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ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA Dra. Ana Lucila Moreira 2013

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  • ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Dra. Ana Lucila Moreira 2013

  • Avaliação clínica (história e exame físico direcionados)

    Estudos de Condução Nervosa Sensitiva e Motora

    Estudo de respostas tardias (onda F, reflexo H, blink)

    Técnicas Especiais (Estimulação Repetitiva, SSR)

    Eletromiografia propriamente dita

    EMG especiais (Quantitativa, Fibra Única)

    Estudo Eletroneuromiográfico:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    OBS: Pressupõe como requisito básico conhecimento prévio de neuroanatomia, neurofisiologia, neuropatologia e instrumentação.

  • Avaliação clínica (história e exame físico breve)

    Estudos de Condução Nervosa Sensitiva e Motora

    Estudo de respostas tardias (onda F, reflexo H, blink)

    Técnicas Especiais (Estimulação Repetitiva, SSR)

    Eletromiografia propriamente dita

    EMG especiais (Quantitativa, Fibra Única)

    Estudo Eletroneuromiográfico:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Definição: Indução de um potencial de ação que se

    propaga pelo sistema nervoso periférico e gera um

    registro adiante do local de estímulo.

    Tipos:

    Potencial de Ação Sensitivo (SNAP)

    Potencial de Ação Muscular Composto (CMAP)

    Potencial de Ação de Nervo Misto (Sensitivo e Motor)

  • Estímulo

    1. Estímulo

    2. Despolarização da membrana do tecido neural abaixo do catodo, até

    alcançar o limiar de excitabilidade

    3. Geração do potencial de ação que se propaga pelo nervo em ambas as

    direções.

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Eletrodos de estímulo (estimuladores):

    catodo (pólo negativo) e anodo (pólo positivo)

    - +

  • ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Estímulo Potencial de Ação

    Registro

    - + G1 G2

  • Estímulo

    Início do estímulo:

    • Duração de estímulo de 0,1 a 0,2ms.

    • Frequência de estimulação de 1Hz.

    • Aumento gradual da corrente até obtenção do potencial.

    Estímulo pode ser: sublimiar, submáximo, máximo, supramáximo (20 a 30%

    maior que o máximo).

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Eletrodos de estímulo (estimuladores):

    catodo (pólo negativo) e anodo (pólo positivo)

    - +

  • Estímulo

    Estímulo pode ser: sublimiar, submáximo, máximo, supramáximo (20 a 30%

    maior que o máximo).

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Hiperpolarização

    Estílmulo Sublimiar

    Estílmulo Limiar

    Estílmulo Supralimiar:

    • Submáximo

    •Máximo

    •Supramáximo

  • Posicionamento ótimo dos eletrodos:

    Eletrodo G1 – deve ser colocado o mais próximo possível do gerador (nervo

    ou músculo).

    Eletrodo G2 – idealmente deveria ser colocado sobre local com atividade

    elétrica igual a zero. Na prática, deve ser colocado no local com menor

    atividade elétrica que G1.

    Registro:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Fibras do nervo que estão sendo estimuladas:

    Fibras mielinizadas de maior calibre

    têm baixo limiar de estímulo.

    Fibras pouco mielinizadas e não

    mielinizadas têm alto limiar de estímulo.

  • Estímulo Elétrico aplicado no tronco do nervo, captação do

    Potencial de Ação Nervo Sensitivo (SNAP) no tronco do nervo

    Geralmente estímulo em ponto único (distância fixa)

    Filtro de baixa= 20Hz Filtro de alta=2KHz.

    Sensibilidade 10 a 50uV/divisão, varredura 1 a 2ms/divisão.

