stÊnio karol lima de oliveira viabilidade e

66
i STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E ARMAZENAMENTO DE GRÃOS DE PÓLEN DE CULTIVARES DE MELOEIRO (Cucumis melo L.). Dissertação apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Agronomia: Fitotecnia. ORIENTADOR: Prof. Dr. Jeferson Luiz Dallabona Dombroski MOSSORÓ-RN 2009

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Page 1: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

i

STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA

VIABILIDADE E ARMAZENAMENTO DE GRÃOS DE PÓLEN DE

CULTIVARES DE MELOEIRO (Cucumis melo L.).

Dissertação apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Agronomia: Fitotecnia.

ORIENTADOR:

Prof. Dr. Jeferson Luiz Dallabona Dombroski

MOSSORÓ-RN 2009

Page 2: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

ii

O48v Oliveira, Stênio Karol Lima de Viabilidade e armazenamento de grãos de pólen de cultivares

de meloeiro (Cucumis melo L.) / Stênio Karol Lima de Oliveira. -- Mossoró, 2009.

66f.: il.

Dissertação (Mestrado em Fitotecnia, Área de concentração Cultura de tecidos) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de Pós-Graduação Orientador: Profª. D. Sc. Jeferson Luiz Dallabona Dombroski. 1.Cucumis melo L. 2.Grãos de pólen. 3.Germinação. 4.Armazenamento.. I.Título.

CDD: 635.611 Bibliotecária: Keina Cristina Santos Sousa e Silva

CRB15 120

Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA

Page 3: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

iii

AVALIAÇÃO IN VITRO DA GERMINAÇÃO, VIABILIDADE E CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS DE PÓLEN DE CULTIVARES DE

MELÃO (Cucumis melo L.).

Dissertação apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Agronomia: Fitotecnia.

Aprovada em: 25/02/2009

___________________________________

Prof., Dr., Jeferson Luiz Dallabona Dombroski Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

(Orientador)

___________________________________

Prof., Dr., Glauber Henrique de Sousa Nunes Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

(Co-orientador)

__________________________________ Prof., Dr., José Torres Filho

Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) (Conselheiro)

Mossoró-RN 2009

Page 4: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

iv

Aos meus pais, Margarete Maria de Oliveira

Lima e Antônio Lima Filho, pelo amor, carinho,

compreensão, apoio, simplicidade, e a quem

devo tudo o que sou.

Dedico

Aos meus irmãos, Sara Kadydja Lima de

Oliveira, João Paulo Lima de Oliveira e

Micael de Sousa Praxedes por sempre

acreditarem e se orgulharem de mim.

Ofereço

Page 5: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

v

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, meu Senhor e Salvador, pela força necessária que

me dá para seguir em frente, transpondo todas as barreiras em minha vida;

À Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), pela oportunidade

concedida para a realização deste curso de Pós-Graduação;

À CAPES pela concessão da bolsa de pesquisa;

Ao professor orientador, Dr. Jeferson Luiz Dallabona Dombroski pela

orientação, oportunidades, ensinamentos, paciência, profissionalismo, competência e

apoio.

Ao professor Glauber Henrique de Sousa Nunes pelas sugestões, apoio e

amizade.

Ao meu companheiro de trabalho, Micael de Sousa Praxedes, pela parceria,

determinação, apoio e fiel ajuda na condução deste trabalho.

Aos professores: Francisco Bezerra Neto, Leilson Costa Grangeiro, Maria

Zuleide de Negreiros, Glauber Henrique de Sousa Nunes, Jeferson Luiz Dallabona

Dombroski e Cristiane Elizabeth Costa de Macêdo pelos conhecimentos transmitidos

ao longo do curso e que foram de auxílio na minha formação profissional.

Aos meus tios: Margarida, Mario, Magnólia, Marta, Fatinha e Aldetônio pelo

carinho, orgulho e por sempre me apoiarem.

As minhas avós: Maria do Socorro e Maria Aldenora, pelo amor, atenção e

cuidado.

Ao meu grande amigo Juviano Junior pela ajuda na coleta dos dados e

contagem dos grãos de pólen, pelo carinho e pela amizade sincera.

Page 6: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

vi

Aos amigos em especial: Carlos Junior, Jully, Ligya, Irmã Antônia, Maria,

Diana Ligia, Tutuga, Érica e Igor pelos momentos de alegria, compreensão e amizade.

Aos amigos do curso de Pós-Graduação: Pascalle, Romenique, Maria

Aparecida, Gleider, Robson e Bráulio pelo convívio agradável, estudos e pela amizade

ao longo do curso.

Ao professor Salvador Barros Torres pela doação das sementes utilizadas no

trabalho.

À Professora Selma Rogéria pela cessão dos corantes usados no projeto;

À minha amiga Damiana Cleuma de Medeiros pelo apoio, carinho e amizade

sincera;

Aos colegas do laboratório de cultura de tecidos (BIOFÁBRICA): Poliana,

Luciana, Rômulo, Rivanildo e Augusto pelo apoio e amizade;

A amiga Tenessee pela ajuda e grande amizade;

Aos funcionários da horta do Departamento de Ciências Vegetais da UFERSA:

Seu Antônio, Zé Carlos e Alderi pela ajuda, conversas e amizade.

E a todos que, de uma forma ou de outra contribuíram para a realização deste

trabalho.

Muito Obrigado!

Page 7: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

vii

BIOGRAFIA

STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA, filho de Margarete Maria de

Oliveira Lima e Antônio Lima Filho, nascido no dia 21 de Maio de 1983 em Mossoró

– Rio Grande do Norte.

Realizou os estudos de ensino fundamental, inicialmente, na Escola Estadual

Cônego Estevão Dantas, concluindo-o, posteriormente, no Centro de Educação

Integrada Professor Eliseu Viana, onde também cursou o ensino médio, concluindo-o

em 2000.

Em Fevereiro de 2001, ingressou no curso de Engenharia Agronômica da

antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró-ESAM, atualmente Universidade

Federal Rural do Semi-Árido-UFERSA, finalizando-o no final de 2005. Enquanto

Aluno de graduação foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq com o projeto:

Cultivo de alface com proteção de agrotêxtil na região de Mossoró – RN.

Em março de 2007, iniciou o curso de Mestrado em Agronomia: Fitotecnia no

Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do Semi-árido-UFERSA,

como bolsista da CAPES.

Page 8: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

viii

RESUMO

OLIVEIRA, Stênio Karol Lima de. Viabilidade e armazenamento de grãos de pólen de cultivares de meloeiro (Cucumis melo L). 2009. 66f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, 2009.

O Nordeste brasileiro é responsável por aproximadamente 95% da produção nacional de melão, destacando-se os estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, com cerca de 55% e 28% da produção brasileira. A busca por maior produtividade e características de qualidade e armazenabilidade estimulam a pesquisa de variedades melhoradas. Um dos fatores que dificulta o trabalho de melhoramento do melão são as baixas taxas de pegamento das polinizações, da ordem de 40% a 50%, sendo necessário conhecimento sobre a biologia floral, e em especial sobre a receptividade do estigma e a viabilidade do grão de pólen, de forma a otimizar e facilitar o procedimento da fecundação manual pelos melhoristas. Este trabalho teve como objetivo estudar a viabilidade e as condições de armazenamento de grãos de pólen de cultivares de meloeiro (Cucumis

melo L.). As flores foram coletadas e levadas ao laboratório, onde as anteras foram retiradas e maceradas com solução de sacarose e colocadas para germinar em meio de cultura composto de 1% de ágar, 10% de sacarose, 800 mg L-1 de nitrato de cálcio (Ca(NO3)2 4H2O) e 200 mg L-1 de ácido bórico (H3BO3), avaliou-se a germinação in

vitro até 8 h, sendo estabelecidos quatro horários de coleta do pólen . Foi feito também um teste de armazenamento sob três condições de temperatura: temperatura ambiente, geladeira e em freezer. Após 2 horas da semeadura os grãos de pólen apresentam germinação máxima. Também foi verificado que o melhor horário para a coleta das flores é no momento da antese. Dentro dos ambientes utilizados para o armazenamento, observou-se que houve uma queda da germinação com o passar do tempo, até 96 horas, e que os grãos colocados em geladeira apresentaram melhor germinação.

Palavras-chaves: Cucumis melo L., grãos de pólen, germinação, armazenamento.

