conduÇÃo da seiva

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CONDUÇÃO DA SEIVA UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Alunas: Izabela Bitencourt Lorena Peçanha Fisiologia Vegetal Sônia Pantoja

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

CONDUO DA SEIVA

Alunas: Izabela Bitencourt Lorena Peanha Fisiologia Vegetal Snia Pantoja

INTRODUOA conquista das plantas no ambiente terrestre tornou possvel porque desenvolveram: Um sistema de distribuio interna de gua e nutrientes;

Desenvolvimento de um sistema de absoro da gua do solo; E de um sistema de revestimento para evitar a perda excessiva de gua. A distribuio de gua e nutrientes feita atravs do sistema vascular, constitudo por dois tipos de tecidos: o xilema que conduz gua e nutrientes inorgnicos e o floema que conduz os nutrientes orgnicos supridos pela fotossntese. Diferenciaram-se em duas pores diferentes no corpo da planta: uma area fotossintetizante e autotrfica e uma subterrnea no fotossintetizante e heterotrfica, capaz de sobreviver devido ao suprimento de acares pela parte autotrfica.

TRANSPORTE NO XILEMA A funo primria do xilema o transporte de gua e solutos inorgnicos dissolvidos (seiva bruta). O transporte caracteriza-se por ser ascendente, desde as razes at as partes areas da planta. O xilema aparece em caules, razes, folhas, partes florais, frutos, etc. Ocupa uma posio interna no eixo caulinar e ventral (adaxial) nas folhas e nos rgos de natureza foliar. Na raiz principalmente de dicotiledneas, bem como nas suas ramificaes, quando em crescimento primrio, o xilema forma um cordo ou uma faixa contnua, ocupando a parte central. J na raiz em crescimento secundrio no eixo caulinar, mas na maioria dos casos, o xilema localiza-se internamente ao floema. um tecido muito utilizado na identificao de plantas, especialmente as que tm hbito arbreo, devido ao xilema secundrio. o xilema constitudo por diferentes tipos de clulas vivas e mortas:

O xilema constitudo por diferentes tipos de clulas vivas e mortas:

Fibras xilemticas: alongadas, com paredes celulares espessas, possuindo a sustentao como funo principal. Clulas parenquimticas: contm reservas e permitem a translocao lateral de solutos. Elementos traqueais: traquedeos e elementos de vaso so clulas mortas, com paredes celulares espessas, que possuem como funo principal o transporte.

O xilema se forma no procmbio no corpo primrio da planta (proto e metaxilema). Quando ocorre crescimento secundrio em espessura o cmbio forma o xilema, que ento denominado xilema secundrio. O tecido vascular secundrio se organiza num sistema axial (longitudinal ou vertical) e o radial (transversal ou horizontal). Os raios formados so contnuos atravs do cmbio vascular, indo desde o xilema secundrio at o floema secundrio. O cmbio produz clulas derivadas, sendo as que ficam internas a eles diferenciase em clulas de xilema secundrio, enquanto que as que ficam situadas externamente, diferenciam-se em clulas de floema secundrio.

O xilema secundrio (ou lenho secundrio) do caule de espcies arbreas recebe a denominao de madeira e tem grande aproveitamento econmico, sendo usada em construo civil, aplicaes externas, mobilirio, embalagens, etc.

Ascenso da gua e nutrientes inorgnicos

A ascenso da gua e dos solutos atravs do xilema um processo que requer uma fora motriz bastante elevada. Quanto mais alta for a planta, maior dever ser a fora que permite a chegada da soluo xilemtica at o pice caulinar. Na tentativa de esclarecer qual o mecanismo envolvido nesse transporte, seja em uma planta herbcea de poucos centmetros ou em um eucalipto de 130 m foram elaboradas trs teorias: a teoria da presso de raiz, da capilaridade e da coeso e tenso.

