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Relatório & Contas 2014

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Relatório & Contas 2014

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SULDOUROValorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A.

Relatório e Contas 2014

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Índice07 Mensagem do Presidente

11 A Empresa

13 Cadeia de Valor

15 Síntese de Indicadores

19 Principais Acontecimentos

A — Relatório de Gestão23 Introdução

24 Enquadramento Macroeconómico

26 Enquadramento do Setor

29 Regulação

32 Análise Económica e Financeira

41 Atividade Operacional

48 Objetivos de Gestão

49 Cumprimento das Orientações Legais

53 Perspetivas para o Futuro

54 Factos Relevantes Após o Termo do Exercício

55 Sucursais da Sociedade

56 Considerações Finais

57 Proposta de Aplicação de Resultados

58 Anexo ao Relatório

59 Relatório dos Administradores Não Executivos

B — Contas do Exercício de 201465 Contas Individuais

114 Relatório e Parecer do Fiscal Único

116 CertificaçãoLegaldasContas

118 Parecer do Auditor

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Mensagem do Presidente

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RC 2014_6

O período de transição continuará em 2015 com a expectável concretização da operação de reprivatização da EGF, com a definição pela ERSAR dos parâmetros regulatórios a vigorar para o período 2016-2018 e pelas, há muito aguardadas, novas licenças do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE).

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RC 2014_7

Mensagem do PresidenteO ano de 2014 foi o início de um período de transição no setor dos resíduos urbanos em Portugal, estando em curso um conjunto de iniciativas com impactos fortíssimos no setor.

Em setembro foi publicado o Plano Estratégico dos Resíduos Urbanos (PERSU 2020), cujas metas obrigarão a mudanças significativasnofuncionamentodegrandepartedossistemasmultimunicipais e intermunicipais. Em novembro foi assinado o contrato de venda da EGF, detentora da maioria do capital de 11 dos sistemas multimunicipais, onde se inclui a Suldouro.

O período de transição continuará em 2015 com a expectável concretização da operação de reprivatização da EGF, com a definiçãopelaERSARdosparâmetrosregulatóriosavigorarpara o período 2016-2018 e pelas, há muito aguardadas, novas licenças do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE).

O passado da Suldouro é inegavelmente uma história de sucesso, alicerçadanacompetênciatécnicadosseusprofissionaisenumaestratégiadediversificaçãodereceitasquelhepermiteobtermais de 2/3 do seu volume de negócios por vias não tarifárias (47% de venda de energia, 22% de venda de recicláveis e apenas 31% proveniente das tarifas). No ano económico que

agora findou os resultados da Suldouro mantiveram a suatrajetória ascendente, batendo todos os anteriores recordes de rentabilidade e apresentando-se uma vez mais como a mais rentável empresa do universo EGF, ao mesmo tempo que apresenta uma das mais baixas tarifas.

Embora com imenso orgulho no passado, num contexto de mudança será a excelência e o dinamismo dos seus recursos humanos o maior garante da prossecução de uma estratégia desucesso,adaptadaaosnovosdesafiosdosetor.

Sendo este, provavelmente, o último Relatório e Contas apresentado por esta administração, não posso deixar de enalteceroprofissionalismoesolidariedadedetodososcolegasdo Conselho de Administração e, de uma forma muito especial homenagear o Dr.º Nuno Pinto que, por motivos pessoais, renunciou ao seu mandato de Presidente do Conselho de Administração e ao qual se deve grande parte do sucesso da Suldouro.

Miguel Augusto Salgueiro da Silva FerreiraPresidente do Conselho de Administração

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A Empresa

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RC 2014_10

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RC 2014_11

A EmprEsA

A Suldouro – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A., contribuinte n.º 503 693 812, foi constituída pelo Decreto-Lei n.º 89/96, de 3 de julho, tendo celebrado a 30 desse mês um Contrato de Concessão com o Estado Português e, simultaneamente, Contratos de Entrega e Receção de Resíduos Sólidos Urbanos e de Recolha Seletiva com os Municípios de Vila Nova de Gaia e de Santa Maria da Feira.

A sua área de intervenção é de 384 Km2etemcomomissãoprocederaotratamentoedestinofinaldosresíduossólidosurbanosproduzidos pelos cerca de 441 mil habitantes destes dois Concelhos.

Com 3.400.000 € de Capital Social, a Suldouro tem como acionistas a EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A. (60%) e os Municípios de Vila Nova de Gaia (25%) e de Santa Maria da Feira (15%).

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RC 2014_13

Cadeia de Valor

Recolha

Resíduos Urbanos

Ecocentros

Central de Valorização Energética(CVE)

Ecopontos

Estação de Triagem

Aterro

Vidro, papel, metal, plastico

Outros fluxos

Energia

Composto

Tratamento Mecânicoe Digestão Anaeróbica

(CVO)

Tratamento Valorização

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RC 2014_14

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RC 2014_15

síntEsE dE IndIcAdorEs

Receção RU Municipais(Quantidade em toneladas)

168.837162.949

169.232

2012 2013 2014

Deposição resíduos por Particulares(Quantidade em toneladas)

2.4302.010

1.296

2012 2013 2014

Quantidade de Resíduos Enviados para Reciclagem(Quantidade em toneladas)

14.44114.063

16.029

2012 2013 2014

Energia Vendida(Quantidade em MWh)

36.052

46.70349.513

2012 2013 2014

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RC 2014_16

Tarifas Praticadas(Euro/Ton.)

20.62

23.35 23.35

2012 2013 2014

Volume de Negócios(Milhares de Euros)

10.156

11.80612.916

2012 2013 2014

Volume de Negócios por Atividade(Milhares de Euros)

2012

2013

2014

3.481 3.805 3.952 4.408

5.745

6.947

107 89 57

2.161 2.1671.960

Deposição de RSU

Venda de recicláveis

Deposição porparticulares

Venda energia

Investimentos(Milhares de Euros)

2.731

9.09310.257

2012 2013 2014

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RC 2014_17

Custo Pessoal/Volume de Negócios(Percentagem)

17.8

18.7

14.2

2012 2013 2014

Capital Próprio(Milhares de Euros)

9.20410.790

12.839

2012 2013 2014

Número de Habitantes por Concelho(Número de Habitantes)

301.760

139.484

Vila Nova de Gaia 2014

Capitação(Kg/hab. dia)

1.15

1.11

1.16

2012 2013 2014

EBITDA(Milhares de Euros)

5.5426.590

7.206

2012 2013 2014

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RC 2014_19

Principais Acontecimentos

Noexercícioeconómicode2014merecemespecialrelevoquatroacontecimentosqueoinfluenciaramdecisivamente,asaber: 1.EmmeadosdoanoaCentraldeValorizaçãoOrgânicadaSuldouro(CVO)iniciouaoperaçãocomumterceiroturno,atingindo

a capacidade máxima de tratamento de resíduos. O aumento dos proveitos daqui resultantes superou em muito os custos operacionais do aumento de nível de atividade.

2. A aquisição de um grupo motogerador de biogás de aterro de reserva tem permitido gerir as paragens para manutenção de forma a minimizar os períodos de inatividade, o que conjugado com o grupo motogerador de biogás de aterro, instalado em 2013, permitiu rendimentos inesperados, de volume considerável.

3. O atraso na conclusão da empreitada de construção do novo aterro, cujo início de operação só se prevê ocorrer em 2015, teve consequênciasemvárias rúbricasorçamentais. Em2014os rendimentosfinanceiros foramsuperioreseos gastosforam significativamente inferiores ao esperado tantopelo atraso naduplicaçãode serviços (novaportaria, nova ETL, novo ecocentro, etc.), como pela não necessidade de transporte dos refugos da triagem e da CVO de Sermonde para o novo aterro.

4.Areduçãonaproduçãoderesíduosurbanos,derivadadacriseeconómicaquesevinhaaverificarnosúltimosanos,inverteua tendência com um aumento de 3,9%.

Paraalémdestes,sãoaindaderelevarosseguintesacontecimentos:

•Realizaçãodostestesdeverificaçãodegarantiasdaempreitadadeconceção,construçãoefornecimentodaCentraldeValorizaçãoOrgânica(CVO);

•IníciodaoperaçãodaremodelaçãodotratamentomecânicodaCVO;

•AquisiçãodeumacisternaparaapoioàoperaçãodaCVO;

•Peritagenseaquisiçãodeparcelasdeterreno,alvodeposseadministrativa,paraaconstruçãodonovoAterrodoGestal;

•Substituiçãodogrupomotogerador,operadoemregimedecomodato,porumnovogrupomotogerador; •Recondicionamentodeváriosgruposmotogeradores; •IntervençõesdemanutençãoebeneficiaçãodosecocentrosdeLobão,SoutoeVilardeParaíso; •AdjudicaçãodaempreitadadeampliaçãodasinstalaçõesearranjosexterioresdoedifícioadministrativodeSermonde,de

formaacriarcondiçõesparaareceçãodevisitantes,noâmbitodapromoçãodaeducaçãoambiental; •ManutençãodaCertificaçãodoSistemadeGestãoIntegradopelasISO9001(SistemadeGestãodaQualidade),ISO14001

(SistemadeGestãoAmbiental)eOHSAS18001(SistemadeGestãoeSegurançaeSaúdedoTrabalho);

•Celebraçãoem30dedezembrode2014dacessãodaposiçãocontratualqueaSuldourotinhacomoMunicípiodeVilaNovade Gaia para Águas e Parque Biológico de Gaia, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015.

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Relatório de Gestão

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RC 2014_23

Relatório de Gestão

1. Introdução

Pretende-se com este relatório, descrever o enquadramento global e setorial vivido no ano, as ações implementadas em 2014 na prossecução dos seus objetivos, e destes os respetivos níveis de valores.

Como complemento a esta informação, tem-se o Relatório de Governo Societário.

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RC 2014_24

2. Enquadramento Macroeconómico

Global

À semelhança dos últimos dois anos, em 2014 a economia mundial apresenta níveis de crescimento moderados, aproximadamente 3,5%(3,0%em2013;3,1%em2012).OsEstadosUnidosdaAméricaapresentamumcrescimentobaixo,emlinhacomodoano anterior (2,4% vs 2,2%), embora apresente uma muito ligeira melhoria, suportado por um crescimento relevante dos níveis de emprego e igualmente do mercado imobiliário. O crescimento das economias emergentes (China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia, Malásia, Filipinas, países africanos, etc.) permance muito acima dos países desenvolvidos (4,4% em 2014), emboraaníveis reduzidosquandocomparadoscomanos recentes.Tresgrande fatoresexplicamestearrefecimento: (I)osníveisdeinvestimentonaChinadiminuiramcomimpactonaseconomiasasiáticas;(II)asvulnerabilidadesdaeconomiarussa,como consequência do colapso dos preços do petróleo e das tenções geopolíticas, e (III) a diminuição dos preços de algumas commodities, que representam uma fatia relevante das receitas económicas de alguns países emergentes.

Via de acesso ao Aterro do Gestal.

União Europeia

Oanode2014ficoumarcadopelofracocrescimentoeconómiconaZonaEuro,justificadopeloaumentodosconflitosgeopolíticos,especialmente as tensões com a Rússia, a par do enfraquecimento de algumas economias desenvolvidas e emergentes, com relações estreitas com os países do centro da Europa. Neste ponto, realce para as três principais economias, Alemanha, França e Itália, cujo desempenho económico foi determinante para o fraco crescimento na área do euro, contrariamente a outros países, como Irlanda, Espanha, Portugal e Grécia, cujo crescimento foi melhor que o esperado.

Asmelhoriasregistadasnomercadodetrabalhoforammodestas,emlinhacomocrescimentoeconómico,quenãofoisuficientementerobusto para alavancar a formação de emprego. A taxa de desemprego deverá ter sido de 11.6% em 2014 de acordo com a Comissão Europeia, melhor do que em 2013 (11.9%), resultado das melhorias registadas nos países mais vulneráveis. As diferenças entreEstados-Membroscontinuaramasersignificativasem2014,variandoentre5.1%naAlemanhae26.8%naGrécia.Asfracasmelhorias registadas no mercado de trabalho tiveram impacto limitado no consumo privado, que se espera que tenha crescido 0.7% em 2014, um aumento face a 2013, quando a variável diminuiu 0.6%. A pesar neste crescimento reduzido esteve a incerteza sobre os rendimentos futuros e o processo lento de desalavancagem no setor das famílias. Apesar de ter sido afetado pelo processodedesalavancagem,numcontextodebaixainflaçãoedefracaprocura,oinvestimentoem2014pareceteriniciadoumarecuperaçãofaceaodecréscimode2.4%observadoem2013,crescendo0.6%.Ainflaçãocontinuoubemabaixodoobjetivodos2%(ainflaçãoprevisionalemdezembro,deacordocomoEurostat,foide-0.2%,eespera-sequenototaldoanoainflaçãotenhasidode0.4%),influenciadapelaquedadospreçosdaenergiaedaalimentação,assimcomopelofrágilambienteeconómicodaZonaEuro.AbalançacorrentenaZonaEurotemverificadoexcedentes,registando,em2014,2.5%doPIB.Curiosamente,esteexcedentenão sedeve ao fortalecimentodasexportações,mas antes à vulnerabilidadedaprocura interna,que afetoudesfavoravelmente as importações.

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RC 2014_25

PortugalA economia portuguesa deverá registar um crescimento de aproximadamente 0.9% em 2014. A procura interna acabou por contribuir mais do que se esperava para o crescimento anual, enquanto a procura externa líquida contribuiu negativamente, comumadimensãosignificativa:umcontributodecercade-1.1pontospercentuaisparaumcrescimentoqueseprojetaemtornode0.9%.Casoseconfirme,ocontributodesfavoráveldasexportaçõeslíquidassóencontraparaleloem2010ounosanosimediatamenteanterioresàcrisefinanceirainternacional.

Construção da Estação de Tratamento de Lixiviados do Aterro do Gestal.

As exportações desiludem e as importações aumentam acima do previsto. Vários fatores concorreram para este comportamento. Do ladodasexportações,oencerramento temporáriodaunidadede refinaçãodepetróleonosprimeirosmesesde2014,justificouumcomportamentopiorqueoesperado.Defacto,avendadecombustíveisrefinadosaoexteriorforaresponsávelporcercade60%docrescimentodasexportaçõesdebensem2013,peloqueestaparagemteveefeitossignificativos.Nosprimeirosdez meses do ano, as exportações de combustíveis registavam um decréscimo de cerca de 22%, gerando um contributo negativo de 2.2 p.p. para o total. Deste modo, a atual projeção aponta para um aumento das exportações (em volume) em tornode2.5%,quecontrastacom+3.5%antecipadosnoiníciode2014.Doladodasimportações,verificou-setambémumaumentoacimadoesperado,refletindoaretomamaisacentuadadaprocurainternaeasatisfaçãodealgumaprocurapendente,nomeadamente de bens duradouros.

Depois de alguma recuperação que se registou em meados de 2013, tem-se registado uma estabilização do PIB em níveis mais baixos.Todavia,analisandooscontributosdasprincipaiscomponentesparaageraçãoderiqueza,verifica-sequeem2014opadrão de comportamento foi mais equilibrado que nos anos de vigência plena do PAEF. Efetivamente, depois de três anos consecutivosderetração,aprocura internavoltouaaumentar,emborabemmenosqueem2010ouemanosanterioresàeclosãoda crise financeira internacional.Asexportações (semcombustíveis), registamumcomportamento assinalável, comum crescimento até novembro de 4.7%. Mais, os contributos foram bastante uniformes, pontuando os bens de consumo, bens industriais, bens de capital ou alimentação e bebidas.

A análise por destinos, denota também bom desempenho em diversos mercados, com destaque para o Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. Nos países fora da União Europeia, o comportamento das exportações é também favorável, denotando- -sediversificaçãoporprodutosedestinos,comdestaqueparaosmercadosdosEUA,AngolaeChina.Notaparaosserviçosque representam atualmente cerca de 33% das exportações totais, reforçando o seu posicionamento ao longo das últimas décadas(em2014,foramasexportaçõesdeserviçosdeturismoquemaisadicionaramàsexportaçõesdeserviços,gerandoumcontributo de cerca de 75% e um acréscimo no ano estimado em 16%).

Desdejulhode2014,ainflaçãoregistaníveisinferioresazero,refletindoemgrandeparteomovimentodequedasdospreçosdebens energéticos, mas também fragilidade da procura interna e efeitos do esforço de melhoria da competitividade da economia portuguesa.Ainformaçãoatéagoraconhecidaapontaparaquenoconjuntodoano,ainflaçãomédiasesitueem-0.3%.

RelativamenteàscontaspúblicaséprevisívelumareduçãododéficedoEstadopara6.42milmilhõesdeeurosnosprimeirosonzemesesde2014(numabasedecaixa).Estaevoluçãorefleteobomdesempenhodareceitafiscal,+6.2%faceaoanoanterior,enquanto que a despesa registou um crescimento de apenas 0.8% no mesmo período e põe em evidência o esforço de consolidação das contas públicas levado a cabo nos últimos anos, dando suporte ao desenho de uma trajetória de melhor sustentabilidade da dívida pública. Ataxadedesempregoteráficado,aproximadamente,nos13,1%em2014.

Fonte:FMIworldeconomicoutllook;BPIResearch;BoletimeconómicodoBancoPortugal;Eurostat;INE.

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RC 2014_26

3. Enquadramento do Setor

Em2014assistiu-seàconcretizaçãodealgumasdasmedidastraçadasparaossetoresdaságuasedosresíduos,definidaspelaslinhasorientadorasdoProgramadoXIXGovernoConstitucional:

•Reorganizarosetordoabastecimentodeáguaesaneamentodeáguasresiduais,comprioridadeparaasuasustentabilidadeeconómico-financeira;

•Prosseguiraidentificaçãoeresoluçãododéficetarifário,arevisãodosistemadetarifas,maioraberturaàparticipaçãode

entidadesprivadasnaexploraçãoegestãodossistemas,apromoçãodaeficiência,aintegraçãoverticaleaagregaçãodesistemas exigentes, a adequada manutenção de redes e equipamentos antigos e a prevenção da construção de capacidade desnecessária;

•AutonomizarosubsetordosresíduosnoseiodoGrupoÁguasdePortugaleimplementarasmedidasnecessáriasàsuaabertura ao setor privado.

As atividades desenvolvidas durante o ano de 2014 deram lugar a três eventos representativos dos esforços desenvolvidos nos setoresdaságuaseresíduosdesde2012:

a. A apresentação da estratégia integrada de reestruturação do setor das águas pelo senhor Ministro do Ambiente, do OrdenamentodoTerritórioedaEnergia,emoutubrode2014;

b. A assinatura, em novembro de 2014, do contrato de compra e e venda da participação da AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A.nocapitalsocialdaEGF–EmpresaGeraldoFomento,S.A.,àSUMA–Tratamento,SA,empresaqueresultoudaformalizaçãodoagrupamentovencedordoconcursopúblicointernacional;

c. A conclusão dos trabalhos de elaboração dos novos planos estratégicos para os serviços urbanos de águas, PENSAAR 2010 – Uma nova estratégia para o setor de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, e para os serviços de gestão deresíduos,PERSU2020–Planoestratégicoderesíduossólidosurbanos,quedefinemasmetaseobjetivosdoEstadoparacada um dos setores.

Noseguimentodasalteraçõeslegislativasverificadasem2013,dequesedestacamaLein.º35/2013,de11dejunhoeoDecreto- -Lein.º92/2013,de11dejulhoforampublicadosem2014osseguintesdiplomaslegais:

•Lein.º10/2014,de6demarço,queaprovaosnovosestatutosdaEntidadeReguladoradosServiçosdeÁguaseResíduos(ERSAR),reforçandoosseuspodereseindependência;

•Lein.º12/2014,de6demarço,queaprovaafaturadetalhadaparaosserviçosdeáguaseresíduos;

•Decreto-Lein.º45/2014,de20demarço,queaprovaoprocessodereprivatizaçãodaEGF–EmpresaGeraldoFomento,S.A.

•Decreto-Lein.º96/2014,de25dejunho,queaprovaasbasesdocontratodeconcessãoaplicáveisaossistemasmultimunicipaisde tratamento e de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos, com maioria de capital privado.

Neste novo regime jurídico entre muitos aspetos de limitação da atividade das Concessionárias, de relacionamento e partilha de riscoseobrigaçõesentreoEstadoConcedenteeasConcessionárias,dafixaçãodeumacauçãoemgarantiadocumprimentodocontrato,éderegistaradefiniçãodetalhadadosobjetivosdeserviçopúblico,definidosemarticulaçãocomaANMPecomos Municípios, que as Concessionárias se obrigarão a respeitar.

Estenovoenquadramentocontratualassentanorespeitodosseguintesprincípios:

•Garantiadaacessibilidadedaspopulaçõesaosserviçosderesíduosmedianteaadequaçãodastarifasàrespetivacapacidadeeconómica;

•Clarificaçãodoregimeaplicávelaosfuturoscontratosdeconcessãodaexploraçãoegestãodarecolhaetratamentoderesíduos urbanos, com defesa do interesse público nacional e municipal e garantias de transferência para os Municípios das infraestruturasafetasàconcessãonotermodoseuprazo;

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RC 2014_27

•PoderesdefiscalizaçãoeregulaçãodoEstadoedaERSAR,naarbitragemdarelaçãoentreasempresasconcessionáriaseosMunicípios;

•Garantiasdetransparência,equidadeterritorialesustentabilidadeeconómico-financeiradossistemas,àluzdonovoregulamentotarifárioedasmetasprevistasnoPERSU2020;

•Manutençãooumelhoriadaqualidadedoserviçopúblicoprestadoàspopulações.

Reprivatização da Empresa Geral do Fomento

QuantoaoprocessodereprivatizaçãodaEGF,quea31dedezembrode2014seencontravaaaguardarapronúnciadasAutoridadesda Concorrência, iniciou-se com a publicação do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, tendo o respetivo caderno de encargos sido aprovado em 8 de abril, pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 30/2014.Oanúnciodoconcursopúblico foipublicadono JornalOficialdaUniãoEuropeia, JO/SS82,de26deabrilde2014, sobo n.º 2014/S 082-143174 e no Diário da República n.º 71, 2.ª série, de 10 de abril de 2014, através do Anúncio de Procedimento n.º 1988/2014.

O prazo de apresentação de propostas não vinculativas terminou a 20 de maio, tendo sido recebidas sete propostas não vinculativas, eaResoluçãodeConselhodeMinistrosn.º36-A/2014,de5dejulho,determinouaadmissãodetodososconcorrentesàfasedeapresentação de proposta vinculativa.

No dia 31 de julho, data limite de entrega das propostas vinculativas, foram apresentadas quatro propostas, tendo o vencedor sido escolhido, nos termos do concurso, por decisão do Conselho de Ministros, conforme Resolução de Conselho de Ministros n.º 55-B/2014 de 18 de setembro.

A par do processo de privatização foi aprovado e homologado o regulamento tarifário aplicável aos serviços de gestão de resíduos pela Deliberação n.º 928/2014 da ERSAR, homologada pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia e publicada em Diário da República, 2.ª série, em 15 de abril.

Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos

No domínio da regulação, haverá que referir a homologação por Despacho do senhor Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 74, de 15 de abril, do novo Regulamento Tarifário aplicável aos serviços de gestão de resíduos.

Este Regulamento Tarifário, que se prevê venha a vigorar já em 2016, assenta num novo modelo de regulação económica com asseguintesbases:

•Modelodotipo“RevenueCap”,comdefiniçãodeproveitospermitidosparacoberturadoscustosdecapital,estimadosatravésdaremuneraçãodeumabasedeativos,edoscustosdeexploração;

•Introdução de incentivos à eficiência produtiva na base de custos contraláveis pelo operador, incluídos nos custos deexploraçãoasuportarpelosproveitospermitidos;

•Remuneraçãodosativosemexploraçãoecomincentivosparadecisõeseficientesdeinvestimento,noquedizrespeitoaosincrementos da base de ativos a remunerar, incluindo a partilha de infraestruturas com vista ao maior aproveitamento da capacidadedetratamentoinstaladanopaís;

•Remuneraçãodabasedeativosporreferênciaaumcustosdecapitaldefinidopeloregulador,comoincentivoparaaotimizaçãodos custos e estrutura de capital.

Planos estratégicos para os setores das águas e dos resíduos

Os planos estratégicos para os setores das águas e dos resíduos (PENSAAR 2020 e PERSU 2020, respetivamente) desenvolveram-seemarticulaçãocomoAcordodeParceria2014-2020,submetidoporPortugalàComissãoEuropeiaparaefeitosdoQuadroEstratégicoComum(QEC),concluídoemjulhode2014,quenorteiaaaplicaçãodosfundoseuropeusdaPolíticadeCoesão,daPolítica Agrícola Comum, da Política Comum das Pescas e da Política dos Assuntos do Mar.

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RC 2014_28

Osplanosaprovadoseosinstrumentosdefinanciamentoassociados,cujosrespetivosprogramasoperacionaisforamapresentadosjánodecorrerde2015,evidenciamosnovosdesafiosdecorrentesdeumamudançadeparadigmadosetoreasposiçõesrecentesdaComissãoEuropeia,visandoasustentabilidadeeaeficiência,paraalémdoincrementodeexigênciasambientaisereforçodos mecanismos de acompanhamento, patente na previsão de um conjunto de importantes condicionalismos ex-ante e ex-post.

