sugestÕes de temas para o curso de geografia e...

151
Rua Dr. Moacir Birro, 663 Centro Cel. Fabriciano MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected] BIBLIOTECA PARA O CURSO DE GESTÃO DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS Selecionamos para você uma série de artigos, livros e endereços na Internet onde poderão ser realizadas consultas e encontradas as referências necessárias para a realização de seus trabalhos científicos, bem como, uma lista de sugestões de temas para futuras pesquisas na área. Primeiramente, relacionamos sites de primeira ordem, como: www.scielo.br www.anped.org.br www.dominiopublico.gov.br SUGESTÕES DE TEMAS 1. GESTÃO IMOBILIÁRIA E LOGÍSTICA REVERSA NOVA ÁREA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL 2. GESTÃO IMOBILIÁRIA E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS 3. GESTÃO IMOBILIÁRIA E DESEMPENHO NA CADEIA PRODUTIVA 4. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE DESEMPENHO 5. GESTÃO IMOBILIÁRIA E COMPETITIVIDADE 6. GESTÃO IMOBILIÁRIA E OS ELOS OU FONTES QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA 7. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE CUSTOS 8. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE INOVAÇÃO 9. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DO ESFORÇO INOVATIVO 10. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DOS RESULTADOS OBTIDOS COM A INOVAÇÃO 11. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE MARKETING 12. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DO ESFORÇO DE MARKETING

Upload: dothuy

Post on 08-Nov-2018

219 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

BIBLIOTECA PARA O CURSO DE GESTÃO DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

Selecionamos para você uma série de artigos, livros e endereços na Internet

onde poderão ser realizadas consultas e encontradas as referências necessárias

para a realização de seus trabalhos científicos, bem como, uma lista de sugestões

de temas para futuras pesquisas na área.

Primeiramente, relacionamos sites de primeira ordem, como:

www.scielo.br

www.anped.org.br

www.dominiopublico.gov.br

SUGESTÕES DE TEMAS

1. GESTÃO IMOBILIÁRIA E LOGÍSTICA REVERSA NOVA ÁREA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL

2. GESTÃO IMOBILIÁRIA E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS

3. GESTÃO IMOBILIÁRIA E DESEMPENHO NA CADEIA PRODUTIVA

4. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE DESEMPENHO

5. GESTÃO IMOBILIÁRIA E COMPETITIVIDADE

6. GESTÃO IMOBILIÁRIA E OS ELOS OU FONTES QUE COMPÕEM A CADEIA PRODUTIVA

7. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE CUSTOS

8. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE INOVAÇÃO

9. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DO ESFORÇO INOVATIVO

10. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DOS RESULTADOS OBTIDOS COM A INOVAÇÃO

11. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE MARKETING

12. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DO ESFORÇO DE MARKETING

Page 2: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

2

13. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DOS RESULTADOS DO MARKETING

14. GESTÃO IMOBILIÁRIA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.

15. GESTÃO IMOBILIÁRIA E METODOLOGIA DE GESTÃO PARA ADENSAMENTO DE CADEIAS PRODUTIVAS

16. GESTÃO IMOBILIÁRIA E TERMO DE REFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE GESTÃO DO USO DO PODER DE COMPRA: projeto formação de recursos humanos especializados

17. GESTÃO IMOBILIÁRIA E LOGÍSTICA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

18. GESTÃO IMOBILIÁRIA E COMPETIÇÃO: estratégias competitivas essenciais

19. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DE DESEMPENHO

20. GESTÃO IMOBILIÁRIA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

21. GESTÃO IMOBILIÁRIA E INDICADORES DA QUALIDADE E DO DESEMPENHO

22. GESTÃO IMOBILIÁRIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL NA CADEIA LOGÍSTICA: uma visão integrada para o incremento da competitividade

23. GESTÃO IMOBILIÁRIA E A COMPETITIVIDADE NO CONTEXTO ATUAL

24. GESTÃO IMOBILIÁRIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS GRANDES EMPRESAS

25. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E CIDADANIA EMPRESARIAL: uma análise conceitual comparativa

26. ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL NOS NEGÓCIOS

27. A QUESTÃO AMBIENTAL E O IMPACTO NA GESTÃO EMPRESARIAL: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE HIGIENE E LIMPEZA

28. GESTÃO DE ESTOQUES NA CADEIA LOGÍSTICA INTEGRADA

29. CAPITALISMO: novas dinâmicas, outros conceitos

30. RESPONSABILIDADE SOCIAL: a empresa hoje

31. GESTÃO EMPRESARIAL: DE TAYLOR AOS NOSSOS DIAS – evolução e tendências da moderna administração de empresas

Page 3: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

3

32. A EMPRESA VISTA COMO UM ELO DA CADEIA DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

33. DINÂMICA DEMOGRÁFICA, CONDIÇÕES SOCIAIS E COMPETITIVIDADE

34. EM BUSCA DO FUTURO: a competitividade no Brasil

35. ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE

36. MEIO AMBIENTE: ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS

37. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

38. GESTÃO EMPRESARIAL E COMPETITIVIDADE

39. EM BUSCA DO FUTURO: a competitividade no Brasil

40. RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE

41. TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NO SETOR AUTOMOBILÍSTICO

42. VANTAGEM COMPETITIVA

43. COMO A INFORMAÇÃO PROPORCIONA VANTAGEM COMPETITIVA: ESTRATÉGIAS

44. COMPETITIVAS ESSENCIAIS

45. DA VANTAGEM COMPETITIVA À ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

46. O PROCESSO DA ESTRATÉGIA

47. CRESCEM EXIGÊNCIAS AOS FORNECEDORES

48. ÉTICA EMPRESARIAL: posturas responsáveis nos negócios, na política e nas relações pessoais

49. ANÁLISE DOS GANHOS DAS NOVAS CONFIGURAÇÕES NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO

50. PERCEPÇÃO E TENDÊNCIAS DO CONSUMIDOR BRASILEIRO

51. VANTAGEM COMPETITIVA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL BASEADA EM TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

52. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS

53. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES LOGÍSTICAS PARA ADOÇÃO DO ECR NOS SUPERMERCADOS BRASILEIROS

54. GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: planejamento,

Page 4: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

4

organizações e logística empresarial

55. AUTOMAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO E COMUNICAÇÃO

56. A INTERNET NA GESTÃO DOS FORNECEDORES

57. GESTÃO DE DISTRIBUIDORES E DESINTERMEDIAÇÃO

58. REDES VAREJISTAS DESCOBREM A TI

59. ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE A GESTÃO DE CUSTOS E A GESTÃO DO PREÇO DE VENDA: um estudo das práticas adotadas por empresas industriais

60. CONTABILIDADE GERENCIAL

61. CUSTO E DESEMPENHO: administre seus custos para ser mais competitivo

62. ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING: análise, planejamento, implementação e controle

63. UMA CONTRIBUIÇÃO À FORMAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA

64. UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS: uma pesquisa empírica

65. GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS

66. LOGÍSTICA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO: estratégia, operação e avaliação

67. A INFORMAÇÃO CONTÁBIL E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES: MARCO CONCEITUAL E ESTUDO EMPÍRICO

68. VANTAGEM COMPETITIVA: criando e sustentando um desempenho superior

69. CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE UM MODELO CONCEITUAL DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE GESTÃO ESTRATÉGICA

70. GERENCIAMENTO INTEGRADO DE CUSTOS

71. A REVOLUÇÃO DOS CUSTOS: como REINVENTAR E REDEFINIR SUA ESTRATÉGIA DE CUSTOS PARA VENCER EM MERCADOS CRESCENTEMENTE COMPETITIVOS

72. FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE QUALIDADE NAS EMPRESAS: práticas e implementações

73. COMUNICAÇÃO INTERNA E QUEBRA DE PARADIGMAS NA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

Page 5: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

5

74. ESTILOS DE LIDERANÇA

75. FALTA DE EMPREGO OU FALTA DE CAPACITAÇÃO?

76. O DESAFIO DO GESTOR PARA DESENVOLVER UMA EQUIPE

77. O PAPEL DO GESTOR NA MANUTENÇÃO DA EQUIPE MOTIVADA

78. EDUCAÇÃO EMPRESARIAL (CORPORATIVA)

79. A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NAS SITUAÇÕES CONFLITIVAS NAS ORGANIZAÇÕES

80. ORÇAMENTO DOMÉSTICO COMO FORMA DE MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

81. ALIMENTOS E BEBIDAS: treinar ou terceirizar

82. A EMPRESA QUE VIVE EM MIM

83. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

84. CAPITAL INTELECTUAL

85. A COMPETITIVIDADE NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

86. A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

87. ANÁLISE DO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS: critérios e tendências nas organizações atuais

88. BALANCED SCORECARD

89. CALL CENTERS - influência no desenvolvimento profissional das pessoas

90. ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO

91. INFLUÊNCIA DO TERCEIRO TURNO NA VIDA SOCIAL, FAMILIAR E PROFISSIONAL DO TRABALHADOR

92. RESPONSABILIDADE SOCIAL - uma reflexão a respeito do compromissos das empresas com a sociedade e o meio ambiente

93. A MOTIVAÇÃO E SEU PAPEL PARA ATINGIR RESULTADOS ORGANIZACIONAIS

94. A IMPORTÂNCIA DO LÍDER NO DESENVOLVIMENTO DE UMA EQUIPE

95. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA GESTÃO DE PESSOAS

Page 6: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

6

96. ESTRATÉGIAS PARA ELIMINAR CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES

97. LIDERANÇA EM EQUIPES

98. A IMPORTÂNCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

99. GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

100. LIDERANÇA E OS DESAFIOS DA MUDANÇA

101. A ADMINISTRAÇÃO NA VISÃO DE FAYOL

102. A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

103. EMPRESA FAMILIAR – SUAS CARACTERÍSTICA E ESTRUTURA: subsídios para análise de mudanças

104. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL BASEADA NA FIDELIZAÇÃO CLIENTE - EMPRESA

105. ESTRESSE NOS PROFISSIONAIS DE RECURSOS HUMANOS

106. GESTÃO DO FATOR HUMANO E SISTEMA DE TRABALHO

107. RESPONSABILIDADE SOCIAL NA EMPRESA

108. REDENÇÃO DE PROFISSIONAIS NO COOPERATIVISMO

109. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES

110. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE VENDAS

111. OS PADRÕES COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM A EXPANSÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES

112. MUDANÇA NA CULTURA ADMINISTRATIVA EM UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO ECONÔMICO

113. LIDERANÇA E OS DESAFIOS DA MUDANÇA

114. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL

115. A INFLUÊNCIA DO GESTOR NA FORMAÇÃO DE LÍDERES NA INDÚSTRIA

116. COMO A GESTÃO DE PESSOAS PODE AUXILIAR O DOCENTE NAS SÉRIES INICIAIS

Page 7: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

7

117. O EXERCÍCIO DE LIDERANÇA COM MONITORES DE CRECHES

118. LIDERANÇA CARISMÁTICA E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

119. O PAPEL DA LIDERANÇA NO DESEMPENHO DOS PROFISSIONAIS

120. A FUNÇÃO DO LÍDER NO AMBIENTE DE TRABALHO

121. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA ORGANIZAÇÃO

122. ADMINISTRADOR RURAL EM SUAS TOMADAS DE DECISÕES

123. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PROFISSIONAL

124. LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

125. GESTÃO DE QUALIDADE EM TI

126. AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL NA CONSTRUÇÃO DA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

127. A IMPORTÂNCIA DO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS NO MERCADO DE TRABALHO

128. A LEI DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APLICADA NAS ORGANIZAÇÕES

129. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - como ferramenta para a motivação do funcionário e da equipe

130. COMPORTAMENTO HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES

131. QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL EM RECURSOS HUMANOS

132. ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS FAMILIARES

133. ATENDIMENTO AO CLIENTE: qualidade em primeiro lugar

134. EDUCAÇÃO EMPRESARIAL (CORPORATIVO)

135. A MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS: um estudo doutrinário

136. A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS TOMADAS DE DECISÕES

137. LIDERANÇA EM EQUIPES

138. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA ORGANIZAÇÃO

139. A INFLUÊNCIA DO GESTOR NA FORMAÇÃO DE LÍDERES NA INDÚSTRIA

Page 8: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

8

140. ATENDIMENTO AO CLIENTE NA EMPRESA VAREJISTA 141. BECHMARKING 142. LIDERANÇA 143. MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA EM EQUIPES 144. O PAPEL DO GESTOR NA IDENTIFICAÇÃO DE LÍDERES NA

INDÚSTRIA 145. RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO 146. A FUNÇÃO DO LÍDER NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 147. A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO NUMA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO 148. EMPREENDORISMO NO BRASIL 149. A IMPORTÂNCIA DO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS 150. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA GESTÃO DE

PESSOAS 151. O EXERCÍCIO DE LIDERANÇA COM MONITORES DE CRECHES 152. A LEI DA RESPONSABILIDADE SOCIAL APLICADA NAS

ORGANIZAÇÕES 153. APLICAÇÃO DE RECURSOS DE COACHING EM UMA EMPRESA DO

RAMO ODONTOLÓGICO 154. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL 155. TREINAMENTO DE VENDAS EM UM COMÉRCIO VAREJISTA DE

BRINQUEDOS 156. COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA EM UMA EMPRESA FAMILIAR 157. GERENCIAMENTO DE PESSOAS - VANTAGEM COMPETITIVA

SUSTENTÁVEL 158. QUALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 159. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL 160. EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO EM UM HOTEL DE PEQUENO PORTE

Page 9: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

9

161. GESTÃO DO CONHECIMENTO 162. GESTÃO DO CONHECIMENTO COM FOCO EM CRM APLICADO A

MICROS E PEQUENAS EMPRESAS

163. LIDERANÇA E ASPECTOS PSICOLÓGICOS E CULTURAIS NO PROCESSO E NEGOCIAÇÃO

164. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 165. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: auxílio para micros e pequenas

empresas 166. QUALIDADE DE VIDA NAS EMPRESAS 167. GESTÃO DE BARES 168. GESTÃO DE PESSOAS – GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E

COMPETITIVIDADE 169. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E O PERFORMANCE

EMPRESARIAL 170. HOTELARIA: EMPREENDORISMO E PLANEJAMENTO 171. LAVA-RÁPIDO E RESTAURANTE: maximinizando o tempo 172. PLANEJAMENTO EFICAZ DE VENDAS 173. A RESPONSABILIDADE SOCIAL 174. CONSULTORIA EM RECURSOS HUMANOS DE UMA EMPRESA 175. TRANSFORMAÇÃO ORGANIZACIONAL: teoria e a prática de inovar 176. COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR: os princípios de liderança de

o monge e o executivo 177. COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR: os princípios de liderança de

o monge e o executivo 178. EMPREENDORISMO 179. EMPREENDEDORISMO: transformando idéias em negócios 180. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS - TEORIA GERAL E

PRÁTICA EM EMPRESAS MINEIRAS

Page 10: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

10

181. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E PERFOMANCE EMPRESARIAL 182. EMPRESAS FAMILIARES: cultura, poder e política 183. HOTELARIA: EMPREENDORISMO E PLANEJAMENTO 184. IMPLICAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO NA RETENÇÃO DE TALENTOS 185. ASSESSMENT FOCADO EM FEEDBACK - AVALIAÇÃO 360º GRAUS 186. COOPERATIVISMO DE TRABALHO: alternativa de geração de trabalho e

de renda 187. LAYOUT: SOB O ENFOQUE DA PRIVACIDADE NO TRABALHO 188. LAYOUT E MOTIVAÇÃO 189. TREINAMENTO COMO RESULTADO NA ORGANIZAÇÃO 190. TRANSFORMANDO SUOR EM OURO. 191. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL 192. LIDERANÇA SERVIDORA 193. MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS 194. QUALIDADE DE VIDA NAS EMPRESAS 195. VANTAGEM COMPETITIVA NA ERA DO CONHECIMENTO E DO

CAPITAL HUMANO 196. GESTÃO ESTRATÉGICA DE INFORMAÇÕES DE UMA EMPRESA DE

SOFTWARE 197. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NO PROCESSO DE GESTÃO DE

PESSOAS NAS EMPRESAS 198. PERFIL E A CARACTERÍSTICA DO EMPREENDEDOR 199. COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA EM UMA EMPRESA FAMILIAR 200. O PAPEL DO GESTOR DE RH NO DESENVOLVIMENTO DA ÉTICA 201. ADMINISTRANDO RELACIONAMENTOS - INTERPESSOAL X

INTRAPESSOAL 202. A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS EQUIPES PARA O SISTEMA

ORGANIZACIONAL

Page 11: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

11

203. A INFLUÊNCIA DAS CORES E DOS RUÍDOS NO AMBIENTE DE

TRABALHO 204. A FUNÇÃO DO LÍDER NO AMBIENTE DO TRABALHO 205. ESTRATÉGIAS E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA EMPRESA

FRANQUEADORA 206. RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS COM

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 207. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO 208. COMPRAS PELA INTERNET: EVOLUÇÃO NO MUNDO ATUAL 209. RETENÇÃO DE TALENTOS 210. TEORIAS DAS RELAÇÕES HUMANAS EM COMPARATIVO COM A

GESTÃO DE PESSOAS 211. GERENCIAMENTO DE PESSOAS - VANTAGEM COMPETITIVA

SUSTENTÁVEL 212. MARKETING DIRETO NO SETOR VAREJISTA: como atrair nossos

clientes 213. MARKETING PESSOAL 214. OS 4P´S DO MARKETING 215. MARKETING DE RELACIONAMENTO VOLTADO PARA PEQUENAS

EMPRESAS 216. FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES NA HOTELARIA E A IMPORTÂNCIA DO

MARKETING DE RELACIONAMENTO 217. MARKETING COMO RECURSO PARA QUALIDADE TOTAL NAS

EMPRESAS 218. A IMPORTÂNCIA DO MARKETING EMPRESARIAL NO MUNDO DOS

NEGÓCIOS 219. MARKETING DE SERVIÇOS DAS OPERADORAS DE TELEFONIA

MÓVEL 220. MARKETING DE RELACIONAMENTO VOLTADO PARA PEQUENAS

EMPRESAS

Page 12: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

12

221. O USO DO CRÉDITO POR CONSUMIDORES DA BAIXA RENDA PARA AQUISIÇÃO DE PRODUTOS DE MARCAS QUE SÃO SINÔNIMO DE QUALIDADE

222. MARKETING BANCÁRIO 223. MARKETING DE VAREJO 224. MARKETING DE VENDAS 225. SEGMENTAÇÃO DE MERCADO COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING 226. MARKETING DE VENDAS EM UMA LOJA DE PEÇAS E IMPLEMENTOS

AGRÍCOLAS 227. MARKETING CULTURAL COMO FERRAMENTA PARA REFORÇO

INSTITUCIONAL DA MARCA TIM 228. MARKETING DE RELACIONAMENTO VOLTADO PARA AS PEQUENAS

EMPRESAS: confiabilidade e comprometimento 229. A INFLUÊNCIA NO MARKETING NO VAREJO 230. MARKETING NO SETOR DE VAREJO 231. INTERAÇÃO COM OS CONSUMIDORES ATRAVÉS DO MIX

PROMOCIONAL 232. MARKETING SOCIAL - ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS DE

DIFERENCIAÇÃO 233. MARKETING MOTIVACIONAL 234. AS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA APLICAÇÃO DE CONTROLES

PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM UMA MUDANÇA NO LAYOUT DE UMA SIDERÚRGICA DE AÇO

235. PROCESSOS FORMAIS EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS -

IMPLANTAÇÃO DE ESCRITÓRIO DE PROJETOS 236. GESTÃO DE NEGÓCIOS - MATURIDADE DE PROJETOS E

ESCRITÓRIOS DE PROJETOS SOB O ENFOQUE DA FERRAMENTA BSC - BALANCED SCORECARD

237. DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS EM EMPRESAS

FAMILIARES 238. MELHORIA/EFICIÊNCIA NA QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES NO

PROCESSO DE CONTRATAÇÃO

Page 13: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

13

239. RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL LIGADA A GERENCIAMENTO DE

PROJETOS 240. VIABILIDADE NAS EXPORTAÇÕES DE IMPLANTES ODONTOLÓGICOS

PARA O MÉXICO 241. GLOBALIZAÇÃO E COMÉRCIO EXTERIOR 242. COMÉRCIO EXTERIOR: SISCOMEX 243. VIABILIDADE NAS EXPORTAÇÕES DE IMPLANTES ODONTOLÓGICOS 244. O COMPORTAMENTO GERENCIAL NAS ORGANIZAÇÕES – UM

ESTUDO EM FACE DAS NOVAS TECNOLOGIAS 245. GESTÃO ESTRATÉGICA EM INDÚSTRIAS QUÍMICAS 246. GESTÃO DE MATERIAIS E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EFICAZ E

COMPETENTE 247. RESPONSABILIDADE SOCIAL: uma reflexão a respeito do compromisso

das empresas com a sociedade e o meio ambiente 248. MUDANÇAS NA GOVERNANÇA CORPORATIVA 249. LIDERANÇA NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO 250. ISO 9001 2008 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO 251. COMPORTAMENTO GERENCIAL NAS ORGANIZAÇÕES 252. A IMPORTÂNCIA DOS CONTROLES INTERNOS NA GESTÃO

EMPRESARIAL 253. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES - UMA CONTRIBUIÇÃO A GESTÃO

EMPRESARIAL 254. GESTÃO DO AGRONEGÓCIO 255. FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÕES 256. FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO DO

USUÁRIO INTERNO DA ORGANIZAÇÃO 257. A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE CUSTOS VARIÁVEIS PARA

MELHORIAS DO RESULTADO 258. GESTÃO DE CUSTOS PARA QUALIDADE TOTAL

Page 14: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

14

259. GESTÃO FINANCEIRA E ESTRATÉGIA DE MERCADO 260. A PEQUENA EMPRESA E A MISTURA DE CONTAS PESSOAIS E

EMPRESARIAIS 261. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE CUSTOS NO

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: a ferramenta de centros de custos

262. PLANEJAMENTO FINANCEIRO E SUAS FERRAMENTAS 263. FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA NA TOMADA DE DECISÃO 264. SISTEMA ABC – CUSTEIO BASEADO NAS ATIVIDADES DE

IMPLANTAÇÃO AO RESULTADO 265. FLUXO DE CAIXA NA PEQUENA EMPRESA 266. ORGANIZAÇÃO DE FINANÇAS 267. OS DESAFIOS DO ADMINISTRADOR NO CONTROLE DO FLUXO DE

CAIXA DE UMA EMPRESA FAMILIAR DE PEQUENO PORTE 268. A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL NO CONTROLE

FINANCEIRO DAS ORGANIZAÇÕES 269. A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA FORMAÇÃO

DE PREÇO DE VENDA 270. A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NAS MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS 271. A IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO PÚBLICO PARA O

ADMINISTRADOR 272. FLUXO DE CAIXA 273. FLUXO DE CAIXA: FERRAMENTA NA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 274. FLUXO DE CAIXA - INSTRUMENTO DE CONTROLE CONTÁBIL 275. FLUXO DE CAIXA NA PEQUENA EMPRESA 276. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS 277. LOGÍSTICA REVERSA: UMA NOVA REALIDADE NO INTER-

RELACIONAMENTO COM O CLIENTE

Page 15: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

15

278. A LOGÍSTICA REVERSA DO PÓS-VENDA NO E-COMMERCE 279. AS NOVAS TECNOLOGIAS NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES 280. A LOGÍSTICA COMO CHAVE DE COMPETITIVIDADE NO VAREJO DE

PEQUENO PORTE 281. A GESTÃO DE ESTOQUE COMO FATOR GERADOR DE LUCROS PARA

EMPRESA 282. GESTÃO E CONTROLE DE ESTOQUE NO HOSPITAL 283. LOGÍSTICA - UM DIFERENCIAL COMPETITIVO 284. LOGÍSTICA E ESTOQUE DE MATERIAL

Page 16: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

16

ARTIGOS PARA LEITURA, ANÁLISE E UTILIZAÇÃO COMO FONTE OU REFERENCIA

Produção Print version ISSN 0103-6513

Prod. vol.7 no.1 São Paulo June 1997

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65131997000100002

Planejamento estratégico na indústria imobiliária: evidências de mercado

Oscar Fernando Osorio Balarine

Doutor em Engenharia de Produção. Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas-

PUCRS. Av.Ipiranga, 6681 - 90619-900 Porto Alegre(RS),[email protected]

RESUMO

O artigo descreve aplicações do planejamento estratégico à atividade imobiliária,

levantando bibliografia existente e estratégias utilizadas por empresas incorporadoras no

mundo real. Conclui-se que inúmeras empresas vem empregando consistentemente o

planejamento estratégico em seus negócios, além de utilizarem criativas campanhas

mercadológicas que contribuem para o sucesso dos empreendimentos.

Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Desenvolvimento Imobiliário

ABSTRACT

This paper describes Strategic Planning improved to property development, and

management strategies cases in brazilian real world. It is conclusive that many developers are using strategic planning and marketing to reach successful enterprises.

Page 17: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

17

Key words: Strategic Planning. Property Development.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Bibliografia

BALARIN, R. Construção no Mercosul. Gazeta Mercantil, 05/04/95. p.8. [ Links ]

____. Constructa Chega ao Brasil. Gazeta Mercantil, 12/03/96. p.C-2. [ Links ]

____. Miami Atrai Investidor Brasileiro. Gazeta Mercantil, 13/03/96. p.C-2. [ Links ]

____. Parceria para o Crédito a Imóvel. Gazeta Mercantil, 15/03/96. p.B-3.

[ Links ]

____. Maior Flexibilidade nos Novos Escritórios. Gazeta Mercantil, 30/05/96, Caderno Propriedades, p. 1. [ Links ]

BALARINE, O. Administração e Finanças para Construtores e Incorporadores. Porto Alegre, Edipuc, 1990. 196p. [ Links ]

____. Determinação do Impacto de Fatores Sócio-Econômicos na Formação do Estoque Habitacional em Porto Alegre. Porto Alegre, Edipuc, 1996. 228p. [ Links ]

BENUTE, E. Encol Vai Construir Edifício para Negociá-lo com seus Fornecedores. Gazeta

Mercantil, 02/12/92. p.12. [ Links ]

BISCARO, F. Tecnun Aposta em Projeto Conjunto no Morumbi. Gazeta Mercantil, 23/07/96, p.C-2. [ Links ]

CONTADOR, J. Recomendações sobre o Processo de Planejamento Estratégico. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, V.35, N.3, pp.39-48. [ Links ]

DANIELS, J. & DANIELS, N. Visão Global: Criando Novos Modelos para as Empresas do Futuro. São Paulo, Makron Books, 1996. 233p. [ Links ]

DRUCKER, P. Administrando em Tempos de Grandes Mudanças. São Paulo, Pioneira, 1995. 230p. [ Links ]

FERREIRA, A. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira,

Page 18: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

18

1986. 2ª Ed. [ Links ]

FISHER, N. Marketing for the Construction Industry. New York, Longman Inc, 1986. 270 p. [ Links ]

GUTIERREZ, A. Vendas na Planta para Financiar Empreendimentos. Gazeta Mercantil, 26/02/92, p. 8. [ Links ]

KOTLER, P. Marketing - Edição Compacta. São Paulo, Atlas, 1980. 589p. [ Links ]

KYLE, R. & BAIRD, F. Property Management. Chicago, Dearborn, 1991. 4th.Ed. 469p. [ Links ]

LANGFORD, D. & MALE, S. Strategic Management in Construction. Hants, Gower, 1991.

156 p. [ Links ]

MARCHAND, J. WTC do Sul Custará R$ 200 Milhões. Gazeta Mercantil, 28/08/96. p.C-3. [ Links ]

MORAES, A. HCA Inova em Anúncios para o Setor Imobiliário. Gazeta Mercantil, 03/05/96, p. 9. [ Links ]

OLIVEIRA, M., LANTELME, E. & FORMOSO, C. Sistema de Indicadores de Qualidade e

Produtividade da Cosntrução Civil. Porto Alegre, CPGEC/NORIE-UFRGS, 1993.

[ Links ]

PASS, C. & LOWES, B. Dictionary of Economics. Glasgow, Harper Collins, 1993. 2nd.Ed.

569p. [ Links ]

PORTER, M. Estratégia Competitiva. Rio de Janeiro, Campus, 1986. 362p. [ Links ]

RIBAS, S. MVR Vende Imóveis a Preço de Pizza. Gazeta Mercantil, 26/06/96, p.16. [ Links ]

ROSA, H. A Método e sua Trajetória. Revista de Administração, USP, v.27, n.3, julho/setembro 1992. pp. 107-17. [ Links ]

RÚBIO, P. Construtora Baiana Reduz pela Metade Área dos Apartamentos. Gazeta Mercantil, 24/03/92, p.5. [ Links ]

TOFFLER, A. Powershift: as Mudanças do Poder. Rio de Janeiro, Record, 1990. 613p.

[ Links ]

TREVISANI JR., P. Método Faz da Mudança sua Rotina. Gazeta Mercantil, 02/08/96, p.C-2. [ Links ]

Page 19: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

19

Economia Global e Gestão versão impressa ISSN 0873-7444

Economia Global e Gestão v.16 n.2 Lisboa set. 2011

Método do rendimento na avaliação imobiliária: uma revisão da literatura

Fernando Tavares*, António Carrizo Moreira** e Elisabeth Pereira***

* Doutoramento em curso em Gestão Industrial no Departamento de Economia, Gestão e

Engenharia Industrial (DEGEI) da Universidade de Aveiro. Investigador no Centro de Estudos em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. E-mail: [email protected]

** Professor Auxiliar no DEGEI, Universidade de Aveiro. Investigador no Centro de

Estudos em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. E-mail: [email protected]

*** Professora Auxiliar do DEGEI da Universidade de Aveiro. Investigadora no Centro de Estudos em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. E-mail: [email protected]

RESUMO

O presente artigo faz parte de uma investigação académica sobre avaliação imobiliária.

Nele se apresenta uma revisão bibliográfica sobre o método do rendimento e a sua

aplicabilidade à avaliação imobiliária. Numa primeira parte é abordado o método do

rendimento e os meandros do seu cálculo, assim como os aspectos da determinação de

rendas e benefícios, centrando-se a questão fulcral nas taxas de desconto. Por outro lado

é também estudado, de modo complementar, a duração do arrendamento bem como a

«vacancy rate» e as relações entre preços, retornos e rendas. Na segunda parte analisa-

se a literatura existente sobre o investidor fundamental versus sentimental e o

«mispricing» presente no mercado, complementando esta análise com estudos de evidência empírica recentes sobre o cálculo da «caprate».

Palavras-chave: Avaliação Imobiliária, Método do Rendimento, Avaliação Fundamental, Cap Rate, Vacancy Rate.

Real estate income approach: a literature review

ABSTRACT

The present article is part of an academic research on real estate. The main purpose of

this article is to present a literature review on the income approach and its applicability

to the real estate property appraisal. The first part of this work addresses the main

issues of the income method and the calculation of its items, as well as the determination

of rents and benefits and the key issue of discount rates. On the other hand, in a

Page 20: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

20

complementary way, the duration of the lease and the vacancy rate and the relationship

between prices, rents and returns are also addressed. The second part analyses the

existing literature on the fundamental versus sentimental investor and the market

mispricing, complementing this analysis with recent studies of empirical evidence about the cap rate calculation .

Key words: Real Estate Valuation, Income Method, Fundamental Evaluation, Cap Rate, Vacancy Rate.

INTRODUÇÃO

A avaliação imobiliária influencia grande parte das decisões financeiras nas modernas

economias desenvolvidas, onde o sector imobiliário se apresenta como muito relevante

para o crescimento económico, quer directa, quer indirectamente. Num contexto de

globalização, as crises financeiras passadas e recentes demonstraram que os perigos de

colapso financeiro são reais, sendo de prever o seu contágio a outros mercados e a outras economias.

A avaliação imobiliária apresenta um carácter relevante sobretudo pela utilização do

método do rendimento que tem subjacente o método de actualização das rendas futuras

dos imóveis, que utiliza o valor actual das rendas futuras que um imóvel produz ou é capaz de vir a produzir durante a sua vida útil futura.

O valor presente de um bem é constituído pela soma de todas as rendas líquidas futuras

relacionadas com o mesmo. É necessário estimar os fluxos de caixa futuros (proveitos

menos custos) imputáveis até ao final da sua vida útil. Os fluxos de caixa futuros devem

ser previstos dentro do princípio da prudência, associado à actividade a que o bem está

destinado, atendendo aos rácios médios actuais e com uma visão de futuro. Deve tentar

prever-se o comportamento futuro atendendo ao ciclo de vida normal do bem e à sua

exploração no seu ciclo económico, considerando ainda qualquer aspecto que possa influir no valor dos proveitos e dos custos.

A avaliação consiste na utilização de um modelo, enquanto processo de determinação do

valor da propriedade influenciado pela quantificação da compreensão do mercado,

impacto legal, constrangimentos físicos do regime de planeamento, disponibilidade

financeira, procura para o produto, bem como do modo como a conjuntura económica influencia o valor da propriedade.

A utilização do modelo do rendimento na avaliação imobiliária requer alguns cuidados.

Desde logo na periodicidade dos cash flows (anuais, semestrais, trimestrais, mensais) e

na taxa de ocupação dos imóveis. Projectar cash flows futuros exige dados que, no

mercado imobiliário, não são fáceis de obter, pois as variáveis com influência são

diversas (política fiscal, taxas de juro, entre outras conjunturais). O processo de

formação do preço no mercado imobiliário reflecte, por vezes, valores sentimentais e

pouco racionais. Cabe ao investidor analisar, atendendo aos princípios de rentabilidade e risco enunciados por Markowitz (1952).

O objectivo do presente trabalho é procurar, na medida do possível, efectuar uma

revisão bibliográfica sobre o modelo do rendimento aplicado na avaliação imobiliária.

Para tal, o artigo divide-se em cinco secções. Na primeira secção é efectuada uma

pequena introdução. Na segunda aborda-se o método do rendimento, as suas variáveis,

principais relações, vantagens e inconvenientes. Enquanto a influência dos investidores

Page 21: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

21

fundamentais versussentimentais é analisada na terceira secção, alguns modelos de

determinação dinâmica dos preços dos imóveis através de cap rates1 e principais

variáveis são apresentados na quarta secção. Finalmente, na quinta secção são

apresentadas algumas considerações finais e as principais conclusões.

O MÉTODO DO RENDIMENTO

O método do rendimento é um método de actualização das rendas futuras dos imóveis.

Neste método, a propriedade é encarada como um bem produtivo, capaz de produzir

uma renda, com determinado nível de proveito e, portanto, de rendimento, podendo

tratar-se de um prédio urbano ou de um prédio rústico. O valor de mercado baseado na

renda presente é interpretado como a soma máxima que um investidor conhecedor das

actuais condições do imóvel, especialmente relacionadas com a sua ocupação presente e

rendimento gerado com a renda praticada, estaria disposto a desembolsar com a sua aquisição.

Segundo Ruback (1987), os modelos baseados no desconto de fluxos de rendimento,

baseados em fundos, partem da expressão:

Sendo que:

CFi: fluxo de fundos gerados no período i;

Vn: valor residual no ano n;

K: taxa de desconto exigida para o desconto de fluxos de fundos;

T: ano final de cash flows (pode ser infinito).

Embora, à primeira vista, possa parecer que a equação (1) está a considerar uma

duração temporal de fluxos, a realidade é diferente, já que o valor residual no ano n (Vn)

pode ser calculado descontando os fluxos futuros a partir desse período.

Um procedimento simplificado, para considerar uma duração indefinida de fluxos futuros

a partir do ano n, é supor uma taxa de crescimento constante (g) dos fluxos a partir

desse período e obter o valor residual no ano n, aplicando a fórmula simplificada de

desconto de fluxos indefinidos com crescimento constante (Ruback, 1987):

Apesar dos fluxos poderem ter uma duração indefinida, pode ser admissível depreciar o

seu valor a partir de determinado momento, dado que o seu valor actual é menor quanto

mais longínquo é o horizonte temporal. Por outro lado, a vantagem competitiva de

Page 22: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

22

muitos negócios tende a desaparecer ao fim de alguns anos.

Segundo Molina (2003), Rebelo (2002) e Schulz (2003), o valor de uma propriedade

imobiliária, capaz de produzir uma renda, é dado pelo quociente entre o rendimento líquido periódico (Rta) e a respectiva taxa de actualização (r).

Onde:

V: valor do imóvel;

Rta: renda líquida do período;

r: taxa de juro correspondente ao período.

Desta forma compara-se a renda de um imóvel com o valor que se obteria num

investimento seguro, como por exemplo em Obrigações do Tesouro, ou noutro activo

com risco baixo. De acordo com o princípio enunciado, o valor de algo é proporcional à

renda económica que gera, mas no caso dos imóveis este é apenas uma hipótese de partida, pois existem outras variáveis que incidem sobre o bem (Molina, 2003):

· No âmbito rural podem ter importância factores como a distância ao núcleo urbano;

sentimento de reconhecimento social pela posse da terra; expectativas futuras de índole

urbanística, empresarial, turística, etc.; perspectivas de melhorias de rentabilidade

futura, que podem derivar de diversas causas, proximidade de vias de comunicação ou a

empresas que laborem com produtos agrícolas, apetência dos vizinhos pela aquisição de imóveis limítrofes;

· No âmbito urbano podem influir outros factores: necessidade de ampliação de uma

determinada actividade industrial num local adjacente; proximidade a um dos locais de

trabalho da actividade que se desenvolve; desejo de dispor de um imóvel limítrofe à

habitação por questões familiares ou de prestígio; número de pessoas que circulam naquela parte da via e que está ligado ao local comercial, entre outras;

· Complementarmente aos aspectos enunciados anteriormente, atendendo à natureza do

bem, existem outros que são comuns: tanto a segurança como a liquidez e a

rentabilidade dos imóveis são diferentes de outras aplicações financeiras. Os motivos são

múltiplos, mas o maior peso específico vai para a falta de um mercado perfeito, sem

comerciantes especiais, temporais e custos administrativos que têm influência sobre o

valor de venda.

Segundo Molina (2003), a inflação apresenta-se como um elemento de crucial

importância em todos os investimentos financeiros, bem como em qualquer actividade relacionada com imobiliário.

Para León (2003), a inflação repercute-se no sector imobiliário de diferentes formas. No

sector imobiliário rústico é diferente da verificada no sector urbano, e ambas são

distintas da taxa de inflação geral existente no mercado nacional de bens imóveis.

Assim, o investidor procura as alternativas que lhe oferecem um retorno mais elevado,

Page 23: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

23

mas, no caso dos bens imóveis, deve ter também em conta, além da inflação, aspectos

relacionados com a aversão ao risco, a liquidez e possíveis mais-valias associadas à aquisição do imóvel.

Moreira (2002) entende que para se aplicar o método do rendimento deve ter-se

informação válida sobre:

· O cálculo exacto dos proveitos e dos gastos gerados pela detenção do imóvel, o que

levará à obtenção da renda real potencial;

· A periodicidade da renda estimada;

· Identificação dos benefícios que gera;

· Decisão sobre a taxa de actualização a utilizar;

· Vida útil do projecto de investimento imobiliário;

· Influência da inflação.

De notar que há modelos que tentam contornar alguns dos aspectos referidos. Por

exemplo, o modelo de Geltner e Mei (1995) é um modelo de previsão de cash flows que,

sendo vectorial auto-regressivo, consegue prever cash flows e retornos em mercados de propriedades comerciais.

Para Ghysels, Plazzi e Valkanov (2007), a alternativa a calcular o valor da propriedade

imobiliária, como qualquer outro recurso financeiro, é descontar o valor das rendas

esperadas. Estes autores analisaram o facto de o modelo de desconto de rendas ter

particular interesse para estimar o valor comercial das propriedades, nomeadamente em edifícios de escritórios, apartamentos, lojas e espaços industriais.

Também Plazzi, Torous e Valkanov (2006) estimaram o valor de uma propriedade

comercial com base no valor actual das rendas futuras. Por outro lado, a literatura

imobiliária pressupõe que o valor da propriedade imobiliária numa dada área

metropolitana é função da demografia, desenvolvimento económico e determinantes

geográficos2(Ghysels, Plazzi e Valkanov, 2007; Capozza et al., 2002; Abraham e

Hendershott, 1996; Lamont e Jeremy, 1999; Malizia, 1991).

Ghysels, Plazzi e Valkanov (2007) concluem que a cap rate está relacionada com o valor

futuro das rendas dos bens imóveis. Estes autores testaram esta relação previsível com

uma base de dados de mercado de cap rate e de retornos de bens imóveis de vinte e

umas áreas urbanas nos Estados Unidos no período entre 1985-2002. Efectuaram uma

regressão dos retornos futuros de longo prazo baseado na cap rate e concluíram que, em

17 das 21 regiões, a cap rate obtém melhores resultados para níveis de confiança de 10%.

