do preço do petróleo),o forte crescimento económico dos países denominados de

economias emergentes, têm sido obstáculos a um crescimentosustentado da economia.De acordo com os inquéritos de opinião da Comissão Euro-peia, a confiança dos agentes económicos tem apresentadouma trajectória descendente nos últimos meses. Quer a con-fiança dos consumidores, quer a dos empresários (nos sectoresda indústria, construção e serviços), apresentaram uma reduçãonos três meses até Novembro, tal como observado no tercei-ro trimestre. De acordo com as projecções macroeconómicaselaboradas por especialistas do Eurosistema, divulgadas emDezembro, o PIB na área do euro deverá apresentar um cres-cimento médio anual entre 2,4% e 2,8% em 2007 (o FMI apon-ta para valores na ordem dos 2,1%).

Segundo as projecções macroeconómicas elaboradas por es-pecialistas do Eurosistema, a inflação média anual na área do euro,medida pela variação do IHPC, deverá situar-se entre 2,0% e2,2% em 2007. As projecções para a inflação assumem que aspressões resultantes dos preços da energia e dos bens alimen-tares devem permanecer por algum tempo.As taxas de juro Euribor cresceram significativamente duranteo ano de 2007. Destaca-se, em particular, o aumento acentua-do verificado na taxa Euribor a 1 mês, que no dia 29 de No-vembro subiu cerca de 64 p.b. devido a efeitos relacionadoscom o fim de ano. No dia 14 de Dezembro, as taxas para osprazos de um, três, seis e doze meses situavam-se em 4,93%,4,94%, 4,91% e 4,88%, respectivamente, o que corresponde asubidas de 78, 34, 30 e 28 p.b. face ao final de Outubro.

As perspectivas para a economia portuguesa apontam para amanutenção da recuperação da actividade económica no pe-ríodo 2008-2009, acompanhada por uma descida da inflação paravalores próximos de 2% no final do horizonte. Esta projecçãotraduz-se numa redução das necessidades de financiamentoexterno da economia portuguesa, que reflecte a inversão datrajectória de queda da taxa de poupança das famílias, bemcomo a continuação da redução das necessidades de financia-mento da Administração Pública. As actuais projecções estãorodeadas por níveis de incerteza mais acentuados do que ohabitual e apresentam riscos claramente descendentes sobre aactividade económica, associados no essencial ao enquadra-mento económico e financeiro a nível internacional. Após umcrescimento de 1,2% em 2006, as estimativas mais recentesapontam para que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha aumen-tado entre 1,8% e 1,9% em 2007.No terceiro trimestre de 2007, de acordo com as Contas Na-cionais Trimestrais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística(INE), o PIB registou um crescimento real de 1,8%, em termoshomólogos (1,9% no trimestre anterior). Relativamente ao con-sumo privado, registou-se uma ligeira desaceleração de 1,4% para1,3% no terceiro trimestre de 2007.De acordo com a informação relativa ao comércio internacio-nal, divulgada pelo INE, no período de Janeiro a Setembro de

Actividade da Empresa

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2007, as exportações nominais de mercadorias aumentaram8,9%, em termos homólogos, enquanto as importações cresce-ram 4,5% (9,7% e 4,7%, respectivamente, no período Janeiro aAgosto). No que diz respeito ao comércio extra-comunitário,para o qual já existe informação disponível até Outubro, asexportações aumentaram 13,3 por cento, enquanto as impor-tações cresceram 5,5%, em termos homólogos (12,9% e 4,2%respectivamente, até Setembro).

InflaçãoEm Novembro, a taxa de variação homóloga do IPC aumentou0,2 p.p. para 2,8%, enquanto a taxa de variação média anualpermaneceu constante face a Outubro (2,4%). O aumento dataxa de variação homóloga do IPC deveu-se à evolução dospreços dos bens energéticos, que aceleraram de 6,2% para 9,3%e, em menor grau, ao comportamento dos preços dos bens ali-mentares transformados (5,3%, após 4,7% em Outubro). EmNovembro, a taxa de variação homóloga do IHPC aumentou0,3 p.p. para 2,8% por cento, mantendo-se inalterada a taxa devariação média anual face ao valor registado em Outubro(2,4%).

Finanças PúblicasNo início de Dezembro, o Governo Português tornou públicaa actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento dePortugal para o período 2007–2011. Para 2007 e 2008, osobjectivos definidos para o défice das administrações públicas(3,0% e 2,4% do PIB, respectivamente) coincidem com os apre-sentados no Relatório do Orçamento do Estado para 2008,confirmando uma revisão significativa face aos estabelecidos naanterior actualização de Dezembro de 2006 (3,7% e 2,6% doPIB, respectivamente).Relativamente ao rácio da dívida pública, o Programa prevêuma diminuição já em 2007 (ao contrário do que ocorria naanterior actualização), atingindo 64,4% no final do ano, seguidade uma redução gradual ao longo do horizonte de previsão,atingindo 56,7% em 2011.De acordo com o Boletim Mensal da Direcção Geral do Orça-mento de Novembro de 2007, a receita fiscal do Estado regis-tou um crescimento homólogo de 7,8% nos primeiros onzemeses do ano, 0,4 p.p. acima do observado até ao final deOutubro. Este resultado reflecte o aumento da receita dos im-postos directos em 13,5% e a dos impostos indirectos em 4,5%.

Situação Monetária e FinanceiraEm Outubro, as taxas de juro médias sobre saldos de opera-ções activas e passivas mantiveram a tendência ascendente, emlinha com os desenvolvimentos no mercado monetário. Astaxas de juro de saldo dos empréstimos a sociedades não finan-ceira aumentaram 15 p.b. para 6,08%, enquanto as taxas de jurode saldos dos empréstimos a particulares para aquisição dehabitação e para consumo e outros fins aumentaram 9 p.b. para5,38% e 8,78%, respectivamente. Por sua vez, as taxas de juro

aplicadas sobre saldos de depósitos com prazo até 2 anosaumentaram 11 p.b., fixando-se em 3,38%.Em Novembro, a taxa de rendibilidade das obrigações doTesouro com maturidade residual de 10 anos voltou a registaruma diminuição, de 8 p.b. em valores de fim de período, situan-do-se em 4,38%. Esta evolução acompanhou a tendência obser-vada na área do euro no mesmo período. No final de Novembro,o índice PSI Geral apresentou uma ligeira variação positiva, de0,7%, face ao valor de fim de Outubro, enquanto o índice DowJones Euro Stoxx diminuiu 3,4%. Nas primeiras duas semanasde Dezembro, o índice bolsista português diminuiu ligeiramen-te, em 0,6%, em linha com o observado no índice bolsista daárea do euro. O PSI 20 fechou o ano 2007 nos 13.019,36 pon-tos, mais 1.792 pontos que no início de Janeiro.

Concluindo, a economia portuguesa manteve um perfil de re-cuperação em 2007, apoiado numa evolução mais favorável doinvestimento empresarial e num crescimento robusto das ex-portações de bens e serviços. Do lado da oferta, esta evoluçãoterá traduzido um maior contributo da produtividade total defactores, explicado não só pela maior utilização da capacidadeprodutiva disponível, como também por alguma reestruturaçãodo tecido empresarial no sentido de uma criação líquida deempresas mais produtivas. A par desta recuperação gradual daactividade económica verificou-se uma correcção de alguns de-sequilíbrios. Com efeito, em 2007 observou-se algum ajusta-mento do desequilíbrio das contas externas, apesar dos cho-ques desfavoráveis relacionados com o significativo aumentodo preço do petróleo e a subida das taxas de juro ao longo dosúltimos anos e continuou-se o processo de consolidação orça-mental, superando mesmo os compromissos assumidos noâmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Refira-se aindaque em 2007 continuou a desaceleração do consumo privadoiniciada em 2006, a qual terá implicado a interrupção da ten-dência descendente da taxa de poupança das famílias observa-da nos anos mais recentes. As actuais projecções contemplam,em linhas gerais, a manutenção de um processo de aceleraçãogradual da actividade económica e de correcção dos desequi-líbrios anteriormente referidos, cuja concretização permitirá al-cançar taxas de crescimento mais próximas das verificadas nosrestantes países da área do euro, num contexto em que a infla-ção se reduz para cerca de 2%.

O ano de 2007 ficou marcado por uma alteração abrupta dapercepção de risco dos investidores a nível internacional, cujosefeitos na actividade económica não são fáceis de quantificar,tanto pela ausência de informação sobre a verdadeira dimen-são do fenómeno como pela complexidade dos mecanismosde transmissão envolvidos e das soluções adequadas à suaresolução. Os efeitos sobre a economia portuguesa estarão, noessencial, dependentes da rapidez com que se verifique o re-torno a uma situação de maior normalidade nos mercados fi-nanceiros internacionais, dos efeitos que venham a resultar de

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 28|29

uma reavaliação do risco de crédito e do grau de liquidez quea banca apresentar. Adicionalmente, a possibilidade de umadesaceleração maior que a presente na economia norte-ame-ricana, num contexto de persistência de desequilíbrios macroe-conómicos globais, poderá agravar significativamente o enqua-dramento económico a nível global e tenderá a reforçar osimpactos da turbulência nos mercados financeiros internacio-nais. Assim, a possibilidade de se verificarem condições financei-ras globalmente mais restritivas e de se assistir a uma deteriora-ção do enquadramento externo, com reflexos na evolução dosprincipais mercados de destino das exportações portuguesas,constituem riscos para a evolução da actividade económica emPortugal ao longo do horizonte de projecção.

Fontes: Banco de Portugal; INE; Eurostat; Banco CentralEuropeu; Euronext; FMI.

34

3. Enquadramento do Sector

O PERSU II — Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos2007–2016, que tinha sido colocado em Consulta Pública a 12de Dezembro de 2006, foi aprovado e publicado através daPortaria 187/2007 de 12 de Fevereiro de 2007.