Sem prejuízo de corresponder ao cumprimento das exigências ambientais patentes na posição dos serviços da Comissão Europeia,comespecialincidêncianodomíniodosresíduos,àsintervençõesdecarizinfraestruturalsucedeagoraumatipologiade investimento de melhoria, de consolidação e de reforço dos ativos existentes. Acresce que, em paralelo com o investimento, haveráquecriarcondiçõesparaqueasentidadesgestoraspossamtambémevoluirparaníveisorganizacionaismaiseficientesecapacitados.

ConstruçãodacéluladeconfinamentodoAterrodoGestal.

Persu 2020

O PERSU 2020 – o Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos, foi aprovado, pela Portaria n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014, e encerra a visão estratégica para o setor no horizonte 2014-2020.

Este Plano prossegue como objetivo garantir um alto nível de proteção ambiental e da saúde humana, através do uso de processos, tecnologias e infraestruturas adequadas no setor dos resíduos. Promove ainda a minimização da produção e da perigosidade dos resíduos e procura integra-los nos processos produtivos como materiais secundários por forma a reduzir os impactes da extração de recursos naturais.

Estabeleceaindaummodeloque,pelaprimeiravez,permitedefinirindividualmenteeparacadasistemadegestãodeRU,asseguintesmetas:

a) Metas de retomas de recolha seletiva

b) Metas de desvio de RUB de aterro

c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem

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4. Regulação

As atividades de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e gestão de resíduos urbanos desenvolvidas pelo grupo AdP são serviços de interesse económico geral, indispensáveis ao bem-estar das populações, ao desenvolvimento das atividades económicaseàproteçãodomeioambiente.

A exploração e gestão dos sistemas está assente nos princípios da prossecução do interesse público, do caráter integrado dos sistemas,daeficiênciaedaprevalênciadagestãoempresarial.

Noanode2014,talcomoreferidonopontoanterior,verificaram-sealteraçõessignificativasemmatériaregulatórianossetoresonde atuam as empresas que integram o grupo AdP, quer ao nível das formas de atuação e organização das empresas do setor quer ao nível dos poderes da Entidade Reguladora.

Das alterações mais impactantes nas formas de atuação e organização das empresas do setor, destacam-se a reprivatização em curso da Empresa Geral do Fomento, permitida pela Lei n.º 35/2013, de 11 de junho, que acarretou a revisão do regime jurídico das concessões da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de resíduos urbanos, e a possibilidade de agregação e reorganização territorial de sistemas multimunicipais de serviços de abastecimento público de água e saneamento de águas residuais.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo.

De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigo 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º).

Em face das alterações em concretização nos setores das águas e dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafiosignificativoquerparaaentidadereguladoraquerparaasentidadesreguladas.ÉexpectativadogrupoAdPque,comestereforçodepoderesdaERSAR,osetor integreumaagendaconsentâneacomafase de desenvolvimento em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas vertentes económica, social e ambiental.

Durante o ano de 2014, o regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril, cuja produção de efeitos se prevê para 1 de janeiro de 2016. Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando de um modelo de custo de serviço (cost plus) paraummodelodeproveitospermitidos(revenuecap),queremuneraumabasedeativosaocustodecapitaleficienteepermitearecuperaçãodosgastosoperacionaisnumcenáriodeeficiênciaprodutiva.

A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação deste passa a poder ter na esfera patrimonial das empresas reguladas, torna-se uma matéria ainda mais fulcral para estas e para a AdP SGPS.

A atuação da Suldouro, concessionária da exploração e da gestão do sistema multimunicipal de gestão de resíduos urbanos está sujeita ao disposto no Decretos-Leis n.º 294/94, de 16 de novembro, na redação que lhes é dada pelo Decreto-Lei n.º 195/2009, de 20 de agosto.

Nostermosdosseusestatutos,aERSARéfinanciadaatravésdacobrançadetaxasderegulaçãoestrutural,económicaequalidadedeserviçoedaqualidadedaáguaparaconsumohumanoàsentidadesgestorasreguladasindependentedomodelodegestão.

Nesse contexto, a Suldouro tem vindo ao longo dos anos a efetuar o pagamento respetivo destas taxas. Em 2014, apesar dos gastoscomosFSEteraumentadopelosmotivosexpostosnoponto23dasNotasàsDemonstraçõesFinanceiras,verifica-sequeopesodosgastossuportadoscomastaxasdaERSARaindaassumeumaimportânciarelativamenteexpressivanototaldosgastosincorridos pela Suldouro.

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RC 2014_30

Regulação económica

Nos termos do disposto no contrato de concessão em vigor, o ciclo regulatório anual inicia-se com a apresentação ao Concedente eàEntidadeReguladoradaspropostasdeorçamentoeprojetotarifárioparao(s)ano(s)seguinte(s).ODecreto-Lein.º195/2009,de20deagosto,procedeuàharmonizaçãodosprazosdeaprovaçãodaspropostasparatodosossistemasmultimunicipais,em60 dias.

O ciclo orçamental de 2014, iniciado em 30 de setembro de 2013, estendeu-se até 13 de março de 2014, sendo que após a emissão do projeto de parecer pela Entidade Reguladora e o exercício de contraditório por parte da Suldouro, a tarifa foi aprovada pelo Concedente.

O Decreto-Lei 195/2009, de 20 de agosto, determina que os tarifários aplicados aos utilizadores produzem efeitos a partir do início do exercício económico a que dizem respeito, independentemente da sua data de aprovação, o que permite um mais adequado balanceamento entre os proveitos e os encargos de prestação dos serviços. Em setembro de 2014 iniciou-se o ciclo orçamental para 2015, não tendo nem a proposta de orçamento nem a proposta tarifária sido aprovadas até 31 de dezembro de 2014.

As propostas de orçamento e tarifa para 2014 e para 2015 foram apresentadas nos termos da Portaria n.º 269/2011, de 19 de setembro.

De acordo com o modelo regulatório vigente na maioria das entidades gestoras de sistemas multimunicipais, custo do serviço (costplus)emcenáriodeeficiênciaprodutiva,enostermosdoscontratoscelebrados,podemgerar-sediferençasentreovolumederendimentosnecessárioàcoberturadatotalidadedosencargosincorridospelaentidadegestora,incluindoosimpostossobreos resultados da empresa e a remuneração dos capitais próprios, e o volume de rendimentos efetivamente gerado em cada um dos exercícios económicos. Estas diferenças denominam-se de desvios tarifários ou desvios de recuperação de gastos.

Estes desvios podem assumir uma natureza deficitária, quando os rendimentos gerados são inferiores aos necessários, ouexcedentária (superavit), quando os rendimentos gerados são superiores aos necessários, salvaguardados os montantes relativos aganhosdeprodutividadeoueficiêncianostermosdoscontratosdeconcessão.

Nas demonstrações financeiras consolidadas do grupoAdP para 2014 estão relevados os desvios tarifários ou desvios derecuperação de gastos. Esta informação encontra-se detalhada no Relatório e Contas consolidado de 2014 do grupo AdP.

Regulação da qualidade do serviço

NostermosdosseusestatutoscompeteàEntidadeReguladoraassegurararegulaçãodaqualidadedeserviçoprestadoaosutilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o desempenho dessas entidades.

Deste modo, a qualidade de serviço no abastecimento público de água, no saneamento de águas residuais urbanas e na gestão de resíduos urbanos prestados pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e atualmente, através da aplicação da 2.ª geração do sistema de avaliação com recurso a de indicadores desempenho de qualidade do serviço. Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP).

Em 2014 foi publicado e divulgado o Volume 3 do RASARP com os resultados do sistema de avaliação da qualidade de serviço prestado pelas entidades gestoras para o ano de 2012, referenciados a 31 de dezembro.

Regulação das relações comerciais

Nostermosdosseusestatutos,competeàERSARregularasrelaçõescomerciaisatravésdadefiniçãoderegrasderelacionamentoentre as entidades gestoras em alta e em baixa e entre estas últimas e os respetivos utilizadores, nomeadamente, no que respeita às condiçõesde acessoe contrataçãodo serviço,medição, faturação, pagamentoe cobrançaeprestaçãode informaçãoeresolução de litígios, regulamentando os respetivos regimes jurídicos e a proteção dos utilizadores de serviços públicos essenciais.

Noâmbitodas suas competências, foiemitidapelaERSAR,aRecomendaçãon.º1/2010 relativaaosconteúdosquedevemconstar nas faturas dos serviços públicos de abastecimento de água para consumo humano, de saneamento de águas residuais urbanasedegestãoderesíduosurbanosprestadosaosutilizadoresfinais,pelasentidadesgestorasqueprestemessesserviços.

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Adicionalmente,comapublicaçãodaLein.º12/2014de6demarçoqueprocedeàsegundaalteraçãoaoDecreto-Lein.º194/2009,de20deagosto,modificaram-seosregimesdefaturaçãoecontraordenacionaldasentidadesgestorasdesistemasmunicipais.

O Decreto-Lei n.º 114/2014, de 21 de julho, determina que aquelas entidades gestoras são obrigadas, a partir de 1/março/2015, a cumprir,nomeadamente,comaemissãodefaturasdetalhadasaosclientesfinais(utilizadoresembaixa)queincluamadecomposiçãodas componentes de custo que integram o serviço prestado a tais utilizadores, seja de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais ou de gestão de resíduos urbanos.

Alegislaçãoda“faturadetalhada”,vinculaasentidadesgestorasdesistemasmunicipaisàobrigaçãodetransferirem50%dovalorda fatura cobrada de cada um dos serviços de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais ou de gestão de resíduos urbanos, para a entidade gestora do sistema multimunicipal ou intermunicipal e sempre limitado ao valor devido a essa entidade gestora,nãopodendooprodutodacobrançaserutilizadoparaqualqueroutrofim.

Via de acesso ao aterro do Gestal.

Regulação ambiental

AsentidadesgestorasdosserviçosresíduosurbanosdogrupoAdPestãotambémsujeitasàintervençãodaAgênciaPortuguesado Ambiente (APA), o regulador ambiental.

AAPAdesenvolveaindaatribuiçõesnoâmbitodosresíduosenquantoAutoridadeNacionaldeResíduos,cabendo-lheentreoutras, o controlo operacional da informação das operações de gestão de resíduos, o planeamento e gestão de resíduos de todasastipologiasderesíduoseasdiversasorigens,assegurarotratamentodeinformaçãonoâmbitodoSIREReSILOGR,garantiravalidaçãodainformaçãonecessáriaàaplicaçãodoregimeeconómicoefinanceirodagestãoderesíduosediligenciarnosentidodaimplementaçãodoregulamentorelativoàaplicaçãodaTaxadeGestãodeResíduos(TGR),definir,implementare acompanhar as políticas e estratégias nacionais para a gestão de resíduos setoriais, assegurar a elaboração dos planos e dos programas de gestão de resíduos, acompanhar a sua execução e proceder à respetivamonitorização, aprovar osmodelostécnicos de gestão de resíduos, assegurar uma abordagem integrada de licenciamento das operações de gestão de resíduos, coordenar e harmonizar os critérios a adotar para o licenciamento pelas Autoridades Regionais de Resíduos e acompanhar as auditoriastécnico-ambientaisoueconómico-financeirasàatividadeexercidaporoperadoresdegestãoderesíduosbemcomoprocederàanálise técnicadeprocessosdecandidaturaa fundoscomunitários relativosa infraestruturasparaoperaçõesdegestão de resíduos urbanos.

Noâmbitodomodeloderegulaçãoeconómicaprevistonoregulamentotarifáriodoserviçodegestãoderesíduos(RTR),aAPAserá chamada a dar parecer sobre o alinhamento dos investimentos propostos pelas entidades gestoras que integrarão a base de ativos a remunerar com as políticas nacionais em matéria de resíduos urbanos.

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RC 2014_32

5. Análise Económica e Financeira

Tarifário

A tarifa de RU aprovada pelo concedente e praticada no ano foi de 23,35 €/tonelada, permanecendo inalterada face ao ano anterior.

A tarifa praticada na deposição por particulares, de resíduos sólidos equiparados a urbanos, manteve-se em 44,13 €/t.

As tarifas praticadas nos produtos recicláveis de embalagens, foram conforme valores de contrapartida referenciados no despacho 8061/2011 dos Ministérios da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento e do Ambiente e do Ordenamento do Território.

A tarifa praticada na venda de Energia está conforme legislação em vigor.

Rendimentos

Volume de Negócios

O volume de negócios em 2014 cifrou-se em 12.916.007 euros.

Acontribuiçãodecadaatividadeparaestemontanteédemonstradanográficoaseguirapresentado.

Volume de Negócios(�)

RU Recicláveis 22%

RU por tarifa Municipal 31%

Energia 47%

O valor da venda de energia salienta-se no volume de negócios com um peso de 47% face aos 49% do ano transato, em prole do aumento do peso volume de negócios de produtos recicláveis (18% para 22%).

A deposição de resíduos continua a ser aproximadamente, 1/3 do volume de negócios da Suldouro.

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RC 2014_33

Volume de Negócios(Euros)

EnergiaRU por tarifaMunicipal

RU Recicláveis Deposição porParticulares

7.000.000

6.000.000

5.000.000

4.000.000

3.000.000

2.000.000

1.000.000

0

2013

2014

Orçamento 2014

O volume de negócios apresenta um desvio positivo, tanto em relação ao ano anterior (9.4%), como ao valor orçamentado (17,0%), sendo a venda de energia e a venda de produtos recicláveis, as atividades maioritariamente responsáveis por estes desvios.

Salienta-se,noentanto,queodesviopositivoverificadonavendadeprodutosrecicláveisdeve-sesobretudoaoaumentodosprodutosrecicláveiscaptadosatravésdaCentraldeValorizaçãoOrgânica.

Odesviopositivoverificadonadeposiçãoderesíduos indiferenciadostemsimplesmentecomoconsequência,aumentosdasquantidades depositadas, uma vez que a tarifa permaneceu inalterada.

Relativamenteàproduçãodeenergia,odesviopositivodeve-se,talcomojáreferido,àgestãodasparagensporformaaminimizaros períodos de inatividade, através da aquisição de um grupo motogerador de biogás de aterro de reserva conjugado com o grupo motogerador de biogás de aterro, instalado em 2013.

Quantoàvendadeprodutosrecicláveis,originadospelarecolhaseletiva,apresenta-seoseguintegráfico:

Quantidades Vendidas, Triadas da Recolha Selectiva(Toneladas)

7.000,00

6.000,00

5.000,00

4.000,00

3.000,00

2.000,00

1.000,00

0

2013

2014

Orçamento 2014

MadeiraAlúminio AçoVidro Papel/Cartão ECAL Plásticos

Aquantidadedeprodutosvendidosem2014foi6,4%inferioràquantidadedeprodutosvendidosem2013,sendoasquantidadesdo vidro e plásticos as maiores responsáveis por esta diminuição.

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RC 2014_34

No volume de negócios há ainda a referir a quantidade vendida de produtos recicláveis triados na Central de Valorização Orgânicaconformeseapresenta:

Quantidades Vendidas Triadas na Central de Valorização Orgânica(Toneladas)

1800

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

0

2013

2014

Orçamento 2014

SucataECAL Plásticos PlásticosMistos

Aço

Os desvios positivos dos valores reais em relação tanto aos valores orçamentados como aos valores do ano anterior, devem-se aoinvestimentoefetuadonotratamentomecânicoeaoscustosdeafinaçãoverificadosnestacentralparaesseobjetivo.

Outros Rendimentos Operacionais

Como rendimentos operacionais há ainda a salientar o reconhecimento anual (1.439.571 €) dos subsídios ao investimento, recebidos eareceber,peloFundodeCoesão/QREN,apoiodemanutençãoefetuadoaempresasdogrupo,indemnizaçõesporsinistros/avariade máquinas e descontos de pronto pagamento obtidos.

Rendimentos Financeiros

Osrendimentosfinanceirosoriginadosem2014,novalorde708.743€,dizemrespeitoajurosprovenientesdasaplicaçõesfinanceiras(38%) e a juros de mora debitados aos Municípios (62%).Asaplicaçõesfinanceirasdevem-seaexcessosdeliquidezoriginadospeloatrasodaempreitadadonovoaterro.

Estrutura dos Rendimentos(Euros)

18.000.000

16.000.000

14.000.000

12.000.000

10.000.000

8.000.000

6.000.000

4.000.000

2.000.000

0

2013

2014

Orçamento 2014

Rendimentos Totais

Rendimentos Financeiros

Rendimentos Operacionais

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Gastos

Gastos Operacionais

Os gastos operacionais atingiram o valor de 11.605.834 €, continuando a ser as Amortizações e os Fornecimentos e Serviços Externos,asnaturezasdegastocommaiorpesonestaestrutura,comosepodeverificarpelográficoaseguirapresentado.

Gastos Operacionais(�)

Perdas Imparidade 0%

Provisões 0%

Outros Gastos Operacionais 1%

C.M.V.M.C./var. inv. 4%

Gastos com Pessoal 16%

F.S.E 30%

Amortizações 49%

Ototaldestesgastosfoi0,6%superioraovalororçamentadoe6%superioraototalverificadoem2013.

Gastos Operacionais(Euros)

PerdasImparidade

TotalOutros GastosOperacionais

ProvisõesAmortizaçõesC.M.V.M.C./var. inv.

FSE Gastos como Pessoal

14.000.000

12.000.000

10.000.000

8.000.000

6.000.000

4.000.000

2.000.000

0

2013

2014

Orçamento 2014

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RC 2014_36

Apesar do desvio total de 2014, tanto em relação ao valor orçamentado, como em relação a 2013 ser positivo, salientam-se dois desviosemduasrúbricasemsentidocontrário:

•FSEe •Custoscompessoal.

Osdesviosdestasrúbricas,encontram-seanalisadosnospontos23e24dasnotasàsdemonstraçõesfinanceiras,acrescentandoporém que uma das consequências do acréscimo do volume de negócios foi o necessário aumento de FSE, nomeadamente com amaisrecenteatividade,CentraldeValorizaçãoOrgânica.

Gastos Financeiros

Em2014encontram-seregistados191.944€degastosfinanceirosprincipalmenterelativosajurosegastosdegestãoeintermediaçãode um empréstimo de MLP contraído ao Banco Europeu de Investimento.

Expurgado deste valor estão 380.052 € de juros e gastos capitalizados relativos ao referido empréstimo.

O valor do empréstimo total era de 30.000.000 €, com a possibilidade de utilização em várias tranches.

Com amortizações de capital já efetuadas, em 31/12/2014 o valor da dívida era de 20.583.333 €.

Estrutura de Gastos(Euros)

2013

2014

Orçamento 2014

Gastos Financeiros

14.000.000

12.000.000

10.000.000

8.000.000

6.000.000

4.000.000

2.000.000

0Gastos

OperacionaisCustos

Totais s/ IRC

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RC 2014_37

Resultados

Aestruturadoresultadoantesdeimpostosévistadaseguinteforma:

Resultados(Euros)

2.960.111

516.799

3.476.910

ResultadoOperacional

ResultadoFinanceiro

Resultado antesImposto

Verifica-sequeoresultadofinanceirotemumpesode14.8%nosresultadosantesdeimpostos.

Com um resultado antes de impostos no valor de 3.476.910 €, a Suldouro tem um imposto no ano de 1.304.423 €, representando uma taxa de imposto efetiva de 37,5%.

Com estes valores, a Suldouro atinge um resultado líquido de 2.172.487 €, bastante acima da remuneração garantida para 2014.

Situação Patrimonial

Ativo

AdecomposiçãodoAtivoapresenta-sedaseguinteforma:

Ativo(�)

Investimentos Financeiros 3%

Disponibilidades 5%

Outros Valores Ativos 8%

Dividas de Terceiros + Exist. 18%

Ativos Intangíveis 65%

A rubrica de ativos intangíveis, tal como seria de esperar, é a que tem maior peso na estrutura do Ativo, 18% superior quando comparado com 2013, em prole da diminuição das disponibilidades, devido ao investimento realizado sobretudo no Aterro do Gestal.

Seguidamente temos as dívidas de terceiros representando 18% do ativo. Assiste-se também a um aumento de 3% em relação ao ano anterior, sendo responsável por isso o atraso no pagamento das faturas de 2014 relativas ao Município de Vila Nova de Gaia. Este atraso, originou uma subida de 18,8% no valor da dívida de clientes.

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RC 2014_38

O Município de Santa Maria da Feira não tem qualquer dívida em atraso tendo completamente regularizado o acordo de pagamento celebrado em 2012.

O valor de clientes representa 86% da dívida de terceiros, dizendo os restantes 14% respeito a outros devedores, incluindo Fundo de Coesão, por valores de comparticipação ao investimento.

Oinvestimentofinanceiroacumulado,novalorde2.313.774€,comumpesode4%emrelaçãoaoativototal,dizrespeitoaofundo de Reconstituição de Capital, dando assim cumprimento ao estabelecido na cláusula 12.ª do Contrato de Concessão.

Os outros valores ativos, representam 8% do ativo e dizem respeito a impostos diferidos.

Investimento de 2014

Ovalordoinvestimentoem2014totalizou10.256.891€,repartidodoseguintemodo:

Terrenos 28.601 €

Edifícios e outras construções 32.997 €

Equipamento básico 1.531.689 €

Equipamento de transporte 0 €

Equipamento administrativo 18.120 €

Outros equipamentos 745 €

Em curso 8.644.730 €

Oinvestimentonoanoficou10%aquémdovalororçamentado.Responsávelporessedesvioestáprincipalmenteoatrasonaconstrução do aterro no Gestal.

Deumaformasintéticaosinvestimentoscommaiorrelevânciaforam:

•AquisiçãodeterrenoparabeneficiaçõesCVO;

•ContinuaçãodaaquisiçãodeparcelasdeterrenoparaaconstruçãodoaterronoGestal;

•ContinuaçãodaempreitadadeconstruçãodoaterronoGestal;

•CompensaçõespeloaterronoGestal;

•RemodelaçãodotratamentomecânicodaCVOetrabalhoscomplementares;

•Aquisiçãodecontentores;

•Aquisiçãodedoisgruposgeradores,umdereservaeoutroparasubstituiçãodoqueestáaoperaremregimedecomodato,comprocessosiniciadosnoanoanterior;

•Recondicionamentodosgruposgeradoresdeenergia; •Equipamentodedesobstrução; •DepósitosparareagentesETL; •Iníciodarequalificaçãodoedifícioadministrativo.

Com este investimento, a Suldouro atinge em 31.12.2014 um Ativo Intangível – Direito de Utilização de Infraestruturas – no valor global de 42.985.79 €, o qual já se encontra deduzido de 39.568.731 zz€ respeitante a amortizações.

Oinvestimentofinanceirotraduziu-senoreforçodoFundodeReconstituiçãodeCapitalpelovalorde155.175euros.

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RC 2014_39

OinvestimentoacumuladoestárepartidonasdiversasatividadesdaEmpresaconformesedemonstranográfico.

Ativos por Atividade(�)

Estrutura 1%

Etar 2%

Transportes 3%

Ecopontos/Ecocentros 5%

Biogás 9%

Triagem 9%

CVO 30%

Deposição 41%

Financiamento do ativo

NãopodemosdeixardereferirqueossubsídiosoriundosdoFundodeCoesãoedoQRENsãoresponsáveispor14%dofinanciamentodetodooativo.

Aperderpesonofinanciamentodomesmo(37%),estãoasdívidasaterceiros,contemplando,os20.583.333€relativosaoempréstimo de médio e longo prazo contraído junto do BEI. Anualmente são amortizados 3.166.667 €.

Financiamento do Ativo(�)

Subsídios do Fundo de Coesão 14%

Por Dívidas a Terceiros 37%

Capital da Empresa 49%

Remuneração de Capitais

Em 2014 foram distribuídos 123.817,81 € de dividendos relativos a 2013.

A remuneração correspondente ao ano de 2014 foi de 125.833,20 €, sendo a que se encontra em dívida em 31 de dezembro de 2014.

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RC 2014_40

Prazos médios de recebimentos

A evolução do prazo médio de recebimentos (PMR) dos clientes e a evolução do prazo médio de pagamentos (PMP) a fornecedores, calculadoemconformidadecomaRCM34/2008de22defevereiro,queaprovouoprograma“PagaraTempoeHoras”comaalteraçãointroduzidapeloDespachon.º9870/2009,de13deabril,éconformeseapresenta:

2011 2012 2013 2014

PMR (dias) 62,80 96,00 115,29 80,00

PMP (dias) 57,20 60,00 31,34 35,00

62,80

PMR(dias)

2011 2012 2013 2014

96,00

115,29

80,00

Em2014,verificou-seumadiminuiçãonoPMR.

Nofinalde2013,foiefetuadoumacordocomoMunicípiodeVilaNovadeGaiaparaaregularizaçãodadívidaaessadata.Atédezembro, durante todo o ano, de 2013 este município manteve uma divida com algum atraso, tendo elevado o prazo médio de recebimento.

Este ano, uma vez que os acordos de pagamento da dívida não entram para o cálculo médio de recebimentos, o Município de Santa Maria da Feira não teve qualquer atraso de pagamento e o Município de Vila Nova de Gaia só teve atraso em algumas faturas de 2014, o prazo médio de recebimentos acabou por baixar.