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ix

ABSTRACT

OLIVEIRA, Stênio Karol Lima de. Viability and storage of pollen grains of cultivars of melon (Cucumis melo L.). 2009. 66f. Dissertation (Master in Agriculture: Fitotecnia) - Rural Federal University of the Semi-Arid (UFERSA), Mossoró-RN, 2009. The Northeast is responsible for approximately 95% of national production of melons, especially the states of Rio Grande do Norte and Ceará, with around 55% and 28% of Brazilian production. The search for higher productivities and characterristics of quality and storage capability stimulate the research on improved varieties. One of the factors that troubles the varieties improvement work are the low pollination rates , in order of 40 to 50%, making it necessary to understand the floral biology, in special the stigma receptivity and the pollen viability, in order to optimize and facilitate the process of fertilization by manual breeders. This work had to study the viability and the storage of pollen grains of cultivars of melon (Cucumis melo L.). The flowers were harvested and brought to the laboratory, where the anthers were removed and macerated with a solution of sucrose and set to germinate in a culture media composed of 1% agar, 10% sucrose, 800 mg L-1 calcium nitrate (Ca (NO3)2 4H2O), 200 mg L-1 acid Boric (H3BO3), evaluate the in vitro germination by 8 h, and down four times to collect the pollen. It was also done a test under three storage conditions of temperature: room temperature, refrigerator and freezer. After 2 hours of seeding, the pollen grains have maximum germination. It was found that the best time to collect the flowers are at anthesis. Within the environments used for storage, it was observed that there was a decrease in germination with time, up to 96 hours, and the grains placed in the refrigerator showed better germination. Keywords: Cucumis melo L., pollen grains, germination, storage.

Page 10: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

x

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Resumo da análise de Deviance para o meio de extração de grãos de pólen

e meio de cultura, UFERSA, Mossoró,

2009..........................................................................................................................

36

Tabela 2. Comparação de médias do horário de coleta para as cultivares Mandacaru, Vereda

e Goldex. UFERSA, Mossoró,

2009..........................................................................................................................

46

Tabela 3. Análise de Deviance de 3 cultivares de melão em função do local e do

tempo de armazenamento, UFERSA, Mossoró, 2009.…….......................

48

Tabela 4. Comparação de média do armazenamento em geladeira em função do tempo para

as cultivares Mandacaru, Vereda e Goldex. UFERSA, Mossoró,

2009…………………………………........................................................................

53

Page 11: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

xi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Sequência das etapas de extração dos grãos de pólen: Placa com as flores e a pinça

(A), retirada das sépalas e pétalas (B), retirada da antera (C), pinça com a antera (D),

colocação da antera em tubo de micro-centrifuga (E), pipetagem da solução de sacarose (F),

maceração da antera (G), aplicação da suspensão dos grãos em meio de cultura (H).

UFERSA, Mossoró,

2008........................................................................................................................

30

Figura 2. Campo fotográfico com grãos de pólen marcados por computador, com auxílio do

programa paint para windows, pintados de vermelho (grãos germinados) e de amarelo (não

germinados). UFERSA, Mossoró,

2008........................................................................................................................

31

Figura 3. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Vereda em função do meio de

extração (água ou solução de sacarose a 400 g.L-1) e do meio de cultivo (sólido ou líquido).

UFERSA, Mossoró, 2009........................................................

37

Figura 4. Pólen de melão (Cucumis melo L.). A - extraídos com sacarose e B - extraídos

com água, após incubação sobre meio de cultura. Observar a presença de material celular

extravasado após a extração com água, na figura B. UFERSA, Mossoró,

2009............................................................................................................

38

Figura 5. Pólen de melão (Cucumis melo L). A - sem coloração, B - coloridos com Iodo a

5% e C - coloridos com azul de metileno. UFERSA, Mossoró,

Page 12: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

xii

2008............................................................................................................................. 40

Figura 6. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Mandacaru em função do tempo de

leitura. UFERSA, Mossoró, 2009.………................................................

41

Figura 7. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Mandacaru em função do tempo de

avaliação: A - Com 1 horas após a inoculação, B – 2 horas, C- 3 horas, D – 4 horas, E – 5

horas, F – 6 horas, G – 7 horas e H – 8 horas. UFERSA, Mossoró,

2008.............................................................................................................................

42

Figura 8. Estágios do botão floral de plantas de melão da cultivar Mandacaru desde a sua

emissão até a sua abertura, medido com auxílio de um escalímetro. A - 1° dia, B - 2° dia, C -

3° dia, D - 4° dia, E - 5° dia, F - 6° dia e G - 7° dia. UFERSA, Mossoró, 2008..

44

Figura 9. Porcentagem de germinação em diferentes horários de coleta. Com 24 horas antes

da antese (05 Pré), com 12 horas antes da antese (17 Pré), no momento da antese (05 Pós) e

com 12 horas depois da antese (17 Pós). UFERSA, Mossoró, 2009................

47

Figura 10. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Mandacaru, em função do local e

tempo de armazenamento. UFERSA, Mossoró, 2009…

49

Figura 11. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Vereda, em função do local e

tempo de armazenamento. UFERSA, Mossoró, 2009...................

49

Figura 12. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Goldex, em função do local e

tempo de armazenamento. UFERSA, Mossoró, 2009……………..............

50

Page 13: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

xiii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................

15

2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 17

2.1 Características da cultura …………....................................................... 17

2.2 Aspectos da genética, expressão sexual e fenologia do meloeiro..... 19

2.3 Grãos de Pólen............................................................................................ 21

2.4 Viabilidade................................................................................................... 22

2.5 Germinação in vitro ………………………………………...................... 23

2.6 Armazenamento………………................................................................. 24

3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................ 27

3.1 Local…………………………….................................................................. 27

3.2 Caracterização do material vegetal………………………………....... 27

3.3 Condução das plantas matrizes ……………………………………..... 28

3.4 Coleta das flores e extração do pólen ………………………………... 29

3.5 Avaliação da germinação in vitro.......................................................... 31

1° Ensaio: Meio para extração dos grãos de pólen.................................. 32

2° Ensaio: Teste de meios de cultura........................................................... 32

3° Ensaio: Uso de corantes……………………………………………….... 33

4° Ensaio: Tempo de leitura……………………………............................. 33

5° Ensaio: Identificação da fenologia do desenvolvimento floral......... 33

6° Ensaio: Horário de coleta……………………………............................. 34

7º Ensaio: Armazenamento………………………………............................ 34

Page 14: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

xiv

3.6 Análise estatística............................................................................... 35

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO………………………........................... 36

4.1 Meio para extração dos grãos de pólen e tipos de meios de cultura.......................................................................................................

36

4.2 Uso de corantes…………………....................................................... 39

4.3 Tempo de leitura…............................................................................. 40

4.4 Identificação da fenologia do desenvolvimento floral…................. 43

4.5 Horário de coleta................................................................................ 45

4.6 Armazenamento…………………………......................................... 47

5 CONCLUSÕES……………………..................................................... 54

6 REFERÊNCIAS ...................................……….................................... 55

Page 15: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

15

1 INTRODUÇÃO

O Nordeste brasileiro é responsável por aproximadamente 95% da produção

nacional de melão, destacando-se os estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, com

cerca de 55% e 28% da produção brasileira, respectivamente (FNP, 2006). As

principais áreas produtoras nesses estados localizam-se na região semi-árida e se

concentram nos agropólos Mossoró/Assu e Baixo Jaguaribe (Negreiros et al., 2005).

A necessidade de elevar e diversificar a oferta de melão nos mercados

consumidores tem estimulado as pesquisas com a espécie em diferentes áreas de

conhecimento, no sentido de promover a melhoria de cultivo visando ao aumento da

produtividade (Nunes et al., 2004; Araújo et al., 2003), à conservação da qualidade

pós-colheita das frutas (Arruda et al., 2004; Mendonça et al., 2004a), a adubação e

irrigação na produção e qualidade dos frutos, conforme, cita Costa (1987) e Ferreira et

al. (1982). Entre elas também se destaca o melhoramento genético convencional

visando o aumento de produtividade, e a resistência a doenças.

O melhoramento genético convencional depende basicamente do cruzamento

de indivíduos com características fenotípicas úteis e na seleção dos descendentes

produzidos para fixar as características de interesse (RAMALHO et al. 1993). O

primeiro passo desse processo é o controle da fecundação dos óvulos, evitando que

grãos de pólen indesejáveis toquem o estigma, e procedendo à fecundação manual,

aplicando grãos de pólen de indivíduos selecionados diretamente no estigma dos

indivíduos alvo (DAFNI, 1992). Esse procedimento exige o conhecimento da

biologia reprodutiva, tanto do grão de pólen quanto do conjunto estigma-ovário-óvulo.

