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    CURSO EM PDF DIREITO ADMINISTRATIVO - EXERCCIOS CESPEPOLCIA FEDERALProf. Armando Guedes

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    AULA DEMOSTRATIVA

    Ol, amigo concurseiro!

    Mais uma vez com imenso prazer que recebo o convite do CANALDOS CONCURSOS para ministrar o Curso de Direito Administrativo/exercciosCESPE para ingresso no Departamento de Polcia Federal.

    Digo isso pelo fato de durante 14 anos ter exercido o cargo deAgente de Polcia Federal. Dentro do Departamento de Polcia Federalcompletei meus estudos em Direito e, hoje, ocupo o cargo de Defensor PblicoFederal.

    Como voc, um dia tambm fui concurseiro. Tenho noo do rduocaminho a ser seguido, mas posso lhe garantir que todo o esforo valer.Nesses anos de estudo, afirmo: S NO PASSA EM CONCURSO PBLICOQUEM DESISTE! Isso mesmo, tendo foco e determinao, a vaga sua, s novale desistir.

    No interessa se voc novo, velho, tem famlia, filhos, trabalha.Tendo foco e NO desistindo, voc vencer.

    Veja o meu caso. Trabalhando como Agente de Polcia Federal,casado, pai de duas crianas lindas (que pai coruja!), passei para DefensorPblico Federal. Foi fcil? bvio que no. Mas tomando posse no cargo, vocesquecer de todo o sacrifcio.

    No h frmula mgica. Como j mencionado, tenha foco,determinao e NUNCA desista. Acredite, a vaga ser sua!

    Bem, vamos ao curso!O curso ser dividido em 04 aulas, com o seguinte contedo

    programtico:AULA DEMONSTRATIVA: Organizao Administrativa da Unio: administraodireta e indireta (25 questes).AULA 1 Princpios da Administrao e Poderes administrativos: poderhierrquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polcia; uso eabuso do poder (30 questes).AULA 2 - Controle e responsabilizao da administrao: controleadministrativo; controle judicial; controle legislativo. Responsabilidade civil doEstado e Regime jurdico peculiar dos funcionrios policiais civis da Unio e doDistrito Federal (Lei n 4.878/1965) (31 questes).AULA 03 - Regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, dasautarquias e das fundaes pblicas federais (Lei n 8.112/1990). Licitaes:modalidades, dispensa e inexigibilidade (Lei n 8.666/1993). Sanesaplicveis aos agentes pblicos nos casos de enriquecimento ilcito no exerccio

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    de mandato, cargo, emprego ou funo da administrao pblica direta,indireta ou fundacional (Lei n 8.429/1992) (30 questes).

    Foram selecionadas, de forma pontual, somente questes da bancaCESPE,num total de 116 questes . Sempre que possvel, no me limitarei acomentar a resposta de forma direta, colecionando consideraes doutrinrias,para que voc possa ter a compreenso total do tema abordado na questo.

    No final, traremos o tpico questes propostas, onde repetimos asquestes sem o gabarito e sem o comentrio, para que voc possa se testar.Caber voc a escolha: tentar resolver primeiro as questes e depois ler oscomentrios ou comear pelas questes comentadas e depois tentar faz-lassozinho.

    Bem, feita a apresentao, mos obra !

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    QUESTES COMENTADASQUESTO 01

    CESPE - 2011 - PC-ES - Delegado de PolciaJulgue o seguinte item.Em sentido material ou objetivo, a administrao pblica compreendeo conjunto de rgos e pessoas jurdicas encarregadas, pordeterminao legal, do exerccio da funo administrativa do Estado.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: a doutrina costuma utilizar o termo Administrao Pblica EM

    SENTIDO FORMAL, SUBJETIVO ou ORGNICO e EM SENTIDO MATERIAL,OBJETIVO ou FUNCIONAL.Para descobrirmos o que Administrao Pblica EM SENTIDO

    FORMAL, SUBJETIVO ou ORGNICO devemos fazer a pergunta QUEM? Ou seja,QUEM o ordenamento jurdico considera como Administrao Pblica, noimportando o contedo da atividade desempenhada? O Brasil adotou essecritrio . Assim, no Brasil, somente ser Administrao Pblica o que estiverem lei . Portanto, no Brasil, Administrao Pblica = Administrao DIRETA +INDIRETA (autarquia, fundao pblica, sociedade de economia mista eempresa pblica).

    O Banco do Brasil e a Petrobras so sociedades de economia mistasque exercem atividades tipicamente econmicas. Assim, apesar de noexercerem uma tpica funo administrativa, fazem parte da AdministraoPblica (Indireta), vez que adotamos o critrio formal. Noutro giro, umaentidade privada concessionria de servio pblico, apesar de exercer umatpica atividade administrativa, no far parte da nossa Administrao Pblica.

    Agora, para descobrirmos o que Administrao Pblica EMSENTIDO MATERIAL, OBJETIVO ou FUNCIONAL devemos fazer a pergunta OQUE? Ou seja, O QUE considerado atividade prpria da AdministraoPblica, ou seja, O QUE considerado funo tipicamente administrativa, no

    importando quem exerce tal atividade?A doutrina elenca as seguintes atividades como prprias da

    Administrao Publica, ou seja, funes tipicamente administrativa:- SERVIO PBLICO: toda atividade desempenhada pela AdministraoPublica, direta ou indiretamente, para satisfazer a necessidade coletiva, sob oregime jurdico predominantemente pblico. Abrange atividades que, pela sua

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    essencialidade ou relevncia para a coletividade, foram assumidas pelo Estado,com ou sem exclusividade.- POLCIA ADMINISTRATIVA: compreende as limitaes administrativas,atreladas ao poder de polcia, que so restries impostas por lei ao exercciode direitos individuais em benefcio do interesse coletivo. A polciaadministrativa se materializa nas medidas de polcia tais como: ordens,fiscalizaes, multas, licenas, autorizaes etc.- FOMENTO: abrange a atividade de incentivo iniciativa privada de utilidadepblica, que se dar, por exemplo, atravs de financiamentos, favores fiscaisou subvenes.- INTERVENO: abrange toda interveno do Estado no setor privado,compreendendo a interveno na propriedade privada (ex: desapropriao,servido, ocupao temporria) e a interveno no domnio econmico,quando o Estado atua regulamentando e fiscalizando o setor econmicoprivado. Aqui, uma observao. Parte da doutrina inclui a atuao DIRETA doEstado na economia como modalidade de INTERVENO e, portanto, comoatividade ou funo administrativa. Outra parte da doutrina entende que aatuao DIRETA do Estado no domnio econmico NO configura atividadeadministrativa, tratando-se, em realidade, de atividade tipicamente privadaque o Estado exerce em regime de monoplio nos casos indicados no art. 177da Constituio ou em regime de competio com o particular, conforme odetermine o interesse pblico ou razes de segurana (art. 173 da CRFB/88).

    Assim, EM SENTIDO MATERIAL, OBJETIVO ou FUNCIONAL, quemexercer qualquer uma dessas quatro atividades administrativas (serviopblico, polcia administrativa, fomento ou interveno) ser consideradointegrante da Administrao Pblica.

    Portanto, uma entidade privada concessionria de servio pblicoser considerada Administrao Pblica EM SENTIDO MATERIAL, mas noformal. Mas, lembre-se, que adotamos o critrio formal para definirAdministrao Pblica.

    Assim, a questo est errada, pois a administrao pblica, que compreende o conjunto de rgos e pessoas jurdicas encarregadas, p o r d e t e r m i n a o l e g a l , do exerccio da funo administrativa do Estado ,retrata sua definio em sentido FORMAL ou SUBJETIVO e, no, em sentidomaterial ou objetivo, como afirmado no enunciado da questo.

    QUESTO 02CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente PenitencirioJulgue o item a seguir, relativo aos conceitos de Estado, governo eadministrao pblica.

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    O Estado constitui a nao politicamente organizada, enquanto aadministrao pblica corresponde atividade que estabeleceobjetivos do Estado, conduzindo politicamente os negcios pblicos.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: a doutrina, tambm, costuma utilizar a expresso AdministraoPblica no seguinte sentido: Administrao Pblica EM SENTIDO AMPLO eAdministrao Pblica EM SENTIDO ESTRITO.

    EM SENTIDO AMPLO, a Administrao Pblica abrange os RGOSDE GOVERNO que exercem a FUNO POLTICA. Esses rgos de governo soresponsveis pela fixao das POLTICAS PBLICAS a serem implementadaspelo Estado, ou seja, os planos e diretrizes de atuao do Estado. EM SENTIDO

    AMPLO, a Administrao Pblica, tambm, abrange as PESSOAS JURDICAS eRGOS que exercem FUNO MERAMENTE ADMINISTRATIVA. Essas pessoas jurdicas e rgos so os responsveis pela EXECUO das polticas pblicastraadas pelos rgos de governo. Aqui, estamos diante da AdministraoPblica EM SENTIDO ESTRITO. O quadro abaixo facilitar sua compreenso.Administrao. Pb. = RGOS DE GOVERNO + PESSOAS JURDICAS eRGOSSENTIDO AMPLO

    exercem FUNO POLTICA exercem FUNOADMINISTRATIVA

    fixando as POLTICAS PBLICAS executando essas polticaspblicas

    Administrao PblicaEM SENTIDO ESTRITO

    Assim, a Administrao Pblica EM SENTIDO ESTRITO estcompreendida pela expresso Administrao Pblica EM SENTIDO AMPLO.Esta, portanto, abrange os rgos governamentais que exercem funo polticaE a Administrao Pblica EM SENTIDO ESTRITO (rgos e pessoas jurdicasresponsveis pelo exerccio da funo administrativa).

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    O estudo do Direito Administrativo se limita Administrao PblicaEM SENTIDO ESTRITO. O estudo da funo poltica desenvolvida pelos rgosgovernamentais no pertence ao Direito Administrativo.