O único acordo de pagamento de divida existente em 31/12/2014, é o acordo de pagamento com o Município de Vila Nova de Gaia com um saldo a essa data de 5.373.310,52 €.

57,20

PMP(dias)

2011 2012 2013 2014

60,00

31,34 35,00

O excesso de liquidez ainda tem permitido manter aproximadamente o prazo médio de pagamento, tendo sido aproveitado todos os descontos de pronto pagamento dado pelos fornecedores.

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RC 2014_41

6. Atividade Operacional

6.1. Estrutura Organizacional

A31/12/2014,com80colaboradores,aestruturadaSuldouroérepresentadapeloseguinteorganigrama:

Deposição

Central de Valorização Energética

Conselho deAdministração

DireçãoTécnica

Direção deProdução

Contabilidade

Tesouraria

Planeamento e Controlo de Gestão

Comercial

Recursos Humanos

Logística

Direção Administrativae Fianaceira

Comunicaçãoe Imagem

ApoioJúridico

Higiene, Saúdee Segurança Secretariado

Central de Valorização Orgânica

Organigrama

Conservaçãoe Manutenção

RecolhaSeletiva

Tratamento de Efluentes

Estudos, Licenciamentos, Planeamento e Obras

Sistema deGestão Integrado

GestãoAmbiental

Triagem

Legenda

Direção Área FunçãoDepartamento

Direção Administrativa e Financeira •garantirofuncionamentoglobaldasfunçõesfinanceiraeadministrativa; •asseguraroapoioàAdministraçãoemmatériadegestãoeconómicaefinanceira; •gerirosrecursoshumanosdaempresaeapoiaraAdministraçãonadefiniçãoecontroledaspolíticasaimplementarnestaárea; •gerirosaprovisionamentosestocks.

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RC 2014_42

Direção de Produção •asseguraraoperaçãodasinfraestruturaseequipamentossobasuaresponsabilidade,zelandopeloseubomestadoefuncionamento,

comosmínimosconsumosdeenergiae/oucombustível; •seguirasboasnormaseprocedimentosnadeposiçãoderesíduos,suavalorizaçãoetratamentocumprindoalegislaçãonacional

ecomunitáriaquandoaplicável; •otimizarosprocessosprodutivos,enfatizandoarecolhaseletivaetriagemavalorizaçãoorgânicaeavalorizaçãoenergética

do biogás.

Direção Técnica

•assegurarocumprimentodosprocedimentosinternoselegislaçãoaplicável;

•realizarprocessosdeinvestigaçãoedesenvolvimento;

•promoveramelhoriacontínuadosprocessosoperacionaisdaempresa;

•asseguraraimplementaçãodosistemadequalidade,ambienteesegurança,deacordocomasrespetivasnormasinternacionais;

•gerirosinvestimentosemcurso.

Higiene, Saúde e Segurança

•assegurartodasasatividadesnecessáriasàpromoçãodasegurançaehigienedotrabalho;

•promoveravigilânciadasaúdedetodosostrabalhadores;

•assegurarocumprimentodetodaalegislaçãoaplicável.

Comunicação e Imagem

•asseguraraconcretizaçãodapolíticaderelacionamentoeaprestaçãodeinformaçãoàsentidadesemeioenvolventeàempresa; •asseguraracomunicaçãoinstitucional; •promovercampanhasdesensibilizaçãoeeducaçãoambiental.

6.2. Exploração do ano

A exploração do ano em análise decorreu de forma favorável, dando cumprimento aos requisitos normativos e legais, otimizando aoperaçãonosentidodamaximizaçãodaeficiência.

Ao nível da valorização energética do biogás do aterro e da CVO é de salientar os resultados obtidos, tendo a exportação total deenergiaelétricaatingidoovalorde49.513MWh,ouseja,6%acimadovalorobtidoem2013;estaeletricidadefoiproduzidaatravés dos sete motores geradores e das duas unidades de aproveitamento do calor dos gases de escape instaladas.

RelativamenteàCentraldeValorizaçãoOrgânicaverificou-senoanotransatoosegundoanodeoperaçãosobreresponsabilidadediretadaSuldouro.Atendendoàexperiênciadeexploraçãoobtidaemanterioresperíodos,acrescentandoalguminvestimentoeafinaçõesadicionais,foipossívelsuperarataxamédianominaldeoperaçãodestaunidade,sendoquenoperíodoemquestãoosresultadosfinaisapontamparaoperação36%acimadosdadosdeprojetoeimplicouaindaumníveldeatividade116%superiorface a 2013. Atingiu-se como tal, a meta de desvio de RUB de aterro.

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RC 2014_43

Em 2014 e contrariamente à tendência verificada em anteriores anos, registou-se um aumento da produção de resíduosindiferenciados,situaçãoquenãoseverificounosresíduosrecolhidosseletivamentequevoltaramaverificarumdecréscimo.Uma vez mais julga-se que este fenómeno acompanhou a evolução registada ao nível da situação socioeconómica, com o incremento dos hábitos de consumo.

Via de acesso ao aterro do Gestal.

Produção de Resíduos Urbanos Indiferenciados

A receção de resíduos urbanos indiferenciados municipais (RU) atingiu no ano o valor de 169.232 ton. Este resultado corresponde aumaumentode3,3%emrelaçãoaoorçamento(163.772ton.),significandoumaumentode3,9%faceaoanoanterior.

AmbososMunicípioscontribuíramparaastendênciasverificadas,sendoqueoaumentodaproduçãoemVilaNovadeGaiaatingiu os 3,7% e em Santa Maria da Feira o aumento foi de 4,4%, face ao período homólogo. A contribuição dos municípios na produção de resíduos indiferenciados do sistema é de 75,51% para Vila Nova de Gaia e 24,63% para Santa Maria da Feira, relação que se mantém muito estável desde 2006.

Nafiguraaseguirapresenta-seadistribuiçãomensaldareceçãoderesíduosindiferenciadosesuacomparaçãocomperíodoshomólogos:

Receção de Resíduos Urbanos(Mg/Mês)

janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro

16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

2013

2014

Da quantidade total de RU recebidos na Suldouro, 110.928 ton. foram depositadas no Aterro de Sermonde, o que corresponde aumareduçãode18,4%emrelaçãoaoanoanterior.Esta reduçãoé justificadapeloaumentodasquantidadesderesíduosenviadosparatratamentonaCentraldeValorizaçãoOrgânica(CVO),58.304ton.,promovendo-seassimocumprimentodasdiretivasdereduçãodematériaorgânicaematerro.

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RC 2014_44

Receção de resíduos equiparados a urbanos

Em 2014 a receção de resíduos urbanos provenientes de empresas (resíduos equiparados a urbanos – REU), seguiu a tendência dereduçãoquesetemvindoaverificarnosanosanteriores,atingindoumvalorde1.296ton.Estevaloréinferiorem35,5%faceao ano anterior e 35,2% relativamente ao orçamentado.

Nafiguraseguinteestárepresentadaareceçãomensaldestetipoderesíduoseasuacomparaçãocomperíodohomólogo:

Receção Mensal de Resíduos Particulares(Mg/Mês)

janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro

200

150

100

50

0

2013

2014

Valorização energética do biogás

ACVE,agoracompostapor7gruposgeradorese2ORC,promoveuavendaàRENde49.513MWh.Relativamentea2013implicou um aumento de 6,0% e face ao orçamento de 24,1%. Destes dados resulta uma redução das emissões de GEE na ordem das 18.570 ton. de CO2 eq.

Nafiguraseguinteestárepresentadaavendadeeletricidademensalesuacomparaçãocomadoanoanterior:

2013

2014

Venda Mensal de Eletricidade Produzida a partir de Biogás(MWh/Mês)

janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro

5.000

4.500

4.000

3.500

3.000

2.500

2.000

1500

1.000

500

0

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RC 2014_45

Tratamento dos Resíduos Urbanos

AvalorizaçãodosresíduosnaSuldouroassentaemtrêsvertentes:

Resíduos indiferenciados depositados em aterro.

Resíduosenviadosparavalorizaçãoorgânica,naCVO.

A valorização material, conseguida cumulativamente com recolha seletiva, triagem e posterior envio dos resíduos para reciclagem.

Nafigura seguinteapresenta-seaevoluçãodosquantitativosdos resíduos rececionadosno sistema, faceaosdestinosatrásmencionados. Evidencia-se a evolução incremental na valorização orgânica, da qual resulta uma redução proporcional nadeposição direta em aterro.

Destino dos Resíduos Entrados no Sistema(Percentagem)

Valorização Material 9% | 8%

Valorização Orgânica 15% | 32%

Deposição Aterro 76% | 60%

2013 2014

100%

80%

60%

40%

20%

0%

Recolha seletiva multimaterial e retomas

Para o efeito, este ano a Suldouro aumentou em 1,4% a sua rede de ecopontos, passando a um total de 1730 ecopontos, conduzindo a um ratio de 256 habitantes por ecoponto, o que constitui um excelente indicador em termos de cobertura de serviço.

Paradarrespostaàrecolhaseletivadeembalagensnocomérciolocal,mantiveram-seemlaboraçãotrêsviaturasespecíficaspararecolha de embalagens em regime de porta-a-porta.

Concomitante aos crescentes esforços desenvolvidos na dinamização da recolha seletiva dos resíduos de embalagem nos ecopontos verifica-seumdecréscimode1,4%naquantidadedematerialtrifluxorecolhido,faceaoanoanterior,perfazendoumtotalde13.662ton.Emtermosderesultadosindividuaistemos:

Vidro -6,3%

Papel/Cartão 1,7%

Plástico/Metal/ECAL 4,4%

A contribuição dos quatro ecocentros do sistema é também de considerar, tendo recebido um total de 3.792 ton. de materiais, dos quais 977 ton. são materiais recicláveis. Nestas instalações assistiu-se, relativamente ao ano anterior, a um aumento de 20% nosresíduosrecebidos,verificando-seumaumentode12,3%dosmateriaisenviadosparareciclagem.

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RC 2014_46

NasfigurasapresentadasaseguirestãoindicadososvaloresdarecolhatrifluxopormaterialeConcelho,comparandocomosvalores do ano anterior.

Recolha Trifluxo em Vila Nova de Gaia(Mg)

2013

2014

Vidro Papel/Cartão Plástico/Metal/ECAL

4.000

3.000

2.000

1.000

0

Recolha Trifluxo em Santa Maria da Feira(Mg)

2013

2014

Vidro Papel/Cartão Plástico/Metal/ECAL

4.000

3.000

2.000

1.000

0

O encaminhamento para reciclagem em 2014, também denominado de retoma de materiais provenientes da recolha seletiva, foi de 13.060 ton., em que 12.328 ton. vão através da Sociedade Ponto Verde. Face ao ano anterior, estes quantitativos representam uma redução de 4,3%.

Central de Valorização Orgânica

ACVOconfiguraumtratamentomecânicoebiológico(TMB)pordigestãoanaeróbia.AmesmaoperacomosRUindiferenciados,deondeapóstratamentomecânicoseobtémduasfrações:afraçãoorgânica,quesegueparaotratamentobiológico,eaoutrafração que segue para triagem para seleção dos materiais com potencial de reciclagem. Em 2014 foi terminada a Empreita de RemodelaçãodoTratamentoMecânicodaCVO,oquepermitiuoaumentodarecuperaçãoderecicláveis.

Ecocentro do Gestal.

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RC 2014_47

Avalorizaçãoorgânicaderesíduosregistouumincrementosignificativoem2014,justificadonãosópelacurvadeaprendizagem,oquesetraduziunãosónoaumentodeeficiênciadosprocessos,comotambémnoiníciodeumterceiroturnodeoperação.

Nafiguraaseguirapresenta-seadistribuiçãomensaldareceçãoderesíduosindiferenciadosnaCVOesuacomparaçãocomadoanoanterior:

Receção de Resíduos Urbanos na CVO(Mg)

2013

2014

janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro

7.000

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0

O aumento de resíduos processados permitiu o envio para reciclagem 2969 toneladas de resíduos selecionados o que representa um aumento de 610% face ao ano anterior. Não obstante o aumento de resíduos processados, registou-se uma redução da produçãotantodecompostocomodeeletricidadeapartirdobiogás,comportamentojustificadoporalgumainstabilidadenoprocesso,consequênciadaempreitadaderemodelação.Osquantitativosobtidosforam:

•Recicláveis: 2.969ton. •Eletricidade: 2.973MWh. •Compostoretomado:1.482ton.

Participações em entidades de natureza associativa

A Suldouro é socia fundadora da Energaia com uma participação de 2500 ações no valor unitário de 1,00 €. A Energaia é a AgênciadeEnergiadoSuldaÁreaMetropolitanadoPorto,englobandonasuaáreadeinfluênciaosmunicípiosdeSantaMariadaFeiraeVilaNovadeGaia,beneficiandoaSuldourodoseuapoionagestãoenergéticaetemáticascorrelacionadas.

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RC 2014_48

7. Objetivos de Gestão

No Conselho de Administração da EGF de 16 de junho de 2014, foram aprovadas as metas de indicadores de Gestão para 2014. Em 2014, os valores das metas atribuídas e os respetivos valores alcançados, calculados pela Suldouro e ainda sujeitos a auditoria, apresentam-sedeseguida:

Objetivos de Gestão para 2014

IndicadoresDescrição dos Indicadores

Unidade OPT2014Valor 2013

Valor 2014

Grau de Atingimento

Objetivo

Indicadores de Eficiência

PRC Plano de Redução de Custos (%) 0,43 0,45 1,03 atingido

RNN Receitas de Novos Negócios (mil €) 4 915 6 097 1,24 superado

Indicadores Financeiros

DCDMR Dívida Vencida de Clientes Municipais (mil €) 0 2 542 2,54 não atingido

DTE (Degradação de Tesouraria de Exploração)

PMR (meses) 4 30,54 superado

PMP (meses) 1 1

ROCE Retorno do Capital Empregue (%) 0,06 0,06 superado

PEC Endividamento bancário total (%) -0,13 -0,13 superado

EBITDA Variação da Margem EBITDA (%) 0,568 0,56 0,98 atingido

Indicador de Reporting superado

Cumpr. Prazos de Reporting ao Acionista (dias) superado

Cumpr. das Orientações Corporativas ( %) superado

Envio de Orçamento para Concedente ( %) superado

Indicador de Gestão de 2014 2,52 superado

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RC 2014_49

8. Cumprimento das Obrigações Legais

Cumprimento das Orientações LegaisDivulgação

Quantificação JustificaçãoS N NA

Objetivos de Gestão/Planos de Atividade e Orçamento

Objetivos de Gestão (Despacho155/2011,de28deabril;DL133/2013)

Ver n.º 7 do Capitulo A.

Gestão do Risco Financeiro (Despachos 101/2009-SET e 155/2011-MEF)

x

A avaliação deste indicador é efetuada do ponto de vista consolidado e é divulgado no

relatório de gestão da AdP SGPS.

Limites ao Endividamento (DL 133/2013)

x

A avaliação deste indicador é efetuada do ponto de vista consolidado e é divulgado no

relatório de gestão da AdP SGPS.

Evolução do PMP a Fornecedores (dias)

xComo se demonstra no quadro

a seguir.

Atrasos nos Pagamentos (Arrears)

x Não há atrasos nos pagamentos.

Recomendações do acionista na última aprovação de contas

Recomendação x 0Não foi efetuada qualquer

recomendação.

Remunerações

Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 41.º da Lei 83-C/2013

x

Ver n.º VI do Relatório do Governo Societário.

Órgãos sociais – redução remuneratória, nos termos do art.º 33.º da Lei -C/2013 e C

x

Órgãos Sociais – redução de 5%,por aplicação artigo 12.º da Lei n.º 12-A/2010

x

Auditor Externo – redução remuneratória,nos termos do art.º 73.º da Lei 83-C/2013

x

Restantes trabalhadores – redução remuneratória, nos termos do art.º 33.º da Lei 83-C/2013 e da Lei 75/2014

x

Proibição de valorizações remuneratórias, nos termos do art.º 39.º da Lei 83-C/2013

x

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RC 2014_50

Cumprimento das Orientações Legais (Continuação)

DivulgaçãoQuantificação Justificação

S N NA

Artigo 32.º do EGP

Utilização de cartões de crédito x Não houve.

Reembolso de despesas de representação pessoal

x Não houve.

Contratação Publica

Aplicação das Normas de contratação pública

Ver nota a seguir neste ponto.

Contratos submetidos a visto prévio do Tribunal de Contas

0

Auditorias do Tribunal de Contas

Recomendação x 0Não houve auditoria do tribunal de contas.

Parque Automóvel

Var. em 2014 do n.º total de veículos utilizados pela empresa face a 2013

0

Plano de redução de custos, nos termos dos art.os 60 e 61 da Lei n.º 83-C/2013

x

A avaliação deste indicador é efetuada do ponto de vista consolidado e é divulgado no

relatório de gestão da AdP SGPS.Redução de trabalhadores (art.º 63 da Lei n.º 66-B/2012)

N.º de Trabalhadores x A avaliação deste indicador é efetuada do ponto de vista consolidado e é divulgado no

relatório de gestão da AdP SGPS.N.º de Cargos Dirigentes x

Princípio de Unidade de Tesouraria x Ver nota a seguir neste ponto.

Princípio de Igualdade do Género x Ver nota a seguir neste ponto.

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RC 2014_51

A Suldouro, por intermédio da AdP, SGPS, aguarda instruções da Tutela sobre o modo de articulação e relato de informação exigida nos termos do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, para com a unidade técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Estatal.

Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores nos termos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009 de 13 de abril

PMP2014 2013 Var. (%)

4.ºT 2013 / 4.ºT 20131.º T 2.º T 3.º T 4.º T 1.º T 2.º T 3.º T 4.º T

Prazo (dias) 37,00 37,00 39,00 35,00 51,87 48,01 35,22 31,34 11,68%

A Suldouro não tem atrasos de pagamento a divulgar.

Compras; contratação pública; medidas de racionalização de política de aprovisionamento de bens e serviçosO grupo AdP dispõe de uma unidade de serviços partilhados – a AdP – Águas de Portugal Serviços Ambientais, S.A. – que funcionacomoestruturaoperacionaldecentralização,otimizaçãoeracionalizaçãodaaquisiçãodebenseserviçosnoâmbitodas atividades a que se dedicam as empresas que integram o Grupo. Neste quadro foi estabelecido um modelo relacional no âmbitodoqualseencontralistadoumconjuntodiferenciadodebenseserviçoscujacontrataçãoseoperaatravésdaDireçãodeCompras Centralizadas da AdP Serviços, que funciona como central de compras do Grupo. A existência desta estrutura interna doGrupojustifica-senamedidaemquepermitetirarpartidodaescalaesinergiasangariadaspelouniversodoGrupoecomissoobter condições contratuais mais atrativas para este conjunto de empresas ao mesmo tempo que as liberta da necessidade de tramitaremprocedimentosdecontrataçãoautónomoscomainerentecargaadministrativaefinanceiraassociada,acrescentandovaloràsuaatividade.Acrescequeboapartedosbenseserviçosdequeasempresasparticipadasnecessitamparadesenvolverassuasatividadesserevestemdeparticularidadesespecíficaserelevantes,designadamenteosreagentesquímicoseosmateriaisdelaboratóriousadospelossegmentosdetratamentodeágua/efluenteseosequipamentosecontentoresutilizadospelaUnidadede Negócio Resíduos, entre outros. De entre o universo das categorias contratadas destaque para a energia elétrica, com um conjunto vasto de instalações incluídas na Alta Tensão, Média Tensão, Baixa Tensão Normal e Baixa Tensão Especial, onde a escalaproporcionadapelouniversodoGrupotempermitidoaobtençãodesinergiasmuitosignificativasquetêmproduzidoexcelentes resultados aonívelda centralizaçãodeaquisições.Outradas categorias relevantesé a relativa à contrataçãodacarteiradesegurosdoGrupo,adaptadaàrealidadeeàsnecessidadesdeumconjuntomuitovastodeempresas,comgrandenúmerodeinstalaçõesecomriscosespecíficosdecorrentesdasuaatividade,quenocontratoagregadosãodiluídosemresultadodadiversificaçãooperada.Nestecampoasoluçãoagregadaparaacoberturadaresponsabilidadeambientalconstituiumbomexemplo das vantagens decorrentes da contratação centralizada. Na sua atividade a Direção de Compras Centralizadas da AdP Serviços, tramita anualmente um vasto conjunto de procedimentos de contratação pública estudando o mercado e recorrendo às soluçõesmais eficientes e adaptadas a cada categoria combenefícios apreciáveis comoos que foi possível obter comarealizaçãodeumleilãoeletrónicoparaacontrataçãodosserviçosdevozfixaemóvelparaouniversodoGrupoAdP.

Cumprimento da Lei n.o 66-B/2012, de 31 de dezembro e Despacho n.o 2424/13 — SET no que diz respeito ao Princípio da Unidade de Tesouraria do EstadoAcoordenaçãoeobtençãodosfinanciamentosàatividadedasempresasdogrupoAdPsãodesenvolvidaspelaAdPSGPS,noâmbitodoseuobjetosocial,procurandoaholdingcriarosmeiosnecessáriosparafazerfaceàsnecessidadesdassociedadesqueconstamdoseuportefólio,tendosemprepresenteoobjetivodemanteroequilíbrioeprudênciadaestruturadefinanciamentoe risco de liquidez numa perspetiva consolidada.AcentralizaçãodepartesignificativadefundosnaAdPSGPStempermitidogerir,deformacoesaecoerente,asnecessidadesfinanceiras doGrupo, com reduzidos impactos na atividade de exploraçãodas suas empresas participadas.Os excedentespermanentes de tesouraria foram aplicados junto do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, mantendo-se os excedentestemporárioscomocauçãoparcialdaslinhasdefinanciamentodecurtoprazoobtidas.Paraesteefeitofoisolicitadapela AdP SGPS, em nome das empresas do grupo AdP, nos termos do artigo 124.º, n.º 1, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, a dispensa parcial do cumprimento do princípio de unidade de tesouraria do Estado (PUTE). Esta dispensa parcial foi, nos termos dareferidalei,conferidaàsempresasdogrupoAdPatravésdoDespachon.º2671/14emitidopelaSenhoraSecretáriadeEstadodo Tesouro.

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RC 2014_52

% de Cash Depositado no IGCP

Por tipo de aplicação Total IGCP Outros

Médio e longo prazo 32,62% 79,88% 0

Curto prazo 67,38% 20,12% 100,00%

Total 100,00% 100,00% 100,00%

Medidas adotadas no que respeita ao Princípio da Igualdade do GéneroO grupo Águas de Portugal rege-se por um conjunto de princípios que promovem a Igualdade de Géneros, através da adoção de práticasevidentesdenãodiscriminação,sejaemrazãodaraça,etnia,sexo,idade,deficiênciafísica,convicçãoreligiosa,opiniãooufiliaçãopolítica.Apromoçãodaigualdadedetratamentoedeoportunidadesentrehomensemulheres,assimcomo,aadoçãodemedidastendentesapotenciaraconciliaçãoentreavidapessoaleprofissional,sãoobjetivosestratégicosdasempresasdoGrupo.

OgrupoÁguasdePortugaltem38%dassuasempresascertificadasemResponsabilidadeSocial,deacordocomosrequisitosdanorma SA8000, e está comprometido com o United Nations Global Compactquenoseuprincípion.º6enunciaa“eliminaçãodadiscriminaçãonoempregoeocupação”.EstescompromissossãoumgaranteadicionaldorespeitopeloPrincípiodaIgualdadedoGénero.

O grupo Águas de Portugal aposta igualmente na mobilidade interna como forma de proporcionar aos colaboradores um melhor equilíbrioentreavidapessoaleprofissional.AsoportunidadesqueemcadamomentoexistamsãodivulgadasportodooGrupopermitindo a candidatura dos colaboradores que, fruto das suas motivações, pretendam abraçar outra função na mesma ou noutra empresa.

Apossibilidadedetrabalharemregimedehorárioflexívelouinclusiveatempoparcialpermiteaoscolaboradoresajustarmelhoroseuhoráriodetrabalhoàsnecessidadesdasuavidafamiliar.”

