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ANNO íS. PAULO, 15 de Janeiro de 1926

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Como os "cabos" vêem o governo

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A sfosar as delicias do ostracismo,

Esquecido da imprensa sempre ingrata,

Esquecido de certo jornalismo.

Só não esquece o saboroso "Lacta".

Não ha vinho que o tente em toda a Europa,

E vae seguindo alegre e triumphante,

Só porque sempre, em toda parte, topa

0 delicioso "Guaraná Espumante"!...

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AJ.

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g. Director:

| CORNELIO PiRES

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Redacção e Administração ijj

Ladeira Dr. Falcão n. 2 fi

3.° andar — Sala 13

Caixa Postal, 3009

Propriedade de "O Sacy", Ltda.Gerente: VICENTE ANCONA 8

ANNOIAnno .... 20|000Semestre . . . 12$000Numero avulso $400

S. Paulo, 15 de Janeiro de 1926Composto e impresso noEst. Graph. Ferrari & Lo-sasso - Th. Bayma, 2-C-E

N.2

ii Camaradas!"Vamos tratar de dar cabal desempenho ao nosso pro-

gramma. Porque "O Sacy", como todo circo de cavalli-nhos, theatro de variedades, governo que nasce, partidopolitico que não se menospreze e outras pilhérias, tam-bem tem o seu programma.

Casa de espectaculos. fiscalizada pela policia, toda a im-prensa o é.

Ha differenças. porém; não ha duvida que as ha. As-sim como ha tragédias e bambochatas; artistas com A gran-de e palhaços com P enorme; politicos assanhados e car-navalescos sizudos; estradas de ferro innocuas e a Centraldo Brasil...

Ha,.tambem muitas outras coisas differentes e pareci-das, que

"seria longo enumerar", como dizem os jornaessérios. Algum leitor mais exigente, poderá objectar-nos:

Que tem "O Sacy" com tudo isso?De facto, pretendendo esta revista ser um repositório

de bom humor, parece, á primeira vista, não haver razõesque justifiquem a intromissão de sua perninha em assum-ptos que taes. Perfeitamente. De pleno acordo. Ha, porém,um mas, com o qual vamos deixar em apuros aquelle lei-tor mettediço. E' este:

Se os jornaes sérios, numa falta de camaradagem di-gna de fazer inveja a duas comadres, se julgam no direitode, diariamente, nos bisparem todos os assumptos, oceu-pando-se com visível crueldade de coisas visceralmente hu-moristicas, taes como o nu* artístico e a falta dágua, a cri-se de transportes e as ferretoadas dos mosquitos, as man-chás solaraes e os grillos, a gangorra do cambio e a politi-ca nacional, e até a internacional — santo Deus! — porque"O Sacy" não ha de ter o direito de falar em coisasserias ?

Tenha paciência! — dirá agora aquelle leitor sabi-chão-

Não senhor! dizemos nós.Porque os casos são dois:

Ou a imprensa reconhecidamente seria nos deixa li-berdade de acção, no campo das pilhérias, —* ou "O Sa-cy" metterá a sua perninha irreverente nos canteiros res-peitabilissimos, onde costumam colher flores de retórica osprofissionaes da "salvação da pátria".

De accordo? PAO GROSSO

mimmmnnm»m»m»»»mmtm

"O SACY"

Saltitante e alegre, " O Sacy" agradece,á generosa imprensa paulistana, as carinho-sas palavras com que foi recebido.

Aos milhares de leitores que o procura-ram e não puderam vel-o, pede desculpas...

Aos novos assignantes não poderá fome*cer desde o numero 1, pois a sua grandeedição foi inteiramente esgotada logo pelamanhã, na sexta-feira passada.

Afim de attender á formidável procura, anossa edição de hoje será de 14.000 exem=plares

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MUDANÇAS |Nos tempos em que o austero Dr. Washington Luis, de

quem "O Sacy" é muito amigo, era Secretario da Justiça,

0 capitão Rodolphò lançou, nos quartéis da policia, a se-mente de rebèlliao, semente que só ha pouco soltou osprimeiros brotos.

O dr. W. Luis. corajosamente foi ao quartel e suffocouo movimento.

O Capitão queria ver S. Paulo humilhado pela interven-ção federal.

Vendo fracassados os seus esforços, lançou mão da theo-ria jesuitica: — "A quem não se pode vencer a bofetadas,vence-se a beijos... "

Correm o.s tempos, e os mesmissimos Dr. Washington eCapitão são "Directores da Politica Paulista".

O mesmo Capitão que tinha o topete de dizer que fariao "cavanhaque" do honestíssimo secretario da Justiça, éque foi escolhido pelo Senado, para represental-o no ban-quete offerecido ao integro Dr. Washington, sob pena denão fazer discurso!

— Ai, Polvdoro: cumo as coisa muda...SACY

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O SACY ó.-feira—15--1—26

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Gl f~*\

E' o cigarro predüecto da gente fina

iOFlci de \^OOct CASA SELECTA — Pra^a Antonio Prado N-2 ISó annuncia no "O SACY"

__[ ]E**-*> E_ $=3E 3E DD lü

Gommeníando o íflenotti"Tem-se manifestado por ahi certo desagrado contra umas

attitudes extremamente nacionalistas desse grande homem queé Mussolini. Entrctanto.-antes de contra cllc erguermos quaes-quer justos reparos, é bom aproveitarmos o que seus gestos en-cerram de exemplo para nós ".

Supressão da imprensa independente, incêndio de lojasmaçonicas, pensão ás viuvas dos desordeiros que se digamfascistas brasileiros e eliminação completa de todas as li-herdades.

" O espirito que governa a medula da politica mussolinianaé o prestigio da sua pátria e da sua gente ".

Especialmente da sua gente." Esse zelo é- tão grande que procura projectal-o para fó-ra das fronteiras geographicas do seu paiz ".

Vide invasão do Uruguay por forças brasileiras, recen-temente.

" Não deixa de ser louvável a intenção e si ella é incommo-da para os outros povos, estes que se acautelem, não lhes so-brando razão para criminarem um chefe de Estado que somenteprocura a força e o respeito pelo seu paiz e todas as garantias— possiveis e até impossíveis — para a sua gente ".

Possíveis se a Itália tivesse dominio absoluto entre asnações; e então a gente mussolinesca... .

A licção mussoliniana deve doer, como ferro em brasa na ai-ma dos maus brasileiros que tudo fazem para desmoralizar suapátria."

Quaes brasileiros ? Os governantes ou os governados ?"' Aqui, xingam-se «ossas instituições, nossos homens, nos-

sas cousas com uma inconsciencia lamentável. Lá pela peninsú-Ia ai de quem, com um pio apenas, procure diminuir a gloria ea força da pátria de Victor Manuel III ! "

E- que, apezar de todos os pezares os homens de lá sãodifferentes." Si Mussolini procura, íóra da sua terra, prestigiar suagente, é justo que, pelo menos dentro das fronteiras nacio-naes, quando não pudermos ir mais longe, façamos todo oempenho em defender e prestigiar a nossa. Não será nenhumjacobinismo, pois, que no Brasil ponhamos, acima de todos eacima de tudo, o brasileiro e suas cousas ".

isto é indirecta aos srs. Molinaro. Gentile. Gallatti, DeSanctiSj Cenamo e liitti quan ti... inclusive o austríaco An-dréa Dó.

" Não serão os italianos ou quaesquer outros povos que dis-so uos possam censurar. "

" O espirito nacionalista — si não deve ser exacerbado —deve, pelo menos, ser integral. Matheus: primeiro os teus ".

Vale o commentario acima." Povo generoso, bom, hospitaleiro nunca estabelecemos o

menor limite em nossa fraterna acolhida a todos os extrangei-ros. Nunca indagamos sob que bandeira abrigam seu amor pa-trio. Quando, porém, vemos um estadista de envergadura férreado Duce extender sua tutela até além dos mares territoriaes dasua pátria ficamos a elogiar a sua attitude, mas francamentedecididos a aproveitar a sua licção '*.

Quer dizer que os italianos, no Brasil estão desampa-rados pelas nossas leis... Precizam da tutela de Ia pátrialon tana...

"Elle nos ensina a fazer o que não fazemos. E' isso muitobom. Lendo pela sua cartiiha, soletraremos suas ordens em nos»

' so idioma. E, para o futuro, applicaremos sábia e utilmente asua, formula, adaptada ao nosso ambiente e que diz assim: noBrasil, antes de mais ninguém, os brasileiros"'.

^No Brasil-maioria sempre os brasileiros mandaram: S-Paulo não é todo o Brasil...

" Não c ser jacobino quem apenas procura tão modesta-mente ser nacional ".

Helios ".Caso tivéssemos de cavar um Mussolini. quem serviria?

"O Sacy"

RAUL PEDERNEIRAS

Damos hoje uma pagina de Raul,o caricaturista mestre, que teve sem-pre os seus traços inconfundíveis, ai-liados a um talento de escol e um cs-pirito saborosamente fino.

Raul é o autor do álbum mais in-teressante que se tem feito no Bra-sil: "Scenas da Vida Carioca", emque são apanhados flagrantes de to-dos os tempos.

