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CURSO EM PDF ISS-BH LÍNGUA PORTUGUESA QUESTÕES COMENTADAS DOM CINTRA Prof. Tiago Lyra www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 APRESENTAÇÃO Olá concurseiros (as), felizes com o edital do ISS-BH??!! Um belo presente de natal para todos vocês né??!! A minha missão aqui será resolver provas anteriores da banca Dom Cintra que não é tão conhecida assim no meio dos concursos. No nosso curso, farei tópicos teóricos para resolução de cada ques- tão, desse modo você relembra o conteúdo e se exercita para que no ano de 2012 gabarite a prova de português do ISS-BH. Antes de começar gostaria de me apresentar. Sou o professor Tiago Lyra, ministro aulas de português em diversos cursos prepara- tórios para concursos no Rio de Janeiro há mais de sete anos. Sou Licenciado em língua portuguesa/inglesa pela Universidade Metropoli- tana de Santos/SP e com 13 anos comecei no mundo dos concursos , quando iniciei pelos concursos Militares, e atualmente sou Supervisor do Rioprevidência lotado na cidade de Teresópolis/RJ, ali, trabalho na parte de pensões pós/morte dos servidores do estado do Rio de Ja- neiro. Só uma coisinha, esse desenho que parece uma harpa, na realidade, é uma LYRA, um instru- mento musical que poucos conhecem, inclusive eu, rsrsrs. Isso é uma brincadeira que começou há mui- to tempo por causa do meu nome em alguns cursos e virou uma marca. Toda vez que ela aparecer é porque algum BIZU (dica) importante para a sua prova está chegando!! Kkkkkkk www.professortiagolyra.blogspot.com

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Prof. Tiago Lyra

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1

APRESENTAÇÃO

Olá concurseiros (as), felizes com o edital do ISS-BH??!! Um belo presente de natal para todos vocês né??!!

A minha missão aqui será resolver provas anteriores da banca Dom Cintra que não é tão conhecida assim no meio dos concursos. No nosso curso, farei tópicos teóricos para resolução de cada ques-tão, desse modo você relembra o conteúdo e se exercita para que no ano de 2012 gabarite a prova de português do ISS-BH.

Antes de começar gostaria de me apresentar. Sou o professor Tiago Lyra, ministro aulas de português em diversos cursos prepara-tórios para concursos no Rio de Janeiro há mais de sete anos. Sou Licenciado em língua portuguesa/inglesa pela Universidade Metropoli-tana de Santos/SP e com 13 anos comecei no mundo dos concursos , quando iniciei pelos concursos Militares, e atualmente sou Supervisor do Rioprevidência lotado na cidade de Teresópolis/RJ, ali, trabalho na parte de pensões pós/morte dos servidores do estado do Rio de Ja-neiro.

Só uma coisinha, esse desenho que parece uma harpa, na realidade, é uma LYRA, um instru-mento musical que poucos conhecem, inclusive eu, rsrsrs. Isso é uma brincadeira que começou há mui-to tempo por causa do meu nome em alguns cursos e virou uma marca. Toda vez que ela aparecer é porque algum BIZU (dica) importante para a sua prova está chegando!! Kkkkkkk

www.professortiagolyra.blogspot.com

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Conteúdo da prova:

LÍNGUA PORTUGUESA:

1.Compreensão textual.

2. Ortografia.

3. Semântica.

4. Morfologia.

5. Sintaxe.

6. Pontuação

Amigos, por mais que o seu edital pareça pequeno, quem é concurseiro (a) sabe que isso é “conversa para boi dormir”, meu pai que diz isso rsrsrs, pois esse programa contempla toda a nossa linda e maravilhosa gramática, ou seja, ele é extenso.

Por exemplo, quando o edital diz “Morfologia”, isso quer dizer muita coisa, pois uma questão pode está se referindo a uma das 10 classes gramaticais como verbo, advérbio, conjunção, pronome entre outras, ou seja, precisamos ficar atentos e entender que o edital é muito abrangente.

Entretanto, pela análise que estou fazendo do perfil desta ban-ca, ela tem um histórico de ser bem simples na hora de perguntar, quando digo bem simples, quero dizer direta ou sem “rodeios”.

Só mais uma “coisinha”, quando eu achar necessário não abrirei mão de comentar algumas questões de outras bancas. É lógico que irei selecionar aquelas mais parecidas com a Dom Cintra, porém, bancas como ESAF, CESPE, FCC e FGV certamente serão citadas ao longo do nosso curso.