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RC 2014_53

9. Perspetivas para o Futuro

Em2015aSuldourovai,maisumavez,enoquerespeitaàgestãodosresíduosurbanos,procurardarcontinuidadeàprossecuçãodosobjetivosestratégicos,emconsonânciacomasorientaçõestransmitidasatravésdosplanosnacionaisparaosetor,ondeassumeespecialrelevooPERSU2020.Acorporizaçãodestesobjetivospassaessencialmentepor:

•concluiraobradoaterrodoGestaleiniciarasuaoperação;

•desviardeaterropartedosresíduosorgânicos/biodegradáveis,aseremtratadosnaCentraldeValorizaçãoOrgânica(CVO),pordigestãoanaeróbiacomseparaçãomecânica;

•promoveroaproveitamentoderesíduosrecicláveis,apartirdaseparaçãomecânicadaCVO;

•criarcondiçõesparaavalorizaçãodafração“resto”resultantedaseparaçãomecânicadaCVO,quenãosejampassíveisdevalorizaçãoporreciclagem,nomeadamenteatravésdoseuencaminhamentoparaCDR;

•adquirirequipamentosmóveisnecessáriosàoperação,porsubstituiçãoporfimdevidaútil;

•iniciaroinvestimentonoreforçodotratamentodaCVOcomvistaàmaximizaçãodaquantidadedemateriaisrecuperadosparareciclagem,aoaumentodaquantidadedematériaorgânicadesviadadeaterroeàsuamaioroperacionalidade;

•reforçarosmeiosderecolhaseletivamultimaterialatravésdapromoçãodaotimizaçãodoscircuitos,comrecursoasoftwareespecíficoeaoaumentodadensidadedeecopontos;

•realizarosprojetosnecessáriosaoaumentodacapacidadedaestaçãodetriagem,deformaaprocessarosmaioresquantitativosprevistosnofuturo;

•realizarexperiênciaspilotoderecolhaporta-a-portaemduaszonasruraiseduaszonasurbanasdosmunicípiosdeSantaMaria da Feira e Vila Nova de Gaia.

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RC 2014_54

10. Factos relevantes após o Termo do Exercício

Não são conhecidos quaisquer factos relevantes que mereçam ser assinalados.

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11. Sucursais da Sociedade

A Suldouro não tem sucursais.

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12. Considerações Finais

ASuldouroconscientedaimportânciadoseucontributoparaodesenvolvimentodaregiãoemqueseinsereedaqualidadedevidadosseushabitantes,continuaráaenvidartodososesforçosnessesentido,contandocomoapoiodosseusstakeholdersaquemmuitoagradece,pedindoabondadedepoderdistinguir: •OMinistériodoAmbientedoOrdenamentodoTerritórioeEnergia,aComissãodeCoordenaçãoeDesenvolvimento

Regional do Norte, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, pela colaboração prestada.

•OsAcionistaspeloapoioeconfiançanodesempenhodaatividadedoConselho.

•OROCpeloempenhoedisponibilidadecomquesempretemacompanhadoaatividadedaEmpresa.

•OAuditorIndependentepelacolaboraçãoedisponibilidadedemonstradas. •Todososcolaboradoresequadrosdaempresa,peladedicaçãoeempenhosempredemonstrados.

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RC 2014_57

13. Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração propõe que o Resultado Liquido do Exercício de 2014, no valor de 2.172.487,10 €, tenha a seguinte aplicação:

RL=ReservaLegal=108.624,36€;

DD=DistribuiçãodeDividendos=125.833,20€;

RR=ReservaContratualRealizada=969.014,77€;

RT = Reservas livres = 969.014,77 €

A Reserva Contratual Realizada inclui os valores respeitantes ao cumprimento do n.º 6 da cáusula 16.ª do Contrato de Concessão e poderá ser movimentada como uma reserva livre, nos termos do Código das Sociedades Comercias.

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RC 2014_58

14. Anexo ao Relatório

Lista a que se refere o n.o 5 do Art.o 447.o do Código das Sociedades Comerciais

Nada a referir.

Lista a que se refere o n.o 4 do Art.o 448.o do Código das Sociedades Comerciais

Acionistas:

Acionistas % Valor N.º Ações

Empresa Geral do Fomento, S.A. 60% 2.040.000 408.000

CâmaraMunicipaldeVilaNovadeGaia 25% 850.000 170.000

CâmaraMunicipaldeSantaMariadaFeira 15% 510.000 102.000

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RC 2014_59

15. Relatório dos Administradores Não Executivos

Relatório dos Administradores Não Executivos Sobre o Desempenho do Administrador Executivo

IntroduçãoNostermosdon.º8doartigo407.ºdoCódigodasSociedadesComerciais,enoâmbitodasnossascompetênciasdevigilânciageralsobre a atuação dos administradores com funções executivas, é emitido o presente relatório sobre o desempenho dos mesmos, durante o exercício de 2014.

AtividadeNos termos da Lei, e das competências que o Estatuto do Gestor Público determina, e de outras atribuições decididas pelo conselho de administração, acompanhámos a gestão da empresa e o desempenho dos administradores executivos.

As nossas funções foram exercidas com independência, sendo nosso juízo, no que se refere aos administradores executivos, livre e incondicionado.

ParecerFace ao acima exposto, fazemos uma apreciação positiva do desempenho global do administrador executivo, salientando a sua preocupação em auscultar as nossas opiniões e juízos de valor sobre as ações de gestão, adotando em muitas ocasiões os conceitos das nossas intervenções mais relevantes, tendo em vista um melhor rigor na gestão da empresa.

Vila Nova de Gaia, 11 de fevereiro de 2015

Os Administradores Não Executivos O Conselho de Administração

Ana Mafalda Almeida Bernardo Pinto Monteiro Miguel Augusto Salgueiro da Silva Ferreira

César Fernando Couto Oliveira Ana Mafalda Almeida Bernardo Pinto Monteiro

José Fernando Moreira César Fernando Couto Oliveira

José Fernando Moreira

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Contas do Exercício de 2014

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Índice65 Demonstraçãodaposiçãofinanceira67 Demonstração dos resultados e de outro rendimento integral

68 Demonstração das alterações do capital próprio

69 Demonstraçãodosfluxosdecaixa69 Decomposição de caixa e seus equivalentes

71 1. Atividade económica da SULDOURO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A.

71 1.1. Introdução

71 1.2. Atividade

71 1.3. Acionistas

71 1.4.Aprovaçãodasdemonstraçõesfinanceiras

72 2. Politicas contabilísticas

72 2.1. Bases de apresentação

77 2.2. Conversão cambial

77 2.3. Atividade concessionada – IFRIC 12

80 2.4. Locações

80 2.5. Ativos intangíveis

80 2.6.Ativosepassivosfinanceiros80 2.6.1.Classificaçãodeativosfinanceiros

81 2.6.2.Passivosfinanceiros

82 2.7. Clientes e outras contas a receber

82 2.8. Inventários

82 2.9. Caixa e equivalentes de caixa

83 2.11. Capital

83 2.12. Dividendos a pagar

83 2.13. Subsídios do governo

83 2.14. Provisões, ativos e passivos contingentes

84 2.15. Imposto

84 2.16. Rédito

85 2.17. Gastos e perdas

85 2.18. Eventos subsequentes

86 3.Políticasdegestãodoriscofinanceiro86 3.1. Fatores de risco

86 3.2. Risco de crédito

87 3.3. Risco de liquidez

87 3.4.Riscodefluxosdecaixaedejustovalorassociadoàtaxadejuro88 3.5. Risco de capital

88 3.6. Risco regulatório

89 4. Estimativas e julgamentos

89 4.1. Provisões

89 4.2. Acréscimos de custos de investimento contratual

89 4.3. Imparidade

90 5.Instrumentosfinanceirosporcategoria92 6. Ativos intangíveis

93 7.Investimentosfinanceiros94 8. Impostos diferidos

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96 9. Clientes

96 9.1. Clientes – Municípios

96 9.2. Clientes – Municípios – total da dívida por vencimento

97 10. Inventários

97 11. Estado e outros entes públicos

97 12. Imposto sobre o rendimento

98 12.1. Imposto do exercício

98 12.2. Reconciliação entre a taxa normal e a taxa efetiva de imposto

98 13. Outros ativos correntes

99 14. Caixa e bancos

99 15. Capital

99 15.1. Resultado por ação

99 15.2. Movimentos do período

100 16. Empréstimos

100 16.1. Empréstimos por intervalos de maturidade

100 16.2. Empréstimos por tipo de taxa de juro

101 16.3. Linhas de crédito contratadas e não utilizadas

101 17. Acréscimos de custos de investimento contratual

101 18. Subsídios ao investimento

101 18.1. Movimentos do período

102 19. Fornecedores correntes

102 20. Outros passivos correntes

102 21. Vendas e prestação de serviços

102 21.1. Vendas

103 21.2. Prestação de serviços

103 22. Custo das vendas

103 23. Fornecimentos e serviços externos

104 24. Gastos com pessoal

104 25. Depreciações, amortizações e reversões do exercício

104 26. Provisões do exercício

105 27. Perdas por imparidade e reversões do exercício

105 28. Outros gastos e perdas operacionais

105 29. Outros rendimentos e ganhos operacionais

105 30.Gastosfinanceiros106 31.Rendimentosfinanceiros106 32. Transações e saldos com entidades relacionadas

107 33. Compromissos

110 34. Ativos e passivos contingentes

110 34.1. Garantias prestadas

110 34.2. Processos judiciais

110 34.3. Diferendos

110 35. Informações exigidas por diplomas legais

111 36. Rendimento garantido

112 37. Informações relevantes

113 38. Eventos Subsequentes

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RC 2014_64

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RC 2014_65

Demonstração da Posição Financeira

Notas31.12.2014

IFRS31.12.2013

IFRS

Ativos Não Correntes

Ativos intangíveis 6 42 985 796 36 887 601

Ativosfixostangíveis 0 0

Propriedades de investimento 0 0

Investimentosfinanceiros 7 2 313 774 2 158 599

Ativos por impostos diferidos 8 5 448 586 5 673 533

Clientes e outros ativos não correntes 9 3 038 323 5 362 765

Total dos ativos não correntes 53 786 480 50 082 499

Ativos Correntes

Inventários 10 114 934 115 884

Clientes 9 6 983 833 3 071 076

Estado e outros entes públicos 11

Imposto s/ o rendimento do exercício 12

Outros ativos correntes 13 1 535 542 1 759 723

Caixa e seus equivalentes 14 3 352 536 12 706 116

Total dos ativos correntes 11 986 844 17 652 799

Total do ativo 65 773 324 67 735 298

Capital próprio dos acionistas maioritários

Capital social 15 3 400 000 3 400 000

Reservas e outros ajustamentos 15 7 266 318 5 663 614

Resultados transitados 15 0 0

Resultado líquido do exercício 2 172 487 1 726 521

Total do capital próprio 12 838 805 10 790 136

Passivos Não Correntes

Empréstimos 16 17 416 666,68 20 583 333

Passivos por impostos diferidos 8 1 988 199 2 484 682

Fornecedores e outros passivos não correntes 0 0

Acrésc. de custos do invest.contratual 17 18 239 781 16 713 073

Subsídios ao investimento 18 9 482 442 10 860 327

Total dos passivos não correntes 47 127 088 50 641 416

Passivos Correntes

Empréstimos 16 3 166 667 3 166 667

Fornecedores 19 827 591 1 827 404

Outros passivos correntes 20 880 634 564 238

Imposto s/ o rendimento do exercício 12 376 305 254 989

Estado e outros entes públicos 11 556 234 490 449

Total dos passivos correntes 5 807 430 6 303 746

Total do passivo 52 934 519 56 945 162

Total do passivo e do capital próprio 65 773 324 67 735 298

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RC 2014_67

Demonstração dos resultados e de outro rendimento integral

Notas31.12.2014 31.12.2013

IFRS IFRS

Vendas 21 8 907 239 7 912 194

Prestações de serviços 21 4 008 768 3 893 557

Volume de negócios 12 916 007 11 805 751

Custo das vendas/variação dos inventários 22 (523 302) (438 321)

Margem bruta 12 392 705 11 367 430

Fornecimentos e serviços externos 23 (3 432 006) (2 538 111)

Gastos com pessoal 24 (1 834 537) (2 212 848)

Amortizações, depreciações e reversões do exercício 25 (5 685 404) (5 628 894)

Provisões e reversões do exercício 26 0 30 793

Perdas por imparidade e reversões 27 (56) (82)

Subsídios ao investimento 18 1 439 571 1 431 436

Outros gastos e perdas operacionais 28 (130 529) (127 971)

Outros rendimentos e ganhos operacionais 29 210 368 101 281

Resultados operacionais 2 960 111 2 423 036

Gastosfinanceiros 30 (191 944) (524 005)

Rendimentosfinanceiros 31 708 743 968 162

Ganhos/(perdas)deinvestimentosfinanceiros 0 0

Resultados financeiros 516 799 444 157

Resultados antes de impostos 3 476 910 2 867 193

Imposto do exercício 12 (1 575 960) (1 559 125)

Imposto diferido 8 e 12 271 537 418 453

Resultado líquido do exercício operações continuadas 2 172 487 1 726 521

Resultado líquido de operações descontinuadas 0 0

Resultado líquido do exercício 2 172 487 1 726 521

Rendimento integral 2 172 487 1 726 521

Resultado por ação (básico e diluído) 15 3,19 2,54

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RC 2014_68

Demonstração das alterações do capital próprio

Capital

socialReservas

Resultados transitados

Resultado líquido do exercício

Total

Saldo a 31 de dezembro de 2012 3 400 000 4 296 176 0 1 508 293 9 204 469

Aplicação do resultado líquido do exercício 1 367 438 140 854 (1 508 293) 0

Dividendos pagos (140 854) (140 854)

Resultado líquido do exercício 1 726 521 1 726 521

Saldo a 31 de dezembro de 2013 3 400 000 5 663 614 0 1 726 521 10 790 136

Aplicação do resultado líquido do exercício 1 602 704 123 818 (1 726 521) 0

Dividendos pagos (123 818) (123 818)

Resultado líquido do exercício 2 172 487 2 172 487

Saldo a 31 de dezembro de 2014 3 400 000 7 266 318 0 2 172 487 12 838 805

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RC 2014_69

Demonstração dos fluxos de caixa

31.12.2014 31.12.2013

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Recebimentos de clientes 14 530 370 11 526 948

Pagamentos a fornecedores (5 104 075) (4 226 862)

Pagamentos ao pessoal (1 315 651) (1 554 087)

Pagamento de IRC (1 380 089) (845 749)

Outros recebimentos/pagamentos (2 057 135) (1 790 577)

4 673 420 3 109 674

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Recebimentosdeinvestimentosfinanceiros 155 175 0

Recebimentosdeativosfixostangíveis 0 0

Recebimentos de ativos intangíveis 14 905 7 195

Recebimentos de subsídios de investimento 246 627 465 206

Juros e rendimentos similares 223 660 815 829

Pagamentosdeinvestimentosfinanceiros (310 350) (155 175)

Pagamentosdeativosfixostangíveis 0 0

Pagamentos de ativos intangíveis (10 699 660) (10 419 224)

(10 369 644) (9 286 169)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos de empréstimos obtidos 0 0

Recebimentos de realizações de capital 0 0

Pagamentos de empréstimos obtidos (3 166 667) (3 332 341)

Pagamentos de juros e gastos similares (366 872) (415 657)

Pagamentos de dividendos (123 818) (140 854)

(3 657 356) (3 888 852)

Variação de caixa e seus equivalentes (9 353 581) (10 065 347)

Caixa e seus equivalentes no início do período 12 706 116 22 771 464

Caixaeseusequivalentesnofimdoperíodo 3 352 536 12 706 116

(9 353 581) (10 065 347)

Decomposição de caixa e seus equivalentes

31.12.2014 31.12.2013

Caixa 456 1 155

Depósitosàordem 82 080 274 961

Depósitos a prazo 3 270 000 12 430 000

3 352 536 12 706 116

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RC 2014_71

Notas às demonstrações financeiras

1. Atividade económica da SULDOURO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A.

1.1. Introdução

A SULDOURO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A, integrada no universo do grupo AdP, foi constituída pelo Decreto-lei n.º 89/96 de 3 de julho e tem como atividade principal a recolha seletiva, triagem, tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos produzidos nos concelhos de Vila Nova de Gaia e de Santa Maria da Feira.

1.2. Atividade

Para a concretização do seu objeto social foi atribuída uma concessão à Sociedade pelo Estado Português, em regime deexclusividade, por um prazo de 25 anos (termo a 30/7/2021), na qual são estabelecidas as regras da exploração e gestão do sistema multimunicipal de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Sul do Douro.OcontratodeconcessãoestabeleceoscritériosdefixaçãoeaprovaçãodastarifasapraticarpelaSociedadeemcadaano,demodoagarantirumadequadoequilíbriofinanceirodaconcessão,obedecendoaosseguintescritérios:

•assegurar, dentro do período da concessão, a amortização do montante efetivo do investimento inicial a cargo daconcessionária,deduzidodascomparticipaçõesesubsídiosafundoperdido;

•assegurarobomfuncionamento,conservaçãoesegurançadetodososbensafetosàconcessão,bemcomoasubstituiçãoprevistadessesbens;

•atenderaoníveldecustosnecessáriosparaumagestãoeficientedosistemaeàexistênciadereceitasnãoprovenientesdatarifa;

•asseguraropagamentodosencargosdefuncionamentodaEntidadeReguladoraasuportarpelaconcessionária,bemcomoassegurar uma adequada remuneração dos capitais próprios da concessionária.

1.3. Acionistas

SãoacionistasdaSuldouro:

• EmpresaGeraldoFomento 60%; • MunicípiodeVilaNovadeGaia 25%; • Município de Santa Maria da Feira 15%.

1.4. Aprovação das demonstrações financeiras

EstasdemonstraçõesfinanceirasforamaprovadaspeloConselhodeAdministraçãonodia11defevereirode2015.

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RC 2014_72

2. Políticas contabilísticas

AspresentesdemonstraçõesfinanceirasforampreparadasdeacordocomasNormasInternacionaisdeRelatoFinanceiros(IAS/IFRS)emitidaspelo“InternationalAccountingStandardsBoard”(“IASB”)eInterpretaçõesemitidaspelo“InternationalFinancialReporting InterpretationsCommittee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing InterpretationsCommittee” (“SIC”), em vigor,adotadas pela EU para exercícios iniciados em 01 de janeiro de 2010.

Aspolíticascontabilísticasmaissignificativasutilizadasnapreparaçãodestasdemonstraçõesfinanceiras(mesmoqueporvezesnão aplicáveis no exercício) encontram-se descritas abaixo. Estas políticas foram aplicadas, também de forma consistente, nos períodos comparativos.

2.1. Bases de apresentação

Osvaloresapresentadossãoexpressosemeuros(EUR).AsdemonstraçõesfinanceirasdaSuldouroforampreparadassegundoaconvençãodocustohistóricoenopressupostodacontinuidade.Apreparaçãodedemonstraçõesfinanceirasemconformidadecom os IFRS/IAS requer o uso de estimativas e assunções que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, em última análise, os resultados reais podem diferir dessas estimativas. No entanto, é convicção da gestão que as estimativas e assunções adotadas não incorporam riscos significativosquepossamcausar,nodecursodopróximoexercício,ajustamentosmateriaisaovalordosativosepassivos.

Novas normas e alteração de políticas

Duranteoexercíciofindoem31dedezembrode2014,nãoocorreramalteraçõesvoluntáriasdepolíticascontabilísticas,faceàsconsideradasnapreparaçãodainformaçãofinanceirarelativaaoexercícioanteriorapresentadanoscomparativos.

Novasnormas,interpretaçõesealterações,comdatadeentradaemvigorapartir01dejaneirode2014:

•Adoção da IFRS 10Demonstraçõesfinanceirasconsolidadas,da IFRS 11 Acordos conjuntos e da IFRS 12 Divulgação de interesses noutras entidades, bem como das versões alteradas da IAS 27DemonstraçõesfinanceirasseparadasedaIAS 28 Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos (Regulamento n.º 1254/2012, de 11 de dezembro). OobjetivodaIFRS10éfornecerummodelodeconsolidaçãoúnico,queidentificaarelaçãodecontrolocomobaseparaaconsolidaçãodetodosostiposdeentidades.AIFRS10substituiaIAS27DemonstraçõesfinanceirasconsolidadaseseparadaseaSIC12Consolidação—Entidadescomfinalidadeespecial.Uminvestidorcontrolaumainvestidaseeapenassetiver,cumulativamente:(a)podersobreainvestida;(b)exposiçãooudireitosaresultadosvariáveisporviadoseurelacionamentocomainvestida;e(c)acapacidadedeusaroseupodersobreainvestidaparaafetarovalordosresultadosparaosinvestidores.AsmudançasintroduzidaspelaIFRS10requeremqueaGestãofaçaumjulgamentosignificativodeformaadeterminarqueentidadessãocontroladaseconsequentementeserincluídasnasDemonstraçõesfinanceirasconsolidadasdaempresa-mãe. AIFRS11estabeleceprincípiosparaorelatofinanceiropelaspartesemacordosconjuntosesubstituiaIAS31Interessesem empreendimentos conjuntos e a SIC 13 Entidades conjuntamente controladas – Contribuições não monetárias por empreendedores. AIFRS12combina,reforçaesubstituiosrequisitosdedivulgaçãoparaasfiliais,acordosconjuntos,associadaseentidadesestruturadas não consolidadas. Em consequência destas novas IFRS, foi também emitida uma versão alterada da IAS 27 e da IAS 28. A IFRS 12 Divulgação de participações em outras entidades estabelece o nível mínimo de divulgações relativamente a empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos, empresas associadas e outras entidades não consolidadas. Esta norma inclui,porisso,todasasdivulgaçõesqueeramobrigatóriasnaIAS27Demonstraçõesfinanceirasconsolidadaseseparadasreferentesàscontasconsolidadas,bemcomoasdivulgaçõesobrigatóriasincluídasnaIAS31Interessesemempreendimentosconjuntos e na IAS 28 Investimentos em associadas, para além de novas informações adicionais. O objetivo desta Norma éexigirqueumaentidadedivulgue informaçãonassuasdemonstraçõesfinanceirasquepermitaqueosutentesavaliem:(a)anaturezaeosriscosassociadosaosseusinteressesnoutrasentidades;e(b)osefeitosdessesinteressesnasuaposiçãofinanceira,desempenhofinanceiroefluxosdecaixa.Paraisso,umaentidadedevedivulgar:(a)osjulgamentosepressupostossignificativosnosquaissebaseouparadeterminaranaturezadoseuinteressenoutraentidadeouacordoeparadeterminarotipodeacordoconjuntonoqualtemuminteresse;e(b)informaçãosobreosseusinteressesemsubsidiárias,acordosconjuntos e associadas; e entidades estruturadas que não sejam controladas pela entidade. Para efeitos destaNorma,

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um interesse noutra entidade refere-se ao envolvimento contratual e não-contratual que expõe uma entidade a uma variabilidade do retorno em função do desempenho da outra entidade. Um interesse noutra entidade pode ser evidenciado, entre outros, pela propriedade de ações ou de instrumentos de dívida, bem como por outras formas de envolvimento como ofornecimentodefinanciamento,deassistênciaàliquidez,deaumentosdecréditoedegarantias.Issoincluiosmeiospelosquaisumaentidadetemcontrolo,controloconjuntoouinfluênciasignificativasobreoutraentidade.Umaentidadenãotemnecessariamente um interesse noutra entidade apenas por via de uma normal relação de cliente-fornecedor.

•Emendas à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, à IFRS 11AcordosConjuntoseà IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades (Regulamento n.º 313/2013, de 4 de abril) Oobjetivo das emendas consiste em clarificar a intenção do IASBquando emitiu pela primeira vez as orientações detransiçãorelativasàIFRS10.AsemendasproporcionamtambémumaflexibilidadedetransiçãosuplementarrelativamenteàIFRS10,àIFRS11eàIFRS12,limitandoorequisitodeprestaçãodeinformaçõescomparativasajustadasapenasaoperíodocomparativo precedente. Além disso, para as divulgações relativas a entidades estruturadas não consolidadas, as emendas suprimemaobrigaçãodeapresentarinformaçõescomparativasparaosperíodosanterioresàaplicaçãopelaprimeiravezda IFRS 12.

•Emenda IAS 39Instrumentosfinanceirosderivados Aemendacobreasnovações:queresultemdaaplicaçãooudaalteraçãodeleisouregulamentosnasquaisaspartesdoinstrumento de cobertura concordam que uma ou mais contrapartes da compensação substituam as contrapartes originais deformaatornarem-seasnovascontrapartesdecadaumadaspartes;quenãoresultememoutrasalteraçõesaostermosdocontratooriginaldoderivadoparaalémdasalteraçõesdiretamenteatribuíveisàalteraçãodacontraparteparaassegurara compensação. Todas as condições acima referidas devem ser cumpridas para se continuar a contabilidade de cobertura de acordo com esta exceção. A emenda cobre novações efetuadas para contrapartes centrais, bem como para intermediários comosejammembrosdecâmarasdecompensação,ouclientesdosúltimosquesejamelesprópriosintermediários.Paraasnovações que não cumpram os critérios da exceção, as entidades devem avaliar as alterações ao instrumento de cobertura àluzdasregrasdedesreconhecimentodeinstrumentosfinanceirosedascondiçõesgeraisparacontinuaraaplicaçãodacontabilidade de cobertura.