Um dos fatores que dificulta o trabalho com melão são as baixas taxas de

pegamento das polinizações, da ordem de 40 a 50%, sendo interessante verificar se isso

ocorre por perda de viabilidade do pólen. Nesse aspecto, é importante que os lotes de

Page 16: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

16

pólen possam ser testados quanto à sua viabilidade por meio de testes rápidos, antes de

executar a polinização. Atualmente não são feitos testes de viabilidade do pólen, e só

se saberá se o pólen é viável se ocorrer o pegamento dos frutos, o que implica em

perda de tempo e de trabalho.

Uma alternativa que vem sendo usada para várias espécies é a utilização de

ensaios de germinação in vitro, em que grãos de pólen são colocados para germinar

sobre um meio de cultura específico e a germinação avaliada sob microscópio após

algumas horas.

Assim, no caso da biologia do pólen, é interessante que algumas questões

sejam respondidas, de forma a otimizar e facilitar o procedimento da fecundação

manual. As principais questões são: É possível verificar a viabilidade e o vigor (VV)

do grão de pólen in vitro? Como o horário de coleta e o estádio de maturação do pólen

afetam a VV? O pólen pode ser armazenado? em quais condições?

Também é interessante a possibilidade que o pólen possa ser armazenado,

ainda que por poucos dias, de forma a facilitar a tarefa de polinização, pela

possibilidade da coleta do pólen ser feita em dias diferentes da polinização, e se for

possível o armazenamento por períodos maiores. Isso facilitaria o intercâmbio de

germoplasma em programas de melhoramento, a coleta de pólen em locais distantes do

local de polinização e mesmo a polinização em períodos diferentes aos da coleta do

pólen.

Para responder a essas questões, foram elaborados uma série de ensaios, que

compõem a presente dissertação.

Diante dessas considerações, o objetivo do presente trabalho foi determinar

se fatores como: horário de coleta, condições e tempo de armazenamento afetam a

viabilidade de grãos de pólen de 3 cultivares de melão (Cucumis melo L.).

Page 17: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

17

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Características da cultura

A espécie Cucumis melo L. pertence à família Cucurbitaceae, que é um dos

grupos de plantas mais diversificados geneticamente no reino vegetal e compreende

cerca de 120 gêneros e mais de 800 espécies (RUBATZKY & YAMAGUCHI, 1997).

As cucurbitáceas são plantas com comportamento predominantemente rastejante,

sendo encontradas em regiões tropicais e subtropicais de todo o globo.

O meloeiro é uma planta perene na natureza, sendo explorada como planta

anual. Possui um sistema radicular superficial e praticamente sem raízes adventícias,

tendo baixa capacidade de regeneração quando danificado, com caule herbáceo de

crescimento rasteiro ou prostrado provido de nós com gemas, sendo que dessas gemas

desenvolvem-se gavinhas, folhas, novos caules ou ramificações (FONTES &

PUIATTI, 2005). O fruto é classificado como uma baga, com forma, tamanho e

coloração variáveis, contendo de 200 a 600 sementes na cavidade central (PEDROSA,

1997) e a parte comestível é derivada do pericarpo (PRATT, 1971).

Como em outras espécies, a variabilidade genética no melão é muito grande e

os pesquisadores têm tentado classificá-lo em diversas variedades botânicas. A

diversificação ocorre nos aspectos relacionados à sensibilidade ao frio, capacidade de

conservação, aparência do fruto externa e interna, bem como a forma – esférica,

elíptica e ovóide; tamanho do fruto e estrutura da casca – lisa e reticulada. A coloração

da polpa pode variar desde alaranjado até o branco. As diferentes cultivares de melão

apresentam comportamento de maturação variados, diferindo em características como

cor externa, cor de polpa, firmeza, conteúdo de sólidos solúveis, flavor, aroma e

mecanismos de produção de etileno (GONÇALVES et al.; 1996).

Page 18: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

18

Apesar dessa diversidade, segundo Menezes et al., (2000), apenas dois

grupos têm maior importância econômica: Cucumis melo var. inodorus Naud. e

Cucumis melo var. cantaloupensis Naud. O primeiro deles compreende cultivares

adaptadas a climas secos e quentes, cujos frutos possuem casca lisa ou com estrias, de

maturação tardia e boa capacidade de conservação pós-colheita. Os frutos são

esféricos, amarelos ou verdes, com polpa esbranquiçada. O segundo grupo inclui os

melões anteriorrmente classificados como das variedades C. melo reticulatus e C. melo

cantaloupensis. São melões muito aromáticos, mais doces que os inodorus, porém de

baixa conservação pós-colheita. Os frutos são de tamanho médio, com superfície

reticulada, verrugosa ou escamosa, podendo apresentar gomos (costelas), e têm polpa

de coloração alaranjada ou salmão, às vezes, verde.

O melão é uma cultura bastante antiga, e acredita-se que tenha se originado

na África Tropical, difundindo-se dessa região para a Índia e Ásia (WHITAKER;

DAVIS, 1962; SEYMOUR & McGLASSON, 1993; Mallick e Massui; 1986). No

Brasil a cultura é conhecida desde o século XVI quando foram trazidos provavelmente,

pelos escravos. Os imigrantes europeus fizeram outra introdução durante o século XIX

devido à expansão da cultura nas regiões Sul e Sudeste, chegando por volta dos anos

60 ao Nordeste (AGRIANUAL, 2004).

O meloeiro requer clima quente e umidade relativa baixa para o seu

desenvolvimento, pois do contrario tem baixa produção e frutos de qualidade inferior.

Exige temperaturas variando de 28°C a 32°C para a germinação das sementes, e 25°C

a 35°C para o desenvolvimento vegetativo (PEDROSA, 1997). A temperatura também

tem papel fundamental no processo de florescimento. Nesse sentido, temperaturas

elevadas, acima de 35°C, estimulam a formação de flores masculinas, que também

sofrem influência de outros fatores ambientais como: água, luz e nutrientes,

principalmente o nitrogênio (PEDROSA, 1997). Os insetos polinizadores desenvolvem

sua atividade mais intensamente em temperaturas de 21°C a 39°C, sendo considerada

Page 19: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

19

ideal, a faixa de 28°C a 30°C (PEDROSA, 1997). As temperaturas excessivamente

altas (acima de 33°C a 40°C) prejudica a polinização das flores, provocando a queda

dessas e de frutos novos (FONTES & PUIATTI, 2005).

Quando comparado a outras culturas, o melão cultivado no Nordeste tem o

ciclo muito curto. O intervalo entre o plantio e a colheita é, em média, de 60 a 65 dias,

enquanto que na Espanha, um dos principais concorrentes do Brasil, o ciclo dura entre

120 e 140 dias (FILGUEIRAS et al.; 2000).

2.2 Aspectos da genética, expressão sexual e fenologia do meloeiro

A espécie Cucumis melo L. é diplóide (2n=2x = 24 cromossomos) e

compreende duas subespécies de acordo com a pilosidade do ovário: C. melo ssp melo,

com ovário piloso, e C. melo ssp agrestis, com ovário ceroso. O meloeiro está

distribuído em todo o mundo e é a espécie que possui a maior variabilidade fenotípica

no gênero Cucumis. A maior parte da variação é observada em seus frutos. O meloeiro

tem frutos com forma que varia de esféricos a extremamente alongados, com peso de

poucas gramas a vários quilogramas, sabor da polpa de amargo a doce, e diferentes

colorações de polpa e casca (STEPANSKY et al., 1999).

Esses tipos de Variedades podem ser cruzados entre si e na verdade existe

uma continuidade entre eles. As diferentes características fenotípicas dos tipos de

melão podem ser combinadas e exploradas nos programas de melhoramento dessa

cultura, propiciando a produção de genótipos superiores. A divisão em tipos auxilia no

processo de classificação e comercialização. Estudos com marcadores moleculares têm

sido realizados com germoplasma de vários países e continentes buscando a melhor

caracterização da grande variabilidade morfológica dessa espécie (STAUB et al.,

2000).

Page 20: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

20

Com relação à expressão do sexo, o meloeiro, assim como a maioria das

cucurbitáceas, pode ter plantas monóicas, andromonóicas, ginomonóicas, ginóicas e

hermafroditas (WHITAKER; DAVIS, 1962). As plantas monóicas têm flores

masculinas e femininas na mesma planta, mas separadas. As plantas andromonóicas

têm flores masculinas e hermafroditas na mesma planta, mas separadas. As plantas

ginomonóicas têm flores femininas e hermafroditas na mesma planta, mas separadas.

As plantas ginóicas possuem apenas flores femininas, enquanto que plantas

hermafroditas possuem flores perfeitas - hermafroditas (ROBINSON et al., 1976). Para

o melhoramento genético, as plantas monóicas e andromonóicas são as mais utilizadas.