Nesse trabalho os seus trocadilhose piadas são sublimes, de accordocom a vivacidade e graça das "char-

gesv.

c_^iPIADAS

1.° de Maio — Dia consagrado ao trabalho por meio da

vadiação.* * *

"A riqueza não dá a felicidade" dizem todos os mora-

listas... quebrados.

•"O sol nasce p'ra todos", é uma verdade da sabedoria

popular. Mas ã ella esqueceram-se de acerescentar á res-

fricção indispensável: "mas nem p'ra todos se põe". Ha

tanta gente que morre no correr do dia...TIBÉRIO

LÍNGUAS.... *

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No Rio, como em to-da parte ha essas "Un-

euas ferinas" de queninguém escapa.

Passando junto a umaroda de immoítaes emortaes, na Avenida, o

jornalista G.... um daroda commentou:

— Alli vae um jorna-lista que ladra contra omundo.

Mas só morde o go-,verno, o que é uma van-tagem. arrematou o Ter-ra de Sem».

PORQUE CHORA MENINO \\PORQUE PAPAI N50, COMPROU!AINDA UM PATHE BABY.- |

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Nicolau, pirralho de apenas tres annos, irrequieto e tre-fego como um serelepe,tém os olhitos vividos, inquisidores,intelligentes.

Possue ò habito, impróprio da suâ idádei de observar ereílectir. Quando está quieto, é quê ha no seu cerebrozi-nho algum processo mental em activa elaboração.

De intelligencia acima do normal, sabe relacionar a regraque lhe dictaram com os casos que lhe parecem idênticos.

Ha tempos, presentearam-n'o com um carrinho, dessesmodernos em feitio de automóvel, e logo após indagaram sise sentia capaz de o guiar sozinho.

— Sou, respondeu Nicolau. E carro na calçada, emfrente á casa de sua residência,' eil-o movimentando a''Chevrolet" em miniatura. .^* r

Ao chegar á esquina, como a rua quebrasse á direitapara uma Íngreme ladeira, pára o pequeno o seu vehiculo echamando a pagem que o observava, diz-lhe no tom maisnatural do mundo: '

Luiza, agora, para descer esta rua, você segura o meuautomóvel atraz, porque elle não tem "breack".

vr *T* *T

Nicolau, além de observadpr, é espirituoso.No dia em que completou tres annos, encheram-n'o de

presentes e dádivas e brinquedos.Eram tantos que elle até perdeu a vontade de jantar.Entre as cousas que o agradaram summamente, estava

o terno á "marinheira'', que lhe vestiram, de calças com-pridas e de bolsos amplos.

Quando se sentiu perfeitamente encadernado a novo,pôz as mãos nos bolsos e, com o ar brejeiro, voltou-se pa-ra a sua mamãe, dizendo-lhe:

Mamãe, agora só faltam as chaves.O pae, que é jornalista e regressa sempre tarde ao lar,

achou que o seu "pinante" estava revelando a verdade dasleis do atavismo um pouco cedo demais...

ALTARANDA MIRAIR.

| Ter sempre "O SACY" em casa é ter alegria!

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Anda, Lulu'lPorque não lhe põe umas rodinhas nos pés?

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» "" ii——«)

Tu sei nato a S. Paulo, ma sei italiano! —

Então porque não vamos embora p'ra Itália?

CADÁVERESCredores e credores... Mais credores!Tenho-os já de um cento muito perto...As dividas eu fiz sem fiadores,e tive, nos livroes, titulo aberto!

A columna do DEVE, estou bem certo,é cheia de algarismos, de valores; ia do HAVER assemelha-se a deserto...Algarismos? Nem um! Só cobradores

passam a vista, pelo plano branco,sem divisar, sequer, um habitante!Se os cadáveres vêm, sou muito franco:

— Tanto... tanto... e mais tanto... Somma e segue... f:Reconheço que devo já bastante,mas vão cobrar ao diabo que. os carregue!

ELIO REIS

O ESPIRITO DE ORDEM DASMULHERES... I

. - ?

Elias chamam ordem ás pilhas. Quando tudo está amon- ü|toado, escovado, espannejado, arranjadinho, a casa estáperfeita.

Não chegam a intuir que possa haver um methodo na ||falta de methodo, uma ordem na falta de ordem.

Para ellas, arranjar é amontoar... Desde que pareça Slimpo e decente, desde que tenha o tom da distineçáo, vaetudo bem.

O regimem das fachadas como nas administrações pu- |[blicas...

PAN-KURST

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vO SUSTO

A torva farra segue, a fauna escurabebe o sangue do Povo adormecidoe elle não tem um rictus de amargura,

não tem um só gemido.

Inesperadamente o quadro muda:primeiro o pasmo e logo o frio medo;este, a fugir, de mãos e pés se ajuda,áquelle salta e some no arvoredo...

Tudo porque? Porque num desafogo,furou a noite, os fantasmas e o festim,archangelica lâmina de fogo

— o toque de ufn clarim.

VI

A ALVORADA

O toque dessa alvorada,dessa fina clarinadéque vibra por todo azul,viva, forte, moça, alacre,dos latifúndios do Acreaos claros pampas do Sul,

ergue o povo brasileiro:o esquecido seringueiroa quem a febre desfibra;o pescador que a jangadaleva pela verde estradae nas ondas se equilibra;

o vaqueiro do Nordesteque emboladas garganteia,que trajes de couro veste,que por desertos vagueia— é o cavalleiro celestecunhado na Lua Cheia —

4

o cantador de saccolaque agradece a nossa esmolacom punhados de rubie na trova a amada espelha:"Tua boca ê mais vermelhado que a flor do cariry";

o boiadeiro de Minas,pacato como os pastorescom avós grandes senhoresdas épocas affonsinas,com seus líricos amoresentre saudosas ruínas;

««»»»»»»»»»»»»»»»»»«

A FARRAesse mineiro que levauma existência mediévacom seus déspotas sanhuâos;que a terra aonde se cria

é d» uma aristocraciaque a dividiu em feudos;

o paulista, descendentede uma vaíerosa genteafoita e de animo cru',que levou os seus donairesao local de Buenos Airese ao planalto do Peru',

mas que agora a vida arrastacomo servo de uma casta

. que se suecede no throno -e que chora a sua sina,operário, na officina,e na fagenda, colono;

os muladeiros goyanosque passam dias e annossob céus azues e limpos;o jagunço ou o cassaco,plantadores de tabacoe bahianos dos garimpos;

os cortadores de pinhoque a facão fazem caminhonos bosques do Paraná;os homens do Contestado,esse povo denodadocomo poucos haverá;

os pobres dos ervateirosescravos e forasteirosque o poeta Barrett cantou;os homens das xarqueadascujas lagrimas caladasCastelnuovo divulgou;

o cangaceiro, o beato,gente do campo e do matoque forma toda a nação,

• pois na terra de que é filhatoda a cidade ê uma ilha,no múr grosso do sertão!

Ali A

Affonso Schmidt

(E' possivel que continue... )

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A MANIA ACTUAL,

PALVRAS CRUZADASConcurso a prêmio entre os leitores cio **0 Sacy 19

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CHAVE

1 em Bilac; 4 gado; 6 conduz para cá;8 homens; 9 virtude; 10 está alegre; 11 aqui; 13 raiva;15 habito; 17 tres vogaes e duas consoantes intercaladas;19 estima; 20 ruim; 21 homem; 23 tem o peixe; 25 no-breza; 28 engraxar, ao contrario; 29 homem; 31 rezae; 23caminhava; 34 homem; 36 missiva; 38 como o caipira diz sal

40 flor; 41 na Arca; 42 é claro; 43 tine; 44 no navio; 45chefe syrio; 46 na cidade; 47 das aves; 48 rua; 51 con-cordei; 53 deleita-se; 54 em Slavo; 56 verdadeiro; 58vozeia o cão; 59 tristeza; 60 graça; 63 rezei; 65 no charco;66 altares; 67 se estás contente.

Verticaes — 1 no espaço; 2 bebida predilecta dos paulis-tas; 3 vogai; 4 filho da vacca; 5 interjeição; 6 objecto deculto; 7 igreja; 8 elemento;. 11 de fumo escolhido a ca-pricho na Travessa do Commercio; 12 oceasiâo; 14 repel-le; 16 abranda; 17 estima; 18 meio ao inverso; 19 cal-cuia; 22 tres vogaes; 23 reza; 24 assuada; 26 espirito daságuas; 27 de Ipé; 30 metal; 32 elemento; 35 executado;37 a melhor marca de cigarros menos a ultima letra; 39amargura; 43 altivo; 48 desoecupado; 49 homem; 50 do-res; 52 divisor dos continentes; 54 numero; 55 limpa; 56

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desmorona; 57 seio da familia; 59 na terra; 60 casa pa-triarchal; 61 Baroneza de...; 62 emblema; 64 partias;68 elemento; 69 no fim do elephante.

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BASES DO CONCURSO ,Mandar a solução, com as indicações abaixo discrimina-

das até o dia 18 do corrente, á Redacção do "O Sacy",Caixa do Correio 3009, São Paulo.NomeResidência SexoIdade .:

PRÊMIOSEntre os que nos enviarem soluções certas, serão sortea-

dos os seguintes prêmios:UM MILHEIRO de cigarros ESPLANADA (Para Ca-

valheiros).UM VIDRO de EXTRACTO de um dos melhores fabri-

cantes do mundo. (Para senhoras).UM LIVRO ILLUSTRADO. (Para crianças).