Sem querer ser chato, rsrsrs, só mais uma informação. Vou fa-zer uma aula extra abordando o assunto redação, que todos sabem, está no item 8 do edital, a saber:

8.3.1. A Prova Discursiva, de caráter seletivo, eliminató-rio e classificatório, valerá, no máximo, 40 (quarenta) pontos e versará sobre 1 (um) tema da atualidade, devendo ser de-senvolvido em um mínimo de 30 (trinta) linhas e em um má-

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ximo de 45 (quarenta e cinco) linhas, observados os roteiros estabelecidos

Diante disso, programei o nosso curso com 7 aulas + 1 aula ex-tra de redação.

Então vamos nessa! Rumo ao ISS-BH!!

*Aula extra de Redação

SUMÁRIO

1: APRESENTAÇÃO DAS QUESTÕES COMENTADAS

2: LISTAS DAS QUESTÕES COMENTADAS

AULA 0

(demo) Comentando Provas da Dom Cintra

AULA 1 Comentando Provas da Dom Cintra

AULA 2 Comentando Provas da Dom Cintra

AULA 3 Comentando Provas da Dom Cintra

AULA 4 Comentando Provas da Dom Cintra

AULA 5 Comentando Provas da Dom Cintra

AULA 6 Comentando Provas da Dom Cintra

AULA 7 Comentando Provas da Dom Cintra

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1. Apresentação das Questões comentadas

PROVA ADMINISTRADOR CREMERJ-NÍVEL SUPERIOR 2011 REMÉDIOS Dicionário histórico – Brasil. Ângela Vianna Botelho e Liana Maria Reis

As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação. Os remédios objetivavam muito mais a sintomatologia que a etio-logia. A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medi-camentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926. Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Do-méstica, de Buchan, e, posteriormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se autome-dicar. As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nati-vas, de comprovada eficácia. Eram também muito utilizados os emplastros, fricções e escalda-pés. Aplicações de ventosas, sangrias e sanguessugas eram comumente receitadas, sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas. 01. Todas as informações abaixo estão presentes no texto, re-tirado de um dicionário histórico do Brasil. Sobre esse texto pode-se dizer que: A) mostra as diferenças existentes entre todos os profissio-nais da área médica. B) indica certa evolução cronológica nos tratamentos médicos do passado nacional. C) destaca o atraso da medicina no Brasil, atribuindo-a à distância dos grandes centros. D) traz informações sobre a medicina no Brasil desde os tempos coloniais até a atualidade.

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E) documenta cientificamente todas as enfermidades presen-tes em nosso passado histórico.

Comentário:

Interpretar um texto requer do candidato (a) muito mais que re-gras e conceitos gramaticais. É preciso ter conhecimento de mundo, bastante leitura e informação.

Entretanto, alguns conceitos são indispensáveis para a realização de uma boa prova de Interpretação.

Além disso, é importante destacar também alguns assuntos mui-to cobrados que estão relacionados com a Interpretação como por exemplo:

Leitura, compreensão e interpretação de textos. Estrutu-ração do texto e dos parágrafos. Articulação do texto: prono-mes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. Significação contextual de palavras e expressões. Equivalência e transformação de estruturas.

Cuidado pessoal! Quando se trata de prova de Língua Portugue-sa, com textos longos e questões de interpretação complexas isso é suficiente para destruir qualquer planejamento de prova e aca-bar com o emocional do concursando (a). Existem bancas que ado-ram textos enormes, como a ESAF, por exemplo, que nos vence pelo cansaço. A notícia boa, é que pelo que vi até agora, as provas da Dom Cintra são bem objetivas e com textos simples.

Vale a pena destacar também a importância da coerência textual numa questão de Interpretação de Texto.

“A coerência está diretamente ligada à possibilidade de se esta-belecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que faz com que o texto faça sentido para os usuários, devendo, portanto, ser entendida como um princípio de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto numa situação de comunicação e à capacidade que o receptor tem para calcular o sentido deste texto. Este sentido, evidentemente, deve ser do todo, pois a coerência é global.” (Koch, 2001, p.21)

A coerência está atrelada a fatores subjetivos de um texto. Você pode ter um texto todo coeso, formatado com as estruturas certas, mas que pode faltar coerência, ou seja, a coerência está muito ligada ao sentido que o texto possui, ou a mensagem que o autor do texto quer passar para o leitor.

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Alguns elementos de coerência textual são muito cobrados em prova, às vezes você nem percebe mais tais elementos estão lá. São eles:

Intencionalidade: A intenção do autor ao escrever o texto.

Aceitabilidade: A capacidade do leitor de aceitar o assunto abordado no texto.

