sucos e refrigerantes um mercado em ebuliÇÃo

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1 8 BRASIL ALIMENTOS - nº 18 - Janeiro/Fevereiro de 2003 P ara atender às modificações do hábi- tos alimentares, a indústria brasileira de bebidas está alterando as formas de atu- ação no mercado e seguindo uma tendên- cia mundial: a de produtos mais saudáveis, saborosos e que ainda possam proporcio- nar benefícios à saúde. Com esta visão, surgem a cada momento novas empresas ou outras já tradicionais, que estão ingres- sando no mercado de bebidas prontas para beber, nas quais se incluem sucos de fru- tas, refrescos, chás, água mineral e água de coco. Na via contrária, ao mesmo tem- po em que as opções de bebidas se proli- feram, estão os “vovôs” refrigerantes, cuja indústria é dona da maior parcela do seg- mento e que ainda está despreocupada com o crescimento de participação das outras parcelas do mercado de bebidas não- alcóolicas. O mercado de bebidas, no Bra- sil, movimenta 14 bilhões de litros ao ano, com crescimento médio de 15%. Deste to- tal, 3 bilhões são de sucos. A pouca apreensão da indústria de re- frigerantes é justificada pelo volume pro- dutivo desta linha, o qual está muito dis- tante de outros setores. No ano passado, a indústria de refrigerantes brasileira produ- ziu 11,97 bilhões de litros da bebida, o que significou um aumento de 3,3% em relação a 2001. Um ligeiro aumento se comparado ao do mercado de sucos pron- tos para beber, que deve registrar cresci- mento médio de 50% em 2002, segundo dados prévios das indústrias do setor. Mas o rival da indústria de refrigerantes não é a de sucos prontos, que está bem longe de chegar aos patamares em volume das fá- bricas de bebidas gaseificadas. Anualmen- te, as empresas de sucos prontos movimen- tam cerca de 165 milhões de litros no País, o que representa R$ 450 milhões. O valor está bem abaixo dos mais de R$ 15 bi- lhões movimentados pela indústria de re- frigerantes. Para 2003, a expectativa é de que o setor de sucos prontos atinja a casa dos 200 milhões de litros. Por enquanto, a única disputa acirra- da no setor de refrigerantes está entre as marcas regionais, que têm diferenças éticas na forma de trabalharem. De acor- CAP CAP CAP CAP CAPA SUCOS E REFRI GERANTES Um mercado em ebulição Lilian Araujo

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1 8 BRASIL ALIMENTOS - nº 18 - Janeiro/Fevereiro de 2003

Para atender às modificações do hábi-tos alimentares, a indústria brasileira

de bebidas está alterando as formas de atu-ação no mercado e seguindo uma tendên-cia mundial: a de produtos mais saudáveis,saborosos e que ainda possam proporcio-nar benefícios à saúde. Com esta visão,surgem a cada momento novas empresasou outras já tradicionais, que estão ingres-sando no mercado de bebidas prontas parabeber, nas quais se incluem sucos de fru-tas, refrescos, chás, água mineral e águade coco. Na via contrária, ao mesmo tem-po em que as opções de bebidas se proli-feram, estão os “vovôs” refrigerantes, cujaindústria é dona da maior parcela do seg-mento e que ainda está despreocupada com

o crescimento de participação das outrasparcelas do mercado de bebidas não-alcóolicas. O mercado de bebidas, no Bra-sil, movimenta 14 bilhões de litros ao ano,com crescimento médio de 15%. Deste to-tal, 3 bilhões são de sucos.

A pouca apreensão da indústria de re-frigerantes é justificada pelo volume pro-dutivo desta linha, o qual está muito dis-tante de outros setores. No ano passado, aindústria de refrigerantes brasileira produ-ziu 11,97 bilhões de litros da bebida, oque significou um aumento de 3,3% emrelação a 2001. Um ligeiro aumento secomparado ao do mercado de sucos pron-tos para beber, que deve registrar cresci-mento médio de 50% em 2002, segundo

dados prévios das indústrias do setor. Maso rival da indústria de refrigerantes não éa de sucos prontos, que está bem longe dechegar aos patamares em volume das fá-bricas de bebidas gaseificadas. Anualmen-te, as empresas de sucos prontos movimen-tam cerca de 165 milhões de litros no País,o que representa R$ 450 milhões. O valorestá bem abaixo dos mais de R$ 15 bi-lhões movimentados pela indústria de re-frigerantes. Para 2003, a expectativa é deque o setor de sucos prontos atinja a casados 200 milhões de litros.

