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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 2 // N 94 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.02.01 pub. Cruz Vermelha cria lar em Beja até 2009 Solidariedade. Projecto pretende concentrar serviços da instituição Inaugurar em 2009 ou 2010 as instalações do novo lar e centro de dia é, de momento, a grande meta da delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa. Em entrevista ao “Cor- reio Alentejo”, a presidente da delegação, Maria Augusta Lança, revela os contornos do projecto e deixa a ambição de, se possível, a CVP criar também em Beja uma creche-in- fantário. No caso da assistência a idosos, o objectivo da instituição é concentrar num único local os vários lares existentes. A obra está prevista para um terreno já disponibili- zado pela Câmara Municipal na zona da Co- lina do Carmo. P. 05 | GRANDE ENTREVISTA Construção de um novo lar é o “grande objectivo” da Cruz Vermelha Portuguesa em Beja. 284 602 175 ALJUSTREL Castro Verde Entrevista com o primo do regicida António Costa, 72 anos, residen- te em Castro Verde, é primo “em terceiro grau” de Alfredo Luís da Costa – um dos homens que ma- tou o rei D. Carlos a 1 de Feverei- ro de 1908. António guarda fresca na memória a versão que um tio comum lhe contou: “Ele vinha treinar-se a Casével e desferia ti- ros num portão a 200 metros da aldeia”. “Orgulhoso” do seu pa- rente, António Costa confirma que o regicida alentejano era um “fervoroso apoiante da causa re- publicana e da maçonaria”. P. 14 | GUI’ARTE Terceira Idade Lar de Serpa recebe mais 46 idosos Um mês após o incêndio no lar da da Misericórdia de Serpa e provo- cou quatro mortos e 42 feridos, 46 idosos regressaram quinta-feira à instituição, que já foi recupera- da. Dos 102 utentes do lar, quatro morreram devido ao incêndio, um deles após sair do hospital e ter en- trado num lar, dois feridos graves continuam internados e os restan- tes foram provisoriamente realo- jados em instituições ou casas de familiares. P. 03 | BAIXO ALENTEJO Ermida de Santo André Ermida de Santo André será posto de turismo será posto de turismo pub.

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Page 1: Solidariedade. Cruz Vermelha criacorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N094_20080201.pdf · Carvalhal e a Azenha do Mar (20 de Abril); e na Vereda de Brescos, no concelho de Santiago

DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 2 // N 94 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.02.01

pub.

Cruz Vermelha crialar em Beja até 2009

Solidariedade. Projecto pretende concentrar serviços da instituição

Inaugurar em 2009 ou 2010 as instalações do novo lar e centro de dia é, de momento, a grande meta da delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa. Em entrevista ao “Cor-reio Alentejo”, a presidente da delegação,

Maria Augusta Lança, revela os contornos do projecto e deixa a ambição de, se possível, a CVP criar também em Beja uma creche-in-fantário. No caso da assistência a idosos, o objectivo da instituição é concentrar num

único local os vários lares existentes. A obra está prevista para um terreno já disponibili-zado pela Câmara Municipal na zona da Co-lina do Carmo. P.05 | GRANDE ENTREVISTA

Construção de um novo lar é o “grande objectivo” da Cruz Vermelha Portuguesa em Beja.

2 8 4 6 0 2 1 7 5A L J U S T R E L

Castro Verde

Entrevista com o primo do regicida

António Costa, 72 anos, residen-te em Castro Verde, é primo “em terceiro grau” de Alfredo Luís da Costa – um dos homens que ma-tou o rei D. Carlos a 1 de Feverei-ro de 1908. António guarda fresca na memória a versão que um tio comum lhe contou: “Ele vinha treinar-se a Casével e desferia ti-ros num portão a 200 metros da aldeia”. “Orgulhoso” do seu pa-rente, António Costa confi rma que o regicida alentejano era um “fervoroso apoiante da causa re-publicana e da maçonaria”. P.14 | GUI’ARTE

Terceira Idade

Lar de Serpa recebe mais46 idososUm mês após o incêndio no lar da da Misericórdia de Serpa e provo-cou quatro mortos e 42 feridos, 46 idosos regressaram quinta-feira à instituição, que já foi recupera-da. Dos 102 utentes do lar, quatro morreram devido ao incêndio, um deles após sair do hospital e ter en-trado num lar, dois feridos graves continuam internados e os restan-tes foram provisoriamente realo-jados em instituições ou casas de familiares. P.03 | BAIXO ALENTEJO

Ermida de Santo André Ermida de Santo André será posto de turismo será posto de turismo

pub.

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02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.02.01

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

ALENTEJO MOSTRA-SE EM MADRID O Alentejo está representado na Feira

Internacional de Turismo (FITUR) de Madrid. A participação está a cargo da ARTA e integra o espaço de Portugal naquele certame.

“Não tenho queixas, senhor presidente. O que é que a gente há-de pedir, se temos uma aldeia tão bonita?”.