Este plano consubstancia a revisão das estratégias consignadasno PERSU e ENRRUBDA — Estratégia Nacional para a Redu-ção de Resíduos Urbanos Biodegradáveis em Aterro e defineeixos de actuação, objectivos e metas para o horizonte2007–2016, os intervenientes, a articulação com o QREN e aapresentação do Plano de Investimentos bem como a sua apli-cação e monitorização.

O PERSU II constituiu, assim, um instrumento estratégico directorda gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU), estabelecendometas a atingir e acções a implementar para cumprir os objec-tivos de desvio de resíduos urbanos biodegradáveis (RUB),determinados pela “Directiva Aterros” (Directiva 1999/31/CEdo Conselho, de 26 de Abril, transposta para a ordem jurídicainterna pelo Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio), e osobjectivos de reciclagem e valorização, decorrentes da“Directiva Embalagens” (Directivas 94/62/CE de 20 de Dezem-bro, e 2004/12/CE, de 11 de Fevereiro, transposta pelos Decre-tos-Lei n.os 366-A/97, de 20 de Dezembro, e 162, de 27 deJulho, e 92/2006, de 25 de Maio).

São igualmente definidos, nesta estratégia, o papel e a afectaçãodos sistemas de tratamento de RSU à prossecução dos objec-tivos, sendo indicados os agentes com especiais responsabilida-des para a sua concretização, entre os quais se encontra a EGF,S.A. e os Sistemas Multimunicipais em que participa.

Os objectivos a atingir com o PERSU II, são:• Garantir uma gestão adequada dos RSU em alinhamento

com as estratégias comunitárias…, com custos socialmente aceitáveis;

• Contribuir para a redução dos gases de efeito de estufa (GEE),no âmbito do Protocolo de Quioto;

• Dissociar a produção de resíduos do crescimento económico;• Alcançar as metas de reciclagem e valorização de RE;• Alcançar as metas de desvio de RUB de aterro;• Contribuir para as metas relativas à produção de electricidade

a partir de fontes de energia renováveis;• Aumentar o tempo de vida útil dos aterros.

O PERSU II vem, assim, requerer a aplicação de medidas quepermitam aumentar a eficiência e a eficácia das práticas de ges-tão de RSU, na prossecução de uma optimização global e inte-grada, e de um cada vez menor recurso à deposição em aterroatravés da maximização da reciclagem e, subsidiariamente, deoutras formas de valorização, reflectindo uma grande preocupaçãona maximização do valor dos subprodutos gerados: composto,recicláveis e combustíveis derivados dos resíduos.A estratégia relativa à reciclagem orgânica dos resíduos urba-nos biodegradáveis (RUB) encontrava-se já enquadrada pelocompromisso de se atingirem os objectivos nacionais e comu-nitários (de 50% e 35%, para 2009 e 2016, da quantidade total,em peso, dos RUB produzidos em 1995) relativos à redução dedeposição de RUB em aterro e consequente diminuição daemissão de gases com efeito de estufa. Assim, o PERSU II pre-coniza um aumento da capacidade nacional instalada de diges-tão anaeróbia, compostagem, tratamento mecânico e biológico(TMB) e da recolha selectiva da matéria orgânica.

No domínio particular da reciclagem e valorização de resíduosde embalagens, os diversos agentes da estratégia são orientadosa prosseguir uma estratégia de procura de parcerias e sinergiasna partilha de infra-estruturas, numa lógica de custo — eficácia,que lhes permita maximizar o seu contributo para o alcance dasmetas nacionais.Para se atingirem níveis de desempenho compatíveis com osobjectivos pretendidos exige-se um inevitável esforço financei-ro para a implementação das medidas preconizadas, em espe-cial as relativas à construção de novas infra-estruturas e/ouadaptação das existentes. Os montantes de investimento pro-postos para o período 2007–2013 apontam para 1.000 milhõesde euros, sendo 964 milhões de euros potencialmente elegíveisno âmbito do QREN, dos quais apenas 308 milhões de eurosrespeitantes aos sistemas multimunicipais.

Como determinantes do sucesso do plano, estão elencadasduas actividades prévias: a optimização dos Sistemas e os pla-nos de acção de adequação ao PERSU II (PAPERSU) que asrespectivas entidades gestoras devem submeter à aprovação dasentidades competentes.

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No âmbito da gestão dos resíduos sólidos urbanos estão igual-mente a ser equacionados os impactos decorrentes da trans-posição para a ordem jurídica nacional da Directiva relativa àResponsabilidade Ambiental (2004/35/CE, de 21 de Abril), quese espera fique completa durante o ano de 2008, nomeada-mente no que diz respeito à responsabilidade relacionada comas actividades abrangidas pelo Diploma relativo à Prevenção econtrolo Integrados da Poluição (PCIP) e actividades de gestãode resíduos sujeitas a licença ou registo, no âmbito das quais sedestacam os aterros de resíduos sólidos urbanos.De referir, ainda, pela relevância que virá a ter com a sua aplica-ção no normativo nacional, a revisão da Directiva 2006/12/CEdo Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril de 2006,relativa aos resíduos, no âmbito da qual a União Europeia pre-tende dispor de um quadro de gestão coordenado dos resíduosnos Estados-Membros, visando limitar a produção de resíduose organizar da melhor forma o seu tratamento e eliminação.Deverá salientar-se também, pela sua importância sectorial, oprocesso de revisão da objectivação de resíduos de embalagempromovido pela Sociedade Ponto Verde, com os SMAUT´s eAgência Portuguesa do Ambiente, visando a implementação deuma política de reciclagem de um modo progressivamente maiseficaz.

4. Cadeia de Valor

Recolha

TratamentoDestino Final

Valorização

RIB RSU

Indiferenciada SelectivaMultimaterial

Refugo

AterroSanitário

Triagem

Energia Metal / Papel / Plástico / Vidro

Permutador de calor do motor gerador.

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 30|31

5. Regulação

IntroduçãoAs actividades desenvolvidas pela Suldouro (recolha selectiva,valorização, tratamento e deposição final de resíduos sólidosurbanos) são serviços de interesse económico geral indispen-sáveis ao bem-estar das populações, ao desenvolvimento dasactividades económicas e à protecção do meio ambiente. Estasactividades são exercidas em regime de exclusividade, atribuídoàs empresas do grupo aquando da concessão dos sistemas.Em mercados monopolistas, os mecanismos de auto-regulação,que os mercados em concorrência potenciam, não são suficien-tes para garantir a correcta afectação dos excedentes de pro-dução e de consumo.A regulação económica, prosseguindo a defesa dos interessesdos consumidores (utilizadores no nosso caso particular), pre-tende criar os incentivos necessários para que nestes mercadosse atinjam resultados mais próximos dos que se verificam emmercado concorrencial, quer em termos de preço, quer emtermos da qualidade do serviço prestado.Os preços devem estar alinhados com os custos, traduzir efi-ciência produtiva e de afectação, cumprindo padrões de quali-dade mínima que garantam o serviço prestado ao utilizador,sem no entanto deixar de assegurar a sustentabilidade econó-mica e financeira das empresas e os legítimos interesses dosaccionistas quanto à remuneração dos capitais investidos.Em Portugal estas funções estão estatutariamente atribuídas aoInstituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) pelo Decreto-Lei n.º 362/98, de 18 de Novembro, com as alterações introdu-zidas pelo Decreto-Lei n.º 151/2002, de 23 de Maio.

Regulação económicaNas operações que integram o ‘core business’ do Grupo, asconcessões multimunicipais de água e saneamento e resíduos,para salvaguarda dos interesses de consumidores e dos legíti-mos interesses dos accionistas, todos os anos são submetidas àaprovação do Concedente as propostas de orçamento e pro-jecto tarifário para o ano seguinte.A proposta de orçamento e projecto tarifário a remeter aoConcedente obedece aos requisitos da Portaria n.º 1275/2003,de 7 de Novembro, onde se define o tipo de informação e odetalhe com que esta deve ser submetida, quer em termos decustos, proveitos, investimento, quantidades, quer em termos deinformação patrimonial.Os requisitos daquele diploma são complementados com as re-comendações anuais do Regulador, que as empresas concessio-nárias devem atender na elaboração das suas peças previsionais.Os contratos de concessão dos sistemas multimunicipais exigemque a razoabilidade das propostas de orçamento e projecto ta-rifário seja avaliada previamente por auditor independente, antesde serem submetidas a aprovação.As peças orçamentais são avaliadas pelo IRAR, que durante asua apreciação solicita, por vezes, informação adicional às em-

presas, de forma a garantir que as tarifas são eficientes e reflec-tem os mais baixos custos de produção em cada sistema. Faceaos graves problemas que as empresas tiveram que enfrentar noexercício, por não terem tido a oportunidade de contra-argu-mentar as tarifas definidas unilateralmente pelo Regulador, em2007 foi formalizado um processo de contraditório do projectode parecer do Regulador, o que, esperamos, virá possibilitar umapartilha de informação e clarificação de elementos contidos naproposta apresentada.Nem todas as entidades prestadoras de serviços de águas eresíduos estão sujeitas à intervenção do regulador. Pese emboraas últimas alterações legislativas, apenas as entidades gestorasconcessionárias de sistemas multimunicipais de alta estão sujei-tas a regulação económica. Em síntese, apenas os sistemas mul-timunicipais onde a AdP e a EGF participam, têm tarifas objec-to da intervenção do IRAR e aprovadas pelo Concedente(MAOTDR).O desequilíbrio da intervenção do IRAR provoca distorções nofuncionamento do mercado, em prejuízo dos consumidores,com impactes diferenciados.A lei de bases das concessões dispõe que as tarifas devem asse-gurar a adequada remuneração dos capitais próprios da con-cessionária. Contratualmente ficou estabelecido que as tarifasincorporassem uma remuneração ao accionista definida emfunção de um indexante sem risco acrescido de um prémio derisco de 3%, sobre o capital social e reserva legal.Os indexantes são as Obrigações do Tesouro a 10 anos (OT10),Taxa Base Anual (TBA) e a Euribor a 6 meses.Em 2007 encetou-se um processo de uniformização dos inde-xantes dos vários contratos, uma vez que se identificou que parao mesmo tipo de actividade os contratos apresentavam dife-rentes indexantes. Em alguns contratos o indexante é de curtoprazo não espelhando adequadamente o período necessário àrecuperação do investimento.Esta remuneração só poderá ser ultrapassada caso se demons-tre a existência de ganhos de eficiência, tendo os accionistasdireito a 50% desse valor.