Por enquanto, a única disputa acirra-da no setor de refrigerantes está entreas marcas regionais, que têm diferençaséticas na forma de trabalharem. De acor-

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SUCOS E REFRIGERANTES

Um mercado em ebuliçãoLilian Araujo

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do com a Associação Brasileira daIndústria de Refrigerantes (Abir),após a entrada da garrafa PET dedois litros, no início da década denoventa, muitas marcas regionais derefrigerantes passaram a ter outraimagem nas gôndolas dos supermer-cados, saindo de 8% de participa-ção do segmento para 16%. Com ocrescimento do segmento, o núme-ro de marcas regionais aumentou emuitas passaram a ser vendidas apreços excessivamente baixos. Istolevou a ABIR a organizar estudosque provassem má conduta de de-terminadas empresas. A pesquisaidentificou que muitas destas com-panhias ignoravam a carga tributá-ria, que chega a 40% do valor finaldo refrigerante. Os documentos fo-ram encaminhados às Secretarias daFazenda estaduais e à Receita Fede-ral. “Isto era uma competição anti-ética, que prejudicava as outras em-presas regionais. Com os estudos, osórgãos responsáveis fizeram uma fis-calização bastante eficiente e hojeos refrigerantes regionais têm 33% domercado”, conta Carlos Cabral de Menezes,diretor executivo da ABIR.

Atualmente são mais de 700 marcasde refrigerantes regionais no Brasil, quecompetem com as grandes Coca-Cola eAmbev, detentora das marcas GuaranáAntarctica, Brahma e Pepsi. Líder demercado, a Coca-Cola é dona de 50% dasvendas nacionais de refrigerantes, sen-

do 17% a participação da Ambev. ACoca-Cola obteve crescimento de 2,6%nas vendas em 2002, com destaque paraa marca Fanta, com aumento de 14% noano passado. Depois de lançar os sabo-res Citrus e Maçã, a Coca-Cola inicia oano com mais um item para a marcaFanta: o sabor Morango. De acordo coma empresa, o Brasil já é o maior merca-do de Fanta no mundo. Por sua vez, a

marca Coca-Cola cresceu 3,2% noperíodo e se mantém líder no seg-mento, com uma participação de32,2%. Segundo o diretor da ABIR,o Brasil é o terceiro maior consu-midor mundial de refrigerantes, fi-cando atrás somente dos EstadosUnidos e México.

A ABIR está ampliando sua atu-ação no segmento de bebidas emudando a denominação para As-sociação Brasileira da Indústria deRefr ige rantes e Bebidas Não-alcóolicas, sob a mesma sigla. Bompara o setor de sucos prontos, queaté então não dispunha de algumórgão que o representasse. “Alémdeste grupo de produtores não teruma associação que os represen-tasse, a maioria dos nossos asso-ciados já estavam ingressando nomercado de sucos, energéticos eágua mineral”, justifica Menezes.

Potencial dos Sucos

Assim como a indústria de refrige-rantes tem outras questões a se preocupare não aquelas relacionadas com as de su-cos prontos, a indústria de sucos tambémtem outras metas a seguir. Com o expres-sivo crescimento, o potencial do segmen-to de sucos de frutas está sendo acompa-nhado nos últimos anos, instigando diver-sas empresas a entrar no segmento. Idealpara o consumidor, que tem mais opçõesde escolha e maior concorrência para as

Fanta Morango: último lançamento da Coca-Cola

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tradicionais no ramo.São novas empresas quedecidiram investir nosegmento, outras quequerem ampliar a parti-cipação no mercado ealgumas já tradicionaisdo setor de bebidas queestão apostando na li-nha de sucos prontospara beber.

Mercado para todasé o que não falta. Ape-sar do considerável au-mento na produção,este setor da indústriaalimentícia ainda temmuito a explorar. Se-gundo pesquisas, oconsumo per capita desucos prontos, no Brasil, varia entre 0,6ml e 0,8 ml, o que é muito baixo com-parado a outros países. Na Alemanha, oconsumo per capita chega a 30 litros,nos Estado Unidos a 37 l, no Canadá a30 l, na Argentina a 10 l e no Chile a 4l por habitante.

Um dos casos mais recentes de empre-sa que ingressou no segmento de sucosprontos para beber é o da Cocamar Coo-perativa Agroindustrial, do Paraná. A co-operativa acaba de lançar a marca de sucoPurity, com seis sabores convencionais denéctares de frutas (pêssego, manga, la-ranja, goiaba, morango e uva) e quatroversões light do produto (morango, man-ga, goiaba e pêssego).

Para isso, a Cocamar investiu R$ 9 mi-lhões na fábrica de sucos. A unidade deMaringá entrou em operação em janeiro,com capacidade paraproduzir 40 milhões delitros. A meta da empre-sa é alcançar 4% de par-ticipação de mercado em2003, 9% no próximoano e 15% em 2005.

Outra empresa a selançar no mercado de su-cos prontos é a Mais In-dústria de Alimentos, deLinhares (ES). Formadapelos grupos WRV eMonteSanto Tavares, aindústria entrou em ope-ração em agosto passa-do, após receber inves-timento de R$ 28 mi-

lhões. Instalada numa área de 75 mil m²,sendo 12 mil m² de área construída, a fá-brica conta com capacidade para proces-sar 6 milhões de l/mês e quatro linhas deembalagem. Na unidade são processadosos sabores manga, manga light, pêssego,pêssego light, goiaba, goiaba light, uva,uva light e ainda maracujá, caju, laranja emaçã, os quais são embalados em frascosde vidro de 250 ml, lata de 335 ml e emcartonadas de 200 ml e 1 litro.