Habitante de Graça dos Padrões em conversa

com o presidente da Câmara de Almodôvar

DUAS MIL CRIANÇAS EM BEJA As ruas de Beja recebem esta sexta-fei-

ra, 1, pelas 10h00, cerca de 2.000 crian-ças dos jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo para festejar o Carnaval com um desfi le de máscaras.

Política. Concelhia de Beja do Partido Socialista vai a votos no próximo dia 1 de Março

Loução pretendeunidade socialista

António Loução é, para já, o único candidato à liderança da Concelhia de Beja do Parti-do Socialista.

Concorrente conta ter nome do candidato à presidên-cia da Câmara de Beja defi nido até fi nal do ano.

Oúnico candidato assumido à lide-rança da Comissão Política Conce-lhia do PS pretende que o nome do

candidato socialista à Câmara Municipal de Beja seja conhecido “no último trimestre deste ano ou, o mais tardar, logo no início de 2009”. “Penso que o ideal seria no último tri-mestre deste ano ou no princípio do próxi-mo ano ter defi nido o nome escolhido”, reve-la António Loução em entrevista ao “Correio Alentejo”.

As eleições para a concelhia bejense, tal como para todas as outras concelhias do Baixo Alentejo, irão realizar-se no dia 1 de

Almodôvar

Câmara emGomes AiresO executivo da Câmara Muni-cipal de Almodôvar , liderado por António Sebastião, visita esta sexta-feira, 1, a freguesia de Gomes Aires. A iniciativa insere-se no programa dos “Encontros com a População”, que a autar-quia está a desenvolver neste início de ano em todas as fre-guesias do concelho com o ob-jectivo de, de uma “forma aberta e atenta”, ouvir as “preocupa-ções e anseios das populações locais”. A visita à freguesia de Gomes Aires arranca às 10h00 na sede de freguesia.

Barrancos

Criançasem NoudarO Parque de Natureza de Noudar, em Barrancos, promoveu terça-feira, 29, um conjunto de activida-des dirigidas ao público escolar. A iniciativa decorreu no âmbito do projecto “Experimentar Noudar”, apoiado pela Ciência Viva – Agên-cia Nacional para a Cultura Cien-tífi ca e Tecnológica, e nesse dia os alunos puderam desenvolver várias actividades de cariz pedo-científi co. Propriedade da EDIA, o parque alia “a conservação da natureza e do património à ma-nutenção de um espaço rural de características ímpares”.

Odemira

Caminhadas no concelhorealizam-se até SetembroArrancou no domingo, 27 de Janeiro, na freguesia de Colos, a sétima edição do projecto “Caminhadas”. A iniciativa promovida pela Câmara de Odemira vai decorrer em vários pontos do concelho até ao mês de Setembro e tem por fi nalidade “despertar a atenção da população para os benefícios do exercício físico, não só para o corpo como também para a mente”. Nesse sentido, e depois do primeiro passeio entre o Jun-calinho e a Ribeira do Seissal de Cima, a autarquia odemirense promo-ve no dia 24 uma caminhada na Serra do Cercal. Seguem-se passeios na Serra do Penedo, junto a São Luís (30 de Março); entre a praia do Carvalhal e a Azenha do Mar (20 de Abril); e na Vereda de Brescos, no concelho de Santiago do Cacém (22 de Junho).

Este ano a Câmara de Odemira promove também passeios noctur-nos, estando o primeiro agendado para 27 de Julho na freguesia de Zambujeira do Mar. Seguem-se os passeios na freguesia de Longueira/ Almograve (31 de Agosto) e na freguesia de Boavista dos Pinheiros (21 de Setembro).

Março e, para já, Loução é o único concor-rente depois de Paulo Arsénio, José Carias e Ricardo Martins terem aceitado retirar as suas candidaturas “em nome da unidade”.

Loução admite que uma “corrida a três” poderia ser sinónimo de “divergências e acusações” e, ao mesmo tempo, até reco-nhece que “as posições entre os putativos candidatos estavam extremadas”. Por isso, aceitou liderar uma candidatura “no sen-tido da unidade”. “Desde há dois ou três anos a esta parte fez-se a pacifi cação e a união de todos os militantes através da federação, não fazia nenhum sentido que agora houvesse três candidaturas. Foi um processo sem resistências dos candidatos já assumidos”, explica António Loução.

O dirigente socialista está convencido que, deste modo, foi possível alcançar a “abrangência necessária para que não haja mais divisões”, embora concorde que o aparecimento de outras candida-turas é “saudável para o partido”. “Reconhe-ço que é legítimo a qualquer um dos militantes ter a ambi-ção de se

poder candidatar”, salienta.Motivado “apenas pela tentativa da uni-

dade”, António Loução concorda que o pró-ximo líder concelhio terá o “grande desafi o

de trabalhar para a vitória” na

Ferreira do Alentejo

CDU analisadesempenhosA CDU de Ferreira do Alentejo promove no próximo dia 23 o en-contro concelhio “A Coragem de Querer Mudar”, que vai juntar à mesma mesa os autarcas eleitos e os candidatos aos diferentes ór-gãos autárquicos do concelho. A iniciativa vai decorrer na Casa do Povo de Ferreira do Alentejo e, de acordo com nota de imprensa da CDU, tem por objectivo avaliar o trabalho dos eleitos da CDU du-rante os últimos dois anos, assim como fazer o balanço do “trabalho negativo” do actual executivo mu-nicipal.