Verifica-se que desde que as cap rates são usadas para fazer avaliações, estas têm efeito

nos preços do mercado, levando à constatação de um ponto de ligação entre a cap rate e

a previsão de retorno de lucros futuros.

Black, Fraser e Hoesli (2006) examinaram a relação entre os valores fundamentais, os

preços de mercado e as bolhas especulativas no mercado habitacional, enquanto

Almeida, Campello e Lin (2006) investigaram o efeito de alterações no preço da

habitação quando há crescimento económico com elevados níveis de crédito

Page 24: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

24

hipotecário. Outros, como Ranney (1981) e Sinai e Souleles (2005) consideraram a compra de casa como uma decisão individual dentro dos ciclos financeiros dos indivíduos.

Tabner (2007) utilizou uma extensa literatura financeira e imobiliária para destacar a

heterogeneidade do mercado imobiliário, com taxas de desconto diferentes,

distintos cash flows e, consequentemente, diferentes valores fundamentais para distintas

categorias de moradias que atraem diversos compradores, mesmo que algumas vezes a

propriedade seja idêntica. São necessárias taxas de crescimento, ou ajustes nas taxas de

desconto, para conciliar os diferentes valores fundamentais com o valor isolado do

mercado, quando ele é calculado à luz de taxas reais históricas de retorno e níveis de risco.

A possibilidade dos preços de mercado serem influenciados por preconceitos de

comportamento ou investidores internacionais que buscam a riqueza e benefícios na

diversificação de portfólio foram analisados por Tabner (2007). Este autor concluiu que

os valores fundamentais de propriedades idênticas são mais elevados para os

compradores que têm de pagar impostos, do que para os que estão isentos, sejam eles consumidores ou investidores.

Ainda no entender de Tabner (2007), os diferentes sectores de mercado são dominados

por diferentes categorias de compradores. Por exemplo, os novos consumidores e

compradores preferem negociar os apartamentos de um ou dois quartos do que grandes

casas de família, mercado que é dominado por proprietários com mais disponibilidade

monetária e de tempo, de forma a poderem usufruir, por períodos de tempo mais longos,

a propriedade.

Segundo Grenadier (2003), o valor fundamental emanado pela propriedade imobiliária

comercial é a sua renda, que reflecte o valor de mercado que os compradores têm

vontade de pagar para utilizar aquele espaço. Embora os contratos de arrendamento

possam ter cláusulas variadas, normalmente são usadas cláusulas mais ou menos

estandardizadas. Abundam cláusulas análogas com os tradicionais contratos financeiros.

Assim como existe o termo estruturas de taxas de juro, também existe o termo

estruturas de taxas de arrendamento. As cláusulas fixas e variáveis são análogas para apartamentos e arrendamentos indexados.

VARIÁVEIS RELACIONADAS COM O MÉTODO DO RENDIMENTO

Hordijk e Van de Ridder (2005) estudaram o índice holandês (ROZ), que mede o

desempenho do mercado imobiliário, e defendem que tem sido realizada pouca

investigação e que não existe nenhuma teoria ou regulamento geralmente aceite

relativamente à taxa de actualização. O ROZ aconselha a utilizar uma taxa isenta de risco

(obrigações do Estado) adicionada de uma taxa de risco para a propriedade (risco base

do imobiliário), mais o risco do sector onde a propriedade se insere (risco específico –

escritório, loja, residência). O risco específico da propriedade, como por exemplo a

posição competitiva, dado pelo desenvolvimento do mercado no ambiente imediato, deve

ser incluído no modelo do Discounted Cash Flow, onde este risco já foi quantificado

aquando da previsão do cash flow. No caso da estimação da capitalização da renda, este

tipo de risco é pertinente, pois na previsão dos cash flows futuros tem de estar parcialmente incluído no rendimento escolhido.

Outra variável estudada foi o valor residual, ou valor de saída, que consiste no preço de

venda estimado no final do investimento. Este valor encontra-se separado da soma dos

valores presentes dos cash flows que constituem a outra componente do valor

Page 25: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

25

total no modelo do Discounted Cash Flow. O método mais utilizado para calcular o valor

residual é o método de capitalização das rendas. No entanto, há várias dificuldades para

calcular o valor residual. Sivitanidou e Sivitanides (1996) e Van Gool, Pager e Weisz

(2001) entendem que o rendimento líquido ou bruto deve ser usado como rendimento de

saída (com o devido tratamento para cada um deles). Para estes autores, o rendimento

de saída não tem necessariamente que ser mais elevado que o rendimento bruto ou

líquido: mudanças na taxa de desocupação (vacancy rate), evolução do mercado e a

qualidade e diversidade dos inquilinos podem fazer com que até baixe. Lundstrom (2003)

entende que muitos avaliadores assumem uma relação fixa entre a taxa de desconto e a

de saída, o que é questionável tanto na teoria como na prática. De Kroon (2002) discute

a mesma relação: a taxa de desconto de cash flows futuros é válida para determinado

período, enquanto para a taxa de saída deve ser usada uma cap rate que só incorpora o

fluxo monetário do primeiro ano (para o comprador). A sua conclusão é que se há uma

relação entre a taxa de desconto do rendimento e a taxa de saída, então está a ser

usada de uma forma errada.

Quanto ao período a considerar para o valor residual, Pagliari (1991), Lusht (2001) e

Boyd (2002) entendem que o avaliador deveria usar o décimo primeiro ano como o

primeiro ano de exploração para o comprador. Van Gool, Jager e Weisz (2001) advertem

para o facto de os anos décimo ou décimo primeiro serem mitigados, pois há custos de

manutenção elevados ou custos extra de mudança de inquilinos. De acordo com Wiley

(1993), Keeris (2000), Lusht (2001) e Van Gool, Jager e Weisz (2001), os avaliadores

deveriam descontar aos compradores os custos pois, caso contrário, a pessoa inclui

custos que deveriam ter um tratamento fiscal diferente. O uso de condições diferentes

apresenta resultados incompatíveis de acordo com Fiedler (1992). Para Pogliani (1991),

Lusht (2001) e Boyd (2002), os dez anos são vistos como os mais apropriados dado que

aumentando o período para quinze anos, as previsões começam a ser complicadas e os

resultados reflectem cenários artificiais com pouca aderência à realidade. Se o termo é

pequeno, entenda-se três ou sete anos, o impacto do valor residual é elevado, o que faz com que os cash flows sejam inferiores.

Outro aspecto considerado foi a diferença entre as avaliações internas e externas. No seu

estudo, Hordijk e Van de Ridder (2005) tiveram como propósito verificar se os

avaliadores internos e externos aplicam modelos de avaliação consistentes e uniformes.

Para isso usaram elementos quantitativos e qualitativos e os regulamentos de avaliação

do ROZ foram examinados. A estatística tem sido aplicada a vários segmentos

imobiliários dos índices das bases de dados, com a finalidade de descobrir as diferenças

de suposições nas variáveis que influenciam o rendimento, taxa de desconto e taxa bruta

de retorno, com vista a verificar se a uniformidade tem melhorado ou piorado ao longo

do tempo. Os autores destacam que poderiam alcançar-se melhorias se os regulamentos

que referem evidências momentâneas do mercado: i) fundamentassem as taxas de

desconto e de retorno; ii) levassem em consideração a taxa de inflação; e iii) incluíssem

maior uniformidade nos tempos de entrada e saídas de cash flows (anuais, trimestrais, antecipados).

Segundo Hordijk e Van de Ridder (2005), considerando os diferentes tipos de mercado

imobiliário, o mercado residencial é o que apresenta maiores diferenças nas avaliações

efectuadas. Comparando as avaliações internas e externas, elas não têm muito impacto

nos rendimentos líquidos, com excepção dos residenciais. Porém, essas diferenças têm

vindo a diminuir nos últimos anos, o que é bom. Entre os avaliadores externos, as

diferenças no rendimento dos escritórios e das lojas é pequeno. Porém, a taxa de

desconto e a taxa de retorno de saída é uniforme no segmento de escritórios mas, no segmento residencial, são frequentes diferenças de 2% ao ano.

Page 26: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

26

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROPRIEDADES ESPECIAIS

As propriedades especiais são propriedades de natureza única, o que implica que não

existam vendas de propriedades análogas anteriores para comparação prévia, pelo que

apresentam um carácter heterogéneo. Em tais condições, o avaliador necessita de

recorrer a um modelo de estimação que analise os aspectos fundamentais da

propriedade para assim determinar o valor através da referência às qualidades produtoras de riqueza.

French (2004) analisou alguns métodos de avaliação imobiliária, dando especial ênfase à

estimação dos valores de propriedades especiais. Segundo este autor, enquanto para a

maioria das propriedades comuns o valor da propriedade é baseado na sua renda

potencial, vista como um investimento, para as propriedades especiais o valor é baseado

na visão do dono sobre o preço da propriedade, isto é, na contribuição que os lucros vão

trazer para o seu negócio e também em assuntos subjectivos como estados e

sentimentos de segurança. Por outro lado, para os avaliadores, como não existem bases de comparação, eles só podem reproduzir o cálculo dos preços através de estimativa.

French (2004) entende que a distinção entre a avaliação de uma propriedade especial e

de uma normal depende da natureza do modelo utilizado. Com uma propriedade normal,

há dados de transacções recentes suficientes para observar o nível de preços sem

necessitar de interpretar os fundamentos que lhe estão subjacentes. No entanto, as

propriedades especiais são as propriedades onde não há dados suficientes para estimar

por alguma forma de comparação. A suposição ao avaliar uma propriedade especial é

que o uso actual se manterá no futuro. Nesta base, há várias propriedades que podem ser descritas como especiais (French, 2004), podendo ser avaliadas da seguinte forma:

· Pelo método do rendimento – terra agrícola, telecomunicações, bares e restaurantes,

casinos e clubes, cinemas e teatros, hotéis, propriedades de lazer privadas, casas de saúde privadas, hospitais privados, estações de combustíveis e bosques;

· Pelo método do custo – propriedades de lazer públicas, casas de saúde públicas,

hospitais públicos e igrejas;

· Pelo método de avaliação residual – extracção mineral e propriedades de

desenvolvimento.

Para French (2004), o papel do avaliador é escolher o método que melhor reflicta o valor

da propriedade. Um avaliador tem de trabalhar com técnicas reconhecidas. No caso de

propriedades especiais, os métodos a utilizar deverão ser aqueles cujos princípios melhor

se identificam com o valor da propriedade para o negócio.

RENDAS E BENEFÍCIOS

No método do rendimento é relevante determinar as rendas e os benefícios. Para Molina

(2003), existem procedimentos clássicos de estimação para identificar as rendas futuras

que um imóvel é capaz de gerar. Um dos procedimentos consiste em investigar e

analisar o contrato de arrendamento. É necessário prever a sua evolução futura, os

aspectos legais, os prazos de renovação, a possibilidade de atrasos, a evolução do

mercado imobiliário da zona, as rendas que se obtêm em imóveis com características

Page 27: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

27

similares, os investimentos similares, os investimentos recuperáveis e os prazos de

recuperação. Têm de ser levadas em conta a conservação e manutenção, a sua

administração, o Imposto Municipal sobre Imóveis e outras taxas que o afectam, como os

períodos de tempo em que não está arrendado.

Normalmente usam-se séries históricas de arrendamentos similares. Esta informação

apresenta a evolução ao longo do tempo. São analisados os períodos de tempo que o

imóvel esteve sem ser arrendado, os possíveis usos alternativos do imóvel, os gastos em

que incorre o proprietário na realização de obras necessárias para trocar de inquilino ou,

simplesmente, para manter o imóvel, os benefícios obtidos e quais os pressupostos das

rendas abonadas periodicamente. Sem poder extrapolar-se directamente o futuro

imediato, é importante o conhecimento sobre estas variáveis para estimar parâmetros

subjectivos, pois são dados objectivos que, inicialmente, não têm forma de se repartir no

tempo (a não ser em percentagem).

Se não se conhecem os valores de arrendamentos normais dos bens a avaliar, será

necessário estimar a diferença entre os proveitos e os custos para calcular o rendimento líquido que resulte da exploração económica a que está ligado o imóvel.

Segundo Molina (2003), este procedimento é utilizado na avaliação de imóveis rústicos,

sobretudo quando se pode determinar com exactidão, apoiando-se em estudos de

mercado, a taxa de juro aplicada. É mais difícil calcular a renda líquida na compra de

habitação, e nos bens imóveis para utilização própria que se obteria do mesmo, do que nos bens para arrendamento. Assim deveria seguir-se a seguinte fórmula:

Onde:

Rta: Renda líquida do bem imóvel;

I: Receitas;

G: Gastos;

B: Benefícios (melhorias) a introduzir na gestão do imóvel.

Nos bens imóveis urbanos e rústicos, no entender de Molina (2003), deve levar-se em

conta o valor de reversão, i.e., o valor de mercado mais favorável a que o bem tenderia

no final da sua vida útil. Da complicada estimação desse valor fica o seguinte método: o

valor de mercado do imóvel será equivalente ao custo de reversão líquido previsto no final da sua vida útil.

O valor do terreno, incluindo o valor de reversão, será determinado a partir do seu valor

de mercado na data da transacção, que poderá actualizar-se com a mais ou menos-valia

que resulte do razoável entendimento da sua localização e uso e da evolução esperada do mercado.

De acordo com Nebreda, Padura e Sánchez (2006), o valor actual líquido (VAL) dos

fluxos de caixa do valor de reversão esperado para o tipo de actualização escolhido, calcula-se de acordo com a fórmula:

Page 28: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

28

Onde:

VAL: Valor actual líquido;

Ij: Valor dos proveitos do imóvel no momento j;

Pk: Os custos previstos no momento k;

tj, tk: período de tempo;

i: taxa de juro exigida;

n: número de períodos de tempo desde a transacção até ao final dos períodos de estimação das receitas esperadas.

Uma das dificuldades deste método é a estimação dos benefícios normais do empresário.

O benefício normal será entendido como o retorno idêntico à média do mercado.

Segundo Caballer (1993a), os benefícios podem decompor-se em duas partes: benefício

normal e benefício extraordinário. Este último corresponde ao benefício que um

empresário ou arrendatário obtém em função das suas capacidades de gestão, de que

resultam proveitos superiores aos que se consideraram normais. Esta peculiaridade,

embora complicada de identificar no âmbito rústico, é visível nos fundos de investimento imobiliário e determinada nos bens imóveis de natureza urbana.

Perante a problemática que se apresenta na determinação dos benefícios normais, no entender de Caballer (1993a), surgem duas soluções práticas:

· A possibilidade de obtenção de um benefício extraordinário é influenciada ao longo do

tempo pela interacção entre a oferta e a procura, fazendo coincidir os benefícios com

uma medida generalizada pressionada pelas competências de gestão;

· Por outro lado, ao tentar a separação contabilística do binómio rentabilidade-benefício

(R+B) é frequente considerar a rentabilidade como ganho e operar com ela da mesma

forma que se faz com a renda, ainda que tendo em conta as diferenças nos tipos de capitalização aplicáveis à avaliação analítica.

Assim:

Sendo R a rentabilidade, B o benefício, I as receitas, G os gastos e S o lucro.

A fórmula utilizada para calcular o valor da capitalização de rendas e de ganhos é:

Page 29: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

29

Sendo:

V: Valor de capitalização;

r: Taxa de capitalização da renda

r’: Taxa de capitalização dos ganhos

Operacionalmente existe outra solução, mais simples e útil, que tem vindo a aplicar-se

na avaliação imobiliária que consiste em calcular percentualmente os benefícios em

função das rendas.

Para Caballer (1993b), do ponto de vista económico, quanto maiores forem as rendas,

maior será o volume de negócios e maior deveria ser o benefício normal; no entanto,

justificada a relação, é mais difícil chegar a um valor correcto para esta percentagem.

Tradicionalmente, esta relação foi determinada de uma forma empírica, mediante o

estudo e análise de proveitos de imóveis rústicos e urbanos, que se generalizam, através

de um estudo prévio ao mercado e, posteriormente, à atribuição de valores individuais.

Esta relação apresenta a vantagem de que os benefícios imobiliários, para cada natureza

e uso concreto, só devem manter-se constantes em situações de aderência perfeita e, a

longo prazo, se se tratar de um caso de gestão empresarial e que lhe seja conhecida uma eficácia média.

O PERÍODO DA RESIDÊNCIA NO MERCADO DE ARRENDAMENTO: VACANCY RATE E DURAÇÃO

Outro aspecto relevante no âmbito do método do rendimento é a análise do período da

residência no mercado de arrendamento. Nos últimos anos observaram-se flutuações

cíclicas nos mercados de arrendamento habitacional (Deng, Gabriel e Nothaft, 2002),

sendo que, em muitos casos, as flutuações de mercado não são previsíveis, surgindo

assim um elevado nível de risco. Estes factos têm induzido alguns investigadores a

analisar as regras de equilíbrio da vacancy rate na determinação do mecanismo de ajustamento de preços na habitação de arrendamento.

Gabriel e Nothaft (2001), por um lado, analisaram a composição das rendas, a vacancy

rate e a duração separadamente, particularmente no que diz respeito à estimação do

equilíbrio da vacancy rate e, por outro lado, estimaram e analisaram a importância das

duas últimas medidas para melhorar a compreensão do mecanismo de ajustamento do

valor das rendas. Os resultados das análises efectuadas indicam que a duração da

residência no arrendamento habitacional é caracterizada pela significativa variação

temporal. Por exemplo, durante períodos de juros de hipoteca relativamente baixa e/ou

aumento dos preços das habitações, a duração do arrendamento é reduzido. No entender

destes autores, o conhecimento sobre os períodos de ocupação no mercado de arrendamento habitacional é limitado.

De forma a constatar a variabilidade da vacancy rate, Sternberg (1994) modelou a

probabilidade de existirvacancy status3, utilizando na sua análise uma constante

Page 30: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

30

restritiva, o que implicou uma vacancy rate constante ao longo do tempo.

Para Carvalho (2005), o conhecimento da taxa de desocupação é importante para poder

avaliar este tipo de activos, pois quanto mais elevada a desocupação, menor será o valor do activo.

No seu trabalho Deng, Gabriel e Nothaft (2002) verificaram uma alta rotatividade de

taxas de ocupação, com um valor médio de três anos de residência por inquilino. No

entanto, o volume de negócios e a duração de residência dependem das condições de

mercado e da política de habitação. Assim, a imposição de um forte controlo sobre as

rendas pode diminuir a duração da ocupação, bem como as expectativas dos

consumidores em relação à oferta e à procura habitacional também pode fazer mudar a

forma da curva de duração. Neste estudo, Deng et al. (2002) referem que a mediana dos

custos da habitação, as políticas de arrendamento de habitação, a taxa de pobreza, as

melhorias significativas dos rendimentos e níveis de vida dos inquilinos e o aumento de

oferta destocks de casas para arrendar relacionam-se negativamente com a duração da

residência dos inquilinos. Por outro lado, a existência de elevador nos edifícios, a taxa de

desemprego, o crescimento da população e das partes centrais das cidades e a

diminuição do número de casas para arrendar estão positivamente relacionados com a

duração da residência do inquilino. Os resultados indicam que a duração da residência na

habitação é sensível à localização e características estruturais. Deng, Gabriel e Nothaft

(2002) concluíram ainda que a duração do arrendamento da habitação tem uma ampla

distribuição, apresentando nos últimos anos uma tendência para diminuir: a duração

média situa-se entre um e dois anos, com alguns inquilinos a ficarem nas habitações bem mais de uma década.

A RELAÇÃO ENTRE O PREÇO DA HABITAÇÃO E O RENDIMENTO

Também a relação entre o preço da habitação e o rendimento gerado é um aspecto

importante a ter em conta no método do rendimento, particularmente se se trata de uma

relação de equilíbrio ou não.

Gallin (2003) constatou que muitos observadores no mercado imobiliário defendiam a

ideia de que os preços tinham aumentado muito rapidamente, encontrando-se

demasiado elevados em relação aos rendimentos per capita, comparativamente a

períodos anteriores. Gallin (2003) referiu que era natural que os preços viessem a

estagnar ou a cair de acordo com o argumento citado, até se aproximarem dos níveis de

rendimento. Também defendeu que, a longo prazo, existe uma correlação forte entre o valor da habitação e o valor da renda e da densidade populacional.

Por seu lado, para Hendershott (1998), a análise de equilíbrio é um instrumento precioso

para a investigação sobre investimentos imobiliários. No seu estudo demonstrou que esta

análise tem sido utilizada para estimar o prémio de risco para diferentes classes de bens

imóveis, para explicar o valor real da habitação, para explicar como o mercado de

arrendamento de longo prazo tem sido utilizado para determinar a renda de mercado

ajustada à avaliação, bem como para prever futuras rendas, preços e desenvolvimento de valores.

VANTAGENS E INCONVENIENTES DO MODELO DO RENDIMENTO

Page 31: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

31

O modelo do rendimento apresenta vantagens para determinadas entidades financeiras,

devido à facilidade de aplicação da maior parte dos pressupostos para quem gere fundos

imobiliários, onde as rendas produzidas pelos imóveis são importantes (Molina, 2003).

Este modelo é basicamente a simplificação do princípio de que um bem económico é

capaz de produzir uma renda no tempo e que esta é proporcional ao retorno do capital e ao tipo de bem em causa.

No entanto, para Molina (2003), este método também apresenta desvantagens, pois

apresenta vários elementos de difícil quantificação: valor de reversão4, vida útil, mais-

valia, menos-valia. Outro dos inconvenientes é que quando se trata de transacções

individuais em que não há conhecimento profundo dos proveitos e despesas, é difícil

estimar o benefício normal do empresário, para além de que o benefício do empresário pode ser normal e extraordinário.

Para León (2003), a inflação apresenta-se também como um elemento de importância

crucial em todos os investimentos financeiros e em qualquer actividade relacionada com

o sector imobiliário. As Normas Internacionales de Valuación (NIV, 2005) referem que

esta realidade deve ser levada em consideração quando se avalia pelo método do

rendimento.

No entender de Wang e Zhou (2000) existem algumas dificuldades práticas de aplicação

deste método, nomeadamente:

· Dificuldade no conhecimento do rendimento futuro da propriedade, da duração dos mesmos e previsão da conjuntura económica;

· Necessidade de uniformização dos métodos de avaliação para certas finalidades (efeitos fiscais, estabelecimento de seguros, hipoteca).

O INVESTIDOR FUNDAMENTAL VERSUS SENTIMENTAL

A teoria financeira clássica postula que os preços dos activos negociados nos mercados

reflectem racionalmente a estimação do risco ajustado e as taxas de desconto e fluxos de

rendimentos futuros, onde não há lugar para o investidor sentimental. Se existir um

desajustamento de preços (mispricing), ele é rapidamente anulado através de acções de arbitragem que concorrem entre si para conseguir retornos anormais.

A inabilidade, no entender de Clayton, Ling e Naranjo (2009), do modelo padrão do valor

actual para explicar as elevadas subidas e consequentes crashs nos preços dos activos,

tal como a «bolha» das empresas tecnológicas do final dos anos 1990 e outras anomalias

de preços, levou ao desenvolvimento da abordagem do comportamento financeiro na

avaliação de activos. Nestes modelos de comportamento, o sentimento do investidor

pode ter um papel fulcral na determinação do preço dos activos, independentemente dos

fundamentos do mercado.

Baker e Wurgler (2007) definem o investidor sentimental como tendo uma mistura de

crenças erradas sobre o crescimento de fluxos de caixa futuros, fluxos de investimento

ou risco com base no conjunto de informação actual. A abordagem comportamental é

também aplicada em «limites à arbitragem». Os arbitragistas têm dificuldades na

implementação de operações não triviais (inovadoras) e os custos de execução impedem-

nos de tomar posições para compensar os esquecimentos de preços. Além disso, com a

política anti-risco, os investidores são incapazes de arbitragem à distância

Page 32: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

32

do mispricing porque a imprevisibilidade do sentimento do investidor os expõe ao «risco

de ruído do negócio» (De Long et al., 1990). Assim, na medida em que o sentimento

influencia a avaliação, tomar uma posição oposta ao sentimento que prevalece no

mercado pode aumentar o risco do negócio, pelo que é importante compreender a influência relativa dos fundamentos versus os sentimentos na avaliação de activos.

Os mercados de imóveis comerciais privados são caracterizados por custos de transacção

mais elevados e substancialmente de menor liquidez do que os mercados públicos

bolsistas. Assim, se «fricções» relativamente pequenas no mercado de acções podem

causar prolongados períodos de sobrevalorização, parece plausível que a posição nos

mercados imobiliários privados seja potencialmente mais susceptível a esses episódios (Clayton, Ling, Naranjo, 2009).

Os sentimentos e os limites da arbitragem são necessários para a existência

de mispricing. Especificamente, num mercado caracterizado pela heterogeneidade dos

investidores, a existência de constrangimentos pode levar as vendas de curto prazo a

gerar desvios de preços dos activos, face aos seus valores fundamentais. Os investidores

optimistas tomam posições longas, enquanto os pessimistas gostam de tomar posições

curtas (Clayton, Ling e Naranjo, 2009). Os constrangimentos das vendas de curto prazo,

no entanto, podem inibir a capacidade racional dos investidores para eliminar a

sobrevalorização, mesmo durante períodos de tempo prolongados. Por isso, os

investidores racionais podem sentir-se à margem quando acreditam que os preços são

demasiado elevados em relação aos valores fundamentais, deixando o mercado ajustar os preços para, posteriormente, voltarem a entrar no mercado (Baker e Stein, 2004).

Baker e Wurgler (2007) também procuraram medir de que forma os sentimentos

influenciam os preços e identificaram unidades populacionais que são mais susceptíveis

de serem afectadas pelo sentimento. Consistentes com o seu modelo de previsão, os

seus resultados sugerem que quando os sentimentos são elevados (baixos) para o

investidor, os retornos são relativamente baixos (altos) para unidades populacionais de

natureza mais especulativa ou para alguns tipos de arbitragem, que tende a ser

particularmente arriscada.

Embora considerado importante pelos avaliadores imobiliários, existem relativamente

poucos trabalhos académicos que visam a compreensão do papel dos investidores

fundamentais versus o dos investidores sentimentais, dos fluxos de capitais em bens imóveis e da dinâmica de preços.

MODELOS E CAPRATE

Para Archer e Ling (1997), existem três mercados que desempenham um papel

importante na determinação dos preços dos imóveis comerciais: o mercado do

arrendamento, o mercado de capitais e o mercado da propriedade imobiliária. As rendas

dos mercados locais são determinadas no mercado do arrendamento. O prémio de risco

dos activos varia de acordo com diferentes riscos de cash flow e são determinados no

mercado de capitais. Finalmente, no mercado da propriedade, os activos têm

características específicas, onde as taxas de desconto, os valores imobiliários e as cap rates são determinadas.

As taxas de desconto de propriedades específicas são determinadas pela interacção da

taxa isenta de risco, prémio de risco do investidor e pelo perfil de risco específico da

propriedade, para um dado fluxo esperado de receita operacional líquida (NOI – Net

Page 33: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

33

Operating Income).

Para Clayton, Ling e Naranjo (2009), o preço de equilíbrio da propriedade no período t,

Pet, deve ser igual ao valor actual dos NOI descontados, assumindo uma taxa de risco

ajustada, constante e não alavancada, rt. Isto é:

- T é o período esperado de exploração em anos;

- NSPT é a venda esperada líquida do imóvel no ano T5

- NOI são as receitas líquidas esperadas;

- rt é a taxa de risco ajustada, constante e não alavancada;

- gt é a taxa de crescimento do NOI no momento t (espera-se constante).

Para Geltner et al. (2007), se no momento t o NOI prevê um crescimento à taxa

constante gt, e partindo do princípio que NSP se mantenha como constante múltipla do

NOI, então a equação (9) simplifica a fórmula de avaliação na qual Pet é unicamente uma

função do crescimento esperado do NOI e da propriedade específica da taxa de desconto do risco ajustado. Isto é:

A cap rate de equilíbrio, no momento t, Ret, é simplesmente o recíproco do valor múltiplo.

A partir da equação (9) resulta que:

É importante referir que o nível de NOI não tem qualquer impacto sobre a cap rate. Pelo

contrário, é a mudança esperada no NOI que afecta o preço que os investidores estão

dispostos a pagar por cada euro no primeiro ano de NOI. Evidentemente, é improvável

que as taxas de crescimento do NOI e futuras taxas de desconto sejam eternamente

constantes. No entanto, a equação (10) é uma aproximação que motiva a nossa cap

rate de especificação empírica e é consistente com a generalidade dos modelos de valor

actual, que permite uma variação no tempo de crescimento das NOI e o impacto na taxa

de desconto na avaliação da propriedade comercial imobiliária e, consequentemente,

da cap rate. O risco da taxa de desconto ajustada tem dois componentes: a taxa de

rendimento disponível sem risco com um prazo igual ao do período de exploração

esperado da propriedade e o prémio de risco requerido, que é propriedade do mercado e dependente do tempo.

A taxa de rendimento disponível sem risco é determinada fora do espaço local e do

mercado imobiliário, tendo por base rendimentos de títulos do Tesouro sobre os valores

mobiliários, que são determinados pelos preços da oferta e da procura dos investidores

Page 34: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

34

no mercado dos títulos do Tesouro em todo o mundo.

No que se refere ao prémio de risco exigido nos mercados de capitais, os imóveis

comerciais concorrem com os outros activos por um lugar nas carteiras dos investidores.

Segundo a teoria clássica de gestão de carteiras, os investidores irão seleccionar uma

combinação de investimentos com base nas co-variâncias e nos retornos dos possíveis

activos. Como os investidores fazem ofertas para o seu mix de portfólio óptimo, a sua

licitação determina, simultaneamente, o necessário prémio de risco para o universo dos

investimentos, de acordo com o seu perfil de risco (variância e co-variância). Deste

modo, a fixação dos preços do risco depende das preferências de risco, articulados no

contexto mais amplo do capital, bem como o risco específico do perfil de investimento,

que é determinado pelas condições actuais e futuras no mercado espacial na qual se situa o imóvel.

Clayton, Ling e Naranjo (2009) sugerem que o sentimento desempenha um papel

importante na determinação dacap rate da propriedade comercial, uma vez que tem

impacto no sentimento de percepção quanto ao crescimento esperado das rendas e

prémio de risco. Para além das questões de endogeneidade, outra preocupação potencial

é que os testes de abordagem pressupõem implicitamente que os impactos dos

sentimentos nos preços acontecem em todos os momentos. Isto é, o sentimento é uma

variável essencial na equação de determinação dos preços. No entanto, o sentimento só pode desempenhar o papel de puxar os preços para cima nos mercados em «ebulição».

Também Baker e Stein (2004) e Yu e Yuan (2007) encontraram irracionalidade nos

mercados onde prevalece uma maior intensidade nas subidas. As vendas de curto prazo

inibem a habilidade dos investidores racionais em eliminarem a sobrevalorização, o que

pode implicar que os investidores irracionais estão activos no mercado apenas quando

são demasiado optimistas. Daí, os mercados de valores dos activos reflectirem o

sentimento irracional desses comerciantes.

Este paradigma comportamental permite a existência de ambos os investidores: os

irracionais e os que se limitam à arbitragem. Nestes modelos, o sentimento do

investidor, os fluxos de capitais e o volume de negócios podem ser uma das regras para a determinação dos preços dos activos, independentemente do mercado fundamental.

Os mercados imobiliários comerciais privados, segundo Clayton, Ling e Naranjo (2009)

diferem substancialmente dos mercados accionistas públicos. Em primeiro lugar, os

activos imobiliários são heterogéneos. Por isso, ao contrário das acções cotadas de uma

empresa para a qual arranjamos substitutos próximos, quer directa quer indirectamente,

a localização única ou outros atributos de bens imóveis comerciais restringem

severamente um investidor num conjunto de substitutos aceitáveis. Por outro lado, estas

trocas comerciais de bens heterogéneos e ilíquidos, são altamente segmentados e com

informação insuficiente nos mercados locais. Como resultado, os custos de pesquisa

associados ao matching de compradores e vendedores são significativos. A incapacidade

de vender a curto prazo imóveis privados restringe a capacidade de comerciantes

sofisticados entrarem no mercado e eliminarem o mispricing, especialmente se

considerarem que a propriedade está sobrevalorizada. Os limites à arbitragem podem,

por isso, conduzir a grandes desvios de preço em relação ao valor fundamental, quando estamos na presença de investidores sentimentais.

Estas características dos mercados imobiliários privados parecem torná-los altamente

sensíveis ao sentimento induzido de mispricing e, na verdade, existe uma convicção

generalizada entre muitas imobiliárias participantes no mercado imobiliário de que os

mercados estão sujeitos a fads (ou seja, oscilam em função dos sentimentos). Muitos

agentes do mercado imobiliário, de acordo com Clayton, Ling e Naranjo

Page 35: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

35

(2009), dedicam um esforço considerável na compreensão do sentimento de mercado

(ou seja, aquilo que os outros investidores poderão fazer) em vez de se concentrarem

exclusivamente nas considerações sobre os cash flows e sobre as taxas de desconto. Na

verdade, as reduções significativas das taxas de capitalização que ocorreram na maioria

dos mercados de imóveis comerciais de 2002 a 2007 foram, em grande parte, se não

totalmente, atribuídos ao sentimento de aumento de fluxos de capitais durante esse período.

Para Clayton, Ling e Naranjo (2009), apesar da importância potencial da análise

fundamental e sentimental na dinâmica de preços no mercado imobiliário, não existe

investigação que analise a relação directa, os fundamentos e os sentimentos dos

investidores nos preços dos imóveis comerciais. Os autores construíram um modelo de

equilíbrio da cap rate especificada em função do espaço imobiliário e da análise

fundamental do mercado de capitais, que foi estimada usando técnicas de correcção de erros capturando, assim, a dinâmica, tanto a curto como a longo prazo.

Os resultados de Clayton, Ling e Naranjo (2009) mostraram que a análise fundamental é

a chave para se chegar acap rates. No entanto, o sentimento também desempenha um

papel na formação de preços no período estudado de 1996 a 2007.

CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou uma revisão da literatura sobre a utilização do método do

rendimento na avaliação imobiliária. Assim, em jeito de súmula, o método do rendimento apresenta as seguintes características:

· Pelo valor de uma propriedade imobiliária é possível calcularmos uma renda (Molina, 2003; Rebelo, 2002 e Schulz, 2003);

· A inflação apresenta-se como um elemento de importância crucial para os

investimentos financeiros, bem como para as actividades relacionadas com o imobiliário

(Molina, 2003). A inflação no sector imobiliário rústico é diferente da que pode ser

apresentada no sector urbano e ambas são distintas da taxa de inflação geral que possa existir no mercado nacional de bens imóveis (León, 2003);

· Nos bens imóveis urbanos e rústicos deve levar-se em conta o valor de reversão (Molina, 2003);

· O valor de uma habitação é proporcional à renda económica que gera (Molina, 2003);

· Para a avaliação imobiliária é necessário avaliar o contrato de arrendamento (Molina,

2003) e verificar a composição das rendas, a vacancy rate e a duração do arrendamento (Deng, Gabriel e Nothaft, 2002);

· A análise de equilíbrio é um instrumento precioso para a investigação sobre

investimentos imobiliários (Hendershott, 1998), pois permite analisar a relação entre os

valores fundamentais, preços de mercado e bolhas especulativas no mercado

habitacional (Black, Fraser e Hoesli, 2006);

· A cap rate está relacionada com o valor futuro das rendas dos bens imóveis (Ghysels, Plazzi e Valkanov, 2007).

Page 36: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

36

O método do rendimento, utilizado essencialmente para avaliar propriedades especiais, apresenta as seguintes vantagens:

· Permite verificar a compatibilidade entre os preços de mercado e os valores fundamentais (Hendershott, 1998 e Gallin, 2003);

· É mais credível para a maioria das entidades financeiras (Molina, 2003);

· A utilização de uma cap rate na previsão dos retornos é económica e estatisticamente significativa (Ghysels, Plazzi e Valkanov, 2007);

· Para a maioria das propriedades comuns, o valor da propriedade está baseado na sua

renda potencial, vista como um investimento (French, 2004);

· Permite verificar o valor fundamental e compará-lo com o do mercado (Grenadier, 2003 e Tabner, 2007);

· Permite verificar a existência do mispricing (De Long et al., 1990).

A utilização do método do rendimento apresenta os seguintes inconvenientes:

· O valor de reversão, a vida útil e a mais-valia ou menos-valia são de difícil quantificação (Molina, 2003);

· Dificuldade no conhecimento do rendimento futuro da propriedade, da duração dos mesmos e da conjuntura económica ( Wang e Zhou, 2000);

· Necessidade de uniformização dos métodos de avaliação para certas finalidades (efeitos fiscais, estabelecimento de seguros, hipoteca) ( Wang e Zhou, 2000);

· Dificuldade na decisão da taxa de desconto (Geltner et al., 2007 e Clayton, Ling e

Naranjo, 2009).

A avaliação imobiliária é uma actividade multidisciplinar, onde há necessidade de amplos conhecimentos sobre os factores que podem influenciar o preço.

O processo de formação do preço de mercado permanece sujeito a comportamentos

frequentemente irracionais, de tal forma que o preço de mercado pode, no curto prazo,

apresentar grandes oscilações, embora, a longo prazo, tenda a flutuar em torno do valor

fundamental, o verdadeiro «preço» que importa aos investidores.

Na perspectiva do investidor, o mercado imobiliário tem interesse quando existe um

retorno semelhante ao mercado accionista, atendendo aos princípios de rentabilidade e

risco enunciados por Markowitz (1952). Assim, a perspectiva dos rendimentos futuros da

propriedade imobiliária está na base da utilização do método do rendimento como um

importante instrumento de avaliação imobiliária, com grande adesão no mercado imobiliário.

O método do rendimento apresenta interesse para as entidades financeiras ligadas ao

imobiliário. Este método tem por base que uma propriedade é capaz de produzir uma

renda e que o seu valor é dado pelo quociente entre o rendimento líquido periódico e a

respectiva taxa de actualização, sendo aplicável à maior parte dos pressupostos de quem

Page 37: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

37

gere fundos imobiliários.

Com a recente utilização da cap rate, há estudos (Ghysels, Plazzi e Valkanov, 2007 e

Tabner, 2007) que apontam para um superior desempenho deste método comparado

com o modelo dos preços hedónicos. Os pontos críticos do método do rendimento estão

na dificuldade de cálculo da cap rate e da vacancy rate. No que se refere à cap rate,

existem vários trabalhos (Ghysels, Plazzi e Valkanov, 2007; Black, Fraser e Hoesli, 2006

e Tabner, 2007) onde são apresentados modelos de cálculo da cap rate. Vários foram os

testes feitos na literatura recente para averiguar a sua robustez. Entende-se que o

estudo da cap rate ainda deva ser mais aprofundado, embora seja uma taxa de desconto

mais interessante no cálculo do valor do imóvel do que a simples taxa de juro. Já quanto

aos períodos de estimação das rendas há quase uma unanimidade entre autores

(Pogliani, 1991; Lusht, 2001 e Boyd, 2002) que entende que devem ser utilizados os dez

anos, pois utilizando quinze anos as previsões são difíceis de fazer e três ou sete anos faz

com que o valor residual seja elevado. A cap rate permite analisar o equilíbrio entre o

preço da habitação e o rendimento, e verificar a compatibilidade entre os preços de

mercado e os valores fundamentais. Este modelo da cap rate permite examinar o

mercado e verificar se existe mispricing, isto é, permite uma análise mais genuína e

equilibrada dos preços da habitação de acordo com os valores fundamentais, apresentando o valor do comportamento racional.

Pelas conclusões apresentadas, entende-se que o modelo do rendimento é incontornável

na avaliação imobiliária, sendo essencial ao investidor fundamental e preocupado com a existência de mispricing.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abraham, J. M. e Hendershott, P. H., (1996), « Bubbles in metropolitan housing markets » . Journal of Housing Research, vol. 7(2), pp. 191–207. [ Links ]

Almeida, H.; Campello, M . e Liu C. (2006), « The financial accelerator: evidence from

international housing markets » . Review of Finance, vol. 10(3), pp. 321–352.