•Emenda à IAS 32–Instrumentosfinanceirosderivados(divulgações) Aemendaclarificaosignificadode“direito legalcorrentementeexecutáveldecompensar”eaaplicaçãoda IAS32aoscritérios de compensação de sistemas de compensação (tais como sistemas centralizados de liquidação e compensação) osquaisaplicammecanismosdeliquidaçãobrutosquenãosãosimultâneos.Oparágrafo42a)daIAS32requerque“umativo financeiro e um passivo financeiro devem ser compensados e a quantia líquida apresentada no balanço quando,e apenas quando, uma entidade tiver atualmente um direito de cumprimento obrigatório para compensar as quantias reconhecidas”.Estaemendaclarificaqueosdireitosdecompensarnãosótêmdeserlegalmentecorrentementeexecutáveisno decurso da atividade normal mas também têm de ser executáveis no caso de um evento de incumprimento e no caso de falência ou insolvência de todas as contrapartes do contrato, incluindo da entidade que reporta. A emenda também clarificaqueosdireitosdecompensaçãonãodevemestarcontingentesdeeventosfuturos.OcritériodefinidonaIAS32paraacompensaçãodeinstrumentosfinanceirosrequerqueaentidadedereportepretenda,ouliquidarnumabaselíquida,ourealizaroativoeliquidarsimultaneamenteopassivo.Aemendaclarificaquesóosmecanismosdeliquidaçãopelovalorbrutoqueeliminamouresultamemriscosdecréditoeliquidezinsignificantesemqueoprocessodecontasareceberea pagar é um único processo de liquidação ou ciclo podem ser, de facto, equivalentes a uma liquidação pelo valor líquido, cumprindo com efeito o critério de liquidação líquido previsto na norma.

•Alterações à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades e IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas (Regulamento n.º 1174/2013, de 20 de novembro) AIFRS10éemendadaafimderefletirmelhoromodelodenegóciodasentidadesdeinvestimento.Exigequeessasentidadesmensuremassuasfiliaispelojustovaloratravésdosresultados,emvezdeprocederemàrespetivaconsolidação.AIFRS12éemendadaafimdeexigirumadivulgaçãoespecíficasobreessasfiliaisdasentidadesdeinvestimento.AsemendasàIAS27eliminaramaindaaopçãoqueeradadaàsentidadesdeinvestimentonosentidodemensuraremosseusinvestimentosemdeterminadasfiliaispelocustooupelojustovalornassuasdemonstraçõesfinanceirasseparadas.AsemendasàIFRS10,àIFRS12eàIAS27implicam,porconseguinte,emendasàIFRS1,IFRS3,IFRS7,IAS7,IAS12,IAS24,IAS32,IAS34eIAS39,afimdeasseguraracoerênciaentreasnormasinternacionaisdecontabilidade.

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•Alterações à IAS 36 Imparidade de ativos (Regulamento n.º 1374/2013, de 19 de dezembro) Asprincipaisalteraçõesenvolvem:(i)aremoçãodorequisitodedivulgaçãodaquantiarecuperáveldasunidadesgeradorasdecaixarelativamenteàsquaisnãofoireconhecidaqualquerimparidade;(ii)introduçãodorequisitodedivulgarinformaçãoacerca dos pressupostos-chave, técnicas de avaliação e nível aplicável da hierarquia de justo valor para qualquer ativo individual(incluindoogoodwill)ouparaqualquerunidadegeradoradecaixarelativamenteaosquaisfoireconhecidasourevertidas perdas de imparidade durante o período, e para as quais o valor recuperável consiste no justo valor menos custosdevender;(iii)introduçãodorequisitodedivulgaçãodastaxasdedescontoqueforamusadasnoperíodocorrentee em mensurações anteriores das quantias recuperáveis dos ativos em imparidade que tenham sido baseadas no justo valor menoscustosdevenderusandoatécnicadovalorpresente; (iv) remoçãodotermo“material”,porseterconsideradodesnecessária a referência explícita quando a norma faz referência aos requisitos de divulgações para os ativos (incluindo goodwill) ou unidades geradoras de caixa, para os quais uma perda ou reversão “material” de imparidade tenha sidoincorrida durante o período.

•Alterações à IAS 39InstrumentosFinanceiros:ReconhecimentoeMensuração–NovaçãodeDerivadoseContinuaçãodaContabilidade de Cobertura (Regulamento n.º 1375/2013, de 19 de dezembro) O objetivo das alterações é o de resolver as situações em que um derivado designado como instrumento de cobertura é objeto de novação entre uma contraparte e uma contraparte central por razões legais ou regulamentares. A solução prevista permitirá a continuação da contabilidade de cobertura independentemente da novação, o que não seria permitido na ausência destas emendas.

•Alterações à IAS 27Demonstraçõesfinanceirasconsolidadaseseparadas(Revistaem2011) Com a introdução da IFRS 10 e IFRS 12, a IAS 27 limita-se a estabelecer o tratamento contabilístico relativamente a subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas nas contas separadas.

•Alterações à IAS 28 Investimentos em associadas e joint ventures ComasalteraçõesàIFRS11eIFRS12,aIAS28foirenomeadaepassaadescreveraaplicaçãodométododeequivalênciapatrimonialtambémàsjoint venturesàsemelhançadoquejáaconteciacomasassociadas.

As alterações e emendas nas normas acima referidas ou não são aplicáveis ou não é expectável que da sua adoção resulte qualquerefeitorelevantenasdemonstraçõesfinanceiras.

Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor em exercícios cominícioemouapós01dejaneirode2015:

•Adoção da IFRIC 21 Taxas (Regulamento n.º 634/2014, de 13 de junho) Estainterpretaçãodizrespeitoàcontabilizaçãodeumpassivocorrespondenteaopagamentodeumataxacasoessepassivoseja abrangido pela IAS 37.Diz igualmente respeito à contabilização de umpassivo pelo pagamento de uma taxa cujocalendárioemontantesãoconhecidos.Contudo,estainterpretaçãonãodizrespeitoàcontabilizaçãodoscustosdecorrentesdo reconhecimento de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa. As entidades deverão aplicar outras normas para determinar se o reconhecimento de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa dá origem a um ativo ou aumadespesa,nãoestandoigualmenteabrangidas:a)saídasderecursosabrangidaspeloâmbitodeaplicaçãodeoutrasnormas(comoporexemploosimpostossobreorendimento,quesãodoâmbitodaIAS12Impostossobreorendimento);e b) coimas ou outras sanções aplicadas por infração da legislação. A interpretação esclarece que uma entidade reconhece umpassivoparaumataxaquandoaatividadequedesencadeiapagamentoocorre,talconformeidentificadapelalegislaçãopertinente. Para uma taxa que é desencadeada ao atingir um limiarmínimo, esta interpretação clarifica que nenhumaresponsabilidade deve ser antecipada antes do limitemínimo especificado ser atingido. Uma entidade deve aplicar, norelatóriofinanceirointercalar,osmesmosprincípiosdereconhecimentodetaxasqueaplicanasdemonstraçõesfinanceirasanuais, sendo requerida aplicação retrospetiva.

• IAS 19 RBenefíciosdeEmpregados(Emenda):Contribuiçõesdeempregados Estaemendaaplica-seacontribuiçõesdeempregadosouterceirosparaplanosdebenefíciosdefinidos.Simplificaacontabilizaçãodas contribuições que sejam independentes do número de anos de prestação de serviço do empregado, como por exemplo,

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contribuiçõesefetuadaspeloempregadoquesejamcalculadascombasenumapercentagemfixadosalário,quesejamumaquantiafixaaolongodetodooperíododeserviçoouumaquantiaquedependadaidadedoempregado.Taiscontribuiçõespassam a poder ser reconhecidas como uma redução dos custo do serviço no período em que o serviço é prestado.

Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012

Nas Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012, o IASB introduziu sete melhorias em sete normas cujos resumos se apresentam deseguida:

•IFRS 2 Pagamentos com base em Ações Atualiza definições, clarifica o que se entende por condições de aquisição e clarifica ainda situações relacionadas compreocupações que haviam sido levantadas sobre condições de serviço, condições de mercado e condições de performance..

• IFRS 3 Combinações de Negócios Introduz alterações no reconhecimento das alterações de justo valor dos pagamentos contingentes que não sejam instrumentos de capital. Tais alterações passam a ser reconhecidas exclusivamente em resultados do exercício.

•IFRS 8 Segmentos Operacionais Requer divulgações adicionais (descrição e indicadores económicos) que determinaram a agregação dos segmentos. A divulgação da reconciliação do total dos ativos dos segmentos reportáveis com o total de ativos da entidade só é exigida se for também reportada ao gestor responsável, nos mesmos termos da divulgação exigida para os passivos do segmento.

•IFRS 13 Mensuração ao Justo valor Clarificaqueascontasarecebereascontasapagarsemjurodeclaradopodemsermensuradasaovalornominalquandooefeito do desconto é imaterial. Assim, a razão pela qual foram eliminados parágrafos da IAS 9 e IAS 39 nada teve a ver com alterações de mensuração mas sim com o facto de a situação em concreto ser imaterial e, por esse facto, não ser obrigatório o seu tratamento conforme já previsto na IAS 8.

• IAS 16 AtivosfixostangíveiseIAS38Ativosintangíveis No caso de revalorização a norma passa a prever a possibilidade de entidade poder optar entre proceder ao ajustamento do valorbrutocombaseemdadosobserváveisnomercadoouquepossaalocaravariação,deformaproporcional,àalteraçãoocorrida no valor contabilístico sendo, em qualquer dos casos, obrigatória a eliminação das amortizações acumuladas por contrapartida do valor bruto do ativo. Estas alterações só se aplicam a revalorização efetuadas no ano em que a alteração for aplicada pela primeira vez e ao período imediatamente anterior. Pode fazer a rexpressão para todos os períodos anteriores masnãoéobrigadaafazê-lo.Contudo,senãofizer,deverádivulgarocritériousadonessesperíodos.

• IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas Clarificaqueumaentidadedegestora–umaentidadequeprestaserviçosdegestão–éumaparterelacionadasujeitaaosrequisitos de divulgação associados. Adicionalmente, uma entidade que utilize os serviços de uma entidade de gestão é obrigada a divulgar os gastos incorridos com tais serviços.

Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013

Nas Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013, o IASB introduziu quatro melhorias em outras tantas normas cujos resumos seapresentamdeseguida:

•IFRS 1AdopçãopelaprimeiravezdasNormasInternacionaisdeRelatofinanceiro Clarificaoqueseentendepornormasemvigor.

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• IFRS 3 Combinações de Negócios Atualizaaexcepçãodeaplicaçãodanormaa“AcordosConjuntos”clarificandoqueaúnicaexclusãoserefereàcontabilizaçãodacriaçãodeumacordoconjuntonasdemonstraçõesfinanceirasdopróprioacordoconjunto.

• IFRS 13 Mensuração ao Justo valor Atualiza o parágrafo 52 no sentido de a excepção ao portfolio passar a incluir também outros contratos que estejam no âmbitoousejamcontabilizadosdeacordocomaIAS39ouaIFRS9,independentementedesatisfazeremasdefiniçõesdeativosfinanceirosoupassivosfinanceirosnostermosnaIAS32.

• IAS 40 Propriedades de Investimento ClarificaqueéàluzdaIFRS3quesedevedeterminarseumadadatransaçãoéumacombinaçãodenegóciosoucompradeativosenãoadescriçãoexistentenaIAS40quepermitedistinguiraclassificaçãodeumapropriedadecomosendodeinvestimento ou como sendo propriedade ocupada pelo dono.

As alterações e emendas nas normas acima referidas ou não são aplicáveis ou não é expectável que da sua adoção resulte qualquer efeitorelevantenasdemonstraçõesfinanceiras.

Novas normas, interpretações e alterações, ainda não endossadas pela União Europeia, com data de entrada em vigor em exercícios com início em ou após 01 de janeiro de 2015

•IFRS 9Instrumentosfinanceiros(emitidaem24dejulhode2014)

• IFRS 10 e IAS 28Vendaouentregadeativosporuminvestidoràsuaassociadaouempreendimentoconjunto(Emendasemitidas em 11 de setembro de 2014)

• IFRS 10, IFRS 12eàIAS 28Entidadesdeinvestimento:Aplicaçãodaexceçãodeconsolidação(Emendasemitidasem18dedezembro de 2014)

•IFRS 11 Contabilização da aquisição de participações em operações conjuntas (Emendas emitidas em de 6 de maio de 2014)

•IAS 27Métododaequivalênciapatrimonialnasdemonstraçõesfinanceirasseparadas(Emendaemitidaem12deagosto2014)

•IFRS 14 Contas de diferimento relacionadas com atividades reguladas (emitida em 30 de janeiro de 2014)

•IFRS 15 Rédito de contratos com clientes (emitida em 28 de maio de 2014)

•IAS 1Clarificaçãosobredivulgaçõesnorelatofinanceiro(Emendasemitidasem18dedezembrode2014)

• IAS 16 eà IAS 41 Plantas que geram produto agrícola (Emendas emitidas em 30 de junho de 2014)

• IAS 16 eà IAS 38Clarificaçãosobreosmétodosdecálculodedepreciaçãoeamortizaçãopermitidos(Emendasemitidasem 12 de maio de 2014)

Melhorias anuais relativas ao ciclo 2012-2014 (emitidas em 25 de setembro de 2014)

•IFRS 5 – Ativos não correntes detidos para venda e Operações descontinuadas

•IFRS 7–InstrumentosFinanceiros:Divulgações

•IAS 19 – Benefícios de Empregados

•IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar

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2.2. Conversão cambial

2.2.1. Moeda funcional e de apresentação

OsitensincluídosnasdemonstraçõesfinanceirasdaSuldouro,estãomensuradasnamoedadoambienteeconómicoemqueaentidadeopera(moedafuncional).AsdemonstraçõesfinanceirasdaSuldouroerespetivasnotassãoapresentadasemeuros.

2.2.2. Transações e saldos

Astransaçõesemmoedasdiferentesdoeuro,sãoconvertidasnamoedafuncionalutilizandoastaxasdecâmbioàdatadastransações.Osganhosouperdascambiaisresultantesdaliquidaçãodastransaçõesbemcomodaconversãopelataxaàdatado balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, exceto quando respeitam a uma extensão do investimento numa operação estrangeira, situação em que serão diferidos em capital próprio de acordo com o IAS 21. Os elementos não monetários valorizados ao justo valor são atualizados pelataxadecâmbioàdatadadeterminaçãodomesmo,sendooefeitodavariaçãocambialregistadoconjuntamentecomavariação registada no justo valor desses mesmos elementos. As diferenças cambiais apuradas, são assim registadas em resultados doexercícioouem“Outrasreservas”,consoanteoregistoapropriadoparaoreconhecimentodeganhosouperdasparaoelemento não monetário em causa. A conversão em moeda funcional da Suldouro de elementos não monetários valorizados ao custohistóricoéobtidapelaaplicaçãodataxadecâmbioàdatadatransação.

2.3. Atividade concessionada — IFRIC 12

2.3.1. Enquadramento

AIFRIC12–“Acordosdeconcessãodeserviço”defineosprincípiosaobservarnacontabilizaçãodoscontratosdeconcessãode serviço público, atendendo aos serviços a que a concessionária se obriga a prestar e ao controlo que exerce sobre os ativos da concessão.NoâmbitodaIFRIC12estãooscontratosdeconcessãodeserviçoquepossuemasseguintescaracterísticas:

(i) Oobjetivodocontratoéaprestaçãodeumserviçopúblicoaosutilizadoresemgeral; (ii) Ocontratodeconcessãoregulaotipoeaqualidadedosserviçosaseremprestadospeloconcessionário; (iii) Oconcessionárioéresponsávelpelaconceção,desenhoeconstrução/requalificaçãodasinfraestruturasnecessáriasà

prestaçãodoserviçopúblico;

(iv)Ospreçosapraticar(tarifas)sãoaprovadospeloconcedentesobescrutíniodoregulador;

(v) O concedente controla qualquer valor residual das infraestruturas independentemente de quem as construiu ou detêm a titularidade uma vez que (a) o concessionário não pode onerar, alienar ou ceder as infraestruturas da concessão e (b) nofinaldaconcessão,asinfraestruturasdaconcessãorevertemparaoconcedente/associaçãodemunicípios.

A IFRIC 12 proporciona orientação quanto ao tratamento contabilístico a adotar pelos concessionários de serviços públicos com as características acima identificadas.Quando a IFRIC 12 é aplicada, o concessionário não pode reconhecer nas suasdemonstraçõesfinanceiras,comoativosfixostangíveis,osativosdaconcessãoutilizadosnaprestaçãodoserviçopornãodeterocontrolosobreosmesmos,emboraretenhaoriscodeconstruçãoedefinanciamento.

Dadoque a construção/aquisição das infraestruturas da concessão não qualifica como investimento em ativos próprios doconcessionário,emsubstânciaoconcessionárioprestaumserviçodeconstruçãoqueteráderegistardeacordocomaIAS11– Contratos de construção.

A aplicação da IAS 11 prevê o reconhecimento da totalidade dos gastos incorridos na prestação do serviço de construção/ requalificaçãodasinfraestruturasdaconcessãoconsoanteasuanatureza,eoregistodojustovalordoréditodaconstrução.

Uma vez que, no caso das concessões, este serviço está associado ao contrato de concessão que prevê a exploração subsequente das infraestruturas construídas/ adquiridas, é necessário determinar a contraprestação do rédito reconhecido.

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A IFRIC 12 preconiza dois modelos de contabilização para os serviços de construção consoante os riscos e benefícios assumidos peloconcessionário:

(i) omodelodoativofinanceiro–seoconcedentetemaresponsabilidadedepagaraoconcessionáriopelaprestaçãodoserviçodeconstrução,osmontantesdespendidosconstituemumdireitoareceber;

(iI) o modelo do ativo intangível – se o concessionário tem direito a cobrar consoante a prestação do serviço públicos aos utilizadores (pagando o utilizador ou o concedente), os montantes despendidos constituem o custo da aquisição do direito de Concessão.

Oconcessionáriodevereconhecerumativofinanceironamedidaemquetemumdireitocontratualdereceberdinheiroououtroativofinanceirodoconcedentepelosserviçosdeconstruçãoeoconcedentenãotemcomoevitaropagamento,umavezque o contrato tem a força de lei. O concessionário tem um direito incondicional de receber dinheiro se o concedente garantir contratualmenteessepagamentoaoconcessionárioquecorrespondea(a)ummontanteespecifico,ou(b)àdiferença,seexistir,entre osmontantes recebidos dos utilizadores do serviço público, e outromontante específico,mesmoqueo pagamentoseja contingente ao facto de o concessionário assegurar que a infraestrutura está de acordo com os requisitos de qualidade e eficiência.

O concessionário deve reconhecer um ativo intangível na medida em que recebe um direito (licença) de cobrar aos utilizadores pela prestação do serviço público. O direito a cobrar aos utilizadores por um serviço público não é um direito incondicional de cobrança, porque os montantes estão condicionados ao facto de os utilizadores utilizarem o serviço.

O concessionário deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com o serviço de operação da concessão de acordo com o IAS 18 – Rédito.

NostermosdestainterpretaçãoaSuldouro,S.A.prestaosdoistiposdeserviços:odeconstrução,requalificaçãoerenovaçãodas infraestruturasafetasaosistema;eodeexploraçãoegestãodosistemaconstituídopelas infraestruturas,necessáriasàprestação de serviços aos utilizadores, pelo que aplica os princípios da IFRIC 12.

Decorrentedaatividadeconcessionada,aSuldouro,S.A,gestoradeumSMM(sistemasmultimunicipais)estásujeitaàregulaçãoeconómica em vigor para o serviço público prestado. O maior impacto da regulação sobre a atividade da empresa está no escrutínio que a entidade reguladora (ERSAR – DL 362/98, de 18 de novembro, com as alterações introduzidas pelos DL 151/2002, de 23 de maio, e DL 277/2009, de 2 de outubro) faz da tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores, bem como do respetivo orçamento anual e plano de investimentos.

2.3.2. Classificação da infraestrutura

A Suldouro, S.A encontra-se integrada no universo do Grupo AdP, constituindo uma sociedade estabelecida com os Municípios para a execução do contrato de concessão prestação do serviço público de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos atribuído pelo Estado.

DopontodevistadosacionistasdaSuldouro,S.A,aconcessãoassentanummodelotendenteàclassificaçãocomoativofinanceiro,uma vez que, tendo os acionistas direito a uma remuneração (mínima) anual garantida contratualmente, cujo recebimento pode ser diferido no tempo, na sua perspetiva, não está sujeito a perda de valor.

Concessão de exploração e gestão do sistema multimunicipal de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Sul do Douro

Prazo PeríodoRemuneração acionista

Taxa Incidência

25 anos 1996-2021 TBA + 3% C. Social+ Res.Legal

Contudo, na esfera jurídica da Suldouro, S.A, que possui o contrato de concessão de prestação de serviço público, a contabilização de acordo com omodelo do ativo financeiro não se aplica, uma vez que de acordo com a definição de ativo financeiro,estabelecidapeloIAS32–Instrumentosfinanceiros,aSuldouro,S.Anãopossuiumdireitopresenteeincondicionalareceberdinheiroououtroativofinanceiro.

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Deentreosváriosmecanismosdereequilíbriodoscontratosdeconcessão; (i) aumento de tarifas, (ii) indemnização direta do concedente e/ou (iii) extensão do prazo de concessão, esta última não cumpre com os requisitos previstos naquela norma (IAS 32), uma vez que constitui um direito futuro a cobrar aosutilizadores,inviabilizandooreconhecimentodoativofinanceiro.Destemodo,aSuldouro,S.AcomoconcessionáriadeSMMclassificaosmontantes incorridosnaconstrução/aquisiçãodasinfraestruturas dos sistemas que explora como ativos intangíveis – Direito de concessão.

A formação do custo dos ativos intangíveis (direitos de concessão) compreende o custo de aquisição ou construção, incluindo os custos e proveitos (líquidos) diretos e indiretamente relacionados com os projetos de construção, que são capitalizados em ativos intangíveis em curso, por permuta com os serviços de construção prestados.

Osencargosfinanceirosrelacionadoscomempréstimosobtidosparafinanciamentodosprojetosdeconstruçãoemcursosãocapitalizadosnasuatotalidadeatéàentradaemexploraçãodasinfraestruturasdosistema.

Os investimentos adicionais de expansão ou modernização nas infraestruturas da concessão, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão, e que apresentem valor residual no termo da concessão, darão lugar a uma indemnização equivalente ao valor ainda não amortizado a essa data, pelo que a Suldouro, S.A, caso venha a ter esses investimentos, procederá ao registo, na datadapermutapelodireitodeconcessão,dovalorareceberdescontadocomoumativofinanceiro.

Asdespesascomgrandesreparaçõesebenfeitoriasàs infraestruturasdaconcessão(incluindobensdesubstituição),porviada regulaçãoeconómicada concessão, sãoespecificamente remuneradas namedida emque concorrem igualmentepara aformação da tarifa (ou seja, têm uma recuperação implícita na aceitação da amortização pelo regulador), sendo desta forma contabilizadas como parte do ativo intangível.

A manutenção e conservação corrente das infraestruturas, são contabilizadas em resultados no exercício em que ocorrem.

ASuldouroconsideranoconceitodeinfraestruturaauniversalidadedosbensafetosàconcessão.

As alienações e abates de ativos que concorram para a mensuração do direito de utilização de infraestruturas, são registadas como rendimentos do exercício em que ocorram pelos valores recebidos.

2.3.3. Amortizações

O ativo intangível, direito de concessão, é amortizado numa base sistemática de acordo com o padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da Suldouro, S.A, os benefícios económicos obtidos da exploração do direito de concessão são determinados pela regulação económica e a aceitação dos custos de amortização na formação anual das tarifas por parte do regulador.

2.3.4. Acréscimos de custos por responsabilidades contratuais

Em cumprimento do estipulado no contrato de concessão e com as regras regulatórias, é registada a quota-parte anual dos gastosestimadosparafazerfaceàsresponsabilidadeseminvestimentoscontratuaisdaconcessão.Estesacréscimossãocalculadoscom base no padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da Suldouro, S.A, os benefícios económicos obtidos são determinados pela regulação económica tendo por base o modelo económico de suporte ao contrato de concessão e são registados em resultados do exercício por contrapartida de passivo não corrente. Na prática estes acréscimos correspondem a uma responsabilidade por reembolso a tarifas futuras.

2.3.5. Rédito — serviços de construção

De acordo com o IFRIC 12 – Contratos de concessão, o rédito dos serviços de construção deve ser reconhecido de acordo com o IAS 11 – Contratos de construção. O modelo regulatório e as regras de cálculo das tarifas não permitem que a Suldouro, S.A expurgue da tarifa o serviço de construção e o serviço de operação, e que se determine o justo valor do respetivo rédito com fiabilidade.

Saliente-seaindaqueaSuldouro,S.A,nafasedeconstruçãodasinfraestruturasatuacomoum“agente”/intermediário,transferindoos riscos e os retornos a um terceiro (que constrói), sem apropriação de qualquer margem, no decurso da sua atividade operacional.

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Assim, e tendo em conta a atividade regulada da Suldouro, S.A o rédito reconhecido é aquele que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo concedente e escrutinadas pelo regulador.

CasoaSuldouro,S.Ativesseoptadoporreconheceroréditoassociadoàconstrução,ovolumedenegócioseocustodasvendasseria superior em 10.256.891 Euros, sem qualquer impacto no resultado do exercício.

2.4. Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos erecompensasassociadosàpropriedadedobemparaolocatário.Asrestanteslocaçõessãoclassificadascomooperacionais.Aclassificaçãodaslocaçõeséfeitaemfunçãodasubstânciaenãodaformadocontrato.