O controle genético da determinação do sexo em meloeiro envolve três

genes, andromonoicia (a), ginomonoicia (g) e masculinidade (M), que quando

combinados resultam em diferentes tipos sexuais. Entre os diferentes tipos, a monoicia

(A-GG) e andromonoicia (aaGG) são determinados pelo alelos recessivo e dominante

do loco a combinado com o alelo dominante da ginoicia (G-). O tipo hermafrodita é

homozigoto para os locos a e g, ou seja, o seu genótipo é aagg, enquanto genótipos mm

parecem estabilizar a ginoicia de plantas AAgg (KENINGSBUCH; COHEN, 1990).

O meloeiro apresenta flores estaminadas, pistiladas e/ou perfeitas, de pétalas

amarelas e combinadas de diferentes formas (WHITAKER; DAVIS, 1962). As flores

estaminadas aparecem primeiro, cerca de 7 a 10 dias e em grupos, desenvolvendo-se

nas gemas axilares do caule principal; enquanto que as flores pistililadas ou perfeitas

aparecem nas axilas dos caules secundários e terciários e de forma isolada. O número

de flores estaminadas, é em média, quatro vezes maior que o número de flores

perfeitas, e estas ainda apresentam uma menor variação em quantidade diária (KATO,

1997). Quando se inicia a floração, a abertura das flores se procede nas primeiras horas

da manhã (VALLESPIR, 1997), todavia, verifica-se que algumas plantas continuam a

antese durante todo o dia, até o final da tarde (PEDROSA, 1997). As flores masculinas

e femininas ou hermafroditas localizam-se separadamente na mesma planta, sendo que

Page 21: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

21

o início da floração acontece de 18 a 25 dias após o plantio. Surgem, inicialmente,

apenas as flores masculinas e, após três a cinco dias, inicia-se o aparecimento

simultâneo das flores masculinas e femininas.

2.3 Grãos de Pólen

O grão de pólen, de uma forma geral, é definido como micrósporo maduro

produzido nas anteras ou ainda, como a célula reprodutiva masculina quem contém a

metade do número de cromossomos da espécie, capaz de fertilizar a oosfera, dando

origem ao zigoto. (BORÉM & VIEIRA, 2005). As anteras são expansões dilatadas do

estame, constituídas por duas tecas, cada uma com dois sacos polínicos ou

microsporângios, onde são produzidos os grãos de pólen (MARCOS FILHO, 2005).

O grão de pólen maduro encontra-se rodeado por uma fina camada de celulose,

a intina, e por fora desta há uma outra camada, a exina, composta principalmente de

esporopolina, substância que confere grande resistência ao grão de pólen (BELTRATI,

1994).

Na superfície do grão de pólen podem ocorrer áreas delimitadas em que a

exina encontra-se delgada ou então ausente. Através dessas aberturas emerge o tubo

polínico, no momento da germinação (BELTRATI, 1994).

Com relação ao grão de pólen do meloeiro, ele é extremamente denso e

higroscópico. Quando depositado no estigma da planta, germina em poucos instantes e

pode alcançar o ovário até 24 horas após a germinação (WHITAKER; DAVIS, 1962).

Page 22: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

22

2.4 Viabilidade

O estudo da viabilidade do grão de pólen é de primordial importância em

trabalhos de melhoramento genético, podendo também ser utilizado para diagnosticar

fatores envolvidos na formação de flores e embriões. A relação entre o pólen e o

estigma depende da viabilidade dos grãos, da receptividade do estigma e das alterações

genéticas entre as partes (BUENO & CAVALCANTE, 2001).

Os estudos sobre a viabilidade do pólen possibilitam indicar ao melhorista a

capacidade do material disponível em produzir pólen viável e permitem mostrar a

existência de diferenças intervarietais ou interespecíficas entre os genótipos

empregados no programa de melhoramento. Por meio de dados de viabilidade de

pólen, também é possível obter correlações com anormalidades meióticas, auxiliar na

seleção de matrizes genéticas e fazer inferências sobre os melhores cruzamentos,

tornando-se uma ferramenta útil na condução de experimentos nas áreas agrícola e

biotecnológica (TECHIO, 2002).

A viabilidade dos grãos de pólen pode ser alterada com a variação de umidade

e temperatura do ambiente. Também varia de acordo com a espécie, a exemplo de

algumas gramíneas que podem apresentar viabilidade de minutos ou horas, enquanto

que grãos de pólen de outras espécies podem permanecer viáveis por vários anos se

armazenados adequadamente (BUENO & CAVALCANTE, 2001). Vieira et al. (2002)

verificaram que houve uma redução de 30% da viabilidade do grão de pólen de melão

armazenado por 36 dias a –18ºC.

A viabilidade do pólen pode ser determinada através de um grande número de

técnicas as mais utilizadas são a germinação in vitro e a coloração, muito empregada

no monitoramento de pólen armazenado (OLIVEIRA et al., 2001).

Page 23: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

23

2.5 Germinação in vitro

A germinação in vitro é o método mais utilizado em testes de viabilidade do

pólen em programas de melhoramento genético (MARCELLÁN & CAMADRO,

1996). Existem diferenças entre espécies quanto às condições exigidas para a

germinação do pólen, envolvendo, principalmente, os constituintes do meio de cultura,

a temperatura e o tempo de incubação. Além disso, a viabilidade do pólen também é

influenciada pelo estádio de desenvolvimento da flor, quando da coleta do pólen, e

pelas condições de armazenamento (STANLEY & LINSKENS, 1974).

O teste de germinação visa à avaliação do máximo potencial de viabilidade que

um lote de pólen pode alcançar nas condições ideais de temperatura, umidade e

substrato, num período necessário para essa germinação.

O meio básico usado nestes testes é constituído de sacarose e de ácido bórico

(MIRANDA & CLEMENT, 1990). O pólen das angiospermas precisa de uma fonte de

carbono, de boro e, freqüentemente de outros nutrientes para promover a sua

germinação (GALLETTA, 1983).

A sacarose promove o equilíbrio osmótico entre o pólen e o meio de

germinação, e fornece energia para o desenvolvimento do tubo polínico, já o boro

estimula o crescimento do tubo polínico e diminui a probabilidade de estes se

romperem (STANLEY & LINSKENS, 1974).

Segundo Pfahler (1967), a adição de boro tem importância, e suas respostas

são variáveis conforme a espécie. Seu mecanismo de ação consiste em interagir com o

açúcar e formar um complexo ionizável açúcar-borato, o qual reage mais rapidamente

com as membranas celulares.

O cálcio adicionado ao meio de cultura para germinação de grãos de pólen

propicia características fisiológicas como tubo polínico e grão de pólen com menor

sensibilidade a variações do meio básico, menor permeabilidade do tubo polínico,

Page 24: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

24

crescimento do mesmo com forma linear e aparência rígida (BHOJWANI &

BHATNAGAR, 1974). Há maior permeabilidade da membrana do tubo polínico na

ausência de cálcio, causando a liberação de metabólitos internos para o meio externo

(STANLEY & LINSKENS, 1974).

O método geral consiste em germinar uma pequena amostra em um meio de

cultura apropriado e observar em microscópio, após um determinado período, a

porcentagem de grãos que desenvolvem tubo polínico (GALLETTA, 1983).

Scorza e Sherman (1995) consideram que um bom pólen deve apresentar 50 a

80% de grãos germinados com tubos bem desenvolvidos. À medida que o pólen

envelhece, a porcentagem de germinação e o comprimento dos tubos polínicos

decrescem. Ainda que o pólen pareça fraco, a presença de alguns tubos polínicos

vigorosos indica que o mesmo ainda é suficientemente bom para assegurar, pelo

menos, uma moderada frutificação efetiva, apesar da baixa porcentagem de

germinação.

Para a verificação da germinação do grão de pólen em diversas culturas tem

sido utilizada a aplicação de corantes, tais como o lugol, carmin acético, azul de

anilina, azul de algodão, iodeto de potássio (HAUSER & MARRISON, 1964;

STANLEY & LINSKENS, 1974).

.2.6 Armazenamento

O armazenamento de grãos de pólen é importante para a preservação de

germoplasma, desenvolvimento de pesquisas com pólen, promoção de intercâmbio de

germoplasma e melhoria da eficiência dos programas de melhoramento (HANNA,

1994).