    Amplitude (uV) e Duração reduzidas

    Estímulo Ortodrômico - sentido distal proximal

    Estímulo Antidrômico – sentido proximal distal

    Condução Nervosa Sensitiva:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Sensitiva - Antidrômica:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Latência

    inicial

    Am

    plitu

    de

    V = ∆S

    ∆T ∆S= distância fixa estímulo-G1

    ∆T= latência

    ∆T Duração Fase negativa

    Duração Total do potencial

    Latência de

    pico

  • Condução Nervosa Sensitiva - Antidrômica:

    1: punho-III distal50uV / 2ms

    2: punho-III proximal50uV / 2ms

    3: III-punho distal20uV / 2ms

    4: III-punho proximal20uV / 2ms

    1: punho-III distal50uV / 2ms

    2: punho-III proximal50uV / 2ms

    3: III-punho distal20uV / 2ms

    4: III-punho proximal20uV / 2ms

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Sensitiva - Ortodrômica:

    1: punho-III distal50uV / 2ms

    2: punho-III proximal50uV / 2ms

    3: III-punho distal20uV / 2ms

    4: III-punho proximal20uV / 2ms

    1: punho-III distal50uV / 2ms

    2: punho-III proximal50uV / 2ms

    3: III-punho distal20uV / 2ms

    4: III-punho proximal20uV / 2ms

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Sensitiva:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Motora:

    Estímulo Elétrico aplicado no tronco do nervo, captação do

    Potencial de Ação Composto do Músculo (CMAP) G1 no ventre

    (ZEP) e G2 no tendão distal

    Estímulo em dois pontos (ou mais)

    Filtro de baixa= 2Hz Filtro de alta=10KHz.

    Sensibilidade 2 a 5mV/divisão, varredura 2 a 5ms/divisão.

    Amplitude (mV) maior e Duração prolongada

    Estímulo Ortodrômico - sentido proximal distal

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Número de pontos necessários para medir a velocidade de condução:

    G1 G2

    ADM + -

    punho

    8 cm

    + -

    cotovelo

    25 cm

    28 m/s (47)

    Lat distal= 2.8ms

    Lat proximal= 7.2ms

    Latência de ativação = 0.1ms

    Latência residual = 1ms

    56 m/s

    45 m/s (54)

    Causas de redução da velocidade distal: Afilamento neural distal maior na ramificação intramuscular, a presença da junção neuromuscular.

    CNM - ulnar

    Condução nervosa motora:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Motora:

    1: punho 10mV / 2ms

    2: cotovelo 10mV / 2ms

    3: axila 10mV / 2ms

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Motora:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Motora:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Motora:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Condução Nervosa Motora:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Ondas F:

    Não é reflexo - é uma resposta motora antidrômica.

    Aferência é a mesma da eferência (motoneurônio alfa).

    É necessário estímulo supramáximo para obter a resposta F.

    Filtro de baixa= 2Hz Filtro de alta=10KHz.

    Sensibilidade 500uV/divisão, varredura 5 a 10ms/divisão.

    Amplitude reduzida, 1 a 3% da onda M.

    Persistência, morfologia e latência variáveis.

    Pode ser testada em qualquer nervo distal.

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Ondas F:

    São necessários de 10 a 20 estímulos para análise.

    Parâmetros:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Latências mínima, média e máxima

    Cronodispersão

    Persistência

    Morfologia

  • Ondas F:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Ondas F:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Cálculo da Velocidade:

    Ondas F:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    ΔS = distância do punho até C7 nos MMSS e

    do tornozelo até L1 nos MMII

    ΔT = (F – M – 1)/2

    Subtrair a latência da onda M

    Subtrair 1 ms (tempo para re-excitação)

    Dividir por 2

  • Reflexo H:

    É resposta reflexa monossináptica.

    Aferência pelo neurônio Ia sensitivo e eferência pelo

    motoneurônio alfa.

    Estímulo sublimiar, desaparece com estímulo elevado.

    Latência constante e mais curta que F.

    Amplitude elevada, geralmente até 50-100% de M.

    Soleus e Gastrocnemius em adultos.

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Reflexo H:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Reflexo H:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Reflexo H:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Reflexo H:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Reflexo H:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Estimulação Repetitiva:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Avaliação da Junção Neuromuscular:

    Registro: G1 no ponto motor, G2 no tendão do músculo.

    Ficar atento aos artefatos de movimento, ao deslocamento do estimulador, etc.

    Esfriamento é causa de falso-negativo (melhora a função da JNM).

    Obs.: Retirar anticolinesterásicos (24h antes? – permissão do neurologista que

    acompanha o paciente).

    Melhor chance nos músculos com fraqueza, e nos músculos proximais (embora

    o estudo nos músculos distais seja tecnicamente melhor).