[ Links ]

Archer, W.A. e Ling, D.C. (1997), «The three dimensions of real estate markets: linking

space, capital, and property markets». Real Estate Finance, Outono, pp. 7 – 14. [ Links ]

Baker, M. e Stein, J. (2004), «Market liquidity as a sentiment indicator». Journal of Financial Markets, vol. 7(3), pp. 271 – 299. [ Links ]

Baker, M. e Wurgler, J. (2007), «Investor sentiment in the stock market». The Journal of Economic Perspectives, vol. 21(2), pp. 129 - 151. [ Links ]

Black, A.; Fraser, P . e Hoesli, M . (2006), « House prices, fundamentals and bubbles »

. Journal of Business Finance and Accounting, vol. 33(9), pp. 153 –1555. [ Links ]

Boyd, T. (2002), «Property Cash Flow Studies: Focusing on Model Consistency and Data Accuracy». Working Paper, Queensland University of Technology, Brisbane. [ Links ]

Page 38: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

38

Caballer, V. (1993a), Valoración Agrária, Mundi-Prensa. Madrid. [ Links ]

Caballer, V. (1993b), Valoración del Patrimonio Arquitectónico y Cultural , Servicio de Publicaciones de la U.P.V. Valencia. [ Links ]

Capozza, D. R.; Hendershott, P. H.; Mack, C . e Mayer, C . (2002), «Determinants of Real Houses Price Dynamics». NBER Working Papers 5, pp. 191-208. [ Links ]

Carvalho, J. A. (2005), Gestão de Activos Imobiliários, Editora Vida Imobiliária. [ Links ]

Clayton, J.; Ling, D. C. e Naranjo, A. (2009), «Commercial real estate valuation:

fundamentals versus investor sentiment». The Journal of Real Estate Finance and Economics . vol.38(1), pp. 5-37. [ Links ]

De Kroon, H.M. (2002), « Wie Kent de Waarde? Waardeoptimalisatie van Planmatige

Winkelcentra Gestoeld op een Projectconforme Ingoing- En Outgoing- Cap Rate in de

Discounted Cashflow Methode » . Tese de Doutoramento não publicada da Technische

Universiteit Eindhoven, Eindhoven. [ Links ]

De Long, J. B.; Shleifer, A.; Summers, L. H. e Waldmann R. J. (1990), «Noise trader risk

in financial markets».Journal of Political Economy , vol. 98(4), pp. 703 - 738. [ Links ]

Deng, Y.; Gabriel, S. A. e Nothaft, F. (2002), «Duration of Residence in the Rental

Housing Market». USC FBEWorking Paper n.º 02-3.

SSRN: http://ssrn.com/abstract=304641 or DOI: 10.2139/ssrn.10.2139/ssrn.304641. [ Links ]

Fiedler, L. E. (1992), «Calculating residual value DCF analyses». Real Estate Review, vol. 22(2), pp. 16 - 21. [ Links ]

French, N. (2004), « The valuation of specialised property. A review of valuation methods » . Journal of Property Investment & Finance, vol. 22(6), pp. 533-541. [ Links ]

Gabriel, S. A .; e Nothaft, F. E. (2001), «Rental housing markets, the incidence and

duration of vacancy, and the natural vacancy rate». Journal of Urban Economics, vol. 49 (1), pp. 121 - 49. [ Links ]

Gallin, J. (2003), «The Long-Run Relationship between House Prices and Income:

Evidence from Local Housing Markets». Working Paper, Federal Reserve Board. [ Links ]

Geltner, D. e Mei, J. (1995), « The present value model with time varying discount rates.

implications for commercial property valuation and investment decisions » . Journal of Property Valuation and Investment, vol. 11(2), pp. 119-135. [ Links ]

Geltner, M.; Clayton e Eicholtz (2007), Commercial Real Estate Analysis and Investments, 2.ª ed., South-Western Publishing. [ Links ]

Ghysels, E.; Plazzi, A . e Valkanov, R. (2007), « Valuation in the US commercial real

estate » . European Financial

Management , http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/eufm.2007.13.issue-

Page 39: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

39

3/issuetoc vol. 13(3), pp. 472-497. [ Links ]

Grenadier, S. R. (2003), « An Equilibrium Analysis of Real Estate Leases » . Working Paper 9475, National Bureau of Economic Research. [ Links ]

Hendershott, P. H. (1998), «Uses of Equilibrium Models in Real Estate Research». Dice

Center For Research in Financial Economics. Working Paper Series 96-12. SSRN: http://ssrn.com/abstract=15173 or DOI: 10.2139/ssrn.10.2139/ssrn.15173.

Hordijk, A . e Van de Ridder, W. (2005), « Valuation model uniformity and consistency in

real estate indices – the case of the Netherlands » . Journal of Property Investment & Finance, vol. 23(2), pp. 165-181. [ Links ]

Keeris, W.G. (2000), «Beheer van gebouwen, class notes». Technische Universiteit Eindhoven, Eindhoven. [ Links ]

Lamont, O. e Jeremy, S. (1999), «Leverage and house price dynamics in U.S. cities». Rand Journal of Economics,vol. 30(3), pp. 498-514. [ Links ]

León, E. M. D. P . (2003), Valoración Inmobiliaria. Estudio y Cálculo del Valor de

los Bienes Inmuebles de Naturaleza Urbana, y de Determinados Derechos, Dykson, Madrid. [ Links ]

Lundstrom, S. (2003), « Disclosed Information in Real Time, a Strategy for Development

of Property Index » .Paper apresentado na Pacific Rim Real Estate Society Conference, Brisbane. [ Links ]

Lusht, K.M. (2001), « Real estate valuation: principles and applications » . KML, State

College, PA. [ Links ]

Malizia, E. E. (1991), « Forecasting demand for commercial real estate based on the

economic fundamentals of U.S. metro areas » . The Journal of Real Estate Literature, vol. 6(3), pp. 251-265. [ Links ]

Markowitz, H. (1952), «Portfolio selection». Journal of Finance, vol. 7(1), pp. 77-91. [ Links ]

Molina, M. G. A. (2003), Valoración Inmobiliária, Editorial Montecorvo, S.A.

[ Links ]

Moreira, A. L . (2002), Princípios de Engenharia de Avaliações, Editora Pini, São Paulo. [ Links ]

Nebreda, P. G.;, Padura, J. T . e Sánchez, E. V. (2006), La Valoración Inmobiliaria. Teoría y Prática, Editora La Ley, Wolters Kluwer Espanha. [ Links ]

Normas Internacionales de Valuación, (2005), Normas Internacionales de

Valuación, 7.ª ed. espanhola: Asociación Profesional de Sociedades de Valoración de

España (ATASA) y Unión Panamericana de Asociaciones de Valuación (UPAV), ed. original em inglês: IVSC (International Valuation Standards Commitee). [ Links ]

Pagliari, J. L. Jr (1991), « Inside the real estate yield » . Real Estate Review, vol. 21(3),

Page 40: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

40

pp. 48-53. [ Links ]

Plazzi, A.; Torous, W. e Valkanov, R. (2006), « Expected Returns and the Expected

Growth in Rents of Commercial Real Estate » . Working Paper. UCLA e UCSD. [ Links ]

Ranney, S.I. (1981), « The future price of houses, mortgage market conditions and the

returns to home ownership » . The American Economic Review , vol. 71(3), pp. 323-333.

[ Links ]

Rebelo, E. M. D . (2002), «Mercado Imobiliário e Transformações Urbanas». Tese de

Doutoramento não publicada, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto. [ Links ]

Ruback, R . S. (1987): « A note on free cash flow valuation models » , Harvard Business School, Reading HBS # 9-288-023. [ Links ]

Schulz, M. A. R. (2003), « Valuation of Properties and Economic Models of Real Estate

Markets » . Tese de Doutoramento não publicada da Humboldt- Universitat , Berlim. [ Links ]

Sinai, T. e Souleles , N.S. (2005), « Owner-occupied housing as insurance against rent risk » . Quarterly Journal of Economics, vol. 120(2), pp. 763-789. [ Links ]

Sivitanidou, R. e Sivitanides, P. (1996), « Office capitalization rates: why do they vary across metropolitan markets? » . Real Estate Issues, vol. 21(2), pp. 34-39. [ Links ]

Sternberg, T. D. ( 1994), «The duration of rental housing vacancies». Journal of Urban

Economics, vol. 36(2), pp. 143 - 160. [ Links ]

Tabner, I. T. (2 007), « Predicting House Prices in Perpetuity when Greed, Fear and Value

Expression Vie with Fundamentals » . Working Paper, Department of Accounting and Finance, University of Stirling, Scotland FK9 4LA. [ Links ]

Van Gool, P.; Jager, P . e Weisz, R. M . (2001), « Onroerend goed als belegging » , Stenfert Kroese, Culemborg. [ Links ]

Wang, K. e Zhou, Y. (2000), « Overbuilding: a game-theoretic approach » . Real Estate

Economics, vol. 28(3), pp. 493-522. [ Links ]

Wiley, R.J. (1993), Real Estate Accounting and Mathematics Handbook , John Wiley & Sons, Nova Iorque. [ Links ]

Yu, J . e Yuan, Y. (2007), «Investor Sentiment and the Mean-Variance Relation». Working Paper, Wharton School, University of Pennsylvania. [ Links ]

NOTAS

1 Capitalization rate (cap rate) representa o retorno anual de um investimento antes de

pagamentos da hipoteca e do imposto sobre o rendimento. Para encontrar a cap

rate usa-se a seguinte fórmula cap rate = (Valor líquido das rendas/Valor de Mercado) x

Page 41: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

41

100.

2 Para Ghysels, Plazzi e Valkanov (2006), se a cap rate for utilizada como medida de

avaliação imobiliária existe uma conexão linear entre a localização económica, demográfica e variáveis geográficas que fazem lembrar os modelos hedónicos.

3 As unidades habitacionais desocupadas são consideradas vacancy (vagas). A vacancy

status é determinada pelas condições em que a unidade pode ser ocupada, por exemplo,

para arrendar, para vender, ou apenas para uso sazonal.

4 Um dos problemas da utilização deste método de avaliação no mercado imobiliário é o

cálculo do valor de reversão. A sua forma de cálculo pode variar dependendo do tipo de

investimento. Por exemplo, numa moradia com 97 anos será muito próximo do valor do

terreno, deduzido dos custos de obras de demolição. Num edifício de escritórios novos

poderá ser feito através da perpetuidade correspondente ao décimo primeiro ano e actualizada para o momento actual.

5 No NOI é assumido que inclui uma reserva para gastos de capital e outras despesas esperadas tais como leasingde comissões.

Page 42: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

42

São Paulo em Perspectiva Print version ISSN 0102-8839

São Paulo Perspec. vol.14 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2000

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88392000000400003

GLOBALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO

SUBDESENVOLVIDA

João Sette Whitaker Ferreira

Professor de Planejamento Urbano Pesquisador do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da FAUUSP

Resumo: O presente artigo discute as relações entre o novo paradigma econômico da

globalização e a urbanização acelerada das grandes metrópoles subdesenvolvidas.

Baseando-se em dados estatísticos, ressalta-se o extremo grau de pobreza comum a

todas essas cidades da periferia da economia-mundo capitalista. Analisa-se, por fim, o

caráter das novas matrizes de planejamento urbano relacionadas à globalização, questionando sua eficácia no combate aos determinantes estruturais da pobreza urbana.

Palavras-chave: cidades-globais; globalização; urbanização da pobreza.

Este artigo inicia-se mencionando a história recente de uma grande metrópole

subdesenvolvida. Principal cidade de seu país, abrigando 55% das riquezas, foi objeto de

um fantástico movimento de investimentos internacionais, que se intensificou a partir da

década de 90 graças à liberalização de sua economia. Como resultado, os bairros com

maior acessibilidade viária viram crescer mais de mil edifícios ultramodernos, torres

inteligentes com mais de 50 andares, oferecendo escritórios com toda a infra-estrutura

demandada pelas grandes corporações internacionais e pelos serviços ligados ao

chamado "terciário avançado", ou ainda residências com o alto padrão exigido pelos

homens de negócios globalizados. Em outras palavras, essa cidade seguiu a receita do

urbanismo da pós-modernidade, que alguns chamam de Planejamento Estratégico.

Inseriu-se, no circuito das "cidades-globais", esse arquipélago de competitividade urbana

internacional, no qual a cidade é uma "máquina de produzir renda", uma mercadoria em

potencial que conseguirá atrair tanto mais investimentos quanto souber aproveitar as

Page 43: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

43

"possibilidades" econômicas do espaço urbano, através da coalizão entre as elites

fundiárias, o poder público e os empreendedores imobiliários (Arantes et alii, 2000;

Vainer, 2000). 1

Poder-se-ia afirmar que o quadro anteriormente descrito refere-se à cidade de São Paulo.

Entretanto, e apesar das semelhanças, trata-se de Bangcoc, capital da Tailândia, uma

metrópole de cerca de 8,5 milhões de habitantes (na região metropolitana, em 1990). E

a continuação da história não é propriamente uma novela de sucesso, pois atribui-se

justamente à "bolha especulativa imobiliária" que ali se criou a gênese da crise financeira

que assolou o mundo em 1998, lembrada nas nossas memórias como a "crise asiática".

Vejamos exatamente o que ocorreu, e porque esse acontecimento reflete um modelo de

urbanismo globalizado que se repete na maioria das metrópoles subdesenvolvidas,

inclusive em São Paulo.

A "BOLHA ESPECULATIVA" TAILANDESA

Desde 1985, a Tailândia já vinha recebendo, devido a uma conjuntura cambial favorável,

à oferta de mão-de-obra barata e a uma relativa estabilidade política, investimentos

japoneses diretos que lhe permitiram lograr um crescimento econômico significativo até

o final da década (Charmes, 1998). No início dos anos 90, sob os novos ventos da

economia mundial e acuada por fortes pressões internacionais, a Tailândia adotou (assim

como o Brasil e muitos outros países subdesenvolvidos) a receita econômica neoliberal,

visando atrair, por meio da desregulação financeira, da abertura do mercado e da

elevação das taxas de juros, o seu quinhão do enorme volume de capital financeiro internacional que até hoje perambula pelo mundo.

Do ponto de vista urbano, as conseqüências dessa dinamização econômica foram

imediatas na cidade de Bangcoc. Segundo o pesquisador francês Eric Charmes (1998), a

produção anual de escritórios chegou a mais de um milhão de metros quadrados em

1994 e a de apartamentos residenciais, a mais de 150 mil unidades.2 Imensos

empreendimentos residenciais de alto luxo foram lançados nas cercanias do centro bem

servidas pela rede viária (a exemplo do paulistano Village Pananby, às margens do rio

Pinheiros) e, em 1995, iniciou-se a construção da mais alta torre em concreto do mundo,

a Baiyoke Tower II, com 320 metros de altura e 90 andares. A valorização imobiliária

insuflou-se (o preço total das residências à venda na cidade, em 1994, chegou a 5

bilhões de dólares) e o valor da terra multiplicou-se exponencialmente, chegando a 5 mil

dólares o metro quadrado de terreno nas áreas mais valorizadas. Assim, somente

empreendimentos de grande porte poderiam ser rentáveis, o que favoreceu a presença,

por detrás dessas operações, dos fundos de pensão internacionais e de empreiteiras

globalizadas, como a gigante francesa Bouygues. Em mercados razoavelmente

organizados e regrados (o que não ocorre no Brasil, neste setor), os investimentos

imobiliários podem ser altamente rentáveis, apesar de serem considerados de alto risco

diante da imobilidade do capital investido. Por isso, verifica-se a ocorrência, não só na

Tailândia, mas também em Hong-Kong e no Japão, de forte atividade no setor através de

grandes empreendimentos gerenciados no caso dos edifícios comerciais como

empresas anônimas com cotas de participação (e não se vendendo escritórios um a um).

Porém, apesar de toda a euforia econômica e imobiliária, a Tailândia nunca deixou de ser

um país subdesenvolvido e, como tal, nunca deixou de ter pobres, aliás em maioria

absoluta. Assim, ainda segundo Charmes (1998), somente 10% das famílias de Bangcoc

tinham condições, em 1995, de adquirir moradias vendidas a preços acima de 48 mil

dólares (cerca de 30% da oferta). As estimativas mais otimistas apontavam, no mesmo

ano, que cerca de 275 mil famílias moravam em favelas ou habitações

Page 44: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

44

informais. Rapidamente, verificou-se que a festejada oferta de habitações e escritórios

comerciais estava muito acima da demanda real, o que provocou, já em 1995, a vacância de 30% dos imóveis ofertados.

A política econômica baseada na estagnação da indústria e das exportações e na

explosão das importações e do consumo provocou, concomitantemente, um

endividamento que obrigou o governo a tomar atitudes recessivas e restritivas, em

especial quanto aos empreendimentos imobiliários. A impopularidade gerada levou à sua

substituição, em 1995, por outro governo comprometido com os interesses dos setores

financeiro e imobiliário, que acentuou a crise ao reforçar a liberalização econômica,

investir em mega-obras viárias próximas aos grandes projetos imobiliários e pôr em

prática programas de salvamento das instituições financeiras e imobiliárias falidas (Charmes, 1998), aliás muito parecidos com o nosso Proer.

Junto a isso, e como último recurso em face da crise que se apresentava para alavancar

os fundos necessários a seus empreendimentos, 36 empresas de promoção imobiliária

lançaram ações na Bolsa de Valores. Em 1996, 61% da capitalização na bolsa de

Bangcoc devia-se a títulos vendidos por essas empresas e por instituições financeiras

ligadas à promoção imobiliária. Assim, as dificuldades vividas por esse setor rapidamente

causaram a queda da bolsa de Bangcoc, gerando desconfiança internacional. Em 1997,

quando a Somprasong Land, uma das maiores empresas imobiliárias do país, anunciou

sua incapacidade em pagar obrigações contraídas no mercado internacional, iniciou-se

um movimento de fuga maciça de capitais, desestabilizando de vez a economia do país,

obrigado a recorrer à ajuda do FMI. A crise asiática estava deflagrada, e seu efeito dominó sobre o mercado financeiro mundial chegaria rapidamente por aqui.

O relato das conseqüências da chamada "bolha especulativa" tailandesa, aqui resumidas

a partir do elucidativo artigo de Eric Charmes (1998), serve para mostrar uma situação

que encontra similitudes por todos os cantos do Hemisfério Sul: a intrínseca relação

causa-efeito estabelecida entre políticas econômicas de ajuste estrutural de cunho

liberal, adotadas por diversas economias dependentes segundo os moldes preconizados

pelas agências multilaterais, e a manutenção quando não o agravamento da trágica

situação socioeconômica da maior parte da população desses países. No âmbito das

grandes metrópoles, isso se traduz por um crescimento da população excluída vivendo

em condições de absoluta pobreza. Em outras palavras, o que aconteceu em Bangcoc é

sintomático e familiar em qualquer país subdesenvolvido: a aguda contradição entre a

globalização "modernizadora" empreendida pelas elites dominantes, ideologicamente

apresentada como um passaporte de ingresso para o Primeiro Mundo, e as bases sociais

miseráveis, oriundas do passado colonial, sobre as quais essa modernização se assenta

de maneira ainda mais acentuada nas grandes metrópoles urbanizadas do Terceiro Mundo.

DESENVOLVIMENTO DESIGUAL E COMBINADO

Tal contradição não é nova e foi há muito evidenciada pelos grandes intérpretes da

formação do Brasil, como Caio Prado Jr., Florestan Fernandes e Celso Furtado. Embora

suas análises se ancorem intimamente na realidade das sociedades latino-americanas,

elas descrevem uma lógica comum, em muitos aspectos, a todos os países que vivem

sob a égide do capitalismo dependente.3 Estes autores ressaltam a oposição entre

imperialismo (os interesses da expansão da economia-mundo capitalista4) e formação de

Estados Nacionais capazes de controlar o próprio destino (Sampaio Jr., 1999a). Tal

oposição se manifesta na impossibilidade de compatibilizar desenvolvimento capitalista,

Page 45: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

45

democracia e soberania nacional.

No Brasil, a aliança estratégica da burguesia com o capital internacional e com as

potências hegemônicas permitiu que a industrialização por substituição de importações

fosse levada às últimas conseqüências, aumentando o grau de autonomia relativa do país

dentro do sistema capitalista mundial (Sampaio Jr., 1999b). Em outros países periféricos,

a ausência de uma indústria nacional minimamente significativa relegou às elites um

papel de simples coadjuvante interno dos agentes do comércio internacional, o que foi

denominado, pelo sociólogo egípcio Samir Amin (1991), de "compradorização" das elites

subdesenvolvidas. O impacto extremamente destrutivo da globalização sobre o parque

industrial brasileiro, ao ameaçar a continuidade do processo de industrialização, parece

relegar nossa burguesia ao mesmo papel de mera "compradora" dentro do sistema

capitalista mundial. Entretanto, o que se quer destacar aqui é o processo pelo qual a

burguesia "moderna" garante seus interesses de hegemonia interna, sobrepondo-se às

elites mais conservadoras ("atrasadas") e promovendo o avanço capitalista internacional

por sobre uma estrutura social arcaica baseada em relações de desigualdade e

dominação herdadas do Brasil colonial. Essa é a estrutura do que muitos autores

brasileiros, e Florestan Fernandes em especial, chamaram de desenvolvimento

desigual em relação ao desenvolvimento do capitalismo hegemônico dos países

industrializados, e combinado , pois dispõe novas estruturas econômicas e sociais

trazidas do centro sobre estruturas internas arcaicas (Sampaio Jr., 1999a).

O entendimento dos autores citados anteriormente é de que a contradição entre

desenvolvimento desigual do capitalismo em escala mundial e o processo de formação do

Brasil não se esgotou. Ao contrário, Sampaio Jr. (1999a e b) avalia que esta contradição

transformou-se hoje em aberto antagonismo, ou seja, uma relação pela qual a

possibilidade de controle da sociedade sobre seu próprio destino não é mais compatível

com a manutenção de suas assimetrias sociais e sua posição subalterna e dependente

em relação à economia-mundo capitalista. O dilema imposto por tal impasse e as

conseqüências decorrentes de uma ou outra opção levam o autor a afirmar que o Brasil

encontra-se hoje "entre a Nação e a Barbárie" (Sampaio Jr., 1999c:12). Não obstante, é

nesse cenário de antagonismo que se insere o discurso da globalização, incorporado

pelas burguesias "modernas" como o instrumento mais apropriado, no novo contexto

histórico do capitalismo financeiro, para perpetuar uma nova imposição de incorporação

dos progressos técnicos do capitalismo hegemônico, que somente à elite beneficiarão e lhe garantirão a manutenção de sua hegemonia interna.

URBANIZAÇÃO DA POBREZA

As grandes metrópoles subdesenvolvidas são hoje a expressão do antagonismo e da

desigualdade anteriormente descritos. Em primeiro lugar, porque o fenômeno de

urbanização acelerada observado no mundo nos últimos 40 anos ocorreu, em grande

parte, nos países da periferia do sistema. Em segundo lugar, porque, uma vez isto posto,

observa-se que são justamente as cidades os instrumentos de excelência do fenômeno

de expansão da economia-mundo capitalista que se convencionou a chamar de

globalização. Sedes de grandes corporações transnacionais e de instituições financeiras,

redes de informação, teleportos e sistemas de telefonia celular e de comunicação por

cabo, bens de consumo sofisticados e atividades de serviços são elementos da

"modernidade" associada à globalização. Elementos de caráter essencialmente urbano, a

tal ponto que servem de parâmetro de definição das "cidades-globais" para os autores

que se empenham nesse tipo de caracterização (Sassen, 1996; Borja e Castells, 1997a).

Page 46: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

46

O fenômeno de urbanização observado em grande parte dos países subdesenvolvidos em

muito se deve à matriz de industrialização tardia da periferia. A atratividade exercida

pelos pólos industriais sobre a massa de mão-de-obra expulsa do campo (em especial

nos países que receberam empresas multinacionais que alavancaram a passagem de

economias agroexportadoras para economias "semi-industrializadas",5 como o Brasil ou a

Índia) provocou, a partir da década de 60, a explosão de grandes pólos urbanos no

Terceiro Mundo, que não receberam a provisão de habitações, infra-estrutura e

equipamentos urbanos que garantisse qualidade de vida a essa população recém-

chegada. Na maioria dos casos, o poder público pouco se empenhou para isso, devido à

abundância de mão-de-obra ofertada (que reduzia seu poder de reivindicação) e à sua

imiscuição com as elites dominantes, interessadas em manter baixos os níveis salariais e

o custo da mão-de-obra. O resultado desse processo que chamaremos de

"urbanização desigual" são as gigantescas metrópoles industriais fordistas

subdesenvolvidas, concentradoras da produção industrial e da massa de mão-de-obra

disponível e marcadas pela divisão social do espaço urbano, que Lipietz (1985) chamou

de "aglomerações paternalistas", típicas do "fordismo periférico". Segundo Sampaio Jr.

(1999b:425), já na década de 70 Caio Prado Jr. vislumbrava o caráter excludente dessa

forma de urbanização: "a inexorável desarticulação da industrialização agravaria de

maneira gigantesca o excedente estrutural de mão-de-obra, o qual, pela sua magnitude

absoluta e pela sua elevada concentração nos centros urbanos, tenderia a tornar cada

vez mais difícil e traumática a sua posterior integração no desenvolvimento capitalista, agravando ainda mais a crise social." (grifo meu).

É importante ressaltar que as taxas de urbanização elevadíssimas da América Latina

(média de 75% em 2000, segundo a Cepal) não encontram equivalência na Ásia ou na

África, onde a população ainda é predominantemente rural.6 Entretanto, isso não

desmente a observação do forte ritmo de urbanização do Terceiro Mundo, já que, não

obstante suas baixas taxas de urbanização, esses continentes apresentam grande

número de metrópoles que, isoladamente, ultrapassam os 5 milhões de habitantes e

organizam-se segundo as características da aglomeração fordista periférica. Observa-se

que, entre as dez áreas metropolitanas mais populosas do mundo, apenas três (Tóquio,

Nova York e Osaka) são do Norte e as outras sete pertencem a países

subdesenvolvidos7 (dessas sete, só três estão na América Latina).

Essas grandes aglomerações urbanas da periferia, justamente em virtude dessa

urbanização desigual, apresentam hoje, invariavelmente, um absoluto quadro de

pobreza. Ermínia Maricato mostra, em artigo nessa mesma revista, que o processo de

urbanização permitiu, é verdade, melhorias significativas em alguns indicadores sociais,

principalmente nos demográficos. A América Latina, e em especial o Brasil, apresentou

melhorias nos índices de esperança de vida ao nascer, ou ainda na taxa de mortalidade

infantil, em grande parte conseqüência do aumento da infra-estrutura urbana básica

ofertada (saneamento, água tratada, etc.). Dados da Cepal mostram que na América

Latina, em virtude de sua alta taxa de urbanização, predomina a pobreza econômica

(devido aos baixos salários) sobre aquela por falta de infra-estrutura básica adequada.

Se em 1980 as carências físicas (necessidades básicas não-satisfeitas) superavam em

porcentagem a incidência de pobreza (54% e 35%, respectivamente), já em 1997 essa

relação havia se invertido, com o índice de pobreza somando 36%, contra 32% da população sem saneamento básico (Arriagada, 2000:11).

Em contrapartida, Maricato mostra que a urbanização desigual provocou também uma

piora nos índices socioeconômicos (crescimento, renda, desemprego e violência) e

urbanísticos (crescimento urbano e aumento de favelas). O que se verifica é que a

urbanização é, de fato, concentradora da pobreza. Ainda segundo Arriagada (2000), 60%

dos pobres da América Latina moram em zonas urbanas, "situação que converte o

continente na região em desenvolvimento que melhor exemplifica o processo

Page 47: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

47

mundial de 'urbanização da pobreza'" (Arriagada, 2000:8, grifos meus). Na virada do

século, 125,8 milhões de moradores de áreas urbanas do continente são pobres. A ONU

define como pobre a pessoa que ganha menos de 400 dólares por ano.8 Ainda segundo a

Cepal, na América Latina, cerca de 220 milhões de pessoas viviam na pobreza no ano

2000, o que representa aproximadamente 45% da população do continente (Cepal,

2000a). No mundo, esse número se eleva a 1,3 bilhão de pessoas, ou um quinto da

população mundial (Ibase, 1997), boa parte concentrada nas grandes metrópoles da periferia.

As condições de pobreza encontradas nessas cidades podem ser verificadas pela alta

porcentagem de moradores vivendo em habitações subnormais. No Brasil, entende-se

por esse termo moradias em favelas, cortiços e loteamentos clandestinos. A

informalidade urbana diz respeito à inadequação físico-construtiva da habitação e/ou

geomorfológica/ambiental do entorno (construções precárias, terrenos em áreas de risco

ou de preservação ambiental, área útil insuficiente para o número de moradores, etc.), à

ausência de infra-estrutura urbana (saneamento, água tratada, luz, acessibilidade viária,

etc.), ou ainda à ilegalidade da posse da terra ou do contrato de uso. Dentro dessas

características, variam de idioma para idioma os termos que designam tais

habitações: villas, callampas, barriadas, tomas, slums, bidonvilles, etc. (Clichevsky,

2000). O que não variam são o grau de precariedade e a falta de qualidade, características da globalização da pobreza.

Nas grandes metrópoles brasileiras, estima-se que cerca de 50% da população, em

média, resida na informalidade, o que só em São Paulo representa cerca de 6 milhões de

pessoas. Os moradores de favelas chegam a cerca de 20% da população dessa cidade,

assim como em Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, chegando a 46% em Recife

(Bueno apud Clichevsky, 2000). Em Córdoba, na Argentina, cerca de 20% da população

mora em favelas (villas) (Luciano, 1997) e na região metropolitana de Lima (Peru), 50%

dos habitantes moram em condições subnormais, sendo 30% em favelas e 20% em

cortiços (Castro e Riofrío, 1997). Esse número se repete em Quito e em Caracas, no

Equador, atingindo 59% na Cidade do México e em Bogotá (Cepal, 2000b). Tal situação

não se restringe às metrópoles latino-americanas. Uma rápida "volta ao mundo" mostra

como pobreza e urbanização formam um par bastante globalizado, apresentando

números incrivelmente semelhantes. Em 1996, estimava-se que 50% da população de

Deli, na Índia, morava informalmente (Bueno, 2000), sendo 25% em favelas (IRD,

1998). Em Bombaim, no mesmo país, estimava-se em 150 mil o número de moradores

de rua, sendo que, em 1991, 45% da população vivia em assentamentos ilegais (Bueno,

2000). Chittagong, a segunda maior cidade de Bangladesh, tem uma população estimada

entre 1,5 e 2,5 milhões de habitantes, dos quais 1 milhão são favelados (FPH, 1997).

Nas Filipinas, Manila apresentava, também em 1996, 40% de sua população residindo na

informalidade, porcentagem próxima à de Karachi, no Paquistão (44%, em 1996)

(Bueno, 2000). Já na Indonésia, em 1994, essa porcentagem subia para 70%, nas

cidades de Surabaia e Yogyakarta (Bueno, 2000). No Cairo, outra grande metrópole

subdesenvolvida, alvo da "modernização ocidental", também a metade da população

vivia, em 1996, em condições informais. Evidentemente, os números da África, a

extrema periferia esquecida da economia-mundo capitalista, são ainda mais

assustadores: em Luanda, capital da Angola, 70% da população morava na informalidade. Em Adis Abeba, na Etiópia, eram 85% (Bueno, 2000).

Outra característica da urbanização desigual é o exagerado ritmo de crescimento das

periferias pobres em relação aos centros urbanizados. Enquanto a taxa média de

crescimento anual das cidades brasileiras é de 1,93%, o da periferia de São Paulo chega

a 4,3% ao ano (Instituto Cidadania, 2000). Em Deli, na Índia, a região urbanizada

crescia 3,8% ao ano, entre 1981 e 1991, enquanto as zonas rurais adjacentes à mancha

metropolitana urbanizavam-se ao ritmo de 9,6% ao ano (IRD, 1998). Em Bogotá, na

Page 48: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

48

Colômbia, de 1973 a 1985, os bairros centrais da cidade apresentaram taxas negativas de crescimento e os da periferia cresceram entre 7,5% e 12,5%, no mesmo período.

ENTRE A CIDADE E A BARBÁRIE

Esse é, portanto, o cenário das grandes cidades subdesenvolvidas, no início do século

XXI: um alto grau de pobreza, oriundo da natureza estruturalmente desequilibrada da

industrialização e da urbanização periféricas. A preocupação de Prado Jr. estava certa, e

hoje é patente a impossibilidade de reintegrar o contingente excessivo de mão-de-obra

nos grandes centros urbanos, o que agrava inexoravelmente o quadro social. É nesse

contexto que a globalização tenta imprimir suas características modernizadoras,

exacerbando o quadro de antagonismo explicitado anteriormente, pois, no contexto

urbano, a contradição estrutural das economias de desenvolvimento desigual e

combinado se traduz pela incompatibilidade entre os bairros "globalizados" da cidade

formal e os assentamentos ditos "subnormais", que configuram a tipologia majoritária da

cidade real, nas zonas periféricas abandonadas pelo capital e pelo poder público.

Como mostraram os números da exclusão urbana apresentados anteriormente, há hoje

mais pobres do que ricos em muitas metrópoles do Terceiro Mundo. Isso provoca,

obviamente, uma inversão no conceito "do que é" a verdadeira cidade, pois as elites

estão na verdade cada vez mais "sitiadas" em um mar de pobreza. Nunca as classes

dominantes se sentiram tão ameaçadas. Não é à toa, portanto, que a grande imprensa

brasileira tradicionalmente representante dos interesses de nossas elites use

repetidamente termos como "centro invadido", ou "cidade sitiada" (Veja, 2001) para

expressar o sentimento de que a verdadeira cidade, a que "vale", é apenas a cidade

formal que essas elites ocupam. Ao invés de perceberem no crescimento inexorável da

pobreza a preocupante e inaceitável mudança do perfil socioeconômico geral dos

habitantes, as elites apenas se preocupam com uma invasão indesejada da "sua" cidade.

A recusa em perceber que essa cidade já não é mais representativa da cidade real

verifica-se tanto na constante busca de segurança e conforto em bairros-fortalezas de

altíssimo padrão como Alphaville, em São Paulo, Muang Thong Thani, em Bangcoc, e

Nordelta, em Buenos Aires quanto na reação de indignação em face dos níveis

insustentáveis de violência urbana gerados pelo chamado "apartheid social urbano".

Talvez se possa então tomar emprestado, para aplicá-lo ao contexto urbano, o raciocínio

exposto por Sampaio Jr. (1999a) para a particular situação do capitalismo brasileiro no

pós-guerra: enquanto as cidades fordistas periféricas mantiveram-se, nas últimas

décadas, sob controle da burguesia, apesar do alto grau de desigualdade e pobreza nas

suas franjas periféricas, mantiveram sob relativo controle a matriz espacial e temporal do

desenvolvimento urbano. As cidades eram o locus político privilegiado para o exercício da

onipotência das classes dominantes, independentemente da pobreza que se fazia

crescente.9 A situação social das cidades, no final da década de 90, entretanto,

transformou essa contradição em aberto antagonismo. A burguesia parece ter perdido

definitivamente o controle sobre o crescimento urbano desigual, e cada vez mais faz-se

necessária uma opção mais radical entre a manutenção de um status-quo urbano, em

que as estruturas das relações sociais, econômicas e políticas chegaram a níveis

intoleráveis, e a adoção de medidas que abalem radicalmente essas estruturas no

sentido da construção de uma cidadania baseada em princípios de eqüidade social. No

caso das cidades brasileiras, assim como certamente em muitas metrópoles

subdesenvolvidas, pode-se dizer que se vive, hoje em dia, uma situação limítrofe entre "a cidade e a barbárie".

Page 49: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

49

A cidade subdesenvolvida expressa a marginalidade social em países que combinam o

atraso com o moderno. Seu problema é portanto o mesmo da sociedade

subdesenvolvida: a subordinação absoluta à lógica dos negócios, por meio da histórica

superexploração do trabalho e superdepredação do meio ambiente, que parecem ter

chegado, na sociedade e nas cidades, a níveis intoleráveis. Entretanto, as ações de

imposição do capitalismo hegemônico, pelo novo paradigma da globalização, e as novas

matrizes de planejamento urbano que as acompanham, parecem apenas reforçar essa

situação.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUBDESENVOLVIMENTO

Se, por um lado, as políticas liberais nos moldes do conhecido Consenso de

Washington,10

apresentadas ao Terceiro Mundo como uma tábua de salvação para a crise

dos anos 80, promoveram certa dinamização econômica ligada ao terciário avançado e às

indústrias de ponta (no centro dos novos paradigmas econômicos da globalização), por

outro, pouco resolveram e até acentuaram a desigualdade social, fato hoje admitido até

pelo Banco Mundial (Folha de S.Paulo, 16/09/99). A Cepal avalia que as reformas liberais

tiveram "um efeito surpreendentemente pequeno" no crescimento, no emprego e na

eqüidade, em nível agregado (Stallings e Peres, 2000). O modelo preconizado não vinha

com a advertência11

de que a possível modernização decorrente da globalização nos

países subdesenvolvidos só beneficiaria a poucos e que, pelo contrário, o alto grau de

exclusão desse processo iria sim deixar de fora grandes parcelas das populações envolvidas (Fiori, 1997).

Mesmo que exista hoje forte desconfiança sobre os efeitos dos ajustes estruturais de

cunho liberal impetrados por vários países subdesenvolvidos, seus correspondentes no

âmbito das políticas urbanas continuam sendo apresentados como mais atuais do que

nunca (Maricato, Fix e Ferreira, 1999). Esse novo instrumental técnico de gestão das

cidades, um "novo planejamento" que ficou conhecido como Planejamento Estratégico

(PE), adaptado às características de flexibilidade e dinamismo da economia globalizada,

contrapõe-se ao planejamento funcionalista modernista e busca referências em

parâmetros ligados à gestão empresarial. A principal característica do PE é a de que ele

não traz uma resposta, em termos de políticas públicas, ao impasse antagônico existente

nas cidades subdesenvolvidas. Pelo contrário, parece acirrar ainda mais tal anacronismo.

O Planejamento Estratégico pauta-se pela visão de que a única maneira de se pensar o

futuro das cidades é inseri-las numa rede de "cidades-globais", na qual a problemática

central deve ser a competitividade urbana (Vainer, 2000): "As agências multilaterais e

seus ideólogos já desenharam a cidade ideal do limiar do século XXI: é a cidade

produtiva e competitiva, globalizada, conectada a redes internacionais de cidades e de

negócios. Concebida e pensada como empresa que se move num ambiente global

competitivo, o governo desta cidade se espelha no 'governo' da empresa: gestão

empresarial, marketing agressivo, centralização das decisões, pragmatismo, flexibilidade,

entre outras, seriam as virtudes das quais dependeria cada cidade para aproveitar as

oportunidades e fazer valer suas vantagens competitivas no mercado de localização

urbana".12

A idéia, portanto, é a de que a cidade globalizada encontra mais chances de

sobrevivência quanto mais souber se inserir na competição pela atração de investimentos

e de sedes de grandes empresas transnacionais, quanto mais investir nos avançados

sistemas de informação e comunicação, na modernização de sua infra-estrutura, no

fortalecimento do "terciário avançado" e em canais de conexão com o capital financeiro

Page 50: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

50

internacional, supostamente capaz de dar nova vida às áreas urbanas "degradadas". O

arcabouço técnico desse "novo" planejamento divide as ações de intervenção no espaço

urbano em várias escalas, todas elas vinculadas às comunicações ou às atividades

conectadas à economia globalizada: teleportos, centros empresariais, espaços para feiras

e congressos, parques tecnológicos, aeroportos, hotéis, operações de embelezamento e modernização dos espaços públicos, etc. (Borja e Castells, 1997b).

A melhor ilustração dos resultados desse "novo" planejamento urbano está na descrição

da "bolha especulativa" de Bangcoc, feita no início deste artigo. Uma pujante renovação

imobiliária das áreas mais nobres, resultante da articulação entre os atores locais

essenciais para a dinamização econômica urbana a saber, os empreendedores

imobiliários, as elites fundiárias, o poder público13

e os investidores, sejam estes

nacionais ou internacionais em torno da construção de "consensos" para identificar as

"possibilidades econômicas dos lugares" de forma que se tornem atraentes para os

potenciais "compradores" da cidade, os investidores internacionais (Arantes et alii, 2000

e Vainer, 2000). Percebem-se facilmente o forte caráter empresarial da ação do PE e a

ausência de preocupações com questões sociais mais urgentes, contrapondo-se à farta

presença de termos como "valorização", "negócios", "visibilidade", "inserção na dinâmica

econômica" e outros que remetem à nova função concorrencial das cidades. Neste

cenário, a realidade social das metrópoles subdesenvolvidas parece ter sido

simplesmente esquecida. Ocorre de fato que, mais uma vez, modelos técnico-teóricos de

planejamento são importados de uma realidade que não é a da periferia, porém são

implantados aqui como se fossem a chave para a caminhada "rumo ao Primeiro Mundo".

A incompatibilidade entre essas receitas e a nossa realidade urbana levou Ermínia

Maricato (2000) a cunhar o termo "as idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias".

O modelo do Planejamento Estratégico, não obstante, vem sendo aplicado por diversos

municípios na América Latina, geralmente promovido por grandes operações de

marketing, como cabe a qualquer operação de cunho concorrencial. Assim, ficaram

conhecidos por aqui os exemplos do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro, ou

ainda o plano de reurbanização do Eixo Tamanduatehy, promovido em Santo André-SP14

.