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MOLÉSTIAS COJVTJLOIOSJLS

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S. Majestade não liga ao Serviço Sanitário.EH==dl SH3ZBEH ]E==0 E=] 0=s3E 30

INGENUIDADEAndando pelo interior a pregar a Palavra de Deus, com

aquélla doçura que lhe era peculiar, o impolluto Prof. Edu-ardo Carlos Pereira, já fallecido, esteve, durante uma sema-na, pregando o Evangelho em certa cidade.

O auditório crescia dia a dia e desde a primeira pregaçãonotou o ministro a presença de um caipira, sempre interes-sado em ouvir a Sagrada Escriptura, tão bem commentada.

Tudo fazia crer num caso de conversão.Após o culto o matuto pedia novos esclarecimentos e fazia

suas interpellações.Notando o pregador seu interesse pela Palavra Divina,

consultou-o:Acha o amigo, em consciência, que está em condições

de fazer sua profissão de fé?Hom'eu... p'ra fala verdade, por inquanto, nhor-não.

Bamo deixa p'ro fim do anno... Por inquanto eu inda te-nho uas safadeza p'ra fazê e quero porveitá...

PIZADEIRA

AUTHENTICA

NA HOMEM DE MELLODuas horas da manhã.Perdizes se alarma.Ha um barulho infernal na porta da Casa de Saude. Um

individuo possante, esmurra e escoucea a porta de entradanuma pancadaria de estrondo, berrando a plenos pulmões:

Abram essa joça! Abram senão arrombo! Eu escan-galho com tudo! Eu perdi a cabeça!!

O medico director appareceu indignado na sacada:Que barulho é esse a estas horas? Vá-se embora, seo!

Você está louco!

t«««:«i«j:jijj««::«««n««j«j««j««::::««t}ní«4

Num districto de Piracicaba, um pae foi registar o nas-cimento de uma filha.

O nome? diz o escrivão.Ruth.

Feito o registo verificou-se que o escrivão havia es-cripto: "Ruth, do sexo masculino, etc."

Como! Aqui está errado! O sexo é feminino.O' c'os diabos! E neste livro não se pode riscar nem

emendar...Dê um geito...Aaaaah! Tão fácil!... Diz o escrivão. —E' só mudar

o ó em a... Dá certo!E lá deve estar lançado: "Ruth, do sexo masculina"...

A BADALAGEM NO RIOSerá a "Gazeta de Noticias" o orgam official da "Con-

fraria do Badalo"?Quando certo escriptor pendurou-se ao "bico dachalei-

ra" presidencial, appelidando o dr. Washington de "Mus-solini Brasileiro", pediu S. Ex.a ao homem que não for-casse demais, que o "bico

quebrava".O sr. Dr. Washington não gosta do engrossamento, pro-

va-o o caso de Brodowsky.A "Gazeta de Noticias" ignora esse facto, porisso vem

dizendo que o Oeste Paulista, ha SEIS ANNOS era den-sa mataria e que só devido ao futuro Presidente é hojeuma zona prospera.

Puxa! ??::I

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PraÇA PATRIARCHA. 135 -:

SAO PAULO

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NÃO PERCAMOS A FE»

A immigração, trazendo a riqueza do braço eo aproveitamento de terras que nada produziam,cobertas de matas, nos invios sertões, trouxe,como contrapezo a anciã de ganhar dinheiro.

Os paulistas, percebendo que o extrangeiro seenriquecia, num labor continuado, sem tempo

para fazer e pagar visitas, desandou a traba-lhar, afoito, se enriquecendo tambem.

Dahi a anciã de ganhar dinheiro.Ninguém mais se preoccupava com o anda-

mento da administração publica.Governasse quem governasse e como quizesse.Ninguém queria sacrificar interesses pes-

soaes pelos interesses geraes.Em toda a parte se ouvia: — a Republica é

isso mesmo... Deixa andar...Homens reconhecidamente probos, ageitados

ás representações, foram se deixando dominar eveio o domínio absoluto do Poder Executivo, naNação e nos Estados.

Existem no Brasil 21 Mussolinis de meia ti-

\\ jella...3fC S(C 3(C

Hoje, graças ao gesto desassombrado de Rey-naldo Porchat, vemos o paulista reagindo e co-meçando a se preoccupar com a Pátria e com aRepublica.

Já apparecem homens de um estoicismo a to-da a prova.

Quem havia de dizer que ainda teríamos pa-triotas republicanos?

Pois temos!O Senador Padua Salles, em pleno Senado,

ante a Pátria deslumbrada e agradecida, asse-vera que está prompto a dar o seu sangue e asua vida pela Republica e pela Pátria!...

Não percamos a fé...

E' sabido que o "Sacy" é mascote sem igual!

Geralmente, na vida, leva-se mais em conta o que pordesgraça se paga, do que aquillo que de graça se recebe...

CB do " D Si!"Dentre as muitas razões do grande suecesso alcançado

pelo "O SACY", cujo primeiro numero se esgotou empoucas horas, uma das mais evidentes é constituída, semduvida, pela pagina dedicada ás Palavras Cruzadas, comconcurso a prêmio.

Acontece, porém, que, ao mesmo tempo que recebemosnumerosas soluções, tambem nos chegaram ás mãos mui-tas consultas de pessoas que desejam saber se podem en-viar as respostas, para concorrerem aos tres magníficosprêmios, sem juntar o recorte do "O Sacy". Está claroque não.

Outros leitores, egualmente bastante numerosos, per-guntam-nos se, de facto, como lhes parece pela leituradas BASES DO CONCURSO, dentre as soluções de al-gumas HORIZONTAES e VERTICAES, constam o in-superavel "Café em pó do Centro", o "Expresso do Cen-tro", e a nova e já celebre marca de cigarros "Esplanada"

(mistura deliciosa, que absolutamente não irrita a gar-ganta), lançada com um suecesso sem precedentes pelossrs, Mayer Cohen e Cia., Ltda.

Está claro que a essas perguntas não podemos respon-der agora, pois seria o mesmo que resolver uma parte doproblema.

Em compensação, attendendo a milhares de pedidos,publicamos hoje novamente a pagina das PALAVRASCRUZADAS, para que todos os leitores, recortando ocoupon, possam entrar no CONCURSO.

Já é sabido, e aqui o repetimos, que, entre os que nos en-viarem soluções certas, serão sorteados os seguintes pre-mios:

UM MILHEIRO do cigarros ESPLANADA .'(paracavalheiros).

UM VIDRO DE EXTRACTO de um dos melhoresfabricantes do mundo (Para senhoras).

UM LIVRO ILLUSTRADO (Para crianças).

Villa DionisiaOS MELHORES TERRENOS

DA CAPITAL

Vendas a prestações sem juros

Eliseu Zucchi & CPRAÇA DA SE' N.° 34

2.° andar Salas 202 - 204

Phone Central, 1332

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IO O SACY 6/.feira—15-1—26

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CAMAROTES E CAMARINSVariações sobre o ar scenico

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O Fróes, o nosso grande Leopoldo, parece que, desta vez,

vae realisár uma sua velha aspiração, artística: a de filmar u-

ma producção ciíiematographica. E' uma aspiração justíssimae digna de applaüsos, pois não seria perdoavel que o nossoniaior actor da actualidade, não nos legasse, pelo cinema, a do-cumentação de sua arte.

O Jayme Redondo foi quem realisou esse milagre de conven-cer o Leopoldo de que, depois de ter feito tanta fita na vida,deveria fazer um film.

E o Fróes está filme na idéa.3JC 3JC 5|C

A companhia do Abilio Menezes, depois das Comidas, deu

outra revista carioca: Me leva, meu bem.Esse negocio de acabar de comer e querer ir embora, logo

depois, até parece aquella quadrinha caipira que diz assim:

Vou fazer a despedida,Como fez cachorro brabo:Comeu, encheu a barriga,Saiu abanando o rabo.

* * *

Achado no salão do Apollo:Dona G. G. tome tento,que os "ramos" de lindas florestém ridentes explendores,mas espinhos têm por baixo...Reze um rosário a São Bento,que é santo velho e "sabido",

p'ra que lhe arranje maridode menos fama e "pennacho".

* 'r *

A dra. Guilhermina Rocha é realmente um assombro nas

receitas. .Ainda hontem a Belmira é a Luiza d'01iveira estavam des-

lumbradas com uma sua nova receita,., de bacalhau á Bis-

cainha.*F *T T*

0 Jayme Costa, devido a más digestões, anda atacado de

pesadelos.E' cada sonho brabo!...E o peior é que a moléstia está sc passando para outras

figuras da Companhia, que também têm tido sonhos brabis-simos...

* *

A Carolina Maldonado diz que usa aquella "camisa de tri-colme," com collarinho e gravata", só para moer a canalhamiúda. E faz muito bem, a gentil Carolina.

Deixal-os falal-os que elles calarão-se-hão-se.

* *Áquelle escândalo da cocaína, na pensão da Maria Balão,

no Rio, acabou crucificando com os rtratos da ítala Ferreirae da Manoela Matheus nas paginas da "Revista Policial",entre os seus "habitues".