TEORIA DA PRESSO DE RAIZ Caracterizada pelo desenvolvimento de uma presso positiva no xilema, na regio das razes, que serve para impulsionar a soluo xilemtica para cima. O desenvolvimento dessa presso se d pela deposio ativa de solutos absorvidos pela raiz nos vasos do xilema que ocasiona um potencial hdrico muito negativo, havendo grande entrada de gua nesses vasos. Como o retorno da gua dificultado pela presena da endoderme, esta acumulase nos vasos xilemticos, gerando a presso positiva que impulsiona a soluo. No entanto, a contribuio dessa presso hidrosttica para a ascenso da soluo xilemtica vlida apenas para plantas de pequeno porte (herbceas), sendo praticamente nula para plantas maiores. Alm disso, essa presso no foi detectada em todas as plantas estudadas e s se manifesta em condies especiais. Em plantas que esto transpirando normalmente, o xilema encontra-se sob tenso, ou seja, sob presso negativa. Tais consideraes descartam a teoria da presso da raiz como sendo um mecanismo para explicar o transporte no xilema.

TEORIA DA CAPILARIDADE A teoria da capilaridade fundamentada nas foras de adeso e coeso das molculas de gua e pela fora da gravidade. Para entender, basta imaginarmos um tubo capilar sendo colocado dentro de um recipiente com gua. As molculas de gua so atradas e se aderem s paredes do tubo. Elas continuam a subir pelo tubo graas a essa adeso e, devido coeso, a coluna de gua preenche todo o lmen do capilar. A coluna de gua continuar ascendendo at que ocorra um equilbrio de foras, promovido pela ao da gravidade.

A capilaridade depende, do dimetro do tubo (ou do vaso xilemtico). Quanto menor o dimetro, maiores alturas so alcanadas pela coluna de gua. No entanto, o menor dimetro apresentado pelos vasos do xilema permite uma ascenso de apenas 75 cm aproximadamente. Portanto, a teoria da capilaridade tambm no pode ser aceita como um mecanismo geral para explicar o transporte no xilema.

TEORIA DA COESO E TENSOEssa teoria atribuda H. H. Dixon (1914) e a mais aceita como modelo universal de transporte no xilema. Ela regida por um gradiente de potencial hdrico (entre a atmosfera, a planta e o solo), pelas propriedades de coeso e adeso das molculas de gua e pela fora de tenso nos vasos xilemticos. O ar que circunda as folhas possui, normalmente, menos gua que as prprias folhas. Ou seja, o potencial hdrico menos na atmosfera que nas folhas. Assim, a planta perde gua das folhas para o ar durante a transpirao. A gua perdida pelas clulas do mesofilo cria um gradiente de potencial hdrico que se propaga ao longo de toda a folha, atingindo as clulas do xilema. Como consequncia, os vasos xilemticos so submetidos a uma forte tenso (presso negativa ) e sua gua , literalmente, puxada para cima. Como o potencial hdrico do xilema, na regio das razes, menor que o do solo, a gua est sendo continuamente absorvida pela planta. Devido coeso e adeso, a coluna de gua do xilema no interrompida, evitando a formao de bolhas de ar, cujos efeitos seriam danosos.

TRANSPORTE NO FLOEMAO Floema o tecido responsvel pela translocao de nutrientes orgnicos produzidos pela fotossntese para todas as partes do vegetal. um tecido formado basicamente por clulas condutoras, parenquimticas e esclernquima. Alm de transportar as substncias da parte autotrfica para a heterotrfica, o floema controla qual parte da planta deveria crescer mais rapidamente, no s em funo da poca do ano, mas tambm do tipo de estrutura a receber nutrientes. Meristema

Primrdio foliar Tecido de reserva O Floema pode transportar uma grande quantidade de material muito rapidamente, e essa velocidade de translocao varia de 10 a 100com/h, podendo chegar a 300 com/h .

O transporte do Floema ocorre da seguinte forma: No corpo primrio da planta o floema origina-se por diferenciao do pro cmbio, logo, o floema que se forma do pro cmbio o floema primrio (proto e metafloema). Quando ocorre o crescimento secundrio o floema forma-se a partir do cmbio, chamado de floema secundrio. O tecido vascular secundrio se organiza num sistema axial (longitudinal ou vertical) e

outro radial (transversal ou horizontal).