Situacionalidade: Está ligado ao contexto vivido pelo Autor-Leitos, por exemplo pode ser que na prova do TSE, no dia 12 de fevereiro, os texto venham abordando o assunto Eleições, isso é muito comum em concurso.

Informatividade: É basicamente a forma que o texto aborda o assunto, ou seja, se ele vai direto ao assunto e explicitamente é possível interpretá-lo ou se vai ser preciso usar a Inferência textual.

Intertextualidade: É um processo de comunicação entre tex-tos, as vezes as prova utiliza dois, três ou quatro textos e exis-te uma correlação entre eles que é abordada no próprio corpo dos textos e cabe a você interpretar as relações entre eles.

Continuando...

Bom, essa é uma questão de interpretação direta, ou seja, a banca pede uma alternativa que de fato está no texto. Parece fácil o que acabei de dizer, contudo, há questões que vão muito mais além da leitura crua, são questões que exigem do candidato um processo de inferência textual. Logo, logo falaremos sobre isso, vamos à ques-tão:

A) mostra as diferenças existentes entre todos os profissionais da área médica. (completamente errada, não existe no texto uma gene-ralização de mostrar diferenças entre todos os profissionais da área médica)

B) indica certa evolução cronológica nos tratamentos médicos do pas-sado nacional. (sim, é o gabarito, pois o texto mostra uma evolução dos tratamentos médicos e numa ordem cronológica, veja esta parte do texto:

“A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medicamentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926.”

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C) destaca o atraso da medicina no Brasil, atribuindo-a à distância dos grandes centros. (Tudo errado, não tenho nem muito o que co-mentar, pois nada disso foi dito no texto)

D) traz informações sobre a medicina no Brasil desde os tempos co-loniais até a atualidade. (alguns poderiam ter marcado essa, porém, o grande erro é afirmar “até a atualidade”, pois o texto não faz men-ção ao tempo presente, é apenas um relato histórico)

E) documenta cientificamente todas as enfermidades presentes em nosso passado histórico. (mais um erro de generalidade, não há in-formações no texto que afirmem que o mesmo documentou todas as enfermidades, é lógico que ele cita várias doenças, mas não todas.

Gabarito: B

02. O texto traz marcas que, implicitamente, o ligam a nosso passado histórico. A única observação abaixo que NÃO mostra essa relação é:

A) a presença de livros científicos de nomes latinos.

B) a manutenção de uma terminologia antiga como “físicos”.

C) a referência a tratamentos ultrapassados como “sangues-sugas”.

D) a indicação de antigas designações como “drogas da

virtude”.

E) a alusão a drogas medicinais ausentes da modernidade

como “mercúrio”.

Comentário:

Essa questão foi muito difícil!! O gabarito é a letra A, pois o “Codex medicamentarius gallicus” é de origem francesa.

A letra B está ligada ao passado do Brasil sim, veja esta passa-gem: “As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram mani-puladas por boticários” , percebe-se que a nomenclatura de Físicos ou até mesmo Boticários são antigas e ligadas ao passado brasileiro. Já na letra C e D, ao se falar em Sanguessuga como forma de tratamen-to de doenças é nítido o valor pretérito desse recurso e ligado sim à

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história do Brasil ou na letra D ao se falar em “Drogas da Virtude”. E a letra E, é muito simples achar o erro né?? É lógico que existe o mercúrio nos dias de hoje, quem nunca usou um mercúrio numa “fe-ridinha”??rsrrsrs

Gabarito: A

03. “As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários,...”. Sobre o significado des-se fragmento do texto pode-se dizer que:

A) a homeopatia tinha importância superior à alopatia.

B) os boticários são vistos negativamente pelos autores do di-cionário.

C) um começo de especialização já estava presente em nosso passado histórico.

D) as aspas em “drogas da virtude” mostram certa ironia na designação das drogas.

E) os boticários dividiam suas responsabilidades médicas com os demais profissionais.

Comentário:

Essa questão pede uma interpretação atenta do fragmento desta-cado, logo, você deverá se fixar somente nesse fragmento do texto, leia uma ou duas vezes e em cada alternativa, compare a afirmação com uma leitura rápida do fragmento.

a) Errada, pois o conectivo “ou” não mostra superioridade e sim igualdade de significado

b) Errada, não podemos afirmar que os boticários são vistos com negativamente pelos autores, o fragmento apenas diz que quem manipulavam as drogas eram os boticários, só isso.

c) Certa, eis o gabarito, repare que quando o fragmento afirma um rol de especialidades como físicos, odontológico e etc em meio ao passado brasileiro, é possível afirmar que um começo de especialização já estava presente em nosso passado históri-co.