Regulação da qualidade de serviçoAnualmente, o regulador avalia a qualidade de serviço das em-presas concessionárias de água saneamento e resíduos, em altae baixa, através de um conjunto de 20 indicadores (base IWA),fazendo o benchmark entre as várias concessionárias, que publi-ca no relatório anual que faz sobre o sector.O Regulador anunciou em 2007 que iria iniciar um processo deelaboração de um regulamento de qualidade de serviço.

6.Actividade de ExploraçãoNão obstante a deposição de resíduos sólidos urbanos (RSU)no aterro de Sermonde ter sido inferior à prevista, a exploraçãodecorreu de forma favorável, devido principalmente à deposição

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de resíduos industriais não perigosos (RINP) não prevista, emconsequência do levantamento da suspensão de deposiçãodestes resíduos, conforme já referido, à boa performance obtidana produção de energia e ao considerável aumento da quanti-dade de resíduos recolhidos selectivamente.

Deposição de resíduos sólidos urbanosA deposição de RSU atingiu no ano o valor de 177.762 Mg, cor-respondendo a uma redução de 1,2% tanto em relação aoorçamento (179.830 Mg) como em relação ao ano anterior(179.915 Mg).Para esta redução contribuíram os dois Municípios, tendo o deVila Nova de Gaia uma diminuição de 1,5% e o Município deSanta Maria da Feira uma diminuição de 0,4%, ambos em rela-ção ao ano anterior. A contribuição dos municípios na produ-ção de resíduos indiferenciados sólidos urbanos no sistemamantém-se em 76% e 24%, para VNG e SMF respectivamente.A evolução dos RSU recolhidos indiferenciadamente nos últi-mos anos não apresenta uma tendência definida, tendo vindo aapresentar, nos últimos 4 anos, oscilações nos dois sentidos depequena amplitude.Na figura a seguir apresenta-se a distribuição mensal da depo-sição efectuada e sua comparação com a do ano anterior.

Deposição de resíduos industriais não perigosos e equiparados a urbanos

Registou-se no ano uma deposição de Resíduos Particularesprovenientes de empresas de 25.223 Mg, o que configura um au-mento muito acentuado, não só em relação ao orçamento (8.700Mg), como também em relação ao ano anterior (22.815 Mg).

Para este aumento contribuiu, como já referido o levantamen-to da suspensão, por parte da tutela, da deposição de RINP, quese mantinha desde Setembro do ano passado.

Mg.

18.000 –

16.000 –

14.000 –

12.000 –

10.000 –

8.000 –

6.000 –

4.000 –

2.000 –

0 –Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2006 2007

Deposição Mensal de Resíduos Sólidos Urbanos

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 32|33

Na figura seguinte está representada a deposição mensal destetipo de resíduos e sua comparação com a do ano anterior.

Valorização energética do biogásConforme o previsto, em 2007 foi instalado um segundo motorgerador de 1.064 KW, totalizando a Central de Valorização Ener-gética do biogás do aterro uma potência de 2.112KW.Relativamente ao ano anterior verificou-se para esta actividadeum aumento de produção de energia de 72%. Face ao orça-mento, verificou-se um aumento de produção de 1.519 MWh,(11,7%); este aumento foi devido essencialmente à antecipaçãoda entrada em funcionamento do 2.º motor em relação ao pre-visto no orçamento.

A produção de electricidade em 2007 foi de 14.555 MWh, nummáximo possível de 15.372 MWh, (deduzindo 2,2% de auto-consumo), o que se traduziu numa taxa de produção de 92,9%.

Recolha selectiva multimaterialEm 2007, tendo como propósito o cumprimento das metas dereciclagem de embalagens, demos continuidade ao nosso com-promisso de dinamização da recolha selectiva multimaterial.Para o efeito, neste ano aumentámos em 9,5% a rede de eco-pontos instalados passando a um total de 1.434 ecopontos, oque conduz a um ratio de 311 habitantes por ecoponto, sendoeste um excelente indicador em termos de cobertura de serviço.

A frota de recolha é composta por 8 camiões, a laborar em 2turnos com 13 equipas, tendo iniciado em finais de Março a re-colha do material de parte dos contentores amarelos e azuis,através de subcontrato a uma firma especializada neste tipo detrabalho. Em Julho entrou em laboração uma viatura para reco-lha não contentorizada de embalagens (porta-a-porta), dandoresposta à recolha selectiva no comércio local. Em Setembro,atendendo ao sucesso da operação, a viatura passou a laborarem dois turnos.Do empenho na dinamização da recolha selectiva dos resíduosde embalagem resultou um aumento total de 11% na quantidade

de material recolhido nos ecopontos (14.126 Mg). Os aumentos,

em relação ao ano anterior, por tipo de contentores, foram:• Vidro 6,4 %• Papel/Cartão 15,0 %• Plástico/Metal 15,1 %

O Município de SMF continua a ser o que apresenta as maioresevoluções relativamente ao ano anterior (SMF:17%;VNG: 8%),sendo de registar que o seu contributo no total é de 31%, su-perior à sua participação na deposição dos RSU, que é de 24%.Na recolha selectiva temos também a considerar 1.923 Mg demateriais recolhidos selectivamente nos 4 Ecocentros do siste-ma, das quais 847 Mg são materiais recicláveis (sucatas, emba-lagens, madeiras, óleo). O aumento dos materiais recolhidosnos Ecocentros relativamente ao ano anterior é de 3,5%.Nas figuras apresentadas a seguir estão indicados os valores darecolha através dos ecopontos, para cada material em cada umdos Concelhos e sua comparação com os valores do ano anterior.

Mg.

3.500 –

3.000 –

2.500 –

2.000 –

1.500 –

1.000 –

500 –

0 –Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2006 2007

Deposição Mensal de Resíduos Particulares

Mg.

4.000 –

3.600 –

3.200 –

2.800 –

2.400 –

2.000 –

1.600 –

1.200 –

800 –

400 –

0 –Vidro Papel/Cartão Plástico/Metal

2006 2007

Recolha Multimaterialem Vila Nova de Gaia

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Neste ano de 2007 o total dos materiais encaminhados parareciclagem através da Sociedade Ponto Verde foi de 13.892 Mg,o que representa um aumento de 11% face ao ano anterior.

7. Responsabilidade Social

Os recursos de capacidade, esforço e tempo que os trabalha-dores investem no seu trabalho, constituem o Capital Humanode uma organização, e são a sua principal base de sustentabili-dade.Todos na organização são responsáveis por este Capital.

Recursos HumanosNo final de 2007, eram 75 os trabalhadores ao serviço da em-presa, sendo a seguinte a evolução do quadro de pessoal (n.ºtrabalhadores em 31 de Dezembro):

Absentismo e Trabalho SuplementarO absentismo atingiu um total de 11.027 horas, representando8% do potencial de trabalho no ano de 2007, com a seguintedistribuição:

O trabalho suplementar atingiu um total de 1.339 horas, repre-sentando 1% do total de horas trabalhadas.

FormaçãoNo decurso de 2007, foram promovidas 20 acções de formaçãointernas e externas, a 44 trabalhadores da Suldouro, com 776horas de formação.Foi um ano excepcionalmente deficitário nesta área, estando pre-vista a sua compensação em 2008.

Medicina do TrabalhoNo ano de 2007 foram realizados 91 exames médicos, do se-guinte modo distribuídos:

SegurançaSob este ponto de vista, este ano foi bastante gravoso, em con-sequência fundamentalmente de elevado número de acidentesnos sectores da Recolha Selectiva e Triagem.Os indicadores a seguir apresentados mostram esta situação,embora não sejam rigorosamente comparáveis, pois os valoresreferentes aos anos 2006 e 2005 não incluíram os trabalhado-res em regime temporário.

AmbienteDurante o ano, as acções mais significativas no domínio am-biental foram:• realização do estudo do ruído ambiental em vários locais de

trabalho em Sermonde;• realização do estudo dos níveis de iluminação em vários lo-

cais, também em Sermonde;• realização do estudo do conforto térmico, em vários locais,

ainda em Sermonde;

Mg.

4.000 –

3.600 –

3.200 –

2.800 –

2.400 –

2.000 –

1.600 –

1.200 –

800 –

400 –

0 –Vidro Papel/Cartão Plástico/Metal

2006 2007

Recolha Multimaterialem Santa Maria da Feira

Direcções e Órgãos de ApoioApoio à AdministraçãoAdministrativo e FinançasTécnicaProduçãoTotal

2007273

6375

2006163

6070

2005—53

5866 Taxa de Frequência

Taxa de GravidadeTaxa de Incidência

2007141,2

1.680,6299

200640,6

592,2129,0

2005107,1

1.668,7200,0

*

* inclui trabalhadores em regime de trabalho temporário.

AdmissãoAdmissão de trabalhadores temporários e estagiáriosPeriódicosOcasionaisTotal

2005522432191

200575747551

226

Outras AcçõesRealização de Raios-X PulmonaresRealização de AudiogramasVacinação Anti-GripeColheitas de SangueRemédio Desparasitante

DoençaAssitência InadiávelMaternidade, PaternidadeAcidentes de TrabalhoOutrasTotal

20056.250270

1.8201.965

72211.027

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 34|35

• análise de potabilidade da água dos furos das instalações em Sermonde e do Ecocentro do Souto;

• avaliações internas de Higiene e Segurança, todos os meses,em vários locais de trabalho em Sermonde.

Todas as situações não conformes foram devidamente corrigidas.

Envolvimento com a ComunidadeTemos mantido uma política de abertura ao exterior, com totaltransparência, o que tem funcionado como meio de divulgaçãoda gestão dos resíduos, tendo recebido inúmeras visitas, princi-palmente de meios escolares.