    Face > pescoço (trapézio) > MMSS > MMII.

  • Estimulação Repetitiva:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Avaliação da Junção Neuromuscular:

    Estimulação supramáxima, início com frequência de 2-3 Hz – 5 a 10 respostas.

    Repetir a estimulação a 2-3 Hz após 2 minutos.

    1. Se decremento em repouso: (maior que 10%) fazer o teste novamente após 10-

    15s de exercício isométrico (facilitação).

    2. Se não for observado decremento em repouso: fazer o teste novamente após

    60s de exercício isométrico ou estimulação tetânica (exautão) – pesquisa de

    decremento.

    3. Repetir a estimulação a 2-3 Hz a cada minuto, por 5-6 minutos.

  • Estimulação Repetitiva:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    PAMC

    Potencial de ação

    da fibra muscular

    Potencial de Placa

    Liberação de ACh

    Normal Miastenia

    Gravis Normal Síndrome

    Miastênica

    Baixa Frequência 2-3 Hz Alta Frequência 50 Hz

    Limiar

  • Estimulação Repetitiva:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Avaliação da Junção Neuromuscular:

    Se PAMC tem amplitude reduzida:

    1. Estimulação após exercício de 10-15 segundos para pesquisa de incremento.

    2. Se paciente não cooperar com o exame: fazer repouso de 5-10 minutos, e em

    seguida fazer estimulação a 20-50Hz para pesquisa de incremento.

  • Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Falta de Habilidade

    Falta de Treinamento Falta de Experiência

    com Instrumentação

  • Condução nervosa sensitiva – variação da distância entre os

    eletrodos de registro:

    Median, R

    SiteOnset

    Latency

    (ms)

    AmplitudePeak Latency

    (ms)

    III dedo 0,5 cm 2.52ms 35.60uV 3.0ms

    III dedo 1 cm 2.52ms 44.10uV 3.0ms

    III dedo 2 cm 2.52ms 68.40uV 3.2ms

    III dedo 3 cm 2.52ms 79.40uV 3.2ms

    III dedo 4 cm 2.52ms 84.90uV 3.2ms

    III dedo 5 cm 2.52ms 88.70uV 3.2ms

    III dedo 6 cm 2.52ms 84.40uV 3.3ms

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Recomendação:

    Condução nervosa sensitiva: Distância fixa G1-G2, observando-se distância

    fixa entre Catodo e G1.

    14 cm G1 G2

    - +

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • CNM - Posicionamento incorreto de G1-G2:

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • APB 4 cm

    FCR 14 cm

    FCR 4 cm

    Median, R

    flex carp rad 4 cm 2.16ms 11.65mV

    flex carp rad 14cm 2.16ms 21.32mV

    abd pol brev 4cm 3.36ms 14.48mV

    SiteLatency

    (ms )Amplitude

    Variação da distância intereletrodos na condução

    nervosa motora é CNS.

    Distância Ideal G1-G2 varia de um músculo para outro.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • CNS: Diferença entre técnicas Antidrômica e Ortodrômica:

    G1 G2

    50uV / cm

    1ms / cm

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    G1 G2

    50uV / cm

    1ms / cm

    Amplitude reduzida – distância maior entre o eletrodo de registro e o nervo.

  • Artefatos de estímulo:

    50uV / cm

    1ms / cm

    20uV / cm

    1ms / cm

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Transpiração em

    excesso

    20uV / cm

    1ms / cm

    20uV / cm

    1ms / cm

    Pasta eletrolítica

    em excesso

  • Artefatos de estímulo:

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Posicionamento

    incorreto do terra

    Estímulo maior

    que o necessário

    20uV / cm

    1ms / cm 20uV / cm

    1ms / cm

    20uV / cm

    1ms / cm 50uV / cm

    1ms / cm

  • Artefatos de estímulo:

    20uV / cm

    1ms / cm

    50uV / cm

    1ms / cm

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Impedância alta da

    interface pele-eletrodo.

  • Soluções propostas para reduzir os artefatos de estímulo:

    Remover o suor da pele entre o estimulador e o eletrodo de registro.

    Evitar o excesso de pasta eletrolítica entre os eletrodos.