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d) As aspas não traduzem ironia e sim, um nome popular para uma droga.

e) O fragmento apenas diz que quem manipulavam as drogas eram os boticários, por isso não podemos afirmar que existia uma divisão de tarefas.

Gabarito: C

04. “... extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia.”. No segmento destacado, o adjetivo nativas:

A) se prende ao substantivo eficácia.

B) se refere exclusivamente a raízes.

C) se relaciona exclusivamente a plantas.

D) qualifica simultaneamente plantas e raízes.

E) se prende ao substantivo extrações, implícito no particípio extraídos.

Comentário:

Essa é uma questão de concordância nominal.

Veja:

A regra geral diz que a palavra que acompanha substantivo con-corda com ele.

Ex.: O aluno. Os alunos. A aluna. As alunas. Meu livro. Meus livros.

Isso é fácil, só que no caso da questão ela aborda quando temos um adjetivo para mais de um substantivo. Nesse caso o adjetivo pode tanto concordar com o mai próximo, o que chamamos de concordân-cia atrativa ou concordar com os dois, dando prevalência para o mas-culino. Veja:

A Moto e o carro bonito (concordância atrativa)

A moto e o carro bonita (errada, pois ou concorda com o mais próximo ou com os 2 o que nesse caso seria bonitos, pois daria preferência ao masculino)

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O carro e a moto bonita (concordância atrativa)

O carro e a moto bonitos (concordância geral)

Outros exemplos:

Ex.: Homem e menino altos. Homem e menino alto. Mulher e menina altas. Mulher e menina alta. Homem e mulher altos. Homem e mulher alta.

Voltando a questão:

plantas e raízes nativas (repare que tanto a palavra plantas quanto raízes estão sendo qualificadas pelo adjetivo nativas, logo, o gabarito é a letra D)

Gabarito: D

05. Sobre a dependência de nossa fabricação de remédios em relação aos grandes centros pode-se afirmar que tal depen-dência:

A) trazia prejuízos ao progresso de nosso conhecimento.

B) provocava atraso na indicação de tratamentos e prescri-ções.

C) era completa, já que se seguia um codex de valor internaci-onal.

D) mostrava-se particularmente importante em relação aos Estados Unidos.

E) era relativa, pois já se empregavam produtos nacionais nessa formulação.

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Comentário:

Essa questão é uma análise deste segmento textual: “...que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação.”

Repare que os boticários importavam remédios, mas os mes-mos eram combinados com produtos “nativos”.

Bom vamos analisar cada alternativa:

A) trazia prejuízos ao progresso de nosso conhecimento. Errada, pois não podemos deduzir essa afirmação no texto, ou seja, o conteúdo textual não é suficiente para que tal conclusão fosse correta. Nesse caso, o que a banca tenta te enganar por meio de inferências erra-das, veja:

Até agora vimos a interpretação para analisar questões que apresentam, no enunciado, termos como: “ideia central”, “objetivo do texto”, “intenção do autor”, e tantos outros que tenham por objetivo avaliar a capacidade do sujeito de descobrir a intencionalidade do texto.

Porém existe também a figura da inferência Textual que vem a ser uma interpretação que o leitor fará por meio do seu conheci-mento de mundo anterior à leitura. Logo, nada no texto indica que existe uma ideia explícita ou até mesmo implícita.

As suas experiências de vida enquanto ser humano e leitor são decisivas para a leitura, bem como as do autor o foram para a cons-trução do texto.

Perguntas do tipo, segundo o texto, segundo o 1º parágrafo, são perguntas objetivas, onde as respostas estão explicitamente no texto.

Já nas Inferências Textuais, é preciso haver uma interpretação mais ampla, indo ao encontro de elementos fora do texto. Nesses ca-sos, destacam-se perguntas como: Depreende-se do texto, Infere-se do texto e por aí vai.

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Ex.:

“ Quando pisar no gramado do estádio Santa Laura, em Santiago, na noite desta quarta-feira para buscar a classificação à final da Copa Sul-Americana diante do Universidad de Chile, o time de Cristóvão Borges vai levar uma dúvida de seu torcedor: qual Vasco estará em campo? Aquele que já conquistou classificações e títulos históricos fora de casa ou o que perdeu todas as partidas da Sul-Americana dis-putadas longe de São Januário neste ano?” fonte: http://oglobo.globo.com/vasco/fora-de-casa-vasco-acumula-derrotas-neste-ano-vitorias-historicas-334846629/11/11

Quem conhece o futebol brasileiro não terá problemas para iden-tificar que São Januário é o estádio do Vasco. Mas pela lógica do texto também podemos inferir que São Januário é o estádio do Vas-co, mas certeza mesmo, somente quem tem conhecimento de mun-do. Nesse caso de futebol. Rsrsrs

Enfim, a letra A, tenta te induzir ao erro, pois em muitas literatu-ras atuais, aprendemos que quando vamos buscar conhecimento fora acabamos prejudicando o progresso do país.