Page 25: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

25

O sucesso da preservação do pólen depende principalmente de fatores como a

temperatura e umidade relativa do ambiente de armazenamento e do grau de umidade

do pólen (LINSKENS, 1964; DEAN, 1965; KHAN et al., 1971). Sendo esse último

fato muito importante, pois quando úmido, pode formar cristais de gelo durante o

armazenamento, inviabilizando os grãos de pólen por danificar seus tecidos. Por outro

lado, quando o grão de pólen está extremamente seco, pode haver uma perda na sua

capacidade de germinação

O teor de umidade do pólen é um dos fatores mais importantes envolvendo o

armazenamento e normalmente encontra-se negativamente relacionado à longevidade

(SOUSA, 1988). O baixo teor de umidade do pólen (8 a 10%), quando armazenado,

propicia boa longevidade, independente do método de armazenamento (SPRAGUE &

JOHNSON, 1977).

O emprego de baixas temperaturas também influencia no armazenamento e

normalmente encontra-se ligado à redução do metabolismo do pólen, o que propicia

maior longevidade. Pode se conseguir redução de temperatura por meio de

refrigeradores e freezers. Entretanto, isso também é possível de forma mais promissora

através da criopreservação utilizando nitrogênio líquido -196º C (na fase líquida), ou a

-150° C (na fase de vapor) (WITHERS, 1984; KARTHA, 1985). Nessa temperatura

ultra baixa, o metabolismo celular do grão de pólen, como a respiração e atividades

enzimáticas pode reduzir-se substancialmente (SNYDER E CLAUSEN, 1974;

MEDEIROS E CAVALLARI, 1992) ou até mesmo ser inativado (BENSON et al.,

1998; CARVALHO E VIDAL, 2003), permitindo, teoricamente, a manutenção de sua

viabilidade por um período indefinido. De modo geral, estruturas de tamanho reduzido

são mais apropriadas para o congelamento, uma vez que a desidratação e o

congelamento ocorrem de forma mais rápida e uniforme (CARVALHO E VIDAL,

2003).

Page 26: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

26

A longevidade do pólen vem sendo estudada em muitas espécies de

importância agronômica, na tentativa de conhecer as melhores condiççoes de estoque

para preservar a viabilidade e habilidade de fertilização do pólen por um longo período

(CASALI et al., 1984; Lacerda et al., 1995).

Page 27: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

27

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local

O trabalho foi conduzido no Laboratório de Cultura de Tecidos (Biofábrica),

da Universidade Federal Rural do Semi-árido – UFERSA, em Mossoró.

O município de Mossoró, situado na micro-região salineira do Rio Grande do

Norte, tem 5º 11’ de latitude Sul, 37º 20’ de longitude a Oeste de Greenwich e 18 m de

altitude. O clima, segundo a classificação de Koppen é ‘BSWh’ (muito seco, com

estação de chuva no verão atrasando-se para o outono) (CARMO FILHO; OLIVEIRA,

1989).

3.2 Caracterização do material vegetal

O pólen utilizado foi extraído de flores retiradas de meloeiros cultivados na

Horta do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-

árido – UFERSA, em Mossoró. Foram utilizados os híbridos: Vereda, Goldex e

Mandacaru, todos do tipo amarelo, pertencentes à variedade Inodorus Naud. Os

híbridos apresentam expressão andromonóica e possuem as seguintes características:

*Híbrido Vereda (Agroflora/Sakata): Híbrido de alta produtividade apresenta plantas

com excelente vigor e ótima cobertura foliar. Resistente ao Oídio raça 1 e ao vírus do

mosaico do mamoeiro estirpe melancia (PRSV-W). Os frutos possuem ótimo sabor e

cavidade pequena e boa conservação pós-colheita, padrão de mercado para exportação.

Início da colheita 60 a 70 dias.

Page 28: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

28

*Híbrido Goldex (Agristar/Topseed): Híbrido de alta produtividade e plantas vigorosas

com tolerância a Fusarium raças 0 e 2 e Oídio. Os frutos apresentam polpa branca com

pequena cavidade interna e casca levemente rugosa com cor amarelo-ouro e peso

médio de 1,4 Kg. Alto brix (12 a 13º), ideal para exportação. Início da colheita de 64 a

70 dias.

*Híbrido Mandacaru (Clause Tézier): Plantas vigorosas, resistentes ao míldio. Os

frutos apresentam formato arredondado, casca vincada, polpa firme com peso médio de

1,5 a 2,3 Kg, excelente pós-colheita e brix. Ciclo médio- início da colheita entre 60 e

65 dias após o plantio.

3.3 Condução das plantas matrizes

O preparo do solo foi realizado com uma aração treze dias antes do plantio.

Posteriormente, com a ajuda de enxadas foram feitos camalhões e colocadas as

mangueiras do sistema de irrigação. A semeadura foi realizada no período de Agosto,

em bandejas de poliestireno expandido com 128 células, preenchidas com substrato

comercial. O transplantio foi feito quatorze dias após a semeadura, no espaçamento de

2,0 m entre linhas e 0,5 m entre plantas, as quais continham 3 linhas com 21 plantas de

cada cultivar separadas. O manejo da adubação foi feito via fertirrigação. A cultura foi

irrigada por gotejamento. O volume de água esteve em torno de 3.000 m3/ha. As

demais práticas culturais foram realizadas conforme a recomendação de manejo para a

cultura no estado (NUNES et al., 2004).

Page 29: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

29

3.4 Coleta das flores e extração do pólen

Para a realização do trabalho foi feita a marcação dos botões florais que se

encontravam na pré-antese de plantas que se apresentavam fenotipicamente saudáveis.

No dia seguinte as flores marcadas eram coletadas em torno de 6:30 h da manhã e

colocadas em placas de petri que foram fechados e levados para o laboratório de

Cultura de Tecidos da UFERSA para a realização dos ensaios. As flores eram

dissecadas, retirando-se as pétalas e as sépalas, e com auxílio de uma pinça as anteras

eram retiradas e, em seguida, colocadas em tubos de micro-centrífuga, onde se

procedia à sua maceração.

A extração do pólen era feita após a adição de 50 µL de água destilada ou

solução saturada de sacarose, utilizando-se uma ponteira de micropipeta e

pressionando-se as anteras delicadamente três ou quatro vezes. A suspensão com os

grãos de pólen era então vertida sobre o meio de cultura, na forma de quatro gotas de

suspensão colocadas nas extremidades de cada placa de Petri, onde, após um período

de tempo pré-determinado se procedia à avaliação da germinação, conforme descrito

na figura 1.

Page 30: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

30

Figura 1. Sequência das etapas de extração do pólen: Placa com as flores e a pinça

(A), retirada das sépalas e pétalas (B), retirada da antera (C), pinça com a antera (D),

colocação da antera em tubo de micro-centrifuga (E), pipetagem da solução de

sacarose (F), maceração da antera (G), aplicação da suspensão do pólen em meio de

cultura (H). UFERSA, Mossoró-RN, 2008.

Page 31: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

31

3.5 Avaliação da germinação in vitro

A avaliação da germinação in vitro foi estudada e otimizada como forma

rápida de determinação da viabilidade do pólen, foi feita a avaliação em microscópio

binocular com aumento de 100X. Foram avaliados o número de grãos de pólen por

campo visual e a porcentagem de grãos de pólen germinados. Em cada gota de

suspensão foram avaliados 4 campos de visão, equivalendo a 4 repetições. Os campos

foram fotografados com auxílio de máquina fotográfica digital compacta sob resolução

de 8 MPixels e a leitura da quantidade de grãos de pólen e de germinação foi feita por

contagem manual em computador, com auxílio de um programa de computador para

exibição de imagens e desenho (Paint ®). Para isso, os grãos germinados e os não-

germinados foram marcados com pontos de cores diferentes, os quais foram contados

para determinar o número total de grãos-de-pólen e a percentagem de grãos

germinados (Figura 2). Foram considerados germinados os grãos cujos tubos polínicos

tivessem ultrapassado o comprimento do diâmetro do próprio grão de pólen (SOUSA,

1988).

Figura 2. Campo fotográfico com grãos de pólen marcados por computador, com

auxílio do programa paint para windows, pintados de vermelho (grãos germinados) e

de amarelo (não germinados). UFERSA, Mossoró-RN, 2008

Page 32: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

32

1° Ensaio: Meio para extração dos grãos de pólen

Foram testados dois meios de extração: água destilada e saturada de sacarore

(400 g.L-1). Em ambos os casos foram utilizados 50 µL do meio de extração, que foram

colocados em um tubo de micro centrífuga com duas anteras. Após a maceração, a

suspensão de grão de pólen foi levada ao microscópio estereoscópico, onde foi

examinada sob aumento de 25,2 vezes para monitorar a ocorrência de danos de

embebição, que eram observados como explosões dos grãos de pólen com perda de

conteúdo celular. Foram feitas 6 repetições para ambos os meios de extração, e

posteriormente colocados para germinar em placas de Petri, em que, após duas horas,

foi avaliado o número total de grãos de pólen e a percentagem de germinação.