    Os objetivos do nosso Estado so estabelecidos pela prpriaConstituio, no seu art. 3. Leiamos o dispositivo constitucional.

    Art. 3 Constituem o b j e t i v o s f u n d a m e n t a i s da Repblica Federativa doBrasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidria;

    II - garantir o desenvolvimento nacional;

    III - erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as desigualdadessociais e regionais;

    IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo,cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao.

    A Administrao Pblica em sentido amplo apenas fixa as polticaspblicas com o fito de cumprir esses objetivos estabelecidos no texto da CartaMaior. Assim, a Administrao Pblica (em sentido amplo ou em sentidoestrito) NO estabelece os objetivos do Estado, estando a questo errada.

    QUESTO 03CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivo de PolciaJulgue o item subsequente, que versa sobre a descentralizao edesconcentrao da atividade administrativa do Estado.Diferentemente da descentralizao, em que a transferncia decompetncias se d para outra entidade, a desconcentrao processoeminentemente interno, em que um ou mais rgos substituem outrocom o objetivo de melhorar e acelerar a prestao do servio pblico.

    Comentrios:Resposta: CERTAComentrio: para compreenso total do tema, vamos tecer comentrios sobreos institutos da centralizao, da descentralizao e da desconcentrao.

    O Estado tem que se organizar, da maneira mais eficaz possvel,para estar apto a desempenhar suas atividades ou funes administrativas.Basicamente, o Estado poder adotar as seguintes formas de realizar suafuno administrativa: centralizada e descentralizada.

    Elaboramos um quadro esquematizado que facilitar suacompreenso sobre o tema.CENTRALIZAO

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    POR OUTORGA (descentralizao por servio) Adm.Indireta

    X por LEI que institua a entidade ou autorize a suacriao

    DESCENTRALIZAO

    POR DELEGAO (descentralizao por colaborao)

    por CONTRATO ADM. (concesso ou permisso de servio

    pblico)ou

    por ATO ADM. UNILATERAL (autorizao de servio pblico)Vamos s explicaes.A funo administrativa realizada de forma centralizada quando

    ela desempenhada DIRETAMENTE pela prpria entidade poltica, ou seja, nacentralizao , o Estado, atravs dos entes da Administrao Direta (Unio,Estados. Distrito Federal e Municpios), exerce , DIRETAMENTE, suas tarefas eservios.

    Por bvio, torna-se impossvel o Estado de forma centralizadaexercer todas as suas atividades/funes administrativas com o fim de atenderas necessidades da coletividade. Em virtude desta impossibilidade prtica,surge o instituto da descentralizao.

    Primeiro, devemos diferenciar a descentralizao poltica dadescentralizao administrativa.

    A descentralizao poltica reflexo da forma FEDERATIVA deEstado, por ns adotada. A Constituio da Repblica garante autonomia Unio, aos Estados-membros, ao Distrito Federal e aos Municpios, conferindo-lhes competncias legislativas e administrativas prprias. Essas competnciasprprias, que possuem fundamento direto no texto constitucional, garantem adescentralizao poltica que ser objeto de estudo do Direito Constitucional.

    A descentralizao administrativa , que nos interessa(passaremos a denomin-la somente de descentralizao), possui trsmodalidades, a saber:

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    TERRITORIAL ou GEOGRFICADESCENTRALIZAO POR SERVIO ou FUNCIONAL

    POR COLABORAO

    A descentralizao territorial ou geogrfica ocorre quando secria uma entidade, a partir da especificao de uma rea geogrfica, dotando-ade personalidade jurdica de direito pblico e de competncia administrativagenrica. No Brasil, a nica hiptese desta modalidade ocorrer ser atravs dacriao de territrios federais . Atualmente, no existe nenhum territriofederal no nosso pas, mas a Constituio possibilita a sua criao, conformeestabelece o 2, do art. 18.

    Vamos nos ater ao estudo da descentralizao por servio e porcolaborao.

    Na descentralizao, o Estado desempenha suas atividades

    administrativas, ligadas aos SERVIOS PBLICOS, por intermdio de outraspessoas e no atravs dos entes que compem a Administrao Direta. Adescentralizao impe, necessariamente, a existncia de duas pessoas: deum lado o Estado (Administrao Direta) e de outro a pessoa (fsica ou

    jurdica) que executar o servio pblico, por ter recebido do Estado essaatribuio.

    A descentralizao por servio ocorre mediante outorga ,pressupondo, obrigatoriamente, a edio de uma lei que institua a entidade ouautorize a sua criao. o que ocorre com a criao das entidadesadministrativas que compe a Administrao Pblica INDIRETA (autarquia,

    fundao pblica, sociedade de economia mista e empresa pblica). Para amaioria da doutrina, a descentralizao por servio transfere no s aexecuo, como tambm a titularidade do servio pblico (h doutrinadefendendo a tese de que somente a execuo do servio pblico seriatransferida, continuando o ente poltico da Administrao Direta como titulardesses servio pblico). Ento, no se esquea:Descentralizao por servio ou funcional est atrelada criao dasentidades da Administrao Pblica Indireta, depende de lei (outorga),transferindo a execuo e titularidade do servio pblico (maioria da doutrina).

    J a descentralizao por colaborao se d mediante

    delegao e ocorre quando o Estado transfere por contrato administrativo (concesso ou permisso de servio pblico) ou ato administrativounilateral (autorizao de servio pblico), unicamente, a execuo doservio pblico a um particular (pessoa fsica ou jurdica). A descentralizaopor colaborao est, portanto, atrelada delegao de um servio pblico aoparticular, que no far parte da Administrao Pblica, sendo que estadelegao poder ocorrer mediante concesso, permisso (contratos

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    administrativos) ou autorizao (ato administrativo unilateral). Ento, noesquea:Descentralizao por colaborao est atrelada delegao (concesso,permisso ou autorizao) de servio pblico ao particular (no integrante daAdministrao), transferindo somente a execuo (nunca a titularidade) doservio.

    Em nenhuma forma de descentralizao haver hierarquia. Nadescentralizao por servio, entre a Administrao Direta e a Indireta havervinculao, que no se confunde com hierarquia, como j explicado acima.Tambm, na descentralizao por colaborao, no h que se falar emhierarquia entre o poder pblico delegante e a delegatria de servio pblico.bvio, que aquele realizar controle sobre esta, mas isto no se confunde coma hierarquia que possui carter interno (poder hierrquico pressupe aexistncia de uma nica pessoa jurdica).

    Cremos que com essas explanaes ficara fcil a compreenso doquadro esquematizado fixado no incio deste tpico. Ento, avancemos.

    Ainda dentro da organizao da Administrao Pblica, devemosconceituar desconcentrao administrativa , que no se confunde com adescentralizao j estudada.

    A desconcentrao representa mera tcnica de distribuioINTERNA de competncias. A desconcentrao pressupe UMA s pessoa

    jurdica. Assim, dentro desta MESMA pessoa jurdica haver distribuio decompetncia entre os diversos rgos que compe essa pessoa jurdica.Portanto, a desconcentrao est, umbilicalmente, ligada ao surgimento dergos pblicos.

    rgos pblicos seriam unidades integrantes de uma MESMApessoa jurdica, portanto, SEM personalidade jurdica prpria, responsveis porum conjunto de competncias. Sobre outro ngulo: uma MESMA pessoa

    jurdica composta por diversos rgos, cada um destes com feixesindividualizados de competncia.

    Pelo fato da desconcentrao ocorrer dentro da MESMA pessoa jurdica, surge a relao de hierarquia, de subordinao, entre os rgos quecompem essa pessoa jurdica. No mbito das entidades desconcentradas,

    teremos o controle hierrquico. Ento, no esquea:Desconcentrao ocorre dentro da mesma pessoa jurdica, fazendo surgiros rgos pblicos (mera distribuio intera de competncias) e o controlehierrquico.

    A desconcentrao poder ocorrer na Administrao Direta eIndireta. Portanto, a execuo das funes administrativas podero ocorrer deforma centralizada e desconcentrada (ex: a Unio forma centralizada -

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    atua atravs, por exemplo, do Ministrio da Justia, do Ministrio da Fazenda rgos -, que por sua vez atuam atravs, por exemplo, do Departamento dePolcia Federal e da Secretaria da Receita Federal rgos - e, assim, pordiante) ou de forma descentralizada e desconcentrada (a autarquia

    federal INSS forma descentralizada - atua atravs de suas Superintendnciase Agncias rgos - espalhadas por todo nosso imenso pas).Com essas explicaes, conclui-se que a questo est certa, pois,

    realmente, na descentralizao ocorre a transferncia de competncias entreduas pessoas distintas, ao passo que a desconcentrao processoeminentemente interno, de distribuio de competncias entre rgos de umamesma pessoa jurdica.

    QUESTO 04CESPE - 2010 - MS - Analista Tcnico - Administrativo - PGPE 1Acerca da administrao pblica, julgue o item a seguir.A delegao ocorre quando a entidade da administrao, encarregadade executar um ou mais servios, distribui competncias no mbito daprpria estrutura, a fim de tornar mais gil e eficiente a prestao dosservios.

    Comentrios:Resposta: ERRADA

    Comentrio: conforme explicado no comentrio da questo 03, a delegaoest atrelada ao instituto da descentralizao que, sempre, exige a existnciade duas pessoas: de um lado o Estado (Administrao Direta) e de outro apessoa (fsica ou jurdica) que executar o servio pblico, por ter recebido doEstado essa atribuio.

    O enunciado da questo, ao afirmar que a distribuio decompetncias ocorrer no mbito da prpria estrutura, est se referindo desconcentrao e, no, delegao (espcie de descentralizao).