    Colocar o eletrodo terra próximo ao eletrodo G1, entre ele e o catodo.

    Evitar estímulo além do necessário para estimulação supramáxima.

    Reduzir a impedância entre a pele e todos os eletrodos.

    Usar catodo de agulha.

    Rotação anodal.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Soluções propostas:

    Artefato de Estímulo: Rotação anodal.

    Considerando amplificação do

    sinal em 10x:

    (10 x 150) – (10 x 100) = 500

    (10 x 11) – (10 x 8) = 30

    G1 G2

    G1 G2

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Rotação anodal:

    + -

    +

    G1 G2

    E

    1

    2

    3 4 5

    1

    2

    3

    4

    5

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Efeitos do Volume Condutor:

    - ativação muscular direta.

    Nasalis G1 no ponto motor

    Orbicularis oculi G1 fora do ponto motor

    Orbicularis oculi c/ ativação do masseter

    Orbicularis oculi G1 no ponto motor

    Orbicularis ori G1 no ponto motor

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Efeitos do distanciamento entre o estimulador e o nervo:

    (anatomia, etc)

    Ex.: Diagnóstico falso-positivo de

    bloqueio de condução do nervo ulnar

    no antebraço proximal. 30 mA

    75 mA

    75 mA

    30 mA 75 mA 75 mA

    150mm 2.18ms 68.8m/sacima cotovelo 7.68ms 17.79mV abaixo cotovelo - acima cotovelo

    150mm 2.70ms 55.6m/sabaixo cotovelo 5.50ms 10.02mV punho - abaixo cotovelo

    2.80mspunho 2.8ms 17.98mV punho

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Soluções propostas:

    Efeitos do volume condutor na zona de despolarização:

    Evitar estímulos com intensidade de corrente ou duração excessivas.

    Estimular os nervos próximos (que não deveriam estar sendo estimulados) com

    a montagem dos eletrodos de registro no local original, e comparar a morfologia

    das ondas.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Problema:

    Posicionamento inadequado do estimulador na CNS e na CNM.

    A inversão do catodo / anodo distancia o catodo do G1, desta forma

    ocasionando um aumento na latência.

    + - + -

    + - + -

    Latência distal

    Velocidade

    Latência proximal

    Velocidade

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Marcação da latência inicial x sensibilidade:

    O mesmo potencial obtido com diferentes sensibilidades apresenta latências

    de início diferentes.

    Solução:

    Realizar a comparação de potenciais com latências marcadas sempre com

    a mesma sensibilidade.

    10uV/cm

    1ms/cm

    20uV/cm

    1ms/cm

    50uV/cm

    1ms/cm

    100uV/cm

    1ms/cm

    Lat 2,58ms Lat 2,59ms Lat 2,61ms Lat 2,63ms

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Aumento da sensibilidade x ruído:

    A amplificação de um potencial com amplitude muito reduzida também

    amplifica o “ruído” do equipamento.

    Solução:

    Realizar a

    promediação do

    sinal.

    1 estímulo

    3 estímulos

    5 estímulos

    10 estímulos 10uV/cm

    2ms/cm n. Digital próprio n. Fibular superficial

    10uV/cm

    2ms/cm

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Programação do aparelho:

    O aumento do filtro de baixa diminui a amplitude do SNAP e do CMAP.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Programação do aparelho:

    A redução do filtro de alta aumenta a latência de início do SNAP e do

    CMAP; amplitude do SNAP.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Problema: Variabilidade da amplitude na estimulação proximal x distal.

    1: punho-III distal50uV / 2ms

    2: punho-III proximal50uV / 2ms

    3: III-punho distal20uV / 2ms

    4: III-punho proximal20uV / 2ms

    1: punho-III distal50uV / 2ms

    2: punho-III proximal50uV / 2ms

    3: III-punho distal20uV / 2ms

    4: III-punho proximal20uV / 2ms

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Problema: Variabilidade da amplitude na estimulação proximal x distal.