No caso do Rio, Vainer (2000) mostra como se trata de uma "bem orquestrada farsa",

montada para colocar em escanteio as reivindicações populares e dar espaço aos

interesses dos empreendedores e a um agressivo marketing de criação de falsos

consensos que a legitimassem. Tudo para validar "projetos caros aos grupos dominantes

da cidade", que permitiriam tornar a cidade competitiva e vendável à dinâmica do capital

internacional. Na Argentina, o Planejamento Estratégico vem sendo implementado oficialmente em várias cidades, com destaque para Córdoba e Bahia Blanca.

AS "ILHAS DE PRIMEIRO MUNDO"

As políticas públicas afinadas com o novo cenário econômico excludente da globalização

promoveram nos anos 90 e o Planejamento Estratégico se insere nesse processo a

desregulamentação e flexibilização das normas urbanísticas e a fragmentação urbana

(Clichevsky, 2000), em contraposição ao centralismo funcionalista e regulador do

paradigma anterior (Planejamento Modernista). Assim como as políticas de ajuste

neoliberal abriram as portas para a entrada do capital globalizado interessado nas

importantes parcelas de consumidores altamente capitalizados dos países periféricos

(devido ao alto grau de concentração da renda), a desregulação urbana favoreceu a ação

da articulação "empreendedores imobiliários/proprietários fundiários/grande

capital/poder público", que viram nas parcelas abastadas das sociedades periféricas e

nas empresas transnacionais atuantes nesses mercados uma grande oportunidade de

negócios imobiliários. Por isso, repetem-se pelo mundo afora os exemplos de

Page 51: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

51

produção de espaços de alto poder aquisitivo, verdadeiras "ilhas de Primeiro-Mundo"

dentro do mar de pobreza das metrópoles subdesenvolvidas. Pode-se dizer que a

produção do espaço nas cidades antagônicas da periferia da globalização segue cada vez

mais um parâmetro de segregação social, em que as elites dominantes determinam sua

conformação, excluindo abertamente as camadas populares, num fenômeno que por

sinal não é propriamente novo, como já demonstrou Villaça (1999a). Essas "ilhas" podem

ter funções ou características diferentes, podendo ser bairros residenciais, zonas de

negócios voltadas ao terciário avançado, ou ainda áreas mais centrais "degradadas" e

recuperadas para novos usos residencial e comercial voltados para as elites urbanas (a

chamada gentrificação). Todas elas, entretanto, caracterizam-se pelo alto volume de

investimentos privados e públicos, pelas modernas tecnologias empregadas, pela

qualidade da infra-estrutura urbana disponibilizada e pelo alto poder aquisitivo de seus

usuários. Muitas são fruto de articulações encabeçadas pela ação decisiva de arquitetos-

empreendedores15

(Arantes, 2000), interessados na criação de promissoras

oportunidades para o grande capital (às vezes de maneira artificial, como em Bangcoc).

Já foram citados os exemplos dos bairros residenciais de Muang Thong Thani, em

Bangcoc, Parque Panamby, em São Paulo, e Nordelat, em Buenos Aires. O modelo

de gentrificação de áreas centrais, iniciado nos países industrializados nas conhecidas

operações urbanas de Battery Park, em Nova York, e de London Docklands, em Londres

(Nobre, 2000), passou a ser aplicado na periferia como receita de sucesso para dar "nova

vida" (na verdade, vida das elites) a bairros centrais abandonados por causa da nova

dinâmica da economia globalizada (mais uma vez, as "idéias fora do lugar"). Um dos

exemplos mais sintomáticos é o de Puerto Madero, em Buenos Aires. Em São Paulo,

embora deva agora contar felizmente com a enérgica oposição de grupos

organizados da sociedade civil, como o Fórum Centro Vivo, já é grande a articulação

entre empresários, investidores, poder público estadual, arquitetos e empreendedores

imobiliários para a promoção de uma "revitalização" do centro nos moldes

da gentrificação urbana, para fazer com que ele volte a ser "visto" pelo grande capital.

No âmbito empresarial, a Operação Urbana Faria Lima, em São Paulo, vem promovendo

a criação de uma "nova centralidade" de negócios e comércio, no eixo de crescimento sudoeste da cidade, ao longo da calha do rio Pinheiros (Nobre, 2000).

Assim, ao crescimento acelerado das periferias pobres e à presença de áreas centrais

abandonadas pelas elites, se contrapõem zonas de crescimento exclusivo das classes

dominantes, que conformam metrópoles divididas entre a cidade formal, alvo de todos os

investimentos imobiliários e da ação e investimentos do poder público, e a informal,

esquecida por ambos16

(Maricato, 1996). Os exemplos no Brasil nos são familiares, como

a Zona Sul do Rio de Janeiro, ou a região sudoeste de São Paulo. No resto do mundo,

não é diferente: é o bairro de Colaba, em Bombain, a região sul e o distrito de Nova Delhi, em Deli, Índia, e assim por diante.

O aspecto mais importante a ser destacado é que essa lógica vem pressupondo uma

forte participação do poder público em sua promoção, seja por estar este representando

os interesses dominantes, seja por estar certo que promove de alguma maneira a

"modernização" da cidade. Comprometem-se, em áreas privilegiadas, altos valores do

orçamento na produção de infra-estrutura urbana, principalmente viária, compatível com

as exigências das "ilhas de modernidade", em detrimento dos investimentos maciços

urgentemente necessários na cidade informal, o que ressalta o alto caráter de exclusão

desse processo. Assim, Maricato (2000:141) mostra que o governo paulistano, em 1998,

gastou, em 11 obras viárias, "a incrível soma de US$ 7 bilhões, aproximadamente,

comprometendo a cidade com dívidas que iriam tornar inviáveis até mesmo os serviços

básicos da gestão seguinte. Dessas 11 megaobras, apenas duas não estavam no interior

ou próximas da região que concentra os bairros de mais alta renda de São Paulo.

Aparentemente tratou-se da estratégia de construir uma 'ilha de Primeiro Mundo', com

Page 52: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

52

condições para abrigar a São Paulo, cidade mundial. No mesmo período o governo

municipal descumpriu a lei que obrigava o município a investir 30% do orçamento na Educação".

SÃO PAULO, CIDADE GLOBAL?

Se a relação entre os modelos econômicos de ajuste estrutural adotados nacionalmente e

a não-melhoria subseqüente do quadro de pobreza, em especial nas cidades, parece

agora mais clara, varia de país para país a eventual relação direta entre o capital

financeiro globalizado e o aquecimento imobiliário nas grandes cidades com potencial

para "cidades-globais". Por exemplo, o alto grau de comprometimento direto do grande

capital internacional nas operações imobiliárias especulativas na Tailândia não encontra

semelhanças (ainda?) no Brasil. Segundo Fix (no prelo), os investidores mais

proeminentes nos megaprojetos imobiliários brasileiros ligados ao terciário avançado

(como na região da Av. Luiz Carlos Berrini, em São Paulo) são fundos de pensão

nacionais. Entretanto, mesmo que não sejam capitais diretamente ligados ao mercado

internacional, é importante ressaltar que são de caráter financeiro e especulativo, ou

seja, fortemente inseridos na dinâmica financeira do capitalismo internacional

globalizado. Também é sintomática a paulatina entrada no mercado brasileiro de grandes

grupos estrangeiros de promoção imobiliária, como o caso da Richard Ellis, uma das

principais promotoras na área da Av. Luiz Carlos Berrini. Nobre (2000:144) destaca a

ação desses atores, na cidade de São Paulo: "os investidores preferidos para cooptação

dos promotores foram os fundos de pensão(...). Entre 1990 e 1998, os investimentos dos

fundos de pensão no mercado imobiliário passaram de 2 para aproximadamente US$ 8

bilhões (...). A associação dos promotores imobiliários com esses investidores possibilitou

a construção de uma grande quantidade de edifícios modernos (...) cujos locatários

preferidos foram as grandes corporações multinacionais".

Por esse critério, entende-se a argumentação daqueles que se empenham em definir a

cidade de São Paulo como uma "cidade-global". Não é, entretanto, o critério mais

animador, haja vista o resultado desastroso da implicação do capital financeiro

internacional no mercado imobiliário de Bangcoc. Nobre (2000) mostra como os

megaprojetos servem apenas como uma forma de atrair investimentos através de um

desenho urbano que agrade às grandes corporações e às elites. Pautando-se pelo

exemplo dos megaprojetos executados na década de 80, nos EUA e em Londres, o autor

mostra como isso, no entanto, aumenta o potencial de risco dos investimentos

imobiliários: "a expansão do mercado imobiliário nessa década ocorreu através da

criação artificial de demanda, pois os edifícios foram construídos por razões financeiras

(maiores taxas de retorno), e não por necessidades reais do mercado, levando à

desvalorização do estoque construído e ao crescimento das taxas de vacância nos

edifícios antigos. (...) Em outras palavras, o projeto autojustifica-se. Ele não responde

nem às forças do mercado, nem às necessidades identificáveis. E cria demanda

artificialmente. (...) A quebra da bolsa de valores na Segunda-Feira Negra (19 de

outubro de 1987) pôs fim ao período de crescimento econômico, levando à perda de

empregos no setor que mais se beneficiou com a desregulamentação econômica. Londres

e Nova York perderam cada uma aproximadamente 100 mil empregos no setor financeiro

(Fainstein, 1994). O mercado imobiliário foi diretamente afetado pelo grande aumento da

vacância dos edifícios comerciais, que chegou a duplicar, alcançando 20% do estoque construído" (Nobre, 2000:127-128).

A fragilidade da relação entre investimentos financeiros e imobiliários é patente, e a crise

em Bangcoc evidenciou isso mais do que nunca. É interessante notar que os edifícios

mais modernos de São Paulo, na "nova centralidade" das Avenidas Berrini e Águas

Page 53: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

53

Espraiadas, são ocupados por empresas em regime de locação (Nobre, 2000). Em

situações de instabilidade econômica mais séria, que podem ocorrer, como se sabe, a

qualquer hora, essas empresas reorganizam sua estrutura física para enxugar custos,

substituindo, rapidamente, os custosos "edifícios inteligentes" por soluções mais baratas,

como escritórios junto às fábricas, ou aluguel de edifícios mais simples, aumentando de

forma inesperada a taxa de vacância e comprometendo o retorno dos investimentos

imobiliários. Se o alto risco dos investimentos imobiliários já provocou crises não só em

Bangcoc, mas também em países centrais como os EUA e a Inglaterra, o que dizer dos

riscos eventuais em uma economia que se encontra em alto grau de instabilidade como a

brasileira (Sampaio Jr., 1999a)? São Paulo, com seus cerca de 6 milhões de excluídos,

teria fôlego financeiro e econômico suficiente, no restrito círculo de suas elites sitiadas,

para garantir o sucesso de um boom econômico promovido diretamente pelo capital especulativo internacional?

Outra argumentação típica daqueles que pretendem enfaticamente atribuir à cidade de

São Paulo o título de "cidade-global" é a que aponta para um processo de substituição

das atividades industriais características do fordismo por novas atividades de caráter

globalizado, em geral ligadas ao terciário avançado. Embora seja verdade que a cidade

concentra grande volume de atividades desse setor (o que não é, aliás, um fato novo

nem exclusivo da era da globalização), é interessante observar os resultados de pesquisa

feita pela Secretaria de Planejamento, que, após classificar as atividades econômicas da

cidade em "globais" ou "não-globais", constatou que apenas 7,2% dos estabelecimentos

se enquadram em "atividades mais diretamente ligadas ao que se convencionou chamar

de globalização" (PMSP, 2001:29).

Também argumenta-se a existência de uma fuga maciça de indústrias para centros mais

distantes, devido ao alto custo de manutenção de empresas na cidade e às facilidades de

gestão empresarial descentralizada propiciadas pela tecnologia de comunicação, em um

processo de desconcentração industrial. Embora seja este um fenômeno verdadeiro, ele

ainda ocorre em proporções muito relativas, bem menos importantes do que o

propagado. Dados da Fundação Seade mostram que a Região Metropolitana ainda é

responsável por 60,4% de todo o valor adicionado gerado pela indústria paulista e por 56,8% do pessoal ocupado no Estado (Fundação Seade, 2000).

Além disso, o aumento das atividades terciárias tem com certeza relação com a expansão

dos setores do "terciário avançado" ligados à economia globalizada, mas é sobretudo a

queda do nível de emprego industrial, conseqüência do impacto destrutivo da

globalização sobre o parque industrial brasileiro, que determinou uma migração de parte

desses trabalhadores desempregados para o setor terciário, ou ainda para o setor

informal. Dados da Prefeitura de São Paulo mostram um aumento significativo do

desemprego em São Paulo, entre 1988 e 1998, crescendo de 8,2% para 17% (PMSP,

2001) devido à diminuição da atividade industrial, que passou de 29,1% para 17,8% no

mesmo período. Também se transferiram empregos para o setor de serviços, ainda que

em grande parte em atividades não tão "globalizadas", como serviços domésticos e

pequeno comércio. Porém, o aumento desse setor, entre 1988 e 1998, portanto

exatamente no período de intensificação dos paradigmas econômicos da globalização,

não foi tão significativo, e principalmente partiu de um valor já bastante alto em 1988:

de 51,3% para 62,4%. O que impressiona, isto sim, é que a recessão econômica fez com

que a economia informal crescesse enormemente, de tal forma que o emprego

assalariado com registro representava, em 1998, apenas 40,5% das ocupações (PMSP, 2001).

Não se pretende aqui negar o caráter globalizado de um importante número de

atividades econômicas desenvolvidas hoje em São Paulo, em especial na chamada "nova

centralidade" das Avenidas Faria Lima, Berrini e Águas Espraiadas. Tampouco se quer

Page 54: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

54

negar que a cidade desempenhe de fato um papel de destaque na nossa inserção na

economia globalizada. O questionamento que se faz aqui diz respeito ao grau de

importância que se dá a essa inserção e portanto ao papel global da cidade e à

crença de que ela seja uma via eficaz para a "modernização" do país, em moldes que não

sejam os dos interesses das burguesias nacionais, mas sim os do conjunto da sociedade.

Parece que a ênfase dada por pesquisadores e profissionais de planejamento ao estudo

sobre a maneira e a posição com que a metrópole se insere na rede das cidades globais

reflete uma matriz teórica equivocada, pois importada dos países centrais, e que não

responde aos desafios próprios da nossa realidade. Uma matriz, aliás, que não se adapta

em nenhuma metrópole de países da economia dependente. É um caso típico de "idéias fora do lugar" (Maricato, 2000).

Qual é, então, a "modernidade" que queremos? A da possibilidade de autodeterminação

da nação nos moldes da democracia e da eqüidade econômica e social. Porém, o modelo

de ajuste estrutural neoliberal e sua vertente urbanística do planejamento estratégico só

servem, como visto, para produzir mais exclusão e garantir a "entrada no Primeiro

Mundo" apenas de alguns privilegiados. Pode-se então perguntar: para a solução dos

problemas estruturais que impedem o desenvolvimento efetivamente includente e a

construção de uma nação que controle o seu próprio destino, qual a vantagem, na ponta do lápis, em São Paulo ser uma cidade-global?

NOTAS

Agradeço a Helena Menna Barreto, da FAUUSP, e Alfredo Calcagno, da Cepal, pela ajuda na obtenção de dados essenciais à redação deste artigo.

1. Sassen, Borja, Castells e muitos outros autores que defendem a idéia de que a

economia globalizada se organiza nessa "rede mundial de cidades" medem o grau de

"globalização" de uma metrópole através de dados como o número de sedes de

empresas transnacionais, a importância de suas bolsas de valores, o grau de

informatização e de capacidade informacional do parque imobiliário, o número de

equipamentos destinados aos negócios (hotéis, business-centres...), etc. Ver a respeito Arantes et alii (2000), Maricato (2000), Vainer (2000) e Ferreira (2000).

2. À guisa de comparação, em 1996, um ano em que o mercado esteve especialmente

aquecido, a média de lançamentos de habitações no mercado formal na cidade de São Paulo, segundo a Embraesp, foi de 30 mil unidades.

3. Aceitando-se, é claro, as variações devidas às especificidades históricas e culturais tão

diferentes de cada país. Ver, por exemplo, Amin (1991).

4. Nos termos propostos por Braudel (1978) e Wallerstein (1994).

5. As agências multilaterais criaram vários rótulos para diferenciar países como Brasil,

México, Índia ou Paquistão, considerados com grande potencial de "entrar" na economia

globalizada: economias em desenvolvimento, semi-industrializadas, emergentes, etc.

Neste trabalho, adotou-se a definição "países subdesenvolvidos" para identificar tanto

estes quanto todos os outros países da periferia, já que nenhum deles deixa de apresentar níveis inadmissíveis e generalizados de pobreza.

6. Taxas de urbanização na Malásia 52,1%, Nigéria 37,7% e Índia 26,3% (World

Page 55: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

55

Bank, 1995).

7. São elas, em ordem de tamanho decrescente: Cidade do México, São Paulo, Seul,

Moscou, Bombain, Calcutá e Buenos Aires-La Plata (Lefebvre, 1992).

8. O que dizer daqueles que dispõem de 1,5 dólar/dia, e que estatisticamente não são

mais, portanto, considerados pobres.

9. Ao contrário, a pobreza tornou-se até politicamente interessante ao permitir a

corrupção eleitoral através da compra de votos, a manipulação eleitoral, etc.

10. O documento completo embora por natureza extremamente sucinta, como devem

ser as cartilhas do Consenso de Washington pode ser lido em Williamson (1994).

11. Não foi, entretanto, por falta de advertências por parte de um grande número de

intelectuais brasileiros, entre os quais destacam-se José Luis Fiori, Maria da Conceição

Tavares, Francisco de Oliveira, Otília Arantes, Ermínia Maricato, Plinio Sampaio Jr., e

muitos outros, que o Brasil adotou a cartilha do Consenso de Washington.

12. Manifesto de lançamento da idéia de uma Rede Brasileira de Planejadores pela

Justiça Social, Porto Alegre, 27 de janeiro de 2001.

13. Nas muitas vezes em que este representa os interesses dos setores dominantes, o

que não é incomum em países subdesenvolvidos nos quais as prioridades das políticas

públicas são muito freqüentemente invertidas a favor desses setores e em detrimento do bem geral e da homogeneização social.

14. Ainda que não definido como tal pela prefeitura daquela cidade.

15. Em São Paulo, a figura do arquiteto-empreendedor é bastante familiar: Carlos

Bratke (Av. Luiz Carlos Berrini), Julio Neves (Av. Faria Lima) e Ruy Othake são alguns

dos exemplos mais conhecidos. Nos países industrializados, as grandes operações de

promoção urbanísticas sempre envolvem um seleto grupo de grandes e festejados

escritórios de arquitetura, até como forma de garantir um markenting urbano mais eficaz.

16. Uma rara exceção à regra é Joanesburgo, na África do Sul, que por motivos próprios

à dinâmica do "fim" doapartheid racial naquele país, foi inteiramente ocupada pela

população negra e pobre após a elite branca ter decidido abandoná-la por completo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMIN, S. L'empire du chaos. Paris, L'Harmattan, 1991. [ Links ]

ARANTES, O.B.; MARICATO, E. e VAINER, C. O pensamento único das cidades:

desmanchando consensos. Petrópolis, Vozes, 2000 (Coleção Zero à Esquerda).

[ Links ]

ARRIAGADA, C. Pobreza en América Latina: nuevos escenarios y desfios de políticas para

Page 56: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

56

el hábitat urbano. Santiago do Chile, Cepal/Eclac - División de Medio Mabiente y

Assentamientos Humanos, Série Medio Ambiente y Desarrollo, n.27, out. de 2000.

[ Links ]

BORJA, J. e CASTELLS, M. Local & global: management of cities in the information age.

Londres, UNCHS (Habitat/ONU) e Earthscan Publications, 1997a. [ Links ]

__________ . "Planes estratégicos y proyectos metropolitanos". Cadernos IPPUR. Rio de

Janeiro, UFRJ, Ano XI, n. 1 e 2, 1997b. [ Links ]

BRAUDEL, F. Escritos sobre a história. São Paulo, Editora Perspectiva, 1978.

[ Links ]

BUENO, L.M. de M. Projeto e favela: metodologia para projetos de urbanização. Tese de

Doutorado. São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São

Paulo, 2000. [ Links ]

CASTRO, M. e RIOFRÍO, G. "La regularización de las barriadas: el caso de Villa El

Salvador (Perú)". In. AZUELA, A. e FRANÇOIS, T. (orgs.). El acesso de los pobres al suelo

urbano. México, Centro de Estúdios Mexicanos y Centroamericanos, Universidad

Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Sociales, Programa de Estudios sobre

la Ciudad, 1997. [ Links ]

CEPAL. Panorama Social de América Latina 1999-2000. Santiago do Chile, Comissão

econômica para a América Latina e o Caribe ONU, 2000a. [ Links ]

__________ . From rapid urbanization to the consolidation of human settlements in Latin

America and the Caribbean: a territorial perspective. Santiago do Chile, Comissão

Econômica para a América Latina e o Caribe ONU, 2000b. [ Links ]

CHARMES, E. "La nouvelle bulle a éclaté en Thaïlande". Etudes Foncières. Paris, n.81,

Adef Association des Etudes Foncières, Inverno de 1998. [ Links ]

CLICHEVSKY, N. Informalidad y segregación urbana en América Latina: una

aproximación. Santiago do Chile, Cepal/Eclac División de Medio Mabiente y

Assentamientos Humanos, Série Medio Ambiente y Desarrollo, n.28, out. de 2000.

[ Links ]

FAINSTEIN, S. The city builders: property, politics and planning in London and New York.

Oxford, Blackwell Publishers, 1994. [ Links ]

FERREIRA, J.S.W. São Paulo metrópole subdesenvolvida: para que(m) serve a

globalização?. São Paulo, FAUUSP, 2000, mimeo. [ Links ]

FIORI, J.L. Os moedeiros falsos. Petrópolis, Vozes, 1997. [ Links ]

FIX, M. Parceiros da exclusão: duas histórias da construção de uma nova cidade em São Paulo. São Paulo, Editora Boitempo, no prelo.

FOLHA DE S.PAULO. "Abertura não reduz pobreza, diz Bird", São Paulo, Segundo

Page 57: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

57

Caderno, 16/09/99, p.1. [ Links ]

FPH. Politiques urbaines et lutte contre la pauvreté. Paris, Documents de Travail des

Editions Charles Leopold Mayer, n.96, 1997. [ Links ]

FUNDAÇÃO SEADE/Governo do Estado de São Paulo. Cadernos do Fórum São Paulo

Século XXI. São Paulo,Tomo III, Caderno 11, Diário Oficial do Estado de São Paulo,

volume 110, n.109, jun. 2000. [ Links ]

IBASE e outras ONGs. Observatório da Cidadania: monitorando o

desenvolvimento Social Watch. Montevideo, n.1, Uruguai, Instituto del Tercer Mundo,

1997. [ Links ]

INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Moradia. São Paulo, 2000. [ Links ]

IRD. Atelier International "Metropoles en mouvement". Programme Ville/Réseau Socio-

Economique de l'Habitat. Paris, IRD/CNRS, dezembro 1998. [ Links ]

LEFEBVRE, S. Mondialisation et urbanisation:l'evolution demografique d'un phenomène

urbain. Montréal, Canada,paper INRS-Urbanisation- UQAM, 1992. [ Links ]

LIPIETZ, A. Mirages et miracles: problèmes de l'industrialisation dans le Tiers-Monde.

Paris, La découverte, 1985. [ Links ]

LUCIANO, F. "Regularización de assentamientos irregulares en Córdoba". In. AZUELA, A.

e FRANÇOIS, T. (orgs.). El acesso de los pobres al suelo urbano. México, Centro de

Estúdios Mexicanos y Centroamericanos, Universidad Autónoma de México, Instituto de

Investigaciones Sociales, Programa de Estudios sobre la Ciudad, 1997. [ Links ]

MARICATO, E. Metrópole na periferia do capitalismo. São Paulo, Hucitec/Série Estudos

Urbanos, 1996. [ Links ]

__________ . "Planejamento urbano no Brasil: as idéias fora do lugar e o lugar fora das

idéias". In: ARANTES, O.B.; MARICATO, E. e VAINER, C. Op.cit., 2000. [ Links ]

MARICATO, E.; FIX, M. e FERREIRA, J.S.W. "Encontro com a Planners Network:

planejadores urbanos e justiça social". In: FAUUSP. Informativo FAUUSP, São Paulo, Ano

1, n.7, dez. de 1999. [ Links ]

NOBRE, E. C. Reestruturação econômica e território: expansão recente do terciário na

marginal do rio Pinheiros.Tese de Doutorado. São Paulo, FAUUSP, ago. 2000.

[ Links ]

PMSP. Globalização e desenvolvimento urbano. São Paulo, PMSP/Sempla, 2001.

[ Links ]

SAMPAIO Jr., P.A. Entre a nação e a barbárie: os dilemas do capitalismo dependente.

Petrópolis, Vozes, 1999a. [ Links ]

__________ . "O impasse da 'formação nacional'". In: FIORI, J.L. (org.). Estados e

Page 58: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

58

moedas no desenvolvimento das nações. Petrópolis, Vozes, 1999b (Coleção Zero à

Esquerda). [ Links ]

__________ . "Origem e desdobramento da crise da teoria do desenvolvimento na

América Latina". São Paulo em Perspectiva. São Paulo, Fundação Seade, v.13, n.1-2,

jan.-jun. 1999c. [ Links ]

SASSEN, S. La ville globale: New York, London, Tokyo. Paris, Descartes et Cie, 1996

(Collection Les Urbanités). [ Links ]

STALLINGS, B. e PERES, W. Crescimiento, empleo y equidad: el impacto de las reformas

econômicas en América Latina. Santiago de Chile, Cepal/Fondo de Cultura Económica,

2000. [ Links ]

VAINER, C. "Pátria, empresa e mercadoria: notas sobre a estratégia discursiva do

planejamento estratégico". In:ARANTES, O.B.; MARICATO, E. e VAINER, C. Op.cit., 2000.

[ Links ]

VEJA. São Paulo, 22/01/2001. [ Links ]

VILLAÇA, F. "Efeitos do espaço sobre o social na metrópole brasileira". In: SOUZA,

M.A.A. de et alii. Metrópole e globalização. São Paulo, Cedesp, 1999a. [ Links ]

__________."Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil". In:

DEÁK, C. e SCHIFFER, S. O processo de urbanização no Brasil. São Paulo, Edusp/Fupam,

1999b. [ Links ]

WALLERSTEIN, I. "A cultura como campo de batalha ideológico do sistema mundial

moderno". In FEATHERSTONE, M. (org.). Cultura global: nacionalismo, globalização e

modernidade. Petrópolis, Vozes, 1994. [ Links ]

WILLIAMSON, J. (org.). The political economy of policy reform. Washington, Institute for

International Economics, 1994. [ Links ]

WORLD BANK. Social Indicators of Development. Bank Book, Baltimore/London World

and John Hopkins University Press, 1995. [ Links ]

Page 59: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

59

ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE A GESTÃO DE CUSTOS E A GESTÃO DO PREÇO DE VENDA: um estudo das práticas adotadas

por empresas industriais conserveiras estabelecidas no RS

Débora Gomes Machado (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Brasil) [email protected]

Marcos Antônio de Souza (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Brasil) [email protected]

Resumo

Este artigo tem como objetivo identificar quais práticas gerenciais estão sendo

adotadas pelas empresas de forma a lhes possibilitar, sob um enfoque sistêmico, a

eficaz gestão do preço de venda e dos custos demandados pelas suas operações.

O estudo foi desenvolvido no contexto da reconhecida limitação das empresas em

impor um preço de venda ao mercado, uma decorrência da crescente influência do

mercado comprador em estabelecer o preço que está disposto a pagar pela

aquisição de bens e serviços. Os dados da pesquisa, caracterizada como

exploratória e descritiva, foram obtidos por meio de entrevistas presenciais

realizadas com executivos de nove das onze empresas industriais conserveiras de

médio e grande porte, localizadas no RS, selecionadas a partir do cadastro da

FIERGS. Constatou-se que as indústrias desse segmento utilizam como fonte de

informações a contabilidade tradicional, destacando-se o uso do método de custeio

por absorção e o sistema de pré-determinação de custo-padrão, enquanto que as

práticas gerenciais mais contemporâneas pesquisadas não encontram aderência

prática, com exceção da pequena representatividade da utilização do custo-meta. O

estabelecimento e a gestão do preço de venda são práticas majoritariamente

amparadas na sistemática de custo mais margem.

Palavras-chave: Contabilidade Gerencial, Gestão de Custos, Gestão do Preço de

Venda.

Área Temática: Gestão Estratégica de Custos

1 Introdução

As organizações, inseridas num ambiente econômico de mercado caracterizado por

Page 60: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

60

acirrada concorrência, necessitam direcionar maiores esforços ao planejamento e

controle dos seus fatores de produção, geradores de custos e receitas. Nesse

ambiente, o recurso informação adquire conotações de cunho estratégico e

operacional. No conjunto de tais informações incluem-se, entre outras, aquelas

referentes a preços e custos.

As questões que tratam do atual ambiente de atuação das empresas têm sido

fartamente abordadas pela literatura. Berliner e Brimson (1992), Shank &

Govindarajan (1997), Iudícibus (1998), Kaplan e Cooper (1998), Atkinson et al.

(2000), entre outros autores que tratam da gestão empresarial, expõem uma série

de fatores que caracterizam esse ambiente. Dos diversos aspectos tratados, a

crescente influência do mercado comprador em estabelecer o preço pelo qual está

disposto a pagar pela aquisição de bens e serviços e a conseqüente perda de poder

das empresas em estabelecer o preço pelo qual desejam vender tem sido uma

constante. Trata-se, portanto, da Gestão do Preço de Venda. Além disso, também é

reconhecido que a limitação das empresas em impor um preço de venda ao

mercado as têm obrigado a voltar-se mais acentuadamente à gestão da sua

eficiência operacional, no que se refere ao planejamento e controle do consumo dos

recursos demandados pela realização de suas operações. Trata-se, portanto, da

Gestão de Custos.

Partindo-se da premissa de que estes focos da gestão empresarial, a Gestão do

Preço de Venda e a Gestão de Custos, não podem ser tratados isoladamente, tendo

em vista as relações existentes entre eles, este procura responder a seguinte

questão: Quais práticas gerenciais, dentre as recomendadas pela literatura, estão

sendo adotadas pelas empresas de forma a possibilitar, sob um enfoque sistêmico,

a eficaz gestão do preço de venda e dos custos demandados pelas suas

operações? Procura-se identificar a adoção, ou não, das práticas gerenciais mais

difundidas pela literatura. O objetivo de diagnosticar a atuação das empresas com

referência a tais práticas é uma forma de verificar a aderência delas em relação à

prática empresarial. As práticas de gestão de custos estudadas foram os métodos

de custeio, o custo-meta, o custo-padrão, custeio por ciclo de vida, análise de custo

da logística integrada, análise da cadeia de valor, gestão baseada em atividades e

formação do preço de venda, entre outros.

Page 61: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

61

2 Referencial teórico

2.1 Gestão de custos

Na última década, fruto do acirramento da concorrência de um mercado globalizado,

profundas mudanças têm ocorrido no modus operandi, nas estratégias e nas

práticas gerenciais das organizações, com reflexos na gestão de custos. Nesse

contexto, o eficaz processo de gestão de custos, passa, necessariamente, pela

eficiência e eficácia das atividades de planejamento, execução e controle. As

empresas estão buscando a redução de custos e aumento da produtividade de

diversas formas. Porter (1989) coloca a liderança em custos como uma das

alternativas estratégicas, ou ainda, a diferenciação de produto. O papel que a

informação contábil exerce dentro de uma empresa é o de facilitar o

desenvolvimento e a implementação das estratégias competitivas.

2.1.1 Métodos de custeio

O custeio de produtos/serviços tem sido referenciado como a função básica da

contabilidade de custos (MARTINS, 2003). Além do aspecto puramente contábil, os

métodos adotados para o custeio também são utilizados como fonte geradora de

informações para a gestão. De fato, é a utilização de tais métodos que disponibiliza

informações específicas que contribuem no controle dos custos, auxiliando na

tomada de decisão. A seguir apresenta-se, no Quadro 1, a caracterização básica

dos métodos de custeio tratados nesse artigo.

Alguns métodos de custeio são mais indicados como instrumentos gerenciais, outros

para relatórios externos, outros são mais conservadores, outros mais abrangentes,

com visão de curto ou longo prazo, etc. Deve-se ter em conta que não há um

método considerado o melhor para ser utilizado de maneira indiscriminada e para

todas as finalidades pelas empresas.

Dependendo do objetivo e uso da informação desejada, deve-se escolher um ou até

mais de um método para serem usados concomitantemente, permitindo, assim, a

obtenção das informações consideradas relevantes para o embasamento de

decisões e utilidades específicas.

Alguns objetivos alcançados pelos métodos de custeio são descritos a seguir.

1) se o anseio é conhecer a margem de contribuição dos produtos, então o método

de custeio variável atende a esse objetivo;

Page 62: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

62

2) o método de custeio pleno, por evidenciar os gastos totais, se caracteriza como

um bom instrumento gerencial para cálculo do preço de venda referencial, pois

indica o resultado livre de todos os custos e despesas;

3) se o foco de análise recai sobre a eficiência dos trabalhos desenvolvidos pela

empresa, então o ABC é o mais específico para atender a esse objetivo e, ainda, se

a alocação dos custos indiretos de fabricação precisam de uma informação mais

acurada, o ABC também poderá contribuir;

4) se o objetivo for atender a legislação contábil, tributária-fiscal e às publicações

dirigidas aos usuários externos, então o custeio por absorção é o mais indicado.

Método

Características do método

Custeio por absorção

Atribui todos os gastos relativos ao esforço de fabricação aos produtos, total, ou

parcialmente, prontos. Os custos de produção fixos são alocados aos produtos por

meio de rateio e os custos variáveis são alocados diretamente aos produtos e as

despesas são levadas diretamente ao DRE.

Custeio pleno

Também conhecido como RKW, atribui aos produtos todos os gastos da empresa,

não só os custos, mas também as despesas operacionais, inclusive as financeiras e

ainda os juros do capital próprio (custo de oportunidade), objetivando fornecer o

montante gasto pela empresa no esforço de obter receitas, evidencia o valor

adicionado.

Custeio variável

Atribui apenas os custos e despesas variáveis em nível de unidade do produto,

evitando as distorções causadas por rateios arbitrários de alocação dos custos fixos

aos produtos; evidencia a margem de contribuição; e trata os custos variáveis como

relevantes para decisões de curto prazo. Os custos e as despesas fixas são

considerados integral e diretamente no resultado do período.

Custeio direto

Os custos indiretos de fabricação e as despesas operacionais, ambos fixos

específicos são apropriados aos respectivos objetos de custeio e não aos produtos

como um todo.

Page 63: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

63

Dessa forma têm-se a margem direta, (MD=MC–CDFE) margem de contribuição

menos custos e despesas fixas específicas, enquanto que a margem de contribuição

é igual a preço de venda menos custos e despesas variáveis (MC=PV–CDV).

Custeio baseado em atividades – (Activity Based Costing - ABC)

Atribui os custos de acordo com o consumo de recursos pelas atividades e destas

pelos produtos. O ABC utiliza-se da relação dos custos com as atividades

desempenhadas, através do rastreamento dessas, alocando de forma mais racional

os custos indiretos.

Quadro 1 – Características sumarizadas dos métodos de custeio

2.1.2 Sistemas de predeterminação de custos

Como formas de predeterminar e antecipar a informação de custos dos produtos,

para controle e tomada de decisões, tem-se o custo-padrão e o custo-meta.

Conforme Atkinson et al. (2000), custos-padrão são parâmetros projetados para as

unidades de produtos, correspondendo aos custos dos recursos das atividades

produtivas planejadas para o período estabelecido. O custo-padrão é elaborado por

um conjunto de setores que envolvem desde o planejamento até a fabricação

propriamente dita e tem como base as informações de consumo de matérias-primas,

mão-de-obra, materiais secundários e outros custos, por cada produto elaborado.

Representa, para fins da gestão organizacional, as opções e políticas adotadas pela

empresa quanto aos meios e formas de realizar suas operações de produção.

Já o custo-meta é um processo de planejamento de lucros, preços e custos, que

parte do preço de venda para chegar ao custo. Para Sakurai (1997), o custo-meta é

um processo estratégico de gerenciamento de custos para reduzir os custos totais

ainda no estágio de desenvolvimento do produto. Tem como objetivo central a

redução de custos em face do planejamento estratégico de lucro e das condições

mercadológicas, principalmente quanto a preço e qualidade.

O custo-meta e o custo-padrão aplicam-se em diferentes estágios do ciclo de vida

do produto. Conforme Sakurai (1997), o custo-meta é aplicado quando do

planejamento e desenho do produto; já o custo-padrão é aplicado quando da

produção efetiva. Sakurai destaca que o custo-meta é uma prática voltada para o

mercado e no contexto do desenvolvimento do produto, enquanto que o custo-

padrão tem um foco interno e é voltado principalmente para controle dos

Page 64: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

64

recursos utilizados na fase de produção. O custo-meta é uma parte do planejamento

estratégico do lucro, pois considera a concorrência e as necessidades do cliente.

Em contrapartida, o custo-padrão é um instrumento de controle no nível operacional

interno.

Além do custeio ABC e do custeio-meta a literatura tem dado destaque a algumas

outras práticas que dão sustentação à gestão de custos, expostas a seguir.

2.1.3 Análise dos determinantes de custos

Os determinantes de custos são considerados como um dos pontos centrais da

gestão de custos. Para Shank e Govindarajan (1997), representam a causa raiz de

ocorrência dos custos.

No contexto da gestão estratégica de custos a principal causa de ocorrência dos

custos precede a efetiva fabricação dos produtos, trata-se da opção pela estrutura

de produção e da sua forma de operacionalização. São os chamados determinantes

de custos, subdivididos em determinantes estruturais, que representam as opções

estratégicas primárias da empresa, e os determinantes operacionais ou de

execução, relativos à capacidade de execução e desempenho da produção. A

literatura pesquisada sobre o assunto (PORTER, 1989; SHANK e GOVINDARAJAN,

1997; ROCHA, 1999 e SOUZA, 2001), demonstra que se torna mais útil, no sentido

estratégico, explicar a posição dos custos em termos de escolhas estruturais e de

execução que moldem a posição competitiva da empresa.

2.1.4 Custeio por ciclo de vida

Assumindo a premissa de que os produtos têm existência útil cada vez mais

reduzida, Kotler (1998) destaca que o ciclo de vida do produto divide-se em quatro

estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Quando o produto é

lançado ou introduzido em um determinado mercado, há um crescimento lento das

vendas em que o lucro é inexistente ou inexpressivo; na fase de crescimento ou

aceitação do produto pelo mercado, o lucro já começa a existir de forma mais

significativa; no estágio de maturidade há uma redução do crescimento das vendas,

o lucro estabiliza ou entra em declínio; no último estágio, o de declínio, as vendas

caem e o lucro fica reduzido, época em que o produto deixa ou começa a deixar de

ser atrativo para os objetivos da empresa. A gestão do ciclo de vida,

Page 65: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

65

segundo Hansen e Mowen (2001, p. 439), “consiste de ações tomadas que

provocam projeção, desenvolvimento, produção, comercialização, distribuição,

operação, manutenção, atendimento e descarte de um produto para que os lucros

do ciclo de vida sejam maximizados”. O impacto do ciclo de vida do produto sobre a

gestão dos custos é muito importante e é necessário conhecer esse impacto.

2.1.5 Análise de custo da logística integrada

A logística integrada disponibiliza as possibilidades do gerenciamento de custos

através de técnicas e recursos específicos. A logística não é mais considerada

simplesmente uma atividade de apoio às operações empresariais, mas sim como um

dos principais elementos na estratégia competitiva das empresas. Segundo Ballou

(l993), é de responsabilidade do sistema logístico definir a estrutura interna da

empresa, com o objetivo de controlar o fluxo de bens e serviços e planejar as

atividades logísticas. O autor expõe que a organização e o controle são atividades

chaves em logística. A organização trata da estruturação dos relacionamentos entre

as áreas de forma a viabilizar as atividades logísticas de maneira eficaz. Quanto ao

controle, abarca a definição de quem tem autoridade e responsabilidade pelo

planejamento e controle dos custos e do nível de serviço logístico.

Conforme Novaes (2001), a logística empresarial envolve elementos materiais,

humanos, tecnológicos e de informação, otimizando o uso de recursos, buscando a

eficiência e a melhoria dos níveis de serviço ao cliente, sempre objetivando a

redução de custos, eliminando do processo tudo que não agrega valor para o

cliente. Na atualidade, a logística procura eliminar do processo tudo que não tenha

valor reconhecido pelo cliente, buscando agregar valor de lugar, de tempo, de

qualidade e de informação à cadeia produtiva.