    QUESTO 05CESPE - 2007 - TSE - Analista JudicirioO TRE do estado do Rio de Janeiroa) tem personalidade jurdica de direito privado.b) tem personalidade jurdica de direito pblico.c) um rgo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).d) no tem personalidade jurdica

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    Comentrios:Resposta: D

    Comentrio: o TRE, com o qualquer outro Tribunal, configura um rgointegrante do Poder Judicirio. No caso especfico, todos os Tribunais RegionaisEleitorais so rgos da Justia Eleitoral (art. 118, II da CRFB/88) e, no doTSE, por isso a alnea c est errada. Leiamos o citado dispositivoconstitucional.

    Art. 118. So r g o s d a Ju s t i a El e i t o r a l :

    I - o Tribunal Superior Eleitoral;

    II - os T r i b u n a i s R e g i o n a i s El e i t o r a i s ;

    III - os Juzes Eleitorais;

    IV - as Juntas EleitoraisAssim, sendo um rgo pblico, o TRE no possui personalidade jurdica. Como j explicado, rgo pblico unidade integrante de uma MESMApessoa jurdica, portanto, SEM personalidade jurdica prpria, responsveis porum conjunto de competncias.

    QUESTO 06CESPE - 2007 - TCU - Tcnico de Controle ExternoJulgue o item a seguir, acerca da organizao administrativa da Unio.

    A administrao direta o conjunto de rgos que integram a Unio eexercem seus poderes e competncias de modo centralizado, ao passoque a administrao indireta formada pelo conjunto de pessoasadministrativas, como autarquias e empresas pblicas, que exercemsuas atividades de forma descentralizada.

    Comentrios:Resposta: CERTAComentrio: Administrao DIRETA o conjunto de rgos pblicos que

    integram as entidades polticas (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios)que exercem de forma centralizada as funes administrativas. J aAdministrao INDIRETA o conjunto de entidades administrativas(autarquias, fundaes pblicas, sociedades de economia mista e empresaspblicas) que exercem de forma descentralizada as atividades administrativas.Portanto, a questo est correta.

    Lembre-se que as entidades administrativas, que compem aAdministrao Indireta, no possuem autonomia poltica (no podem legislar),

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    mas detm autonomia administrativa, ou seja, no so hierarquicamentesubordinadas aos entes da Administrao Direta, mas, apenas, vinculadas,ensejando o controle finalstico.

    O Decreto-Lei n 200 de 1967, no seu art. 4, traz a estrutura daAdministrao Publica. Embora esse Decreto organize a Administrao Pblicano mbito FEDERAL, suas diretrizes sero repetidas nos mbitos estaduais,distrital e municipais. Leiamos o dispositivo.

    Art. 4 A Administrao Federal compreende:

    I - A A d m i n i s t r a o D i r e t a , que se constitui dos servios integrados naestrutura administrativa da Presidncia da Repblica e dos Ministrios.

    II - A A d m i n i s t r a o I n d i r e t a , que compreende as seguintes categoriasde entidades, dotadas de personalidade jurdica prpria:

    a) A u t a r q u i a s ;

    b) Em p r e s a s P b l i c a s ;c) S o ci e d a d e s d e Ec o n o m i a M i s t a .

    d) f u n d a e s p b l i c a s .

    Pargrafo nico. As entidades compreendidas na Administrao Indiretav i n c u l am - s e ao Ministrio em cuja rea de competncia estiver enquadrada sua principal atividade. (grifo nosso).

    Como afirmado, essa estrutura dever ser respeitada pelos Estados,Distrito Federal e Municpios. Assim, por exemplo, a Administrao Indireta deum municpio poder ser composta por autarquias municipais, fundaes

    pblicas municipais, sociedades de economia mista municipais e empresaspblicas municipais. Todavia, nem este municpio e nenhum outro ente polticopodero criar uma QUINTA espcie de entidade administrativa para comporsua Administrao Indireta.

    Noutro giro, embora ainda no exista, nada impede, em tese, quesejam criadas entidades da Administrao Indireta vinculadas aos PoderesLegislativo e Judicirio. Tal assertiva est em perfeita consonncia com o artigo37 da CRFB/88, que diz que a administrao pblica direta e indireta deq u a l q u e r d o s Po d e r e s da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicpios... .

    QUESTO 07CESPE - 2004 - Polcia Federal - Agente Federal da Polcia Federal -NacionalConsiderando que o Departamento de Polcia Federal (DPF) um rgodo Ministrio da Justia, julgue o item a seguir.

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    Se fosse transformado em autarquia federal, o DPF passaria a integrara administrao indireta da Unio.

    Comentrios:Resposta: CERTAComentrio: conforme o citado Decreto-Lei n 200/67 que organiza a estruturada Administrao Pblica Federal, tendo aplicao obrigatria nos demais entespolticos federados, AUTARQUIA, necessariamente, integra a AdministraoINDIRETA. Assim, se o DPF fosse transformado em autarquia federal,automaticamente, passaria a compor a Administrao Indireta da Unio.

    QUESTO 08CESPE - 2007 - TCU - Tcnico de Controle ExternoJulgue o item a seguir, acerca da organizao administrativa da Unio.Na organizao administrativa da Unio, o ente poltico a pessoa

    jurdica de direito pblico interno, ao passo que os entesadministrativos recebem atribuio da prpria Constituio paralegislar, tendo plena autonomia para exercer essa funo.

    Comentrios:Resposta: ERRADA

    Comentrio: A Administrao Pblica DIRETA composta pela Unio, Estados,Distrito Federal e Municpios, pessoas jurdicas de direito pblico interno,denominadas de entidades polticas (pessoas polticas ou entes federados),possuindo autonomia poltica. A autonomia poltica se traduz nacompetncia legislativa , ou seja, na capacidade dos entes polticoselaborarem leis, atravs do seu Poder Legislativo. Ento, no esquea:Administrao DIRETA = U/E/D.F/M (pessoas jurdicas de direito pblicointerno) = entidades polticas com autonomia poltica = competncialegislativa.

    Por sua vez, a Administrao Pblica INDIRETA composta pelas

    autarquias, fundaes pblicas, sociedades de economia mista e empresaspblicas, pessoas jurdicas de direito pblico ou privado, denominadasentidades administrativas. Essas entidades administrativas NO possuemautonomia poltica, no possuem competncia legislativa, ou seja, no podemlegislar. Mas, apesar de no possurem autonomia poltica, as entidadesadministrativas tm autonomia administrativa.

    A autonomia administrativa garante que as entidades daAdministrao Indireta NO fiquem HIERARQUICAMENTE subordinadas

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    entidade poltica da Administrao Direta que as instituiu. Assim, no hsubordinao hierrquica (poder hierrquico ) entre os entes daAdministrao Indireta e da Administrao Direta. As entidadesadministrativas, na realidade, esto vinculadas (no h hierarquia) ao ente

    poltico instituidor que exercer tutela administrativa, controle finalsticoou superviso .A hierarquia , corolrio do poder hierrquico, caracteriza-se pela

    existncia de nveis de subordinao existente no mbito de uma mesmapessoa jurdica (carter interno). Por seu turno, como explicado, entre aAdministrao Direta e as entidades da Administrao Indireta no hhierarquia, mas sim vinculao. Atravs da vinculao, a AdministraoDireta exercer o controle finalstico (tutela administrativa ousuperviso ) dos entes da Administrao Indireta. Deve ser frisado que essecontrole finalstico bem menos abrangente do que o controle hierrquico,

    pois incide somente sobre os aspectos que a lei expressamente preveja,garantindo a autonomia administrativa das entidades da AdministraoIndireta. Ento, no esquea:Administrao INDIRETA = autarquia/fundao pblica/sociedade de economiamista/empresa pblica = entidades administrativas com autonomiaadministrativa (no podem legislar), sendo vinculadas (no h hierarquia) Administrao Direta que exercer o controle finalstico (tutela administrativaou superviso).

    A questo est errada ao afirmar que os entes administrativospodem legislar.

    QUESTO 09CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de PolciaJulgue o item seguinte.Considerando a diviso da administrao pblica federal em direta eindireta, correto afirmar que os correios fazem parte daadministrao direta, por se tratar de empresa pblica, sob controleexclusivo da Unio.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: se o enunciado da questo afirma que os Correios possuemnatureza de empresa pblica, j temos base para afirmarmos que,obrigatoriamente, eles fazem parte da Administrao INDIRETA e, no, daAdministrao Direta.

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    QUESTO 10CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polcia CivilA respeito da organizao administrativa da Unio, julgue o item aseguir.O surgimento de uma autarquia se consolida com o registro de seusestatutos em cartrio.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: aproveitaremos a questo para abordarmos um tema muitoimportante, qual seja: a criao das entidades da Administrao Indireta.

    Em primeiro, leiamos o inciso XIX do art. 37 da CRFB/88.

    XIX - somente por l e i e sp ec f i ca poder ser c r i a d a autarquia ea u t o r i z a d a a i n s t i t u i o de empresa pblica, de sociedade de economiamista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso,definir as reas de sua atuao.

    Assim, mais uma vez, vamos a um quadro esquematizado.CRIA a autarquia.

    LEI ESPECFICAAUTORIZA A INSTITUIO de empresa pblica,sociedade de economia mista e fundao.

    A lei especfica criar, diretamente, a autarquia. Portanto, com oincio da vigncia dessa lei especfica, a autarquia estar instituda, adquirindopersonalidade jurdica. Assim, quanto autarquia, no cabe cogitar eminscrio de atos constitutivos em cartrio de registro pblico de pessoas

    jurdicas, vez que a prpria lei especfica que cria a autarquia funciona comoseu ato constitutivo, garantindo-lhe personalidade jurdica a partir de suavigncia. A questo est errada, pois afirma, justamente, o contrrio doensinado.