E por baixo dos retratos as duas inditosas meninas levamuma destas lambadas.,.

* *

Peor ainda é, porém, como maldade, o annuncio official daCompanhia. Procopio, nos jornaes do Rio.

Esse annuncio é redigido, textualmente, assim:

TRIANONBrevemente:

COCAÍNAcomedia em tres actos de Mario Domingues eMario Magalhães.

Notável trabalho da actriz ÍTALA FERREIRA

Quanta ingratidão, seu Áquelle!

Dona Brazãosinha foi ao Rio, matar saudades da Bahia daGuanabara e da Chica. Na volta andaram a contar-lhe coisassobre as travessuras do Pae das Ancias, durante sua ausência,mas Dona Brazãozinha não acreditou...

E fez muito bem.* * *

A senhora Léa Candini, gorduchinha mesmo como está, nãodeixa de fazer andar á roda a cabeça de muita gente.

Ainda a outra noite, no Scala, fomos testemunhas de uma bru-ta dôr de cotovellos por causa delia...

* *

O Darcy Casarré anda louco por saber quem é o unico com

quem "Ella" seria capaz de fazer a burrada.Não seja curioso, menino...

* *

A Companhia Iracema de Alencar reappareceu no Rio, dandoá platéa carioca uma série de novidades theatraes, trazidas doSul.

Entre ellas contam-se as comédias: "Preciso provar quesou...", "Os Pereiras são muitos", "Os trouxas são poucos..."e "O attestado da incapacidade", sendo a primeira e a quartada autoria do actor M. Durães e as restantes de um estancieirode Porto Alegre.

* *

Reappareceram em S. Paulo os últimos destroços artísticosda defunta companhia de comédias Auricelia Bernard.

O galan, que veiu na frente, no P 2, chegou enthusiasmadis-simo com o bom estado de conservação das estradas de roda-gem.

* *

E é só, por hoje.SA-CV.

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SEREI CONDE, MARQUEZEDEPUTADO

Pelas ruas vagava, em desatino,Em busca do seu asno que fugira,Que dizia chamar-se — Macambira.Um pobre paspalhão apateado.A todos perguntava se não viramO bruto que era seu, e desertara;Elle é sério (dizia), está ferrado.E. tem branco o f ocinho, é malacára

Eis que encontra postado n'uma esquina,Um esperto, ardiloso capadocio,Dos que mofam da pobre humanidade,Vivendo, por milagre, em santo ócio.

Olá, senhor meu amo, lhe pergunta,O pobre dq matuto, agoniado:"Por aqui não passou o meu burrego,Que tem russo o focinho, o pé calçado?"

Responde-lhe o tratante, em tom de mofa:"O seu burro, senhor, aqui passou,Mas o guapo Ministro fel-o presa,E num parvo Barão o transformou".

O' Virgem santa! (exclama o tabaréo,Da cabeça tirando o seu chapéo)Se me pilha o Ministro, neste estado,Serei Conde, Marquez e Deputado.

LUIZ GAMA(Das

"Trovas Burlescas" - 1.861)

OS EXTREMOS SE TOCAM

E' commum, entre as crianças, organizar-se uma rodi-nha de camaradas do bairro, com exclusão dos de bairrodiverso.

Muitas vezes, no melhor da brincadeira, entra ha rodaum extranho, que não concorda com os estragos promovi-dos pelos companheiros e faz uma estralada. „

Censura-os, diz o que quer, encara-os, e a saparia mur-cha.

Depois que elle se vae, e some na primeira esquina, sur-gem os valentes. -

Me deu vontade de esmurreá elle..."Num dei nelle de dó.Esse porqueira que volte, pra ver!Me deu vontade des esmurreá elle..."

Foi o que aconteceu entre os filhos da Candinha; ouvi-ram as verdades ditas pelo integro Dr. Porchat e só de-pois de sua retirada é que viraram bichos...

PARODIANDO VIEIRA

Commentava-se, na ultima eleição, o facto de serem pos-tos á margem homens bons como Witacker, Adolpho Pinto,Erasmo Assumpção, Steidel, Mario Pinto Serva, MesquitaFilho, Ramos Azevedo, Plinio Barreto, Sampaio Vianna,Pereira Barreto Netto, Ovidio Pires, Almeida Prado, Octa-viano A. Lima, os Moraes Barros, Prudente Netto, Fir-miano Pinto e muitos outros.

E isto vem de longe, de remotas e recentes dissidências..."Tanta gente bôa posta á margem!" chorou um pau-

lista, ao que, alguém respondeu:"Quem vir os nossos descartes ha de pensar que tentos

bom "jogo"...

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Parque da EstreliaFuturo subúrbio do Rio de Janeiro, enfre Rio e Petropolis,

que nós nos encarregamos de construir a sua casa.Local de muito futuro com communicação por estrada de

ferro, por estrada de rodagem e por via fluvial.Preço actual a titulo de reclame, lotes de 10 x 50 metros,a 600$000, 800$000 e 1:000$ (junto á Estação), a pres-tações mensaes de 20$000 e 25$000, com sorteios'fiscaliza-

dos por meio de dezenas e centenas.Brevemente a Empreza iniciará uma,série de casas popula-

res, a prestações, para os compradores dos terrenos.

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Dr. Affonso de Oliveira SantosAGENCIA NO RIO:

AVENIDA RIO BRANCO, 129 - (1.° andar, salas 3 e 4)

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SAO PAULO: — Rua Libero Badaró, 31 — (2.° andar,salas, 12 a 17).

Telephone: Central, 1974 — Caixa Postal, 1729

Annunciar no "O SACY" traz felicidade! g

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SACY ELEGANTESabbado cheio, rua cheia,cheios os "bars" e os cafésdo mundanismo, que enxameiaentre encontrões e rapapés...

O Vicentinho sáe, correndo,e Dom Cornelio, idem, tambem.Aos quatro ventos vão dizendo:— Não ha Sacy p'ra mais ninguém-..

Com seu aplomb esanophelico,O Brasil Gerson no Gastão"injecta" o enredo pirandellicode uma tragédia em gestação.

Guiomar Gualberto, dona Pinade Vasconcellos, a Belmira,Lygia, a doutora Guilhermina,toda essa gente mexe e virada rua 15 a velha esquina,e a "footingar" gosa e delira.

Passam "mirones", passam secias,desfila o "fascio" multicôr...Chovem pilhérias e facecias

Sob o calorabrazador...

O Fróes vae indo, mansamente,de braço dado ao Thiollier...Nota que o miram ternamente,Mas, orgulhoso e irreverente,Não "liga", e finge que não vê...

A Julia Lopes e a Judith!...Ao vel-as sós, sem mais ninguém,Ha muito gajo que recite:— Me leva, meu bem ? ...

Duas pequenas, — dois pedaços!...—da torta rua, que é a Direita,dobram, mostrando o collo, os braços,e a perna olympica e bem feita.

O Quadros Junior, manobrando,entre clarins altisonantes,passa, a cidade anarchizando,oom tres "forçudos" elephantes...

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ESQUECIMENTOSt ¦ ¦'¦

O advogado dr. Fábio Barreto é celebre pelos seus esque-cimentos.

Certo dia, em Ribeirão Preto, estudava uns autos, a an-dar de um lado para outro. Ao passar próximo a uma ja-nella, que dava para o jardim lateral, sentiu que batiam pai-mas insistentemente.

Chegando ao peitoril, olhos nos autos, perguntou ao des-conhecido o que desejava.

— O Dr. Fábio Barreto está ?—Não sei... Pergunte ahi dentro...

E continuou a estudar os autos.

Segue-o o Pamplona, a ver se "cava"

os tres colossos, os "bichões",

para metter do Avanhandavanos Sertões...

Céos!... A figura ex-consulardo L. de Freitas! Que castigo!...Com este calor, ter que abraçar"o nosso illustre e nobre amigo!..."

Olha o Fusaro... Vem contente!Que ar satisfeito!... Que ar jovial!...Tocou-lhe a "grande", certamente,Da loteria do Natal. ._

— Uma esmolinha!..., diz um pobre,que perigo le uma pequena,

suas moedinhas, — nickel?... cobre...põe entre os dedos do mendigo...

Eis senão quando irrompe o viçode uma montanha de cabello...— Que é aquillo? E' o dorso dum ouriço?—Não.. São as barbas do Covello.

Ha pelos ares luminososuma vozinha que retine...Gemem os "trouxas", suspirosos:— Léa Candini! Léa Candini!

E sem razão, por birra, á tôa,ha quem se queixe, ha quemMesmo a "apitar" a vida é boaquando se está na rua 15....

"ranzinze".

EGO.

Joalheria 66Jk-, Renaecente 99

8

V. S. não poderá dizer ter feito uma com-pra vantajosa em jóias, relógios, metaes eobjectos para presentes, sem visitar antes a

Irmãos La Motta & Cia.CASA DE CONFIANÇA

N. 21 — RUA DIREITA — N. 21 —

Officina própria: R. Lib. Badaró, 133 - Sob.

DE CAÇADOR jPode-se caçar com um cão, sem espingarda, mas não se

deve caçar com espingarda sem cão.