B) provocava atraso na indicação de tratamentos e prescrições.

Em nenhum momento o texto fala disso, errado!

C) era completa, já que se seguia um codex de valor internacional. Olha, caro amigo (a), o título da questão diz “Sobre a dependência de nossa fabricação de remédios em relação aos grandes centros” e a letra C fala que essa dependência era completa, ora, isso é errado, pois acabamos de vê que existia uma combinação com produtos nati-vos.

D) mostrava-se particularmente importante em relação aos

Estados Unidos. Diga-me onde no texto é dito isso, em lugar nenhum né!! Tudo errado!!

E) era relativa, pois já se empregavam produtos nacionais

nessa formulação. Essa é a resposta, porque a dependência na fabri-cação de remédio não era total, pois havia, como já dito, a participa-ção com produtos nativos.

Gabarito: E

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06. A designação de “drogas da virtude” para drogas medici-nais pode ser encarada como um exemplo de:

A) pleonasmo

B) metonímia

C) eufemismo

D) hipérbole

E) metáfora

Comentário:

Essa questão fala sobre a conotação, mas o que é isso? Certamente você já sabe, mas vamos relembrar:

Conotação: é o sentido amplo da palavra, chamada por uns de senti-do figurado, pois ela abrange as figuras de linguagens como Metáfo-ra, Hipérbole etc.

Denotação: é o sentido real, ou seja o sentido do Dicionário (“D” de dicionário, “D” de denotação)

Ex.: A flor é amarela (flor: denotação)

Ex.: Ana Carolina é uma flor (flor: conotação)

As Principais figuras:

a) Comparação

É a comparação com o uso do conectivo comparativo (como, assim como, bem como, tal qual, etc.).

Exemplos:

Meu amigo é forte como um Touro.

b) Metáfora

Assim como a comparação, consiste numa relação de semelhança de qualificações, porém sem o termo comparativo:

Exemplos:

Minha irmã é um Touro.

c) Metonímia

É a utilização de uma palavra por outra.

Essas palavras mantêm-se relacionadas de várias formas:

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- O autor pela obra: Você já leu Camões (algum livro de Camões)?

- O efeito pela causa: O rapaz encomendou a própria morte (algo que causaria a sua própria morte)

- O instrumento pela pessoa que dele se utiliza: Júlio sem dúvida é um excelente garfo (Júlio come

muito; o garfo é um dos instrumentos utilizados para comer)

- O recipiente (continente) pelo conteúdo: Jonas já bebeu duas garra-fas de coca-cola (ele bebeu, na

verdade, o conteúdo de duas garrafas de coca-cola

- O lugar pelo produto: Todos gostam de um bom madeira (o vinho produzido na Ilha de Madeira).

- A qualidade pela espécie: Os acadêmicos estão reunidos (em vez de os membros da academia...)

- A matéria pelo objeto: Você tem fogo (isqueiro)?

d) Antítese

É a aproximação de palavras ou expressões que exprimem idéias contrárias, adversas.

Exemplos: Eu sou o dia e a noite./ O que era simples tornou-se com-plexo.

e) Eufemismo

É uma maneira de, por meio de palavras mais polidas, tornar mais suave e sutil uma informação de cunho desagradável e chocante.

Exemplos:

Infelizmente ele se foi (em vez de dizer que ele morreu).

f) Gradação: é a maneira ascendente ou descendente como as idéias podem ser organizadas na frase.

Exemplos: Ele estudou muito, tornou-se fiscal e comprou uma casa na praia. rsrs

g) Hipérbole

Modo exagerado de exprimir uma idéia.

Exemplos:

Estou morrendo de fome.

Ela chorou um rio de lágrimas.

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h) Prosopopéia (ou personificação)

É a atribuição de características humanas a seres não-humanos.

Exemplos:

O sol sorria perante os motoristas (sorrir é uma atitude humana).

Você sabe que existem outras figuras, principalmente de cons-

trução, mas como é nossa aula demonstrativa, vou parar por aqui!!rsrs

Vamos para a questão:

A designação de “drogas da virtude” para drogas medicinais pode ser

encarada como um exemplo de:

A) pleonasmo

B) metonímia

C) eufemismo

D) hipérbole

E) metáfora

O autor do texto ao utilizar “drogas da virtude”, na realidade quer suavizar uma informação pois só a palavra droga já carrega

consigo um peso negativo muito forte e entre droga medicinal (termo pesado) para “droga da virtude”, certamente você prefere ouvir “dro-gas da virtude”, pois é muito mais agradável aos nossos ouvidos.