    J quanto empresa pblica, sociedade de economia mista efundao, a lei especfica autoriza a instituio dessas entidades

    administrativas. Assim, uma vez autorizada a instituio pela lei especfica,deve o poder pblico elaborar os atos constitutivos dessas entidades(normalmente em forma de decreto) e, em seguida, providenciar suasinscries no registro pblico competente. Somente com o registro dos seusatos constitutivos que essas entidades adquirem personalidade jurdica.

    Assim, temos:

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    Autarquia lei cria personalidade jurdica.Emp. PblicaSoc. Eco. Mista lei autoriza ato constitutivo + registro

    Fundaopersonalidade jurdica

    Aqui, uma importante observao. A Emenda Constitucional n19/98 inovou colocando a fundao no mesmo plano da empresa pblica e dasociedade de economia mista, no tocante sua criao. Todavia, o SupremoTribunal Federal admite duas espcies de fundao pblica, a saber: fundaopblica com personalidade jurdica de direito pblico ( uma espcie deautarquia e por isso ser criada diretamente por lei especfica) e fundaopblica com personalidade jurdica de direito privado (lei especfica autoriza a

    sua instituio). Veja o quadro abaixo.DE DIREITO PBLICO: espcie de autarquia e, por isso,criada por lei especfica (autarquia fundacional ou fundaoautrquica).

    FUNDAOPBLICA

    DE DIREITO PRIVADO: lei especfica autoriza sua instituio,segue o rito da empresa pblica e da sociedade de economiamista.

    ltima observao. A Constituio, no inciso XIX do art. 37, trazuma exigncia especfica somente para as fundaes, qual seja: a necessidadede LEI COMPLEMENTAR definir a rea de atuao da fundao. Ou seja, umalei ordinria especfica autoriza a instituio de uma fundao e a leicomplementar define a rea de autuao desta fundao. Leiamos o dispositivoconstitucional.

    XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizadaa instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e defundao, c a b e n d o l e i co m p l e m e n t a r , n e s t e l t i m o c a s o , d e f i n i r as r ea s d e s u a a t u ao .

    Questo 11CESPE - 2010 - TRE-BA - Tcnico JudicirioJulgue o item a seguirA criao de uma autarquia para executar determinado servio pblicorepresenta uma descentralizao das atividades estatais. Essa criao

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    somente se promove por meio da edio de lei especfica para essefim.

    Comentrios:Resposta: CERTAComentrios: o enunciado da questo traz duas afirmaes, estando ambascorretas. Realmente autarquia est atrelada descentralizao por servio(vide questo 03), sendo que sua criao depende de lei especfica (videquesto 10). Mas, vamos aproveitar o ensejo para tecer alguns comentriossobre a entidade autarquia.

    Podemos definir autarquia como pessoa jurdica de direito pblico,integrante da Administrao Pblica Indireta, criada por lei especfica, paraexecutar atividades tpicas do Estado. Exemplos de autarquias federais:

    BACEN, INCRA, INSS, Universidades Federais etc.Ento, memorize esse conceito de forma desmembrada: Autarquia =

    pessoa jurdica de direito pblico + criada por lei especfica + execuo deatividade tpica + integra Administrao Indireta.

    A doutrina moderna elenca cinco espcies de autarquia, a saber:1 AUTARQUIA COMUM ou ORDINRIA: no apresenta qualquerpeculiaridade, enquadrando-se exclusivamente no regime delineado peloDecreto-Lei n 200/67.2 AUTARQUIA SOB REGIME ESPECIAL: apresenta alguma (s) peculiaridade(s) quando comparada com a autarquia comum. A lei especfica criadora daautarquia sob regime especial elencar essa (s) peculiaridade (s) apta (s) adiferenci-la da autarquia comum, conferindo-lhe maior autonomia. No existeum definio legal prpria e uniforme do que seja regime especial. Sempreque se deseja conceder uma maior autonomia, a lei criadora da autarquia lheconfere prerrogativas especiais, instituindo-a sob a denominao autarquiaem regime especial. Assim, cada lei especfica, ao criar uma autarquia emregime especial, elencar as caractersticas prprias daquele particular regimeespecial. As AGNCIAS REGULADORAS (visam regular determinado setor daeconomia ex: ANATEL, ANVISA, ANCINE etc.) tm sido criadas como autarquiasob regime especial.3 AUTARQUIA FUNDACIONAL ou FUNDAO AUTRQUICA: j foi explicadoque a fundao pblica poder assumir a natureza de pessoa jurdica de direitopblico ou de pessoa jurdica de direito privado. Autarquia fundacional oufundao autrquica nada mais do que a fundao pblica com personalidade

    jurdica de direito PBLICO.4 ASSOCIAO PBLICA: prevista no j citado inciso IV, do art. 41 doCdigo Civil. Associao Pblica o consrcio pblico com personalidade

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    jurdica de direito pblico, chamado pela doutrina de AUTARQUIAINTERFEDERATIVA ou AUTARQUIA MULTIFEDERADA.5 AUTARQUIA TERRITORIAL: hoje no Brasil no existem Territrios.Todavia, o 2 do art. 18 da CRFB/88 permite a criao de Territrios Federais.Ento, indaga-se: qual a natureza jurdica do Territrio? O Territrio possuinatureza de pessoa jurdica de direito pblico (art. 41, inciso II, do CdigoCivil). Mas, Territrio no ente poltico e, por isso, no pertence Administrao Direta. Assim, a doutrina enquadra Territrio como uma espciede autarquia. Deve ser frisado que o Territrio possui uma gesto prpria,totalmente diferenciada das autarquias. A doutrina classifica o Territrio comoautarquia por uma questo de acomodao jurdica. Se Territrio no entepoltico (no pertence Administrao Direta) e possui personalidade dedireito pblico, s poder ser uma autarquia. Mas Territrio e autarquia trazeminmeras diferenas que no so mais discutidas no mbito doutrinrio, pois,

    como, dito, atualmente, no existem Territrios no Brasil.Por desempenhar atividades tpicas da Administrao Pblica e porpossuir personalidade jurdica de direito pblico os privilgios estatais soestendidos autarquia, como, por exemplo, a imunidade tributria recprocaprevista no 2 do art. 150 da CRFB/88 e os prazos processuais diferenciadospara contestar e para recorrer estabelecidos no art. 188 do Cdigo de ProcessoCivil.

    A redao original do caput do art. 39 da CRFB/88 exigia o regime jurdico nico para os servidores da Administrao Pblica Direta, dasautarquias e das fundaes pblicas. Portanto, com fulcro na redao original

    do caput do citado art. 39, estes entes deveriam optar por um regime NICO,seja CELETISTA (contratual), seja ESTATUTRIO. Muitos afirmam que comfulcro na redao original do caput do art. 39 da CRFB/88 o regime dosservidores destes entes deveria, obrigatoriamente, ser o estatutrio. Isto estequivocado. A exigncia era do regime jurdico desses servidores ser NICO,ou seja, ou todos eram celetista ou todos eram estatutrio. Ocorre que aUnio, todos Estado, o Distrito Federal, a maioria dos Municpios e suasrespectivas autarquias e fundaes pblicas adotaram o regime jurdicoestatutrio, talvez da advenha a confuso.

    A Emenda Constitucional n 19/98 alterou a redao do art. 39 da

    CRFB/88, excluindo a obrigatoriedade do regime jurdico nico. Com basenessa alterao, no mbito federal foi editada a Lei n 9.962/2000possibilitando a coexistncia de servidores celetistas e estatutrio naAdministrao Direta, nas autarquias e nas fundaes pblicas. Em 2007, oSupremo Tribunal Federal suspendeu, em sede de medida cautelar na ADI2135/DF, a eficcia da modificao do caput do art. 39 da CRFB/88,introduzida pela Emenda Constitucional 19/98, com efeito ex nunc (efeitosomente para frente, no retroagindo). Portanto, desde a deciso cautelar at

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    o momento (ainda no houve deciso de mrito da ADI 2135/DF),restabeleceu-se a exigncia do regime jurdico nico (que na prtica oestatutrio) para os servidores da Administrao Direta, das autarquias e dasfundaes.

    QUESTO 12CESPE - 2010 - TCU - Auditor Federal de Controle ExternoJulgue o prximo item, relativo organizao administrativa da Unio.A consolidao de uma empresa pblica efetiva-se com a edio da leique autoriza a sua criao.

    Comentrios:

    Resposta: ERRADAComentrio: como j estudado na questo 10, mas devido importncia dotema, repetimos que quanto empresa pblica, sociedade de economia mistae fundao, a lei especfica autoriza a instituio dessas entidadesadministrativas. Uma vez autorizada a instituio pela lei especfica, deve opoder pblico elaborar os atos constitutivos dessas entidades (normalmenteem forma de decreto) e, em seguida, providenciar suas inscries no registropblico competente. Somente com o registro dos seus atos constitutivos queessas entidades adquirem personalidade jurdica.

    QUESTO 13CESPE - 2009 - IBRAM-DF - AdvogadoJulgue o itemUma autarquia pode ser qualificada como agncia executiva desde queestabelea contrato de gesto com o ministrio supervisor e tenhatambm plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimentoinstitucional em andamento.

    Comentrios:Resposta: CERTAComentrio: vamos aproveitar a questo para abordarmos o tema agnciaexecutiva.

    Agncias executivas no so espcies de ente da AdministraoIndireta. Em realidade, as autarquias e fundaes pblicas podem celebrarcom o Poder Pblico contrato de gesto previsto no 8 do art. 37 daCRFB/88 e regulamentado pelo art. 51 da Lei n 9.649/98. Assim, as

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    autarquias e fundaes pblicas, ao celebrarem esse contrato de gesto,passam a ser qualificadas como agncia executiva. Leiamos o dispositivo legal.