Smtjnmmmmtgm^^

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Quando a luz faltar.. < ; . ' /..

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O SACY DESPORTIVO

l>^ '1A' guiza de introito...A aragem sussurra por entre a folhagem da matta da Can-tareira, a formosa serra dos paulistas. Bandos de pintasilgos,colleiras, sahiás e tucanos quebram o silencio da tarde com unialacre "fox-trot" de Marcello Tupinambá...Encaripitado num galho de velha perobeira, Sacy Perêrê ofuturista das selvas, lê o "Chuva de Pedras" de Menotti deiPicchia, esse outro sacy de talento das letras...Balançando no ar a sua única perna, emquanto os pássaroscontinuam o "jazz" infernal, Sacy Perêrê fecha o livro menot-tiano.Depois, o cousa-ruim da sexta-feira, põe-se a sonhar. Tal

qual o magrijella Astrogildo César (o ultimo romântico)', ac-cende um cigarro e fica a scismar, seguindo com os olhos de fo-go, no ar morno da tarde, as espiraes azues que se adelgacamScisma...

O matto está pau. Aquella vida, sempre no meio dos vaga-lumes, cobras, passarinhos, entre o céo calmo e a terra cobertade musgos, não lhè agrada mais. Boceja, cospe longe, faz novocigarro de palha e murmura numa philosophia de venda:— Porquêral Vou para a cidade, esportear. Quero jogar bolatal qual sua Majestade Friedenreich I, rei do futebol; "sala-mear" melhor do que o Néco e o Mario Andrada; sahir no ta-belao á maneira do Filo e Formiga; correr Marathona tãobem como o Matheus Marcondes, o "Meia Noite" da PontePequena; ter elasticidade no pernil cem furos acima do Alfre-do Gomes; jogar a bola ao cesto com mais "chance" do queo Guerra Vailati, o "Tigre"; Baluz Barioni, o "Barriga deAngu'"; nadar com a elegância e valor da gentil Irene Martin-sen e Carlos de Campos Sobrinho; remar na maciota, surrandotodo o mundo, inclusive o próprio José Ferreira; esgrimir "noestylo", talvez .melhor do que o tenente João Marques; pôr anocaute quantos Lages, Spallas e Firpos surgirem; cavalgar um

puro sangue" com a segurança do Guilherme Prates e Ama-deu Saraiva; enfiar uma bala no fundo de uma garrafa coma perícia do Guilherme Paraense; emfim, cultivar todos os es-portes, fazer um banze de cuia no seio da "Laf" e da "Apea",

escrever chronicas "arromba-muros". Tudo isso fará o SacyPerêrê na Paulicéa das garôas, da Gloria, da Ponte Grande, talcomo cantava noutros tempos o saudoso Baptista Cepellos.

E o homunculo saltou da perobeira, "jazz-bandando" o vul-to de assombração, apromptou a trouxa e desceu rumo á cida-de. Lembrando o arguto Ulysses quando esteve na Ilha deItháca, Sacy deixou a delicia dos campos perfeitos e da suagente perfeita, para ir em busca da capital, o reino das cousasimperfeitas, do maxixe, da cocaína e das mulheres de cabello"sura"...

Sacy Perêrê transformara-se em chronista esportivo...

Rolando.

FUTEBOLANDOTerminou em Buenos Aires, como é das kalendas gregas,

o famigerado Campeonato Sul-Americano de Futebriga. Osbrasileiros não deram para a sahida. Foram á Argentina de"smoking", monoculos, etc, só para fazer fita. Parece quenunca viram mulheres. Passaram dias e noites agarrados ássaias das "muchachas" portenhas.

Resultado desse endemoninhado "gosto" pelas Evas néo-hespanholas: Brasil, 1 - Argentina, 4

* *Logo que desembarcou, no Rio, a embaixada carioca (os

paulistas ficaram em Santos) que foi ao sul, um jornalistainterpellou Agostinho Fortes, o "menino bonito" do con-juncto:

Como é que foram apanhar ?Qual o que, isso não foi nada. Si v. visse as argenti-

nas! Cada pedaço...* *

O Leopoldo San^Anna, da "Gazeta", logo que chegadona Paulicéa da viagem ao sul, declarou ao Elpidio de PaivaAzevedo, o risonho menino da Apea:

Chi, "sa" Maria! Que farra! Vocês arranjam-me ahium "time" da várzea, o qual, sob a minha direcçâo — ga-ranto — nos desforrará da sapeca argentina. Um misturadodo Radium, Italo-Luzitano e Republica é o suf ficiente.

E as argentinas?... indagou, malicioso, o joven El-pidio.

* *O zagueiro Pennafort é um pândego. Quando os brasilei-

ros estiveram em Rosário, onde empataram com o campeãolocal — o melhor do mundo, na pittoresca expressão hespa-nhola —- "seu" Pennafort deixou-se ficar em certa casa, emdoce "tête-a-tête" com formosa rosarina...

O pessoal, já no trem, toca a indagar pelo homem. O"bicho" desapparecera.m' 3E 3G 3E£^Q<»S3E 3E _EI__2I.[ __]$=S3.

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PELA "POSE" SE VÊ QUE ES*

TÁ FUMANDO O SUBLIME

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... E Pennafort perdeu o trem por causa de um doce"tête-a-tête". Depois os jornaes deram aquella desculpa dohotel, malas roubadas etc. e tal. '

Vicente de Carvalho tinha razão: "Primavera vivida..."*p *F *t*

O tremendo encontro de lucta-livre entre Mario de Ma-cedo, ("Trinca Espinha") peso

"Chevrolet", e Castro Car-valho ("Come Fogo") peso charuto, terminou empatado. Apeleja transcorreu feia. O ringue "S. Paulo Sportivo-Capi-tal" tremeu até umas horas.

Tapa de gato, pé de moleque, esquerdo no ouvido, coce-gas na ponta do nariz, rabo de arraia, cocada, cotução nabarriga, houve de tudo, até que mestre Zé Povo, juiz do"frege", deu a lucta por empatada.

Os adversários reconciliaram-se, promettendo, no emtan-to, cada qual por seu turno, comer o figado do rival na pri-meira opportunidade.

Safa!Breve, sensacional encontro em 50 "rounds". Laf versus

Apea. Luvas de y2 onça, bendagen de pelica. Está na hora!Está na hora! Vae começar a dança...

De mala e cuia...Matheus Marcondes, "Sua Majestade Meia Noite I", rei

do fôlego, e Arnaldo de Camargo, "Perna de Aço" e tam-bem "Dr. Vidraça", estão arrumando as respectivas malase cuias...

Esses "feras" pretendem, no anno corrente, defender ascores da A. A. Palmeiras.

"Nunca maise!...

Heitor Blasi, "il piccolo" corredor esperiano, serio rival

de Alfredo e Matheus, declarou que "nunca maiseV correrá.

Dio santo! Isso de correr toda a vida, é só para trem deferro. O campionissimo retira-se, pois.

Mai piu'! Mangiare macarroni é piu' meglio...

Heróe antigo...

Os jornaes annunciaram, com abundância de pormenores,que o athleta Arnaldo de Camargo ("Perna de Aço"),vencedor de uma prova de 10 kilometros no Parque S. Jor-ge, tinha offertado a taça conquistada ao "Partido da Moci-dade" of fertante da mesma ao clube promotor do torneio-

Camargo recebeu elogios do "Argus"!

Hontem, porém, falamos com o heroe:antigo, a um cavalheiro andante da Tavola Redonda...

Hontem, porem, falamos com o heroe:— Muito bem. Gostei do "gesto". ..O athleta arregalou os olhos, fez uma careta e urrou:

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ms»«m8iB:ms««n««m»8»iBandidos! Elles pediram-m'a e eu não tive outro re-

médio sinão entregar a caneca. Também, ficar com cousaassim, dada com má vontade, pôde dar azar...

Não ha duvida, o "seu" Camargo é um genuíno heroeantigo...

Miau!...Dizem que o Gonçalo Carazzo, o terrível "gato" do Tietê,

está com certa vontadinha de transpor o rio, isto é, ingressarnas fileiras esperianas.

E' o caso de se bradar ás armas:Miau!...

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Uma torcedora com o cabello á ultima moda...

NO "ORVALHO DA MANHÃ"¦

V

O "Orvalho da Manhã" promove quasi sempre rebim-bolantes saraus artísticos.

A's vezes alguém "pede" a palavra e geralmente quemfala é o César Godoy, chronista por descuidos. Já estavam

pòr demais cacetes as orações do mesmo orador. Dahi von-tade de umas novidades.

Fizeram uns convites, e na festa de anniversario, comsessão solenne, lá estavam, firmes, o trágico Decio Abramo,César Godoy e um tenor. Começada a "bagunça" o Césarfez sua conferência: "A relação entre o sebo do grillo e océrebro dos futuristas" (felizmente não estava presente oBrito Broca) e o tenor cantou umas árias da escola moder-na. Sem mesmo comprehendel-os a assistência ovacionou-os.Por fim, em gestos trágicos e fúnebres, o Duque de Abra-monte recitou a sua ultima producção:

"O meu peito".Houve choro pela sala. Os nossos heroes eram os reis dafesta.