No decorrer do ano, recebemos 3.389 visitantes, distribuídos peloseguinte modo:

Na área da sensibilização e educação ambiental, realizamos di-versas acções de sensibilização em escolas e empresas, e apoia-ram-se diversas instituições com material pedagógico.No âmbito da campanha “é preciso ter lata”, foram entregues3 camas articuladas a centros de saúde.Participamos no DVD “Ambiente e Energias Renováveis” e emvários artigos institucionais em jornais e revistas.

8. Situação Económica e Financeira

TarifárioA tarifa de RSU praticada no ano foi de 21,80 euros/tonelada,aprovada pelo concedente em 11 de Dezembro de 2006.A tarifa real dos RSU ficou bastante aquém, situando-se nos16,66 euros/tonelada e originando um resultado líquido de1.066.868,33 euros.Os principais responsáveis por esta favorável tarifa foram:• a recolha selectiva, beneficiando da actualização não prevista dos

valores de contrapartida;• a deposição de Resíduos Industriais Banais também não orça-

mentado, dada a interdição que vigorava no momento;• o acréscimo de produção de energia devido à antecipação de

40 dias (em relação ao previsto) no arranque de um 2.º mo-tor gerador.

A tarifa praticada na deposição por particulares, tanto de resí-duos sólidos equiparados a urbanos como de resíduos indus-triais não perigosos, foi de 43,22 euros/ton.

ProveitosVolume de NegóciosO volume de negócios em 2007 cifrou-se em 8.637.988,26 euros.A contribuição de cada actividade para este montante é demons-trada no gráfico a seguir apresentado.

2005521 alunos20052.292 alunos

2005135 alunos2005169 alunos

203 membros15 deputados

50 deputados4 representantes

Pré-escolarEnsino básicoEnsino secundárioEnsino superiorAssociaçõesDeputados de Assembleia da Junta de Freguesia de PerosinhoDeputados de Assembleias da Juntas de Freguesias de Canedo,Argoncilhe, Vila Maior e SanguedoDelegação do Bloco de Esquerda de V. N. de Gaia

RSU’s por Tarifa Municipal

RSU’s Recicláveis

Energia

Deposição por Particulares

Volume de Negócios

23%

13%

45%

19%

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O volume de negócios ultrapassou o valor orçamentado em15,22 %, sendo, como já referido, a venda de produtos reciclá-veis, a deposição de resíduos por particulares e a venda deenergia, as actividades responsáveis por este desvio, conformese pode verificar pelo gráfico a seguir apresentado.

Outros Proveitos OperacionaisComo proveitos operacionais há ainda a salientar o aluguer tem-porário de uma Unidade Osmose Inversa e subsídios recebidosincentivando a contratação de estagiários.

Proveitos FinanceirosOs proveitos financeiros originados em 2007, no valor de 579.683euros, dizem respeito a juros de mora debitados aos Municípiose juros provenientes das aplicações financeiras.

Proveitos ExtraordináriosO valor de 1.448.710 euros registado nesta rubrica, diz respeito(99%) ao reconhecimento anual dos subsídios ao investimento,recebidos e a receber, pelo Fundo de Coesão e a indemnizaçõespor sinistros de imobilizados.

2006 Orçamento 20072007

4.500.000 –

4.000.000 –

3.500.000 –

3.000.000 –

2.500.000 –

2.000.000 –

1.500.000 –

1.000.000 –

500.000 –

0 –

Volume de Negócios (€)

RSU’s por tarifa Municipal RSU’s Recicláveis Deposição por Particulares Energia

2006 Orçamento 20072007

12.000.000 –

10.000.000 –

8.000.000 –

6.000.000 –

4.000.000 –

2.000.000 –

0 –

Estrutura de Proveitos (€)

Proveitos Operacionais Proveitos Financeiros Proveitos Extraordinários Proveitos Totais

Motores geradores (Biogás)

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 36|37

CustosCustos OperacionaisOs custos operacionais atingiram o valor de 8.751.306 euros, con-tinuando a ser as Amortizações e os Fornecimentos de ServiçosExternos, as naturezas de custo com maior peso nesta estrutu-ra, como se pode verificar pelo gráfico a seguir apresentado.

O total destes custos foi superior ao orçamentado e ao de 2006em 1,1% e 18,8% respectivamente.

A rubrica maioritariamente responsável pelo aumento dos cus-tos operacionais relativamente a 2006, foi a de amortizações.O critério utilizado no cálculo das amortizações é o constante de Directriz Contabilística n.º 4, tendo grande influência as osci-

lações do investimento previsto a efectuar até ao final da Con-cessão. Em 2007 foi efectuada uma actualização quanto à pre-visão dos investimentos futuros, tendo como consequência apresente variação no custo das amortizações.

2006 Orçamento 20072007

9.000.000 –

8.000.000 –

7.000.000 –

6.000.000 –

5.000.000 –

4.000.000 –

3.000.000 –

2.000.000 –

1.000.000 –

0 –

Custos Operacionais (€)

C.M.V.M.C. F.S.E Custos como Pessoal

Amortizações Impostos Outros CustosOperacionais

TotalProvisões

2%

Custos Operacionais

54%

3%0%

0%

Amortizações

Impostos

Provisões

C.M.V.M.C.

Outros Custos Operacionais

F.S.E.

Custos com o Pessoal

22%

19%

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Os desvios percentuais verificados face aos valores orçamenta-dos são quantificados da seguinte forma:• CMVMC (2,55%)• FSE 4,44%• Custos com Pessoal 5,09%• Amortizações (1,21%)• Impostos 3,76%

Custos FinanceirosA totalidade dos custos financeiros foi de 453.707 euros, relati-vos a juros e custos com serviços bancários.

Custos ExtraordináriosOs custos extraordinários no valor de 155.561 euros dizem res-peito basicamente a sinistros e donativos.

ResultadosA estrutura do resultado antes de impostos pode ser vista daseguinte forma:

No entanto, caso consideremos o reconhecimento dos subsí-dios do investimento do Fundo de Coesão da mesma forma queas amortizações, ou seja como operacionais, então a estruturado resultado será:

10.000.000 –

9.000.000 –

8.000.000 –

7.000.000 –

6.000.000 –

5.000.000 –

4.000.000 –

3.000.000 –

2.000.000 –

1.000.000 –

0 –

2006 Orçamento 2007

Estrutura de Custos (€)

Custos Operacionais Custos Financeiros Custos Extraordinários Custos Totais s/ IRC

2007

ResultadosOperacionais

27.500

ResultadosFinanceiros

126.000

ResultadosExtraordinários

1.300.000

Resultados (€)

Resultadosantes impostos

1.450.000

ResultadosOperacionais

1.460.000

ResultadosFinanceiros

126.000

ResultadosExtraordinários

-143.000

Resultados (€)

Resultadosantes impostos

1.450.000

Lagoa da estação de tratamento de lixiviados.

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 38|39

O resultado líquido em 2007 foi de 1.066.868 euros superan-do qualquer expectativa aquando da realização do orçamentopara este ano.

Situação PatrimonialActivoO imobilizado corpóreo, tal como seria de esperar, é a rubricacom maior peso na estrutura do Activo.Seguidamente temos as dívidas de terceiros, que continuam aser uma preocupação constante, dado o incumprimento dosprazos de pagamento principalmente do Município com maiorpeso de negócio.A dívida de clientes aumentou 45,5%.

O imobilizado financeiro, também com um peso relevante noactivo (12%), diz respeito a aplicações financeiras que constituemdois fundos, dando-se cumprimento ao estabelecido nas cláu-sulas 12.ª e 17.ª do Contrato de Concessão, fundo de renovaçãoe fundo de reconstituição de Capital Social respectivamente.

Em 31 de Dezembro os fundos atingiram os seguintes valores:Renovação 2.937.028 eurosReconstituição Capital 1.227.549 eurosTotal 4.164.577 euros

Investimento e DesinvestimentoO valor do investimento em 2007 totalizou 2.304.114 euros,repartido do seguinte modo:

Este investimento, tal como já referido, ficou bastante aquémdo orçamentado.O desinvestimento efectuado em 2007 totalizou 476.294 euros,dos quais 432.233,31 euros dizendo respeito à alienação de 3viaturas pesadas.Com este investimento/desinvestimento a Suldouro atinge em31.12.2007 um valor global de imobilizado bruto de 33.129.062euros e líquido de 22.382.983 euros.O imobilizado corpóreo e incorpóreo está repartido nas diver-sas actividades da Empresa conforme se demonstra no gráfico.

Fontes de FinanciamentoNão podemos deixar de referir que os subsídios oriundos doFundo de Coesão são responsáveis por 34% do financiamentode todo o nosso activo.A ganhar peso (31%) no financiamento do mesmo estão tam-bém as quotizações já efectuadas por conta do investimentofuturo, como consequência da aplicação da Directriz Contabi-lística n.º 4 já anteriormente referida.Por outro lado, as dívidas a terceiros estão dependentes dasdívidas de terceiros. Sem o esforço por parte dos Municípios

Imobilizado CorpóreoEdificios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteEquipamento administrativo

Imobilizado IncorpóreoEm curso

Imobilizado Financeiro

euros91.036

1.151.003649.34340.769

118.964

252.998

2%

Activo

27%

Dividas de terceiros

Disponibilidades

Outros valores activos

Imobilizado Corpóreo

Imobilizado Incorpóreo

Imobilizado Financeiro

52%12%

6%

1%

Imobilizado por Actividade

17%

45%12%

5%6%

8%7%

Deposição

Biogás

Etar

Ecopontos/Ecocentros

Triagem

Transportes

Estrutura

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no cumprimento dos prazos de pagamento, as dívidas a terceirosaumentarão e serão um forte peso no financiamento da Empresa,que aliás já não é pequeno.

Remuneração de CapitaisEm 2007 foram distribuídos 213.736,64 euros de dividendosrelativos a 2006.A remuneração correspondente ao ano de 2007 foi de 253.351,53euros, sendo a que se encontra em dívida em 31 de Dezembrode 2007.