Osativosadquiridosmediantecontratosdelocaçãofinanceira,bemcomoascorrespondentesresponsabilidades,sãoregistadosno início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentosdelocaçõesfinanceirassãorepartidosentreencargosfinanceirosereduçãodaresponsabilidade.

Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gastos.

2.5. Ativos intangíveis

Ativos expressos em direitos de utilização de infraestruturas.

2.6. Ativos e passivos financeiros

2.6.1. Classificação de ativos financeiros

OsativosfinanceirosdaSuldouro,S.A.sãoclassificadosnascategoriasqueabaixosedescrevem.Aclassificaçãodependedoobjetivo de aquisição do investimento e é determinada no momento de reconhecimento inicial (data da negociação – trade date) dosinvestimentosereavaliadaemcadadataderelatosubsequente.OConselhodeAdministraçãodeterminaaclassificaçãodosseusinvestimentosàdatadeaquisiçãoereavaliaessaclassificaçãonumabaseregular.ASuldouro,S.A.classificaosseusativosfinanceirosnasseguintescategorias:

(i) empréstimosecontasareceber; (ii) investimentosdetidosatéàmaturidade; (iii)investimentosmensuradosaojustovaloratravésderesultados(detidoparanegociação); (iv)ativosfinanceirosdisponíveisparavenda.

2.6.1.1. Empréstimos e contas a receber

Correspondemaativosfinanceirosnãoderivados,comrecebimentosfixosoudetermináveisparaosquaisnãoexisteummercadodecotaçõesativo.Estesativoscorrespondemaduasnaturezas:

(i) ativos originados do decurso normal das atividades operacionais e sobre os quais não existe intenção de negociar e

(ii) investimentos efetuados nas empresas com concessões multimunicipais que, de acordo com as condições particulares dos contratosdeconcessãosubjacentes,qualificamcomoumempréstimoconcedidoremuneradoaumataxacontratada.

Osempréstimosecontasarecebersãoregistadosinicialmenteaojustovaloresubsequentemente,semprequejustifique,pelocusto amortizado, com base na taxa de juro efetiva, deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade são registadas com base na estimativa e avaliação das perdas associadas aos créditos de cobrança duvidosa, na data do balanço, por formaarefletiroseuvalorrealizávellíquido.

São registados ajustamentos por imparidade quando existam indicadores objetivos de que a Suldouro, S.A. não irá receber todos os montantes que lhe são devidos de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos.

Naidentificaçãodesituaçõesdeimparidadesãoutilizadosindicadorescomo:

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•análisedeincumprimento; •incumprimentohámaisde6meses; •dificuldadesfinanceirasdodevedor; •probabilidadedefalênciadodevedor.

Quandoosvaloresareceberdeclientesououtrosdevedoresseencontremvencidos,esejamobjetoderenegociaçãodosseustermos, deixam de ser considerados vencidos e passam a ser tratados como novos créditos.

2.6.1.2. Investimentos detidos até à maturidade

Osinvestimentosdetidosatéàmaturidadesãoclassificadoscomoinvestimentosnãocorrentes,excetoseoseuvencimentoforinferiora12mesesdadatadobalanço,sendoregistadosnestarubricaosinvestimentoscommaturidadedefinidaparaosquaisaSuldouro,S.A.temintençãoecapacidadedeosmanteratéessadata.Osinvestimentosdetidosatéàmaturidadesãoregistadosao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade.

2.6.1.3. Ativos financeiros mensurados ao justo valor por resultados

Estacategoriaengloba:

(i) osativosfinanceirosdenegociaçãoquesãoadquiridoscomoobjetivoprincipaldeseremtransacionadosnocurtoprazo; (ii) osativosfinanceirosdesignadosnomomentodoseureconhecimentoinicialaojustovalorcomvariaçõesreconhecidas

em resultados.

Asalteraçõesdejustovalorsãoreconhecidasdiretamenteemresultadosdoexercício,narubricadeproveitosfinanceiros.Estesativossãoclassificadoscomoativoscorrentesseforemdetidosparavendaouseforexpetávelasuarealizaçãonumperíodode12 meses, após a data do balanço.

2.6.1.4. Ativos financeiros disponíveis para venda

Osativosdisponíveisparavendasãoativosfinanceirosnãoderivadosque:

(i) aempresatemintençãodemanterportempoindeterminado; (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias acima referidas.

Sãoapresentadoscomoativosnãocorrentes,excetosehouveraintençãodeosalienarnos12mesesseguintesàdatadebalanço.

Após o reconhecimento inicial, os ativos disponíveis para venda são registados ao justo valor por referência ao seu valor de mercadoàdatadobalanço,semqualquerdeduçãorelativaacustosdatransaçãoquepossamviraocorreratéàsuavenda,sendoasrespetivasvariaçõesdejustovalorreconhecidasdiretamentenocapitalpróprio,narubricade“Reservadejustovalor”,atéqueosativossejamdesreconhecidosousejaidentificadaumaperdaporimparidade,momentoemqueovaloracumuladodosganhose perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos instrumentos de capital, um decréscimo significativoouprolongadodojustovalorabaixodocusto,édeterminanteparadeterminaraexistênciadeimparidade.

Os instrumentosdecapitalquenãosejamparticipaçõesemempresasfiliais,empreendimentosconjuntosouassociadas,sãoclassificadoscomoativosfinanceirosdisponíveisparavenda,deacordocomaIAS39.Casonãoexistavalordemercado,estesativos são mantidos ao custo de aquisição, sujeitos a testes de imparidade.

2.6.2. Passivos financeiros

Ospassivosfinanceirossãoclassificadosdeacordocomasubstânciacontratual,independentementedaformalegalqueassumem.OIAS39–Instrumentosfinanceiros:reconhecimentoemensuração,prevêaclassificaçãodospassivosfinanceirosemduascategorias:

(i) passivosfinanceirosaojustovalorporviaderesultados; (ii) outrospassivosfinanceiros.

Osoutrospassivosfinanceirosincluemempréstimosobtidos,fornecedoreseoutrascontasapagar.

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2.6.2.1. Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados

Ospassivosfinanceirosaojustovalorporviaderesultados,incluempassivosnãoderivadoscomoobjetivodevendernocurtoprazoesejamclassificadosdestaformanoseureconhecimentoinicial.Osganhoseperdasresultantesdaalteraçãodejustovalorde passivos mensurados ao justo valor através de resultados, são reconhecidos em resultados do período.

2.6.2.2. Empréstimos bancários

Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de custos de transação incorridos com a mesma entidadeesubsequentemente,semprequejustifique,sãomensuradosaocustoamortizado.Qualquerdiferençaentreovalordeemissão (líquido de custos de transação incorridos quando da mesma entidade) e o valor nominal é reconhecido em resultados durante o período de existência dos empréstimos de acordo com o método do juro efetivo. Os empréstimos obtidos são classificadosnopassivocorrente,excetoseaSuldouro,S.A.possuirumdireitoincondicionaldediferiraliquidaçãodopassivopor,pelomenos12mesesapósadatadobalanço,sendonestecasoclassificadonopassivonãocorrente.

2.6.2.3. Fornecedores e outras contas a pagar

Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registados pelo seu valor nominal, o qual se entende ser o seu justovalor,esubsequentemente,semprequejustifique,sãoregistadosaocustoamortizado,deacordocomométododataxadejuroefetiva.Ospassivosfinanceirossãodesreconhecidosquandoasobrigaçõessubjacentesseextinguempelopagamento,são canceladas ou expiram.

2.7. Clientes e outras contas a receber

Os saldos de clientes e outras contas a receber são valores a receber pela venda de produtos ou de serviços prestados pela Suldouro, S.A. no curso normal das suas atividades. São inicialmente registados ao justo valor e subsequentemente, sempre que justifique,sãomensuradosaocustoamortizadodeacordocomométododataxadejuroefetivo,deduzidosdosajustamentospor perdas de imparidade.

Osclientes comosquais foramestabelecidos acordosdepagamentos são classificados comonão correntes, quandoessesacordosseestendempormaisdeumexercício.Onãocumprimentodoacordo,implicaareclassificaçãodosaldocomodívidacorrente, vencida.

2.8. Inventários

Osinventáriosestãovalorizadosaomaisbaixodocustodeaquisição(oqual inclui todasasdespesasatéàsuaentradaemarmazém) e do valor realizável líquido. O valor realizável líquido resulta do preço de venda estimado no decurso da atividade normal da empresa, deduzido das despesas variáveis de venda. O método de custeio adotado para a valorização das saídas de armazém é o custo médio.

2.9. Caixa e equivalentes de caixa

O caixa e equivalentes de caixa incluem numerário, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de liquidez elevadaedescobertosbancários,semriscosignificativodealteraçãodevalor.OsdescobertosbancáriossãoapresentadosnoBalanço,nopassivocorrente,narubrica“Dívidasainstituiçõesdecrédito–curtoprazo”,osquaissãotambémconsideradosnaelaboraçãodademonstraçãodosfluxosdecaixa.

2.10. Imparidade

O Grupo analisa a cada data de balanço se existe evidência objetiva que um ativo ou um grupo de ativos se encontra em imparidade.

Ativos financeiros disponíveis para venda

Nocasodeativosfinanceirosclassificadoscomodisponíveisparavenda,umdeclínioprolongadoousignificativonojustovalordo instrumento abaixo do seu custo é considerado como um indicador que os instrumentos se encontram em imparidade. Sealgumaevidênciasemelhanteexistirparaativosfinanceirosclassificadoscomodisponíveisparavenda,aperdaacumulada–mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual, menos qualquer perda de imparidade do ativo

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financeiroque já tenha sido reconhecidaem resultados–é removidadecapitaisprópriose reconhecidanademonstraçãode resultados. Perdas de imparidade de instrumentos de capital reconhecidas em resultados não são revertidas através da demonstração de resultados.

Clientes, devedores e outros ativos financeiros

São registados ajustamentos para perdas por imparidade quando existem indicadores objetivos que a Suldouro, S.A. não irá recebertodososmontantesaquetinhadireitodeacordocomostermosoriginaisdoscontratosestabelecidos.Naidentificaçãodesituaçõesdeimparidadesãoutilizadosdiversosindicadores,taiscomo:

(i) análisedeincumprimento; (ii) incumprimentohámaisde6meses; (iii)dificuldadesfinanceirasdodevedor; (iv) probabilidade de falência do devedor.

O ajustamento para perdas de imparidade é determinado pela diferença entre o valor recuperável e o valor de balanço do ativofinanceiroeéregistadoporcontrapartidaderesultadosdoexercício.Ovalordebalançodestesativoséreduzidoparaovalorrecuperávelatravésdautilizaçãodeumacontadeajustamentos.Quandoummontanteareceberdeclientesedevedoresé considerado irrecuperável é abatido por utilização da conta de ajustamentos para perdas de imparidade acumuladas. As recuperaçõessubsequentesdemontantesquetenhamsidoabatidassãoregistadasemresultados.Quandovaloresareceberde clientes ou de outros devedores que se encontrem vencidos, são objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos.

Reversão de perdas por imparidade

Umaperdaporimparidadereconhecidanumvalorareceberdemédioelongoprazosóérevertidacasoajustificaçãoparaoaumento da respetiva quantia recuperável assente num acontecimento com ocorrência após a data do reconhecimento da perda por imparidade. As perdas por imparidade relativas a outros ativos são revertidas sempre que existam alterações nas estimativas usadas para a determinação da respetiva quantia recuperável.

2.11. Capital

Asaçõesordináriassãoclassificadasnocapitalpróprio.Oscustosdiretamenteatribuíveisàemissãodenovasaçõesouopçõessão apresentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao montante emitido.

2.12. Dividendos a pagar

Os dividendos são reconhecidos como passivo quando aprovados.

2.13. Subsídios do governo

Os subsídios para investimento são reconhecidos quando existe uma segurança razoável que o subsídio será recebido e que a Suldouro, S.A. cumprirá as obrigações inerentes ao seu recebimento. Os subsídios para investimento, são incluídos nos passivos não correntes e são creditados na demonstração dos resultados com base no mesmo método da amortização dos ativos subjacentes.

Os restantes subsídios são reconhecidos na demonstração dos resultados no mesmo período dos gastos que pretendem compensar.

2.14. Provisões, ativos e passivos contingentes

As provisões apenas são reconhecidas quando existe uma obrigação presente que resulte de eventos passados, para a liquidação da qual seja provável a necessidade de afetação de recursos internos e cujo montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre queumdoscritériosnãosejacumpridoouaexistênciadaobrigaçãoestejacondicionadaàocorrência(ounãoocorrência)dedeterminado evento futuro, a Suldouro, S.A. divulgará tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para liquidação do mesmo seja considerada remota.

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Asprovisõessãomensuradasaovalorpresente,àdatadobalanço,damelhorestimativadoConselhodeAdministraçãosobreodispêndionecessárioparaliquidaraobrigação.Ataxadedescontousadaparadeterminarovalorpresenterefleteaexpectativaatual de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.

Ativos e passivos contingentes

Osativosepassivoscontingentesnãosãoreconhecidosnasdemonstraçõesfinanceiras,sendodivulgadosnasnotasanexassempreque a possibilidade de uma saída de recursos que incorporem benefícios económicos não seja remota.

2.15. Imposto

O imposto sobre rendimento do período compreende os impostos correntes, os impostos diferidos e ainda, caso exista, excessoouinsuficiênciadeestimativadeimpostosdoexercícioanterior.Osimpostossobreorendimentosãoregistadosnademonstração dos resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais próprios. O valor de imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo comasregrasfiscais.

Osimpostosdiferidossãocalculadoscombasenataxadeimpostoemvigoroujáoficialmentecomunicada,àdatadobalançoe que se estima que seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data do pagamento dos impostos diferidos passivos. As diferenças que possam advir de alterações expectáveis das taxas a que irão reverter as diferenças temporárias tributáveis são consideradas na demonstração dos resultados.

Osimpostosdiferidossãoregistadosnoresultadolíquidoouem“Outrasreservas”consoanteoregistodatransaçãooueventoque lhes deu origem.

2.16. Rédito

Oréditoéreconhecidocomosegue:

2.16.1. Prestação de serviços

Tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos rececionados através de recolha indiferenciada efetuada pelos Municípios

O rédito é reconhecido pelo valor da prestação de serviços, líquido de impostos e descontos, com base numa tarifa aprovada peloConcedente(Ministériodoambienteedoordenamentodoterritório)aplicadaàquantidadedetoneladasderesíduosrececionados dos Municípios.

Tratamento e valorização de resíduos equivalente a urbanos rececionados através de particulares

O rédito é reconhecido pelo valor da prestação de serviços, líquido de impostos e descontos, com base numa tarifa aprovada peloConcedente(Ministériodoambienteedoordenamentodoterritório)aplicadaàquantidadedetoneladasderesíduosrececionados de particulares.

2.16.2. Venda de produtos

Tratamento e valorização de resíduos urbanos rececionados através de recolha seletiva efetuada pela Suldouro, S.A. e resíduos urbanos triados pela Central de Valorização Orgânica

O rédito é reconhecido pelo valor da venda de resíduos/produtos recicláveis, líquido de impostos e descontos, com base em “valoresdecontrapartida”(VC),geridosporumaentidadecomaresponsabilidade(elicenciadaparaoefeito)dagestãoedestinofinaldosresíduosdeembalagem(SociedadePontoVerde),aplicadosàquantidadedetoneladasderesíduosdiferenciadosproduzidose entregues ao reciclador.O rédito é ainda reconhecido pela venda de outros resíduos valorizáveis provenientes tanto da recolha seletiva como da Central de ValorizaçãoOrgânica,líquidodeimpostosedescontos,combaseemvaloresdemercado,aplicadosàquantidadedetoneladasvendidas.

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Valorização de resíduos sólidos urbanos através do aproveitamento e tratamento pela Suldouro, S.A. do biogás libertado no tratamento dos resíduos (produção de energia)

O rédito é reconhecido pelo valor da venda de energia, líquido de impostos e descontos, com base num preço, calculado conforme formula publicada em Decreto-Lei e praticado pela EDP, aplicado aos MWh produzidos e vendidos.

2.16.3. Juros

O rendimento de juros é reconhecido com base na taxa de juro efetiva e são registados no período a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização do exercício (ou do acréscimo).

2.17. Gastos e perdas

Os gastos e perdas são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime do acréscimo (especialização do exercício).

2.18. Eventos subsequentes

Oseventosocorridosapósadatadebalançoqueproporcionem informaçãoadicional sobrecondiçõesqueexistiamàdatadobalançosãorefletidosnasdemonstraçõesfinanceiras.Oseventosapósadatadobalançoqueproporcioneminformaçãosobrecondiçõesqueocorramapósadatadobalanço,materialmenterelevantesenãoajustáveis,sãodivulgadosnasnotasàsdemonstraçõesfinanceiras,seajustáveis,sãoalteradasasdemonstraçõesfinanceiras.

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3. Políticas de gestão do risco financeiro

3.1. Fatores de risco

AsatividadesdaSuldouro,S.A.estãoexpostasaumavariedadedefatoresderiscofinanceiro:riscodecrédito,riscodeliquidezeriscodefluxosdecaixaassociadoàtaxadejuro.OGrupoAdPdesenvolveueimplementouumprogramadegestãodoriscoque,conjuntamentecomamonitorizaçãopermanentedosmercadosfinanceiros,procuraminimizarospotenciaisefeitosadversosnaperformancefinanceiradaAdPesuasparticipadas.AgestãodoriscoéconduzidapelodepartamentocentraldetesourariacombaseempolíticasaprovadaspelaAdministração.Atesourariaidentifica,avaliaerealizaoperaçõescomvistaàminimizaçãodos riscosfinanceiros,emestritacooperaçãocomasunidadesoperacionaisdoGrupoAdP.OConselhodeAdministraçãoprovidenciaprincípiosparaagestãodoriscocomoumtodoepolíticasquecobremáreasespecíficas,comooriscocambial,orisco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados, outros instrumentos não estruturados e o investimento do excesso deliquidez.OConselhodeAdministraçãotemaresponsabilidadededefinirprincípiosgeraisdegestãoderiscos,bemcomolimites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados carecem de aprovação prévia do Conselho de Administração,quedefineosparâmetrosdecadaoperaçãoeaprovadocumentosformaisdescritivosdosobjetivosdasmesmas.

3.2. Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultandoumaperdafinanceiraparaaSuldouro,S.A..

A Suldouro, S.A. está sujeita ao risco de crédito nas suas atividades operacionais, de investimento e de tesouraria.

O risco de crédito relacionado com atividades operacionais está relacionado essencialmente com os créditos concedidos, em prazosacordados,aosMunicípios,deVilaNovadeGaiaeStaM.ªdaFeira,àEDPeSociedadePontoVerde,pelaprestaçãodeserviços e venda de produtos efetuadas pela Suldouro, S.A a estas entidades.

Esteriscoéemteoriareduzido,dadooperfilderiscodosclientes(entidadesestatais).Noentantodadaasituaçãoeconómicaefinanceiraatual,comconsequênciasdiretasjuntodasautarquiaslocais,omontantedadívidatemvindoacrescersignificativamente(ver nota 9 – clientes).

O grupo AdP tem vindo a alertar o Governo Central para a insustentabilidade da atual situação de mora junto de alguns municípios, no sentido de encontrar alternativas que permitam cobrar os valores em dívida.

O Conselho de Administração da Suldouro, S.A. tem avaliado a adoção de medidas que visem assegurar a recuperabilidade dos saldos a receber dos Municípios, entre as quais o acionamento do mecanismo associado ao Privilégio Creditório, o qual incidesobreasdívidascorrentes,tendoatéàdataoptadopeloestabelecimentodeacordosdepagamentos.Umavezqueestesacordos têm historicamente vindo a ser cumpridos pelos Municípios, o Conselho de Administração da Suldouro continua a entender que até ao momento, não existem indicadores que conduzam ao reconhecimento de perdas por imparidade.

A seguinte tabela representa a exposição máxima da Suldouro, S.A. ao risco de crédito (não incluindo saldos de clientes e de outros devedores) a 31 de dezembro de 2014.

Paraativosnobalanço,aexposiçãodefinidaébaseadanasuaquantiaescrituradacomoreportadanafacedoBalanço.

Ativos financeiros bancários 31.12.2014

Depósitosàordem 82 080

Depósitos prazo 3 270 000

Fundo de reconstituição do capital 2 313 774

5 665 854

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Rating (Moodys) 31.12.2014

Baa3 20 723

Ba1 2 315 128

Ba3 6 860

B1 28 460

B2 2 227 520

Caa1 8 570

Não disponível 1 058 593

5 665 854

OratingassociadoacadavalorcorrespondeàavaliaçãoatribuídapelaMoodys(notaçãodoratingobtidanossitesdasinstituiçõesfinanceirasemjaneirode2015)àentidadefinanceiraondeosativosfinanceirosseencontramdepositados.

3.3. Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a viabilidade da consolidação da dívidaflutuanteatravésdeummontanteadequadodefacilidadesdecréditoeahabilidadedeliquidarposiçõesdemercado.Emvirtudedadinâmicadosnegóciossubjacentes,atesourariadaSuldouro,S.A.pretendeasseguraraflexibilidadedadívidaflutuante,mantendoparaoefeitolinhasdecréditodisponíveis.ASuldouro,S.A.efetuaagestãodoriscodeliquidezatravésdacontrataçãoemanutençãodelinhasdecréditoefacilidadesdefinanciamentocomcompromissodetomadafirmejuntodeinstituiçõesfinanceirasnacionaiseinternacionaisdeelevadanotaçãodecréditoquepermitemoacessoimediatoafundos.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades da Suldouro, S.A. por intervalos de maturidade residual contratual. Os montantes apresentadosnatabelasãoosfluxosdecaixacontratuais,nãodescontadosapagarnofuturo(semosjurosaqueestãoaserremunerados estes passivos).

< 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos

Financiamentos 3 166 667 12 666 667 4 750 000

Fornecedores e outros passivos 2 264 458 - -

A rubrica que contribui maioritariamente para o valor registado em fornecedores e outros passivos, é sobretudo a de fornecedores de investimentos em curso, sendo o valor regularizado com a utilização dos de um empréstimo contraído no BEI para essa finalidade–Investimento.Osrestantesvalores,nomeadamentefornecedoresdecontacorrenteeacréscimosdegastos,serãoregularizados com o uso dos meios que a empresa dispõe para o efeito.

3.4. Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro

OriscodataxadejurodaSuldouro,S.A.advém,essencialmente,dacontrataçãodeempréstimosdelongoprazo.Nesteâmbito,empréstimosobtidoscomjuroscalculadosataxasvariáveisexpõemaSuldouro,S.A.aoriscodefluxosdecaixaeempréstimosobtidoscomjurosàtaxafixaexpõemaSuldouro,S.A.aoriscodojustovalorassociadoàtaxadejuro.Igualmenteassociadoàvolatilidade das taxas de juro está remuneração garantida dos contratos de concessão, e consequentemente o desvio tarifário.

Análise de sensibilidade à variação da taxa de juro

Variação da taxa

de juro31.12.2014 31.12.2013

Gastos reais suportados 571 997 548 936

Gastos conforme variação 1% 641 163 628 560

Gastos conforme variação -1% 502 830 469 312

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VistapanorâmicadoAterrodoGestal.

3.5. Risco de capital

OobjetivodaSuldouro,S.A.emrelaçãoàgestãodecapital,queéumconceitomaisamplodoqueocapitalrelevadonafacedobalanço, é manter uma estrutura de capital ótima, através da utilização prudente de dívida que lhe permita reduzir o custo de capital.

Afinalidadedagestãodoriscodocapitalésalvaguardaracontinuidadedasoperaçõesdaempresa,comumaremuneraçãoadequada aos acionistas e gerando benefícios para todos os terceiros interessados.

ApolíticadaSuldouro,S.A.écontratarempréstimoscomentidadesfinanceiras,porintermédiodaEmpresaGeraldoFomento(acionistaprincipalcomoutrasparticipadasequivalentesàSuldouro,S.A.),semprequeestaopçãosemostrefinanceiramentemaisvantajosa.Estapolíticavisaaotimizaçãodaestruturadecapitalcomvistaaumamaioreficiênciafiscalereduçãodocustomédio de capital.

31.12.2014 31.12.2013

Empréstimos não correntes 17 416 667 20 583 333

Empréstimos correntes 3 166 667 3 166 667

Disponibilidades (3 352 536) (12 706 116)

Dívida 17 230 797 11 043 884

Subsídios ao investimento 9 482 442 10 860 327

Total do capital próprio 12 838 805 10 790 136

Capital 39 552 044 32 694 346

Dívida/total do capital 0,44 0,34

OmodelodefinanciamentodaSuldouro,S.A.assentatipicamenteemdoistipos.OfinanciamentobancárioremuneradocomparticularincidêncianosfinanciamentoscontraídosjuntodoBEI,enocapitalpróprioesubsídiosaoinvestimentonãoreembolsáveis.

3.6. Risco regulatório

Como prestador de um serviço público, a Suldouro, S.A. opera num ambiente altamente regulado. O regulador – ERSAR – mandatado pelo Governo, regula, entre outros aspetos, a tarifa a cobrar pelos serviços prestados. A regulação é a mais significativa restriçãoà rendabilidadedas atividadeseconómicasdesenvolvidaspelaSuldouro, S.A.O reguladorpode tomarmedidas com impacto negativo no cash-flow, com todas as consequências adversas que daí resultam.