Mais tarde já um tanto... cançado o Decio se lembroude recitar a sua: "Alma minha morta", e começou: "Ella

partiu para o além... Partiu levando comsigo..." Ao fazerum gesto viu que tinha nas mãos um pedaço de "sandwich"

e para não atiral-o offereceu-o a um attencioso ouvinte.II signore stá loco!... Io nun como reito dus tro-

xa, e né dus quéta fturista.Eu futurista!, berrou o Decio fora de si, e avançou...

Dias depois o César Godoy comprava novo óculo e o Du-que de Abramonte andava pelo centro com passo de urubu'grippado.

"Que é isso meu caro ?!...Nem sei! Tive um sonho horrível esta noite, talvez um

pesadello... Creio que estou com rheumatismo...

THYLBA.

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16 O SACY 6.'-feirá—15—1—26

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1

ASSASSINO MODERNO

I(Trüussa)

Aqui estou eu, meu caro delegadoE a minha inteira confissão começo.Eu sou, por homicídio, reu confesso,Por mim é que elle foi assassinado.

E si somente agora aqui appareçoE' que fui pela "Folha" entrevistadoE tive que tratar com o advogadoToda a minha defeza no processo.

Já tudo esclareci pelo jornal,Por isso estou sereno. Está cornmigoAté o próprio Código Penal

E uma vez explicada essa questão,Ponho-me agora, si não ha perigo,Inteiramente á sua disposição.

II

Qual terá sido o movei do delicto?Movei? como explicar em um repente?— Eu nada moveria certamente,Si o morto não se movesse e desse um grito...

No artigo de amanhan que tenho escripto,Eu narro a minha culpa claramenteE o senhor que é um moço intelligenteDo meu direito vae ficar convicto.

Até o próprio advogado me declaraQue devo tudo confessar aqui.O que me vae salvar é a velha tara:

Bebia minha avó, o avô outrotanto,Meu pai, este morreu no Juqueri,Minha mãe, epiléptica, portanto...

III

Que eu estou com a razão está provado.Até um perito de phrenologiaEm minha face já encontrou um diaOs signaes todos do degenerado.

Tenho bossas na testa, o olhar parado,A fronte chata, a bocea numa estria,Todo o conjuncto de physionomiaCom que foi o anormal classificado,

Com uma prova tão cabal quanto esta,Demonstro ser um criminoso natoDada a conformação da minha testa.

E si matei e ao morto mando á fava,A inteira culpa deste simples factoCabe aos pifões que o meu avô tomava...

ALPHEU CANNIÇO.

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3Ü »

DESAPERTO FUTURISTA fiO Commendador Gil escreveu uma peça para theatro e

embatucou ao escolher o titulo.Pensa que pensa, repensa e nada!Lançou mão do recurso máximo: appellou para o Me-

notti.O glorioso papa da grei, afobado com o Monte que dirige,

limpou o nasoculos, e resolveu a questão.—No teu trabalho ha alguma referencia ao pé do Os-

wald ou cabeça de jacaré ?Absolutamente.Então ponha-lhe o titulo" —Sem pé nem cabeça."

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6."-feira—15—1—26 O SACY m

NO S ES IV A. I> O ESTADUAL

" No fim do anno, os senadores Fontes Júnior e Freitas Valle parecem donas de casa, em dia de baptisado "

(Palavras do Dr. Porchat)3ES=» 1=1 «==3G EIE 1D

NUM GUENTAQuando o governo italiano andou semeando coroas e titu-

los por S. Paulo, registou-se um qui-pro-quo em Botucatu',do qual foi victima o estimado e operoso industrial sr. S.Blasi, typo de homem trabalhador, que fabricava machinaspara beneficio de café.

: S. s. tambem havia sido agraciado.Um fazendeiro, precisando proceder a um concerto ur-

gente em sua machina, chamou o caipira terreireiro e doma-dor:

Pegue um animal e leve ao Cavalheiro Blasi para quevenha agora mesmo ver o que ha na machina.

Si-seôr...Pouco depois chegava á cidade o caipira, tocando um re-

domão velhaco, maluco e corcoveador como elle só.Aquillo foi só o sr. Blasi cahir no lombo e tombar no

chão... 4Animoso, teimoso, por tres vezes montou e por tres ve-

zes rolou na poeira, até que se resolveu a seguir no pungado portador.

Ao chegar á fazenda, mancando, meio descadeirado, re-clamou, contra o animal vigliacco e o burrotroton...

Que foi isso Salustiano? Pois levou o Relâmpago pa-ra o sr. Blasi?

U.éi! Eu vi vancê dizê que elle era "cavallêro intalia-no"... Eu nunca tinha visto intaliano cavallêro... Leveio Relampe p'ra exprementá!

Oh!Mais, quá... patrão: cavallêiro intaliano n'um guenta.

SACY-BOTUCUDO

ESTA» CERTONo afan de ganhar dinheiro, os néo-paulistas afundam

pelo interior, em busca do "fim da linha", tornando-se fa-zendeiros ou negociantes.

Um filho de conhecido profissional politico, não queren-do seguir o rasto do pae, foi estabelecer-se em Santo Anas-tasio.

No dia da inauguração da casa, resolveu-se o.pae apassarum telegramma ao filho: •

"Seja madrugador e activo. Seja gentil para com os fre-guezes. Seja amável -cfferecendo jantares a fazendeiros. Se-ja honesto."

— Se este telegramma tivesse duas palavras a menos,pagaria por uma taxa muito, inferior, ponderou o telegra-phista.

.— Está bem. Risque "Seja honesto".

8

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Do nosso Observatório.^FREITAS VALLE.

Passou rebentando como pipoca de milho bem secco....A cada estalo desabròchâvam-lhe do Craneo, em flocos, pu-nhados de myosotis que ora eram brancos e ora eram azues.

Ufanava-se o gracioso senador gaúcho, de que só seusmyosotis mudam de côr.

S. Exa. é immutàvel! Mudam-se os governos, elle,não; é sempre dos de cima*..*.

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FONTES JUNIORPassou rebolando as cadeiras, como doceira sergipana

após o afobamento, a avexaçao de um dia de baptizado.O ex-quasi opposicionista, qúe é um cabra "truco-fé-

xa", ia cantarolando a seguinte qnadrinha, composta pelosublime poeta opportunista dos "Rebentos":

Les politiqués de la droitSon le.politiquc dc gouche...Monsieur le Docteur Porchat

ce une trôxe...* * * *

\ ,;'-t DR. PADUA SALLESVinha cabisbaixo e triste.Trazia os cabellos soltos nas costas e pendentes sobre

os peitos. Vestindo uma túnica roxa, parecia, no aspecto,Magfdalena Arrependida.

Não se conformava.Toda aquella sua ponderação de homem probissimo

e criterioso fora quebrada pelo fluido de Mussolini, deque recebera as irradiações na Itália.

Ia resmungando: — mea culpa... mea culpa... meamáxima culpa... —

— Deus te abençoe — gritou-lhe cá do alto."O FUTU-SACY."

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"...o famigerado turco que se chama João Pallut, mais co-nhecido, porém, na giria da malandragem; por João Turco,se ufana de ser o "íac-totv.m" do Marechal Fontoura.

. que João Turco se vangloria de ter demittido o de-legado Paulo da Silva, do 19.° districto, por haver tido o mes-mo a ousadia de applicar tres flagrantes em bicheiros domesmo Pallut."

(De um discurso do sr. Azevedo Lima.)

Já não podem os cariocas censurar a tolerância paulista...

FOLHETIM DO "O ÍSACYA RE=EVOLUÇÃO DE UM VETERANO

CAPITULO II

9 9

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ilCAPITÃO — Dr. Mollinaro! A Pátria e a Republica tudo esperam de vós, meu General e meu Amigo

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SóZ-felra-ll—l—24 O SACX 19mmitmnnnn»»»»»»»»»»n»»»t»n»»8* ••?????«*???????????*????«????•?????«?. »»»»»»»»»

SACY CAIPIRA SACY POLÍTICO

1

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MODA DOS BICHOS(Versos aúthenticos de. caipiras)

Eu sube de ua noticia,annunciado no jorná,que a Raposa c'o Largatotratáro de se casa.

A raposa foi de trole;sapatinho de abotoá.Largato foi de a-cavallocom sua espora de meta.

—Mais quando chego de noite,na hora de se f orgá,aconteceu ua trapêraque veio a festa estraga.

—O sapo foi tira a dama,a dama não quiz dansá...Elle rancô p'ra garrucha,garro da tiro no á...

—O baruio se formosem podê-se assucegá...O Mico fico nervoso,garro dá sarto morta!

—O Tatu', que era padrinho,já pulo p'ra apazigua:deu um tapa no Largato,tiro a Oreia do Lugá!

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Foi ha muitos annos, na Câmara Federal, quando o ve-lho e honesto paulista Fernando Prestes era deputado, aolado do Padre Valois, sendo "leader" da bancada paulista,o actual senador Dino Bueno, que estragou o capitulo elei-toral do dr. Washington Luis, tornando-lhe antipathicoo "fim de governo", por não haver, na época, um Rober-to Moreira como Chefe de Policia.

Foi ha muitos annos... O Padre Valois, por isto ouaquillo, desandou formidável descomponenda no grandealmirante Custodio José de Mello.