2.1.6 Análise da cadeia de valor

A análise da cadeia de valor é um forte elemento para uma eficaz gestão de custos.

Se uma empresa pode ou não desenvolver e manter uma diferenciação ou

vantagem, depende de como a mesma gerencia sua cadeia de valor em relação às

cadeias de valor das demais empresas concorrentes. É arriscado ignorar as ligações

da cadeia de valor, pois ganhar e sustentar vantagem competitiva requer que uma

empresa compreenda todo sistema e não apenas a parte da cadeia de

Page 66: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

66

valor que a empresa participa. Tem-se, então, que a análise da cadeia de valor é o

reconhecimento de que isoladamente a empresa tem menos chances de sobreviver

no mercado. Porter (1989) explica que toda empresa é uma reunião de atividades

que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu

produto. Todas essas atividades podem ser representadas, fazendo-se uso da

cadeia de valor. O autor acrescenta que a cadeia de valor representa a história da

empresa, e o modo como ela executa suas atividades é um reflexo de sua estratégia

empresarial.

2.1.7 Gestão baseada em atividades - Activity Based Management (ABM)

A gestão baseada em atividades, na visão de Atkinson et al. (2000), é um processo

administrativo que usa a informação fornecida por uma análise de custos baseada

em atividades para melhorar a lucratividade da empresa. O ABM inclui a execução

racional das atividades, elimina as que não agregam valor ao produto, abrange

esforços de reengenharia, melhoria nos processos e redução de custos.

Conforme Kaplan e Cooper (1998), o gerenciamento baseado em atividades refere-

se a todo o conjunto de ações que podem ser tomadas com base nas informações

sobre o custeio baseado em atividades e possui duas aplicações complementares

denominadas: ABM operacional e ABM estratégico. O ABM operacional propicia

oportunidades de transformação, reengenharia e melhorias contínuas no processo

produtivo. O ABM estratégico propicia várias opções de medidas por meio das quais

podem modificar suas curvas de vendas e lucratividade, tratando, portanto, da

alteração do mix de produtos.

2.2 Gestão do preço de venda

Pesquisas têm buscado a identificação de como as empresas estão precificando os

seus produtos. Fishman (2003) investigou como as empresas norte-americanas

definem os preços e descobriu que a maioria das empresas o faz sem estudos

prévios. Simplesmente somam os custos, imitam os concorrentes ou ainda

estabelecem uma margem suportável pelo mercado.

A formação do preço de venda, ou seja, atribuir preço aos bens e serviços

oferecidos ao mercado, envolve, conforme Bernardi (1998), uma série de fatores.

Além das considerações e

Page 67: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

67

objetivos mercadológicos, deve orientar-se economicamente e do ponto de vista

interno, por três caminhos, que são: a maximização dos lucros, o retorno do

investimento e os preços baseados nos custos. Acrescenta-se à exposição do autor

que também há o preço-meta, pois o preço baseado nos custos pode não ser aceito

pelo mercado e, nesse contexto, se insere o preço de venda-alvo.

Formar preços com base no custo torna necessário ter-se um parâmetro inicial ou

padrão de referência para análise comparativa com o preço praticado pelo mercado,

a fim de evitar que o preço calculado sobre os custos possa ser invalidado por tal

mercado. Lunkes (2003) afirma que a formação do preço de venda através da

apuração dos custos é a forma mais utilizada, pois o preço deve refletir o valor

econômico que o cliente percebe nele, relativos a custo, escassez, investimento em

propaganda etc. Obviamente, se tal custo for excessivo a recusa pelo cliente será

automática.

Na atualidade há uma crescente necessidade de utilização do custo-meta para

estabelecimento do preço-meta, ou seja, partindo do preço que o consumidor está

disposto a pagar pelo produto ou serviço, projeta-se o custo que deverá ocorrer com

a produção efetiva do mesmo.

Cogan (1999) pressupõe uma quebra de paradigma quanto aos custos como fator

condicionante para a fixação do preço de venda, pois os custos eram direcionados

pela engenharia e, atualmente, são direcionados pelo mercado.

A necessidade de análise das relações de ambas as gestões, de custos e do preço

de venda, são evidenciadas, mais intensamente, em decorrência das dificuldades da

prática empresarial, tais como: dificuldade de impor seu preço de venda ao

mercado; redução de capital de giro para suprir as necessidades de caixa e

mercados caracterizados por concorrência imperfeita. O custo-meta explica parte

dessas relações, pois pertence à gestão de custos e direciona ações que objetivam

conquistar determinado mercado com estratégias que incluem a gestão do preço de

venda.

Sendo assim, a gestão de custos e a gestão de preço de venda não podem ser

efetuadas isoladamente e sim sistemicamente, pois as relações existentes entre

ambas envolvem muitos fatores, alguns deles tratados neste estudo. Percebe-se

que a utilização isolada de informações sobre os custos de nada ou pouco adiantam,

pois os impactos são recíprocos. A interdisciplinaridade da gestão abarca

Page 68: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

68

uma gama de informações e é necessário que os gestores se mantenham

informados desse grande conjunto de fatores para que possam gerir racionalmente

as atividades empresariais.

3. Metodologia e limitações da pesquisa

Nesta pesquisa foi empregado o método indutivo de pesquisa, ou seja, parte-se de

constatações empíricas para redundar na elaboração de uma teoria ou para

referendá-la. Este estudo, dado o seu escopo, enquadra-se na segunda opção.

Abdel-khalik e Ajinkya (1979), enfatizam que as teorias que se originam de um

conjunto específico de observações são chamadas indutivas. Os autores

acrescentam que a maioria das teorias descritivas é indutiva.

As teorias indutivas que se derivam de observações empíricas efetivas são

descritivas, pois descrevem como acontecem os fenômenos na realidade.

Esta pesquisa classifica-se como exploratória, descritiva e pesquisa de campo. O

universo desta pesquisa é composto pelas indústrias de transformação conserveiras

de médio e grande porte localizadas no Estado do Rio Grande do Sul. Quanto ao

porte das empresas considerou-se a classificação do SEBRAE e da Lei Federal n°

10.165/2000. As indústrias foram localizadas por meio da 6ª edição do cadastro

industrial da FIERGS. A Tabela 1 apresenta as empresas de médio e grande porte

relacionadas à atividade de produção de conservas, segundo o referido cadastro, de

acordo com a classificação de porte do SEBRAE.

A presente pesquisa limita-se quanto à extrapolação dos resultados, os quais são

válidos somente para as indústrias produtoras de conservas gaúchas de médio e

grande porte participantes do estudo. É relevante o baixo número de empresas que

compõem o estudo, apesar de terem sido pesquisadas praticamente todas as

empresas de médio e grande porte deste segmento no Estado. Apesar dessa

limitação, é fundamental ressaltar a importância do estudo tanto para o contexto da

região como para o segmento pesquisado. Apesar dos cuidados com a seleção do

perfil dos entrevistados, esta pesquisa está baseada unicamente nas informações

prestadas pelos mesmos não se utilizando qualquer outro instrumento ou

procedimento que possibilitasse verificar a exatidão das mesmas.

O fato de a maioria das empresas serem constituídas sob a forma de sociedade por

cotas de responsabilidade limitada e, portanto, estarem desobrigadas da

Page 69: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

69

publicação de demonstrações contábeis, impediu que algumas das informações

recebidas fossem confirmadas.

Razão Social

Município

Nº Empregados

Albino Neumann & Cia Ltda

Morro Redondo

259

Ângelo Auricchio & Cia Ltda

Pelotas

150

Conservas Oderich S/A

São Sebastião do Caí

769

Conservas Ritter S/A Indl e Coml

Cachoeirinha

150

Enfripeter Com Armaz.Ind.Prod.Alim.Ltda

Pelotas

130

Ind Conservas Alimentícias Leon Ltda

Pelotas

150

Ind de Conservas Minuano S/A

Morro Redondo

103

Ind de Conservas Schramm Ltda

Pelotas

117

Oderich Irmãos Ind. Alimentos Ltda

Pelotas

340

Page 70: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

70

Schiller Ind Com Alimentos Ltda

Pelotas

400

Vega Indl. e Mercantil Prod. Alim. Ltda

Pelotas

400

Fonte: Cadastro da FIERGS (2001).

Tabela 1 – Indústrias gaúchas da atividade de produção de conservas

As empresas classificadas como micro e pequenas foram excluídas da amostra por

não possuírem a estrutura básica necessária ao atendimento dos questionamentos

realizados. O entrevistado foi o responsável ou o profissional diretamente envolvido

na gestão de custos e na gestão do preço de venda das empresas. A técnica

empregada foi a entrevista pessoal, padronizada com perguntas fechadas, abertas e

semi-abertas, que nortearam o rumo da entrevista para coletar dados que

permitissem agrupar os resultados para tratamento e análise dos mesmos,

permitindo evidenciar os aspectos revelados pela pesquisa de campo.

Para confirmação, ou não, por meio da pesquisa de campo realizada, foram

construídas três suposições, descritas a seguir:

S1 = O modelo de formação do preço de venda ou a forma de cálculo que mais se

aproxima deste, adotado na prática pelas empresas pesquisadas, é orientado pelo

mercado. S2 = Na prática não existe uma gestão integrada entre preço de venda e

custos e, por conseqüência, resultado. S3 = Não há uma efetiva utilização das

práticas gerenciais recomendadas pela literatura, por parte das empresas

pesquisadas, o que poderia contribuir para que as mesmas viabilizem de maneira

mais efetiva o atingimento do lucro-alvo.

4 Análise e discussão dos resultados

Dentre as onze empresas, uma não participou da pesquisa e outra encerrou as suas

atividades há mais de dois anos, restando nove empresas, localizadas em quatro

municípios gaúchos:

Pelotas, Morro Redondo, Cachoeirinha e São Sebastião do Caí, todas com capital

100% nacional.

Page 71: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

71

a) Análise das Características das Empresas

Objetivando agrupar o perfil da amostra, com vistas a identificar o porte das

empresas pelos critérios de faturamento e número de funcionários, bem como o

tempo de existência das mesmas, assim se descrevem os resultados:

✓ Faturamento R$:

33% = de 1,2 a 12 milhões - MP

67% = acima de 12 milhões – GP

✓ Exportadoras:

33% = média de 15% mercado externo

67% = 100% mercado interno

✓ Nº Funcionários:

33% possuem de 100 a 499 - MP

67% possuem acima de 500 – GP

✓ Tempo de atividade das empresas:

1 a 20 anos = 22%

21 a 40 anos = 56%

81 a 100 anos = 22%

Das empresas pesquisadas, 33% são de médio porte e 67% são de grande porte, de

acordo com a classificação dada pela Lei Federal 10.165/2000, que trata em seu

artigo 17°, da classificação do porte das empresas pelo faturamento. Pelo número

de funcionários as empresas mantiveram a mesma classificação de porte

encontrada com base no faturamento. O número mínimo encontrado foi de 150

funcionários e o máximo foi de 900, sendo que as empresas somadas possuem

atualmente 4.620 funcionários na atividade industrial.

De acordo com as entrevistas 33% da amostra fatura também para o mercado

externo, para até 34 países, sendo e Uruguai e a Argentina os mais citados. As

demais (67%) faturam somente para o mercado interno, abrangendo vários estados

brasileiros. Devido a forte concorrência, mencionada pelos entrevistados, há uma

busca constante para manter o nicho de participação de cada empresa no mercado,

buscando o atendimento às necessidades dos consumidores brasileiros e

estrangeiros. O tempo de atividade das empresas pesquisadas evidencia que elas

possuem considerável experiência. A empresa que possui menos tempo, tem 7 anos

Page 72: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

72

e a que tem mais tempo, 96 anos, ambas de grande porte.

b) Análise das Características dos Entrevistados.

Identificou-se o perfil dos entrevistados, descritos a seguir:

Formação

contábeis 56%

administração 22%

outros 22%

Função

contadores 55%

demais gestores 45%

Figura 1 – Formação dos entrevistados

Figura 2 – Função dos entrevistados

Nota-se (Figura 1) que os entrevistados possuem, em 56% dos casos, graduação

em contabilidade, evidenciando que, em princípio, devem estar qualificados ou ter

conhecimento sobre gestão de custos e preço de venda. Se considerados também

os que tem formação em administração o percentual chega a 78%.

Também fica evidente que as funções desempenhadas pelos entrevistados estão

vinculadas ao assunto pesquisado. Eles atuam em áreas afins à gestão de custos e

preço de venda e, portanto, adequados para atender aos objetivos da pesquisa.

Cursos relacionados a GC e GPV

possui 44%

não possui 56%

Experiência na função

até 5 anos 22%

acima de 5 anos 78%

Figura 3 – Cursos realizados pelos entrevistados Figura 4 – Experiência dos

entrevistados.

Quanto aos entrevistados terem participado de cursos especificamente relacionados

a Gestão de Custos e Gestão do Preço de Venda, 56% responderam

negativamente. Isso demonstra a ausência de busca por uma maior

Page 73: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

73

qualificação profissional na área. Constatou-se que a maioria dos entrevistados atua

a mais de 5 anos na função, evidenciando que são profissionais experientes. A

maioria possui mais de 5 anos na empresa, o que evidencia que os mesmos

conhecem a empresa e o seu funcionamento.

c) Análise das Características da Gestão do Preço de Venda e da Gestão de

Custos.

A seguir algumas questões que objetivaram identificar as características dos

procedimentos aplicados na formação de preços, com vistas a verificar se as

práticas gerenciais inerentes a gestão de custos e gestão do preço de venda,

difundidas pela literatura, estão sendo adotadas nas empresas pesquisadas.

Questão 1 : Qual o método de custeio utilizado na empresa?

Objetivo: Identificar os métodos de custeio utilizados pelas empresas e suas

respectivas aplicações.

Método de custeio utilizado

ABC Absorção Pleno Variável Total

Para finalidades fiscais

0

9

0

0

9

Para finalidades gerenciais

0

8

0

1

9

Para apuração de custos p/formação de preço de venda

0

8

0

1

9

Page 74: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

74

Tabela 2 – Método de custeio utilizado pelas empresas

Para finalidades fiscais 100% das empresas utilizam o custeio por absorção, pois a

legislação do Imposto de Renda é respeitada por elas de forma a evitar penalidades

fiscais. Para finalidades gerenciais, ou seja, para suprir os usuários internos com

informações que visam a subsidiar a tomada de decisões, inclusive quanto a preços,

oito empresas utilizam o mesmo método de custeio, e somente uma utiliza o método

de custeio variável de forma ampla e formal. Essa preferência pela adoção do

método de custeio por absorção também foi identificada por outras pesquisas

consultadas. Souza (2001) ao pesquisar 49 subsidiárias brasileiras de empresas

multinacionais, também constatou a preferência pelo método de custeio por

absorção, utilizado por 73,5% das empresas pesquisadas; em segundo lugar se

encontra o custeio variável, utilizado por 14,3% das empresas.

Na pesquisa efetuada por Miranda e Nascimento Neto (2003), com 81 indústrias

brasileiras, ficou constatado que 35,5% das empresas pesquisadas utilizam somente

o custeio por absorção e 32,8% o utilizam combinado com outros métodos, de forma

a suprir as informações gerenciais e atender a legislação. Segundo os autores, a

referida pesquisa verificou que fatores como a estrutura de custos da empresa, tais

como: maiores ou menores custos fixos, o fato de serem, ou não multinacionais,

assim como fatores externos, tais como a origem da empresa, número de

concorrentes, exportação de produtos etc, não influenciam na escolha do método de

custeio. Isso corrobora a pesquisa de Souza (2001).

Também, nos Estados Unidos em pesquisa realizada por Govindarajan e Anthony

(1983), nas 505 maiores empresas, das 1000 divulgadas na Revista Fortune, foi

comprovado que 82% dos preços de seus produtos são baseados no custeio por

absorção, e que apenas 17% delas confiam no custeio variável para decisões de

preço. Outra pesquisa realizada no mesmo país em 1994, por Shim e Sudit,

revisando a pesquisa de 11 anos antes com 141 empresas, concluiu que 70% das

empresas continuavam a utilizar o custeio por absorção, 12% no custeio variável e

18% basearam-se apenas no mercado, apontando uma mudança em direção ao

custo-meta.

Page 75: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

75

Ott (1997) também constatou que o método de custeio por absorção é o mais

utilizado, embasado em sua pesquisa com empresas industriais de médio e grande

porte estabelecidas no Brasil, assim como em empresas industriais estabelecidas na

Comunidade Autônoma do país Vasco. A conclusão de Ott ratifica aquela

apresentada por Miranda e Nascimento Neto (2003). Verifica-se, portanto, que o

método de custeio por absorção, apesar das falhas e limitações para fins gerenciais,

destacadas na literatura, é o mais utilizado até o presente momento.

Questão 2: Que sistema de planejamento e controle de custos é utilizado?

Objetivo: Identificar a efetiva utilização de sistemas de planejamento e controle de

custos, como práticas de gestão.

Sistema

Qde

%

custo-padrão

5

56

custo-meta

0

0

custo-meta + custo-padrão

3

33

Nenhum

1

11

Total

9

100

Tabela 3 – Sistema utilizado para planejamento e controle de custos

Constatou-se que 56% das empresas utilizam o custo-padrão. Em 33% utiliza-se o

custo-padrão em conjunto com o custo-meta, sendo este utilizado principalmente

para produtos novos e processos de reengenharia do produto. Em 11%

Page 76: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

76

das empresas não é utilizado nenhum tipo de sistema de pré-determinação dos

custos. As empresas que utilizam o custo-padrão realizam análise das variações,

algumas constantemente, outras com menos freqüência. Tais análises servem,

principalmente, para o controle dos insumos consumidos na produção e para cálculo

do preço de venda.

A exemplo do verificado quanto ao método de custeio, esse resultado também é

referendado por outras pesquisas. A pesquisa de Souza (2001) constatou que o

custo-padrão é o mais utilizado na prática empresarial. Dentre as 49 subsidiárias

brasileiras de empresas multinacionais pesquisadas, 95,9% utilizam esse sistema de

pré-determinação de custos. Ott (1997) também constatou que o custo-padrão é o

mais utilizado pelas 154 indústrias do RS e pelas 57 indústrias da Comunidade

Autônoma do País Vasco.

Dado que as indústrias conserveiras, em sua maioria, mantém o mesmo mix de

produção há bastante tempo, não tendo muita freqüência no lançamento de novos

produtos, a utilização do custo-padrão vem mais ao encontro das necessidades

informacionais, ou seja planejamento e controle dos custos no âmbito operacional.

Daí decorre o motivo da não tão expressiva utilização do custo-meta.

Questão 3: Na empresa utiliza-se orçamento de despesas e custos?

Objetivo: Identificar a efetiva utilização dos orçamentos como prática gerencial de

controle.

Utilização de orçamento

Qde

%

sim

2

22

não

7

78

Total

9

100

Tabela 4 – Utilização de orçamento geral na empresa

Page 77: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

77

Observou-se que somente duas empresas possuem orçamento de despesas e

custos formalmente. Nas demais empresas há uma simples previsão dos custos de

acordo com o volume de frutos recebidos dos pomares; se a safra foi muito

produtiva, a quantidade a ser beneficiada também será maior e conseqüentemente

os custos também o serão. A utilização de orçamento, aqui tratada, refere-se ao

orçamento em termos amplos, e não somente no âmbito dos custos.

Questão 4: Na empresa procede-se a análise periódica entre custo orçado e custo

realizado, detalhado com variações por elemento de custo?

Objetivo: Identificar o uso efetivo das análises entre custo orçado e realizado.

De um modo geral as empresas fazem análises periódicas, até diariamente, das

variações do consumo de itens não financeiros, entre orçado/previsto e realizado por

elemento de custo.

Nas duas empresas que possuem orçamento formal, a análise é feita para os

setores de produção, comercialização, administração. Em tais empresas, qualquer

diferença entre o orçado e realizado é bem analisado, de modo a evitar que ocorram

futuras distorções. Nas empresas que não possuem um sistema formal de

orçamento (78%), também é feito um controle sobre o consumo físico de matérias-

primas e outros elementos, mesmo que embasados na experiência dos gestores do

que com a formalidade de um processo orçamentário.

Tendo em vista a identificação de que as empresas pesquisadas estavam totalmente

distantes da adoção efetiva das práticas de gestão consideradas como essenciais

pela literatura para o atual ambiente operacional em que elas atuam, foi apresentada

uma questão de ordem geral.

(Questão 5), visando identificar o potencial de aplicação das práticas citadas.

Questão 5: Quais práticas ou técnicas gerenciais estão sendo planejadas implantar

no curto ou médio prazo?

Objetivo: Identificar se a empresa pretende utilizar gerencialmente práticas ou

técnicas mais modernas.

Foram citadas para os entrevistados as seguintes práticas: o custeio ABC, a análise

dos determinantes de custos, a análise do custeio por ciclo de vida, a análise dos

custos logísticos, a análise da cadeia-de-valor e da gestão baseada em atividades.

A totalidade dos entrevistados respondeu que não tem planos de implantar no curto

Page 78: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

78

ou médio prazo nenhuma das práticas citadas. Identificou-se, também que somente

dois dos entrevistados conheciam essas práticas gerenciais.

Questão 6: Base utilizada para formação do preço de venda:

Objetivo: Identificar com base em qual custo a empresa forma o preço de venda.

Nas entrevistas constatou-se que o custo de reposição é utilizado por 100% das

empresas.

Alguns entrevistados afirmaram que as empresas adquirem boa parte da matéria-

prima e embalagem na entressafra, período no qual diminui a procura e,

conseqüentemente, o preço de compra desses componentes. Todos entrevistados

manifestaram a necessidade de atualizar os seus custos para não incorrerem em

erros na formação do preço de venda. Percebe-se que as empresas utilizam o custo

orçado, ou o custo-padrão, mesmo sem conhecê-lo formalmente, visto que o custo

de reposição se constitui num tipo de orçamento.

Pelas respostas obtidas fica evidente que as empresas utilizam-se, para formação

do preço, a tradicional metodologia de custo mais margem.

Questão 7: O preço de venda praticado é o mesmo calculado originalmente?

Objetivo: Identificar a efetiva aplicabilidade do preço original.

Prática do preço calculado

Qde

%

sim

3

33

não

6

67

Total

9

100

Tabela 5 – Prática do preço calculado

As respostas demonstraram que 33% das empresas praticam o preço originalmente

calculado, justificando-se essa prática por: 1) não depender do preço dos

concorrentes, 2) pela fidelização de seus clientes, 3) pela qualidade de

Page 79: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

79

seus produtos e, 4) pelo prazo de pagamento oferecido aos clientes. Nas demais

empresas (67%) prevalece a negociação, o que normalmente conduz a uma

redução de preço. Sendo assim, o preço calculado originalmente é considerado mais

como uma referência ou ponto de partida, para a negociação.

Nota-se que a adoção de custo mais margem para formar preço de venda acaba por

ser corrigido, na expressiva maioria dos casos, pelo preço praticado pelo mercado.

Ou seja, confirma-se que a maioria das empresas tem grande dificuldade em impor

um preço ao mercado.

Questão 8: Na hipótese de o preço de venda em sua empresa ser superior ao preço

de mercado, qual o procedimento adotado?

Objetivo: Identificar, quando da adoção do preço de venda, qual a política adotada

pela empresa para equalizar seu preço em relação ao mercado.

Procedimento curto prazo

Qde

%

reduz a margem de lucro

8

89

revisa os custos

0

0

revisa o processo produtivo

0

0

outros

1

11

Total

9

100

Tabela 6 – Procedimento adotado no curto prazo

Page 80: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

80

No caso do preço de venda da empresa ser superior ao do concorrente principal ou

da média do mercado, 89% das empresas afirmaram reduzir a margem de lucro no

momento da negociação, ou seja, de imediato. Somente 11% das empresas

afirmaram manter o seu preço de venda, mesmo sendo maior, oferecendo um prazo

maior para pagamento que os concorrentes. Nota-se, portanto, que a adoção final

do preço de mercado (via preço do concorrente), que a princípio poderia induzir ao

entendimento de que a empresa utiliza-se de conceitos do custo-meta, é, na

realidade, uma ação reativa via sacrifício da margem de lucro.

Ou seja, não há um efetivo e formal planejamento do custo permitido. Isso não

significa, entretanto, que as empresas não tomam ações, mesmo que isoladas, de

forma a viabilizar reduzir seus custos. Algumas dessas ações constam da Tabela 7.

Técnicas, instrumentos e procedimentos utilizados

Qde

%

Manutenção preventiva de máquinas e equipamentos, prevenindo falhas e

dispêndios com substituição das mesmas

7

78

Otimização da produção pela produtividade/fruta, procurando reduzir as perdas no

processo

9

100

Recálculo do padrão na tentativa de achar um valor mais baixo

5

56

Terceirização de transporte, alimentação, recrutamento, seleção, treinamento de

pessoal, serviços de manutenção

3

33

Utilização do custeio-meta, revisando a engenharia do produto

3

33

Page 81: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

81

Tabela 7 – Técnicas, instrumentos e procedimentos utilizados na redução de custos

Constata-se, assim, que essas práticas não são aplicadas de forma sistêmica pelas

empresas.

Cada uma é tratada como foco específico para esse processo de redução de custos.

Questão 9: Na empresa utiliza-se cálculo de custo marginal para preços mínimos de

venda?

Objetivo: Identificar como a empresa decide aceitar pedidos a preços diferenciados.

Utiliza calcular o custo marginal

Qde

%

sim

4

44

não

5

56

Total

9

100

Tabela 8 – Utilização do custo marginal

As empresas que utilizam o cálculo do custo marginal, ou seja, o cálculo de custo

decorrente da produção de uma unidade adicional, para preços mínimos de venda,

contribuindo favoravelmente para maior diluição dos custos fixos, representa 44% do

total. Havendo capacidade ociosa, esta é uma prática fundamental para a tomada de

decisão. A utilização pelas empresas do cálculo do custo marginal não tem relação

com a adoção do método de custeio variável, são apenas cálculos isolados que

contribuem nas decisões de vendas. Os 56% restantes, correspondendo a cinco

empresas, não utilizam o cálculo do custo marginal, justificando não receberem

encomendas adicionais a preço diferenciado do preço normal de venda.

5 Conclusão

Constatou-se que na maioria das empresas pesquisadas são utilizadas práticas de

contabilidade societária como fonte de informações, não havendo a

Page 82: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

82

adoção das práticas contemporâneas recomendadas na literatura, foi identificada a

utilização do custo-meta, de forma parcial e em pequena proporção, dentre as

práticas pesquisadas.

Quanto às suposições assumidas preliminarmente como possíveis respostas à

questão de pesquisa, constatou-se o seguinte:

A suposição S1 não se confirmou, pois as empresas, na realidade, formam o seu

preço de venda baseado em custos mais margem, apesar de tentar validá-lo

posteriormente no mercado.

Quando o mercado não aceita o preço calculado, elas reduzem o preço de venda,

sem maiores preocupações.

A suposição S2 foi confirmada, pois as empresas pesquisadas não estão

amparadas com procedimentos que permitam uma análise prévia sobre a interação

entre esses três elementos (custos-preços-resultado); quando não conseguem impor

o seu preço de venda no mercado, de imediato o reduzem com efeito direto no

resultado.

A suposição S3 foi confirmada, pois as empresas não utilizam as práticas

gerenciais contemporâneas na gestão de seus custos e preços de vendas. Foi

identificado, apenas, o uso de práticas de gestão tradicional, como o método de

custeio por absorção para mensuração de custos, e o sistema de controle e pré-

determinação de custo-padrão. Dada a constante preferência pela metodologia do

custo mais margem, o custo-meta, consequentemente, teve uma pequena

representatividade.

O resultado da pesquisa permite concluir que as empresas pesquisadas não

reconhecem, no momento, a validade e utilidade prática dos mais recentes

desenvolvimentos teóricos quanto à gestão de custos e gestão de preço de venda.

Por outro lado, também se confirma que as empresas não estão buscando

profissionalização por parte dos seus gestores, de modo a obtenção de

conhecimento por parte dos mesmos para a adoção das práticas gerenciais

recomendadas pela literatura, para assim contribuir no alcance da eficiência e

eficácia na gestão de custos e preços de venda.

Por meio da pesquisa de campo foi possível conhecer a realidade da prática

adotada na gestão dos custos e gestão do preço de venda, bem como a interação

entre essas práticas. De forma geral as conclusões desta pesquisa

Page 83: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

83

ratificam os resultados verificados em diversas pesquisas consultadas, apesar de

desenvolvidas com amostras diferentes.

REFERÊNCIAS

ABDEL-KHALIK, A. Rashad; AJINKYA Bipin B. Empirical Research in Accounting: a methodological viewpoint. Sarasota: AAA - American Accounting Association, Accounting Education, Série n.4, 1979.

ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.

BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BERLINER, Callie; BRIMSON, James A. Gerenciamento de Custos em Indústrias Avançadas: base conceitual CAM-I. São Paulo: T.A. Queiroz, 1992.

BERNARDI, Luiz Antonio. Política e Formação de Preços: uma abordagem competitiva sistêmica e integrada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

BRASIL. Lei 10.165, de 27 de dezembro de 2000. Altera a Lei 6.938, de 31 de agosto de l981, que dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras providências. In: Diário Oficial da União, Brasília, 28 dez. 2000.

COGAN, Samuel. Custos e Preços: formação e análise. São Paulo: Pioneira, 1999.

FIERGS – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul. Indicadores conômicos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Publicações FIERGS, 2001. Disponível em: http://www.fiergs.com.br . Acesso em: 23 mai. 2004.

FISHMAN, Charles. A Precificação Científica. In: HSM Management. nº. 39, p. 130-136, jul/ago 2003.

GOVINDARAJAN, Vijay; ANTHONY, Robert N. How firms use cost data in pricing decisions. In: Management Accounting. P.30-37, jul l983.

HANSEN, Don R; MOWEN, Maryanne M. Gestão de Custos. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Anual. Disponível em: http://www.ibge.com.br . Acesso em: 09 mai. 2004.

IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

KAPLAN, Robert S.; COOPER, Robin. Custo e Desempenho: administre seus

Page 84: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

84

custos para ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 1998.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

LUNKES, Rogério João. Uma Contribuição à Formação de Preços de Venda. In: Revista Brasileira de Contabilidade. nº. 141, p. 51-57, mai/jun 2003.

MIRANDA, Luiz Carlos; NASCIMENTO NETO, Renata Valeska. Utilização de Sistemas de Custeio em Indústrias Brasileiras: uma pesquisa empírica. Brasil. In: Encontro Nacional dos Programas de Pós-graduação em Administração – ENAMPAD, 20, Atibaia, 2003.

NAKAGAWA, Masayuki. Gestão Estratégica de Custos. São Paulo: Atlas, 1993.

NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: stratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

OTT, Ernani. A Informação Contábil e o Processo de Tomada de Decisões: marco conceitual e estudo empírico. Tese (Doutorado em Gestão financeira e Contabilidade), Faculdade de CC. EE. e Empresariais, Universidade de Deusto, São Sebastião, 1997.

PORTER, Michael. Vantagem Competitiva. Criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

ROCHA, Welington. Contribuição ao estudo de um modelo conceitual de sistema de informação de gestão estratégica. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, 1999.

SAKURAI, Michiharu. Gerenciamento Integrado de Custos. São Paulo: Atlas, 1997.

SHANK, John K.; GOVINDARAJAN, Vijay. A Revolução dos Custos: como reinventar e redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, l997.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenos Empresas. Classificação de Empresas por Número de Empregados. Brasil, 2004. Disponível em: http://www.sebrae.com.br, acesso em: 09 mai. 2004.

SHIM, Eunsup; SUDIT, Ephraim F. How manufacturers price products. In: Management Accounting. P.37-39, Feb. 1994.

SOUZA, Marcos Antônio. Práticas de Contabilidade Gerencial Adotadas por Subsidiárias Brasileiras de Empresas Multinacionais. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, 2001.

Page 85: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

85

PRESSUPOSTOS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: evidências de estudos sobre a indústria automobilística

Alceu Gomes Alves Filho Aline Lamon Cerra Jonas Lucio Maia

Mario Sacomano Neto Patricia Viera Grizola Bonadio

Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de São Carlos,

Resumo

O desenvolvimento de abordagens para estudo de cadeias de suprimentos é

relativamente recente e vem sendo tratado em periódicos científicos, de modo

sistemático, apenas a partir do final dos anos 80. Neste artigo, são apresentados,

inicialmente, os principais pressupostos da abordagem que ficou conhecida como

Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS). Em seguida, procura-se ilustrar, a partir

de uma revisão parcial de trabalhos realizados sobre a indústria automobilística, em

que medida tais pressupostos podem, ou não, ser verificados. Constatando que

apenas em alguns casos o conjunto de pressupostos tende a se tornar realidade,

sugere-se que seja desenvolvida uma etapa metodológica inicial para a verificação

de tais pressupostos ou para a avaliação das características estruturais e relacionais

da cadeia de suprimentos a ser estudada. Procurando contribuir para o

desenvolvimento dessa primeira etapa metodológica, faz-se uma breve síntese de

algumas correntes teóricas que podem oferecer subsídios para a análise das

características estruturais e relacionais principais da cadeia de suprimentos. Tal

análise auxilia a avaliar o contexto em que princípios e técnicas da GCS poderão ser

propostos e implementados e, também, pelo menos parcialmente, os resultados que

poderão ser alcançados.

Palavras-chave: cadeias de suprimentos, pressupostos da gestão da cadeia de

suprimentos, indústria automobilística.

v.11, n.3, p.275-288, set.-dez. 2004

1. Introdução

São relativamente recentes os esforços para desenvolvimento de abordagens para o

estudo de cadeias de suprimentos. Apenas no final da década de 80, lastreado pelo

amplo desenvolvimento da logística, o assunto começa a ser sistematicamente

tratado em periódicos científicos nas áreas de Administração e Engenharia de

Page 86: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

86

Produção no ocidente, concomitantemente à difusão do novo padrão de

relacionamento entre empresas, oriundo da indústria automobilística japonesa.

A partir de então, cresceram exponencialmente tanto a literatura mais prescritiva

quanto aquela que analisa as situações e as práticas implementadas para a

coordenação ou gestão de cadeias de suprimentos, tendo sido abordada uma

variedade de temas cuja amplitude vai além dos limites definidos pelos fluxos de

bens e pelos correspondentes fluxos de informações. É também evidente a difusão

acelerada do conjunto de ferramentas e a multiplicação de aplicações, em diversos

setores da economia, do que se convencionou denominar “Gestão da Cadeia de

Suprimentos” (GCS), um corpo de conhecimentos ainda em construção que pode

ser aplicado com a finalidade de coordenar as ações/atividades das diversas

empresas ou unidades produtivas que constituem os elos e a cadeia de elos para a

produção de um conjunto de bens e serviços.

Em função dessa variedade de temas e desse desenvolvimento recente e dada,

ainda, a variedade de tipos das cadeias analisadas, de setores em que estão

inseridas, de localização de seus elos, de extensão das parcelas das cadeias

(subconjunto de elos) que são examinadas nos trabalhos e, principalmente, de

objetos de análise escolhidos, a literatura contempla propostas metodológicas

heterogêneas, ou ainda não consolidadas, mesmo quando estes objetos estão bem

delimitados. Na raiz da heterogeneidade metodológica, situam-se os pressupostos

principais sobre o objeto de estudo: as cadeias de suprimentos.

Especialmente a literatura de cunho mais prescritivo, e mesmo a literatura empírica,

assume um conjunto de pressupostos e não propõe uma etapa metodológica inicial

que poderia contemplar a avaliação (verificação ou não) de tais pressupostos ou a

identificação das características estruturais e relacionais principais das cadeias de

suprimentos examinadas.

Em muitos casos, esses pressupostos não são explicitados ou, então, são

enunciados como princípios norteadores de práticas de gestão mais eficazes, como

se o conjunto destes pudesse ser adotado e ser o mais eficaz e eficiente em

quaisquer circunstâncias. Admite-se que os pressupostos fornecem uma base sólida

para um conjunto de princípios. Admite-se que, seja qual for a situação da cadeia de

suprimentos, a implementação do modelo de produção enxuta ou de cadeia enxuta

(lean supply) irá tornar a cadeia mais eficaz/eficiente e, portanto, pode-se

Page 87: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

87

passar, rapidamente, à avaliação de quão eficiente ou eficaz cada cadeia é,

conforme são adotados os elementos que constituiriam a cadeia enxuta e a

correspondente gestão da cadeia enxuta ou GCS.

Como uma avaliação do conjunto de pressupostos da GCS não foi até o momento

sugerida pela literatura, embora tenha sido iniciada por alguns poucos autores (New,

1996, por exemplo), retoma-se aqui uma discussão sobre os pressupostos principais

e freqüentemente mencionados. Essa discussão justifica a proposição de uma etapa

metodológica inicial para os estudos sobre cadeias de suprimentos e sobre GCS.

Partindo desse objetivo, este texto está organizado da seguinte forma. Inicialmente,

são apresentados os principais pressupostos da GCS encontrados na literatura, e é

proposto um determinado agrupamento, de acordo com características comuns que

estes contemplem. Indicações de características de algumas cadeias de

suprimentos do setor automobilístico e de autopeças, a partir de uma revisão da

literatura, são apresentadas na seção seguinte e constituem evidências de que os

pressupostos podem ser verificados em certos casos, mas não em outros.

Apresentam-se, então, três correntes de pensamento que também focalizam cadeias

de suprimentos e relações entre empresas: a Análise de Redes, a Dependência de

Recursos e a Economia de Custos de Transação, procurando-se destacar como

estas podem contribuir para a verificação e discussão dos pressupostos previamente

apresentados. Na última seção, considerações finais são traçadas, propondo-se que

as pesquisas sobre cadeias de suprimentos incluam uma etapa metodológica inicial

de identificação e avaliação das características estruturais e relacionais das cadeias

a serem analisadas ou, em outras palavras, de identificação e avaliação das

configurações das cadeias de suprimentos.

2. A gestão da cadeia de suprimentos e seus pressupostos

O termo “Gestão da Cadeia de Suprimentos” (GCS) é relativamente novo, tendo

sido proposto pela primeira vez na literatura na década de 80 (Cooper, Lambert e

Pagh, 1997). Apesar disto, apenas nos anos 90 aparecem os primeiros relatos de

empresas que envidaram esforços, já consoantes com essa abordagem, superando

a visão tradicional, orientada excessivamente para os problemas internos, e

focalizando a gestão de suas relações com as demais empresas que compõem as

cadeias de suprimentos.

Page 88: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

88

Segundo Pires (1998), essa nova abordagem (ou novo conjunto de práticas) tem

trazido contribuições para empresas de diversos setores, sobretudo para a

automobilística – que neste estudo é utilizada para constituir o conjunto das

ilustrações. A indústria automobilística tem servido como setor paradigmático nas

questões relacionadas à Administração da Produção e à Gestão da Cadeia de

Suprimentos, especialmente com o advento da Produção Enxuta (ou Produção

Flexível, ou Toyotismo).

Despertado o interesse nos campos empresarial e acadêmico ao longo da década

de 90, observa-se, então, significativa expansão da literatura a respeito da

abordagem de Gestão da Cadeia de Suprimentos e do conjunto de técnicas que

apóiam sua implementação. Nesta literatura, pode-se verificar que o sistema de

gestão (da Cadeia de Suprimentos) proposto implica uma série de pressupostos,

mas raramente os próprios pressupostos são discutidos. Estes teriam de ser

verificados ou assumidos pelas organizações na “prática”, para que se pudesse

afirmar que as práticas de gestão, derivadas destes pressupostos, seriam aplicáveis

e produziriam os resultados esperados.

A seguir, encontram-se descritos os principais pressupostos de Gerenciamento da

Cadeia de Suprimentos mencionados na literatura. Opta-se aqui por agrupá-los em

quatro subconjuntos, relacionados, respectivamente, (1) ao ambiente competitivo,

(2) ao alinhamento estratégico das organizações e à repartição de ganhos, (3) à

estrutura da cadeia e (4) às relações entre as empresas na cadeia.

Grande parte da literatura sobre GCS propõe, de acordo com esses pressupostos,

que uma GCS eficaz irá propiciar que atividades, processos, fluxos de materiais e

informações estejam alinhados e integrados de modo a atender às necessidades de

mercado, agregando valor aos produtos e serviços oferecidos. Segundo Cooper,

Lambert e Pagh (1997), o Supply Chain Management (ou a GCS) é a integração dos

processos de negócio desde o usuário final até os fornecedores originais, que

proporcionam produtos, serviços e informações que agregam valor para o cliente.

Desse modo, admite-se que as características das cadeias podem ser

transformadas pela prática da GCS, com benefícios para as empresas que

compõem a cadeia de suprimentos.