De forma a minimizar estes riscos, a Suldouro, S.A. tem procurado acompanhar mais de perto as atividades do regulador, procurando, assim, antecipar potenciais impactos negativos na empresa decorrentes das regras emanadas pela ERSAR.

Nesta data o Conselho de Administração da Suldouro, S.A. possui informações sobre a futura reestruturação do setor, conforme informaçõesconstantesnon.º37–informaçõesrelevantes,cujoimpactonasdemonstraçõesfinanceirasdaSuldouro,S.A.aindaterá de ser avaliado.

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4. Estimativas e julgamentos

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da Suldouro, S.A. são continuamente avaliados,representandoàdatadecadarelatoamelhorestimativadaAdministração,tendoemcontaodesempenhohistórico,aexperiênciaacumuladaeasexpectativassobreeventosfuturosque,nascircunstânciasemcausa,seacreditamseremrazoáveis.Anaturezaintrínsecadasestimativaspodelevaraqueoreflexorealdassituaçõesquetinhamsidoalvodeestimativapossam,paraefeitosderelatofinanceiro,viradiferirdosmontantesestimados.Asestimativaseosjulgamentosqueapresentamumriscosignificativodeoriginarumajustamentomaterialnovalorcontabilísticodeativosepassivosnodecursodoexercícioseguintesãoasqueseguem:

4.1. Provisões

A Suldouro, S.A. analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A Suldouro, S.A., quando é parte integrante de processos judiciais em curso, com base na opinião dos seus advogados, efetua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências.

Asubjetividadeinerenteàdeterminaçãodaprobabilidadeemontantedesaídaderecursosnecessáriosparaaliquidaçãodasobrigações,poderáconduziraajustamentossignificativos,querporvariaçãodospressupostos,querpelofuturoreconhecimentode provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

Àdatadestasdemonstraçõesfinanceiras,aSuldouro,S.A.julganãoexistirnenhumasituaçãoquejustifiqueacriaçãodeumaprovisão (ponto 26).

4.2. Acréscimos de custos de investimento contratual

A Suldouro, S.A, durante o período da sua concessão, tem como obrigação a realização de investimentos contratuais, sendo-lhe conferido o direito da sua utilização.

Osinvestimentosaindaporrealizarsãovalorizadospelamelhorestimativa,àdatadaapresentaçãodoorçamentodoanoparasua aprovação pelo Concedente.

ASuldouro,S.A,registaem“Acréscimodecustodeinvestimentofuturo”asquotizaçõeslinearmenteefetuadasaolongodosanos.

Quantomaiorforoprazoapercorreratéàrealizaçãodoinvestimento,maioréaprobabilidadedeerrodovalorestimado.

4.3. Imparidade

A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quaisforadaesferadeinfluênciadaSuldouro,S.A.,taiscomoadisponibilidadefuturadefinanciamento,ocustodecapitalouamanutenção da atual estrutura regulatória do mercado, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas, quer externas àSuldouro,S.A.

Aidentificaçãodosindicadoresdeimparidade,aestimativadefluxosdecaixafuturoseadeterminaçãodojustovalordeativos(oudeconjuntodeativos)implicamumelevadograudejulgamentoporpartedaAdministração,noquerespeitaàidentificaçãoe avaliaçãodosdiferentes indicadoresde imparidade, fluxosde caixaesperados, taxasdedescontoaplicáveis, vidasúteis evaloresresiduais.NocasoespecíficodaSuldouro,S.A.osindicadoresdeimparidadealteramcomoscrescimentosdarededeinfraestruturas assumidos, as alterações de tarifa expectáveis ou as atuais estratégias dos participantes no capital da Suldouro, S.A.que,conjuntamentecomoutrosfatores,poderãolevaraalteraçõesnopadrãooumontantedosfluxosdecaixafuturos.

Osajustamentosparacontasarecebersãocalculadosessencialmentecombasenaantiguidadedascontasareceber,operfilderiscodosclienteseasituaçãofinanceiradosmesmos.

ÀdatadeemissãodasdemonstraçõesfinanceirasdaSuldouro,S.A.nãoéconsideradacomoprovávelaexistênciadequalquersituação relevante de imparidade nos ativos reportados neste exercício.

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5. Instrumentos financeiros por categoria

Ativos financeiros

ao justo valor por

resultados 31/12/2014

Empréstimos e contas

a receber 31/12/2014

Passivos financeiros

ao custo amortizado 31/12/2014

Total 31/12/2014

Ativos e passivos não classificados

como instrumentos

financeiros 31/12/2014

Total de balanço a

31.12.2014

Ativos intangíveis 42 985 796 42 985 796

Investimentosfinanceiros 2 313 774 2 313 774 2 313 774

Ativo por Impostos diferidos 5 448 586 5 448 586

Clientes e outros ativos não correntes

3 038 323 3 038 323 3 038 323

Inventários 114 934 114 934

Clientes 6 983 833 6 983 833 6 983 833

Estado e outros entes públicos

Outros ativos correntes 1 535 542 1 535 542 1 535 542

Caixa e seus equivalentes 3 352 536 3 352 536 3 352 536

Total do ativo 17 224 008 17 224 008 48 549 316 65 773 324

Provisões

Empréstimos não correntes 17 416 667 17 416 667 17 416 667

Passivo por impostos diferidos 1 988 199 1 988 199

Fornecedores e outros passivos não correntes

Acréscimos de custos do investimento contratual

18 239 781 18 239 781

Subsídios ao investimento 9 482 442 9 482 442

Empréstimos correntes 3 166 667 3 166 667 3 166 667

Fornecedores 827 591 827 591 827 591

Outros passivos correntes 880 634 880 634 880 634

Imposto sobre o rendimento do exercício

376 305 376 305

Estado e outros entes públicos 556 234 556 234

Total do passivo 22 291 558 22 291 558 30 642 961 52 934 519

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RC 2014_91

Ativos financeiros

ao justo valor por

resultados 31.12.2013

Empréstimos e contas

a receber 31.12.2013

Passivos financeiros

ao custo amortizado 31.12.2013

TOTAL 31.12.2013

Ativos e passivos não classificados

como instrumentos

financeiros 31.12.2013

Total de balanço a

31.12.2013

Ativos intangíveis 36 887 601 36 887 601

Investimentosfinanceiros 2 158 599 2 158 599 2 158 599

Ativo por Impostos diferidos 5 673 533 5 673 533

Clientes e outros ativos não correntes

5 362 765 5 362 765 5 362 765

Inventários 115 884 115 884

Clientes 3 071 076 3 071 076 3 071 076

Estado e outros entes públicos

Outros ativos correntes 1 759 723 1 759 723 1 759 723

Caixa e seus equivalentes 12 706 116 12 706 116 12 706 116

Total do ativo 25 058 280 25 058 280 42 677 018 67 735 298

Provisões

Empréstimos não correntes 20 583 333 20 583 333 20 583 333

Passivo por impostos diferidos 2 484 682 2 484 682

Fornecedores e outros passivos não correntes

Acréscimos de custos do investimento contratual

16 713 073 16 713 073

Subsídios ao investimento 10 860 327 10 860 327

Empréstimos correntes 3 166 667 3 166 667 3 166 667

Fornecedores 1 827 404 1 827 404 1 827 404

Outros passivos correntes 564 238 564 238 564 238

Imposto sobre o rendimento do exercício

254 989 254 989

Estado e outros entes públicos 490 449 490 449

Total do passivo 26 141 642 26 141 642 30 803 520 56 945 162

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RC 2014_92

6. Ativos intangíveis

31.12.2014 31.12.2013

Direitos de utilização de infraestruturas 42 985 796 36 887 601

42 985 796 36 887 601

Valor Bruto 31.12.2013 Aumentos Transfer 31.12.2014

Terrenos 6 329 808 28 601 6 358 409

Edifícios e outras construções 21 863 523 32 997 21 896 520

Equipamento básico 31 175 614 1 531 698 884 481 33 591 793

Equipamento de transporte 1 888 312 0 1 888 312

Equipamento administrativo 490 314 18 120 508 433

Outros equipamentos 60 188 745 60 933

Outros ativos intangíveis 933 579 0 933 579

Em curso 9 556 299 8 644 730 (884 481) 17 316 548

72 297 636 10 256 891 0 82 554 527

Amortizações acumuladas 31.12.2013 Aumentos Transfer 31.12.2014

Terrenos (4 168 923) (288 724) (4 457 646)

Edifícios e outras construções (13 302 104) (1 131 899) (10 819) (14 444 822)

Equipamento básico (16 249 261) (2 254 366) (239 527) (18 743 154)

Equipamento de transporte (941 525) (124 845) 0 (1 066 370)

Equipamento administrativo (273 582) (29 384) (10 584) (313 550)

Outros equipamentos (34 282) (3 452) (248) (37 982)

Outros ativos intangíveis (440 359) (64 849) (505 207)

(35 410 035) (3 897 518) (261 179) (39 568 731)

36 887 601 6 359 373 (261 179) 42 985 796

Os valores em curso dizem respeito basicamente ao investimento relativo ao novo aterro em construção no Gestal (16.893.481 €).

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RC 2014_93

7. Investimentos financeiros

31.12.2014 31.12.2013

Fundo de reconstituição do capital 2 313 774 2 158 599

2 313 774 2 158 599

Em cumprimento da cláusula 17.ª do Contrato de Concessão, a Suldouro constituiu um fundo de reconstituição de capital social, comumreforçoanualde155.175€.NofinaldaConcessão(2021)ovaloracumuladodestefundodeveráser3.400.000€ouseja,o valor do capital social.

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RC 2014_94

8. Impostos diferidos

Saldo Inicial Dotação UtilizaçãoCorreção por

atualização de taxa

Saldo Final

Taxa de IRC 23,00% 23,00% 23,00% -2,00% 21,00%

Taxa de Derrama 1,50% 1,50% 1,50% 1,50%

Ativos por Impostos Diferidos

Amort. não aceites / subsídios // investimento contratual não realizado

23 014 700 1 787 886 (711 403) 24 091 183

DiferençaAmortizaçãofiscal// contabilística / subsidio

142 576 (17 822) 0 124 754

Base de incidência 23 157 276 1 787 886 (729 225) 0 24 215 937

IRC 5 326 173 411 214 (167 722) (484 319) 5 085 347

Derrama 347 359 26 818 (10 938) 0 363 239

Imposto diferido ativo 5 673 532 438 032 (178 660) (484 319) 5 448 586

Taxa de IRC 23,00% 23,00% 23,00% -2,00% 21,00%

Taxa de Derrama 1,50% 1,50% 1,50% 1,50%

Passivos por impostos diferidos

Amort. não aceites / subsídios // investimento contratual não realizado

10 098 788 (1 262 348) 8 836 439

DiferençaAmortizaçãofiscal// contabilística / subsidio

42 773 (42 773) 0

Base de incidência 10 141 560 0 (1 305 121) 0 8 836 439

IRC 2 332 559 0 (300 178) (176 729) 1 855 652

Derrama 152 123 0 (19 577) 0 132 547

Imposto diferido passivo 2 484 682 0 (319 755) (176 729) 1 988 199

Em 2010, no decorrer de um Pedido de Informação Vinculativo (PIV) submetido pelo Grupo AdP, foi entendimento das autoridades fiscaisqueosacréscimosdecustosdoinvestimentocontratualdeixassemdeserfiscalmenteaceitescomaextinçãodoPOC,econsequentemente da Diretriz Contabilística n.º 4, e, a sua substituição pelas normas internacionais de contabilidade (IFRS/IAS). Saliente-se que a prática contabilística se mantem inalterada, tendo em conta o enquadramento contabilístico e regulatório a que a Suldouro está vinculada.

O regime transitório previsto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de julho previa que os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adoçãodonovo normativo (IFRS), que fossem considerados fiscalmente relevantes nos termosdoCódigodo IRC e respetiva legislação complementar, concorressem em partes iguais, para a formação do lucro tributável do primeiro período de tributação (exercício de 2010) e dos quatro períodos de tributação seguintes.

Uma vez que este entendimento colocava em causa o princípio de balanceamento dos rendimentos (tarifas) e dos gastos (incorridoseaincorrer),aAdP–ÁguasdePortugal,SGPS,SA,procedeuàentregadeumaexposiçãoem5deabrilde2011juntoda DGCI com conhecimento dos Ministérios das Finanças e do Ambiente, solicitando que as correções retroativas decorrentes da alteração das políticas contabilísticas concorressem, em partes iguais, para a formação do lucro tributável ao longo do período remanescentedaconcessão,umavezqueéesseoperíodotemporalfiscalmenterelevantepareefeitoscontabilísticosefiscais,tutelandoassimas legitimasexpectativascriadas semporemcausaa sustentabilidadeeconómicaefinanceiradosSistemasMultimunicipais, onde se enquadra a Suldouro.

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RC 2014_95

Assim, enquanto se aguardava resposta, este foi o procedimento adotado pela Suldouro, nos seus registos contabilísticos, bem como no Modelo 22 (IRC).

Nodia31dedezembrode2012comaaprovaçãodaLein.º66-B/2012,obteve-searespostaafirmativaaosolicitadoatravésdo seu art.º 255 onde se introduziu um regime transitório nos contratos de concessão de sistemas Multimunicipais, aditando para o efeito ao Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de julho, o art.º 5.º A. No entanto, a aplicação do ajustamento de transição peloprazodaconcessãoapenasseaplicaàsamortizaçõesrelativasaoacréscimodegastosparainvestimentocontratualnãorealizado a 31/12/2009. Com esta interpretação, ainda em 2012, foram diferenciados os ajustamentos de transição e efetuadas asdevidascorreções.Odiferencialentreovalordasamortizaçõesacumuladasdeinvestimentofirmeconstantenascontasnoanodetransiçãoeovalorquefiscalmenteseriaaceite,passouasertributadopeloprazode5anos,emconformidadecomodisposto no DL 159/2009.

Em 2013, por um motivo distinto, foram novamente efetuadas correções aos impostos diferidos. A alteração da taxa de IRC de 25% para 23%, conforme disposto n.º 1 do artigo 87.º da Lei n.º 2/2014, implicou a atualização do saldo das contas de ativos e passivos por impostos diferidos.

Considerou-sequeataxadeIRCficousubstancialmenteaprovadaapartirde20dedezembrode2013pelasseguintesrazões:

•EmboraaLein.º2/2014sótenhasidopublicadaem16dejaneirode2014,odiplomafoienviadoparapromulgaçãopeloPresidente da República em 30/12/2013, após publicação do Decreto da Assembleia da República em 20/12/ 2013.

•Nãoseantecipandorecusadapromulgaçãonemdúvidasquantoàsuaconstitucionalidade,jáera,àdatade31dedezembrode 2013, expectável que o diploma produzisse os seus efeitos a 1 de janeiro de 2014, tal como decorre, aliás, da referida da Lei n.º 2/2014, conforme disposto n.º 1 do artigo 87.º.»

Em 2014, foram novamente efetuadas correções aos impostos diferidos. A alteração da taxa de IRC de 23% para 21%, conforme disposto no art.º 192 da Lei n.º 82-B/2014 de 31 de dezembro, alterando o n.º 1 do artigo 87.º CIRC, implicou a atualização do saldo das contas de ativos e passivos por impostos diferidos.

A mensuração dos impostos diferidos é efetuada com base no dispostos nos parágrafos § 46 a 56 da IAS 12/§ 44 a 50 da NCRF 25, nomeadamente, que as taxas a utilizar devem ser as taxas que se espera que estejam em vigor quando o ativo for realizado/passivo for liquidado, isto é, na data em que os impostos terão que ser revertidos.

Construção da Estação de Tratamento de Lixiviados do Aterro do Gestal.

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RC 2014_96

9. Clientes

31.12.2014 31.12.2013

Clientes municípios não correntes 3 038 323 5 362 765

Clientes municípios correntes 5 679 110 1 976 331

Clientes outros 1 304 723 1 094 745

10 022 156 8 433 842

A dívida não corrente refere-se a parte da faturação constante no acordo de pagamentos celebrado em 19 de dezembro de 2013 com o Município de Vila Nova de Gaia. A dívida total a 31 de dezembro de 2014 constante neste acordo de pagamento é de 5.373.310,52 €.

A dívida corrente dos Municípios, refere-se ao valor restante do referido acordo efetuado com o Município de Vila Nova de Gaia eàfaturaçãode2014,aindanãoregularizadapelosMunicípiosdeVilaNovadeGaiaeSt.ªM.ªdaFeira.

As dívidas de outros clientes dizem respeito essencialmente a faturas de venda de energia (EDP) e de venda de produtos recicláveis (Sociedade Ponto Verde) efetuadas em 2014.

9.1. Clientes — Municípios

31.12.2014 31.12.2013

Clientes municípios 8 298 814 6 906 811

Clientes municípios juros de mora 418 619 432 286

8 717 433 7 339 097

9.2. Clientes – Municípios – total da dívida por vencimento

Vencido até

2012Vencido até

2013Vencido até

2014Total

vencidoNão

vencidoTotal

Município de Vila Nova de Gaia 2 542 238 2 542 238 6 056 900 8 599 139

Município de Santa M.ª da Feira 0 118 295 118 295

0 0 2 542 238 2 542 238 6 175 195 8 717 433

OvalordadívidavencidadoMunicípiodeVilaNovadeGaia,dizrespeitoàfaturaçãodeabrilaoutubrode2014aindanãoregularizada e a 378.329,07 € incluídos no valor do acordo, que deveriam ter sido liquidados, conforme plano de pagamentos, nofinaldedezembroenarealidadesóforamnoiníciodejaneirode2015.

O valor da dívida não vencida do Município de Vila Nova de Gaia inclui o valor da faturação de novembro e dezembro e o valor restante da dívida constante do acordo de pagamento referenciado. Com o cumprimento do acordo, o seu valor em divida está sujeitoaumdébitomensaldejurosdemoraàtaxade5%.

OvalordadívidanãovencidadoMunicípiodeSantaMariadaFeiradizrespeitosomenteàfaturaçãodedezembro.

Em 30 de dezembro de 2014, foi celebrada a cessão da posição contratual que a Suldouro tinha com o Município de Vila Nova de Gaia para Águas e Parque Biológico de Gaia. A partir de janeiro de 2015, a faturação da Suldouro já será reportada a Águas e Parque Biológico de Gaia.

ÀdatadeemissãodasdemonstraçõesfinanceirasdaSuldouro,S.A.nãoéconsideradacomoprovávelaexistênciadequalquersituação relevante de imparidade nos ativos reportados.

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RC 2014_97

10. Inventários

31.12.2014 31.12.2013

Matérias subsidiárias 21 791 18 936

Produtos acabados 93 143 96 948

114 934 115 884

Asmatérias subsidiáriasdizemrespeitoaogasóleoutilizadopelasviaturasdaSuldouro, àfitautilizadaparaacondicionarosfardos de produto acabado de Papel/Cartão, ao arame para acondicionar os restantes fardos de produtos acabados, ao material estruturante e polímero necessários ao suporte do processo de compostagem.

Os produtos acabados são os resíduos triados e enfardados para reciclar, nomeadamente papel/cartão, embalagens de plásticos, dealumínio,ferrosas,vidro,etc.,cujavendaem31dedezembrode2014aindanãosetinhaconcretizado,masqueàdata,asuamaioria já se encontra regularizada.

11. Estado e outros entes públicos

31.12.2014 31.12.2013

IVA a receber 0 0

Outros 0 0

EOEP ativos 0 0

IVA a pagar (180 729) (57 851)

Retenções – Imp.s/Rend. (15 987) (44 933)

Retenções – Segurança social (32 791) (37 845)

Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) (326 727) (349 820)

EOEP passivos (556 234) (490 449)

(556 234) (490 449)

12. Imposto sobre o rendimento

31.12.2014 31.12.2013

Estimativa de imposto a receber 0 0

Estimativa de imposto a pagar 376 305 254 989

376 305 254 989

O valor apresentado do imposto a pagar, resulta do imposto de 1.575.960 € deduzido de valores já liquidados quer através de retenções, quer através de pagamentos por conta.

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RC 2014_98

12.1. Imposto do exercício

31.12.2014 31.12.2013

Imposto sobre o rendimento do exercício (1 575 960) (1 559 125)

Excesso de estimativa para imposto

Insuficiênciadeestimativaparaimposto (1 575 960) (1 559 125)

271 537 418 453

Imposto diferido

(1 304 423) (1 140 672)

12.2 Reconciliação entre a taxa normal e a taxa efetiva de imposto

Rubrica 31.12.2014 31.12.2013

Resultado antes de impostos 3 476 910 2 867 193

Diferenças permanentes

Seguros 2 664 2 750

Donativos 23 293 30 332

Outras 20 940

Benefíciosfiscais (5 953) (49 752)

Base de incidência

Base de derrama 3 496 934 2 851 464

Base de restante 3 496 934 2 851 464

Imposto 24,5% 856 749 26,5% 755 638

Derrama estadual 130 822 117 385

Tributação autónoma e outras 316 852 267 649

Encargo de imposto 37,5% 1 304 423 39,8% 1 140 672

Imposto corrente (1 575 860) (1 559 125)

Imposto diferido 271 537 418 453

Em tributação autónoma e outras, encontra-se, para além da tributação autónoma, o valor da atualização do saldo de ativos e passivos por impostos diferidos, tendo sido corrigido a taxa de IRC de 23% para 21% conforme referido no ponto 8.

13. Outros ativos correntes

31.12.2014 31.12.2013

Fundo de coesão a receber 1 323 005 1 507 946

Adiantamentos a fornecedores de investimentos 0 9 952

Outros devedores 16 662 23 365

Acréscimos de proveitos 123 078 137 247

Diferimentos de encargos 72 797 81 213

1 535 542 1 759 723

É expetável a regularização destes valores em 2015.

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RC 2014_99

14. Caixa e bancos

31.12.2014 31.12.2013

Caixa 456 1 155

Depósitosàordem 82 080 274 961

Depósitos a prazo 3 270 000 12 430 000

3 352 536 12 706 116

Odiferencialqueseverificaemdepósitosaprazodizrespeitoaopagamentodeinvestimentosefetuadoem2014.

15. Capital

Capital subscrito Capital realizado Capital subscrito Capital realizado

31.12.2014 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2013

Empresa Geral de Fomento 60% 2 040 000 2 040 000 2 040 000 2 040 000

Município de Vila Nova de Gaia 25% 850 000 850 000 850 000 850 000

Município de Santa M.ª da Feira 15% 510 000 510 000 510 000 510 000

100% 3 400 000 3 400 000 3 400 000 3 400 000

15.1. Resultado por ação

31.12.2014 31.12.2013

Resultado líquido 2 172 487 1 726 521

Número médio de ações (5,00 Eur/cada) 680 000 680 000

Resultado por ação 3,19 2,54

15.2. Movimentos do período

31.12.2013 Afect. Res. Liq. Dividendos Res. Liquido 31.12.2014

Capital Social 3 400 000 3 400 000

Reservas legais 421 537 86 326 507 864

Outras reservas 5 242 077 1 516 377 6 758 454

Resultados transitados 0 123 818 (123 818) 0

Resultado líquido do exercício 1 726 521 (1 726 521) 2 172 487 2 172 487

10 790 136 0 (123 818) 2 172 487 12 838 805

As reservas legais só podem ser utilizadas na cobertura dos prejuízos ou no aumento do Capital Social (conforme art.º 296 do código das Sociedades Comerciais), sendo obrigatória uma dotação anual de 5% dos resultados líquidos, até esta reserva atingir 20% do Capital Social.

As“outrasreservas”sãoconsideradasreservaslivres,podendosermovimentadascomotal,havendo,noentanto,umasubdivisão,designadapor“ReservaContratualRealizada”comoobjetivodedistinçãodovalorrespeitanteaocumprimentodon.º6dacláusula 16.ª do Contrato de concessão.

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RC 2014_100

16. Empréstimos

31.12.2014 31.12.2013

Empréstimos bancários BEI 17 416 667 20 583 333

Empréstimos bancários – banca comercial 0 0

Empréstimos–Locaçãofinanceira 0 0

Não correntes 17 416 667 20 583 333

Empréstimos bancários BEI 3 166 667 3 166 667

Correntes 3 166 667 3 166 667

Tola de empréstimos 20 583 333 23 750 000

A variação negativa total do valor registado em empréstimos bancários BEI no valor de 3.166.667 €, diz respeito ao montante amortizado em 2014.