Logo, o gabarito é a letra C. Lembra o que falei sobre eufemismo?

Eufemismo:

É uma maneira de, por meio de palavras mais polidas, tornar mais suave e sutil uma informação de cunho desagradável e chocante.

Exemplos:

Infelizmente ele se foi (em vez de dizer que ele morreu).

Gabarito: C

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07. A alternativa em que a forma verbal negritada NÃO é do mesmo tipo das demais é:

A) “... passaram a ser prescritos principalmente para infec-ções...”

B) “Eram também muito utilizados os emplastros...”

C) “Aplicações... eram comumente receitadas,...”

D) “... eram manipuladas por boticários,...”

E) “... acabando por se automedicar.”

Comentário:

Essa questão é muito cobrada em provas de concursos, ela aborda o assunto “Vozes Verbais”, mas o que são vozes verbais?

“Vozes verbais” é a relação entre o sujeito (função sintática que con-corda com o verbo) e a ação verbal.

Por exemplo:

O homem matou o animal.

(sujeito praticando a ação verbal, chamado de sujeito agente, nesse caso a voz do verbo é classificada como ativa)

O animal foi morto pelo homem.

(sujeito sofrendo a ação verbal, chamado de sujeito paciente, nesse caso a voz do verbo é classificada como passiva)

Continuando...

O animal foi morto pelo homem.

(repare que quem realiza a ação verbal é o sujeito lá da ativa que agora é classificado como Agente da Passiva)

Continuando...

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O homem se feriu com a faca.

(Sujeito praticando a ação e sofrendo a ação ao mesmo tempo, o que é classificado pela gramática de voz reflexiva.)

O homem se feriu com a faca.

(Esse é o pronome reflexivo, é ele que torna a voz reflexiva possível)

Esse assunto é muito mais complexo que isso, mas por hora vamos nos ater àquilo que a questão pede...

A) “... passaram a ser prescritos principalmente para infecções...” Verbo na voz passiva, pois veja esse fragmento completo no texto: “... sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas” Repare que o sujeito (os Ba-nhos de mar e termais) sofrem a ação de ser prescritos, ou seja, não é o sujeito que pratica a ação verbal.

B) “Eram também muito utilizados os emplastros...”

Voz passiva também, pois o sujeito (os emplastos) sofrem a ação verbal de ser utilizado

C) “Aplicações... eram comumente receitadas,...”

Outro verbo na voz passiva, pois o sujeito (Aplicações) sofrem a ação verbal.

D) “... eram manipuladas por boticários,...”

Olha esse fragmento: “As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopa-tas eram manipuladas por boticários” Mais uma com o verbo na voz passiva, pois o sujeito “As drogas medicinais ou “drogas da virtude” sofrem a ação verbal.

E) “... acabando por se automedicar.”

Eis o gabarito, veja este fragmento: “Muitas vezes, entretanto, a po-pulação recorria à obra Medicina Doméstica, de Buchan, e, posteri-ormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se automedicar.” Repare que o sujeito (a população) pratica a ação e sofre ao mesmo tempo, sendo concomitantemente agente e paciente, logo, o verbo está na voz reflexiva.

Gabarito: E

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08. “Os remédios objetivavam mais a sintomatologia que a etiologia.”. Com esse trecho, os autores quiseram informar que os remédios:

A) tratavam mais dos sintomas que das causas das doenças.

B) cuidavam mais dos efeitos visíveis das doenças que dos in-ternos.

C) preocupavam-se somente em acabar com a dor e não em tratar da doença.

D) seguiam os sintomas relatados pelos doentes e não os da pesquisa médica.

E) visavam curar para a rápida volta ao trabalho e não para sanar a enfermidade.

Comentário:

Sintomatologia está ligada com os sintomas (hehehe fácil) e Etiologia? Shiiiiii

Etiologia (aitía + logos) é o estudo das causas. Com isso ficou fácil perceber que o gabarito é a letra “A” (tratavam mais dos sinto-mas que das causas das doenças)

Gabarito: A

09. A alternativa em que o termo ou expressão destacada do texto apresenta uma relação semântica corretamente estabe-lecida é:

A) sudoríficos – relacionados a doenças do sono.

B) diuréticos – relacionados à secreção de urina.

C) vomitivos – relacionados a secreções no couro cabeludo.