9. Perspectivas para o Futuro

Não tendo sido 2007 o ano de arranque do novo ciclo da Sul-douro, esperamos que tal venha a acontecer em 2008, com arealização dos grandes investimentos que permitirão cumprir aMissão da Suldouro para os restantes anos da Concessão.É necessário ter contudo presente que, atendendo aos objec-tivos fixados, e ao encurtamento dos prazos para a sua imple-mentação, resultante dos deslizamentos já referidos, há quecontar com grandes dificuldades.

10. Considerações Finais

A Suldouro concluiu mais um ano da sua actividade com notapositiva, tendo passado por grandes dificuldades com as diligênciasefectuadas no âmbito do Sistema de Gestão Integrado (SGI), emsimultâneo com a implementação do Sistema de Informação SAP.

Confirmou no ano a sua decisão de corresponder ao aumentoda recolha selectiva multimaterial optando pela subcontratação,em alternativa ao recurso em investimento de meios humanose materiais, e em consequência, a organização cada vez maiscomplexa.

A Suldouro consciente da importância do seu contributo parao desenvolvimento da região em que se insere, continuará aenvidar todos os esforços nesse sentido, contando com o apoiodos Clientes, Accionistas, Entidades Financiadoras, Regulador,Fornecedores e Comunidade local, e obviamente com os seuscolaboradores.

11.Anexo ao Relatório

Lista a que se refere o n.º 5 do Art.º 447.º do Código das So-ciedades ComerciaisNada a referir.

Lista a que se refere o n.º 4 do Art.º 448.º do Código das So-ciedades ComerciaisAccionistas:Empresa Geral do Fomento, S.A. 60%Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia 25%Câmara Municipal de Santa Maria da Feira 15%

12.Proposta de Aplicação de Resultados

Para o resultado líquido do exercício no valor de €1.066.868,33(um milhão sessenta e seis mil oitocentos e sessenta e oitoeuros e trinta e três cêntimos), propõe-se a seguinte aplicação:

Reserva Legal:€ 53.343,42 (cinquenta e três mil trezentos e quarenta e trêseuros e quarenta e dois cêntimos).

Dividendos:€ 253.351,53 (duzentos e cinquenta e três mil trezentos e cin-quenta e um euros e cinquenta e três cêntimos).

Reservas Livres:€ 760.173,38 (setecentos e sessenta mil cento e setenta e trêseuros e trinta e oito cêntimos).

Em cumprimento das disposições legais vigentes, informa-seque não se encontram em mora quaisquer dívidas ao SectorPúblico Estatal e que a Sociedade não possui acções próprias.

Fontes de Financiamento

34%

16%

31%

19%

Subsídios do Fundo de Coesão

Por Dividas a Terceiros

Outras Fontes

Capitais Próprios

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A finalizar o presente Relatório, o Conselho de Administraçãodeseja expressar o seu reconhecimento:• Ao Ministério do Ambiente do Ordenamento do Território

e do Desenvolvimento Regional, à Comissão de Coordena-ção e Desenvolvimento Regional do Norte, à Agência Por-tuguesa do Ambiente e ao Instituto Regulador de Águas e Resíduos, pela colaboração prestada.

• Aos Accionistas pelo apoio e confiança no desempenho da actividade do Conselho.

• Ao ROC pelo empenho e disponibilidade com que sempre tem acompanhado a actividade da Empresa.

• Ao Auditor Independente pela colaboração e disponibilidade demonstradas.

• Aos membros da Comissão de Acompanhamento pelo inte-resse com que tem acompanhado as actividades da empresae pelos contributos dados no âmbito das suas funções.

• A todos os colaboradores e quadros da empresa, pela dedi-cação e empenho sempre demonstrados.

Vila Nova de Gaia, 25 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Administração

SulDouro | Relatório e Contas | 2007 40|41

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Contas do Exercício

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Balanço em 31 de Dezembro de 2007

Activo Bruto2007

Amort./Ajust. Activo Líquido2006

Activo LíquidoACTIVO (valores em euros):IMOBILIZADOImobilizações IncorpóreasDespesas de instalaçãoDespesas de investigação e desenvolvimentoPropriedade industrial e outros direitosTrespassesImobilizações em cursoAdiant. por conta de imobilizações incorpóreas

Imobilizações CorpóreasTerrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoTaras e vasilhameOutras imobilizações corpóreasImobilizações em cursoAdiant. por conta de imobilizações corpóreas

Investimentos FinanceirosPartes de capital em empresas do grupoEmpréstimos a empresas do grupoPartes de capital em empresas associadasEmpréstimos a empresas associadasTítulos e outras aplicações financeirasOutros empréstimos concedidosImobilizações em cursoAdiant. por conta de investimentos financeiros

CIRCULANTEExistênciasMatérias primas subsidiárias e de consumoProdutos e trabalhos em cursoSubprodutos, desperdícios, resíduos e refugosProdutos acabados e intermédiosMercadoriasAdiantamentos por conta de compras

Dívidas de terceiros – médio e longo prazoDívidas de terceiros – curto prazoClientes c/cClientes – Títulos a receberClientes de cobrança duvidosaEmpresas do grupoEmpresas participadas e participantesOutros accionistas (sócios)Adiantamentos a fornecedoresAdiantamentos a fornecedores de imobilizadoEstado e outros entes públicosOutros devedoresSubscritores de capital

Títulos negociáveisAcções em empresas do grupoObrigações e tít. de particip. em emp. do grupoAcções em empresas associadasObrigações e tít. de particip. em emp. associadasOutros títulos negociáveisOutras aplicações de tesouraria

Depósitos bancários e caixaDepósitos bancáriosCaixa

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de proveitosCustos diferidos

Total de amortizaçõesTotal de ajustamentosTotal do activo

207.648,67

228.455,69

436.104,36

6.329.808,3713.547.773,197.132.340,901.141.524,52

38.127,89338.805,00

28.528.379,87

4.164.577,38

4.164.577,38

6.966,28

42.493,27

49.459,55

8.803.403,73

8.854,10

80.285,0052.867,40

8.945.410,23

551,929,701.000,00

552.929,70

1.015.336,00888.883,81

1.904.219,81

44.581.080,90

(176.977,34)

(176.977,34)

(2.491.591,61)(5.392.907,17)(2.344.402,26)

(207.581,10)(18.642,89)

(113.976,48)

(10.569.101,51)

(8.479,46)

(8.479,46)

(10.746.078,85)(8.479,46)

(10.754.558,31)

30.671,33

228.455,69

259.127,02

3.838.216,768.154.866,024.787.938,64

933.943,4219.485,00

224.828,52

17.959.278,36

4.164.577,38

4.164.577,38

6.966,28

42.493,27

49.459,55

8.803.403,73

374,64

80.285,0052.867,40

8.936.930,77

551,929,701.000,00

552.929,70

1.015.336,00888.883,81

1.904.219,81

33.826.522,59

32.857,11

109.491,62

142.348,73

4.112.375,118.619.688,394.008.869,72

533.698,3720.875,15

200.081,70

26.629,46

17.522.217,90

3.911.578,91

3.911.578,91

15.303,84

61.404,69

76.708,53

6.046.752,92

80.759,6025.805,62

6.153.318,14

34.557,831.000,00

35.557,83

658.234,81887.876,27

1.546.111,08

29.387.841,12

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CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO (valores em euros):CAPITAL PRÓPRIOCapitalAcções (Quotas) próprias – Valor nominalAcções (Quotas) próprias – Descontos e prémiosPrestações suplementaresPrémios de emissão de acções (quotas)Ajust. de partes de capital em filiais e associadasReservas de reavaliação

ReservasReservas legaisReservas estatutáriasReservas contratuaisOutras reservas

Resultados transitadosSubtotal

Resultado líquido do exercícioDividendos antecipadosTotal do Capital Próprio

PASSIVOProvisõesProvisões para pensõesProvisões para impostosOutras provisões

Dívidas a terceiros – Médio e longo prazoDívidas a instituições de créditoOutros empréstimos obtidosFornecedores de imobilizado c/c

Dívidas a terceiros – Curto prazo

Empréstimos por obrigações

ConvertíveisNão convertíveis

Empréstimos por títulos de participaçãoDívidas a instituições de créditoAdiantamentos por conta de vendasFornecedores, c/cFornecedores – Facturas em recep. e conferênciaFornecedores – Títulos a pagarFornecedores de imobilizado — Títulos a pagarEmpresas do grupoEmpresas participadas e participantesOutros accionistas (sócios)Adiantamentos de clientesOutros empréstimos obtidosFornecedores de imobilizado, c/cEstado e outros entes públicosOutros credores

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de custosProveitos diferidos

Total do passivoTotal do capital próprio e passivo

Balanço em 31 de Dezembro de 20072007 2006

3.400.000,00

123.665,23

718.313,47

4.241.978,70

1.066.868,33

5.308.847,03

1.262.473,171.262.473,17

3.662.770,97

408.190,61

352.499,41421.808,33248.183,89

5.093.453,21

10.609.533,3211.552.215,86

22.161.749,18

28.517.675,5633.826.522,59

3.400.000,00

109.632,77

665.433,40

4.175.066,17

280.649,17

4.455.715,34

4.435.202,21

288.938,48

247.181,1334.560,76

155.658,535.161.541,11

7.137.690,6312.632.894,04

19.770.584,67

24.932.125,7829.387.841,12

O Conselho de AdministraçãoNuno da Lança Falcão Delgado Pinto

José Loureiro CamposAna Maria Milagre Martins Mendonça dos Santos

César Fernando Couto OliveiraJosé Fernando Moreira

O Técnico de ContasMaria Emília Pedrosa Meneses

A Directora Administrativa e FinanceiraMaria das Dores Paiva da Rocha Mâncio

SulDouro | Relatório e Contas | 2007 44|45Demonstração Financeira

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Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2007