O primeiro subconjunto de pressupostos refere-se a como empresas e

pesquisadores percebem o ambiente competitivo. Os demais

Page 89: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

89

subconjuntos referem-se a como empresas e pesquisadores percebem os

comportamentos das empresas nas cadeias de suprimentos, incluindo elementos de

suas estratégias, da divisão de trabalho entre os elos e do padrão de relacionamento

existente entre estes.

2.1 Ambiente competitivo

O primeiro dos pressupostos, e o mais importante, embasa todos os outros aqui

apresentados. De acordo com Christopher (1997), tem ocorrido uma reconfiguração

do ambiente competitivo, de forma que a competição passou a ocorrer entre cadeias

inteiras, e não mais entre empresas isoladamente. Deste modo, tem-se o seguinte

pressuposto:

• A competição deve ocorrer entre cadeias e não mais entre empresas isoladas.

2.2 Alinhamento estratégico e repartição de ganhos

Um segundo grupo de pressupostos decorre imediatamente do primeiro. Se a

competição agora ocorre entre cadeias de suprimentos, segue que as empresas

devem ter suas estratégias alinhadas, de modo que as ações individuais produzam

ganhos para toda a cadeia. A contrapartida do alinhamento estratégico seria, então,

uma repartição dos ganhos equânime entre as empresas, conforme o esforço e o

investimento de cada uma. Internamente à cadeia, haveria então um jogo de soma

positiva e não um jogo de soma zero, em que uma empresa ganha apenas quando a

outra perde. A teoria sobre GCS propõe, então, que as empresas integrantes da

cadeia devem repartir os ganhos de modo equilibrado e equânime, sem assimetrias

(Cooper, 1997 apud Trienekens, 1999):

• Os benefícios devem ser distribuídos a todos os integrantes da cadeia. Não deve

haver, na cadeia, empresas “vencedoras” e empresas “perdedoras”.

Baum e Dutton (1996) discutem o enredamento (embeddedness) das estratégias no

contexto das relações entre firmas. Mencionam a possibilidade de alinhamento e o

condicionamento das estratégias competitivas, pelo fato das empresas fazerem

parte de cadeias de suprimentos. Deste modo, o próximo pressuposto pode ser

enunciado como:

• As estratégias competitivas das empresas participantes da cadeia devem estar

alinhadas.

Page 90: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

90

2.3 Estrutura da cadeia

Na mesma linha de argumentação e ainda sustentado pelo primeiro pressuposto, um

terceiro grupo pode ser divisado, focalizando aspectos importantes das estruturas

das cadeias. Neste terceiro grupo, podem-se incluir aspectos relacionados a como

os papéis das empresas ou unidades produtivas estão distribuídos nas cadeias, ou,

em outras palavras, como o trabalho está dividido entre as empresas ou unidades

produtivas, entre os elos da cadeia de suprimentos, e como atividades e processos

são realizados.

A literatura propõe inicialmente que haja uma organização hierárquica, com papéis

bem definidos, em que os fornecedores estão organizados em níveis, estabelecendo

relações cooperativas – com fornecedores no mesmo nível e com fornecedores nos

demais níveis –, e são coordenados (em parte pelo menos) pelos fornecedores nos

níveis superiores (mais próximos dos clientes ou mais importantes, na definição dos

negócios na cadeia).

Com a introdução das modernas práticas de gerenciamento, como o Just In Time e

o TQM – Total Quality Management – , passou a ser fundamental o estabelecimento

de relações mais estreitas com os fornecedores, para que os produtos pudessem

ser entregues com qualidade assegurada e nas quantidades e prazos corretos. Para

permitir tais relações, a perspectiva da GCS promove a redução do número de

fornecedores (Lummus,Vokurka e Alber, 1998). Tal redução deve permitir e

estimular uma cooperação que, segundo Mchug, Humphreys e Mclvor (2003), será

tão mais intensa quanto maior for a participação do custo do produto fornecido no

produto final. Deste modo o próximo pressuposto é:

• Os fornecedores devem estar organizados hierarquicamente, com um número

relativamente pequeno de fornecedores em cada nível da cadeia.

Cooper, Lambert e Pagh (1997) e Trienekens (1999) afirmam que o Supply Chain

Management lida com a integração dos processos de negócios através de toda a

cadeia de suprimento, envolvendo a integração de funções e processos no interior

de cada empresa e entre as empresas. Assim:

• As atividades e os processos, mesmo aqueles distribuídos por várias empresas,

devem estar integrados na cadeia de suprimentos.

Page 91: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

91

Internamente a cada firma, Wild (1995) comenta que a “integração funcional” visa

diminuir ou remover as divisões entre funções pela união de atividades, sendo o

mesmo conceito passível de ser aplicado nas relações inter-firmas. Desta forma, a

Gestão da Cadeia de Suprimentos visa maximizar a sinergia existente entre todas

as partes da cadeia, de forma a atender o cliente final da maneira mais eficaz e

eficiente possível. A idéia de integração no contexto intra e inter-empresarial é

reforçada por Tan (2002), na medida em que o autor afirma que a filosofia

subjacente à GCS focaliza a maneira pela qual as firmas implementam os seus

processos de fornecimento, a tecnologia, a capacidade de aumentar a vantagem

competitiva e a coordenação das funções de produção, logística e materiais, tanto

dentro de cada firma como entre as firmas (intra-firma como inter-firmas).

Como decorrência da integração das várias áreas funcionais dentro e fora da

empresa, tem-se o pressuposto de que as empresas devem estar todas dispostas a

cooperar, para que haja um fluxo de produtos e de informações eficiente (Pires,

2004; Cooper, Lambert e Pagh, 1997).

Para Lambert, Emmelhainz e Gardner (1996), deve haver um fluxo bidirecional de

produtos (materiais e serviços) e de informação, entre todas as empresas

constituintes da cadeia. Assim, o pressuposto é:

• Os fluxos de materiais, serviços e informações devem ser bidirecionais, ocorrendo

entre todas as empresas pertencentes à cadeia.

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002), a eficiência operacional se relaciona

aos esforços que cada operação na cadeia pode fazer, para reduzir sua própria

complexidade. Deve-se ressaltar o efeito cumulativo destas atividades individuais, as

quais simplificam as operações de toda a cadeia. Deste modo, tem-se:

• Cada empresa, em cada elo da cadeia, deve buscar eficiência operacional, tendo

em vista a otimização das atividades da cadeia como um todo.

2.4 Relações entre empresas

Por fim, e como já indicado, para que haja alinhamento estratégico, integração de

processos e funções é necessário haver relações cooperativas entre as empresas

que constituem as cadeias de suprimentos.

Com as mudanças no ambiente competitivo global, verifica-se o crescimento do

Page 92: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

92

interesse pelos vários tipos de alianças ou parcerias estratégicas entre as empresas.

Segundo Pires (1998); Bowersox e Closs (1996), as empresas devem abandonar a

forma tradicional de relacionamento – em que havia a simples relação de compra e

venda, sem qualquer caráter colaborativo – e passar a adotar relacionamentos mais

estáveis e cooperativos com seus fornecedores.

Segundo Ballou (2001); Eulália apud Abdala (2002); Bowersox e Closs (1996);

Mchug, Humphreys e Mclvor (2003) e Ellran apud Miranda (2002), a busca por

relacionamentos mais estáveis tem ocorrido em função da impossibilidade de uma

única empresa exercer controle sobre o fluxo produtivo, desde a fonte de matéria-

prima até o ponto de consumo final. Desta forma, é necessário que tais

relacionamentos de longo prazo sejam pautados pela cooperação e pela parceria, e

não pela competição ou por relacionamentos conflituosos, para que todas as

empresas pertencentes à cadeia possam alcançar vantagens competitivas. Para

exemplificar um tipo de relacionamento cooperativo, pode-se citar a realização de

investimentos conjuntos em P&D e o envolvimento dos fornecedores nos processos

de desenvolvimento e fabricação dos produtos. Deste modo, tem-se:

• As relações entre empresas devem ser cooperativas e de longo prazo.

A Figura 1 mostra o conjunto dos principais pressupostos associados à teoria de

Gestão da Cadeia de Suprimentos. Como indicado, as características das cadeias

referentes aos grupos de pressupostos condicionam-se mutuamente e, ainda,

condicionam e são condicionadas pelas práticas da GCS. Quando as características

da cadeia corresponderem ao estipulado nos pressupostos, as práticas da GCS

serão mais facilmente implementadas, reforçando as características indicadas nos

pressupostos.

Quando não corresponderem, será provavelmente mais difícil e demorada a

implementação da GCS. Em conjunto, como já mencionado, os pressupostos

sustentam os princípios que orientam a GCS, e esta, por sua vez, propõe a

utilização de diversas técnicas que visam promover o alinhamento, a integração e a

gestão eficaz dos processos de negócios que atravessam as fronteiras das

organizações constituintes de cada cadeia de suprimentos.

Esses pressupostos, os princípios e as práticas da GCS constituem o que se poderia

denominar a “abordagem única de GCS”. Dois conjuntos de questões são então

cruciais: (1) A gestão individual em cada empresa e a gestão coletiva na

Page 93: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

93

cadeia são contingentes das características contempladas nos pressupostos

mencionados e, eventualmente, de outras características aqui não consideradas?

Seria necessário, então, abandonar a lógica da abordagem única para que

alternativas de GCS pudessem ser desenvolvidas conforme fossem as

características das cadeias? e (2) O alinhamento, a integração, a cooperação e a

gestão individual, conforme as necessidades do conjunto das empresas,

constituirão sempre a melhor alternativa para todas as empresas (e para cada uma

das empresas) na cadeia?

Os problemas principais identificados em uma parte da literatura sobre GCS são: (1)

a proposição da abordagem única de GCS, bastante apoiada nos pressupostos

apresentados, o que pode ser verificado especialmente na literatura de cunho

prescritivo; e (2) a apresentação de casos de cadeias de suprimentos, em que o

modelo é apresentado como referência única de avaliação. Desse modo, quando os

pressupostos, princípios e práticas são adotados, à cadeia é atribuída uma avaliação

positiva; quando não são adotados, a avaliação é negativa.

3. Evidências empíricas na indústria automobilística

Esta seção visa ilustrar, partindo de evidências empíricas, em que medida os

pressupostos da GCS podem ser verificados na prática. Para tal, procurou-se

identificar na literatura estudos que apresentassem casos sobre cadeias de

suprimentos das indústrias automobilísticas européia, americana e brasileira.

Preferiu-se abordar a indústria japonesa apenas quando houvesse artigos

comparando características desta indústria com as da indústria ocidental.

Tal opção foi feita de modo a respeitar o espaço delimitado para este artigo e

porque, com maior probabilidade, pesquisadores brasileiros irão analisar casos de

cadeias comandadas por empresas automobilísticas instaladas no ocidente.

Os artigos aqui analisados relatam pesquisas empíricas que podem ilustrar

características de cadeias de suprimentos relacionadas aos pressupostos da GCS

previamente abordados. Esta breve revisão mostra, conforme apresentado a seguir,

que os pressupostos da GCS podem ser confirmados empiricamente apenas

parcialmente nas cadeias de suprimentos.

3.1 Indústria européia

Page 94: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

94

Zirpoli e Caputo (2002) apresentam o processo de reestruturação de fornecedores

da FIAT Italiana, que decorreu de uma política de outsourcing praticada pela

montadora durante a década de 90. Diferentemente do pressuposto de que deve

haver somente competição entre cadeias e não mais entre empresas isoladas, o

referido artigo apresenta a necessidade da FIAT estimular certa competição entre

fornecedores, de forma a evitar possíveis riscos e ineficiências que poderiam advir

de relacionamentos estritamente cooperativos.

O estudo empírico de Zirpoli e Caputo (2002) indica que uma configuração de

relacionamento cooperativo entre empresas ocorre de modo limitado na cadeia. A

ocorrência de benefícios para todos os integrantes da rede também não pôde ser

verificada, pois, segundo os autores, a falta de técnicas de compartilhamento de

lucros consistentes com os riscos assumidos pelos fornecedores ameaça sua

motivação, sua atitude cooperativa e sua vontade de continuar a investir e assumir

riscos.

Pérez e Sánchez (2001) desenvolveram uma pesquisa abrangendo 28 fornecedores

na região de Aragão – Espanha –, com a finalidade de verificar, qualitativamente, o

nível de difusão das características que marcam as parcerias estratégicas. Os

resultados apontam que apenas uma minoria das empresas estudadas envolveu-se

no desenvolvimento de componentes de seus clientes e nenhuma envolveu seus

fornecedores no desenvolvimento de produtos. Segundo os autores, isto denota um

grau limitado de integração tecnológica, pois em países como EUA e Japão cerca de

25 a 50% das empresas estariam envolvidas no desenvolvimento de componentes.

Towill, Childerhouse e Disney (2002) analisaram 20 cadeias automotivas européias

e concluíram que 11 dessas cadeias teriam atingido um estágio de integração

funcional e, portanto, poderiam ser consideradas como cadeias que possuem

processos enxutos, que serviriam como base para sua evolução ao estágio mais

avançado de integração interna. Cerca de 20% estariam exibindo um conjunto de

boas práticas, mas cerca de 70% estariam em estágios de transição, ainda distantes

do que os autores construíram como modelo de referência.

Relações

Ganhos e Alinhamento

Alinhamento

Page 95: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

95

Estratégico

Benefícios

Distribuídos

Competição entre cadeias

Cooperação e Parceria

Relações de Longo Prazo

Estrutura

Número Reduzido de Fornecedores

Hierarquizados

Atividades e Processos

Integrados

Fluxo Bidirecional de Materiais e Informações

Eficiência

Cumulativa

Gestão da Cadeia de Suprimentos

Figura 01

Figura 1. A GCS e seus pressupostos (elaborada pelos autores).

Doran (2001) analisou o caso do fornecimento sincrônico de bancos por um

fornecedor de assentos a uma montadora, ambos instalados no Reino Unido.

Conclui que o sucesso de tal prática depende da existência de relações estreitas

entre fornecedor e montadora, mas que, dadas as dificuldades envolvidas em tal

desenvolvimento, este sistema de fornecimento teria de estar restrito a um pequeno

número de componentes chave.

Estudos empíricos na indústria automobilística da Suécia indicam que altos ou

satisfatórios níveis de confiança, entre compradores e fornecedores, resultam em

cadeias de suprimentos “lean” (enxutas), “responsive” (que atendem rapidamente

novas necessidades) e “agile” (ágeis) (Svensson, 2001). O survey envolveu 229

empresas e 458 executivos foram entrevistados.

Doran (2004) ainda acrescenta que a modularização fortalece a tendência de

organização em níveis (camadas) e de diminuição do número de fornecedores em

cada cadeia.

Page 96: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

96

3.2 Indústria americana

O trabalho de Brunnermeier e Martin (2002) analisa os custos originados por

problemas e incompatibilidades no fluxo de dados relativos a produtos, chamados

custos de interoperabilidade. Como reflexo do fluxo ineficiente de dados na cadeia,

estima-se que os custos de interoperabilidade na automobilística americana sejam

de 1 bilhão de dólares ao ano, dos quais 90% são para corrigir problemas, e não

para evitá-los. Os autores ressaltam ainda os diferentes impactos que estes custos

podem ter ao longo da cadeia, dado que para fornecedores menores, em níveis mais

afastados da cadeia, tais custos podem representar 12% da receita anual.

A existência de benefícios para todas as empresas da rede parece não haver sido

verificada em Lauer (2000).

Em seu artigo, o autor analisou os efeitos colaterais da adoção forçada de EDI, que

as “Big 3” americanas (Chrysler, Ford e GM) impuseram sobre seus fornecedores.

Segundo o autor, a adoção obrigatória do EDI refletiu a enorme diferença de poder

existente entre os elos da cadeia, e que a lógica adotada foi a de “o que é bom para

a cadeia de suprimentos é bom para o setor industrial, e isso significa bom para as

Big 3”.

Dyer, Cho e Chu (1998) mostram que as empresas podem utilizar simultaneamente

dois modelos de gestão de suprimentos, arms-lenght (modelo tradicional) e

parcerias, em uma pesquisa empírica comparando as relações entre montadora e

fornecedores da indústria automobilística dos Estados Unidos, Japão e Coréia. Nos

EUA as relações estão se aproximando dos modelos de parcerias. Na Coréia,

predominam as relações do modelo tradicional. Já no Japão observam-se os

benefícios de ambos, com fornecedores segmentados em dois grupos:

1) fornecedores de inputs estratégicos (gerenciados por parcerias); e 2)

fornecedores de inputs não estratégicos (arms-lenght).

Bensaou (1999), como resultado de sua pesquisa empírica envolvendo gerentes das

três empresas americanas e onze japonesas, observou que as parcerias

estratégicas são menos evidentes entre firmas japonesas do que entre as

americanas. Na indústria automobilística japonesa predominam os casos dos

“fornecedores cativos”, em que os fornecedores fazem investimentos em ativos

específicos (para a relação com cada montadora) maiores do que os investimentos

correspondentes realizados pelas montadoras.

Page 97: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

97

Tan (2002) investigou nos EUA a viabilidade das práticas de GCS por meio de um

survey. Os resultados indicam que dois terços das empresas praticam alguma forma

de GCS. A conclusão é a de que a GCS tem impacto positivo no desempenho

empresarial.

3.3 Indústria brasileira

Lima (2004) ressalta que a T.I. (Tecnologia de Informação) é uma ferramenta

importante para o aumento e para a melhoria do fluxo de informações e materiais.

Seu artigo procura embasar um dos pressupostos contidos neste trabalho: a

existência de fluxo bidirecional de produtos (materiais e serviços) e de informação

entre todas as empresas pertencentes à cadeia.

Em relação à existência de fluxo bidirecional de produtos (materiais e serviços) e de

informação entre todas as empresas nas cadeias, a pesquisa de Salerno et al.

(2001) constata que esta prática é difundida no setor, viabilizada pela comunicação

por meio eletrônico. Mostra também que o fornecimento de módulos, sistemas e

sub-conjuntos é uma realidade no setor, pois cerca de 39% das empresas

pesquisadas adotam tais práticas. Quanto aos compromissos de longo prazo, a

pesquisa aponta que as empresas mantêm compromissos por períodos

relativamente longos, apoiados por contratos formais estabelecidos por prazo maior

do que 1 ano. Cerca de 69% das empresas da amostra adotam tais práticas. A

pesquisa de

Salerno et al. (2001) mostra que as estruturas das cadeias e as relações entre

empresas evoluíram no sentido propugnado pela GCS.

Alves Filho et al. (2001) e Sacomano Neto (2004) fornecem indícios de que as

estruturas das cadeias condicionam as relações entre empresas e de que estruturas

e relações condicionam as práticas na cadeia. Os estudos também indicam que as

relações entre montadoras e fornecedores variam e dependem das características

diferenciadas dos fornecedores.

O estudo de Sacomano Neto (2004), envolvendo duas montadoras de caminhões e

ônibus e dois fornecedores de autopeças, mostra que o sistema modular estimulou a

redução e a hierarquização dos fornecedores de auto-peças participantes da cadeia.

Revela que as trocas de informações, de produtos, e as interações para

coordenação e controle estimularam a difusão de conhecimento na montadora e nos

fornecedores envolvidos no sistema modular. A pesquisa mostra, ainda,

Page 98: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

98

que nos casos estudados nem sempre os benefícios são compartilhados entre os

atores participantes, em função da assimetria de poder entre as montadoras e as

autopeças. A assimetria de poder é mitigada no caso das relações entre montadoras

e fornecedores de sistemas e módulos, que ocupam posições privilegiadas na

estrutura da rede e que assim ampliam sua capacidade de negociação. Mas os

modulistas também estão sujeitos a diversas formas de controle altamente

institucionalizadas.

No arranjo modular estudado, a montadora estabeleceu com precisão os papéis dos

modulistas quanto às atividades manufatureiras, quanto ao aperfeiçoamento dessas

atividades e das atividades de design dos componentes, e quanto às atividades de

acompanhamento das entregas e da qualidade dos fornecedores do nível 2,0. A

montadora mantém a administração das compras de componentes provenientes do

nível 2,0 (Alves Filho et al., 2003).

O caso da cadeia de motores (Alves Filho et al., 2003) evidencia que os papéis dos

fornecedores e as relações que mantêm com a montadora de motores são muito

diferentes em função de características tais como porte, origem do capital,

capacidade tecnológica, dentre outros.

O caso mostrou, também, que iniciativas de desenvolvimento e apoio tecnológico e

de qualidade por parte da montadora podem estar perfeitamente de acordo com

seus interesses estratégicos (de terceirização e de controle da cadeia) ao visar

retornos maiores e maior poder de barganha. Do ponto de vista dos fornecedores de

pequeno porte e controlados pela montadora, a alternativa de fornecimento

subordinado à montadora pode significar, eventualmente, a melhor alternativa de

posicionamento estratégico no setor automobilístico e abrir oportunidades de

fornecimento a outras montadoras no futuro.

Resumindo, os estudos empíricos na Europa, EUA e Brasil indicam que as

possibilidades de alinhamento estratégico e de propensão a posturas de repartição

equânime dos ganhos (que caracterizariam relações simétricas de poder) são

limitadas, mesmo nos casos dos fornecedores principais (multinacionais), pois estes,

em geral, atendem, simultaneamente, vários clientes-montadoras e, exceto no caso

das unidades dedicadas (na manufatura celular ou nos condomínios industriais) e

dos relacionamentos de mais longo prazo, não possuem as motivações que às

vezes são deduzidas na literatura sobre GCS. Já os fornecedores

Page 99: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

99

nacionais e de menor porte ficam, em geral, sob controle das montadoras, mas não

se pode afirmar que as relações aí sejam cooperativas e simétricas. A assimetria de

poder é o que marca essas relações.

Pode-se afirmar que as montadoras procuram exercer um papel de coordenação na

cadeia – e o mesmo pode ser dito sobre alguns de seus principais fornecedores

multinacionais – e isso tende a ser para elas vantajoso. A coordenação direta da

montadora sobre sua cadeia, embora se estenda em alguns casos até os

fornecedores no nível 2,0 e seja reforçada por mecanismos de coordenação indireta

como no caso da certificação de normas de qualidade, é limitada em razão de três

fatores. Primeiro, pela estrutura da cadeia, pois logo no nível 1,0 estarão

fornecedores fortes (multinacionais proprietárias de tecnologia) que atendem

diversas montadoras e exercem certo controle sobre seus próprios fornecedores.

Além disso, em estruturas com fornecedores no primeiro nível não exclusivos, o

compartilhamento de atividades tecnológicas é também (estrategicamente) limitado.

Segundo, porque muitos dos fornecedores no segundo nível produzem

componentes para outros setores econômicos, em que pese a importância

econômica do setor automobilístico. Terceiro, porque nos níveis 3,0 ou 4,0 estão

posicionadas empresas multinacionais fornecedoras de matérias-primas em setores

oligopolizados, com grande poder de barganha a jusante e menos propensas à

adoção de práticas orientadas pelo modelo da produção enxuta.

Na seção a seguir, são apresentadas algumas correntes teóricas que podem

contribuir para o desenvolvimento e sistematização de uma etapa metodológica

inicial, para a análise das cadeias de suprimentos.

4. Outras correntes de pensamento sobre cadeias de suprimento

Diversos aspectos incluídos nos pressupostos apresentados são abordados por

outras correntes de pensamento e linhas de pesquisa nas áreas de Organização

Industrial, Economia Institucional e Sociologia Econômica. Sem pretender considerar

todas as alternativas, três dessas correntes foram escolhidas para ilustrar como

poderiam subsidiar a discussão e eventual verificação dos pressupostos

apresentados. São elas: a Análise das Redes, a Dependência de Recursos e a

Economia dos Custos de Transação.

Page 100: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

100

Estas perspectivas teóricas, segundo Trienekens (1999), pertencem à linha

institucional.

4.1 Análise das redes

A perspectiva das redes vem influenciando muitos estudos no âmbito da estratégia e

da teoria das organizações, e particularmente a GCS. A Análise das Redes pode

contribuir de diversas formas à Gestão da Cadeia de Suprimentos, principalmente

quanto aos aspectos morfológicos e ao posicionamento estrutural e relacional que

um ator pode ocupar em uma determinada rede.

Como mencionado por Lambert, Cooper e Pagh (1997), uma das questões chave

para a GCS é o entendimento de como a estrutura da rede é configurada. Para isto,

os autores definem três aspectos chave: 1) mapear quem são os membros da

cadeia; 2) as dimensões estruturais da rede; e 3) os diferentes tipos de processo

que atravessam a cadeia. A análise das redes auxilia a compreensão da “força”

relativa de cada membro, ou de um conjunto de membros, em uma estrutura de

relações de troca. Como mencionado por Pires (2004: 52), “a lógica da rede remete-

nos a uma estrutura mais complexa em que, raramente, existe uma linearidade na

execução dos processos e/ou atividades”.

A rede, como instrumento de análise, apóia-se na estrutura das relações para

compreender uma ampla gama de aspectos. Nessa perspectiva, o ambiente social

pode ser expresso como estruturas ou relações regulares entre as unidades

(Wasserman e Faust, 1994).

Conforme mencionado por Britto (2002), existem quatro elementos morfológicos que

constituem a estrutura das redes: nós, posições, ligações e fluxos.

Os nós podem ser descritos como um conjunto de agentes, objetos ou eventos

presentes na rede em questão. Existem duas perspectivas para o estabelecimento

dos nós da rede: a primeira tem as empresas como unidade básica de análise e a

segunda considera as atividades como os pontos focais do arranjo.

As posições definem as localizações das empresas ou atividades (os nós) no

interior da estrutura. Segundo Granovetter (1985), existem dois tipos de

posicionamentos na rede (embeddedness): o estrutural e o relacional. O primeiro

enfatiza como a posição estrutural de um ator na rede afeta o seu comportamento, e

o segundo enfatiza a dependência do comportamento dos atores com a

Page 101: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

101

estrutura de mútuas expectativas. Na estrutura estão presentes a relação de poder,

a confiança, o oportunismo, o controle social, os sistemas de alinhamento de

interesses, as formas de negociação e as formas de seleção de fornecedores,

dentre outros aspectos.

As ligações, conexões ou linkages, determinam o grau de interconexão dos atores

de uma rede. Britto (2002) destaca que é necessário um detalhamento dos

relacionamentos organizacionais, produtivos e tecnológicos entre os membros da

rede. Para o entendimento da estrutura de uma rede, ainda é necessária a análise

dos fluxos tangíveis (insumos e produtos) e dos intangíveis (informações). A

estrutura contém canais por meio dos quais os atores trocam bens e serviços,

transferem recursos e informações.

Essas trocas qualificam a relação entre os atores.

A morfologia das redes ajuda a ampliar a compreensão a respeito da estrutura e das

relações, entre os atores produtivos participantes de uma determinada cadeia. A

compreensão de como as empresas se posicionam na estrutura da rede e como

estabelecem os diversos vínculos são aspectos essenciais para o entendimento da

dinâmica da Gestão da Cadeia de Suprimentos.

Pressupostos da GCS podem ganhar novas interpretações com a Análise das

Redes. Tanto a morfologia como os diversos posicionamentos na estrutura auxiliam

a explicar as vantagens competitivas de membros que ocupam posições

privilegiadas na estrutura de uma rede. Posições privilegiadas na estrutura da rede

podem implicar em acesso a recursos, informações, matérias-primas, entre outros

aspectos. Nesse sentido, a análise das redes ajuda a explicar como a competição

configura-se entre cadeias e não mais entre empresas isoladas. A competição entre

cadeias pode levar a uma concentração ou, até mesmo, a uma hierarquização dos

fornecedores, como vem ocorrendo na indústria de autopeças no Brasil.

Outros pressupostos da GCS, como a coordenação e o planejamento das atividades

e processos, a configuração de relacionamentos cooperativos e a existência de

compromissos de longo prazo são aspectos que estão no centro das preocupações

da Análise das Redes, pois são fundamentais para qualificar uma relação

colaborativa.

Este nível de análise está relacionado à presença de confiança, reputação e

reciprocidade, os quais interferem nos mecanismos da GCS.

Page 102: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

102

4.2 Dependência de recursos

A Dependência de Recursos considera que o ambiente exerce uma forte influência

nas organizações e concentra a análise no fluxo de recursos críticos e escassos.

Possui fortes laços com a economia política das organizações (Hall, 1990) e com a

sociologia (Nohria e Gulati, 1994), tendo em sua raiz o trabalho de Pfeffer e Salancik

(1982).

Nesse trabalho, os autores destacam que a Dependência de Recursos tem recebido

maior atenção desde que se percebeu que as organizações controlam e alteram as

atividades umas das outras e que podem desenvolver mecanismos para minimizar

sua vulnerabilidade e dependência ambiental.

A Dependência de Recursos considera ativo o processo de interação com o

ambiente (Hall, 1990). As organizações tentam manipular o ambiente em que atuam

em seu próprio beneficio, tomando decisões estratégicas para melhor se adaptarem

a ele. Sendo variados os tipos de recursos – novas tecnologias, matérias-primas,

recursos financeiros, políticos, entre outros – é complexo o processo de tomada de

decisão sobre as ações que visam ampliar o controle ou sobre aquelas, de caráter

preventivo, que antecipam decisões ligadas aos recursos escassos, denominadas,

por Hatch (1997), como ações de contra-dependência.

A contribuição dessa perspectiva é relevante no que diz respeito às relações inter-

organizacionais (Hall, 1990) e, também, para a compreensão das forças de poder e

dependência existentes na rede de relações inter-organizacionais (Hatch, 1997). As

organizações usam a interação ambiental como um recurso capaz de minimizar os

problemas ligados à interdependência e às incertezas do ambiente (Pfeffer, 1972).

Tentam absorver a interdependência e as incertezas, seja por meio de fusões e

aquisições, seja por meio da cooperação entre organizações e da troca de recursos

ou, até mesmo, pela troca entre profissionais da organização. As unidades

organizacionais que têm capacidade para interagir com as restrições, incertezas e

contingências do ambiente também obtêm maior poder dentro das organizações

(Hall, 1990).

A dependência entre organizações reflete a diferença de poder entre elas, pois uma

organização tem mais ou menos poder, em relação às outras, à medida que controla

Page 103: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

103

os recursos necessários pelas outras ou reduz sua própria dependência, por meio

do controle dos recursos (Nohria e Gulati, 1994).

A Dependência de Recursos pode ser, assim, útil para compreender como as

organizações tentam minimizar sua dependência em relação a outras organizações,

na cadeia de fornecimento. Uma organização pode alterar ou se adaptar aos

relacionamentos interdependentes ao adotar estratégias de recursos (Daft, 1999)

que podem resultar na aquisição da propriedade dos fornecedores, na elaboração

de contratos e parcerias para assegurar recursos, etc. As associações de negócios,

acordos, fusões, cooperação, ações políticas e lobbies são formas de ações para

lidar com as diversas dependências de recursos a que os atores produtivos estão

sujeitos.

A Dependência de Recursos também ajuda a compreender as assimetrias de poder

presentes nas cadeias de suprimento. Quando uma empresa tem poder sobre outra,

pode exigir dos fornecedores a absorção de mais custos, a expedição de

suprimentos com maior eficiência e o fornecimento de mais serviços do que antes,

muitas vezes sem aumentar os preços (Daft, 1999). Isto não é o mesmo que admitir

que as relações são simétricas, como pressupõe a GCS. Diversos estudos no

âmbito da Análise das Redes e da Dependência de Recursos tratam das questões

relativas ao poder. As relações assimétricas de poder podem levar um ator mais

poderoso a determinar diversas condições a outros atores desfavorecidos na

estrutura de uma cadeia. Por esse fato, Amato Neto (2000) denomina o setor

automobilístico de uma “rede vertical de produção”.

A ocorrência de número reduzido de fornecedores, hierarquizados de acordo com o

nível que ocupam na cadeia, entendido como pressuposto da GCS, pode ser

compreendida com mais profundidade a partir da perspectiva da Dependência de

Recursos, pois quanto maior a interdependência dos atores, maiores serão suas

dependências e troca de recursos. Os mecanismos de coordenação da Cadeia de

Suprimentos são influenciados pelos recursos de poder que podem ser econômicos,

tecnológicos, conhecimento, confiança e reciprocidade (Trienekens, 1999).

A perspectiva da dependência de recursos também possibilita melhor compreensão

sobre as formas e alternativas, para o alinhamento de estratégias competitivas das

empresas participantes da cadeia e a existência, ou não, de compromissos de longo

Page 104: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

104

prazo entre fornecedores e clientes, constituindo uma abordagem que pode

complementar a análise de cadeias de suprimentos.

4.3 Economia dos custos de transação

A ECT, uma ramificação da Economia Institucional, considera as transações como a

unidade básica de análise (Trienekens, 1999) e estuda, em linhas gerais, como

parceiros em uma transação protegem-se dos riscos associados às relações de

trocas.

Fatores ambientais (especificidade dos ativos, incerteza e a freqüência com que as

transações ocorrem) e comportamentais (racionalidade limitada e oportunismo)

afetam os custos de transação (Williamson, 1985). Mais especificamente: a) ativos

específicos: são ativos que não são reempregáveis a não ser com perdas de valor;

b) incerteza: o papel que a incerteza representa é o de revelar os limites da

racionalidade, sendo resultante da assimetria informacional; c) freqüência das

relações: a repetição de uma mesma espécie de transação possibilita que as partes

envolvidas adquiram conhecimento umas das outras (reduzindo incerteza); d)

racionalidade limitada: considera-se que os indivíduos agem racionalmente, mas de

modo limitado; e e) oportunismo: considera-se que não há restrições ao

comportamento egoísta dos agentes econômicos, o que implica dizer que as partes

podem se aproveitar de uma negociação, impondo perdas à(s) sua(s) contraparte(s)

na transação.

A ECT explora os custos econômicos associados às estruturas de governança

requeridas para completar a transação, prevendo que a forma organizacional que

minimiza custos de transação será escolhida (Mcnally, 2002).

Uma estrutura de governança consiste em um mecanismo usado pelas firmas com a

finalidade de atenuar a ameaça de oportunismo. Economistas vêm conceituando

estruturas de governança considerando três tipos principais, sendo que o método

para determinar a eficiência de cada uma delas consiste em examinar os custos de

transação envolvidos (Barney, 1999): a) mercado: transações nas quais ocorre uma

instantânea transferência de produtos ou serviços e que os preços são determinados

pelo mercado; b) integração vertical (hierarquia): mecanismo utilizado para gerenciar

trocas econômicas dentro das próprias fronteiras da firma; e c) híbrida: franchises e

Page 105: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

105

alianças estratégicas são exemplos que combinam aspectos de transações de

mercado e integração vertical.

Assim, a principal hipótese que a ECT trabalha, segundo Williamson (1994), é o

alinhamento de transações (diferentes em seus atributos) com estruturas de

governança (diferentes em seus custos e competências). Considera-se, por

exemplo, que, conforme a especificidade dos ativos aumenta, mais complexas são

as estruturas de governança, ou seja, contratos mais complexos são requeridos para

atenuar barganhas sobre lucros de ativos específicos (Williamson, 1985) e, portanto,

maiores são os custos de transação.

A ECT tem como ponto de partida, segundo Stern apud Trienekens (1999), a análise

de decisões do tipo make or buy, ou seja, a decisão entre produzir internamente ou

terceirizar. A extensão em que se realiza a terceirização (outsourcing) depende dos

custos de transação envolvidos.

A peculiaridade da análise de Williamson (1996) está em promover a centralidade

dos custos de transação em lugar dos custos de produção. Como ressaltado por

Scott apud Hall (1990), a perspectiva do custo de transação assume que o que é

crítico não é a produção, mas, sim, o intercâmbio de bens e serviços e as estruturas

que governam estes intercâmbios.

A abordagem da ECT pode ser utilizada para avaliar a qualidade e a riqueza das

relações entre compradores e vendedores e o valor do desenvolvimento de

parcerias e confiança entre eles. A ECT considera as implicações das escolhas

organizacionais em desenvolver uma transação ou atividade internamente ou no

mercado e auxilia a avaliar como vários tipos de investimentos com outras firmas

podem contribuir para a formação de capacidades de longo prazo.

Assim, a ECT, enquanto perspectiva teórica que pode auxiliar pesquisas em cadeias

de suprimentos, considera que economias de custos de transação podem ser

alcançadas nas relações entre empresas, comparando os custos de se manter

relacionamentos contínuos com aqueles custos relacionados ao procurement,

avaliação, seleção e desenvolvimento de habilidades de novos fornecedores.

A configuração de relacionamento cooperativo ou de colaboração entre as

empresas, sugerida pela teoria de GCS, pode ser estudada sob a ótica dos

elementos de ECT: quando os parceiros envolvidos em uma transação investem em

ativos específicos, e o relacionamento passa a se basear em uma

Page 106: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

106

dependência mútua, reduzem-se os incentivos de cada parte ao oportunismo e tem-

se a eficiência em custos de transação como motivação para a cooperação (Ojode,

2000). Grant e Baden-Fuller (2000) sugerem outro benefício da cooperação, além da

minimização dos custos de transação, como a criação de um contexto

organizacional capaz de suportar mecanismos de integração de conhecimento.

Outro pressuposto da GCS, como já mencionado, é a existência de compromisso de

longo prazo entre fornecedores e clientes. Os estudos de ECT indicam que a

repetição de uma mesma espécie de transação leva à construção de reputação por

parte dos agentes envolvidos, possibilitando que as partes adquiram conhecimento

umas das outras, reduzindo as incertezas envolvidas (Farina, Azevedo e Saes,

1999). Os benefícios das relações de longo prazo surgem, segundo Swaminathan,

Hoetcker e Mitchel (2002), de três fatores relacionados: o desenvolvimento do

conhecimento de cada parceiro, o desenvolvimento de confiança e relações

baseadas em rotinas específicas.

Estabelecimento de contratos formais entre empresas da cadeia, outro pressuposto

de GCS, é um tema bastante explorado em ECT. Pela racionalidade limitada dos

tomadores de decisão, a distribuição assimétrica de informação e a inabilidade de

especificar completamente o comportamento dos agentes na presença de múltiplas

contingências, a ECT considera que todos os contratos são incompletos e, portanto,

sujeitos a renegociações e a ocorrência eventual de comportamento oportunista

(Leiblein e Miller, 2003).

Quando duas partes ou mais realizam investimentos específicos e surge uma

situação de dependência mútua, haverá incentivos para que o contrato não seja

rompido e continue indefinidamente ou por um tempo pré-determinado (Scramin,

2003).

Ao abordar as relações entre empresas, a ECT enfatiza a importância da confiança

nos relacionamentos, tema que não tem sido tratado pela GCS. Confiança em

relações entre comprador e fornecedor pode ser importante fonte de vantagem

competitiva porque (Grover e Malhotra, 2003): a) proporciona menores custos de

transação; b) facilita investimentos em relações que envolvem ativos específicos; e

c) leva a rotinas de troca de informações.

Confiança pode substituir controles formais e contratos.

Page 107: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

107

A Tabela 1 resume as correntes alternativas de pensamento citadas nesta seção,

apresentando o nível de análise, as principais variáveis e as contribuições de cada

uma à GCS.

As perspectivas apresentadas sugerem a necessidade de observar aspectos críticos

da cadeia de suprimentos, como a estrutura e as relações entre os atores, a

dependência e o fluxo de recursos críticos e as transações estabelecidas entre os

atores. Essas perspectivas, combinadas à GCS, podem contribuir para melhor

compreensão dos comportamentos existentes e dos resultados obtidos por

empresas e unidades produtivas envolvidas em cadeias de suprimentos.

5. Considerações finais

Em nossa percepção, é extremamente importante a continuidade da discussão

sobre o conjunto de pressupostos da GCS, pois estes interferem diretamente na

natureza do conhecimento que pode ser adquirido e acumulado, seja pela via

teórico-dedutiva, seja pela empírico-indutiva nas pesquisas nessa área. A literatura

empírica, apreciada neste trabalho, mostra que a GCS vem sendo amplamente

difundida e que há uma tendência das organizações e das cadeias de organizações

a adotarem diversas das práticas da GCS, explorando os espaços de aumento da

eficácia e eficiência das cadeias de suprimentos. Indica, entretanto, que os

pressupostos, quanto às cadeias, podem ser apenas parcialmente verificados, ou

verificados em apenas alguns segmentos das cadeias no setor automobilístico.

Faz-se necessário, então, que novas pesquisas venham a fornecer subsídios que

possam elucidar as questões aqui mencionadas.

Nossa discussão nos leva a sugerir que as abordagens de GCS devem incluir uma

etapa inicial de “verificação dos pressupostos”, ou de identificação da configuração

da cadeia de suprimentos, pois, por meio desta, poderiam ser desvendados os tipos

de contextos em que as relações entre as empresas e a GCS poderiam se

desenvolver. Seria evitada, assim, a “armadilha” da aceitação incondicional dos

pressupostos e das decorrentes práticas de GCS, refutando-se, conseqüentemente,

a existência de uma abordagem única, adequada a qualquer situação.