D) infecções cutâneas – relacionadas a problemas das mãos.

E) purgativos – relacionados a problemas causados por inse-tos.

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Comentário:

Essa questão me lembra uma famosa banca do Rio de Janeiro ligada à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que hoje se chama José Bonifácio, que aliás acabou de realizar o concurso do Mi-nistério Público do Estado do Rio. Por que digo isso? Simples, essas questões pedem do candidato conhecimentos conceituais de palavras na maioria das vezes nunca vistas por eles, é a típica questão de que quem acerta sobe na média geral da classificação.

Entretanto, acredito que você saiba o gabarito dessa questão pois ela é fácil, o que quis dizer ainda a pouco é que existe uma ten-dência da Dom Cintra de realizar essas questões e acredite meu ami-go a sua prova de Fiscal vai ser muito mais cascuda que essa que es-tamos fazendo. Por isso se a sua média de acerto nesta aula demons-trativa for baixa procure um módulo de teoria, aliás indico 2 recentes módulos aqui do canal, o Português para o TSE (banca Consulplan) e um módulo para a ESAF que estarei lançando em breve a pedido da Equipe de PDF do Canal dos concursos.

Vamos para a questão:

Bom, o gabarito é a B, você certamente a marcou, pois é um termo usado no cotidiano.

• sudoríficos – relacionados com aquilo que faz suar; sudo-rífero.

• vomitivos – relacionados com a produção de vômitos.

• Infecções cutâneas – relacionadas a problemas da pele.

• purgativos – uma substância que provoca contrações in-testinais, que levam o indivíduo a defecar. Rsrs

Gabarito: B

10. “As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e su-doríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia.”

Podemos fazer uma série de inferências a partir das informa-ções prestadas por esse segmento. A única inadequada é:

A) as plantas já tinham provado sua utilização positiva em al-gumas doenças.

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B) a medicina no Brasil já empregava recursos do próprio meio ambiente.

C) as drogas citadas já eram usadas em momentos anteriores.

D) as drogas só cuidavam de doenças de pouca gravidade.

E) os remédios eram fabricados a partir de fontes diversas.

Comentário:

Lembra da Inferência textual?? Como já mencionei, ela é muito importante: a inferência Textual que vem a ser uma interpretação que o leitor fará por meio do seu conhecimento de mundo anterior à leitura. Logo, nada no texto indica que existe uma idéia explícita ou até mesmo implícita.

As suas experiências de vida enquanto ser humano e leitor são decisivas para a leitura, bem como as do autor o foram para a cons-trução do texto.

Perguntas do tipo, segundo o texto, segundo o 1º parágrafo, são perguntas objetivas, onde as respostas estão explicitamente no texto.

Já nas Inferências Textuais, é preciso haver uma interpretação mais ampla, indo ao encontro de elementos fora do texto. Nesses ca-sos, destacam-se perguntas como: Depreende-se do texto, Infere-se do texto e por aí vai.

Então pessoal, analisando o fragmento: “As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomiti-vos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia.” Não posso afirmar que as drogas só cuidavam de doenças de pouco gravidade, logo o gabarito é a letra D.

Nas demais, todas as inferências são verdadeiras.

Na letra A o ponto que a torna verdadeira é o verbo “continua-ram” que começa no passado e se estende. O que também responde a “C”

A alternativa “B” é fácil, veja: “muitas vezes extraídos das plan-tas e raízes nativas”

A alternativa “E” é válida pois temos uma variação na extração das plantas “muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas”, ou

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seja, podemos inferir que além dessas muitas vezes, existem outras possibilidades.

Amigos (as) Concurseiros (as), como já disse antes, te-nho certeza absoluta que a sua prova virá num nível mais ele-vado do que as demais provas já realizadas pela Dom Cintra, por isso, você precisa exercitar muito para poder gabaritar língua portuguesa.

Consoante o que vocês viram, irei comentar cada questão uma a uma e trarei certamente provas de outras bancas para podermos elevar o seu nível de estudo.

Um grande abraço e espero todos no nosso curso de questões comentadas de Língua portuguesa da Dom Cintra vi-sando ao ISS-BH.

Bons estudos e fiquem com Deus!!

Professor Tiago Lyra

www.professortiagolyra.blogspot.com

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2. Lista das Questões comentadas

REMÉDIOS

Dicionário histórico – Brasil. Ângela Vianna Botelho e Liana Maria Reis

As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação. Os remédios objetivavam muito mais a sintomatologia que a etio-logia. A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medi-camentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926. Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Do-méstica, de Buchan, e, posteriormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se autome-dicar. As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nati-vas, de comprovada eficácia. Eram também muito utilizados os emplastros, fricções e escalda-pés. Aplicações de ventosas, sangrias e sanguessugas eram comumente receitadas, sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas.