Offendido, mandou o Almirante suas testemunhas.Reunida casualmente a bancada no saguão do hotel, foi

um choque a chegada de dois officiaes de Marinha.Um delles dirigiu-se ao padre.

Deante da affronta recebida, riemos, em nome doAlmirante Custodio José de Mello, desafiar V. Ex.» paraum duello. Poderá V. Exa. escolher armas e determinarhora e local!

O padre Valois "bambeou"; "lavou milho", como se diana roça:

Sou ministro de uma religião, os senhores compre-hendem... As leis da Republica... Absolutamente nãome baterei!

O sr. Almirante foi insultado pela bancada... O seu"leader" poderá acceitar o desafio...

Eu também... não posso — lamentou o "leader".E foi nesse momento que o caboclo velho, que por tres

vezes governou S. Paulo, sendo sempre um homem pobre,sentindo a humilhação da representação paulista, inter-veio, apresentando seu cartão de visitas:

Queira dizer ao Almirante que, em nome da "Ban-cada Paulista", Fernando Prestes acceita o duello emqualquer lugar, com qualquer arma e a qualquer hora!

O Almirante recusou, pois queria era mesmo o padre ouo "leader"... ;

Dizem que o caso é verídico, e quem sempre acreditounelle é o

SACY-VELHO

RENITENTE. Prostrado, o Voltolino, tremulo, e atordoado, em eólicas

e golfadas, mandaram-lhe um distineto professor de nossaFaculdade, austero e abstêmio.

Após exame profundo, aconselhou: ., aaAbandone o álcool e tome leite, muito leite: a sua sal-

vação está no regimem lácteo...Não ha duvida, doutor, concordou o Volto. Seguirei o

seu conselho, quando as vaccas só se alimentarem de uva...

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Se os conhecidos fizeram o que fizeram, quem sabe se os Desconhecidos acertam.

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MÃOS ABERTAS

O caipira, quando percebe que está servindo de viola,de divertimento, especialmente quando é caipira "sahido",

aproveita a oceasiâo para troçar.Seguiam de bonde pela Avenida, Jeca Pae e Jeca Filho.

Este, apreciando os palacetes, disse ao velho:Pae... Se mecê vende o sitio mecê compra ua casa

bunita dessas p'ra nóis mora?Compro, meu fio; e se o Coroné chega mais 50 con-

to pro sitio, nóis vem simbóra.Pae... Se nóis compra ua casa ansim é percizo pissui

untomóve..'.O pessoal do bonde gozava, quando o' caipira, em ar de

troça, respondeu ao filho:—Tomóve, o que... bobo! Puis nóis semo um deluvio

de gente! Um tomóve n'um dá pr'a nada... Pra pode bar-deá a f amia intêra, nois compra um bonde, logo de ua vêis!

COISAS DA ETOCA

DELUVIÃO

O Vieira, temendo um desastre na Central, foi ao Rionum vapor da "Costeira". Nunca tinha visto o Oceano. Aochegar ao alto mar, commentou boquiaberto:

Oh! P'ros quinto! Que deluvião de agua! Credo!...Quanta terra perdida!

Ao que respondeu um embarcadiço:E imagine que o senhor só vê a agua que está em ci-

H ma...

O senador Padua Salles foi sempre um homem sabida-mente criterioso, jamais formando ao lado dos precipitados.

Visitando a Itália entoxicou-se por lá o sizudo cavalheiroe chegou a S. Paulo dé mangas arregaçadas, produzindo oseguinte aparte, no Senado, em desafio a Reynaldo Por-chat, o maior vulto paulista dos últimos tempos:

"E' um desaforo um INDIVÍDUO querer sobrepujaraos seus collegas, quando não é superior a nenhum delles;que não temia caretas de ninguém e que estava prompto aresponder ao sr. Porchat em qualquer terreno."

Onde a ponderação?Diante disso até "O Sacy", que ri sempre, franziu a

testa.

DOM ADORES...No mangueirão a tropa chucra e gorda escaramuçava a

manotaços, bufando, de cabeça erguida e olhares assus-tados.

Era preciso tirar resultado, transformar os animaes emdinheiro, mas os peões da fazenda eram uns pungas incom-petentes.

Os herdeiros da propriedade se resolveram a escolherdentre os domadores o melhor.

Assim sendo, de todos os candidatos, ninguém podenegar que o unico competente é o Dr. Wastington.

Vamos a ver se elle doma as mil fontes de riqueza dopaiz. SACY.

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6.a-feira—15—1—26 O SACY 21

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0 ni e a iti ilaiiiaQuando, cm 1844, se estabeleceu como

""''"''' ponto capital da organisação bancaria aestabilidade "ad valorem" do systemamonetário, instituído por D. Pedro, longese estava de imaginar que a economianacional, onerada pela relação entre omonometallismo e a necessidade de fundosno extrangeiro, viesse permittir ao novosystema a' força de taxa cambial, nummeio Hberatorio em que o padrão é oouro.

Para evitar o descalabro da emissão,

que augmentava a desordem financeira,sacrificando o erário, exhaurindo-o na in-conversibilidade do papel-moeda, foi queo Ministro Sampaio Vidal, vendo o pani-co que se seguiu á crise econômica de-corrente da moratória, a que nos vimosobrigados após a guerra, escrever a Jor-ge V pedindo uma grande missão para

nos ensinar a ferrar o dinheiro, e a não o deixar sair nem a

torquez.Assim, pois, a situação em que nos encontramos, comparada

com o desenvolvimento da importação nos ultimos 200 annos

é de molde a elevar mais ainda o preço da carne e dos alu-

gueres. Ora, sabe-se perfeitamente, que a valorisação do café

encontrou na Caixa de Conversão o amparo necessário paramanter, em 1977, o cambio a 118. Se não fosse tal auxilio, a

emissão inconversivel arruinaria indubitavelmente o erário pu-blico.

Limitando, porém, a reducção cambial á circulação obrigato-ria do papel-moeda, com o fim de estabilisar o lastro metal-lico, verificaremos, no fim duns 4 séculos, que a valorisaçãose impoz pela força periclitante das "oscillações fixas" do

cambio, conforme nos falou Réti em suas conferências. Mais

claro, porém, dizem números:

Tcheco-SlovacaGrécia . . .RússiaArgentinaInglaterra _.Brasil.

24.72.94.

176,5324.8976.

' . . tNão pára ahi, porém, a iniciativa governamental no que se

refere ás lucubrações praticamente renumeradoras, na exterio-risação efficaz das difficuldades orçamentarias.

Outras razões temos ainda para a manutenção imperiosa dosfundos correspondentes, baseada na retirada immediata da

quota ouro destinada á garantia da instituição bancaria.Estamos certos, porém, que Lord Montagu saberá vêr na

lição da historia que o gravame remanescente da inflação me-tallica, por oceasião do começo da guerra do Paraguay, não po-dia constituir face promissora de abundância, porque só 30annos mais tarde, quando o Circo Clementino começou a ap-

parecer por estas paragens é que o cobre deixou de correr, ce-dendo o lugar ao tostão.

Nesta substituição do lastro metallico podemos ver perfei-tamente a lição econômica dos velhos paizes europeus. Anti-gamente na Suécia o meio circulante apenas se mostrava nasmoedas de cobre e no tempo dos saxonios as oscillações ban-carias se operavam segundo a circulação maior ou menor damoeda prata. Modernamente o padrão monetário para os doispaizes é ouro. Não obstante, o ouro, como todas as outras com-modidades, está sempre mudando de valor.

. O-fundo bancário em padrão metal autoriza, como se sabegeralmente, as operações de credito em papel-moeda circulan-te. Succede, porém, que a deficiência de um, onerada pela su-perabundancia de outro, produz o deslocamento do deposito

metallico.Desde que o deslocamento do deposito metallico augmenta as

possibilidades da expansão econômica, pela offerta do exceden-te cambial, não ha duvida que, para a cobertura do lastro ourocorrespondente a 700 milhões de drachmas, se mostra impo-tente o nosso regimen bancário. Ora, comparando-se o desen-volvimento metallico nos annos de 1907 a 1908, veremos que

• para uma reducção de 27 % recebeu a Caixa de Conversão12.327.000 libras esterlinas. Isso de 1907 a 1908, note-se bem. Em1920 a situação mudou completamente, elevando-se o bancário a96 %, quando a media da exportação attingiu a 47.344.290 li-bras. De 1920 até hoje, a desproporção é enorme, como pode-

. mos vêr pelo quadro seguinte „,

19201921192219231924

33.294.00094.792.00099.884.000

597.902.000948.702.000

aaaaa

182622

416902

d.d.d.d.d.

11%16%36%54%

97%

Estudando attentamente o quadro acima, chegaremos fatal-mente a conclusão de que o problema é relativamente complexo.Se o leitor, porém, teve a paciência necessária para lêr atéaqui este aranzel que, com franqueza, nem eu entendo, nemninguém entenderá ha de forçosamente concordar commigo

que mais ou menos assim são as explicações com que os en-tendidos em sciencias econômicas procuram

"esclarecer" o

povo que, em geral, não entende de finanças senão o suffi-ciente para saber que a vida está pela hora da morte.