    Art. 51. O Poder Executivo poder q u a l i f i c a r c o m o A g n c i a E x e c u t i v a a a u t a r q u i a o u f u n d a o que tenha cumprido os seguintes requisitos:

    I - ter um plano e s t r a t g i c o d e r e e s t r u t u r a o e d e d e s en v o l v i m e n t o i n s t i t u c i o n a l e m a n d a m e n t o ;

    II - ter c e l e b r a d o C o n t r a t o d e G e s t o com o respectivo Ministriosupervisor.

    1 A qualificao como Agncia Executiva ser feita em ato doPresidente da Repblica.

    2 O Poder Executivo editar medidas de organizao administrativaespecficas para as Agncias Executivas, visando assegurar a suaautonomia de gesto, bem como a disponibilidade de recursos

    oramentrios e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metasdefinidos nos Contratos de Gesto.

    Esse contrato de gesto, simultaneamente, fixa METAS DEDESEMPENHO para a entidade (autarquia ou fundao pblica), a qual secompromete a cumpri-las no prazo fixado e, em contrapartida, AMPLIA AAUTONOMIA dessa entidade. Ento, no esquea da frmula:AGNCIA EXECUTIVA = AUTARQUIA/FUND.PBLICA + CONTRATO DE GESTOMETAS DE DESEMPENHO + AMPLIAO DA AUTONOMIA.

    Por fim, deve ser frisado que o contrato de gesto ter duraomnima de um ano e, aps sua celebrao, o reconhecimento como agnciaexecutiva feito por decreto do Chefe do Executivo.

    A questo est correta, limitando-se a copiar o citado art. 51 da Lein 9.649/98.

    QUESTO 14CESPE 2011 - IFB - Professor - DireitoJulgue o item que se segue.A Ordem dos Advogados do Brasil, na qualidade de autarquiaprofissional, no integra a administrao indireta e no se submete aocontrole do Tribunal de Contas da Unio.

    Comentrios:Resposta: CERTA

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    Comentrio: Os Conselhos de Classe, ou seja, os conselhos fiscalizadores deprofisses regulamentares (ex: Conselho Regional de Medicina/CRM, ConselhoRegional de Engenharia e Arquitetura/CREA) so autarquias.

    Por serem autarquias, tais Conselhos se submetem ao tratamentodispensado a todas as demais autarquias. Assim, quais seriam asconsequncias de classificar tais Conselhos como autarquia? Citaremos apenastrs: esses Conselhos esto sujeitos ao controle pelos Tribunais de Contas,devendo respeitar as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal/LRF e, por fim, acontratao de pessoal permanente somente poder se realizar medianteprvio concurso pblico.

    Todavia, em relao Ordem de Advogados do Brasil/OAB, oSupremo Tribunal Federal, em 2006, no julgamento da ADI 3.026/DF, fugindototalmente do que j se encontrava sedimentado, h anos, em sededoutrinria, acompanhando o forte lobby dos advogados, decidiu que a OABno uma entidade da Administrao Indireta da Unio, no estando sujeitaao controle da Administrao,... A OAB no pode ser tida como congnere dosdemais rgos de fiscalizao profissional.

    O STF define a OAB como uma categoria mpar no elenco das personalidades jurdicas existentes no direito brasileiro , mas o qual seria osignificado dessa definio? Isso o STF no responde. A doutrina critica adeciso do STF, por consider-la unicamente poltica, afastando-se da boatcnica, visando satisfazer os interesses pessoais da OAB. Com esseentendimento do STF, a OAB continua detendo os privilgios inerentes sautarquias (ex: imunidade tributria recproca), mas sem as correlatas

    obrigaes (ex: OAB no fiscalizada pelo Tribunal de Contas e no precisarealizar concurso pblico para preenchimento do seu quadro pessoalpermanente). Assim, fica fcil!!

    QUESTO 15CESPE - 2011 - PC-ES - Delegado de PolciaJulgue item a seguirA administrao pblica pode instituir empresas pblicas e sociedadesde economia mista mediante autorizao legal, as quais estaro

    inteiramente sujeitas ao regime jurdico de direito privado, por forade lei.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: a primeira parte do enunciado est correta. Como j estudado, leiespecfica autoriza a instituio da empresa pblica e da sociedade de

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    economia mista. O equvoco se encontra na segunda parte da questo ao seafirmar que estas entidades administrativas estaro I N T EI R A M EN T E sujeitasao regime jurdico de direito privado, por fora de lei . Vamos s explicaes.

    Essas duas entidades so pessoas jurdicas de direito privado ,tendo sido idealizadas para se dedicarem explorao de atividadeeconmica (art. 173 e art. 177, ambos da CRFB/88), como consectrio de umEstado-Empresrio, mas podendo, tambm, atuar como prestadoras deservios pblicos (art. 175 da CRFB/88).

    A explorao da atividade econmica pelo Estado, atravs daempresa pblica e da sociedade de economia mista, SOMENTE ser permitidaem TRS hipteses: quando for necessria aos i m p e r a t i v o s d a s e g u r a n a n a c i o n a l ou a r e l e v a n t e i n t e r e s s e c o le t i v o (art. 173 da CRFB/88) ouquando a atividade econmica a ser explorada estiver sujeita ao regimeconstitucional de monoplio (art. 177 da CRFB/88).

    J os servios pblicos, previstos no art. 175 da CRFB/88, passveisde serem explorados pelas sociedades de economia mista e empresas pblicas,so os mesmos que podem ser delegados aos particulares. As sociedades deeconomia mista, as empresas pblicas e os particulares no podem prestarservios pblicos que envolvam exerccio de poder de imprio ou exerccio depoder de polcia, vez que somente pessoas jurdicas de direito pblico (entespolticos e autarquias) encontram-se aptos a prestarem tais servios.

    O regime jurdico da sociedade de economia mista e da empresapblica hbrido, ou seja, essas entidades se sujeitam s normas dedireito privado e direito pblico, variando de intensidade conforme aatividade exercida. Assim:

    que explora atividade econmica sujeio, predominantemente,sobretudo no exerccio de sua atividade fim, ao regime jurdicoprprio das empresas privadas (art. 173, 1, II CRFB/88)

    EP/SEMque presta servio pblico sujeio, predominantemente,sobretudo no exerccio de sua atividade fim, ao regime jurdico dedireito pblico (art. 175 CRFB/88)

    Portanto, nenhuma dessas duas entidades est sujeitas

    somente a normas de direito privado ou somente a normas de direitopblico . Tanto as exploradoras de atividade econmica, como as prestadorasde servio pblico, so regidas por normas privadas e pblicas, predominando,umas ou outras, em razo do objeto da entidade.

    Mesmo o inciso II do 1 do art. 173 da CRFB/88 ao estabelecer quea empresa pblica e a sociedade de economia mista que explorem atividadeeconmica devem se sujeitar ao regime prprio das empresas privadas , no

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    pode ser interpretado na sua literalidade, devendo-se levar em consideraotodo arcabouo constitucional. Assim, quando a Constituio traa normas paraa administrao pblica ou para a administrao pblica indireta, semressalva, essas normas alcanam as empresas pblicas e as sociedades de

    economia mista exploradoras de atividades econmicas, apesar da previso docitado inciso II. Assim, por exemplo, a Petrobrs, sociedade de economia mistaque explora atividade econmica, integrante da Administrao IndiretaFederal, conforme previso do art. 37, II da CRFB/88, somente podercontratar pessoal permanente mediante prvio concurso pblico de provas ouprovas e ttulos.

    QUESTO 16CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de EstadoJulgue o item a seguirA nica diferena entre sociedade de economia mista e empresapblica a composio do capital.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: a doutrina, de forma unnime, elenca TRS diferenas entre asociedade de economia mista e a empresa pblica e, no, apenas uma. Vamosestud-las.

    A primeira diferena diz respeito forma jurdica. A sociedade deeconomia mista sempre ter a forma de sociedade annima (S/A), ao passoque a empresa pblica poder apresentar-se sob quaisquer das formasadmitidas em nosso direito. A segunda diferena se refere composio docapital (apontada como a NICA diferena). A sociedade de economia mista formada pelo somatrio de capital privado e pblico, devendo o controleacionrio ser sempre da Administrao Pblica, j o capital da empresa pblica integralmente pblico. Ento, memorize essas diferenas:DISTINES SOC. ECO. MISTA X EMP. PBLICA

    qto forma jurdica ------- sempre S/A ------------- qualquer formaqto ao capital ------------privado + pblico ---------integralmente pblico

    Aqui, uma observao. Afirmamos que o capital da empresa pblica integralmente pblico. Isso no significa que esse capital deva advir de umnico ente pblico. Assim, exemplificando, podemos ter a conjuno do capitalda Unio e de um Estado, ou de um Municpio e de uma autarquia, para formar

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    o capital de uma empresa pblica. O que no cabe, aqui, o capital de umapessoa jurdica de direito privado.

    Existe, ainda, uma terceira diferena quanto ao foro processual, masque somente pertinente no mbito federal. Assim, as demandas judiciais,em que a empresa pblica federal figurar como interessada, sero processadase julgadas pela JUSTIA FEDERAL (art. 109, inciso I da CRFB/88). J se ainteressada for uma sociedade de economia mista federal, a ao dever ser

    julgada pela JUSTIA ESTADUAL. Assim, por exemplo, se a Caixa EconmicaFederal (empresa pblica federal) figurar como autora ou r de uma ao

    judicial, esta dever ser julgada na Justia Federal. Noutro giro, se a ao forem face do Banco do Brasil (sociedade de economia mista federal), acompetncia ser da Justia Estadual.

    As empresas pblicas e sociedades de economia mista estaduais emunicipais tero, sem distino, suas causas julgadas pela Justia Estadual.

    Como afirmado, esta terceira diferena somente ocorre no mbito dasentidades federais. Visto as diferenas, passemos a estudar os pontos emcomuns das sociedades de economia mista e das empresas pblicas.