2° Ensaio: Teste de meios de cultura

Foram testados 2 meios de cultura, sendo o meio 1, semi-sólido constituído por

10% de sacarose, 1% de agar, 800 mg L-1 de nitrato de cálcio (Ca(NO3)2 4 H2O), 200

mg L-1 de ácido bórico (H3BO3), e o meio 2, líquido, contendo 1g de sacarose, 100 ml

de água, 200 mg L-1 de ácido bórico (H3BO3) e 0,2g de agar. Os meios foram

colocados em placas de Petri (10 mL por placa), que em seguida foram autoclavadas.

Amostras de pólen foram colocadas em ambos os meios, sendo avaliada após duas

horas, em microscópio binocular com aumento de 100X quanto à facilidade de

manipulação e leitura de germinação, a quantidade de grãos de pólen por campo visual

e a percentagem de germinação.

Page 33: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

33

3° Ensaio: Uso de Corantes

Foi feito um teste utilizando dois corantes para parede celular, Lugol a 5% e o

Azul de Metileno. As soluções foram preparadas com as seguintes concentrações: 2 g

de Iodeto de Potássio, 1g de Iodo e 300 ml de água de água destilada para o Lugol e o

preparo do azul de Metileno consistiu da adição de 1,5mL de azul de metileno a uma

solução contendo: 20 mL de Glicerina, 20 mL de Ácido láctico, 40 mL de Lactofenol,

20 mL de água destilada.

Amostras de grãos de pólen foram colocadas para germinar em meio semi-

sólido em placas de Petri e, após duas horas, as áreas contendo as suspensões de pólen

foram adicionadas de uma gota de solução de iodo em cada campo de visualização.

4° Ensaio: Tempo de Leitura

Amostras de pólen da cultivar Vereda, cultivadas em casa-de-vegetação, foram

colocadas para germinar e avaliadas quanto ao número total de grãos de pólen e

percentagem de germinação após 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 horas da inoculação.

5° Ensaio: Identificação da fenologia do desenvolvimento floral

Foi feito um acompanhamento do desenvolvimento das flores do meloeiro,

desde o surgimento do botão floral até a sua abertura. Foi feita a marcação das pontas

dos ramos de 10 plantas aleatórias de cada cultivar utilizada no trabalho, no local de

um botão floral. Diariamente, de manhã, sempre no mesmo horário, o comprimento

dos botões era medido com auxílio de um escalímetro e os botões fotografados.

Page 34: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

34

6° Ensaio: Horário de Coleta

Para a realização do trabalho, os botões florais foram marcados em estádio

balão, eliminando-se aqueles que estavam abertos de acordo com a metodologia de

Pasqual et al. (1982). Foram marcados, de forma aleatória, 60 botões florais das

cultivares Vereda, Mandacaru e Goldex. Foram estabelecidos 4 horários de coleta:1°

7:00 horas da manhã, ainda em estádio balão, 2° 16:00 horas do mesmo dia,

identificados como estando na véspera da antese; 3° em torno de 5:15 horas, em plena

antese, e às 16:00 horas desse dia. Para cada horário estabelecido foram coletados 15

botões florais marcados de cada cultivar. Os botões florais foram transportados para o

laboratório em placas de Petri fechadas onde se procedeu à análise da germinação in

vitro.

7º Ensaio: Armazenamento

As anteras foram coletadas no momento da antese e armazenadas em tubos de

micro-centrífuga numerados, colocados dentro de Becker de plástico sob 3

temperaturas: -10ºC (freezer), 4ºC (refrigerador) e em temperatura ambiente. A análise

da germinação in vitro foi feita após 24, 48, 72 e 96 horas de armazenamento. Os

botões florais foram marcados no dia anterior, na véspera da antese e coletados no dia

seguinte, no momento da antese. Foram coletadas 65 flores de cada cultivar para a

realização deste ensaio.

Page 35: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

35

3.6 Análise estatística

Os ensaios 2, 4, 6 e 7 foram submetidos à estatística paramétrica através da

análise de deviance a 1% de probabilidade pelo método de modelos lineares

generalizados e para comparação de médias o teste Z Kolmogorov-Smirnov a 5% de

probabilidade. As análises foram realizadas para verificar o comportamento dos meios

de extração, horários de coleta e o uso das diferentes técnicas de armazenamento em

função do tempo dentro de cada cultivar estudada, observando os seus efeitos na

viabilidade dos grãos de pólen de melão.

Page 36: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

36

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Meio para extração dos grãos de pólen e tipos de meios de cultura

Verificou-se pelo teste do χ2, através da análise de deviance ao nível de

significância de 1% de probabilidade que houve diferença significativa entre o meio de

extração com sacarose ou com água quanto à viabilidade dos grãos de pólen, não sendo

observadas diferenças significativas quanto ao tipo de meio, sólido ou líquido e para

interação entre ambos os fatores (Tabela 1).

Tabela 1. Resumo da análise de Deviance para o meio de extração de grãos de pólen e

meio de cultura, UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

Fontes de Variação GL χ ²

Extração Meio de Cultura

Ext. x Meio

1 1 1

67,96** 0,16ns 2,57ns

Deviance 2,6272

** nível de significância de 1% de probabilidade, pelo teste do χ ².

A figura 3 mostra que não houve diferença quanto ao meio de extração, onde

os tratamentos que utilizaram sacarose como meio de extração a germinação foi maior

do que 65 % e nos tratamentos onde os grãos foram extraídos em água a porcentagem

de germinação foi inferior a 50 %.

Page 37: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

37

Meio de Extração/Meio de Cultura

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

sacarose/ sólido sacarose/ líquido água/ sólido água/ líquido

Tipos de meio de extração e meio de cultura

Ger

min

ação

(%

)

Figura 3. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Vereda em função do meio de

extração (água ou solução de sacarose a 400 g.L-1) e do meio de cultivo (sólido ou

líquido). UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

A diferença entre a extração do pólen com água ou sacarose pode ser

observada na Figura 4, onde se observa a presença de material celular extravasado (4B)

quando da extração com água.

Page 38: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

38

Figura 4. Pólen de (Cucumis melo L.). A - extraídos com sacarose e B - extraídos com

água, após incubação sobre meio de cultura. Observar a presença de material celular

extravasado após a extração com água, na figura B. UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

Observou que com a extração em água os grãos de pólen rompiam com perda

de conteúdo celular, impossibilitando sua germinação. É possível que isso tenha

ocorrido em função da enorme diferença de potencial hídrico entre o grão de pólen e a

água, e supõe-se que a adição de sacarose à saturação minimiza esse efeito. Na prática,

observou-se melhor manutenção da viabilidade quando da extração em solução

saturada de sacarose. Por isso foi estabelecido o meio de extração com sacarose, o qual

foi usado nos demais experimentos. Estes resultados concordam com os obtidos por

vários autores, que afirmam que a sacarose é um dos componentes necessários para a

germinação de pólen e também exerce a função de equilíbrio osmótico da solução,

além de fornecer energia necessária para o crescimento do tubo polínico (GALLETTA,

1983; MIRANDA & CLEMENT, 1990; STANLEY & LINSKENS, 1974). Várias

pesquisas têm sido conduzidas a fim de estabelecer e padronizar meios de cultura e

condições ambientais para avaliar a viabilidade do pólen em diversas espécies

(SALLES et al., 2006). O meio proposto por (BREWBAKER & KWACK, 1963) foi

desenvolvido para testar pólen de espécies com dificuldades de germinação in vitro,

nos meios convencionais, o qual tem sido empregado, com sucesso, para espécies

agrícolas, ornamentais e florestais, tais como Prunus serotina (FARMER & HALL,

Page 39: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

39

1975), Discorea rotundata (AKORODA, 1984), espécies da família Bignoniaceae

(RATHORE & CHAUHAN, 1985), Narcissus sp. (BOWES, 1990), Zea mays, Pinus

sp. e Picea sp. (CONNOR & TOWILL, 1993).

Os principais componentes do meio de cultura para a germinação de pólen têm

sido as diferentes concentrações de açúcares e distintas concentrações de boro

(MIRANDA & CLEMENT, 1990). Em pólen de citrus, segundo Salles et al (2006) o

melhor resultado foi obtido na concentração de 100 gL-1 de sacarose, proporcionando

as maiores porcentagens de germinação de grãos de pólen para todas as cultivares

testadas (Valência, Pêra e Natal). Kobayashi et al. (1991) utilizaram concentração de

200 gL-1 de sacarose para obter maior germinação de grão de pólen de um híbrido de

Citrus sinensis x Poncirus trifoliata; Diferentes concentrações de glicose foram

testadas na germinação de grãos de pólen de algumas variedades cítricas e os melhores

resultados foram obtidos com 150 g L-1 de glicose, apresentando em média 59% de

germinação (Butt et al., 1993). Derin & Eti (2001) observaram que maiores taxas para

germinação de pólen de romã foram obtidas em meio de cultura contendo 10 gL-1 de

sacarose.