CUSTOS E PERDAS (valores em euros):Custos mercadorias vend. e das mat. consumidas:MercadoriasMatériasFornecimento e serviços externosCustos com o pessoal:RemuneraçõesEncargos sociais:PensõesOutrosAmortizaçõesAjustamentosProvisõesImpostosOutros custos e perdas operacionais(A)Perdas em empresas do grupoAmort. e provis. de aplic. e inv. financeirosJuros e custos similares:Relativos a empresas do grupoOutros(C)Custos e perdas extraordinárias(E)Imposto sobre o rendimento do exercício(G)Resultado líquido do exercício

PROVEITOS E GANHOSVendasMercadoriasProdutosPrestações de serviçosVariação da produçãoTrabalhos para a própria empresaProveitos suplementaresSubsídios à exploraçãoOutros proveitos e ganhos operacionaisReversões de amortizações e ajustamentos(B)Ganhos em empresas do grupo e associadasRendimentos de participações de capitalRend. de tit. negoc. e de outras aplica. financeiras:Relativos a empresas do grupoOutrosOutros juros e proveitos similares:Relativos a empresas do grupoOutros(D)Proveitos e ganhos extraordinários(F)

ResumoResultados operacionais: (B)-(A)Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)Resultados correntes: (D)-(C)Resultados antes do imposto: (F)-(E)Resultado líquido do exercício: (F)-(G)

2007

292.495,88

1.247.542,21

402.682,894.723.623,74

177,440,00

139.284,480,00

453.707,30

3.658.833,954.979.154,31

152.204,706.516,77

0,001.221,53

169.456,61

410.226,46

292.495,881.945.499,16

1.650.225,10

4.723.801,18

139.284,488.751.305,80

453.707,309.205.013,10

155.560,899.360.573,99

379.970,219.740.544,20

1.066.868,33

10.807.412,53

8.637.988,26-18.911,42

159.943,008.779.019,84

579.683,079.358.702,91

1.448.709,6210.807.412,53

27.714,04125.975,77153.689,81

1.446.838,541.066.868,33

2006

281.469,69

1.013.577,83

495.730,923.673.958,61

1.375,510,00

124.723,017.740,64

288.434,61

2.428.114,023.823.502,98

151.200,003.935,66

33.022,99228,44

81.415,09

317.277,90

281.469,691.763.593,19

1.509.308,75

3.675.334,12

132.463,657.362.169,40

288.434,617.650.604,01

52.535,607.703.139,61

116.918,277.820.057,88

280.649,17

8.100.707,05

6.251.617,0039.411,95

188.387,096.479.416,04

398.692,996.878.109,03

1.222.598,028.100.707,05

(882.753,36)110.258,38)

(772.494,98)397.567,44)280.649,17)

O Conselho de AdministraçãoNuno da Lança Falcão Delgado Pinto

José Loureiro CamposAna Maria Milagre Martins Mendonça dos Santos

César Fernando Couto OliveiraJosé Fernando Moreira

O Técnico de ContasMaria Emília Pedrosa Meneses

A Directora Administrativa e FinanceiraMaria das Dores Paiva da Rocha Mâncio

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 46|47Demonstração Financeira

Demonstração dos Resultados por Funçõesem 31 de Dezembro de 2007

2007

8.637.988,26)(7.818.599,98)819.388,28)

1.608.652,62)(72.498,45)

(879.118,82)(155.560,89)

1.320.862,74)

125.975,80)

1.446.838,54)

(379.970,21)

1.066.868,33)

1.066.868,33)

1,57)

2006

6.251.617,00)(6.538.324,96)(286.707,96)

1.410.985,11)(69.262,03)

(729.172,36)(38.543,70)

287.299,06)

110.268,38)

397.567,44)

(116.918,27)

280.649,17)

280.649,17)

0,41)

+---±

-±±±

-

±

±-

±

±

(valores em euros):

Vendas e prestações de serviçosCusto das vendas e das prestações de serviçosResultados brutos

Outros proveitos e ganhos operacionaisCustos de distribuiçãoCustos administrativosOutros custos e perdas operacionaisResultados operacionais

Custo líquido de financiamentoGanhos (perdas) em filiais e associadasGanhos (perdas) em outros investimentosResultados correntes

Impostos sobre os resultados correntes

Resultados correntes após impostos

Resultados extraordináriosImpostos sobre os resultados extraordinários

Resultados líquidos

Resultados por acção

O Conselho de AdministraçãoNuno da Lança Falcão Delgado Pinto

José Loureiro CamposAna Maria Milagre Martins Mendonça dos Santos

César Fernando Couto OliveiraJosé Fernando Moreira

O Técnico de ContasMaria Emília Pedrosa Meneses

A Directora Administrativa e FinanceiraMaria das Dores Paiva da Rocha Mâncio

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Demonstração dos Fluxos de Caixaem 31 de Dezembro de 2007

(valores em euros):ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientesPagamentos a fornecedoresPagamentos ao pessoalFluxo gerado pelas operaçõesPagamento | Recebimento de imposto sobre o rendimentoOutros recebimentos | pag. relativos à actividade operacionalFluxo gerado antes das rubricas extraordináriasRecebimentos relacionados com rubricas extraordináriasPagamentos relacionados com rubricas extraordináriasFluxo das actividades operacionais (1)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:Investimentos financeirosImobilizações corpóreasImobilizações incorpóreasSubsídios de investimentoJuros e proveitos similaresDividendos... ... ...

Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeirosImobilizações corpóreasImobilizações incorpóreasImobilizado em curso... ... ...Fluxo das actividades de investimento (2)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:Empréstimos obtidosAum. de capital, prestações supl. e prémios de emissãoSubsídios e doaçõesVenda de acções (quotas) própriasCobertura de prejuízosMobilização de aplicações de tesouraria... ... ...

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidosAmortizações de contratos de locação financeiraJuros e custos similaresDividendosReduções de capital e prestações suplementaresAquisição de acções (quotas) própriasAplicações de tesourariaOutros... ... ...Fluxo das actividades de financiamento (3)

Variações de caixa e seus equivalentes: (4)=(1)+(2)+(3)

Efeitos das diferenças de câmbio

Caixa e seus equivalentes no início do período

Caixa e seus equivalentes no fim do período

2007

7.487.811,22)2.852.247,93)1.507.537,01)

3.128.026,28)29.782,61)

(563.955,58)2.593.853,31)

8.759,52)1.404,95)

3,49)79.860,00)

270,20)

118.536,57)211.679,77)

152.025,20)

1.676.983,42)

5.021,95)

2.449.414,66)301.334,51)399.227,72)213.756,64)

2.601.207,88)

80.133,69)

482.241,54)(402.107,85)

1.682.005,37)

3.363.733,53)(1.681.728,16)

517.371,87)

35.557,83)

552.929,70)

2006

4.419.734,47)2.885.754,55)

871.564,20)662.415,72)(228.136,91)(570.370,60)

(136.091,79)20.255,40)28.265,33)

5.500,00)

277.754,37)65,38)

521.742,60)287.192,52)

144.887,38)

2.262.414,66)

980.000,00)

332.016,05)163.348,25)

(144.101,72)

283.319,75)

953.822,50)(670.502,75)

2.262.414,66)

1.475.364,30)787.050,36)

(27.554,11)

63.111,94)

35.557,83)

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 48|49Demonstração Financeira

Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes, reconciliando os montantes evidenciados na demonstração dosfluxos de caixa com as rubricas do balanço:

Divulgação de informações respeitantes a actividades financeiras não monetárias, designadamente, as relativas a:

A Empresa tem contas caucionadas na Caixa Geral de Depósitos e no Millennium BCP, tendo como limite de crédito € 6.733.771,61e € 1.500.000,00 respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2007, o montante utilizado era de € 2.475.787,55 na Caixa Geral de Depósitos e € 1.186.983,42 noMillennium BCP.

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa

NumerárioDepósitos bancários imediatamente mobilizáveisEquivalentes a caixaCaixa e seus equivalentesOutras disponibilidadesDisponibilidades constantes do balanço

20071.000,00

551.929,70

552.929,70

552.929,70

20061.000,00

34.557,83

35.557,83—

35.557,83

O Técnico de ContasMaria Emília Pedrosa Meneses

A Directora Administrativa e FinanceiraMaria das Dores Paiva da Rocha Mâncio

O Conselho de AdministraçãoNuno da Lança Falcão Delgado Pinto

José Loureiro CamposAna Maria Milagre Martins Mendonça dos Santos

César Fernando Couto OliveiraJosé Fernando Moreira

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 50|51Notas Individuais

Nota Introdutória

A SULDOURO — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A., é uma Sociedade Anónima, constituída peloDecreto-Lei n.º 89/96 de 3 de Julho, e tem como actividade principal a recolha selectiva, triagem, tratamento e valorização de resí-duos sólidos urbanos, produzidos nos Concelhos de Vila Nova de Gaia e de St.ª Maria da Feira.

Para a concretização do seu objecto social foi atribuída uma concessão à Sociedade pelo Estado Português, em regime de exclu-sividade, por um prazo de 25 anos (termo a 30/7/2021), na qual são estabelecidas as regras da exploração e gestão do sistemamultimunicipal de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Sul do Douro.O contrato de concessão estabelece os critérios de fixação e aprovação das tarifas a praticar pela Sociedade em cada ano, demodo a garantir um adequado equilíbrio financeiro da concessão, obedecendo aos seguintes critérios:I) assegurar, dentro do período da concessão, a amortização do montante efectivo do investimento inicial a cargo da concessioná-

ria, deduzido das comparticipações e subsídios a fundo perdido;II) assegurar o bom funcionamento, conservação e segurança de todos os bens afectos à concessão, bem como a substituição pre-

vista desses bens;III) atender ao nível de custos necessários para uma gestão eficiente do sistema e à existência de receitas não provenientes da tarifa;IV) assegurar o pagamento dos encargos de funcionamento da Entidade Reguladora a suportar pela concessionária, bem como

assegurar uma adequada remuneração dos capitais próprios da concessionária.

As notas que se seguem estão apresentadas em euros e respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade.As notas que não estão incluídas neste anexo, não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação é irrelevante.