16.1. Empréstimos por intervalos de maturidade

31.12.2014 31.12.2013

Até 1 ano 3 166 667 3 166 667

De 1 a 2 anos 3 166 667 3 166 667

De 2 a 3 anos 3 166 667 3 166 667

De 3 a 4 anos 3 166 667 3 166 667

De 4 a 5 anos 3 166 667 3 166 667

Superior a 5 anos 4 750 000 7 916 667

20 583 333 23 750 000

16.2. Empréstimos por tipo de taxa de juro

Taxa de juro variável 31.12.2014 31.12.2013

Até 1 anos 1 000 000 1 000 000

De 1 a 2 anos 1 000 000 1 000 000

De 2 a 3 anos 1 000 000 1 000 000

Superior a 3 anos 3 500 000 4 500 000

6 500 000 7 500 000

Taxadejurofixa 31.12.2014 31.12.2013

Até 1 anos 2 166 667 2 166 667

De 1 a 2 anos 2 166 667 2 166 667

De 2 a 3 anos 2 166 667 2 166 667

Superior a 3 anos 7 583 333 9 750 000

14 083 333 16 250 000

20 583 333 23 750 000

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RC 2014_101

16.3. Linhas de crédito contratadas e não utilizadas

Linhas de crédito não utilizadas 31.12.2014 31.12.2013

Expira num ano renovável (taxa variável) 1 000 000 1 000 000

1 000 000 1 000 000

Em 2013, a Suldouro resolveu, por mera segurança, contratualizar uma linha de crédito para uma eventual necessidade de tesouraria, tendosidoem2014renovadapormaisumano.Oexcessodeliquidezqueseverificanasdemonstraçõesfinanceiras,têmcomoobjetivo a realização de investimentos.

17. Acréscimos de custos de investimento contratual

Movimentos do período

31.12.2013Quotização

(aumento)

Transferência por realização do

investimento (diminuição)31.12.2014

Acréscimos de custos de investimento contratual 16 713 073 1 787 886 (261 179) 18 239 781

16 713 073 1 787 886 (261 179) 18 239 781

Atransferênciaestárelacionadacomaefetivaçãodoinvestimentoeasuapassagemafirme.

18. Subsídios ao investimento

31.12.2014 31.12.2013

Fundo de coesão (apoio investimentos iniciais) 5 065 873 5 834 828

Fundo de coesão (Candidatura Chapéu-EGF) 508 213 585 155

Fundo de coesão (apoio investimento da CVO) 2 430 497 2 799 687

QREN(apoioinvestimentocomplementardaCVO) 1 477 859 1 640 658

9 482 442 10 860 327

18.1. Movimentos do período

31.12.2013 ResultadosAumento de

comparticipação31.12.2014

Fundo de coesão (apoio investimentos iniciais) 5 834 828 (768 955) 0 5 065 873

Fundo de coesão (Candidatura Chapéu-EGF) 585 155 (76 942) 0 508 213

Fundo de coesão (apoio investimento da CVO) 2 799 687 (369 189) 0 2 430 497

QREN(apoioinvestimentocomplementardaCVO) 1 640 658 (224 485) 61 686 1 477 859

10 860 327 (1 439 571) 61 686 9 482 442

OaumentoapresentadodizrespeitoàaceitaçãoporpartedoPOVTdeumapropostadereprogramaçãodaoperaçãonaCentraldeValorizaçãoOrgânicaapresentadapelaSuldouro,ficandorefletidanuma3.ªadendaaocontratodefinanciamentocelebradoentre o Programa Operacional Valorização do Território e a Suldouro.

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RC 2014_102

19. Fornecedores correntes

31.12.2014 31.12.2013

Fornecedores de investimentos 267 080 1 212 607

Fornecedores gerais 497 259 541 099

Fornecedores empresas do Grupo 63 252 73 699

827 591 1 827 404

20. Outros passivos correntes

31.12.2014 31.12.2013

Acréscimos com férias e subsídio de férias 212 624 210 069

Provisões 0 0

Outros acréscimos e diferimentos 217 509 212 587

Fornecedores de investimento com faturas por emitir 435 627 130 687

Outros credores 14 874 10 895

880 634 564 238

Em acréscimos com subsídios de férias está contemplado o cumprimento dos art.º 2.º e 4.º da Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro, comcálculosefetuadosinvertendo20%dasreduçõesremuneratóriasaplicadasnofinalde2014.

Em“Fornecedoresdeinvestimentocomfaturasporemitir”estãoregistados5%dosautosdemediçãodaempreitadadoaterronoGestalque,conformedefinidocontratualmente,serãofaturadosapósreceçãoprovisória.

21. Vendas e prestação de serviços

21.1. Vendas

31.12.2014 31.12.2013

Vendas de produtos recicláveis 2 852 643 2 167 123

Vendas de energia 6 054 596 5 745 071

8 907 239 7 912 194

O desvio positivo da venda de produtos recicláveis deve-se sobretudo ao aumento da capacidade produtiva da Central de Valorização Orgânica(CVO),apósalteraçõesefetuadasnoprocessodetratamentomecânico.

Avariaçãopositivanavendadeenergia,deve-seàentradaemfuncionamentodeumnovomotorgeradordeenergiaparasubstituiçãodos que vão entrando em manutenção.

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RC 2014_103

21.2. Prestação de serviços

31.12.2014 31.12.2013

Prestação de serviços a municípios 3 951 578 3 804 862

Prestação de serviços a particulares 57 190 88 695

4 008 768 3 893 557

Avariaçãopositivaverificadanaprestaçãodeserviçosamunicípios,deve-seaoaumentode6,6%daquantidadederesíduosdepositados.

Contrariando a evolução da deposição de Resíduos Urbanos, assistiu-se a uma variação negativa na prestação de serviços a particulares ou seja na deposição de resíduos equivalentes a urbanos, sem explicação aparente.

22. Custo das vendas

31.12.2014 31.12.2013

CMVMC – Matérias subsidiárias 519 497 478 944

519 497 478 944

Variação da produção 3 805 (40 624)

523 302 438 321

23. Fornecimentos e serviços externos

31.12.2014 31.12.2013

Subcontratos 522 228 415 591

Trabalhos especializados 335 064 333 424

Energia 414 876 399 647

Outrosfluidos 271 701 250 660

Conservação e reparação 963 405 525 417

Vigilânciaesegurança 107 349 103 951

Seguros 135 890 121 037

Outros FSE’s 681 494 388 383

3 432 006 2 538 111

Estedesviopositivo,deve-sefundamentalmenteaoseguinte:

•Naimpossibilidadedecontrataçãodetrabalhadores,recorreu-seaoaumentodetrabalhotemporário,devidoàimplementaçãodeumterceiroturnonaCentraldeValorizaçãoOrgânica;

•DandocumprimentoàselevadasrestriçõescolocadasàsempresasdoSetorPublicoEstatalnestesúltimosanos,nomeadamentena redução de FSE, a Suldouro foi adiando manutenções e conservações que em 2014 se tornaram inadiáveis, nomeadamente amanutençãoeconservaçãodosecocentrosedeequipamentobásico;

Conclusão(aditamento)doacordoefetuadocomaAdPEnergiasem31/12/2012relativoàcessãodaposiçãocontratualafavordaSuldouro,quantoàparticipaçãoqueestatinhanoprojetoparaaproveitamentodocalorabaixatemperaturaperdidonosgasesdeescape e no circuito de arrefecimento do bloco de motores do biogás. A conclusão deste acordo pressupunha a comparticipação àAdPEnergiasdafaturaçãorelativaàvendadeenergia,porumprazoadicionalde25meses(totaldamaturidadedoprojeto144meses) assim que houvesse prorrogação do prazo da concessão deste sistema municipal. Embora ainda não esteja em vigor, o art.º 2.º do Dec-Lei n.º 99/2014 vem alterar o prazo da concessão para 31 de dezembro de 2034.

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RC 2014_104

24. Gastos com pessoal

31.12.2014 31.12.2013

Remunerações 1 337 027 1 539 975

Encargos sociais sobre remunerações 288 622 332 736

Indemnizações 0 118 858

Outros custos com pessoal 208 889 221 279

1 834 537 2 212 848

Oscustoscomopessoalapresentamumadiminuiçãosignificativaemrelaçãoaoanoanteriordevidoessencialmenteatrêsfatores:

•Em2013houveumaumentodoscustoscomsubsídiodeférias,poispassouasernovamenteobrigatórioopagamentoatodososfuncionários,semqualquercritériodiferencial;

•Em2013houveIndemnizaçõespagasaosfuncionáriosqueaderiramaoprogramaadotadopelogrupoAdPde“rescisõesamigáveis”;

•Em2014on.ºmédiodefuncionáriosfoide80,contrastandocomos87de2013.

Quadro de pessoal

Número médio de colaboradores 31.12.2014 31.12.2013

Órgãos sociais do Conselho de Administração 4 5

Trabalhadores efetivos e outros 80 87

84 92

Número de colaboradores a 31 de dezembro 31.12.2014 31.12.2013

Órgãos sociais do Conselho de Administração 4 5

Trabalhadores efetivos e outros 80 82

84 87

Em 2014 foram rescindidos 2 contratos de trabalho.

25. Depreciações, amortizações e reversões do exercício

31.12.2014 31.12.2013

Amortizações de ativos intangíveis (nota 6) 3 897 518 3 602 732

Acréscimos de custos do investimento contratual (nota 17) 1 787 886 2 026 162

5 685 404 5 628 894

26. Provisões do exercício

Em 2013 foi anulada uma provisão constituída em 2012 para fazer face a coimas e juros consequentes da substituição nesse ano dasdeclaraçõesdosmodelos22referentesa2010e2011.Em2014,talcomonofinalde2013,jánãoexistequalquerprovisão.

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RC 2014_105

27. Perdas por imparidade e reversões do exercício

31.12.2014 31.12.2013

Perdas por imparidade de clientes 56 82

56 82

Reversões de perdas por imparidade 0 0

56 82

28. Outros gastos e perdas operacionais

31.12.2014 31.12.2013

Impostos 95 207 92 953

Donativos 33 293 33 164

Outros gastos operacionais 2 029 1 854

130 529 127 971

29. Outros rendimentos e ganhos operacionais

31.12.2014 31.12.2013

Rendimentos suplementares 109 009 73 989

Subsídiosàexploração 18 327 0

Outros rendimentos e ganhos operacionais 83 032 27 292

210 368 101 281

Narubrica”rendimentossuplementares”,estáincluídooapoiodemanutençãoefetuadoàsempresasdogrupo.

Narúbrica“Subsídiosàexploração”estácontempladoumsubsídioprovenientedoprojetoRecycAl.OprojetoRecycAl consiste num estudo europeu em que a Suldouro se envolveu sobre o aproveitamento de resíduos de alumínio para produção de peças automóveisqueatéàdatasãofeitascomorecursonatural.AtecnologiaadotadaseráHigh Shear Processing (HSP).

Narubrica“outrosrendimentoseganhosoperacionais”estãoincluídososvaloresdasindemnizaçõesnomeadamenteporavariasde máquinas e sinistros de ecopontos. Estão ainda incluídos o valor obtido em descontos de pronto pagamento.

30. Gastos financeiros

31.12.2014 31.12.2013

Juros suportados 364 069 333 075

Comissões bancárias

Outrosgastosfinanceiros 207 928 215 862

571 997 548 936

Gastosfinanceiroscapitalizados (380 052) (24 932)

191 944 524 005

Oscustosfinanceiroscapitalizadossãoparte,nãosódosjurosrelativosaoempréstimocontraídoaoBancoEuropeudeInvestimento(BEI) para financiamentode investimentos, como tambémdos respetivos custosde gestãoe intermediação. Estes custos sãorelativosàpercentagemdoempréstimodirecionadoparaaempreitadadeconstruçãodonovoaterronoGestal.

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RC 2014_106

31. Rendimentos financeiros

31.12.2014 31.12.2013

Juros de mora 440 086 307 554

Outros juros 268 657 660 608

708 743 968 162

Adiminuiçãodestarubricadeve-seàdiminuiçãodoexcessotemporáriodetesouraria,justificadonãosópelaaquisiçãodeterrenos,registada ainda em investimento em curso, como pela liquidação das faturas relativas empreitada da em curso da construção do novo aterro (aterro no Gestal).

Construção da Estação de Tratamento de Lixiviados do Aterro do Gestal.

32. Transações e saldos com entidades relacionadas

Ano 2014Empresas do

GrupoEmpresa Mãe

Município Acionistas

Orgãos de Gestão (inclui empresa mãe)

Rendimentos

Rédito 85 986 3 951 578

Dividendos recebidos / atribuídos

Gastos

Gastos com pessoal 113 204

Outros gastos 204 966 243 975

Ativos

Clientes 1 216 8 717 433

Empréstimos

Outros devedores

Passivos

Fornecedores 6 984 63 232

Outros Credores

Fluxos de Caixa

Dividendos pagos / a pagar 74 291 49 527

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RC 2014_107

Ano 2013Empresas do

GrupoEmpresa Mãe

Município Acionistas

Orgãos de Gestão (inclui empresa mãe)

Rendimentos

Rédito 62 666 3 804 862

Dividendos recebidos / atribuídos

Gastos

Gastos com pessoal 34 460 106 841

Outros gastos 114 594 344 986

Ativos

Clientes 54 552 7 339 097

Empréstimos

Outros devedores

Passivos

Fornecedores 8 710 78 111

Outros Credores

Fluxos de Caixa

Dividendos pagos / a pagar 84 513 42 256

33. Compromissos

ParaalémdosqueseencontramnoBalançoapresentado,aSuldouro,S.A.temosseguintescompromissos:

a) Contrato de Concessão

Os investimentos reversíveis previstos para o prazo da concessão perfazem 95.248.012 Euros dos quais 82.554.527 Euros já se encontram realizados.

Em2014aSuldouro,S.A.,tememcursoosseguintesprojetoscomcontratoscelebradosemanosanteriores:

Descrição Fornecedor Valor adjudicadoValores faturados /

especializadosFornec. e mont. de posto de corte/seccionamento, posto de transformação e linhas de MT, incluindo projetos de MT

EDP Comercial, S.A. 182 300 127 610

EmpreitadadeConstruçãodoAterrodoGestal; DST, S.A. 11 943 760 8 712 544

Projeto elétrico da CVE do aterro de Gestal ENC-Bioenergy 4 535 2 268

12 130 595 8 842 422

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RC 2014_108

Em2014aSuldouro,S.A.,tememcursoosseguintesprojetoscomcontratoscelebradosnoano:

Descrição FornecedorValor

adjudicadoValores faturados /

especializadosAcompanhamento dos trabalhos de instalação de geo sintéticos da empreitada do aterro de Gestal

LNEC 50 000 15 000

Equipamento de remoção de odores RivazQuímica 12 725 0

Recondicionamento do motor gerador ABB, S.A. 3 847 0

Empreitada de construção de uma plataforma para o reservatório de oxigénio no Gestal

DST, S.A. 12 075 0

Prestação serviços de assessoria técnica quanto aos erros e omissões do projeto de empreitada do aterro de Gestal

Golder 14 428 0

Transportadores de tela da CVO Antípoda 9 945 0

ProjetodeexecuçãoparaabeneficiaçãodotratamentomecânicodaCVO

W2S 36 000 0

Projeto de especialidade necessária para o projeto de execuçãoparaabeneficiaçãodotratamentomecânicodaCVO

CaboAtlântico 31 000 6 200

Empreitada de execução de todos os trabalhos relativos àsobrasdetoscoseacabamentosdoprojetodeampliaçãode um edifício a efetuar no aterro de Sermonde

Adriano Malheiro 145 821 0

Fiscalização da empreitada de execução de todos os trabalhos relativosàsobrasdetoscoseacabamentosdoprojetodeampliação de um edifício a efetuar no aterro de Sermonde

Civigest 13 200 0

329 042 21 200

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RC 2014_109

Os valores adjudicados constantes nos dois mapas anteriores fazem parte do valor dos investimentos previstos da concessão.

b) Fornecimentos e serviços em curso com compromissos assumidos em 2014

Descrição FornecedorValor

adjudicadoValores faturados /

especializados

Caracterização de resíduos Ambirumo 12 300 6 150

Painéis informativos Extruplas 2 866 0

Substituição de tubos da alimentação de lamas da CVO Instalminho 2 920 0

Fornecimento de quadros de recolha de contagem de energiaSA-Soluções em Automação,SA

1 710 1 710

QuantificaçãoeidentificaçãodebactériasefungosUnidade Local Saúde

Alto Minho, EPE2 724 2 724

Carvão ativado impregnado ultra DS Carpe Ambiente 2 375 0

Grelha de fundo Hardox 400 Dionísio J.G.Neves,Lda 8 200 0

ManutençãoebeneficiaçãodoecocentrodeSermonde J.Silva Reis 52 920 0

Fiscalizaçãodamanutençãoebeneficiaçãodoecocentrode Sermonde

Madureira & Madureira,Lda 3 000 0

RevisãodoestudodeviabilidadeeconómicaefinanceiradoprojetodeenquadramentodaCVOnoQREN

EHS-Consultores de Ambiente e Segurança

5 700 4 560

RelatóriofinaldaoperaçãodaCVOnoQRENEHS-Consultores

de Ambiente e Segurança2 760 1 104

Consultoria em gestão de ativos American Appraisal 6 400 0

SenfimD300SerralhariaMecânica

Júlio Castro4 080 1 360

4 Turbos para reparação ABB, S.A. 12 594 0

Intercooler GE Jenbacher 4 803 0

125 352 17 608

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RC 2014_110

34. Ativos e passivos contingentes

34.1 Garantias prestadas

Garantia Bancária n.º 00379892, sobre o BES, no valor de 448.320,00 Euros, a favor da Comissão e Coordenação do Desenvolvimento Regional Norte (CCDRN), para assegurar o cumprimento das condições impostas na licença de exploração n.º 23/2005/INR de 30 de dezembro, incluindo as relativas ao processo de encerramento e ao controlo e manutenção pós encerramento do aterro de Sermonde.

34.2. Processos judiciais

a)Processodeimpugnaçãojudicialn.º3582/11.BEPRT,quecorretermosna4.ªUnidadeOrgânicadoTribunalAdministrativoeFiscaldoPorto,instauradopelaSuldouro,contraoatodeliquidaçãodefinitivadataxadegestãoderesíduosefetuadapelaAPA(AgênciaPortuguesadoAmbiente),referenteaoanode2010.Oprocessoaguardaanotificaçãoparaaapresentaçãodasalegaçõesfinais. Está em causa um gasto de 56.547,75 € em que a Suldouro não efetuou qualquer provisão, pois é expectável que a ação tenha procedência.

b)Cincoexpropriaçõeslitigiosas(trêsinstauradaspelaSuldouro)quecorremtermosnaInstâncialocalemmatériacíveldaComarca de Aveiro, relativas a parcelas do terreno onde decorre a empreitada do aterro do Gestal. Prevê-se que três das quais possam ser favoráveis aos expropriados. O diferencial máximo que poderá ser atribuído para acrescer ao investimento ronda os 55.900 €.

34.3. Diferendos

NoâmbitodeexecuçãodocontratodeempreitadadeconstruçãodoAterrodoGestal,existeumdiferendoentreaSuldouroeo empreiteiro, Domingos da Silva Teixeira S.A. acerca da existência de trabalhos de suprimento de erros e omissões do projeto. Tendoemconsideraçãoadivergênciadeposiçõesexistente,foicelebradoumacordodefinindoosdiferendosenaqualmanteriamreuniõesdenegociaçãocomafinalidadedeoseliminar.Ficoudecididotambémqueaspartesnãoapresentariamquaisquerações,providênciascautelaresouquaisqueroutrosprocessosjudiciaise/ouarbitrais,sejaqualforasuanatureza,atéaofimdoprocessode negociações.

É convicção do Conselho de Administração que, apesar deste diferendo, mesmo que venha a ser instaurado um processo arbitral, nãojustificaefetuarqualquerajustamentonascontasde2014.

35. Informações exigidas por diplomas legais

Art.o 397.o do Código das Sociedades Comerciais

Relativamente aos seus administradores, a Suldouro, S.A., não lhes concedeu quaisquer empréstimos ou créditos, não efetuou pagamentos por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas e não lhes facultou quaisquer adiantamentos a remunerações. Também não foram celebrados quaisquer contratos entre a sociedade e os seus administradores, diretamente ou por pessoa interposta.

Art.o 324.o do Código das Sociedades Comerciais

A Suldouro, S.A., não possuiu quaisquer ações próprias e nem efetuou até ao momento qualquer negócio que envolvesse títulos desta natureza.

Art.o 21.o do Decreto-Lei n.o 411/91 de 17 de setembro

Declara-sequenãoexistemdívidasemmoradaEmpresaaoSetorPúblicoEstatal,nemàSegurançaSocial,equeossaldoscontabilizadosem31dedezembrode2014,correspondemàretençãonafonte,descontosecontribuições,referentesadezembro,e cujo pagamento se efetuará em janeiro do ano seguinte.

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36. Rendimento garantido

Obedecendo ao contrato de concessão, os capitais próprios aplicados na empresa são remunerados através de uma margem, a qualcorresponderáàaplicação,aocapitalereservalegal,deumataxacorrespondenteàbasedeemissãodebilhetesdetesouro(TBA) ou uma equivalente que a venha a substituir, acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco.

Neste exercício, conforme deliberado em Assembleia Geral, foram distribuídos € 123.817,81 de dividendos.

AcionistasRem. Acum. Dividendos Rem.em atr. Remun. Rem. Acum.

31/12/2013 2014 Capitalizada 2014 31/12/2014

Empresa Geral do Fomento, S.A. 74 290,69 74 290,69 0,00 75 499,92 75 499,92

Município de Vila Nova de Gaia 30 954,45 30 954,45 0,00 31 458,30 31 458,30

CâmaraMunicipaldeStaMariadaFeira 18 572,67 18 572,67 0,00 18 874,98 18 874,98

123 817,81 123 817,81 0,00 125 833,20 125 833,20

Astaxasutilizadasparaocálculodosmontantesacimareferidosforamasseguintes:

AnosTaxas sem risco

(TBA)Taxas com risco (base do cálculo)

1996 7,267 10,267

1997 5,497 8,497

1998 4,266 7,266

1999 4,000 7,000

2000 4,380 7,380

2001 4,146 7,146

2002 3,275 6,275

2003 2,217 5,217

2004 2,045 5,045

2005 2,095 5,095

2006 3,090 6,090

2007 4,190 7,190

2008 4,630 7,630

2009 1,370 4,370

2010 0,930 3,930

2011 1,530 4,530

2012 0,760 3,760

2013 0,240 3,240

2014 0,220 3,220

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37. Informações relevantes

Noanode2014verificaram-sealteraçõessignificativasemmatériaregulatória.Das alterações mais impactantes nas formas de atuação e organização das empresas do setor, destacam-se a privatização do setor dos resíduos em curso, permitida pela Lei n.º 35/2013, de 11 de junho, que acarreta a revisão do regime jurídico das concessões da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de resíduos urbanos.

Através do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, o Governo aprovou o processo de reprivatização da EGF mediante a alienação de 100% das ações representativas do seu capital social detidas pela AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. O mesmo diploma determinou ainda que o processo de alienação se faria por concurso público internacional estabelecendo as fases do mesmo bem como o direito de aquisição dos trabalhadores de 5% de capital social da EGF e determinou a opção de venda e direitos de preferência a conceder aos municípios acionistas das entidades gestoras de sistemas multimunicipais nas quais a EGF é acionista. Na Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2014, de 3 de abril, publicada no Diário da República de 8 de abril, o Governo aprovou o caderno de encargos que regula os termos do concurso público de alienação e determinou a sua abertura.

Em31dejulhode2014,4dos7concorrentesconvidadosàapresentarpropostasvinculativasparaaaquisiçãodasaçõesdaEGFefetivaram as suas propostas. Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 55-B/2014, de 19 de setembro, foi selecionado o Agrupamento SUMA, constituído pelas empresas Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A., Mota – Engil Ambiente e Serviços, SGPS, S.A, e Urbaser, S.A., como vencedor do concurso público de reprivatização da EGF.

No dia 6 de novembro de 2014 foi assinado o contrato de compra e venda de 95% do capital social da EGF entre a AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. e a Suma Tratamento, S.A., empresa constituída pelos membros do Agrupamento SUMA. Os restantes 5% do capital estão reservados para aquisição pelos trabalhadores do universo EGF, a ocorrer após a conclusão da transação.

ASumaTratamento,S.A.notificouaoperaçãodecompradasaçõesdaEGFàAutoridadedaConcorrência,entidadedaqualseaguardaaaprovaçãofinaldaoperação,oqueconstituiumacondiçãoprecedentedasuaconclusão,queseconcretizarácomatransmissão das ações da EGF da AdP – Aguas de Portugal SGPS, S.A. para a Suma Tratamento, S.A.

Por outro lado, para além de outras alterações que entrarão em vigor no próximo exercício, importa salientar o novo regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril, cuja produção de efeitos se prevê para 1 de janeiro de 2016. Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório emvigor,passandodeummodelodecustodeserviço“costplus” (modeloatual)paraummodelodeproveitospermitidos(revenue cap),queremuneraumabasedeativosaocustodecapitaleficienteepermitearecuperaçãodosgastosoperacionaisnumcenáriodeeficiênciaprodutiva.

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38. Eventos subsequentes

Não são conhecidos quaisquer eventos que mereçam ser assinalados.

Vila Nova de Gaia, 11 de fevereiro de 2015

O Técnico de Contas O Conselho de Administração

(Maria Adriana Ferreira Soares Pinto Monteiro) (Miguel Augusto Salgueiro da Silva Ferreira)

A Diretora Administrativa e Financeira (Ana Mafalda Almeida Bernardo Pinto Monteiro)

(MariadasDoresPaivadaRochaMâncio) (CésarFernandoCoutoOliveira)

(José Fernando Moreira)

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Relatório e Parecer do Fiscal Único

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Certificação Legal das Contas

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Parecer do Auditor

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