O conjunto dos pressupostos, segundo nossa análise, pode ser subdividido em

quatro categorias: (1) competição entre cadeias (2) alinhamento estratégico e

Page 108: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

108

repartição de ganhos, (3) estrutura hierarquizada e integrada, e (4) relações

cooperativas e de longo prazo.

Quanto à competição entre cadeias, a literatura mostra que no setor automobilístico

tal lógica não pode ser integralmente utilizada, embora as montadoras exerçam um

papel (limitado) de coordenação e procurem obter vantagens competitivas de suas

cadeias de suprimentos.

Quanto ao alinhamento estratégico, nossa revisão indica que uma empresa pode

fazer parte simultaneamente de diferentes cadeias, atendendo clientes situados em

diferentes setores ou, até mesmo, clientes concorrentes de um mesmo setor. Os

ganhos serão distribuídos conforme forem a distribuição do poder entre os

participantes, a estrutura da cadeia e as relações estabelecidas entre as empresas.

A possibilidade de alinhamento dos negócios das empresas envolvidas em uma

cadeia e o exercício de seus papéis na cadeia, tanto para a produção e distribuição

de bens e serviços quanto para a coordenação e distribuição dos ganhos, depende

da estrutura da cadeia e da avaliação dos possíveis benefícios e das dificuldades de

sua modificação. Os papéis nas cadeias poderão, ou não, ser melhor distribuídos e

exercidos, dependendo também do poder de coordenação dos participantes,

especialmente daqueles que comandam o projeto e a produção dos produtos finais,

e das relações entre os atores com maior poder.

Estritamente vinculada às condições acima, a estrutura da cadeia contempla os

papéis, portes, capacidades de produção, produtos e serviços fornecidos,

direcionamento setorial e empresarial desses produtos e serviços, competência

tecnológica, etc., abarcando alguns dos fatores que condicionam (e também são

condicionados por) o alinhamento das estratégias, a coordenação das ações e as

relações entre as organizações.

Finalmente, poderá haver maior ou menor integração funcional (entre organizações)

e integração dos processos na cadeia e, ainda, maior ou menor possibilidade de

coordenação (centralizada ou não) conforme se caracterizarem as relações entre

empresas na cadeia. Estas poderão ser cooperativas e de longo prazo, ou

conflituosas e de curto prazo, com maior ou menor compartilhamento de

informações e com uma gestão mais ou menos transparente e integrada.

Page 109: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

109

Tabela 1. Síntese das correntes alternativas de pensamento apresentadas.

Foco

Principais variáveis

Contribuições a GCS

Análise das redes

Estrutura e relações dos atores da rede

Posição estrutural e relacional na rede, natureza das relações, nós, fluxo de

recursos e relações de poder.

Identificar posições privilegiadas dos atores na estrutura da cadeia produtiva;

posições privilegiadas podem repercutir em acesso a recursos, informações,

matérias primas; configuração ou não de relacionamentos cooperativos (qualificar

uma relação cooperativa); a existência de compromissos de longo prazo e dinâmica

ou estabilidade da cadeia produtiva.

Dependência de recursos

Dependência de recursos entre organizações

Fluxo de recursos críticos e escassos, interdependência, estratégias de recursos e

relações de poder.

Estratégias de recursos podem gerar colaboração e/ou competição entre os atores;

compreensão de assimetrias de poder na cadeia produtiva; grau de

interdependência dos atores na cadeia, alinhamento de estratégias e recursos entre

os atores.

Economia dos custos de transação

Transações

Racionalidade limitada e comportamento oportunista para explicar a existência de

custos de transação. De acordo com a importância de cada elemento, um

mecanismo é escolhido dentre as formas de coordenar uma transação – mercado

spot, hierarquia ou formas híbridas.

Avaliar a Qualidade e riqueza das relações entre comprador e vendedor –

considerando a freqüência das relações, as incertezas envolvidas, especificidade

dos ativos e assimetria de informações;

Escolhas organizacionais em desenvolver uma transação (ou atividade)

internamente, por meio de alianças ou no mercado;

Page 110: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

110

Auxilia a avaliar como vários tipos de investimentos com outras firmas podem

contribuir para a formação de capacidades de longo prazo.

Estas considerações sobre os pressupostos da GCS são ainda preliminares, mas

nos levam a sugerir que os estudos empíricos sobre cadeias de suprimentos

passem a implementar uma etapa metodológica inicial que contemple a identificação

das características principais estruturais e relacionais da cadeia e que constituem o

contexto em que os princípios e as técnicas da GCS poderão ser implementados,

adequando-se às finalidades, características e modos de repartição de ganhos de

cada cadeia.

A consecução de tal etapa metodológica pode ser atingida com a utilização de

proposições de outras correntes de pensamento que vêm focalizando o mesmo

objeto.

Como ilustrado aqui, a Teoria das Redes, a Teoria sobre Dependência de Recursos

e a Economia de Custos de Transação adotam uma perspectiva institucional na

análise das cadeias, ao focalizarem as possibilidades de conexão, as formas de

coordenação das cadeias e também o ambiente institucional (Trienekens, 1999).

Desta forma, oferecem elementos que auxiliam a compreensão das características

estruturais e relacionais das cadeias de suprimentos e de como essas

características podem evoluir.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABDALA, E. C. Investigação e análise estratégica do processo de seleção de fornecedores quanto ao estabelecimento de relações de parceria. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2002.

ALVES FILHO, A. G. et al. O consórcio modular e seus impactos na cadeia de suprimentos da fábrica de motores VW-São Carlos. São Carlos, Processo FAPESP 97/13071-9, 2001.

ALVES FILHO, A. G. et al. Estratégias de produção em cadeias de suprimentos: dois casos na indústria automobilística. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Ouro Preto, 2003. Anais... Ouro Preto: ENEGEP, 2003.

AMATO NETO, J. Redes de cooperação e clusters competitivos. São Paulo:

Page 111: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

111

Atlas, 2000. 163 p.

BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Planejamento, Organização e Logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Ed. Bookman, 2001. 532 p.

BARNEY, J. B. How a firm’s capabilities affect boundary decisions. Sloan Management Review. v. 40, n. 3, p.137-145, Spring, 1999.

BAUM, J. A. C.; DUTTON, J. E. (Org.) Advances in strategic management: the embeddedness of strategy. New York: Elsevier Science, 1996. 430 p.

BENSAOU, M. Portfolios of buyer-supplier relationships. Sloan Management Review, v. 41, n. 4, p. 35-44, Summer, 1999.

BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logistical management: the integrated supply chain process. 1 ed. Estados Unidos: Mc Graw-Hill, 1996.

BRITTO, J. Redes de cooperação entre empresas. In: KUPFER, D. Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus, p. 345-386, cap. 15, 2002.

BRUNNERMEIER, S. B.; MARTIN, S. A. Interoperability costs in the US automotive supply chain. Supply Chain Management: An International Journal, v. 7, n. 2, p. 71-82, 2002.

CHRISTOPHER. M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Ed. Pioneira: 1997. 240 p.

COOPER. M, LAMBERT. D.; PAGH, J. Supply chain management more than a new name for logistics. International Journal of Logistics Management. v. 8, n. 1, p. 1-14, 1997.

DAFT, R. L. Administração. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1999. 516 p.

DORAN, D. Synchronous supply: an automotive case study. European Business Review. v. 13, n. 2, p. 114-120, 2001.

______. Rethinking the supply chain: an automotive perspective. Supply Chain Management: an International Journal, v. 9, n. 1, p. 102-109, 2004.

DYER, J. H.; CHO, D. S. CHU, W. Strategic Supplier Segmentation: a model for managing supplier in the 21 st Century. In: HAMEL, G.; PRAHALAD, C.K.; THO-

MAS, H.; et al. Strategic flexibility – managing in a turbulent environment. New York: John Willey & Sons, 1998. 416 p.

FARINA, E. M.; AZEVEDO, P. F.; SAES, M. S. Competitividade: mercado, estado e organizações. São Paulo: Singular, 1999. 286 p.

Page 112: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

112

GRANT, R. M.; BADEN-FULLER, C. Knowledge and economic organization: an application to the analysis of interfirm collaboration. In: VON KROGH, G.; NONAKA, I. NISHIGUCHI, T. Knowledge Creation: a source of value. New York: MacMillan Press, 2000, cap. 5.

GRANOVETTER, M. S. Economic action and social structure: the problem of embeddedness. American Journal of Sociology. v. 91, n. 4, p. 491-501, 1985.

GROVER, V.; MALHOTRA, M. Transaction cost framework in operations and supply chain management research: theory and measurement. Journal of Operations management, v. 21, n. 4, p. 457-473, 2003.

HALL, R. H. Desarrollos recentes en teoria organizacional: una revision. Ciencia y Sociedad, v. 15, n. 4, 1990.

HATCH, M. J. Organization theory. New York: Oxford University Press, 1997. 385p.

LAMBERT, D. M.; EMMELHAINZ, M. A.; GARDNER, J. T. Developing and Implementing Supply Chain Partnerships. The International Journal of Logistics Management. v. 9, n. 2, p. 1-17, 1996.

LAUER, T. W. Side effects of mandatory EDI order processing in the automotive supply chain. Business Process Management Journal. v. 6, n. 5, p. 366-375, 2000.

LEIBLEIN, M.J.; MILLER, D. An empirical examination of transaction-and firm-level influences on the vertical boundaries of the firm. Strategic Management Journal. v. 24, p. 839-859, 2003.

LIMA, J. C. de S. Um Estudo sobre a reconfiguração da função compras em empresas do setor automotivo. 2004. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Escola Poli-técnica - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

LUMMUS, R. R.; VOKURKA, R. J.; ALBER, K. L. Strategic supply chain planning. Production and Inventory Management Journal. v. 39, n. 3, p. 49-58, 1998.

MCNALLY, R. C. Efficiency motives and institutional considerations in make-or-buy decisions. 2002. Thesis (Doctor of Philosophy in Business Administration), University of Illinois – Urbana-Champaign.

MCHUG, M; HUMPHREYS, P; MCLVOR, R. Buyer-supplier relationships and organizational health. The Journal of Supply Chain Management, v. 39, n. 2, p. 15-25, May 2003.

MIRANDA, J. L. Procedimento para análise da viabilidade da utilização de operadores logísticos na cadeia de suprimentos. 2002. 171 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2002.

NEW, S. J. A framework for analysing supply chain improvement. International

Page 113: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

113

Journal of Operations & Production Management. v. 16, n. 4, p. 19-34, 1996.

NOHRIA, N.; GULATI, R. Firms and their environments. In: SMELSER, N. J.; SWEDBERG, R. The handbook of economic sociology. Princeton: Princeton University Press, 1994. 848 p.

OJODE, L. A. A Resource-Based view of strategic alliances: organizational capabilities, governance, and performance. 2000. Thesis (Doctor of Philosophy in Business Administration) - University of Illinois, Urbana-Champaign.

PÉREZ, M. P.; SÁNCHEZ, A. M. Supplier relations and flexibility in the Spanish automotive industry. Supply Chain Management: An International Journal. v. 6, n. 1, 2001. p 29-38.

PFEFFER, J. A.; SALANCIK, G. The external control of organizations: a resource dependence perspective. New York: Harper & Row, 1982. 336 p.

PFEFFER, J. A. Size and composition of corporate boards of directors: the organization and its environment. Administrative Science Quarterly. v. 17, n. 2, p. 218-229, 1972.

PIRES, S. R. I. Managerial implications of the modular consortium in a Brazilian automotive plant. International Journal of Operations & Production Management. v. 18, n. 3, 1998.

______. Gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management) – conceitos, estratégias e casos. São Paulo: Atlas, 2004. 310p.

SACOMANO NETO, M. Redes: difusão do conhecimento e controle – um estudo de caso na indústria brasileira de caminhões. 2004. 259 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004.

SALERNO, M. S. et al. Mapeamento da nova configuração da cadeia automotiva brasileira. Disponível em: http://www.poli.usp.br/pro/cadeia-automotiva2002 Acesso em: 10 out. 2003.

SCRAMIM, F. C. L. Metodologia de apoio a decisão em cadeias de suprimento agroindustriais: um estudo de caso no setor lácteo brasileiro. 181 f. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, 2003.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 747p.

SWAMINATHAN, A; HOETKER, G.P.; MITCHELL, W. (In) significant others: the impact of buyer-supplier relationships on the survival of modular and architectural component suppliers. Trabalho não publicado. 2002.

SVENSSON, G. Perceived trust towards suppliers and customers in supply chains of the Swedish automotive industry. International Journal of Physical Distribution &

Page 114: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

114

Logistics Management. v. 31, n. 9, p. 647-662, 2001.

TAN, K. C. Supply chain management: practices, concerns, and performance issues. The Journal of Supply Chain Management. Winter, 2002. p. 42- 53.

TOWILL, D. R.; CHILDERHOUSE, P.; DISNEY, S. M. Integrating the automotive supply chain: where are we now? International Journal of Physical Distribution & Logistics Management. v. 32, n. 2, 2002. p 79-95.

TRIENEKENS, J. Management of Processes in chains: a research framework. 1999. 173 f. Thesis Wageningen University, Holland.

WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social network analysis. Cambridge: Cambridge University Press, 1994. 857 p.

WILD, R. Production and operations management. 5. ed. Inglaterra: Cassel Educational Ltd, 1995. 928 p.

WILLIAMSON, O. E. The economic institutions of capitalism – firms, markets, relational contracting. New York: The Free Press- a division of Mc Millan, 1985. 468 p.

______. Strategizing, Economizing, and Economic Organization. In: RUMELT, R. P.; SCHENDEL, D. E.; TEECE, D.J. Fundamental Issues in Strategy – a research agenda. Harvard Business School Press: 1994. p.361-401.

______. Mechanisms of governance. New York: Oxford University Press, 1996. 448 p.

ZIRPOLI, F.; CAPUTO, M. The nature of buyer-supplier relationships in co-design activities. International Journal of Operations & Production Management. v. 22, n. 12, p. 1389-1410, 2002.

Page 115: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

115

VANTAGEM COMPETITIVA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL BASEADA EM TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

Aluisio Monteiro,M.Sc.

Professor do Departamento de Engenharia de Produção – ICT / UVA, Universidade Veiga de Almeida

André Luiz Batista Bezerra Graduando em Administração de Empresas – ICHS / UVA

RESUMO

A logística empresarial está cada vez mais evoluída quando se trata de Tecnologia

de Informação.

Para isso são utilizados sistemas integrados de gestão, desenvolvidos para integrar,

controlar e gerenciar a cadeia de suprimentos com o objetivo final de atender melhor

o cliente.

O artigo discute questões como; o processo de integração de uma solução de TI, a

escolha adequada de um sistema integrado de gestão, ferramentas disponíveis para

aplicação logística, e o benefício trazido pela decisão de aquisição dessa ferramenta

bem como, benefícios de operacionalização e o que eles trazem de vantagem

competitiva para a empresa e para todos os elos da cadeia de suprimentos.

Palavras-chave – Vantagem competitiva, Logística, ERP, integração, EDI, WMS,

ECR.

1 Introdução

O conceito de Logística segundo o Council of Logistic Management (1996) pode ser

definido como sendo o “processo de planejar, implementar e controlar a eficiência, o

fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações correlatas, do ponto

de origem ao ponto de consumo, com o objetivo de atender às exigências dos

clientes.”

A logística é tudo aquilo que envolve o transporte de produtos (entre clientes,

fornecedores e fabricantes), estoque (em armazéns, galpões, lojas pequenas ou

grandes) e a localização de cada participante da cadeia logística ou cadeia de

suprimentos.

Para BALLOU (1993), um dos objetivos da logística é melhorar o nível de serviço

oferecido ao cliente, onde o nível de serviço logístico é a qualidade do fluxo de

Page 116: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

116

produtos e serviços e gerenciado. A logística, portanto, é um fator que pode ser

utilizado como estratégia para uma organização. Sua aplicação se dá da escolha

adequada de fornecedores,passando pela organização e chegando ao cliente.

Atualmente a Logística Empresarial está associada diretamente ao fato de uma

organização relacionar-se com o cliente interagindo de forma eficiente com a cadeia

produtiva para conquistar o objetivo final – estar competitivamente atuando no

mercado.

Para obter essa vantagem competitiva, as empresas estão recorrendo aos sistemas

integrados de informação, buscando automatizar seu processo produtivo utilizando

algumas tecnologias do tipo: Electronic Data Interchange (EDI), o Warehouse

Management System (WMS), tecnologia de código de barras e o Vendor Managed

Inventor (VMI).

Figura 1: Adaptação do livro de Ballou, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de

suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial – 4ª ed., 2001.

A logística no Brasil é um tema relativamente recente se compararmos ao

surgimento e fábricas e indústrias no país. Ela vem sendo falada e discutida com

mais propriedade desde meados da década de 90, com a conscientização política

do “custo Brasil” e pela percepção da vantagem competitiva percebida pelos

empresários, desde então o conceito de logística foi pouco difundido.

A evolução, desde então, se deu pelo crescente interesse de obtenção de lucro

como conseqüência da redução de custos de transporte, localização e estocagem

de produtos.

Existem basicamente cinco modalidades de transporte de cargas mais

convencionais e cada um tem sua característica definida:

▪ Dutoviário – tem pontos e rotas fixas, produtos específicos, poucas empresas

participando no mercado e são difíceis as implantações de novos pontos;

▪ Ferroviário – tem terminais e rotas fixas, poucas empresas atuam no mercado e

também existem poucas rotas (isso devido à falta de incentivos governamentais);

▪ Aeroviário – tem terminais e rotas determinadas, poucas empresas atuando,

modalidade muito regulamentada sendo difícil a entrada de novos concorrentes;

▪ Aquaviário – tem portos e rotas fixas, poucas empresas atuam neste ramo;

Page 117: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

117

▪ Rodovias – muitos operadores, muitas rotas, muito utilizado para transporte de

cargas por ser o mais viável na situação em que estamos hoje.

O mercado de existente dentre da cadeia de suprimento no Brasil movimenta algo

em torno de 50 milhões de dólares anuais no que diz respeito a tecnologia de

informação, segundo a International Data Corporation (IDC). O Brasil representa,

hoje, 45% do mercado de tecnologia da América Latina que movimenta

aproximadamente 125 milhões de dólares. Sendo um número pouco expressivo

perto do que os EUA representou no mesmo período – 3,5 bilhões de dólares.

Fábrica

Transporte

Armazenamento

Consumidor

Fornecedor

Transporte

Armazenamento

Transporte

Transporte

Informação

Apesar disso, ainda há algumas barreiras a serem superadas para o maior

crescimento do mercado de Supply Chain Management (SCM). Entre elas estão a

falta de confiança nos fornecedores desse tipo de solução, os altos custos de

implementação e a falta de um claro entendimento sobre os benefícios dessa

ferramenta. Além do medo por parte dos clientes desse tipo de solução de implantar

o sistema pois ele compartilha as informações internas com clientes, fornecedores e

com os parceiros. Evidenciando um problema cultural a ser superado.

2 Sistemas de Informação

Os Sistemas de Informação são os sistemas ou práticas utilizadas pelas empresas

para melhorar o seu desempenho incluindo ter um custo operacional adequado,

processos logísticos inteligentes e integração com fornecedores e clientes através

de ferramentas que serão discutidas ao longo deste artigo.

Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos administrativos é

a aplicação de tecnologia de informação, proporcionando um grande

Page 118: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

118

aumento de eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que a

tecnologia disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de informação de

uma organização (BALLOU, 1993).

Existem, no mercado, alguns tipos de ferramentas que facilitam e tornam a

informação mais acurada para aplicação na cedeia de suprimentos, alguns

exemplos destes sistemas são: o código de barras, o EDI (Electronic Data

Interchange), o ECR (Efficient Consumer Response) e os ERPs que integram todos

os outros.

2.1 Sistemas Integrados de Gestão / ERP – Enterprise Resource Planning

Os ERP (Enterprise Resource Planning) ou sistemas de gerenciamento empresarial

são sistemas complexos onde integram, de forma eficaz, todos os sistemas

operacionais da empresa. Por ser um sistema que abrange toda a parte gerencial da

empresa, a implantação dele não é simples exigindo da empresa uma série de

modificações prévias.

Podemos também defini-los em termos de “sistemas de informação integrados

adquiridos na forma de pacotes de software comercial, com a finalidade de dar

suporte a maioria das operações de uma empresa”(SOUZA,1999).

Considerando a definição acima, podemos dizer que um ERP consiste basicamente

na integração de todas as atividades do negócio, entre elas, finanças, marketing,

produção, recursos humanos, compras logística, etc. Com o benefício direto de

facilitar, tornar mais rápido e preciso o fluxo de informação permitindo assim o

controle dos processos de negócios. Portanto, o processo de tomada de decisão

empresarial.

Esses sistemas integrados de gestão Segundo SOUZA (1999),existem

características dos sistemas integrados de gestão que os tornam diferentes de

outros sistemas existentes, permitindo-nos fazer uma análise de custo-benefício de

suas aquisição, são elas:

▪ Os ERPs são pacotes comerciais;

▪ São desenvolvidos através de modelos padrões de processos;

▪ Integram sistemas de várias áreas das empresas;

▪ Utilizam um banco de dados centralizado;

▪ Possuem grande abrangência funcional.

Page 119: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

119

Antes mesmo da empresa fazer as pesquisas de fornecedores ERPs para aquisição

dos pacotes comerciais, é recomendável que a mesma faça o levantamento da real

necessidade da implantação do ERP, quais são as metas da empresa e o que ela

espera do sistema. O próximo passo é consultar fornecedores que satisfaçam as

necessidades previamente definidas.

Existem alguns forncedores de sistemas que geram solução na área logística e em

outros segmentos que exigem tecnologia de informação. O mercado brasileira de

fornecedores de sistemas, podemos citar dentre outros: SAP Brasil, Datasul,

Manugustics, Promática, Scala e JDEdwards.

2.1.1 Sistemas de Informações Logísticas

Atualmente observa-se, uma significativa inclinação do desenvolvimento de sistemas

integrados de gestão para aplicação na cadeia de suprimentos, visto que todos os

processos de negócios internos já foram integrados, restando apenas obter

vantagem competitiva da integração da cadeia de suprimentos 9fornecedores,

compradores etc).

Com isso, passa a ser possível a integração com as demais unidades de um grupo

empresarial por meio de EDI, com compartilhamento (parcial) da base de dados.

Para tal os maiores desafios encontrados são: sistemas geograficamente distantes e

distintos, com hardwares diversos, necessidade intensiva de sistemas de

telecomunicações, bases de dados diversas, operando em estruturas

organizacionais e culturas empresariais diversas.

A seguir comentaremos sobre algumas ferramentas integradas de gestão aplicadas

a cadeia de suprimentos.

2.1.1.1 WMS (Warehouse Management System)

O Sistema de Gerenciamento de Armazéns, chamado de WMS, é uma tecnologia

utilizada em armazéns onde ele integra e processa as informações de localização de

material, controle e utilização da capacidade produtiva de mão-de-obra, além de

emitir relatórios para os mais diversos tipos de acompanhamento e gerenciamento.

O sistema prioriza uma determinada tarefa em função da disponibilidade de um

funcionário informando a sua localização no armazém. Com este recurso ocorre um

Page 120: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

120

aumento na produtividade quando diferentes tipos de tarefas são intercaladas.

Este sistema tem capacidade de controlar o dispositivo de movimentação de

material feito por Veículos Guiados Automaticamente (AGVs) e fazer interface com

um Sistema de Controle Automatizado do Armazém (WACS) que tem a função de

controlar equipamentos automatizados como as esteiras e os sistemas de

separação por luzes e carrosséis.

Com uma ferramenta desse porte a empresa passa a ter um ganho na produtividade

com a economia de tempo nas operações de embarque e desembarque, transporte

e estocagem de mercadoria e ainda controlar o estoque de produtos no seu

armazém. Podendo ainda permitir que o gerente de logística controle as operações

de armazém apenas de longe observando apenas se o funcionamento do sistema

está adequado às operações logísticas.

Em paralelo ao WMS existe o WCS que é um Sistema de Controle de Armazém e

não um gerenciador se diferenciando assim do WMS em alguns aspectos. O WCS

não oferece uma variedade de relatórios para auxiliar no gerenciamento das

atividades; não tem flexibilidade de hardware; a customização é limitada a mudança

de campos e nomes, e a instalação deste sistema não pode ser feita de forma

modular, somente integral. A contrapartida de todos esses aspectos negativos é que

ele oferece um ótimo acompanhamento e controle das atividades (se limitando a

controle) e existe um custo reduzido de software e hardware requerido para a

implementação dessa solução.

2.1.1.2 RFID – Radio Frequency Identification

Identififcação via Radio Freqüência é, relativamente, uma das mais novas

tecnologias de coleta automática de dados. Inicialmente surgiu como solução para

sistemas de rastreamento e controle de acesso na década de 80. Uma das maiores

vantagens dos sistemas baseados em RFID é o fato de permitir a codificação em

ambientes não favoráveis e em produtos onde o uso de código de barras, por

exemplo, não é eficiente.

Este sistema funciona com uma antena, um transmissor e um decodificador. Esses

componentes interagem através de ondas eletromagnéticas transformando-as em

informações capazes de ser processadas por um computador A principal vantagem

do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem o contato como no

Page 121: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

121

código de barras. Você poderia, por exemplo, colocar o transmissor dentro de um

produto e realizar a leitura sem ter que desempacota-lo, ou por exemplo aplica-lo em

uma superfície que será posteriormente coberta de tinta ou graxa.

Esse sistema pode ser usado para controle de acesso, controle de tráfego de

veículos, controle de bagagens em aeroportos, controle de containers e ainda em

identificação de pallets. O tempo de resposta é baixíssimo, tornando-se uma boa

solução para processo produtivos onde se deseja capturar as informações com o

transmissor em movimento.

2.1.1.3 Rastreamento de Frotas com Tecnologia GPS – Global Positioning

System

Rastreamento é o processo de monitorar um objeto enquanto ele se move. Hoje em

dia é possível monitorar a posição ou movimento de qualquer objeto, utilizando-se

de equipamentos de GPS aliados a links de comunicação. O casamento GPS +

comunicação é necessário pois o receptor GPS localiza sua própria posição; esta

deve ser transmitida via canal de comunicação para uma central que fará

efetivamente o monitoramento. Esta tecnologia é comumente conhecida como AVL

(Automatic Vehicle Location).

GPS é um sistema de posicionamento mundial formado por uma constelação de 24

satélites que apontam a localização de qualquer corpo sobre a superfície terrestre.

Um aparelho receptor GPS recebe sinais desses satélites determinando sua posição

exata na Terra, com precisão que pode chegar à casa dos centímetros.

A tecnologia GPS é bem conhecida hoje, e comercialmente viável, tendo inclusive

fornecedores de equipamentos consolidados e preços formados. As variáveis que

efetivamente determinam o custo e o modo de operação do rastreamento de

veículos são canal de comunicação entre o veículo e a central de monitoramento e o

pacote de serviços oferecidos por esta central.

A ligação feita entre a central de comunicação e o ponto rastreado pode ser feita via

telefonia celular que tem seus aparelhos baratos para a solução que oferece, e tem

restrições como qualquer outra solução que é estar acessível apenas onde tem

cobertura de telefonia celular e o custo da comunicação ainda é alto.

Outra opção é a comunicação via rádio. Esta modalidade é muito simples de

implantar, tem um custo de implantação baixo, onde não há custo de

Page 122: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

122

comunicação, tendo que fazer a regulamentação com a ANATEL (no Brasil).

Com a possibilidade de rastrear veículos a empresa pode saber onde se encontra o

veículo que está fazendo determinada entrega e fazendo um link com o sistema via

web a empresa pode colocar a disposição do cliente a localização da entrega.

2.1.1.4 Código de Barras

O sistema surgiu da idéia de se criar um mecanismo de entrada de dados mais

rápida e eficiente, vendo que com o passar do tempo mais microcomputadores

estavam sendo fabricados com um grande potencial em armazenamento e

processamento de dados.

A leitura de código de barras exige que sejam utilizados alguns aparelhos

específicos e que são adotados conforme a necessidade da empresa. Alguns

desses aparelhos são os leitores (caneta ótica, slot reader, leitor CCD, pistola laser,

scanner omnidirecional e o leitor automático de documentos), os decodificadores

(decodificador para teclado, decodificador para interface serial e decodificador para

joystick) e impressoras especiais (software para impressão e impressoras

profissionais). As impressoras matriciais não têm funcionalidade para esse fim. As

impressoras jato de tinta e laser não estão adaptadas para comportar rolos de

etiquetas e papel contínuo. Por isso é que foram desenvolvidas impressoras

profissionais para impressão de código de barras.

Existe uma padronização mundial para a leitura de código de barras. Para cada

produto ou objetivo da identificação existe um tipo de código. Por exemplo:

O EAN – 13, EAN – 8 e UPC são utilizados na unidade de consumo, ou seja, na

embalagem do produto que o consumidor final esta comprando. Exemplo: 1 litro de

leite em caixa;

O EAN/DUN – 14 (SCC - 14) / UCC/EAN 128 são utilizados nas caixas que embalam

as várias unidades desses produtos unitários. Exemplo: um engradado contendo 12

litros de leite em caixa;

O UCC/EAN - 128 são usados nos pallets dentro dos galpões de supermercados ou

distribuidores.

Estes levam no código de barras Identificadores de Aplicação (AI).

O código de barras, comprovadamente, tem uma margem de erro menor que a

coleta de dados feita manualmente, sendo assim a maneira mais eficaz de

Page 123: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

123

coletar dados em termos velocidade da informação, facilidade de migração para o

sistema de controle de estoque e facilidade da adoção da prática do VMI (citado na

seção 3.10).

2.1.1.5 EDI (Electronic Data Interchange)

O EDI, ou Intercâmbio Eletrônico de Dados é um sistema que auxilia diretamente,

principalmente, a rotina dos vendedores agilizando o processo de comunicação com

a empresa na transmissão de dados. Todas as informações que um vendedor

precisa coletar e transferir para a empresa em um segundo momento, ele faz de

forma on line evitando assim a demora no in put do pedido e ele ainda tem a

possibilidade de consultar o estoque da empresa e informar ao cliente a

possibilidade de disponibilizar a mercadoria.

Com a implantação desse sistema com sucesso podemos detectar imensuráveis

benefícios trazidos por ele à sua empresa. Consegue-se com ele reduzir custos

administrativos, reduzir o estoque (considerando que estoque parado é capital

improdutivo, então temos ainda uma economia significativa para investimentos

dependendo da área comercial da empresa), reduzir custos e desgastes com o

cliente com os itens faltantes, pois se a tecnologia permite transmissão de dados on-

line temos a informação acurada e instantânea da posição de estoque. Outros

benefícios é que o sistema ainda faz com que o índice de divergências na entrega e

no recebimento de mercadorias seja próximo de zero, e permite o melhor

gerenciamento de rotas de transporte.

Toda essa tecnologia a disposição do profissional de vendas faz com que ele se

sinta mais valorizado e aumente sua produtividade se dedicando a área fim da

empresa – as vendas. E tão importante quanto aumentar as vendas para a empresa

é o fato de que, tanto pela tecnologia de software e hardware envolvida quanto pelo

corpo funcional há um ganho no valor agregado da empresa.

2.1.1.6 VMI – Vendor Managed Inventory

O VMI ou Estoque Administrado pelo Fornecedor, é uma ferramenta muito

importante principalmente para a cadeia de suprimentos que pretende ou já trabalha

com o JIT (Just-in - Time). O principal objetivo desta técnica é fazer com que o seu

Page 124: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

124

fornecedor, através de um sistema de EDI, verifique a sua real necessidade de

produto, no momento certo e na quantidade certa.

Este recurso tem uma maior funcionalidade para as empresas que um grande

número de fornecedores e possui um amplo mix de produtos.

A integração permite que se faça, de acordo com o forecast uma mudança de

planejamento de reabastecimento, pois a informação chega ao seu fornecedor em

tempo real. O nível de detalhamento é tanto que, detectada a demanda de produto

acabado, o software se encarrega de traçar planos para a produção, planejamento

de abastecimento e distribuição para os depósitos.

2.1.1.7 ECR (Efficient Consumer Response)

O ECR, Resposta Eficiente ao Cliente, não é um sistema e nem é uma técnica, é um

conjunto de práticas desenvolvidas em conjunto com fabricantes, distribuidores e

varejistas com o objetivo de obter ganhos por eficiência nas atividades comerciais e

operacionais entre as empresas prestando assim um serviço de qualidade ao

consumidor final.

As grandes redes de varejistas como Wall Mart, por exemplo, tem centenas de

fornecedores, outra infinidade de produtos diferentes e precisa de uma cadeia de

suprimentos totalmente integrada para poder oferecer aos seus clientes o produto na

prateleira. Para isso acontecer é necessário que a rede adote algumas práticas de

reengenharia de processos e Benchmarking ,inclusive utilizado-se da tecnologia de

informação. Sendo as mesmas, premissas para começar a pensar em integração e

gerenciamento da cadeia de suprimentos.

Os requisitos para se por em prática a filosofia do ECR e fazer os check outs nas

saídas das mercadorias das lojas (PVs) e ter o controle do estoque no fornecedor.

Como o volume de produtos é muito grande, tanto o fornecedor quanto o varejista,

precisa utilizar uma coleta de informação que seja acurada e rápida tendo a sua

disposição o código de barras. E o controle do estoque do ponto de venda feita pelo

fornecedor é usada a ferramenta de VMI co transmissão de dados via EDI, onde

temos precisão e rapidez na operação.

A cadeia produtiva ideal passa por alguns sistemas de informação em uma ordem

lógica:

Resposta Eficiente ao Cliente

Page 125: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

125

Intercâmbio Eletrônico de Dados

Entrada de Dados

3 Conclusão

A vantagem competitiva baseada em sistemas integrados de gestão logística,

ocorre com o entendimento da necessidade de aquisição de tecnologia de

informação para integração da cadeia produtiva, a fim de atender o cliente final é

atualmente a fonte de vantagem competitiva mais cobiçada no mercado, porém

devem ser repensados os processos organizacionais ,bem como e seu redesenho.

Toda a tecnologia que hoje está à disposição da solução da logística empresarial é

capaz de gerar soluções que satisfaçam qualquer necessidade de mercado.

Podemos “linkar” através de um sistema integrado, ERP, o aplicativo de código de

barras que migra informações para um sistema de estoque onde tem informações

atualizadas a qualquer tempo por meio de um outro aplicativo de EDI. Isso tudo

pode estar disponível na intranet e extranet para toda a cadeia de produção afim de

otimizar o processo em termos de eficiência de resposta ao cliente.

Em face todo o exposto devemos ter consciência do enfoque sempre nos negócios e

não na tecnologia, servindo a mesma apenas como suporte a tomada de decisões

de forma mais rápida e eficiente. Para isso é necessário aliar o sistema de

informações logísticas ao sistema de informações gerenciais, sendo fundamental

para a definição e operacionalização do conceito de supply chain management.

De um modo geral, o sucesso da implantação de sistemas logísticos nas empresas

e as vantagens advindas de sua aplicação, depende do processo de

amadurecimento empresarial. Dessa forma, todo o processo logístico pode ser

otimizado, permitindo a maior eficácia nos processos internos e de comunicação

com a cadeia de suprimentos. LEE e WHANG (2002) indica que o segredo está em

utilizar as informações e alavancar os recursos disponíveis para coordenar ações,

priorizando os fluxos de informações. A palavra chave passa a ser a integração

empresarial para obtenção de vantagem competitiva.

1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÂNGELO, C. F.; SIQUEIRA, J. P. Avaliação das condições logísticas para adoção do ECR nos supermercados brasileiros. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.provar.org/imagens/ecr%20em%20supermercados.PDF> Acesso em:

Page 126: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

126

15 Dez 2002

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organizações e logística empresarial. São Paulo: BOOKMAN, pp 26, 2001.

BANZATO, E. Automação de identificação e comunicação. 2002, Anais eletrônicos. Disponível em: <http://www.guiadelogistica.com.br> Acesso em 04 Jan 2003.

BARROS, F. ERP: fornecedores insistem nas médias empresas. 2002, Anais eletrônicos... Computerworld - Edição 373 - 2002. Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/templ_textos/materias.asp?id=22201>. Acesso em: 12 Dez 2002.

BARROS, F. Lado a lado com a presidência. 2002, Anais eletrônicos... Computerworld – Edição 372 – 2002 Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/templ_textos/materias.asp?id=21973> Acesso em:10 Dez

BORGES, A. Perdigão: expansão movida a TI. 2002, Anais eletrônicos... Computerworld – Edição 374 – 2002 Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/templ_textos/materias.asp?id=22825> Acesso em: 05 Jan 2003.

BORGES, A. Datasul tem crescimento de 7% em 2002. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/templ_textos/noticias.asp?id=23009> Acesso em: 10 Jan 2003

BOWERSOX, D. J. Logistics Informations Systems; SECTION VIII EDI refina vendas na Quaker Alimentos. 1997, Case. Computerworld Corporate – Edição 233 – 1997 Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/cases/1997/quaker.htm> Acesso em: 13 Dez 2002

FELIPINI, D. A internet na gestão dos fornecedores. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.guiadelogistica.com.br> Acesso em: 15 Dez 2002.

FELIPINI, D. Gestão de distribuidores e desintermediação. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.guiadelogistica.com.br> Acesso em: 15 Dez 2002.

FOX, T. Logistics Informations Systems Design; Chapter 3; pp 714-717 2002.

GEORGES, D.; GASNIER, J. WMS vs WCS. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.guiadelogistica.com.br> Acesso em: 03 Jan 2003

LALONDE, B. J. Issues in Supply Chain Costing. Dispponível em: <http://fisher.osu.edu/logistics/issues.doc> Acesso em: 22 Dez 2002.

SAYON, M. Pão-de-açúcar e Sé unem operações na web. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em:

Page 127: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

127

<http://www.businessstandard.com.br/bs/noticias/2002/12/0011> Acesso em 12 Dez 2002

SAYON, M. Supply Chain cresce modestamente no Brasil. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.businessstandard.com.br/bs/investimento/2002/11/0006> Acesso em : 16 Dez 2002.

SEGATO, R. Como escolher um ERP. 2002, Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.guiadelogistica.com.br> Acesso em: 15 Dez 2002.

ZAIDAN, P. Redes varejistas descobrem a TI. 2002, Anais eletrônicos... Computerworld – Edição 377 2002. Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/templ_textos/materias.asp?id=23037> Acesso em 03 Jan 2003.

ZAIDAN, P. Davene se rende ao mundo da TI. 2002, Anais eletrônicos... Computerworld – Edição 371 2002. Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/templ_textos/materias.asp?id=21768> Acesso em 03 Jan 2003.

ZAIDAN, P. Setor de higiene investe em crescimento tecnológico. 2002, Anais eletrônicos... Computerworld – Edição 372 – 2002 Disponível em: <http://computerworld.terra.com.br/templ_textos/materias.asp?id=20548> Acesso em: 13 Dez 2002.

LEE, Hau L; WHANG, Seungjin. Gestão da e-scm, a cadeia de suprimentos eletrônica. HSM management, São Paulo. Editora HSM Management,n.30,pg 109-116,jan-fev 2002.

Page 128: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

128

SITES E LIVROS PARA CONSULTAS

[PDF] O Gerenciamento de Processos de Negócios como uma estratégia

de gestão empresarial L Costa, JL Kovaleski, LA Pilatti, T de Paiva Coelho Jr - simpep.feb.unesp.br

... O objetivo desse artigo é mostrar como o BPM tem sido utilizado para apoiar esse ... tais objetivos,

a organização possui uma série de processos-chave de negócios ea escolha do ... Este estudo

de caso foi apresentado na dissertação de mestrado intitulada “Gestão de Processos ...

Artigos relacionados Todas as 3 versões Citar

Mais

[PDF] de unifor.br

[PDF] Encontros destacam qualidade na pesquisa C DE RUA - unifor.br

... Eles trabalham na expansão do projeto e na produção de artigos.“Para o desenvolvimento

desse ...

E INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS • GESTÃO DE GRUPO NAS ORGANIZAÇÕES • GESTÃO

MUNICIPAL • GESTÃO DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS • GESTÃO DE OBRAS DE ...

Todas as 9 versões Citar

Mais

[CITAÇÃO] RELAÇÕES DE PODER E EXERCÍCIO DE CONTROLE MEDIADOS PELA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO AFA Fell, EP Kovacs, FRN Matos, MCM Silva - 2010 - Revista Gestão e Planejamento

Artigos relacionados Citar

[CITAÇÃO] SISTEMAS DE INFORMAÇÕES E DE CONHECIMENTOS PARA

CONTRIBUIR NAGESTÃO MUNICIPAL E NO MERCADO IMOBILIÁRIO DAS CIDADES DA REZENDE, JA GUAGLIARDI

Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

[CITAÇÃO] Sistemas de informação baseados em indicadores e sua aplicabilidade nas

estratégias municipais e na gestão por projetos L WZOREK, DA REZENDE, JA GUAGLIARDI… - … DA LARES (Latin American …, 2004

Citado por 3 Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

[PDF] de abed.org.br

[PDF] Evasão na educação a distância: um estudo sobre a evasão em uma instituição de ensino superior BG Jorge, CZ Martins, F Carniel, FR Lazilha, MC Vieira… - Maringá: abril, 2010 - abed.org.br

... A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9.394) a EaD foi

reconhecida como modalidade de ensino por meio do artigo 80: “O ... Gestão Financeira,

Gestão Comercial, Gestão de Negócios Imobiliários. No ...