4.2 Uso de corantes

Conforme pode ser verificado na figura 5, observou-se que a aplicação de

ambos os corantes, Azul de Metileno e Iodo, facilitou a avaliação da germinação, mas

que a coloração com iodo proporciona a melhor visualização dos grãos. Com base

nessas observações, as demais avaliações foram feitas após coloração com iodo.

Page 40: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

40

Figura 5. Pólen de (Cucumis melo L). A - sem coloração, B - coloridos com Iodo a 5%

e C - coloridos com azul de metileno. UFERSA, Mossoró-RN, 2008.

4.3 Tempo de leitura

Conforme pode ser observado na figura 6, após uma hora de leitura os grãos de

pólen já haviam atingido a germinação máxima, não havendo aumentos posteriores. A

pequena queda da taxa de germinação no período de quatro horas é devida ao fato de

se tratarem de amostras oriundas de flores diferentes. Nesse período os grãos de pólen

apresentavam tubos polínicos com cerca de quatro vezes o tamanho do grão de pólen

(ver figura 7).

Page 41: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

41

Velocidade de Germinação

0

20

40

60

80

100

120

1 2 3 4 5 6 7 8

Tempo de Leitura (H)

Ger

min

ação

(%

)

Figura 6. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Mandacaru em função do

tempo de leitura. UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

Conforme pode ser observado na figura 7, em períodos posteriores a leitura da

germinação era dificultada por dois fatores, o enorme comprimento do tubo polínico,

que dificultava a identificação dos grãos germinados ou não, e a presença de sujidades,

provavelmente devidas ao crescimento de microrganismos. Por isso, foi estabelecido o

tempo de 2 horas para se proceder à avaliação da germinação in vitro. O tubo polínico,

nesse tempo, apresentava-se em média seis vezes maior que o grão de pólen. Esse

tempo de leitura foi usado nas demais avaliações.

Page 42: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

42

Figura 7. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Mandacaru em função do

tempo de avaliação: A - Com 1 horas após a inoculação, B – 2 horas, C- 3 horas, D – 4

horas, E – 5 horas, F – 6 horas, G – 7 horas e H – 8 horas. UFERSA, Mossoró-RN,

2008.

Page 43: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

43

Foi observado que alguns grãos de pólen apresentavam um intumescimento em

mais de uma das aberturas da exina. Entretanto, na maioria dos grãos de pólen apenas

um tubo polínico foi emitido por grão. Observou-se que após a germinação dos grãos

de pólen, o tubo polínico permanece por algumas horas ligados ao pólen, conforme foi

descrito por Johri et al. (1992). Esta característica pode permitir que estudos de

fertilização in vitro sejam realizados visando obtenção de híbridos elite.

Verificou-se também que em alguns casos o tubo polínico se encontrava solto

no meio de cultura. Segundo Akamine e Girolami (1959) e Salles et al. (2006), tubos

polínicos se rompem devido, entre outros fatores, à alta umidade e à variação da

pressão hidrostática do meio ocasionada pela diferença do potencial osmótico e pela

baixa resistência da parede celular.

Estas elevadas taxas de germinação (acima de 80%) dos grãos de pólen

alcançadas no laboratório podem não corresponder às taxas ocorrentes em condições

naturais, uma vez que as condições são diferentes daquelas in vitro.

4.4 Identificação da fenologia do desenvolvimento floral

Conforme pode ser verificado na figura 8. Os botões florais foram marcados

ainda bem pequenos, com tamanho de cerca de 3,5 milímetros. No segundo dia os

botões se encontravam com cerca de 4,5 mm. Entre o 3° e 4° dias começavam a se

desenvolver a sépalas, e as flores apresentavam tamanho entre 5 e 7 mm. Entre o 5° e

6° dias as pétalas surgiam, e se desenvolviam principalmente em torno do 6° dia,

chamado de período de pré-antese. Nessa época, o tamanho total da flor era de cerca de

13 mm. No 7° dia podia ser observada a antese, permitindo que o período de pré-

floração pudesse ser identificado com segurança, e que as flores pudessem ser

marcadas nesse estádio, de forma a identificar claramente o momento da antese,

Page 44: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

44

considerada por vários autores como o momento de maior viabilidade do grão de

pólen.

Figura 8. Estágios do botão floral de plantas de melão da cultivar Mandacaru desde a

sua emissão até a sua abertura, medido com auxílio de um escalímetro. A - 1° dia, B -

Page 45: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

45

2° dia, C - 3° dia, D - 4° dia, E - 5° dia, F - 6° dia e G - 7° dia. UFERSA, Mossoró-

RN, 2008.

4.5 Horário de coleta

Conforme pode ser visto na figura 9, percebeu-se que ocorreram diferenças

significativas quanto aos horários de coleta, sendo observado que com 24 horas antes

da antese, a germinação em todas as cultivares foi 0 (nula), Com 12 horas antes da

antese o grão de pólen já se encontrava em condições favoráveis à germinação in vitro,

com valores em trorno de 80 % para as cultivares Mandacaru e Goldex, e de 60% para

a cultivar Vereda. Os grãos atingiram os maiores valores de germinação no momento

da antese, acima de 90 % para todas as cultivares, em torno de 5:15 h da manhã. No

final da tarde, aproximadamente 12 horas após a antese, houve um decréscimo da

germinação. Observou-se neste horário uma diferença significativa entre as cultivares

estudadas. Enquanto que a Mandacaru após 12 horas da antese manteve uma

porcentagem de germinação em trorno de 80 %, as demais cairam drasticamente para

menos de 10 %.

A germinação do pólen não ocorre dentro da antera, mas este deve estar pronto

para germinar logo após a deiscência da mesma (LIN, 1984), desde que encontre

condições favoráveis. Em programas de melhoramento genético, é fundamental coletar

o pólen em estádio adequado de maturação, para que o mesmo mantenha a viabilidade

e capacidade de germinar quando for realizada a hibridação.

Foi observado no presente trabalho que a germinação dos grãos de pólen sofre

uma queda com o passar do dia, portanto a polinização nas primeiras horas do dia , em

torno de 5:30 h, deverá ser mais bem sucedida conforme mencionado por Free (1993).

Sendo também esse horário o mais indicado para a coleta de grãos de pólen para o

armazenamento. Pode ser estudada, no entanto, a possibilidade de coleta no final da

Page 46: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

46

tarde, na véspera da antese, como forma de facilitar os trabalhos de fecundação

controlada.

A tabela 2 mostra o resumo da comparação de médias em função do horário de

coleta para as 3 cultivares, com uso da estatística não paramétrica pelo teste Z

Kolmogorov-Smirnov ao nível de 5% de significância. Verificando-se que não existe

diferença entre os horários de coleta no final da tarde, do dia anterior a antese e no

momento da antese para as 3 cultivares estudadas. Evidenciando com isso que o pólen

pode ser coletado até mesmo no dia anterior a antese, no final da tarde sem perda de

viabilidade.

Os demais horários não foram observados pois a porcentagem de germinação

tanto para o horário de 7:00 h da manhã, com a flor na pré antese e para o horário de

17:00 horas, com 12 horas após a antese foram nulos e baixos, respectivamente. Não

sendo interessante a sua coleta para utilização desses grãos de pólen para realização da

fecundação.

Tabela 2. Comparação de médias do horário de coleta para as cultivares Mandacaru,

Vereda e Goldex. UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

Horário de coleta Mandacaru Vereda Goldex

05 Pré 0,34 0 0

17 Pré 83,60 A 60,75 A 84,63 A

05 Pós 92,88 A 91,17 A 93,40 A

17 Pós 84,28 6,57 4,77

Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna não diferem entre si pelo Teste Z

Kolmogorov-Smirnov ao nível de 5% de probabilidade.

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47

0

20

40

60

80

100

120

05 Pré 17 Pré 05 Pós 17 Pós

Horários de Coleta

Ger

min

ação

(%

)

Mandacaru

Vereda

Goldex

Figura 9. Porcentagem de germinação em diferentes horários de coleta. Com

aproximadamente 24 horas antes da antese (05 Pré), com 12 horas antes da antese (17

Pré), no momento da antese (05 Pós) e com 12 horas depois da antese (17 Pós).

UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

4.6 Armazenamento

Pode-se verificar que houve efeito significativo pelo teste do χ ², tanto para os

fatores isolados com também na interação desses fatores (Tabela 3). Esses

resultados confirmam que a porcentagem de germinação é dependente de alguns

fatores, principalmente aqueles relacionados ao armazenamento.

Page 48: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

48

Tabela 3. Análise de Deviance de 3 cultivares de melão em função do local e do tempo

de armazenamento, UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

FV DF χ ² Cult. Loc.

Cult. x Loc. Tem.

Cult. x Tem. Loc. x Tem.

Cult. x Loc. x Tem.

2 2 4 3 6 6

12

78,94** 1972,66** 175,88** 1092,32** 56,79** 275,05** 290,71**

Deviance 5,4010

** nível de significância de 1% de probabilidade, pelo teste do χ ².

Nas figuras 10, 11 e 12 são apresentados os valores de germinação de grãos de

pólen de melão para as cultivares Mandacaru, Vereda e Goldex de acordo com os

diferentes tratamentos de armazenamento nas referidas épocas de avaliações, sendo

comparadas com o pólen fresco. Observando que há uma redução da germinação in

vitro, com o aumento do tempo de conservação para as três cultivares, passando de

uma germinação de mais de 80 % com o pólen fresco para menos de 20 % de

germinação para todos ambientes utilizados ao longo do tempo de conservação.

Page 49: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

49

0

20

40

60

80

100

0 24 48 72 96

Tempo de armazenamento (H)

Germ

inação

(%

)

ambiente

geladeira

freezer

Figura 10. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Mandacaru, em função do

local e tempo de armazenamento. UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

0

20

40

60

80

100

120

0 24 48 72 96

Tempo de armazenamento (H)

Germ

inação

(%

)

ambiente

geladeira

freezer

Figura 11. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Vereda, em função do local e

tempo de armazenamento. UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

Page 50: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

50

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 24 48 72 96

Tempo de armazenamento (H)

Germ

inação

(%

)

ambiente

geladeira

freezer

Figura 12. Germinação de pólen de meloeiro da cultivar Goldex, em função do local e

tempo de armazenamento. UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

.Durante o armazenamento do grão de pólen, ocorrem alterações fisiológicas

que podem provocar a redução da viabilidade do mesmo.

Evidenciou-se que o armazenamento sob temperatura ambiente provocou a

perda rápida da viabilidade conforme pode ser visto nas figuras 10, 11 e 12. Esses

resultados são inferiores aos obtidos por vários autores (GOMEZ et al., 2000;

OLIVEIRA JÚNIOR et al., 1995; VAKNIN & EISIKOWITCH, 2000) que

constataram que a viabilidade de grãos de pólen armazenados em temperatura

ambiente pode ser mantida a curto prazo por no máximo 30 dias. Honda et al. (2002)

constatou que pólen de Delphinium armazenado a 25° C teve diminuição significativa

na taxa de germinação dentro de 10 dias. No caso do melão, observou-se forte perda da

viabilidade já após 24 horas de armazenamento, chegando a menos de 30 % de

germinação à medida em que se aumentava o tempo de conservação.

Page 51: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

51

Verificou-se que o pólen de melão armazenado em refrigerador apresentou

maiores porcentagens de germinação em relação ao pólen armazenado à temperatura

ambiente, embora com um decréscimo de viabilidade em função do tempo de

armazenamento. Estes resultados concordam com vários autores (GOMEZ et al.,

2000) que manteve o pólen de amêndoa armazenado em refrigerador a 4° C por 8

semanas, e (SIREGAR & SWEET, 2000) estudando pólen de pinho também em

refrigerador a 4° C, constataram perda de viabilidade com o aumento do tempo de

conservação. Já Vaknin & Eisikowitch (2000) constataram que pólen de pistache

armazenados em refrigerador a 4° C teve sua viabilidade conservada até uma semana.

No caso do melão, sob refrigeração observou-se perda significativa da viabilidade

mesmo após 24 horas de armazenamento em geladeira, ainda que possa ser

considerado um período viável de armazenamento. Por outro lado, as taxas obtidas às

48 horas para a cultivar Mandacaru não são consideradas adequadas para utilização

desses grãos de pólen em programas de fecundação.

Os grãos de pólen de melão armazenados em freezer apresentaram

porcentagem de germinação inferior aos de geladeira, sendo que esses resultados não

estiveram de acordo com os outros trabalhos realizados, como o de Oliveira et al.

(2001) que observou maior longevidade quando do congelamento a (-10° C) do pólen

de açaizeiro por um período de 1, 3, 6 e 12 meses. O emprego de baixas temperaturas

normalmente encontra-se ligado à redução do metabolismo do pólen, o que propicia

maior longevidade segundo Salles et al (2007), que afirmam também que o pólen de

citrus armazenado em freezer (-10° C) permaneceu viável por um período maior de

tempo, mas ainda assim pôde-se verificar que houve uma redução com o tempo de

conservação. O teor de umidade do pólen é um dos fatores mais importantes

envolvendo o armazenamento e normalmente encontra-se negativamente relacionado à

longevidade (SOUSA, 1988). No caso de pólen de melão, observou-se que já no

período de 24 horas de armazenamento a perda da viabilidade foi significativa e

Page 52: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

52

importante, quando foram observadas taxas de germinação em torno de 25% para todas

as cultivares, indicando que não é interessante congelar esses grãos para se trabalhar

posteriormente em programas de hibridação.

Pereira (2001) armazenou pólen de eucalipto em freezer (- 4°C) por 1, 2 e 3

meses, constatando decréscimo na viabilidade do pólen no decorrer do período de

armazenamento. Enquanto que, Vaknin & Eisikowitch (2000) observaram que pólen

de pistache congelado a (- 20°C) perdeu irreversivelmente sua viabilidade.

Com base nos resultados obtidos, considera-se que, em relação ao tempo de

armazenamento, os grãos de pólen de melão tendem a diminuir a viabilidade à medida

que se aumenta o tempo de armazenamento. Conforme pode ser visto na Figura 10,

observou-se dentro das interações que para a cultivar Mandacaru não houve diferença

ao longo do período de tempo nos ambientes; Nas Figuras 11 e 12, com relação as

cultivares Vereda e Goldex, observou-se que o ambiente geladeira foi melhor, podendo

ser armazenado em um intervalo de 48 até 72 horas. Podendo ser uma alternativa para

os melhoristas colocar os grãos de pólen de melão em refrigerador por até 72 horas

sem perda significativa de viabilidade e vigor.

A tabela 4 mostra os resultados da comparação das médias pelo teste Z

Kolmogorov-Smirnov ao nível de 5% de significância, para os dados de

armazenamento em geladeira em função do tempo de conservação para as 3 cultivares.

Page 53: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

53

Tabela 4. Comparação de média do armazenamento em geladeira em função do tempo

para as cultivares Mandacaru, Vereda e Goldex. UFERSA, Mossoró-RN, 2009.

Tempo de Armaz. Mandacaru Vereda Goldex

0 84,74 A 87,44 A 64,22 A

24 63,35 B 53,31 B 44,16 B

48 23,39 C 54,04 B 49,06 B

72 25,99 C 42,69 B 43,49 B

96 11,04 D 21,24 C 18,74 C

Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna não diferem entre si pelo Teste z

Kolmogorov-Smirnov ao nível de 5% de probabilidade.

Observa-se ainda, pela tabela 4 que não houve diferença de germinação para as

cultivares Vereda e Goldex, no intervalo de 24 a 72 horas de conservação, havendo

diferença somente quanto a cultivar Mandacaru, mostrando uma perda na viabilidade

do pólen já no período de 48 horas.

Esse fato evidencia heterogeneidade entre os cultivares. Por conseguinte, pode-

se ter maior tempo de conservação em função do genitor utilizado como doador de

pólen. No presente trabalho, os híbridos Vereda e Goldex poderiam ter seu pólen

conservador até 72 horas.

Page 54: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

54

5 CONCLUSÕES

- A extração do pólen com sacarose possibilita uma melhor manutenção da viabilidade; - O uso do Iodo a 5%, facilita a visualização e avaliação da germinação in vitro de grãos de pólen de meloeiro; - A leitura da germinação pode ser feita em um período de duas horas após a inoculação; - A viabilidade máxima dos grãos de pólen é o momento da antese; - A viabilidade dos grãos de pólen de melão diminui com o aumento do tempo de armazenamento; - A melhor condição para armazenamento de grãos de pólen de melão é o ambiente de geladeira, para as cultivares Vereda e Goldex por um período máximo de 72 horas;

Page 55: STÊNIO KAROL LIMA DE OLIVEIRA VIABILIDADE E

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