    QUESTO 17CESPE - 2009 - ANATEL - Analista AdministrativoCom referncia estrutura da administrao pblica, julgue o item quese segue.A ANATEL e a Agncia Nacional do Petrleo so as nicas agncias

    reguladoras que tm fundamento na prpria Constituio Federal.Essas agncias so autarquias de regime especial e gozam deindependncia em relao aos poderes da Repblica, tanto que seusdirigentes tm mandato por prazo determinado, no podendo serexonerados, e, alm do mais, no esto sujeitas ao controle interno doPoder Executivo.

    Comentrios:Resposta: ERRADA

    Comentrio: aproveitamos o enunciado da questo para estudarmos, umpouco, as agncias reguladoras, tema da moda e, por isso, exigido pelasbancas de concurso.

    As agncias reguladoras, pelo menos no mbito federal, tm sidocriadas sob forma de AUTARQUIA SOB REGIME ESPECIAL, mas com esta nose confunde.

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    As AGNCIAS REGULADORAS, em suma, visam regular e fiscalizardeterminado setor da economia. Para que possuam uma maior autonomia, asagncias reguladores tm sido institudas sob o manto de uma autarquia deregime especial. Noutro giro, qualquer entidade administrativa pode ser criada

    por lei especfica sob regime especial (AUTARQUIA SOB REGIME ESPECIAL),independente de sua atividade, mesmo que nada tenha a ver com regulaoou fiscalizao do setor econmico.

    No Brasil, somente as agncias reguladoras ANATEL e ANP possuembase constitucional no art. 21, inciso XI e no art. 177, 2, III,respectivamente (nesta primeira parte, a questo est correta). As demaisagncias reguladoras (ex: ANEEL, ANVISA, ANTT, ANCINE, ANAC e etc) foramcriadas exclusivamente por lei. Deve ser frisado que a Constituio utiliza aterminologia rgo regulador , e, no, agncia reguladora.

    As agncias reguladoras so institudas para exercer INTERVENO

    no domnio econmico, regulando, fiscalizando e aplicando sanes adeterminado setor privado da economia.As caractersticas das agncias reguladoras no so homogneas,

    vez que cada lei estabelece as caractersticas da agncia reguladora queinstitui. A doutrina elenca a independncia como a mais importantecaracterstica das agncias reguladoras. Por bvio, o grau de independnciados rgos reguladores variar em razo da opo do legislador, em cadacaso, no momento da elaborao da lei especfica criadora da agncia.

    Um dos principais instrumentos garantidor dessa independncia aestabilidade dos dirigentes das agncias reguladoras. No mbito federal, aLei n 9.986/2000 garante que os dirigentes de todas as agncias reguladorasfederais exeram mandato de durao fixa , assim, uma vez nomeado, essedirigente exercer um mandato com durao determinada, somente podendoser exonerado ou destitudo nas hipteses previstas em lei (aqui se encontra oprimeiro erro da questo, ao afirmar que os dirigentes dessas entidades NOpodem ser exonerados). Vejamos os art. 6 e 9 da Lei n 9.986/2000.

    Art. 6 O mandato dos Conselheiros e dos Diretores ter o p r a z o f i x a d o n a l e i de criao de cada Agncia.

    Pargrafo nico. Em caso de vacncia no curso do mandato, este sercompletado por sucessor investido na forma prevista no art. 5.

    Art. 9 Os Conselheiros e os Diretores s o m e n t e p e r d e r o o m a n d a t o em caso de renncia, de condenao judicial transitada em julgado ou de

    processo administrativo disciplinar.

    Pargrafo nico. A lei de criao da Agncia poder prever outrascondies para a perda do mandato

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    A mesma lei, no seu art. 5, exige que a nomeao dos dirigentes de uma agncia reguladora federal seja pautada por critrios tcnicos (...formao universitria e elevado conceito no campo de especialidade... ).Essa nomeao, por exigncia legal, ser um ato composto , ou seja, o

    candidato escolhido pelo Presidente da Repblica s poder ser nomeado apsprvia aprovao pelo Senado Federal, a famosa sabatina. Essa forma denomeao, como ato composto e calcada em critrios tcnicos, evita a escolhados famosos apadrinhados, que abarrotam e entravam nossa AdministraoPblica.

    Por fim, tambm, como instrumento garantidor da independnciadas agncias reguladoras, temos o instituto da quarentena , obrigatrio emtodos os entes reguladores federais, previsto no art. 8 da Lei n 9.986/2000:

    Art. 8 O ex-dirigente fica impedido para o exerccio de atividades ou de prestar qualquer servio no setor regulado pela respectiva agncia, p o r u m p e r o d o d e q u a t r o m e s e s , contados da exonerao ou do trminodo seu mandato.

    A quarentena impede o que a doutrina denomina de risco decaptura, ou seja, impede que o setor econmico fiscalizado/regulado recrute,de forma imediata, dirigentes do rgo regulador. Imagine se o atual dirigenteda ANATEL (Agncia Nacional de Telecomunicaes), ao deixar seu cargo dedireo no ente regulador, pudesse, imediatamente, ser contratado, porexemplo, pela TIM ou pela VIVO. Esse dirigente levaria uma gama deinformaes e conhecimentos que, com certeza, afetariam a independncia daANATEL.

    Por fim, cabe frisar que apesar da citada independncia, as agnciasreguladoras possuem natureza jurdica de autarquia e, como tal, no deixamde escapar da tutela administrativa (controle finalstico) exercida pelo entepoltico instituidor, por bvio em menor escala (aqui, temos o segundo erro daquesto, ao se afirmar que essas entidades no esto sujeitas ao controleinterno do Poder Executivo).

    QUESTO 18CESPE - 2008 - TST - Analista Judicirio - rea Judiciria

    Considere que, h sete anos, Adriano empregado da Caixa EconmicaFederal (CAIXA), que uma empresa pblica federal. Nessa situaohipottica, julgue o item a seguir.Por fora constitucional, o fato de a CAIXA ser uma empresa pblicaimpede que Adriano possa ser demitido sem justa causa.

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    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: primeiramente, devemos afirmar que a empresa pblica e asociedade de economia mista, independente de prestadora de servio pblicoou exploradora de atividade econmica, necessitam de realizao de concursopblico para preenchimento de vagas referentes ao pessoal permanente (art.37, II da CRFB/88), sendo que o vnculo funcional a ser formado de naturezaceletista /CLT (natureza contratual), adotando-se o regime de empregopblico . A remunerao dos empregados pblicos dessas entidades somentese sujeitar ao teto constitucional estabelecido no inciso XI do art. 37 se

    receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dosMunicpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral ,conforme determina o 9, do art. 37 da CRFB/88.

    Portanto, para ingressar no quadro permanente, por exemplo, daPetrobras, Caixa Econmica Federal e Banco do Brasil, h necessidade deprvia aprovao em concurso pblico. Todavia, como afirmado, o vnculo aser formado entre esse aprovado e a entidade ser de natureza contratual,seguindo as regras da Consolidao das Leis Trabalhistas/CLT (naturezaceletista), no havendo nenhum impedimento, constitucional ou legal, para ademisso sem justa causa. O empregado de uma empresa pblica ou de umasociedade de economia mista poder ser demitido sem justa causa, da mesmamaneira que um empregado de uma empresa privada, vez que ambos soregidos pela CLT.

    Ento, no confunda: para entrar h necessidade de concursopblico, para sair, seguem-se as regras da CLT.

    QUESTO 19CESPE - 2011 - TRE-ES - Tcnico JudicirioCom relao aos agentes pblicos, julgue o item seguinte.Considere que Joo pretenda ingressar como empregado naPETROBRAS, sociedade de economia mista, integrante daadministrao indireta da Unio. Nessa situao, Joo no precisa serpreviamente aprovado em concurso pblico, visto que o regime

    jurdico dessa empresa o celetista.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: com os comentrios da questo 18, voc, facilmente, concluirque esta questo est errada.

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    QUESTO 20CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - AdvocaciaJulgue o item a seguir.

    Uma empresa pblica prestadora de servios pblicos pode ter os seusbens penhorados, mesmo que afetada a sua atividade-fim, j que elase submete ao regime jurdico das empresas privadas.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: a questo traz tema muito importante que merece um breveaprofundamento.

    Apesar de ainda haver divergncia entre os doutrinadores

    administrativistas, o Cdigo Civil de 2002, no seu art. 98, expressamente,afirma que somente so pblicos os bens das pessoas jurdicas de direitopblico, sendo todos os demais bens particulares. Leiamos o citado artigo.

    Art. 98. So p b l i c o s o s b e n s do domnio nacional p e r t e n c e n t e s s p e s s o a s j u r d i c a s d e d i r e i t o p b l i c o interno; t o d o s o s o u t r o s s o p a r t i c u l a r e s , seja qual for a pessoa a que pertencerem.

    Assim, seguindo a literalidade da lei, a maioria da doutrina entendeque os bens das pessoas jurdicas de direito privado integrantes daAdministrao Indireta (empresa pblica, sociedade de economia mista efundao pblica de direito privado) NO so pblicos. Todavia, em razo do

    Princpio da Continuidade dos Servios Pblicos, especificamente nos casos deempresas pblicas e sociedades de economia mista PRESTADORAS DESERVIO PBLICO, os bens que estejam sendo, diretamente, utilizados naprestao desses servios pblicos (atividade fim) seguem, parcialmente, omesmo regime jurdico dos bens pblicos, revestindo, especialmente, dacaracterstica da impenhorabilidade.