A unidade foi projetada para processar24 milhões de litros de sucos e chegar aum faturamento de R$ 52 milhões no pri-meiro ano de atuação. “Nós queremos es-tar, em três anos, entre as três ou quatroprincipais marcas do Brasil”, acredita VitorPurri, superintendente da Sucos Mais.

Para isso, a empresa quer se destacarpela diferenciação das categorias de bebi-

das, nas quais estão ossucos naturais semconservantes e os re-frescos prontos. “É im-portante que as marcastrabalhem no sentidode criar sua própria ca-tegoria e se diferenci-ar com produtos dequalidade”, destacaPurri, ao ressaltar queo objetivo da nova em-presa é tornar o con-sumidor fiel à fruta,com “produtos saudá-veis e de qualidade”,complementa.

A principal estra-tégia da Sucos Maispara tornar o público

fiel à marca é uma campanha de degus-tação por etapas. A primeira delas, pro-movida no último semestre de 2002,aconteceu no Espírito Santo e MinasGerais, estados de atuação dos con-troladores da empresa, que são de ori-gem supermercadista e da indústria docafé. “A meta é nos tornarmos líderesnesses dois estados”, diz o superinten-dente da empresa. A segunda campa-nha entrou em ação no primeiro trimes-tre de 2003, nos Estados de São Paulo eRio de Janeiro, devendo ser expandidapara os outros Estados ao longo do ano.

Apesar do potencial interno do mer-cado de sucos, a Sucos Mais quer ir mui-to além. A empresa já conquistou o ex-terior com seus produtos, devendo ter10% do seu faturamento representadopelas vendas internacionais. “Já esta-

mos embarcando paraChina e Portugal”, dizo superintendente daempresa. Com isso,as metas de cresci-mento para 2003 es-tão sendo revistas,pois, pelo andar dacarruagem, serão su-peradas antes mesmode completar 12 me-ses de atuação. “Ori-ginalmente, as ativi-dades de exportaçãonão estavam previs-tas para o primeiroano de operação”,acrescenta Purri.

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Vitor Purri, superintendente da Sucos Mais

Sucos Mais quer faturar R$ 52 milhões com mix de sucos naturais

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Assim que a ex-pectativa for con-firmada, a MaisIndústria de Ali-mentos dará inícioà segunda fase doprojeto da fábrica,a qual foi projeta-da para atenderrapidamente ex-pansões. “Na se-gunda fase a uni-dade praticamentedobra de capaci-dade”, detalhaVitor Purri. Para fortalecer sua participa-ção neste mercado, a Mais Indústria de Ali-mentos estará, durante o ano de 2003, par-ticipando de feiras no exterior em parceriacom a Associação das Indústrias Proces-sadoras de Frutos Tropicais (ASTN).

Além disso, Purri explica que o pro-jeto da fábrica foi desenhado para aten-der a todas as legislações ambientaisvigentes, incluindo as futuras amplia-ções. O projeto inclui uma central dereciclagem e uma estação de tratamen-to de efluente. A estação está apta pararealizar o tratamento aeróbico, com ca-pacidade para tratar até 500 mil litrosde efluentes. “O sistema é totalmenteaprovado pela secretaria de meio ambi-ente e demais órgãos ambientais”, afir-ma o superintendente da Sucos Mais, aodeclarar que o próximo passo da empre-sa com relação ao meio ambiente é bus-car a certificação ISO 14000. “O proje-to já está todo rastreado e controladopara isso”, finaliza.

De olho no desempenho do mercadode sucos prontos, a baiana Doce Mel, tra-dicional empresa do ramo de polpas defrutas, resolveu ingressar no ramo e inau-gurou, no final de 2001, uma linha desucos dentro da sua unidade de polpas.Hoje, a empresa conta com duas máqui-nas para sucos prontos, com capacidadede 8 mil l/h cada uma. Instalada em Ipiaú,a Doce Mel está utilizando 30% da capa-cidade da fábrica para processamento desucos prontos, nos sabores abacaxi, man-ga, caju, laranja, maracujá, morango, uvae pêssego. Para produção de polpas, acompanhia dispõe de dez máquinas comcapacidade para 1.500 polpas de 100g porhora cada equipamento.

A WOW! Indústria e Comércio é outra aempresa a investir no segmento de sucos

prontos para beber. A companhia, insta-lada em Caçapava, interior de São Paulo,está investindo, no primeiro trimestre doano, R$ 750 mil em marketing. A meta daempresa é expandir em 40% suas vendasda linha de sucos naturais Sufresh, que écomposta pelos sabores goiaba, uva, man-ga, pêssego, maracujá, laranja, maçã, la-ranja com acerola e caju.