Citado por 2 Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

Mais

[PDF] de uem.br

[PDF] ESTRATÉGIAS E AÇÕES DO CAPITAL IMOBILIÁRIO NA (RE) PRODUÇÃO

DO ESPAÇO URBANO DE MARINGÁ JR Machado - dge.uem.br

... vantajosos que os financiamento em termos de juros, faculdade oferecendo

pós-graduação (Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil), artigo de

uma tabeliã (falando sobre a importância da escritura pública na ...

Artigos relacionados Citar

Mais

[HTML] de scielo.br

Page 129: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

129

[HTML] Globalização e urbanização subdesenvolvida JSW Ferreira - São Paulo em perspectiva, 2000 - SciELO Brasil

... governo desta cidade se espelha no 'governo' da empresa: gestão empresarial, marketing ...

descrição da "bolha especulativa" de Bangcoc, feita no início deste artigo. ... nas empresas

transnacionais atuantes nesses mercados uma grande oportunidade de negócios imobiliários. ...

Citado por 36 Artigos relacionados Todas as 9 versões Citar

Mais

Sobre este autor (a) DRMWF MARTINS-ADVOGADO… - webartigos.com

... os operadores do direito e em particular, para administradores á frente da gestão de entidades ...

Entrar em contato com o autor. Membro desde novembro de 2011. Artigos por tema.

Administração e Negócios. 5631. Apostilas. 41. Arte e Ciência. 2227. Contos. 1850. Crônicas. ...

Citar

Mais

[CITAÇÃO] 9ª Conferência Internacional da LARES MMT de Andrade, ACA Sauaia

Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

[PDF] CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL: UMA

ANÁLISE DA FORMAÇÃO SUPERIOR TECNOLÓGICA

JG PEDRO - tede.unoeste.br

... Para a organização dos dados coletados foi realizada uma leitura integral dos documentos,

dos artigos e dos questionários ... fragilidades, especialmente aquelas relacionadas à

articulação

teoria e prática no futuro campo de atuação do tecnólogo em Gestão Comercial. ...

Artigos relacionados Todas as 3 versões Citar

[PDF] de unifor.br

[PDF] Universidade aqui e agora

J DO - unifor.br

... NEGÓCIOS NO VAREJO • LINGUAGEM • MBA EM CRIAÇÃO DE EMPRESAS

E GESTÃO DE

NEGÓCIOS • MBA EM FORMAÇÃO EMPRESARIAL • MBA EM GESTÃO DE

MARKETING ... Cardoso

de Souza foi premiada em segundo lugar no II Concurso de Artigos do Centro ...

Todas as 7 versões Citar

Mais

[HTML] de mctes.pt

[HTML] Método do rendimento na avaliação imobiliária: uma revisão da literatura

F Tavares, AC Moreira, E Pereira - Economia Global e Gestão, 2011 - scielo.oces.mctes.pt

... Para tal, o artigo divide-se em cinco secções. ... Para Caballer (1993b), do ponto de vista

económico,

quanto maiores forem as rendas, maior será o volume de negócios e maior ... em situações de

aderência perfeita e, a longo prazo, se se tratar de um caso de gestão empresarial e ...

Artigos relacionados Todas as 4 versões Citar

Mais

[PDF] de rn.gov.br

[PDF] … DO GOVERNO DE MINAS NA INOVAÇÃO, SIMPLIFICAÇÃO,

GOVERNANÇA E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DO

PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO DO ESTADO

TE Ajudarte, M de Paula Ramos, JM Duarte - idema.rn.gov.br

Page 130: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

130

... Page 4. 3 Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo apresentar o

Módulo ... Módulo

de Gestão de Imóveis, facilitando assim a compreensão da necessidade e ... A autora discorda

dessa tese, pois, quaisquer negócios imobiliários relativos à ...

Artigos relacionados Todas as 87 versões Citar

Mais

[CITAÇÃO] 013 Strategic Alliances and the Real Estate Market 013 Alianças Estratégicas eo

MercadoImobiliário

DL Batalha-Vasconcelos

Artigos relacionados Citar

[PDF] de anpad.org.br

[PDF] A UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE ENGENHARIA ECONÔMICA PARA

POSICIONAMENTOS ESTRATÉGICOS EM NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO

PEEMN DA CONSTRUÇÃO - anpad.org.br

... a veracidade da hipótese de trabalho originalmente estimada, registrada na introdução deste

artigo. ... eo complexo ambiente em que são desenvolvidos os negócios imobiliários, julga-

se ...

empresas que declararam adotar o Planejamento Estratégico como ferramenta de gestão. ...

Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

Mais

[PDF] de intercom.org.br

[PDF] Estudo de Caso: Uma Abordagem Preliminar Sobre a Gestão Ambiental eo Composto

de Marketing da Construtora Cosil no Mercado Sergipano¹

DO SANTANA, MV de Ávila NASCIMENTO… - intercom.org.br

... tiveram como fontes sites diversos (da empresa, de jornais, do setor imobiliário, etc), o

relatório de sustentabilidade da Cosil ea literatura de artigos e livros sobre marketing e ...

marketing. Revista Brasileira de Gestão de Negócios [en línea] 2009, vol. ...

Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

Mais

[PDF] de uem.br

JORNAL DE OFERTAS IMOBILIÁRIAS DE MARINGÁ-PR: FERRAMENTA

ESTRATÉGICA DO MARKETING IMOBILIÁRIO

SM Torrecilha, CM Mendes - Geoingá: Revista do Programa de Pós- …, 2012 -

eduem.uem.br

... Maringá, v. 2, n. 2 , p. 54-73, 2010 ISSN 2175-862X (on-line) financiamentos em termos

de juros, faculdade oferecendo pós-graduação (Gestão de Negócios Imobiliários e da

Construção Civil), artigo de uma tabeliã (falando sobre a importância da ...

Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

[PDF] de lares.org.br

[PDF] VI SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA LARES-LATIN AMERICAN REAL

ESTATE SOCIETY-SOCIEDADE LATINO-AMERICANA DE

ESTUDOS IMOBILIÁRIOS

HCA INDUTOR, UED DE EXPANSÃO… - lares.org.br

... ARTIGOS: − Jornal O Estado de São Paulo: Coluna Opinião: • (01/07/03) Caderno

Viagem:

Bahia, um exemplo a ser seguido. ... (n o 20 – Mar-Abr/06) Gestão: Bandeira

Hoteleira. ... Revista

Casas & Negócios, de Portugal: Coluna Rubrica do Brasil. ...

Page 131: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

131

Artigos relacionados Todas as 3 versões Citar

Mais

Disciplina: EAD622–Gestão de Pessoas Autor (es): Augusto Rocha Professor (a)

GM Comini - webartigos.com

... Artigos. Administração e Negócios. "Why are we losing all our good People" ? Um caso

da

Harvard Business Review de Edward E. Lawler III. Publicado em 03 de setembro de 2009 em

Administração e Negócios ... Ano 2009. Disciplina: EAD622 – Gestão de Pessoas.

Autor(es): ...

Citar Mais

[CITAÇÃO] De portas abertas para o futuro J DO

Todas as 7 versões Citar

[PDF] de unb.br

Gestão de risco: uso simulação para estudo de probabilidades FF Tomé - 2012 - bdm.bce.unb.br

... Os artigos estudados apontaram para o uso do método de Monte Carlo como um ... ferramentas

de gestão de risco, em especial a modelagem e simulação assistida por computador seguindo

o método de Monte Carlo. ... Fábio S Lemos Negócios Imobiliários ...

Artigos relacionados Citar

[HTML] de mctes.pt

[HTML] Pesquisa estruturada versus pesquisa em texto livre na seleção de imóveis em sitesimobiliários PG Correia, A Reis - … Portuguesa e Brasileira de Gestão, 2011 - scielo.oces.mctes.pt

... e Presidente do Advance Research Center, Centro de Investigação Avançada em Gestão do

ISEG ... Este artigo analisa o desempenho da pesquisa estruturada versus a pesquisa em texto ...

Esta aptidão assume-se como relevante para negócios como a mediação imobiliária, uma ...

Artigos relacionados Todas as 4 versões Citar

Mais

[PDF] de uff.br O empreendedorismo urbano na cidade de Brasília: a subordinação das políticas urbanas ao mercadoimobiliário R Viana, G Oliveira Jr, AM Martins - GEOgraphia, 2011 - uff.br

... Enquanto no capítulo I – Do patrimônio cultural -, artigo 11, item II “instituir instrumentos

econômicos e ... Essa direção de empresariamento na gestão local deu-se pela possibilidade de

situar, nesse ... ao setor imobiliário e do terciário superior (de lazer e turismo de negócios). ...

Artigos relacionados Citar

[PDF] de scielo.br

Planejamento estratégico na indústria imobiliária: evidências de mercado OFO Balarine - Produção, 1997 - SciELO Brasil

... partindo do levantamento de informações disponíveis na bibliografia e em artigos de periódicos. ...

utilização de campanhas mercadológicas e cuidado com o planejamento e controle de gestão. ...

estratégicas tem se mostrado vital para o sucesso dos negócios dessas empresas ...

Artigos relacionados Todas as 6 versões Citar

[PDF] de ipl.pt

Caracterização da actividade de gestão de projecto na área de

promoção imobiliária em Portugal JLRR Pereira - 2010 - repositorio.ipl.pt

Page 132: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

132

... duvidoso, ou em suspeições de práticas menos adequadas a uma Gestão que se quer

transparente. É frequente a existência de artigos de jornais ou revistas, ou mesmo reportagens ...

aparentes lucros, a transparência do processo comercial e tantos outros assuntos ...

Artigos relacionados Citar

[PDF] de fatecbt.edu.br

[PDF] A UTILIZAÇÃO DE UM SOFTWARE DE

GERENCIAMENTO IMOBILIÁRIO PARA A MELHORIA DO ATENDIMENTO AO CLIENTE E OTIMIZAÇÃO DO … DA Machado, VTS Gambarato - Tekhne e Logos, 2011 - fatecbt.edu.br

... arrendamento), categoria (comercial, industrial ou residencial), status ... 2009. SPERB, CC; NETO,

HMF A importância do SI na gestão de empresas 11 Set. 2006. Disponível em: <http://www.

designvirtual.com/?id=artigos &ida=16> Acesso em: 3 abr. 2009. ZIGGI. ...

Todas as 2 versões Citar

Mais

[HTML] de netlegis.com.br

[HTML] Estados Unidos espirra o mundo fica gripado …, EÉNFUM PLANO, DE NEGÓCIOS… - netlegis.com.br

... Artigo Publicado na Área Contábil. ... 2007 exportações de US$ 160,649 bilhões (+16,6%),

importações de US$ 120,610 bilhões (+32%) e um saldo comercial de US ... Mas nosso país tem

sérios problemas de Gestão, isto é, nossos presidentes e ministros não tiveram e não tem o ...

Todas as 2 versões Citar

[PDF] de ufsc.br

Uma análise do desenvolvimento dos estudos de estratégia no ramo imobiliário a partir das influências mais recentes dos stakeholders doi: 10.5007/2175-8077.2010 … EM Giglio, AL Ryngelblum - Revista de Ciências da Administração, 2010 - journal.ufsc.br

... as afirmativas sobre estratégias e as contribuições teóricas e de gestão. ... Nos 12 congressos

buscaram-se os artigos que contivessem as palavras-chave ... construtoras, corretores,

empreendimento, es- tratégia, imobiliária, imóveis, negócios imobiliários, planejamento urbano”. ...

Artigos relacionados Todas as 8 versões Citar

[CITAÇÃO] 9-GESTÃO INTERNACIONAL: A PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA ENTRE 1997 E 2006 RC Moreira da Silva, N Campos Filho, L Alberto - REAd-Revista Eletrônica de …, 2010

Artigos relacionados Todas as 7 versões Citar

[CITAÇÃO] Sistema de Gestão para empresas de incorporação imobiliária

R SOUZA - São Paulo: O Nome da Rosa, 2004

Citado por 4 Artigos relacionados Todas as 2 versões Citar

[PDF] de usp.br

[PDF] Análise das Práticas de Gestão de Riscos Divulgadas nas Informações Anuais das

Empresas Listadas no Novo Mercado da Bovespa

FC Fernandes, M Silva, F Termus - SEMEAD–SEMINÁRIOS EM …, 2008 - ead.fea.usp.br

... Seguindo esta linha de entendimento o objetivo geral deste artigo é o de analisar o

conteúdo

dos relatórios IANs – Informações Anuais, emitidos pelas empresas listadas no Nível Novo

Mercado de ... 49 Rodobens Negócios Imobiliários SA Sim ... 56 Tegma Gestão Logística

Page 133: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

133

SA ...

Citado por 2 Artigos relacionados Citar

Mais

[PDF] de repec.org.br

Informações sobre gestão de riscos nas IANs das empresas listadas no Novo Mercado da

Bovespa

FC Fernandes, M Silva… - Revista de Educação e …, 2009 - repec.org.br

... posicionam Lemgruber et al (2001). Seguindo essa linha de entendimento, o objetivo geral

deste

artigo é o de analisar ... 84 Renar Macas SA RENAR ND 85

Rodobens Negócios Imobiliários SA

RODOBENSIMOB D. ... 92 Tecnisa SA TECNISA D. 93 Tegma Gestão Logística SA ...

Citado por 2 Artigos relacionados Todas as 7 versões Citar

[PDF] de ufrgs.br

Planejamento estratégico na indústria imobiliária: evidências de mercado

OFO Balarine - Ambiente Construído, 2008 - seer.ufrgs.br

... do levantamento de informações disponíveis na bibliografia e em artigos de

periódicos. ... e

incorporação imobiliária vêm empregando consistentemente estratégias competitivas em seus

negócios. ... utilização de campanhas mercadológicas e cuidados com o controle de gestão. ...

Citado por 2 Artigos relacionados Todas as 5 versões Citar

[LIVRO] Constituição da república portuguesa anotada

JJG Canotilho, V Moreira - 1985 - rt.com.br

... Artigo 89º (Participação dos trabalhadores na gestão). TÍTULO II — Planos. Artigo 90º

(Objectivos

dos planos). Artigo 91º (Elaboração e execução dos planos). Artigo 92º (Conselho

Económico

e Social). TÍTULO III — Políticas agrícola, comercial e industrial. ...

Citado por 267 Artigos relacionados Todas as 3 versões Citar

Mais

[PDF] COFECI-CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVES

P PEDAGÓGICO, TEMG IMOBILIÁRIA - creciro.org.br

... Periódicos do CRECI e SINDICATOS e outros artigos sobre o Mercado Imobiliário. Page

14.

13 ... Classificação. Responsa- bilidade Civil nos Negócios Imobiliários. 12 Da prescrição e

da

Decadência: Impedimentos e Suspensões. ... MODELOS DE GESTÃO PROFESSOR (1) ...

Artigos relacionados Todas as 12 versões Citar

Mais

[PDF] de api.adm.br

[PDF] FÓRUNS DE DISCUSSÃO: INSTRUMENTO DE APOIO À FORMAÇÃO DE

RECURSOS HUMANOS E À GESTÃO DO CONHECIMENTO

I Chamovitz - api.adm.br

Page 134: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

134

... 18 26 19/setembro/2010 às 21:07 22 divulgação de artigos, revistas, dissertações, teses e

livro 1 24 11/agosto/2010 às 09:01 ... 9 12 13/agosto/2010 às 18:29 38 mba santander - MBA

Exec. em Gestão de Negócios Imobiliários 8 10 26/julho/2010 às 14:16 ...

C Imobiliária - webartigos.com

... Sou economista, especialista em economia e finanças, com MBA em gestão empresarial. ...

Membro desde dezembro de 2008. Artigos por tema. Administração e Negócios. 5620.

Apostilas. 41. Arte e Ciência. 2225. Contos. 1850. Crônicas. ...

[PDF] de phlnet.com.br

[PDF] PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DOS 5s NA EMPRESA GA NEGÓCIOS

IMOBILIÁRIOS–CHAPADÃO DO SUL/MS

A ROCKENBACH, SP SILVA - RCF - fachasul.phlnet.com.br

... É esse um dos motivos que impulsionam as mesmas a buscarem novos modelos na gestão

de qualidade. ... A proposta de implantação do Programa 5s na empresa

GA Negócios Imobiliários,

surgiu como forma de tornar a empresa mais competitiva, visto que ter um padrão de ...

[PDF] de educonufs.com.br

[PDF] ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA EM SERGIPE

RM Neto, EC da Silva Santos - educonufs.com.br

... mínimo gratuito para o Poder Público, em canais comerciais (LOBO NETO, 2000). Nesta

mesma Lei, em outros artigos, a educação a distância é citada: a) Art. ... Gerenciais,

Pedagogia,

Negócios Imobiliários, Marketing, Gestão Financeira, Gestão de ...

Artigos relacionados Citar Mais

Referências

ALMEIDA, Renilda O. - BSC novos indicadores empresariais [email protected], Artigo da Perspectiva Educação Empresarial & Consultoria. Disponível em: (www.perspectivas.com.br.). Jornal Gazeta Mercantil/28 de Dez/1999. pg 2. Acesso em julho/06.

ALVARENGA, Soraia. B. - Atendimento estrela: uma questão de princípio. Artigo disponível em: www.ietec.com.br. 2003. Acesso em setembro/06.

BARBOSA, Renato. - Valorizando o cliente interno: Em busca pela qualidade na prestação de serviços. – 2003 - Disponível no site: www.ietec.com.br. Acesso em agosto/06.

BIAGGIO, Márcia M. - Tecnologia Gráfica – ABTG/SENAI – Ano VI, nº 24- EstatBrasil Consultoria. 2006.

CORRÊA, H.L.; GIANESI, I.G.N.; CAON, M. - Planejamento, programação e

Page 135: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

135

controle da produção: MRP II / ERP: conceitos, uso e implantação. São Paulo. Atlas. 1997.

CS - Informativo Técnico 37 de 27 Mar 2005. Disponível em: [email protected]. Acesso em outubro/06.

DAQ CONSULTORIA. Disponível em: www.dqa.pt/002.aspx?dqaa – SGSST. Acesso em julho/06.

DAVENPORT, Thomas H. - Reengenharia de Processos: Como inovar na Empresa através da tecnologia da informação. 5. ed. Rio de Janeiro. Campus. 1994.

DE CECCO, Francisco. – disponível em: www.qsp.org.br/ohsas18000.shtml . julho 1999. Artigo para QSP – [email protected]/1999 e 2000. Acesso em outubro/06.

DUKE, Okes. - ASQ - Promoting Quality In Your Organization Series: Quality Progress. Vol. 39, No. 5, May 2006, pp. 36-40.

DURSKI, Gislene R. - Avaliação do desempenho em cadeias de suprimentos. Artigo da Rev. FAE. Curitiba. Jan/Abril 2003. v.6, n.1, p.27-38.

FALCONI, Vicente C., ISHIKAWA, Kaoru. - Qualidade Total – Padronização de empresas. 1991.

ISHIKAWA, Kaoru. Controle de qualidade total à maneira japonesa. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus.

FALCONI, Vicente C. - Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia. Belo Horizonte. Editora de Desenvolvimento Gerencial. 2002. 148

FEHR, M. - Reengenharia, Reeducação e Qualidade Total. Retirado da Revista de Graduação da Engenharia Química. São Paulo. 2001. v. 4, n. 8, p. 43-54.

FITZSIMMONS, James. - Administração de serviços: operações, estratégia e tecnologia de informação. Tradução de Sandra Roos Santos et al.2.ed. Porto Alegre. Bookman.2000. p 45, 249 a279.

GASNIER, Daniel, REZENDE, Antônio Carlos, CARILLO, Edson, BANZATO, Eduardo, MOURA, Reinaldo A. - Atualidades na Cadeia de Abastecimento. Retirado do site: www.imam.com.br. 2003. Acesso em setembro/06.

GIANESI, Irineu G. N, CORREA, Henrique Luiz. - Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. 1. Ed. São Paulo. Atlas. 1994. p 105.

GONÇALVES, José E. L. Reengenharia das Empresas: Passando a limpo. São Paulo: Atlas, 1995.

HYPOLITO Christiane. M, PAMPLONA Edson de O. - Sistemas de Gestão

Page 136: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

136

Integrada: Conceitos e Principais Considerações em uma Implantação. 1999.

HAMMER, Michael; CHAMPY, James. - Reengenharia: Revolucionando a Empresa. 3.ed. Rio de Janeiro. Campus. 1994.

HAMMER, Michael. - A empresa voltada para procesos. HSM Management N.9. Ano 2, Jul/Ago 1998.

HAMMER, Michael. - Process Management and the Future of Six Sigma. Sloan Management Review. 2002. p 26-32.

HAMMER, Michael. - Além da Reengenharia. Ed Campus. 1997.

HARRY, Mikel. - Six Sigma: a breakthrough strategy for profitability. New York: Quality Progress. 1998. p. 60 – 64.

HOOPER, Jeffrey H. Artigos de Lucent Technologies (EUA). Retirado do site: [email protected]. Tradução de Marily Tavares Sales do QSP. Maio 2002. Acesso em julho/06.

ITO, Yoshiriro. - Strategic goals of quality costing in japanese companies. Management accounting research. 1995.v. 6. p. 383-397.

JOIA, Luis A. - Reengenharia e Tecnologia da Informação: O Paradigma do Camaleão. São Paulo. Pioneira. 1994.

JP VERITHAS CONSULTORIA. Retirado do site: www.jpveritas.com.br/consultoria/ohsas18000.htm. Acesso em outubro/06.

JURAN, J.M. - A Qualidade desde o Projeto, São Paulo. Ed. Pioneira. 3 Edição. 1997. p 228.

KAPLAN, Robert e NORTON, David. P. - A estratégia em ação – Balanced Score Card. 6 ed. Rio de Janeiro. Campus. 1997.

KAPLAN, Robert e NORTON, David. P. - Organização orientada para estratégia. Rio de Janeiro. Campus. 1997.

KAYDOS, Will.J. - Operational Performance Measurement: Increasing Total Productivity. Retirado do artigo do CRC Press. 1998.

KOTLER, Philip., ARMSTRONG Gary. - Princípios de marketing.. 9 ed. VPrentice-Hall. 2003.

LEITÃO, Joseline. S. - Processos e pessoas nas organizações . Artigo do site:www.ietec.com.br. 2003. Acesso em setembro/06.

LEITE, Ricardo., NORTON, David. - Balanced Score Card na Indústria. Artigo retirado do site: www.canaldotransporte.com.br. 2003.

NORTON, David. O processo de revisão da estratégia. Artigo código B0611A.

Page 137: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

137

Harvard Business Review. Acesso em agosto/06.

LUCEM, Sistemas Integrados de Gestão. Artigo de 30/04/2002. Retirado do site: wwwlucem lucem@lucem lucem.com.br

MAIA, F. - Terceirizando a gestão operacional. Disponível em: <http://www.aesetorial.com.br/tecnologia/artigos. 2003. Acesso em setembro/06.

MEDEIROS, Edmar B. - Um modelo de gestão integrada de qualidade, meio ambiente e segurança e saúde ocupacional para o desenvolvimento sustentável – setor de mineração. Dissertação de Mestrado – Univ Fed Sta Catarina. Disponível no site: http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/9759.pdf. 2003. Acesso em setembro/06.

MILANEZ, F.I Fórum da Liberdade do Paraná, 15/08/2006 . – Enfato Comunicação Empresarial . Retirado do site: [email protected]. Acesso em julho/06.

MINTZBERGER, H.; QUINN, J.B. - O processo da estratégia. 3 ed. Porto Alegre: Bookmann, 2001.

MONTGOMERY, David C. - Design and Analysis of Experiments. 3 ed. New York. John Wiley. 1991.

MONTI, Rubens. - (IN)Fidelidade , Uma Questão de Qualidade Clientes Sonham, Empresas Concretizam. São Paulo. Virgo. 2000.

MORAES, Marcelo. S. - Relacionamento com o cliente. Que bicho é esse? Artigo retirado do site: www.ietec.com.br. 2003. Acesso em setembro/06.

MOREIRA, José C. T. - Percepção é a Realidade. Retirado da revista Marketing Industrial. São Paulo. junho/2003.

NEVES, M. A. Oliveira.- Dez características de um bom KPI. Artigo retirado da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística. Tradução de "Tem Characteristics of a Good KPI" escrito por Wayne Eckerson, diretor de Pesquisa do The Data Warehousing Institute. NORMAS: ABNT ISO 9000, 14000, 18000

OLSEN, M.D., TSE, T.C. e WEST, J.J. - Strategic Management in the hospitality industry, 2ed. New York: John Wiley & Sons. 1998.

PALADINI, Edson. P. - Controle de Qualidade: uma Abordagem Abrangente. São Paulo. Atlas. 1990.

PALMER, Brien.- Making Change Work: Practical Tools for Overcoming Human Resistance to Change. ASQ Quality Press. p15-16, 7-9. 2004.

PANDE, Peter, NEUMAN, Robert and CAVANAGH, Roland. - Estratágia Seis Sigma,. Retirado do site da Qualitymark. Rio de Janeiro. 2001 – Acesso em Agosto/2006.

PERIM, Pedro. F. - Diferenciação em serviços padronizados. Artigo do site:

Page 138: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

138

www.ietec.com.br. 2003. Acesso em Agosto/2006.

PIVA, Horácio. L. - Indicadores de desempenho ambiental da Indústria . Cartilha do Grupo de Trabalho da FIESP/CESP. 2003.

PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para a análise de indústrias e da concorrência. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus. 1991.

PORTER, Michael. - What is Strategy? Harvard Business Review. Publicado com permissão by the President and Fellows Of Harvard College. Novembro/Dezembro 1996. Pode ser solicitado ao GTPE pelo e-mail: [email protected].

POSES, Fred. - Causa e Efeito - Boletim da Siqueira Campos. Ano VI, nº 11. Outubro 2002.

REVISTA FAERBUSINESS (Varbusiness), Journal of Small Business Management, Milwaukeen. n.5, abr. p 34. 2003.

REVISTA MUNDO CORPORATIVO. Deloitte. Ano 4. n 13 .3 Trim. Retirado do site: www.deloitte.com.br. 2006.

REVISTA VOCÊ S.A. - Porque você pode perder o emprego. E. Abril. Maio/2000

RICARDO, Clayton E. Reengenharia de Processos: o Desafio da Mudança, Fundação Escola de Comércio e Centro Universitário Álvares Penteado, Revista Estudante On line .FECAP.Retirado do site: www.fecap.br/.../Graduacao_Rev_Estudante_On_Line2002.

SANTANNA, Cláudio J.e SALLES, M. Telles. - O mapa de processo como ferramenta para criação de sistemas de medição. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Fluminense. Retirado do site: –[email protected]. 2004.

SCAVARDA, Luiz Felipe R. R.- Logística Empresarial e Sistemas Produtivos. Apostila do curso Mestrado Profissionalizante em Logística – IND2503 – PUC – RJ. 2004/02.

SNEE, Ronald D. - Impact of Six Sigma on Quality Engineering: Quality Engineering. New York. American Society for Quality. 2000.

SNEE, Ronald D. - Using Six Sigma in improving health care systems. 54th Annual Quality Congress Proceedings, Indianapolis, IN, American Society for Quality. May 2000.

SNEE, Ronald D. - Why Should Statistician Pay Attention To Six Sigma Total Quality Management, Taylor & Francis. 1998.

SOUZA, R. A. - Análise da Qualidade do Processo de Envase de Azeitonas Verdes Através de Algumas Ferramentas do Controle Estatístico de Processo. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de Santa Catarina CTC Programa de Pós-Graduação em PPGEP Engenharia de Produção. 2003.

Page 139: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

139

TRUGILHO, Gerson F. - O processo e a mudança . Artigo retirado do site :www.ietec.com.br. 2003.

VALENTIN, Frederic G.C. - Indicadores de Produção C, T & A. 1997-2000.

VANTRAPPEN Herman, BOUCKAERT Eoen, DENEFFE Daniel. - A nova arma das indústrias. Artigo retirado do site www.ietec.com.br. 2004.

VERGARA, Sylvia C. - Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3 ed. São Paulo: Atlas. 2000.

Referências 3

BALLOU, R. H. (2001).Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman

BALLOU, R. H. (1993) Logística Empresarial. Tranportes,Administração de Materiais, Distribuição Física. São Paulo: Atlas.

BEAMON, B. M.; WARE, T.M. (1998) A process quality model for the analisys, improvement and control of supply chain systems. Internationa Journal of Physical Distribution & Logistics Management, v. 28, n. 9/10, p. 704-715.

BLATHERWICH, A.(1998) Vendor-managed inventory: fashion fad or important supply chain strategy ? Supply Chain Management, v. 3, n. 1, p. 42-60.

BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. (2001) Logística Empresarial. O Processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas.

CHING, H. Y. (2001) Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada. 2.ed. São Paulo: Atlas.

CHOPRA, S; MEINDL, P (2003) Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos –Estoque, Planejamento e Operação. 3ª edição. New Jersey: Prentice Hall.

CORRÊA, H. L. (2002) Supply Chain Management: implementando VMI de forma eficaz. São Paulo: Fundação Getulio Vargas.

COSTA, A. F. B.; EPPRECHT, E. K.; CARPINETTI, L. C. R. (2004) Controle Estatístico de Qualidade. São Paulo: Atlas.

CSCMP - Council of Supply Chain Management Professionals - Disponível em http://www.cscmp.org/Website/AboutCSCMP/Definitions/Definitions.asp. Acesso em 03/02/2007 às 20:30.

DISNEY S.M.; NAIM M.M.; POTTER A. (2002). Assessing the impact of ebusiness on supply chain dynamics. International Journal of Production Economics v. 89, n. 8, p. 109-118.

HEIKKILÄ, J. (2002) From supply to demand chain management: efficiency and

Page 140: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

140

customer satisfaction. Journal of Operations Management, v.9, n. 20, p.747-767.

HIJJAR, M.F.; GERVÁSIO,M.H.; FIGUEIREDO, K.F. (2005) Mensuração de desempenho logístico e o modelo World Class Logistics. Centro de Estudos em Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ. Disponível em http://www.cel.coppead.ufrj.br/fs-public.htm Acesso em 19/05/2007 às 15:30.

KRAKOVICS, F. Um modelo para avaliação de desempenho da gestão logística quarteirizada (4PL) no segmento de resinas termoplásticas. Rio de Janeiro, 2004.

Dissertação de Mestrado - Departamento de Engenharia Industrial, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

LAMBERT, D. M.; COOPER, M. C. (2000) Issues in supply chain management. Industrial Marketing Management, v. 29, n.12, p. 65–83, Elsevier Science Inc.

MENDOZA, A.L. Gestão da Cadeia de Suprimentos Global na Glaxosmithkline – GSK. Rio de Janeiro, 2006. Dissertação de Mestrado - Departamento de Engenharia Industrial, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

MENTZER, J. T.; DEWITT, W.; KEEBLER, J.; MIN, S.; NIX, N.; SMITH, C.; ZACHARIA, Z.

(2001) Defining supply chain management. Journal of Business Logistics, v. 22, n. 2, p. 25-30.

NEELY, A.; GREGORY M.; PLATTES,K (1995) Performance measurement systems design: a literature review and research agenda. International Journal of Operations & Production Management, v. 15, n. 4, p. 80-116.

NOVAES, A.G. (2004) Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia, Operação e Avaliação. Rio de Janeiro: Campos.

PIRES, S.R. I. (2004) Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management) – Conceitos, Estratégias, Práticas e Casos. São Paulo: Atlas.

SCAVARDA, L.F.; HAMACHER, S.; PIRES, S. (2004) A Model for SCM Analysis and its Application. Brazilian Journal Of Operations And Production Management, v. 1, n. 1, p. 29-52, 2004.

SILVER, A.E.; PYKE, D.F.; PETERSON, R. (1998) Inventory Management and Production Planning and Scheduling. John Wiley & Sons.

SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY,P.; SIMCHI-LEVI, E. (2003), Designing and Managing the Supply Chain: Concepts, Strategies, and Case Studies. McGraw-Hill.

SLACK, N..; CHAMBERS, S.; HARLAND, C.; HARRISON, A..; JOHNSTON, R. (1996) Administração da Produção. São Paulo: Atlas.

Page 141: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

141

REFERÊNCIAS 4

ABDEL-KHALIK, A. Rashad; AJINKYA Bipin B. Empirical research in accounting: a methodological viewpoint. Sarasota: AAA - American Accounting Association, Accounting Education, Série n.4, 1979.

ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

BERLINER, Callie; BRIMSON, James A. Gerenciamento de custos em indústrias avançadas: base conceitual CAM-I. São Paulo: T.A. Queiroz, 1992.

BERNARDI, Luiz Antonio. Política e formação de preços: uma abordagem competitiva sistêmica e integrada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

BRASIL. Lei n. 10.165, de 27 de dezembro de 2000. Altera a Lei n. 6.938, de 31 de agosto de l981, que dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras providências. In: Diário Oficial da União, Brasília, 28 dez. 2000.

COGAN, Samuel. Custos e preços: formação e análise. São Paulo: Pioneira, 1999.

FIERGS – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul. Indicadores econômicos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Publicações FIERGS, 2001. Disponível em: <http://www.fiergs.com.br>. Acesso em: 23 maio 2004.

FISHMAN, Charles. A precificação científica. HSM Management. São Paulo, nº. 39, p. 130-136, jul./ago. 2003.

GOVINDARAJAN, Vijay; ANTHONY, Robert N. How firms use cost data in pricing decisions. Management Accounting. Estados Unidos, p.30-37, jul. l983.

HANSEN, Don R; MOWEN, Maryanne M. Gestão de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa industrial anual. Disponível em: <http://www.ibge.com.br> . Acesso em: 09 maio 2004.

IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

KAPLAN, Rpbert S.; ATKINSON, Anthony A. Advanced management accounting. 3. ed. New Jersey, Prentice Hall, 1998.

KAPLAN, Robert S.; COOPER, Robin. Custo e desempenho: administre seus custos para ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 1998.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

Page 142: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

142

LUNKES, Rogério João. Uma contribuição à formação de preços de venda. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília, nº. 141, p. 51-57, maio/jun. 2003.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MIRANDA, Luiz Carlos; NASCIMENTO NETO, Renata Valeska. Utilização de sistemas de custeio em indústrias brasileiras: uma pesquisa empírica. Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 20, Atibaia/SP, 2003. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2003.

NAKAGAWA, Masayuki. Gestão estratégica de custos. São Paulo: Atlas, 1993.

NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

OTT, Ernani. A informação contábil e o processo de tomada de decisões: marco conceitual e estudo empírico. Tese (Doutorado em Gestão financeira e Contabilidade) -

Faculdade de CC. EE. e Empresariais, Universidade de Deusto, São Sebastião, 1997.

PORTER, Michael. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

ROCHA, Welington. Contribuição ao estudo de um modelo conceitual de sistema de informação de gestão estratégica. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, 1999.

SAKURAI, Michiharu. Gerenciamento integrado de custos. São Paulo: Atlas, 1997.

SHANK, John K.; GOVINDARAJAN, Vijay. A revolução dos custos: como reinventar e redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, l997.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Classificação de Empresas por número de empregados. Brasil, 2004. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br>. Acesso em: 09 maio 2004.

SHIM, Eunsup; SUDIT, Ephraim F. How manufacturers price products. Management Accounting. Estados Unidos, p. 37-39, Feb. 1994.

SOUZA, Marcos Antônio. Práticas de contabilidade gerencial adotadas por subsidiárias brasileiras de empresas multinacionais. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, 2001.

Page 143: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

143

ORIENTAÇÕES PARA BUSCA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS NO SCIELO

Após a escolha do tema do TCC, pertinente ao seu curso de Pós-graduação,

você deverá fazer a busca por artigos científicos da área, em sites especializados,

para a redação do seu próprio artigo científico. O suporte bibliográfico se faz

necessário porque toda informação fornecida no seu artigo deverá ser retirada de

outras obras já publicadas anteriormente. Para isso, deve-se observar os tipos de

citações (indiretas e diretas) descritas nesta apostila e a maneira como elas devem

ser indicadas no seu texto.

Lembre-se que os artigos que devem ser consultados são artigos científicos,

publicados em revistas científicas. Sendo assim, as consultas em revistas de ampla

circulação (compradas em bancas) não são permitidas, mesmo se ela estiver

relatando resultados de estudos publicados como artigos científicos sobre aquele

assunto. Revistas como: Veja, Isto é, Época, etc., são meios de comunicação

jornalísticos e não científicos.

Os artigos científicos são publicados em revistas que circulam apenas no

meio acadêmico (Instituições de Ensino Superior). Essas revistas são denominadas

periódicos. Cada periódico têm sua circulação própria, isto é, alguns são publicados

impressos mensalmente, outros trimestralmente e assim por diante. Alguns

periódicos também podem ser encontrados facilmente na internet e os artigos neles

contidos estão disponíveis para consulta e/ou download.

Os principais sites de buscas por artigos são, entre outros:

SciELO: www.scielo.org

Periódicos Capes: www.periodicos.capes.gov.br

Bireme: www.bireme.br

PubMed: www.pubmed.com.br

A seguir, temos um exemplo de busca por artigos no site do SciELO.

Lembrando que em todos os sites, embora eles sejam diferentes, o método de

busca não difere muito. Deve-se ter em mente o assunto e as palavras-chave que o

levarão à procura pelos artigos. Bons estudos!

Page 144: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

144

Siga os passos indicados:

Para iniciar sua pesquisa, digite o site do SciELO no campo endereço da

internet e, depois de aberta a página, observe os principais pontos de pesquisa: por

artigos; por periódicos e periódicos por assunto (marcações em círculo).

Ao optar pela pesquisa por artigos, no campo método (indicado abaixo),

escolha se a busca será feita por palavra-chave, por palavras próximas à forma que

você escreveu, pelo site Google Acadêmico ou por relevância das palavras.

Page 145: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

145

Em seguida, deve-se escolher onde será feita a procura e quais as palavras-

chave deverão ser procuradas, de acordo com assunto do seu TCC (não utilizar “e”,

“ou”, “de”, “a”, pois ele procurará por estas palavras também). Clicar em pesquisar.

Page 146: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

146

Lembre-se de que as palavras-chave dirigirão a pesquisa, portanto, escolha-

as com atenção. Várias podem ser testadas. Quanto mais próximas ao tema

escolhido, mais refinada será sua busca. Por exemplo, se o tema escolhido for

relacionado à degradação ambiental na cidade de Ipatinga, as palavras-

Page 147: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

147

chave poderiam ser: degradação; ambiental; Ipatinga. Ou algo mais detalhado. Se

nada aparecer, tente outras palavras.

Isso feito, uma nova página aparecerá, com os resultados da pesquisa para

aquelas palavras que você forneceu. Observe o número de referências às palavras

fornecidas e o número de páginas em que elas se encontram (indicado abaixo).

A seguir, estará a lista com os títulos dos artigos encontrados, onde constam:

nome dos autores (Sobrenome, nome), título, nome do periódico, ano de publicação,

volume, número, páginas e número de indexação. Logo abaixo, têm-se as opções

de visualização do resumo do artigo em português/inglês e do artigo na íntegra, em

português. Avalie os títulos e leia o resumo primeiro, para ver se vale à pena ler todo

o artigo.

Page 148: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

148

Ao abrir o resumo, tem-se o nome dos autores bem evidente, no início da

página (indicado abaixo). No final, tem-se, ainda, a opção de obter o arquivo do

artigo em PDF, que é um tipo de arquivo compactado e, por isso, mais leve, Caso

queria, você pode fazer download e salvá-lo em seu computador.

Page 149: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

149

Page 150: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

150

Busca por periódicos

Caso você já possua a referência de um artigo e quer achá-lo em um

periódico, deve-se procurar na lista de periódicos, digitando-se o nome ou

procurando na lista, por ordem alfabética ou assunto. Em seguida, é só procurar

pelo autor, ano de publicação, volume e/ou número.

Page 151: SUGESTÕES DE TEMAS PARA O CURSO DE Geografia e …ava.ucamprominas.com.br/public/site/docs/file_ementa/8a061665b6e... · UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTEIO EM INDÚSTRIAS BRASILEIRAS:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002

Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: [email protected]

151

É preciso ressaltar que você deve apenas consultar as bases de dados e os

artigos, sendo proibida a cópia de trechos, sem a devida indicação do nome do

autor do texto original (ver na apostila tipos de citação) e/ou o texto na íntegra.

Tais atitudes podem ser facilmente verificadas por nossos professores, que

farão a correção do artigo.