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SSF
Profª. e Enfª. Carla Gomes
Intoxicações Exógenas – Envenenamentos e Acidentes
com Animais Peçonhentos
Venenos são substâncias químicas que podem causar danos ao organismo. Os envenenamentos são na maioria das vezes acidentais, mas resultam também de tentativas de suicídio e homicídio.
Intoxicações Exógenas
Meios ou Vias de Administração de um Veneno
Ingerido: medicamentos, substâncias químicas industriais, derivados de petróleo, agrotóxicos, raticidas, formicidas, plantas, alimentos contaminados (toxinas);
Inalado: gases e poeiras tóxicas – Monóxido de carbono, amônia, agrotóxicos, cola à base de tolueno (cola de sapateiro), acetona, benzina, éter, GLP (gás de cozinha), etc.;
Absorvido : inseticidas, agrotóxicos e outras substâncias químicas que penetram no organismo pela pele ou mucosas;
Injetados: toxinas de diversas fontes, como aranhas, escorpiões, ou drogas injetadas com seringa e agulha.
Sudorese, salivação e lacrimejamento;
Dor de cabeça;
Pulso (lento, rápido ou irregular);
Queimação nos olhos e mucosas;
Dificuldade para engolir;
Queimaduras ou manchas ao redor da boca;
Pele (pálida, “vermelha” ou cianótica);
Sinais e Sintomas mais Comuns
Odores característicos (respiração, roupa, ambiente);
Choque.
Convulsões;
Alterações da consciência;
Vômitos;
Distensão e dor abdominal;
Alterações pupilares (midríase ou miose);
Respiração anormal (rápida, lenta ou com dificuldade);
Sinais e Sintomas mais Comuns
Atendimento à Vítima de Envenenamento
Verificar se o local é seguro;
Procurar identificar a via de administração e o veneno em questão;
Aborde a vítima, identificando-se e faça o exame primário: esteja preparado para intervir com a manobra para liberação de vias aéreas e RCP, se necessário.
Abordagem Inicial
Se o veneno foi ingerido e a vítima estiver consciente, dê-lhe para beber, dois ou três copos de água (ajuda a diluir o veneno). Se a ingestão ocorreu há menos de quatro horas, induza o vômito após a ingestão de água;
NÃO induzir o vômito em casos de ingestão de derivados de petróleo (querosene, gasolina, etc..), de corrosivos, como solda cáustica, e quando a vítima está sonolenta ou comatosa.
Atendimento à Vítima de Envenenamento
Exame secundário e remoção da vítima.
Cuidado Durante o Transporte
Comunique os dados à central;
Administre oxigênio;
Transporte a vítima em decúbito lateral;
Leve para o hospital, qualquer objeto que possa conter amostra do veneno (frasco, roupas, vômito);
Esteja certo de que a vítima é a única intoxicada; no caso de crianças, verificar se estava só ou com outras crianças.
Álcool - mais comum;
Barbitúricos – Gardenal, Luminal, Nembutal;
Sedativos – Dormonid, Rohipnol, Halcion;
Tranquilizantes menores – Valium e Diempax (diazepam), Librium, Lorax, Lexotan etc.
Depressores do Sistema Nervoso Central - Ingestão
Sinais e Sintomas
Sonolência;
Confusão mental;
Agressividade ou estado comatoso;
Pulso lento;
Pressão arterial baixa;
Reflexos diminuídos ou ausentes;
Pele, em geral, pálida e seca;
Pupilas reagindo lentamente a luz.
Cuidados
Fale com a vítima, procure mantê-la acordada;
Reavalie-a com frequência;
Esteja atento a hipoventilações e vômitos (evitar bronco - aspiração).
Estimulantes do SNC
Anfetamina, cafeína e cocaína
Anfetaminas são utilizadas como anorexígenos (inibidor do apetite). As mais comuns são: fenfluramina, femproporex, mazindol;
Sinais e Sintomas
Náusea;
Dor abdominal e diarréia;
Sudorese;
Hipertermia;
Rubor facial;
Arritmias;
Cefaléia;
Tontura;
Midríase;
Tremores;
Rigidez muscular;
Taquipnéia;
Sinais e Sintomas
Nistagmo (movimentos oculares anormais).
Hiper – reflexia;
Convulsões;
Coma;
Taquicardia;
Hipertensão arterial.
Sinais e Sintomas
Acidentes com animais peçonhentos
São animais que possuem glândulas de veneno que se comunicam entre os dentes ocos, ferrões ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente.
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Manifestações sistêmicas: náusea, vômitos, sudorese, hipotermia, hipotensão arterial, choque, hemorragias a distância (epistaxes, sangramento gengival, digestivo, hematúria) e insuficiência renal aguda.
Gênero Bothrops : jararaca, urutu, coatira, jararacuçu, etc.
Ofídios (Serpente)
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Gênero Crotalus: grupo das cascavéis.
Manifestações sistêmicas: cefaléia, náusea, prostração, sonolência, diplopia (visão dupla), visão turva, midríase, ptose palpebral, dificuldade para deglutir.
Ofídios (Serpente)
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Manifestações sistêmicas: vômitos, salivação, ptose palpebral, sonolência, perda de equilíbrio, fraqueza muscular, midríase, paralisia flácida, (pode comprometer a musculatura respiratória , com apnéia e IRA.
Gênero Micrurus: grupo das corais verdadeiras
Ofídios (Serpente)
Escorpiões
Manifestações sistêmicas: lacrimejamento, sudorese, tremores, espasmos musculares, priapismo (pênis ereto), pulso lento, hipotensão arterial, arritmias cardíacas, edema agudo de pulmão e choque.
Gênero Tityus: T. Serrulatos (amarelo) e T. Bahiensis (marrom)
Medidas Gerais – Animais Peçonhentos
Lave o local da picada com água e sabão;
NÃO faça cortes, perfurações, torniquetes, nem coloque outros produtos na lesão;
Mantenha o acidentado calmo e imóvel;
Ofereça água ou chá a vítima;
Transporte a vítima levando, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico e a escolha do soro mais adequado;
O único tratamento é a administração de soro antiofídico com a maior brevidade, via EV, em dose única.