O investimento inclui campanhas pu-blicitárias no litoral de São Paulo e capi-tal, Campinas e São José dos Campos, nointerior de São Paulo, Cabo Frio (RJ),Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), ondeestarão expostas mídias externas, in-fláveis, painéis front light e busdoors. Acampanha inclui, ainda, veiculação na TV,com comercial de 30 segundos, desenvol-vido pela DMA Mídia e Produção. A divul-gação do produto inclui também degus-tação em supermercados.

O número de empresas a ingressarno ramo de sucos prontos não deveparar tão cedo. Em outubro próximoestá prevista a inauguração de maisuma unidade no País para a fabricaçãode sucos prontos para beber, no muni-cípio de Campos (RJ). Trata-se da fá-brica da Bela Joana, empresa criadanuma associação entre o grupo MPE,do Rio de Janeiro, e a portuguesaRefrigor. As sócias lançaram, em feve-reiro, a pedra fundamental da nova fá-brica, que receberá investimento de R$35 milhões, dos quais 25% do BancoNacional de Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES). A unidade terá ca-pacidade para processar 30 milhões del/ano de sucos, nos sabores manga, ma-racujá, goiaba e abacaxi. A meta é deproduzir, inicialmente, 15 milhões delitros e faturar R$ 30 milhões nos pri-meiros doze meses de operação.

As grandesna disputa

pelo mercado

Enquanto novasempresas investempara disputar ocrescente mercadode sucos de frutasnaturais e prontospara beber, DelValle, Parmalat eKraft Foods criamestratégias para sedestacar frente às

novas marcas do setor neste ano. A maisnova entre elas no segmento, a KraftFoods, conta com uma marca de peso, ado tradicional suco concentrado Maguary.Por outro lado, a Del Valle foi a primeiraa acreditar no segmento no Brasil, é líderde mercado e aposta na fidelização dosconsumidores. E ainda a Parmalat, quetambém disputa o mercado de concentra-dos e quer ganhar mercado em 2003 coma linha Santàl de sucos prontos.

Dona de 43% do segmento de con-centrados com a marca Maguary, a KraftFoods Brasil aproveitou-se do peso damarca no País e lançou, no início de2003, o suco pronto para beber, sob amesma marca. Com isso, a companhiaingressa numa nova categoria com pú-blicos distintos, mas com uma marca de50 nos de tradição na linha de concen-trados, setor este que movimenta 630milhões de litros anuais e fatura R$ 300milhões, segundo dados ACNielsen 2002.“Tanto os consumidores de um quantoos do outro buscam produtos à base defruta natural. Só que o consumidor dopronto para beber valoriza mais o as-pecto da praticidade e conveniência e oconcentrado prefere ele próprio prepa-rar o suco em sua casa, seguindo a suareceita, mais forte ou mais fraco, compouco ou muito açúcar, enfim, ele se-gue um ritual próprio de preparação”,detalha o gerente geral da categoriabebidas da Kraft, André Vercelli.

A nova linha Maguary chega, inicial-mente, à região Sudeste nos sabores ma-racujá, manga, pêssego, uva e laranja.De acordo com Vercelli, São Paulo, Riode Janeiro, Minas Gerais e Espírito San-to representam 70% do mercado nacio-nal de bebidas prontas para beber, o quenão significa que as outras regiões dei-

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Kraft entra na dispura do mercado de sucos prontos com marca tradicional

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xarão de conhecer onovo produto. “Vamosampliar a oferta doproduto gradualmenteao longo do ano”, afir-ma o gerente de bebi-das. O novo Maguarypronto para beber po-de ser encontrado emduas versões de emba-lagens cartonadas: deum litro, com tampaabre e fecha, e 200 ml,com canudo.

A Kraft entra na dis-puta do setor de pron-tos para beber para con-solidar sua liderança nomercado de bebidas àbase de frutas. Além dasduas versões da marca Maguary, a empre-sa é dona das principais marcas de refres-cos em pó no Brasil.

O lançamento do Maguary pronto parabeber acontece, segundo a companhia,num momento estratégico: após a conso-lidação das marcas de sucos concentra-dos e refrescos em pó. “Nos últimos anos,a Kraft manteve seu foco no crescimentodestas marcas, mas acompanhou atenta-mente o forte crescimento da categoriade sucos prontos”, revela Vercelli. Doisanos depois de iniciar o projeto para alinha de sucos prontos, a companhia en-tra no segmento para tornar-se um im-portante player em pouco tempo. Sem re-velar qual a porcentagem de mercado quea empresa pretende conquistar e em quan-to tempo, o gerente de bebidas declaraque a meta é “atingir diferentes catego-rias, com a garantia de qualidade e sabordas bebidas da Kraft Foods”.