    1: punho 10mV / 2ms

    2: cotovelo 10mV / 2ms

    3: axila 10mV / 2ms

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Respostas

    individuais

    Respostas

    somadas

    Estim. distal

    Estim. proximal

    Potencial de Ação Sensitivo

  • Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Respostas

    individuais

    Respostas

    somadas Estim. distal

    Estim. proximal

    Potencial de Ação Motor

  • Atenção:

    amplitude do CMAP proximal não deve exceder 20 a 25% do CMAP

    distal (nervo tibial – 40%)

    Diferença da amplitude do CMAP contralateral deve ser menor que 50%

    Diferença de amplitude do CMAP > 50% quase sempre é patológica (lado a

    lado ou distal/proximal do mesmo nervo)

    Diferença da amplitude do SNAP contralateral obedece o acima disposto

    desde que as distâncias catodo-G1 sejam iguais.

    A diminuição da amplitude do SNAP proximal no mesmo nervo é mais

    intensa que a do CMAP.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Distância entre estímulos:

    Quanto menor a distância entre os estímulos, maior a imprecisão da medida.

    Estudo: 10 neurofisiologistas - latência = 0,13ms e medida = 0,235cm (10% erro)

    Ex 1: 20cm entre os estímulos - 2 desvios padrão = 0,47cm

    4ms de diferença de latência - 2 desvios padrão = 0,26ms

    NCV= (20cm – 0,47cm) : (4,0ms + 0,26ms) = 46m/s

    NCV= (20cm + 0,47cm) : (4,0ms - 0,26ms) = 55m/s

    Ex 2: 10cm entre os estímulos - 2 desvios padrão = 0,47cm

    2ms de diferença de latência - 2 desvios padrão = 0,26ms

    NCV= (10cm – 0,47cm) : (2,0ms + 0,26ms) = 42m/s

    NCV= (10cm + 0,47cm) : (2,0ms - 0,26ms) = 60m/s

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Diminuição da temperatura:

    Fator fisiológico que mais interfere na condução nervosa.

    Amplitude do SNAP mais suscetível que do CMAP

    Latência distal motora aumenta 0.2ms a cada de 1oC

    Resfriamento pode ser focal ou generalizado.

    Cada de 1oC acarreta:

    Mediano: VCNM 2.4m/s

    Ulnar: VCNM 2.4m/s

    Fibular: VCNM 1.8m/s

    Tibial: VCNM 1.1m/s

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Anastomose de Martin-Gruber:

    Comunicação entre o ramo interósseo anterior do nervo mediano e o nervo

    ulnar no terço médio do antebraço.

    Median, L

    punho 3.54ms 11.78mV

    cotovelo 7.62ms 13.52mV

    Ulnar, L

    punho 2.86ms 13.33mV

    acima cotovelo 7.58ms 12.12mV

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Anastomose de Martin-Gruber:

    plexo braço antebraço ME mão

    Hipotenar

    Tenar Mediano

    Tenar Ulnar

    Anastomose de

    Martin Gruber

    ulnar m

    ediano

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Anastomose de Martin-Gruber:

    Na síndrome do túnel do carpo: VCNM não é confiável.

    Median, L

    cotovelo 11,12ms 7,16mV

    punho 6,8ms 8,33mV

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

    Median, L

    punho 3.54ms 11.78mV

    cotovelo 7.62ms 13.52mV

  • Fibular Profundo Acessório:

    5mV/cm

    5ms/cm Ramo do nervo fibular superficial que passa

    posteriormente ao maléolo lateral para

    inervar uma parte do EDB. Presente em 15 a

    28% dos estudos de condução.

    Potencial proximal maior que o distal.

    Solução: estímulo posterior ao maléolo

    lateral.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Adultos:

    Considera-se velocidade = 1 m/s por década (da 3a a 8a décadas).

    Idosos – mais difícil obtenção do SNAP do n.sural e CMAP do n. fibular.

    Crianças:

    Recém-nascidos têm velocidade de condução nervosa de cerca de 50% da velocidade do adulto.

    Atinge parâmetros de adultos aos 3-5 anos de idade.

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Obrigada!

    Falhas no Estudo de Condução Nervosa:

    ESTUDOS DE CONDUÇÃO NERVOSA

  • Agradecimentos:

    ELETROMED – Representante Nihon Kohden no Brasil por

    ceder os direitos de imagem do software NeuroNavi.

    Contato:

    [email protected]

    (19) 3237-5795

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