    Uma observao. Os bens diretamente vinculados atividade fim daempresa pblica e da sociedade de economia mista prestadora de serviopblico continuam tendo natureza privada, apenas, em razo do Princpio daContinuidade dos Servios Pblicos, passam a seguir, parcialmente, o regime

    dos bens pblicos.Esse entendimento perfilhado pela jurisprudncia que, porexemplo, no admite a penhora de bens da Empresa Brasileira de Correios eTelgrafos/ECT (empresa pblica prestadora de servio pblico), devendo opagamento de seus dbitos ocorrer por precatrio, na forma do art. 100 daCRFB/88.

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    No que toca aos bens da empresa pblica e sociedade de economiamista exploradoras de atividade econmica, so considerados bens privados e,em nenhuma hiptese, seguem regime jurdico dos bens pblicos.

    QUESTO 21CESPE - 2011 - MMA - Analista AmbientalAcerca dos consrcios e convnios, julgue o item a seguir.Tanto os consrcios quanto os convnios administrativos so acordosde vontades e no adquirem personalidade jurdica.

    Comentrios:Resposta: ERRADA

    Comentrio: aproveitamos a questo para esmiuar o tema consrcio pblico.Os consrcios pblicos tm previso no art. 241 da nossa

    Constituio da Repblica. Leiamos o dispositivo.Art. 241. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpiosdisciplinaro por meio de lei os c o n s r c i o s p b l i c o s e os convnios decooperao e n t r e o s e n t e s f e d er a d o s , autorizando a gesto associadade servios pblicos, bem como a transferncia total ou parcial deencargos, servios, pessoal e bens essenciais continuidade dos serviostransferidos.

    O citado artigo constitucional foi disciplinado pela Lei n11.107/2005 que estabelece que o consrcio pblico poder adquirirpersonalidade jurdica de direito pblico ou de direito privado. Assim, temos:

    pessoa jurdica de direito privadoConsrcioPublico

    pessoa jurdica de direito pblico = ASSOCIAO PBLICAPortanto, associao pblica nada mais do que o consrcio

    pblico que adquire a personalidade jurdica de direito pblico ,integrante da Administrao Pblica Indireta, sob forma de autarquia. Pelofato de ser, por determinao legal, uma autarquia pertencente a mais de umente da federao, a doutrina passou a denomin-lo de autarquiamultifederada ou autarquia interfederativa . Ento, no esquea:CONSRCIO PBLICO com personalidade de DIREITO PBLICO =ASSOCIAO PBLICA espcie de AUTARQUIA (autarquia interfederativa ouautarquia multifederada).

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    O 1 do art. 6 da Lei n 11.107/2005, expressamente, afirma que o c o n s r c i o p b l i c o c o m p e r s o n a l i d a d e j u r d i c a d e d i r e i t o p b l i c o i n t e g r a a a d m i n i s t r a o i n d i r e t a de todos os entes da Federaoconsorciados. Como visto acima, o consrcio pblico de direito pblico ser

    considerado uma espcie de autarquia (associao pblica). Todavia, a referidalei no faz meno ao consrcio pblico com personalidade de DIREITOPRIVADO. Ento, indaga-se: este ser parte integrante ou no daAdministrao Indireta?

    Parte da doutrina, seguindo a literalidade da lei, defende a tese deque o consrcio que adquire personalidade jurdica de DIREITO PRIVADO NOintegra a Administrao Indireta, vez que se esta fosse a vontade dolegislador, este o teria feito de forma expressa como fez com o consrcio dedireito pblico. Outra parte da doutrina entende que, apesar da omisso legal,o consrcio pblico institudo sob a forma de pessoa jurdica de direito privado

    INTEGRA a Administrao Indireta dos entes da federao consorciados, umavez que, como tais entidades so criadas pelo Estado, devem compor a suaorganizao administrativa.

    Deve ser ressaltado que a Lei n 11.107/2005 atribuiu ao consrciopblico a natureza jurdica de contrato , assim, consrcio pblico umcontrato, todavia, essa mesma lei determina que o c o n t r a t o d e c o n s r c i o p b l i c o ser celebrado com a ratificao, mediante l e i , do protocolo deintenes . Assim, em nenhuma hiptese o consrcio pblico poder ser criadosem a participao do Poder Legislativo de cada um dos entes federadosconsorciados.

    Os consrcios pblicos sero celebrados entre entes federados damesma espcie ou no. Todavia, no haver consrcio pblico constitudounicamente pela Unio e Municpios, nem celebrado entre Estado e Municpiosde outro Estado (salvo entre o Distrito Federal e Municpios).

    Por fim, deve ser ressaltado que o citado art. 241 da CRFB/88,tambm, traz a figura dos convnios de cooperao entre os entesfederados. Todavia, esses convnios de cooperao, ao contrrio dosconsrcios pblicos, NO adquirem personalidade jurdica (aqui se encontra oerro da questo).

    QUESTO 22CESPE - 2009 - AGU - AdvogadoRelativamente aos consrcios pblicos, julgue o item seguinte.No caso de constituir associao pblica, o consrcio pblico adquirirpersonalidade jurdica de direito pblico, mediante a vigncia das leisde ratificao do protocolo de intenes. Nesse caso, a associao

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    pblica integrar a administrao indireta de todos os entes daFederao consorciados.

    Comentrios:Resposta: CERTAComentrio: com as explanaes feitas no comentrio da questo acima, vocconcluir que, realmente, o enunciado dessa questo est correto.

    QUESTO 23CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de PolciaAcerca da administrao pblica e dos rgos que a compem, julgueo item seguinte.

    Embora no integrem a administrao indireta, os chamados serviossociais autnomos prestam relevantes servios sociedade brasileira.Entre eles podem ser citados o SESI, o SENAC, o SEBRAE e a OAB.

    Comentrios:Resposta: ERRADAComentrio: faremos um breve estudo sobre as entidades paraestatais.Primeiro deve ser afirmado que as entidades paraestatais NO integram aAdministrao Pblica (Direta ou Indireta). Podem ser definidas como

    entidades privadas sem fins lucrativos que exercem atividades de interessepblico, reforando a atuao estatal na rea social e, por isso, sofomentadas pelo Estado. Em razo de receberem recursos pblicos, atravs daatividade fomento, submetem-se ao controle do Tribunal de Contas, razo pelaqual, apesar de submetidas ao regime de direito privado, sobre elas tambmincidem normas de direito publico.

    A entidade paraestatal recebe esse nome, pois letra, paraestatal algo que no se confunde com o Estado, porque caminha lado a lado,paralelamente ao Estado (paraestatal = paralelo ao Estado). Essas entidadescompem o que a doutrina convencionou chamar de terceiro setor , ao ladodo primeiro setor , que o Estado e sua Administrao Direta e Indireta e dosegundo setor, que o mercado.

    E quais seriam as entidades paraestatais? Atualmente, temos asseguintes entidades paraestatais:- SERVIOS SOCIAIS AUTNOMOS (Sistema S: SENAI, SESI, SESC, SENAC,SEBRAE e etc.)- ORGANIZAES SOCIAIS (reguladas pela Lei n 9.367/98)

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    - ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO (OSCIP,reguladas pela Lei n 9.790/99) e- ENTIDADES DE APOIO.

    O nico erro da questo foi incluir a OAB (j estudada na questo14) como exemplo de entidade integrante dos servios sociais autnomos.Ateno com essas malditas pegadinhas da CESPE.

    QUESTO 24CESPE - 2009 - PC-PB - Agente de Investigao e Agente de PolciaI As empresas pblicas e as sociedades de economia mista so criadaspor lei especfica.II A criao de uma fundao pblica se efetiva com a edio de umalei especfica.III Cabe lei complementar definir as reas de atuao das fundaespblicas.IV As sociedades de economia mista so pessoas jurdicas de direitoprivado, criadas sob a forma de sociedades annimas para o exercciode atividade econmica ou, eventualmente, a prestao de serviospblicos.V O regime jurdico das empresas pblicas e sociedades de economiamista de carter exclusivamente privado.Esto certos apenas os itensa) I e II.b) I e V.c) II e IV.d) III e IV.e) III e V.

    Comentrios:Resposta: D

    Comentrio: o item I est errado, pois lei especfica apenas autoriza ainstituio (e no cria) da empresa pblica e da sociedade de economia mista.O item II est errado, vez que somente com o registro do seu ato constitutivo que essa entidade adquire personalidade jurdica. O item III est emconsonncia com o previsto no inciso XIX do art. 37 da CRFB/88 (sobre ositens I, II e III vide comentrio questo 10). O item IV est correto.Realmente a sociedade de economia mista pessoa jurdica de direito privada,

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    integrante da Administrao Indireta, formada da juno de capital privado epblico, sob a forma de S/A, tendo por objetos: explorao da atividadeeconmica (art. 173 e 177 da CRFB/88) ou prestao de servio pblico (art.175 da CRFB/88). Por fim, o item V est errado vez que o regime jurdico da

    empresa pblica e da sociedade de economia mista hbrido, ou seja, essasentidades se sujeitam s normas de direito privado e direito pblico, variandode intensidade conforme a atividade exercida (vide comentrio questo 15).Assim, esto corretos somente os itens III e IV, devendo ser marcada a letra

    D.

    QUESTO 25CESPE - 2005 - SEAD-PA - ProcuradorA Escola de Governo do Estado do Par (EGPA), uma autarquiaestadual vinculada Secretaria Especial de Estado de Gesto (SEGPA),a) integra a administrao direta do governo do Par.b) um rgo subordinado SEGPA.c) pode ser desconstituda mediante decreto do governador do Par.d) uma entidade dotada de personalidade jurdica de direito pblico.e) deve, em respeito ao princpio da publicidade, publicar, na imprensaoficial, todos os atos praticados por seus agentes.