A entrada da Kraft Foods no segmentode sucos prontos já era prevista pelaParmalat. A empresa, que remodelou amarca de sucos e concentrados Santàl noinício do verão, considerava como prová-vel a entrada da marca Maguary no seg-mento, considerado pela companhia um dosmais atrativos dentro do setor de alimen-tos. Para a Parmalat, a entrada da Kraft nadisputa não atrasa em nada os planos daempresa para a marca Santàl.

Visando renovar a marca Santàl, aParmalat lançou em dezembro a campa-nha da segunda geração de sucos Santàl.Com novo visual na embalagem, o qualfoi desenvolvido pela 100% Design, o

suco passa a contar com uma soluçãográfica, que explora todas as sensaçõesda fruta. “Mesclamos o visual das fru-tas com o próprio líquido em movimen-to, que transmitem leveza, sabor erefrescância. As frutas complementam es-tes valores, como se recém-saídas da na-tureza, passando a idéia de uma marcaque se preocupa em manter os valoresnaturais de seus ingredientes”, explicaRenata Melman, diretora da agência.

A campanha da Parmalat vai além dapublicidade. A companhia trabalhou emtodo processo, que envolveu pesquisa edesenvolvimento, fornecedores, equipa-mentos, novas embalagens, melhora na

estrutura de vendas edistribuição e consu-midor final.

Ao todo, foramquatro meses investi-dos em pesquisas comconsumidores, que ti-nham como meta ve-rificar as principaiscaracterísticas dese-jadas nas linhas desucos prontos, con-centrados e chás. Opasso seguinte foi aincorporação dos re-sultados aos produ-tos. Entre eles está olançamento do sabormorango, que segun-do a empresa vai de

encontro aos desejos dos consumidores.O novo sabor se soma à linha de outrosonze sabores de sucos e néctares, queinclui laranja (normal e light), uva, aba-caxi, maçã, maracujá, pêssego (normale light), caju e manga. “A Parmalat apri-morou a linha Santàl com controle dematéria-prima, melhoria do processoprodutivo e uma embalagem revolucio-nária. Estamos inaugurando um novopatamar de qualidade no segmento desucos e chás”, comemora Andrea Martini,diretor executivo da unidade de negó-cio mercearia da Parmalat.

Outra preocupação da Parmalat no pro-cesso do lançamento da segunda geraçãode Santàl foi com relação à matéria-pri-ma. A empresa, preocupada em garantir aexcelência na qualidade da matéria-pri-ma, criou um Programa de QualidadeMonitorado. A função do programa éacompanhar todo o processo envolvendofornecedores, o que significa análises des-de a colheita até a chegada à fábrica.

O foco inicial do lançamento da li-nha foi São Paulo e Rio de Janeiro. Noinício do verão, a companhia fechoucontratos exclusivos com quiosques doslitorais destes dois estados. No entan-to, a meta da Parmalat é atingir todo oterritório nacional com a campanhaSantàl. As ações de marketing, inicia-das no primeiro semestre de 2003, en-volvem suporte de materiais promo-cionais, veiculação em TV, rádio, mídiaimpressa, outdoor e busdoor.

Com as ações voltadas para o segmen-to de bebidas, que envolve sucos pron-

Lançada em setembro, linha Mix da Del Valle já representa 6% do faturamento

Suco enriquecido com vitaminas da Gerber

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cado, com 33%, a Del Valle até há poucotempo tinha como concorrentes poucasmarcas, entre elas até mesmo a Coca-Cola.No entanto, o mercado tem se tornadomais atrativo a cada dia, principalmentecom um crescimento médio de 40% aoano. Agora, a subsidiária da mexicanaJugos Del Valle terá pela frente uma dis-puta muito mais intensa com as diversasconcorrentes que estão surgindo.

Para garantir sua liderança nas vendasde sucos de frutas prontos para beber, aDel Valle, assim como a Parmalat, acreditaque uma das ferramentas estratégicas nestadisputa será a realização de ações emmarketing permanentes e consistentes. “Omarketing sem dúvida nenhuma será umadas ferramentas para a manutenção denossa participação, posto que a marca éde qualidade e os produtos são de proce-dência”, garante Marcelo Passafaro, gerentede marketing da Sucos Del Valle. Entre asúltimas ações da companhia nesta área estáa realização de investimentos em toda aregião litorânea do País. Estiveram envol-vidos principalmente a região Nordeste eos Estados do Espírito Santo, Rio de Ja-neiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná.Para 2003, Passafaro informa que as açõesainda estão sendo definidas.

O forte crescimento do mercado de su-cos prontos fez com a Del Valle perdesse1% de participação no segmento em 2002.Apesar disso, o resultado está sendo con-siderado natural pela companhia. “Acredi-tamos que, com o crescimento muito rápi-do da companhia, a tendência é que secomece a crescer menos ou dentro dos va-lores do mercado”, explica Passafaro.