3. Critérios valorimétricos utilizados relativamente às várias rubricas do balanço e dademonstração de resultados, bem como métodos de cálculo respeitantes aos ajustamentos de valor, designadamente amortizações e provisões.

a) Imobilizações IncorpóreasAs imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas de instalação.São amortizadas durante o período da concessão.

b) Imobilizações CorpóreasSão imobilizados, pelo seu custo ou justo valor, os activos com valor útil económico futuro superior a um ano.Os bens, afectos à concessão, são amortizados durante o período da concessão pelo método das quotas constantes.A manutenção e reparação destes imobilizados são da responsabilidade da empresa durante o período de vida do contrato deconcessão, sendo os seus custos contabilizados no exercício em que ocorrem.

c) Investimentos FinanceirosFundo de Reconstituição do CapitalNos termos da clausula 17.ª do contrato de concessão, a concessionária fica obrigada a depositar em cada ano, numa instituiçãofinanceira, o montante correspondente à anuidade de amortização do capital social para criação de um fundo de reconstituiçãodo capital.Assim, encontra-se contabilizado na rubrica «Outras aplicações financeiras» a aplicação criada para o efeito.

Fundo de Renovação dos EquipamentosNos termos da cláusula 12.ª do contrato de concessão, deverá a empresa, após o início de exploração do Sistema, proceder à cria-ção de um fundo de renovação para acorrer aos encargos necessários com a realização do investimento de substituição de bensdepreciados por uso ou obsolescência técnica.Esta obrigação encontra-se registada na rubrica «Outras aplicações financeiras».

d) ExistênciasAs existências são valorizadas ao menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado.Com vista à uniformização de critérios do grupo Águas de Portugal, este ano foi alterado o critério relativo à valorização da movi-mentação das saídas de existências utilizado até então (FIFO).

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados

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O critério adoptado este ano foi do custo médio. Este custo é variável durante o ano, sendo considerado “móvel”, pois vai alte-rando conforme os valores de entrada.O efeito resultante desta alteração é irrelevante, dada a reduzida quantidade de stock final de existências.Os produtos acabados estão registados pelo valor de realização.

e) Acréscimos e DiferimentosA empresa regista os seus custos e proveitos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual são reconhe-cidos à medida em que são gerados, independentemente do momento em que são pagos ou recebidos e da existência ou nãode documentação vinculativa.Na rubrica «custos diferidos», estão incluídas despesas relativas à fase pré-operacional da empresa e campanhas de sensibilizaçãoa reconhecer durante o período da concessão.

Em «acréscimo de custos», além de especializados os custos gerados no exercício ainda sem documentação vinculativa, encon-tram-se as quotizações relativas ao investimento a realizar no futuro.Tal como nos seis anos anteriores, em obediência a normas emanadas pela empresa consolidante (Águas de Portugal, S.A.), aSuldouro adopta nas suas contas a Directriz Contabilística n.º 4 — Contabilização de Obrigações Contratuais de EmpresasConcessionárias (DC4 ).O custo implícito no valor das amortizações do exercício respeita a Directriz Contabilística n.º 4, sendo portanto o custo total dasamortizações, o custo das amortizações do exercício relativas ao investimento patrimoniado, juntamente com o custo das quoti-zações relativas ao investimento futuro previsto (contabilizado por contrapartida de «acréscimo de custos»).O custo da quotização do investimento futuro previsto, foi calculado linearmente, por forma a que o seu valor seja constante aolongo dos anos restantes da Concessão (caso o investimento previsto não se altere).

À semelhança das amortizações, temos o reconhecimento dos proveitos relativos aos subsídios provenientes do Fundo de Coesão.O cálculo do valor a reconhecer anualmente, segue sempre o mesmo critério do cálculo do valor das amortizações.Assim, em «acréscimo de proveitos», além de especializados os proveitos gerados no exercício ainda sem documentação vincula-tiva, encontram-se também as quotizações relativas ao reconhecimento do proveito referente a um subsídio (já aprovado), a rece-ber futuramente pelo Fundo de Coesão incidente sobre investimento a realizar.

O subsídio proveniente do Fundo de Coesão (II Quadro Comunitário de Apoio) destinado a financiar investimento realizado, éregistado na rubrica «proveitos diferidos». O montante deste subsídio reconhecido anualmente como proveito é calculado combase nas amortizações dos bens subsidiados, ou seja, quotas constantes ao longo da concessão.Foram os seguintes os movimentos nesta rubrica relativamente aos subsídios:

Saldo inicial € 12.632.894,04Rec. proveito (rel.a inv.realiz.) € 01.080.678,18Saldo final € 11.552.215,86

f) Dívidas de TerceirosAs dívidas de terceiros, designadamente de clientes, estão registadas pelo seu valor esperado de realização. Para as consideradasduvidosas, foi feito um ajustamento adequado.

6. Indicação das situações que afectam significativamente os impostos futuros.

A sociedade encontra-se sujeita ao regime geral de tributação em sede de imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, àtaxa normal de 25% que pode ser incrementada até um máximo de 1,5% do lucro tributável pela Derrama, por força da aplica-ção da Lei n.º 2/2007.Os impostos correntes e diferidos são contabilizados no período a que respeitam, independentemente do seu pagamento ou rece-bimento, de acordo com a Directriz Contabilistica n.º 28 e Norma Internacional de Contabilidade n.º12.De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscaisdurante um período de quatro anos, e de dez para a Segurança Social, pelo que as declarações relativas aos anos de 2004 a 2007,poderão estar sujeitas a revisões fiscais.

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 52|53Notas Individuais

É convicção do Conselho de Administração que eventuais correcções resultantes de inspecções fiscais àquelas declarações deimpostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31/12/2007.

7. Número médio de pessoas ao serviço da empresa, no exercício, repartido por empregados e assalariados.

O número médio de pessoas ao serviço da empresa, durante o exercício, foi 74 (excluídos os orgãos sociais).

10. Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado constantes do balanço enas respectivas amortizações e ajustamentos.

Activo Bruto

Amortizações

Nota: Os reforços aqui descritos, não totalizam o valor registado em «amortizações e ajustamentos do exercício», pois esta contatambém inclui os ajustamentos efectuados a dívidas de terceiros (€ 177,44) e a quota parte (€ 3.438.687,8) dos custos estimadosaté ao final do contrato de concessão.

Imobilizações IncorpóreasDespesas de instalaçãoImobilizado em cursoTotal

Saldo Inicial207.648,67109.491,62317.140,29

Saldo Final207.648,67228.455,69436.104,36

Reaval./Reaj.———

Aumentos—

118.964,07118.964,07

Alienações———

Transf./Abat.———

Imobilizações CorpóreasTerrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoImobilizado em cursoAdiant. por conta im. Cor.Total

Saldo Inicial6.329.808,37

13.430.107,286.025.398,17

924.415,3138.127,89

298.035,7826.629,46

—27.072.522,26

Saldo Final6.329.808,37

13.547.773,197.132.340,901.141.524,52

38.127,89338.805,00

——

28.528.379,87

Reaval./Reaj.—————————

Aumentos—

91.036,451.151.003,38

649.342,52—

40.769,22——

1.932.151,57

Alienações———

-432.233,31————

-432.233,31

Transf./Abat.—

26.629,46-44.060,65

———

-26.629,46—

-44.060,65

Investimentos FinanceirosTitulos e o. aplic. financeirasTotal

Saldo Inicial3.911.578,913.911.578,91

Saldo Final4.164.577,384.164.577,38

Reaval./Reaj.——

Aumentos252.998,47252.998,47

Alienações——

Transf./Abat.——

Imobilizações IncorpóreasDespesas de instalaçãoTotal

Saldo Inicial174.791,56174.791,56

Saldo Final176.977,34176.977,34

Reforço2.185,782.185,78

Regularizações——

Alien./Abates——

Imobilizações CorpóreasTerrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoTotal

Saldo Inicial2.217.433,264.810.418,892.016.528,45

390.716,9417.252,7497.954,08

9.550.304,36

Saldo Final2.491.591,615.392.907,172.344.402,26

207.581,1018.642,89

113.976,4810.569.101,51

Reforço274.158,35582.488,28341.983,9366.707,051.390,15

16.022,401.282.750,16

Regularizações——————

0,00

Alien./Abates——

-14.110,12-249.842,89

——

-263.953,01

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14. Com relação às imobilizações corpóreas e em curso:

Indicação do valor global para cada uma das contas de:

Imobilizações implantadas em propriedade alheia (valor bruto)

Edifícios e outras construções: € 4.080.305,62.

Imobilizações ReversíveisSegundo a Cláusula 10.ª do Contrato de Concessão (Aditamento de 15 de Julho de 2003), entre o Estado Português e a Suldouro,e no termo deste, os bens afectos à concessão, transferem-se livres de quaisquer ónus ou encargos, sem qualquer indemnização,para uma associação de municípios representativa dos municípios utilizadores do sistema, ou, em alternativa, para o conjunto des-ses municípios utilizadores, mediante o exercício do respectivo direito de opção e o pagamento de uma indemnização .Caso não se exerça o direito de opção, ou o pagamento da indemnização prevista, os bens reverterão para o Estado.

15. Indicação dos bens utilizados em regime de locação financeira, com menção dos respectivos valores contabilisticos

Este ano foram celebrados três contratos de locação financeira a somar a um efectuado no ano anterior.O resumo da informação relativa aos 4 contratos com duração de 5 anos cada, descreve-se nos seguintes quadros:

16. Firma e sede das empresas do grupo e das empresas associadas com indicação da fracção de capital detida bem como dos capitais próprios e do resultado do último exercício.

A Empresa está incluída na consolidação de contas do AdP — Aguas de Portugal, S.A., com Sede na Rua Visconde de Seabra, 31700 – 421 LISBOA.

18. Discriminação da conta 41.5.4 «Fundos» e indicação das respectivas afectações

Para cumprimento do estabelecido no contrato de concessão, encontram-se criados dois fundos: um para reconstituição do capitalsocial e outro para investimentos de substituição (renovação) nos montantes respectivamente de € 1.227.549,26 e € 2.937.028,12.