01. Todas as informações abaixo estão presentes no texto, re-tirado de um dicionário histórico do Brasil. Sobre esse texto pode-se dizer que:

A) mostra as diferenças existentes entre todos os profissio-nais da área médica.

B) indica certa evolução cronológica nos tratamentos médicos do passado nacional.

C) destaca o atraso da medicina no Brasil, atribuindo-a à dis-tância dos grandes centros.

D) traz informações sobre a medicina no Brasil desde os tem-pos coloniais até a atualidade.

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E) documenta cientificamente todas as enfermidades presen-tes em nosso passado histórico.

02. O texto traz marcas que, implicitamente, o ligam a nosso passado histórico. A única observação abaixo que NÃO mostra

essa relação é:

A) a presença de livros científicos de nomes latinos.

B) a manutenção de uma terminologia antiga como “físicos”.

C) a referência a tratamentos ultrapassados como “sangues-sugas”.

D) a indicação de antigas designações como “drogas da virtu-de”.

E) a alusão a drogas medicinais ausentes da modernidade co-mo “mercúrio”.

03. “As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários,...”. Sobre o significado des-se fragmento do texto pode-se dizer que:

A) a homeopatia tinha importância superior à alopatia.

B) os boticários são vistos negativamente pelos autores do di-cionário.

C) um começo de especialização já estava presente em nosso passado histórico.

D) as aspas em “drogas da virtude” mostram certa ironia na designação das drogas.

E) os boticários dividiam suas responsabilidades médicas com os demais profissionais.

04. “...extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia.”. No segmento destacado, o adjetivo nativas:

A) se prende ao substantivo eficácia.

B) se refere exclusivamente a raízes.

C) se relaciona exclusivamente a plantas.

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D) qualifica simultaneamente plantas e raízes.

E) se prende ao substantivo extrações, implícito no particípio extraídos.

05. Sobre a dependência de nossa fabricação de remédios em relação aos grandes centros pode-se afirmar que tal depen-dência:

A) trazia prejuízos ao progresso de nosso conhecimento.

B) provocava atraso na indicação de tratamentos e prescri-ções.

C) era completa, já que se seguia um codex de valor internaci-onal.

D) mostrava-se particularmente importante em relação aos Estados Unidos.

E) era relativa, pois já se empregavam produtos nacionais nessa formulação.

06. A designação de “drogas da virtude” para drogas medici-nais pode ser encarada como um exemplo de:

A) pleonasmo

B) metonímia

C) eufemismo

D) hipérbole

E) metáfora

07. A alternativa em que a forma verbal negritada NÃO é do mesmo tipo das demais é:

A) “...passaram a ser prescritos principalmente para infec-ções...”

B) “Eram também muito utilizados os emplastros...”

C) “Aplicações...eram comumente receitadas,...”

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D) “...eram manipuladas por boticários,...”

E) “...acabando por se automedicar.”

08. “Os remédios objetivavam mais a sintomatologia que a etiologia.”. Com esse trecho, os autores quiseram informar que os remédios: A) tratavam mais dos sintomas que das causas das doenças. B) cuidavam mais dos efeitos visíveis das doenças que dos in-ternos. C) preocupavam-se somente em acabar com a dor e não emtratar da doença. D) seguiam os sintomas relatados pelos doentes e não os da pesquisa médica. E) visavam curar para a rápida volta ao trabalho e não para sanar a enfermidade. 09. A alternativa em que o termo ou expressão destacada do texto apresenta uma relação semântica corretamente estabe-lecida é: A) sudoríficos – relacionados a doenças do sono. B) diuréticos – relacionados à secreção de urina. C) vomitivos – relacionados a secreções no couro cabeludo. D) infecções cutâneas – relacionadas a problemas das mãos. E) purgativos – relacionados a problemas causados por inse-tos. 10. “As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e su-doríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia.” Podemos fazer uma série de inferên-cias a partir das informações prestadas por esse segmento. A única inadequada é: A) as plantas já tinham provado sua utilização positiva em al-gumas doenças. B) a medicina no Brasil já empregava recursos do próprio meio ambiente. C) as drogas citadas já eram usadas em momentos anteriores.

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D) as drogas só cuidavam de doenças de pouca gravidade. E) os remédios eram fabricados a partir de fontes diversas.

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GABARITO

1-B 2-A 3-C 4-D 5-E

6-C 7-E 8-A 9-B 10-D

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