Apesar desta pequena redução de par-

ticipação de mer-cado, em 2002 aDel Valle atingiutodas as suas ex-pectativas, comcrescimento de50%. Com isso, ofaturamento dacompanhia ficouna casa dos R$ 153milhões, com pro-dução de 80 mi-lhões de litros desucos de frutas.“Atingimos nossasmetas mesmo comtodas as intempé-ries do mercado,

mesmo com as oscilações do câmbio emesmo com as dúvidas eleitorais e eco-nômicas”, complementa o gerente demarketing. Para atender a esse cresci-mento a Del Valle precisou investir, nofinal do primeiro semestre de 2002, R$ 4milhões em equipamentos para a linhade envase de embalagem cartonada.

Os resultados da Del Valle em 2002incluem o lançamento da linha Mix,ocorrido em setembro. A nova linha, emembalagens de um litro e de 335 ml,inclui os sabores mamão com laranja elaranja, cenoura e acerola, que chega-ram a representar 6% do faturamentoda companhia em apenas quatros me-ses de atuação no mercado. De acordocom o gerente de marketing da Del Valle,a versão Mix de sucos deve ganhar no-vos sabores, mas o prazo para que issoocorra não foi revelado.

A participação de produtos da Del Vallediferentes da linha clássica, que conta comos sabores pêssego, uva, manga, moran-go, maçã, goiaba, laranja e maracujá, járepresenta 26% da produção da companhia.Além dos 6% da linha Mix, estão nesta lis-ta 23% da linha light, que cresceu 3% noúltimo ano. Nesta linha estão os saborespêssego, uva, manga, maçã, goiaba e ma-racujá, os únicos exportados pela compa-nhia. Segundo Passafaro, as exportaçõesrepresentam 5% da produção da Del Valle.

Presente em mais de 35 países e com54 anos de tradição, a controladora daDel Valle, a Jugos Del Valle México, temna filial brasileira a fábrica de maior tec-nologia do grupo. Instalada em America-na (SP), a unidade tem capacidade paraproduzir até 10 milhões de litros por mês.

tos, concentra-dos e chás, aParmalat preten-de não só ampli-ar sua participa-ção de mercado,que está em tor-no de 7%, comoda c ategor iadentro da em-presa. Com ati-vidades voltadaspara a industri-alização e co-mercialização delácteos, sucos echás, refrigera-dos, vegetais econservas e biscoitos, a Parmalat pre-tende que a linha de sucos ganhe maiordestaque no faturamento da empresa em2003. Somente em 2002, a categoriacresceu cerca de 25% no faturamentoda companhia em comparação ao anoanterior. A mesma porcentagem foi regis-trada no faturamento total da companhiaem 2002 em relação a 2001, ano em quea empresa faturou R$ 1,4 bilhão. Segun-do a empresa, a expectativa para 2003 éde que haja um crescimento pelo menosduas vezes superior.

Atualmente, o market share total daParmalat no mercado de sucos gira em tor-no de 5,9%, de acordo com a última lei-tura Nielsen de outubro/novembro de2002. Apesar disso, a participação demercado da companhia no último ano mó-vel sofreu uma queda de 0,6% com rela-ção ao ano móvel anterior, ficando com7%. A Parmalat associa o resultado aocrescimento do segmento num ritmo mai-or que o da empresa. Sem revelar qual aporcentagem de mercado que pretendeatingir, a meta da companhia é reverteros resultados ainda em 2003.

No segmento de sucos concentrados, aParmalat é dona de 7,2% de market share.O resultado representa um ganho de cercade 3 pontos percentuais nos dois últimosanos móveis da empresa. Para este ano, aParmalat espera que a categoria se benefi-cie com os investimentos na linha de su-cos prontos, que adota a mesma marca.

Enquanto Parmalat e Kraft Foods in-vestem para ganhar mercado, a Sucos DelValle trabalha para manter o que já con-quistou desde que se instalou no País, háseis anos. Dona da maior parcela de mer-

Parmalat quer 7% do mercado de sucos prontos com a marca Santàl

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Se de um lado a baiana produtora depolpas de frutas Doce Mel investe paraentrar no segmento de sucos prontospara o consumo, do outro a mineira Tro-pical Indústria de Alimentos, dona damarca de sucos de frutas Tial, deixa decontar com um de seus acionistas, queresolveu investir no segmento de polpasde frutas. Apesar do significativo cresci-mento no consumo de sucos prontos, oempresário e fundador da Tropical Ali-mentos, Maurício Campos, segue na viacontrária da empresa baiana por acredi-tar em algo ainda maior, tanto pelo ladoeconômico quanto pelo social.

Pelo lado de negócios, o empresáriopleiteia o mercado de food service inter-nacional, o qual, segundo ele, deverá ren-der US$ 3 milhões, ainda este ano, à suanova empresa processadora de polpas defrutas. Denominada Agrofruit, a empresaestá instalada estrategicamente em Vis-conde do Rio Branco (MG), a 130 quilô-metros de Juiz de Fora, que inclui a re-gião fruticultora do Vale do Xopotó, naZona da Mata Mineira.