    Comentrios:Resposta: DComentrio: o enunciado da questo afirma que a EGPA uma autarquia. Comisto conclumos que a EGPA possui natureza de pessoa jurdica de direitopblico (letra D), integrando a Administrao Indireta. Assim, a EGPA no um rgo (lembre-se que rgo no possui personalidade jurdica) e nointegra a Administrao Direta (letra A e B esto erradas). Por ser umaautarquia, a EGPA deve ser criada mediante lei especfica (art. 37, inciso XIXda CRFB/88) e, seguindo o Princpio da Simetria das Formas Jurdicas, spoder ser extinta mediante, tambm, a edio de uma lei especfica e, nunca,atravs de um decreto do Chefe do Executivo (letra C, portanto, errada). Porfim, a letra E est errada, vez que o Princpio da Publicidade no exige queTODOS os atos sejam publicados. Como regra, somente os atos que devamproduzir efeitos externos devem ser publicados, enquanto os atosadministrativos internos, em regra, no precisam ser publicados.

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    QUESTES PROPOSTASQUESTO 01CESPE - 2011 - PC-ES - Delegado de Polcia

    Julgue o seguinte item.Em sentido material ou objetivo, a administrao pblica compreendeo conjunto de rgos e pessoas jurdicas encarregadas, pordeterminao legal, do exerccio da funo administrativa do Estado.

    QUESTO 02CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente PenitencirioJulgue o item a seguir, relativo aos conceitos de Estado, governo eadministrao pblica.

    O Estado constitui a nao politicamente organizada, enquanto aadministrao pblica corresponde atividade que estabeleceobjetivos do Estado, conduzindo politicamente os negcios pblicos.

    QUESTO 03CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivo de PolciaJulgue o item subsequente, que versa sobre a descentralizao edesconcentrao da atividade administrativa do Estado.Diferentemente da descentralizao, em que a transferncia de

    competncias se d para outra entidade, a desconcentrao processoeminentemente interno, em que um ou mais rgos substituem outrocom o objetivo de melhorar e acelerar a prestao do servio pblico.

    QUESTO 04CESPE - 2010 - MS - Analista Tcnico - Administrativo - PGPE 1Acerca da administrao pblica, julgue o item a seguir.A delegao ocorre quando a entidade da administrao, encarregadade executar um ou mais servios, distribui competncias no mbito da

    prpria estrutura, a fim de tornar mais gil e eficiente a prestao dosservios.

    QUESTO 05CESPE - 2007 - TSE - Analista JudicirioO TRE do estado do Rio de Janeiro

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    a) tem personalidade jurdica de direito privado.b) tem personalidade jurdica de direito pblico.c) um rgo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    d) no tem personalidade jurdica

    QUESTO 06CESPE - 2007 - TCU - Tcnico de Controle ExternoJulgue o item a seguir, acerca da organizao administrativa da Unio.A administrao direta o conjunto de rgos que integram a Unio eexercem seus poderes e competncias de modo centralizado, ao passoque a administrao indireta formada pelo conjunto de pessoasadministrativas, como autarquias e empresas pblicas, que exercem

    suas atividades de forma descentralizada.

    QUESTO 07CESPE - 2004 - Polcia Federal - Agente Federal da Polcia Federal -NacionalConsiderando que o Departamento de Polcia Federal (DPF) um rgodo Ministrio da Justia, julgue o item a seguir.Se fosse transformado em autarquia federal, o DPF passaria a integrara administrao indireta da Unio.

    QUESTO 08CESPE - 2007 - TCU - Tcnico de Controle ExternoJulgue o item a seguir, acerca da organizao administrativa da Unio.Na organizao administrativa da Unio, o ente poltico a pessoa

    jurdica de direito pblico interno, ao passo que os entesadministrativos recebem atribuio da prpria Constituio paralegislar, tendo plena autonomia para exercer essa funo.

    QUESTO 09CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de PolciaJulgue o item seguinte.Considerando a diviso da administrao pblica federal em direta eindireta, correto afirmar que os correios fazem parte daadministrao direta, por se tratar de empresa pblica, sob controleexclusivo da Unio.

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    QUESTO 10CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polcia CivilA respeito da organizao administrativa da Unio, julgue o item aseguir.O surgimento de uma autarquia se consolida com o registro de seusestatutos em cartrio.

    Questo 11CESPE - 2010 - TRE-BA - Tcnico JudicirioJulgue o item a seguirA criao de uma autarquia para executar determinado servio pblicorepresenta uma descentralizao das atividades estatais. Essa criao

    somente se promove por meio da edio de lei especfica para essefim.

    QUESTO 12CESPE - 2010 - TCU - Auditor Federal de Controle ExternoJulgue o prximo item, relativo organizao administrativa da Unio.A consolidao de uma empresa pblica efetiva-se com a edio da leique autoriza a sua criao.

    QUESTO 13CESPE - 2009 - IBRAM-DF - AdvogadoJulgue o itemUma autarquia pode ser qualificada como agncia executiva desde queestabelea contrato de gesto com o ministrio supervisor e tenhatambm plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimentoinstitucional em andamento.

    QUESTO 14CESPE 2011 - IFB - Professor - DireitoJulgue o item que se segue.A Ordem dos Advogados do Brasil, na qualidade de autarquiaprofissional, no integra a administrao indireta e no se submete aocontrole do Tribunal de Contas da Unio.

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    QUESTO 15CESPE - 2011 - PC-ES - Delegado de PolciaJulgue item a seguir

    A administrao pblica pode instituir empresas pblicas e sociedadesde economia mista mediante autorizao legal, as quais estarointeiramente sujeitas ao regime jurdico de direito privado, por forade lei.

    QUESTO 16CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de EstadoJulgue o item a seguirA nica diferena entre sociedade de economia mista e empresa

    pblica a composio do capital.

    QUESTO 17CESPE - 2009 - ANATEL - Analista AdministrativoCom referncia estrutura da administrao pblica, julgue o item quese segue.A ANATEL e a Agncia Nacional do Petrleo so as nicas agnciasreguladoras que tm fundamento na prpria Constituio Federal.Essas agncias so autarquias de regime especial e gozam de

    independncia em relao aos poderes da Repblica, tanto que seusdirigentes tm mandato por prazo determinado, no podendo serexonerados, e, alm do mais, no esto sujeitas ao controle interno doPoder Executivo.

    QUESTO 18CESPE - 2008 - TST - Analista Judicirio - rea JudiciriaConsidere que, h sete anos, Adriano empregado da Caixa EconmicaFederal (CAIXA), que uma empresa pblica federal. Nessa situaohipottica, julgue o item a seguir.Por fora constitucional, o fato de a CAIXA ser uma empresa pblicaimpede que Adriano possa ser demitido sem justa causa.

    QUESTO 19CESPE - 2011 - TRE-ES - Tcnico JudicirioCom relao aos agentes pblicos, julgue o item seguinte.

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    Considere que Joo pretenda ingressar como empregado naPETROBRAS, sociedade de economia mista, integrante daadministrao indireta da Unio. Nessa situao, Joo no precisa serpreviamente aprovado em concurso pblico, visto que o regime

    jurdico dessa empresa o celetista.

    QUESTO 20CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - AdvocaciaJulgue o item a seguir.Uma empresa pblica prestadora de servios pblicos pode ter os seusbens penhorados, mesmo que afetada a sua atividade-fim, j que elase submete ao regime jurdico das empresas privadas.

    QUESTO 21CESPE - 2011 - MMA - Analista AmbientalAcerca dos consrcios e convnios, julgue o item a seguir.Tanto os consrcios quanto os convnios administrativos so acordosde vontades e no adquirem personalidade jurdica.

    QUESTO 22CESPE - 2009 - AGU - Advogado

    Relativamente aos consrcios pblicos, julgue o item seguinte.No caso de constituir associao pblica, o consrcio pblico adquirirpersonalidade jurdica de direito pblico, mediante a vigncia das leisde ratificao do protocolo de intenes. Nesse caso, a associaopblica integrar a administrao indireta de todos os entes daFederao consorciados.

    QUESTO 23CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polcia

    Acerca da administrao pblica e dos rgos que a compem, julgueo item seguinte.Embora no integrem a administrao indireta, os chamados serviossociais autnomos prestam relevantes servios sociedade brasileira.Entre eles podem ser citados o SESI, o SENAC, o SEBRAE e a OAB.

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    QUESTO 24CESPE - 2009 - PC-PB - Agente de Investigao e Agente de PolciaI As empresas pblicas e as sociedades de economia mista so criadaspor lei especfica.II A criao de uma fundao pblica se efetiva com a edio de umalei especfica.III Cabe lei complementar definir as reas de atuao das fundaespblicas.IV As sociedades de economia mista so pessoas jurdicas de direitoprivado, criadas sob a forma de sociedades annimas para o exercciode atividade econmica ou, eventualmente, a prestao de serviospblicos.V O regime jurdico das empresas pblicas e sociedades de economiamista de carter exclusivamente privado.Esto certos apenas os itensa) I e II.b) I e V.c) II e IV.d) III e IV.e) III e V.

    QUESTO 25CESPE - 2005 - SEAD-PA - ProcuradorA Escola de Governo do Estado do Par (EGPA), uma autarquiaestadual vinculada Secretaria Especial de Estado de Gesto (SEGPA),a) integra a administrao direta do governo do Par.b) um rgo subordinado SEGPA.c) pode ser desconstituda mediante decreto do governador do Par.d) uma entidade dotada de personalidade jurdica de direito pblico.e) deve, em respeito ao princpio da publicidade, publicar, na imprensaoficial, todos os atos praticados por seus agentes.

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    CURSO EM PDF DIREITO ADMINISTRATIVO - EXERCCIOS CESPEPOLCIA FEDERALProf. Armando Guedes

    GABARITO

    01 - E 02 E 03 C 04 E 05 D

    06 C 07 C 08 E 09 E 10 E

    11 C 12 E 13 C 14 C 15 E

    16 E 17 E 18 E 19 E 20 E

    21 E 22 C 23 E 24 D 25 D