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Monte Angu' de Caroço.

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E' o complemento mo=der no e indispensável na

-.<4. toilette de ambos os

PerfeiçãoNas boas perfumadas.

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ORA VEJAM!...Um dos mais acatados jornaes da terra, que gosa da justa

reputação de ser inexcedivel, no preparo dos quitutes comque diariamente brinda os seus leitores, publicou um diadestes este annuncio:

MOÇAVende-se uma a balanço, baratissima, com

freguezia formada, e aluga-se o prédio ondefunccioria. Ou aluga-se somente o prédio queque serve para pequena industria ou deposito.

Rua J... M..., 53, ant. tfav. G.E' bôa! Não ha duvida que é. Logo adiante, porém, vi-

nha esta, que tambem não é má:FABRICA DE LICORES

Precisa-se de uma, de boa apparencia, com o.pratica para charutaria. Dirigir-se á rua L....

B... n. 12, 3. andar, sala 45 (das 13 ás 16horas.

Agora sim, está tudo em ordem. Não registariamostaes pilhérias, se não fosse a raiva com que a toda horanos mimoseiam, fazendo humorismo (e do melhor!), osnossos queridos e sizudos mestres da imprensa diária.

«)« ?o< M>< >0< >o

^L £E—- -Elle — Meu bem... jamais amaste alguém?Ella — Nunca! E's o meu primeiro amor!Elle — E onde aprendeste a amar assim?Ella — No Cinema...

A LINGUAGEM DOS GUARDA-CHUVASAssim como existe a ••Linguagem das Flores", tambem

ha a "Linguagem dos guarda-chuvas".Deixar um guarda-chuva em cabide de corredor dehotel ou repartição publica: — Mudança de dono.

Abril-o bruscamente na rua: — Perigo para o olhode algum transeunte.

Fechal-o bruscamente: — Estrago de um ou dois cha-péus.

Quando uma senhora leva o guarda-chuva aberto evae a seu lado um homem recebendo toda a agua que escor*re pelas varetas: — Galanteria.

Quando é o homem que o leva e a mulher é quemse molha: — Matrimônio.

Andar pelas ruas arrastando o guarda-chuva: — in-dica que quem vier atraz tropeçará.

Collocar um guarda-chuva de algodão junto a um deseda: — Trocar não é roubar.

Dal-o emprestado: — Sou tonto.Devolvel-o: Não tem significado porque ninguém faz

semelhante asneira.Tel-o sempre enrolado: — Está roto ou rostido.Cobrir um amigo com metade do guarda-chuva: — Os

dois se molharão.Sahir com guarda-chuva de manhã: — Indica bom

tempo.

FEMINISMO PERIGOSOFazendo declarações sobre o reboliço havido, a 23 de

novembro, em Manáos, por oceasião da chegada da esposado official Ribeiro Junior, que foi governador revoluciona-rio do Amazonas, o secreta da policia mineira Rocha Ba-ptista, declarou que:"Ao atracar o "Affonso Penna" foi sua attençãodespertada por gritos e vivas partidos da multidão, ao re-voltoso Ribeiro Junior e á s. exma. esposa — que a ma-nifestação mais calorosa partia de um grupo de senhoras,que lhes disseram serem professoras — que a quasi tota-lidade das pessoas que se reuniram no cães, deu vivas en-thusiasticos á esposa de Ribeiro Junior, a qual denomina-ram "A Redemptora". — Que a multidão gostou em irdo "ròdway" ao começo da Avenida Eduardo Ribeiro,uma hora, tal era a quantidade de pessoas que a consti-tuiram".

Ninguém melhor que a mulher conhece o homem. Tem-n'o ás mãos desde o berço...

As amazonenses...A semente lançada por mãos femininas... hun!Fica quéto Polydoro!

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Liga de Amadores de FutebolInscripção de entidades e de jogadores

Abrindo-se hoje, na Liga de Amadores de Futebol, a '

inscripção de entidades e de jogadores que queiram partici-par de sua actividade esportiva, julgamos de utilidade dar aconhecer aos interessados o resumo dos direitos e deveresque lhes competem, de accordo com os Estatutos.

A T>iga de Amadores de Futebol é organisada sol) afôrma federativa, tendo como elementos orgânicos a As-sembléa Geral, a Directoria e os Conselhos Technico e Fis-cal. Os elementos effectivos são as instituições, separadaspelas seguintes categorias: l.a, 2.!l e 3." divisões; divisãouniversitária, divisão de corporações de classes; divisãomunicipal e divisão do interior.

O orgam soberano da Liga de Amadores de Futebol éa Assembléa Geral, com representação proporcional das di-versas divisões, com direito de voto amplo para os clubsfundadores e voto parcial para a.s demais representações,nos assumptos de seu peculiar interesse.

A Directoria é orgam executivo das deliberações da As-sembléa Geral, do Conselho Technico e do Conselho Fis-cal, tendo mandato de cinco annos.

O Conselho Fiscal tem o direito de convocar assembléas,para verificação de quaesquer irregularidades.

Quando uma entidade fôr parte em qualquer assumptòde seu peculiar interesse, não poderá votar na assembléa.

Os membros da Directoria são obrigados a manter omaior escrúpulo no exercício das suas funeções, cabendo aopresidente o direito de veto das deliberações da AssembléaGeral que não tiverem obtido unanimidade ou qunado fo-rem evidentemente contra letra e espirito dos Estatutos.

As questões de ordem technica serão estudadas e deci-ilidas pelo Conselho Technico, inclusive a organisaçâo doquadro de juizes amadores e profissionaes, que serão cons-tituidos mediante regulamento especial.

A Directoria da Liga de Amadores de Futebol tomaráas medidas que julgar convenientes, para evitar manifesta-ções de nacionalidades, entre seus filiados, quer durante osjogos quer fora delles.

Forma de filiação e outras condições

A filiação de entidades é feita por clubs ou Ligas, sen-do entre as exigências communs obrigatória a declaração,em separado, de rigorosa obediência á lei de amadorismo.As entidades filiadas serão separadas em categorias de seisespécies, conforme a idoneidade da Directoria, regularidadedos Estatutos, administração financeira, existência legal, po-deres do Conselho Fiscal e requisitos de suas accommoda-cões. E' ás mesmas conferido o direito de accesso de umaspara outras divisões, sempre sobre a base minima dos pa-drões acima referidos. A jóia para a primeira divisão é de100S000 e a annuidade de 50S000. Para a.s demais divisões a

Rua João Briccola, 12, 11 — Tei. Central, 3525

jóia é de 50|000 e a annuidade de 3GS00O. Os clubs da l.ildivisão são obrigados a manter quadros juvenis e a parti-ciparem dos respectivos campeonatos- As suas Directoriasnão podem ser eleitas por mandato superior a 2 annos. po-dendo a Directoria da Liga de Amadores de Futebol vetar,quer actualmente. quer em eleições futuras, os nomes depessoas que julgar inconvenientes á boa ordem da sua vidaesportiva. Xos quadros juvenis, não poderão ser inscriptosmenores de 12 annos. Os amadores maiores de 21 annos sãoobrigados a se inscreverem como eleitores, excepto os es-trangeiros. O prazo para cumprimento dessa formalidade éde seis mezes, a contar do primeiro pedido de inscripção. Aqualidade de estrangeiro será provada, por certidão de eda-de ou documento equivalente e suficientemente idôneo. Ne-nhúni amador será inscripto. sem apresentar certificado depessoa, empresa ou instituição idônea onde exercer a suaactividade e, sendo estudante, o da Faculdade ou Escola emque estiver matriculado. Os registos de amadores serão va-lidos, em qualquer divisão, por um camj)eonato, não poden-do nenhum club registar jogadores sem disputar quaesquerdos campeonatos da Liga. Os menores de 21 annos de edadenão poderão ser registados sem. permissão escripta de seuspães, tutores ou quem suas vezes fizer.

Campeonatos de 1926

Durante o anno de 1926. serão organisados os campeo-natos seguintes: — 1." divisão, comprehendendo o de seusquadros juvenis; 2." e 3." divisões; acadêmico e de corpo-rações de classe; municipal e do interior.

As semi-finaes dos jogos do interior serão realisadas naCapital, correndo as despesas por conta da Liga e sendo asrendas repartidas conforme o exposto abaixo.

A renda e sua distribuição

A Liga de Amadores de Futebol promoverá, directa-mente, todos os jogos e os administrará, mediante a fisca-lisação <!os clubs. por meio de delegados. A renda bruta dosjogos será distribuída da seguinte fôrma: — 50 °fo, para aLiga de Amadores de Futebol, deduzidas as despesas geraes,serão equhativamente distribuídos entre as entidades da res-pectiva divisão, mediante prova de que esses fundos serãoapplicados em fins de caracter puramente esportivo e comrespeito absoluto aos principios de amadorismo.

Congresso

\ Lie*a ue Amadores de Futebol promoverá, de 2 em 2annos, a reunião do Congresso Paulista de Futebol, a quecomparecerão, com igualdade de voto, todas as instituiçõesda Capital e do interior do Estado, para estudar e decidirassumptos de interesse geral desse esporte.

LIGA DE AMADORES DE FUTEBOL.

A DIRECTORIA

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