Na nova fábrica, que ocupa uma áreade 54 mil m², serão produzidas 20 t/h depolpas de frutas naturais, semconservantes ou qualquer aditivo quími-co. “Isto é uma questão de filosofia: ofe-recer um produto 100% natural, que pre-serve as propriedades da fruta e com va-lidade de doze a quatorze meses, sem ne-cessidade de refrigeração”, detalha o pre-

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sidente da Agrofruit. Isso é possível graçasà tecnologia de envase adotada pela empre-sa. Desenvolvido pela norte-americana Sholle,o sistema de embalagem da Agrofruit ofere-ce proteção química e microbiológica pormeio de bags assépticos, com capacidadesque variam de 3kg a 200 kg. As embalagenssão armazenadas em tambores quando trans-portadas, o que reduz, segundo Campos, em50% o custo de transporte para exportação,pois não exigem tanques refrigerados.

A construção da unidade mineira se ini-ciou em abril de 2002, sendo concluída emnovembro e inaugurada oficialmente no pri-meiro bimestre de 2003, com tecnologia im-portada da Itália e Estados Unidos. Já emnovembro, a empresa iniciou o processamentode mangas, começando em 2003 o trabalhocom goiaba, banana e maracujá. A Agrofruitestá assinando contratos com países como osEstados Unidos, Itália, França, Alemanha eEspanha, os quais devem consumir cerca de80% da produção da companhia brasileira.Nestes países, as vendas da Agrofruit estãovoltadas para indústrias como a de sorvete,gelatina e de purê infantil. “No Brasil, queficará com os 20% restantes da produção, asvendas serão direcionadas para outros seg-mentos, entre os quais de purê infantil dealta qualidade”, revela Maurício Campos.

A expectativa de sucesso é tanta que oempresário já iniciou os planos de expan-são da companhia. Ainda este ano deveráentrar em operação uma outra linha deprocessamento, também com capacidade

para 20 t/h. “Com a segunda linha, va-mos processar dois tipos de frutas aomesmo tempo”, explica.

Apesar da antiga atuação no segmen-to de sucos prontos, desde 1986 - ano defundação da marca Tial -, Maurício Cam-pos está realizando um projeto de quasevinte anos trabalhando com um ideal: pro-mover a fruticultura da região, “tentan-do resgatar o trabalho de pequenos e an-tigos proprietários de terras, que deixa-ram suas propriedades por falta de apoiopolítico e financeiro. O meu grande so-nho é fazer com que esse povo volte comseus filhos, volte às origens”, desabafa.

A Agrofruit é o resultado deste sonho.A nova empresa está processando as sa-fras dos produtores de 14 municípios, quese uniram à Universidade de Viçosa e àsrespectivas prefeituras para formar a As-sociação Intermunicipal de Fruticultores(Assifrut). Somente os municípios de Vis-conde do Rio Branco tem cerca de 40 milhabitantes, dos quais 800 famílias se uni-ram ao projeto. Fruticultores dos outrosmunicípios estão sendo catalogados.

O trabalho conjunto permitiu o aper-feiçoamento da agricultura local, que pas-sou a oferecer frutas mais saudáveis ecom melhor qualidade. “Com essa filoso-fia, nós reduzimos em 40% o uso deagrotóxicos, mudando o uso de aduboquímico para orgânico e para inseticidasque não prejudicam a saúde”, conta opresidente da Agrofruit, apostando queeste será mais um trunfo de negócios paraas vendas internacionais.

Atualmente, os associados da Assifrutestão concluindo a construção de uma fá-brica de mudas e sementes com tecnologiaavançada. A unidade foi financiada peloMinistério de Ciência e Tecnologia, por meioda Financiadora de Estudos e Projetos(FINEP), com o apoio do Sebrae . “Istoestá sendo possível graças ao intercâmbiotecnológico feito entre o Brasil e outrospaíses, entre os quais Espanha e EstadosUnidos”, conta Campos.

Apesar do recente apoio do governo,ocorrido no ano passado, o presidente daAgrofruit ressalta que, em todos essesanos de trabalho, a região nunca rece-beu apoio político. “O Brasil ficou estag-nado estes 8 anos. Precisamos voltar aproduzir, pois o Brasil precisa de alimen-tos, como o mundo inteiro”, ressalta Cam-pos, ao lembrar que o apoio governamen-tal ocorreu somente em 2002.

Agrofruit aposta no naturalMaurício Campos, fundador da mineira Agrofruit

25BRASIL ALIMENTOS - nº 18 - Janeiro/Fevereiro de 2003

Público Infantil

Ideais para acom-panhar re fe ições,lanches escolares, nahora de praticar es-portes ou passear, aindústria de sucosnão pode deixar delado uma parcela tãosignificativa de con-sumidores: a do pú-blico infantil. Pen-sando nos pequenos,as empresa oferecemembalagens práticase de pequeno volu-me para atender àscrianças tanto nodia-a-dia como emocasiões diversas. ADel Valle, por exem-plo, criou uma mar-ca só para o público infantil, o Del ValleKids, que oferece o mesmo produto, masem embalagem de 200 ml com perso-nagens de frutas.