O Floema aparece em caules, razes, folhas, partes florais, etc. Comumente, o floema ocupa uma posio relativamente externa ao eixo caulinar e dorsal (inferior e abaxial) nas folhas e nos rgos de natureza foliar.

TRANSPORTE

DOS

FOTOASSIMILADOS

Os fotoassimilados e outros compostos orgnicos (como os hormnios) so transportados atravs dos vasos do floema. As primeiras evidncias indicando o papel do floema nesse transporte vieram das observaes feitas em rvores aneladas. Em seguida foi a vez dos Anfdios darem sua contribuio nos estudos. Quando esses insetos introduzem seus aparelhos bucais em caules e folhas, eles atingem os vasos do floema. A presso rgida sobre os vasos, fora a entrada da seiva no trato intestinal do Anfdio, que sai atravs de sua extremidade posterior em forma de gotculas. Tal modelo permitiu elucidar grande parte da composio da soluo floemtica, que so:

Protenas Aminocidos cidos orgnicos Hormnios Nesse caso, h o predomnio dos aucares em forma de sacarose, que mostra que a seiva transportada sob presso positiva, retirando todo o corpo do Anfdio de forma a manter somente o aparelho bucal inserido, pode-se observar que a seiva permanece por muito tempo.

HIPTESE DO FLUXO DE MASSA a hiptese mais aceita por Mnch (1930), e esse mecanismo baseia-se na transferncia de massa de soluto da fonte para o dreno, seguindo um gradiente de presso hidrosttica (presso positiva).

Os fotoassimilados gerados na fonte (sacarose), so depositados nos vasos do floema que esto nas proximidades. A presena abundante de soluto promove o abaixamento do potencial hdrico nesses vasos floemtico. Assim, gerada uma presso hidrosttica capaz de impulsionar os assimilados atravs do floema, no sentido fonte dreno. Na regio do dreno os fotoassimilados so descarregados do floema, promovendo um aumento do potencial hdrico nos vasos e a sada de gua em direo ao xilema adjacente. A presso hidrosttica diminui nos vasos do floema devido sada da gua. Portanto, gradientes indiretamente proporcionais de potencial hdrico e presso hidrosttica so mantidos ao longo do floema, permitindo o movimento dos solutos presentes.

HIPTESES Ocorre alterao na colorao das ptalas, assumindo tonalidade de acordo com a cor do pigmento utilizado; possvel deduzir que no interior do caule existem sistemas de transporte de substncias (vasos condutores de seiva), que favorecem a ascenso da soluo de gua e do pigmento utilizado, at onde se encontra a flor.

MATERIAL E MTODOSMaterial: Corante ou pigmento; Copo transparente; Flor branca;

Tesoura; Colher. Metodologia: Encher o recipiente com gua, colocando em seguida toda a quantidade de pigmento. Efetuar um corte transversal no cabo da planta (roseira), colocando o talo em contato com a soluo durante 30 minutos. Aps este tempo, observar a colorao das ptalas (corola), da flor.

CONCLUSO A gua e os nutrientes inorgnicos absorvidos pela raiz deslocam-se ascendentemente pelo xilema. Parte dessa soluo migra lateralmente para os tecidos do sistema radicular e caulinar, enquanto o restante enviado para os demais rgos do vegetal. Nas folhas, uma parcela da soluo xilemtica transferida para o floema a fim de ser exportada para os rgos em crescimento. Tanto a gua como os solutos que alcanam a raiz via floema podem ser transferidos para o xilema, tornando a circular pela planta. Enquanto isso, os produtos derivados da fotossntese, realizada primorda nas folhas maduras, so exportados para todas as regies do organismo vegetal atravs do floema. Dessa forma, a planta possui um sistema vascular organizado que permite a circulao eficiente de compostos ao longo de todos os seus rgos e tecidos.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal 6 Ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2001.

OBRIGADO!