Bens incluídos nos saldos dasrespectivas contas423 — Compactador CAT 816 F423 — Motor Gerador de Energia424 — 3 Viaturas Pesadas424 — 2 Viaturas PesadasTotal

Activo Bruto230.300,00854.500,00408.560,00240.782,52

1.734.142,52

Amortizações acumuladas28.787,5056.966,6727.237,3416.052,16

129.043,67

Activo Liquido201.512,50797.533,33381.322,66224.730,36

1.605.098,85

Imobilizações CorpóreasCompactador CAT 816 FMotor Gerador de Energia3 Viaturas Pesadas2 Viaturas PesadasTotal

Capital45.417,2891.037,6219.428,124.393,29

160.276,31

Juros9.076,81

17.911,243.016,41

Rendas já pagas relativas a:Capital em divida

184.882,72763.462,38389.131,88236.389,23

1.573.866,21

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 54|55Notas Individuais

Foram os seguintes os movimentos registados nos respectivos fundos:

21. Movimentos ocorridos nas rubricas do activo circulante:

23.Valor global das dívidas de cobrança duvidosa incluídas em cada uma das rubricas de dívidas de terceiros constantes do balanço.

As únicas dívidas existentes de cobrança duvidosa são de clientes e no valor de € 8.854,10.

32. Descrição das responsabilidades da empresa por garantias prestadas desdobrando-asde acordo com a natureza destas e mencionando expressamente as garantias reais.

I. Garantia Bancária n.º 073/96/00009, sobre o BANIF, no valor de 249.400,00 Euros, a favor do Ministério do Ambiente, do Ordena-mento do Território e do Desenvolvimento Regional, para cumprimento dos deveres contratuais emergentes da Concessão.

II. Garantia Bancária n.º 04/271/18948, sobre o B.P.I., no valor de 525,00 Euros, a favor da EDP-Distribuição Energia, S.A., para asse-gurar o fornecimento de energia às instalações da SULDOURO, na Rua Conde Barão, freguesia de Sermonde, concelho de Vila Nova de Gaia.

36. Número de acções de cada categoria em que se divide o capital da empresa e seu valor nominal.

O capital social é representado por 680 000 acções da classe A, com valor nominal de € 5 cada acção.

37. Participação no capital subscrito de cada uma das pessoas colectivas que nele detenham pelo menos 20%.

Empresa Geral do Fomento, S.A.: 60%;Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia: 25%

AjustamentosDividas de terceirosClientes de cobrança duvidosaTotal

Anulação/Reversão—

-1.221,53-1.221,53

Saldo Final—

8.479,468.479,46

Saldo Inicial—

9.523,559.523,55

Reforço—

177,44177,44

MovimentosSaldo InicialReforçoUtilizaçãoSaldo Final

Rec. Capital1.072.374,27

155.174,99—

1.227.549,26

Renovação2.839.204,64

97.823,48—

2.937.028,12

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40. Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de capitais próprios, constantes do balanço, para além das referidas anteriormente.

41. Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas.

O consumo de matérias diz respeito ao gasóleo utilizado pelas viaturas da Empresa, à fita utilizada para acondicionar os fardos deproduto acabado — Papel/Cartão e ao arame para acondicionar os restantes fardos de produtos acabados.

42. Demonstração da variação da produção, como segue:

43. Indicação, global para cada um dos órgãos das remunerações atribuídas aos membrosdos órgãos sociais que estejam relacionadas com o exercício das respectivas funções.

Conselho de Administração: € 174.163,45Mesa da Assembleia Geral: € 0,00Fiscal Único: € 11.674,08

44. Repartição do valor líquido das vendas e das prestações de serviços por actividades.

Conta51 Capital571 Reservas legais574 Reservas livres59 Resultados transitados88 Resultado líquido do exercício

Total

Saldo Inicial3.400.000,00

109.632,77665.433,40

—280.649,17

4.455.715,34

Aumentos—

14.032,4652.880,07

—1.066.868,331.133.780,86

Saldo Final3.400.000,00

123.665,23718.313,47

—1.066.868,335.308.847,03

Diminuições————

280.649,17280.649,17

MovimentosExistências iniciaisComprasRegularização de existênciasExistências finaisCustos no exercício

Matérias Subsidiárias15.303,84

284.158,320,00

6.966,28292.495,88

MovimentosExistências finaisRegularização de existênciasExistências iniciaisAumento no exercício

Produtos Acabados42.493,27

—61.404,69

-18.911,42

ContaVendasProdutos recicláveisEnergiaPrestação de ServiçosResíduos sólidos urbanosResíduos eq. a urbanosResíduos industriais banaisTotal

Mercado Nacional

2.029.664,171.629.169,78

3.889.275,45367.047,92722.830,94

8.637.988,26

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 56|57Notas Individuais

45. Demonstração dos Resultados Financeiros.

O valor registado em «outros custos e perdas financeiras» (€ 4.218,74) refere-se ao custo dos serviços bancários e com garan-tias bancárias.

46. Demonstração dos Resultados Extraordinários.

O valor registado em «Outros proveitos extraordinários» diz respeito ao reconhecimento anual contabilístico da subvenção a fundoperdido obtido e a obter no âmbito dos Quadros Comunitários do Fundo de Coesão.

48. Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posiçãofinanceira e dos resultados.

48.1 Remuneração do CapitalObedecendo ao contrato de concessão, os capitais próprios aplicados na empresa são remunerados através de uma margem, aqual corresponderá à aplicação, ao capital e reserva legal, de uma taxa correspondente à base de emissão de bilhetes de tesouro(TBA) ou uma equivalente que a venha a substituir, acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco.

Neste exercício, conforme deliberado em Assembleia Geral, foram distribuídos € 213.736,64 de dividendos.

Explicitando os movimentos e saldos da remuneração dos capitais relativas ao exercício de 2007, por accionista:

Custos e Perdas681 Juros suportados685 Dif. de câmbio desf.686 Desc. de p. p. conced.688 Outros custos e perdas fin.

Resultados financeiros

2007449.488,56

——

4.218,74125.975,77579.683,07

2006285.117,94

——

3.316,67110.258,38398.692,99

Proveitos e Ganhos781 Juros obtidos785 Dif. de câmbio fav.786 Desc. de p. p. obtidos788 Rever. e outros prov. e gan. fin.787 Ganhos alien. aplic. tes.

2007579.572,02

—111,05

——

579.683,07

2006398.177,67

—515,32

——

398.692,99

Custos e Perdas691 Donativos694 Perdas em imobilizações695 Multas e penalidades697 Correcções rel. ex. anter.698 Out. custos e perdas ext.

Resultados extraordinários

200733.311,17

114.840,951.017,756.071,02

320,001.293.148,731.448.709,62

200628.065,3324.270,27

200,00——

1.170.062,421.222.598,02

Proveitos e Ganhos

794 Ganhos em imobiliz.796 Redução de provisões797 Correcções rel. ex. anter.798 Out. prov. e ganhos extr.

2007

12.826,44——

1.435.883,18

1.448.709,62

2006

5.450,00——

1.217.148,02

1.222.598,02

Accionistas

Empresa Geral do Fomento, S.A.Câmara Municipal de Vila Nova de GaiaCâmara Municipal de Santa Maria da FeiraTotal

Rem. Acum.31/12/2006128.241,9853.434,1632.060,50

213.736,64

Dividendos2007

128.241,9853.434,1632.060,50

213.736,64

Rem. em atr.Capitalizada

0,000,000,000,00

Remun.2007

152.010,9263.337,8838.002,73

253.351,53

Rem. Acum.31/12/2007152.010,9263.337,8838.002,73

253.351,53

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As taxas utilizadas para o cálculo dos montantes atrás referidos foram as seguintes:

48.2 Investimentos Futuros DC4Tal como no ano anterior, o cumprimento da Directriz Contabilistica n.º 4 foi baseado num plano de investimento actualizado eutilizado para o orçamento de 2007, sendo de € 58.478.007,03 o montante previsto de investimentos a efectuar até ao final daConcessão. Este valor é substancialmente diferente do previsto no ano anterior, devido ao conhecimento dos valores propostosnum concurso público internacional relativo a uma empreitada a realizar para a valorização de resíduos orgânicos. Até então nãose conhecia historial suficiente para uma previsão mais adequada.O impacto resultante desta actualização do plano de investimentos futuros, foi de € 1.063.759 no valor das amortizações.

48.3 FactoringNo ano de 2004, foram celebrados dois contratos de Factoring, assumindo a Sociedade de Factoring o risco de insolvência relati-vamente aos créditos cedidos. Em 31/12/07, o valor total dos créditos é de € 1.936.999,57. A Suldouro tem como responsabili-dade a assumpção dos custos relativos aos juros decorrentes da aplicação do “spread” ao capital em dívida.

48.4 Acções judiciais em cursoExiste uma contra ordenação do IGAOT alegando dois incumprimentos por parte da Suldouro, sendo um relativo ao destino finaldo efluente da Estação de Tratamento de Lixiviados e outro relativo à admissão de resíduos em aterro.A contra ordenação foi contestada pela Suldouro, não sendo expectável pelo Conselho de Administração a atribuição de qualquercoima que poderia ascender a € 89.781,81 no máximo.

Vila Nova de Gaia, 25 de Fevereiro de 2008

O Técnico de Contas O Conselho de Administração

Taxas com risco(base do cálculo)

10,2678,4977,2667,0007,3807,146

6,275175,217455

5,04455,0949

6,097,19

Anos

199619971998199920002001200220032004200520062007

Taxas sem risco(TBA)7,2675,4974,2664,0004,3804,146

3,275172,217455

2,04452,0949

3,094,19

A Directora Administrativa e Financeira

(Maria das Dores Paiva da Rocha Mâncio)

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SulDouro | Relatório e Contas | 2007 60|61Notas Individuais

Relatório e Parecer do Fiscal Único

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Certificação Legal das Contas

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Certificação das Contas (Relatório de Auditoria)

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SulDouro — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos S.A.Aterro Sanitário de Sermonde — Rua Conde Barão, 4415–103 Sermonde

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