A Parmalat também desenvolveu umalinha específica para esse público. O sucotraz na embalagem brik de 200 ml os per-sonagens Thornberrys, do canal infantilNickelodeon. Além disso, as embalagenscartonadas têm ainda jogos e brincadei-ras, sempre associados ao desenho.

Outra empresa que oferece sucos exclu-sivos para crianças é a Gerber, especialistaem nutrição para bebês. Para garantir o cres-cimento saudável dos pequenos, a empresadesenvolveu uma linha que conta com do-ses extras de ferro, zinco, cálcio, potássio evitaminas C e E. Os sucos, encontrados nossabores frutas mistas, pêra, maçã e laranjacom cenoura e pêra, fazem parte da linhaGerber Colheita Especial. A linha é compos-ta por 32 itens, entre os quais sopinhas,papinhas e suquinhos. Os produtos fazemparte de um rigoroso controle de qualidadeda empresa, entre eles um programa de re-dução de agrotóxicos.

Refrescos em pó

Um dos mais tradicionais produtosdo segmento de bebidas continua comexpectativa de crescimento, apesar dosurgimento constante de novos produ-tos e marcas no setor. O ramo de re-frescos em pó mantém uma considerá-

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vel participação do volume comer-cializado em 2002. Dos 14 bilhões delitros de bebidas movimentados no anopassado, 2,1 bilhões de litros referem-se a refrescos em pó, o que representaR$ 650 milhões em faturamento. O re-sultado significa um aumento de 14%no período, com previsão de crescer en-tre 12% e 15% em 2003, segundo aKraft Foods. Dona de 50% do mercadode refrescos em pó, a Kraft detém as prin-cipais marcas do País, entre as quaisTang, Clight, Fresh, Ki-Suco e Q.Refresco.Além disso, a empresa inaugurou o ramode refrescos em pó light, com a marcaClight em 1996. De acordo com a empre-sa, hoje a linha é líder na categoria light,com 70% do mercado.

O mercado é promissor, como mos-tram os resultados da General Brands em2002. Concorrente da Kraft no segmen-to de refrescos em pó, a General Brandstem motivos de sobra para comemoraro fechamento do período. Além de inau-gurar uma nova unidade fabril em 2002,que está instalada em Guarulhos (SP),a empresa encerrou o ano com fatura-mento de R$ 50 milhões, um aumentode 54% em relação a 2001. O valor re-presenta um volume de 11 mil tonela-das de produtos, dos quais 8 mil tone-ladas referem-se a refrescos em pó dasmarcas Camp, Sukki, Camp Light, CampInstitucional e Tanny. A companhia atri-bui o crescimento a diversos fatores, en-

tre eles o lançamentode novos produtos e ainauguração da novaunidade. A aposta dacompanhia se segue aolongo de 2003. Já em ja-neiro a General Brandslançou mais duas ver-sões do refresco Camp:os sabores Manga e Mo-rango. Com os novos sa-bores, a linha passa ater dez versões: laran-ja, maracujá, abacaxi,tangerina, salada defrutas, limão, uva eguaraná, todos acresci-dos de vitamina C.

Out ra empresa aacreditar no segmentoé a Genuína Lindoya.Depois de entrar nomercado de sucos e re-

frescos prontos para beber em 2002, atradicional marca de água mineral Ge-nuína Lindoya estréia no ramo de re-frescos em pó. A empresa investiu R$1 milhão nas áreas de desenvolvimen-to, equipamentos e infra-estrutura epretende conquistar 2% do segmentoaté o final de 2003. Para isso, a Genu-ína Lindoya investirá R$ 100 mil emações de marketing para divulgar osseis sabores do novo produto: laranja,tangerina, uva, maracujá, limão e aba-caxi, que contêm vitamina C e já vêmadoçados. A nova linha de produçãotem capacidade para 450 toneladas pormês de refrescos em pó, devendo am-pliar a participação do segmento desucos no faturamento de sucos, quedeve ficar em 20% até o final do ano.

Com o mercado promissor, ninguémquer ficar de fora, nem mesmo a UnileverBestfoods. A multinacional abriu maisuma exceção do seu projeto global deextinguir grande parte das marcas lo-cais, desta vez para a marca de refres-cos Frisco. No ano passado, a Unilevervoltou a investir em marketing da mar-ca no ponto-de-venda, conseguindo au-mentar a participação do produto de9,5% para 11% em 2002, excluindo osegmento de não adoçados, do qual aempresa não participa. Para 2003, osplanos de marketing da companhia in-cluem um aumento de 10% no investi-mento para a linha sobre 2002. v

Genuína Lindoya investirá R$ 100 mil em marketing da nova linha de sucos em pó