Candidatos às concelhiasdo PS quase defi nidos

Exceptuando Beja, Almodôvar e “provavelmente Barrancos”, os actuais presidentes das concelhias socialistas deverão voltar a candidatar-se nas elei-

ções marcadas para o próximo dia 1 de Março. Em Almodôvar, segundo apurou o “CA”, já está anun-ciada a candidatura de João Saleiro que deverá su-ceder a Rui Cabrita. Em Barrancos, não é certo que

Conceição Casa Nova assuma uma re-candidatura. Nos restantes conce-

lhos são praticamente certas as candidaturas dos actu-

ais presidentes: Joaquim Santos (Alvito), Nelson

Brito (Aljustrel), Lean-dro Gonçalves (Cas-tro Verde), José Santa Rita (Cuba), Aníbal Reis Costa (Ferreira), Mário Martins (Mér-tola), Álvaro Azedo (Moura), Ricardo Cardoso (Odemi-ra), Pedro do Car-mo (Ourique), Patinho Pereira (Serpa) e Antó-nio Mendes Pin-to (Vidigueira).

Câmara Municipal de Beja, mas recusa-se a entrar em grandes pormenores sobre o as-sunto por respeito à comissão política que ainda está em exercício na concelhia. “Eu tenho a noção que é um mandato muito importante mas, como Paulo Arsénio ainda está na liderança, prefi ro não falar do assun-to”, justifi ca.

Ainda assim, Loução diz não estar “muito preocupado com os nomes nem com aquilo que se fala em torno da candidatura”. Na sua óptica, a candidatura do Partido Socialista será “muito importante” mas, adverte, “a seu tempo a escolha será feita”. “Com serenidade certamente que saberemos escolher o me-lhor candidato e a melhor equipa para esse efeito”, afi rma.

Um homem da agriculturaAntónio Penalva Loução tem 58 anos e é militante do PS desde 1976. Actualmente pertence ao secretariado da Fe-deração Regional do Baixo Alentejo, integrando a respecti-va comissão permanente – um órgão restrito formado por sete dirigentes. Desde sempre ligado ao sector agrícola, foi responsável da Direcção Regional de Agricultura do Alentejo no distrito de Beja durante os governos de An-tónio Guterres. Actualmente é assessor do governador civil de Beja para este sector.

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2008.02.0103

Terceira idade. Processo de reabilitação do lar e regresso dos utentes dentro dos prazos previstos

Mais 46 idosos voltaramquinta-feira ao lar de Serpa

Um mês depois do incêndio as obras de redabilitação do lar já estão concluídas.

Misericórdia de Serpa continua a tentar construir um novo lar naquela cidade.

Um mês após o incêndio que atingiu o lar da Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) e provocou quatro mortos e 42 feridos, 46 idosos re-gressaram quinta-feira, dia 31, à ins-tituição, que já foi recuperada. Dos 102 utentes do Lar de São Francisco, quatro morreram devido ao incên-dio, um deles após sair do hospital e ter entrado num lar, dois feridos graves continuam internados e os restantes foram provisoriamente realojados em várias instituições ou casa de familiares.

Entre nervos e lágrimas, 45 uten-tes que foram realojados fora de Ser-pa, em várias instituições do distrito de Beja, regressaram há 15 dias à instituição, após concluídas as obras da primeira fase de recuperação do lar, no piso do rés-do-chão, o menos afectado pelo incêndio.

As obras da segunda fase, no pri-meiro andar e na sala de convívio, as zonas mais afectadas pelo fogo, já terminaram e os 46 idosos realoja-dos numa residência de estudantes em Serpa regressaram quinta-feira, conforme disse à Agência Lusa a

Tiago M., ou o “Moka”, fugiu mas voltou a ser detido

Almodôvar

Fundo paraempresasA Câmara de Almodôvar assi-nou um protocolo para a cria-ção do Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (FAME) do concelho. Considerado um “produto fi nanceiro inovador e atractivo” para o fi nanciamento de pequenos projectos de inves-timento, o FAME de Almodôvar destina-se, de acordo com fonte da autarquia, a “apoiar todos os empresários” do concelho, por forma a “estimular e orientar in-vestimentos a realizar pelas em-presas” locais.

Justiça. Grupo responsável por vários assaltos realizados nos últimos tempos na cidade

“Gang juvenil” capturado em Beja

Oito anos de prisão é quanto “arrisca” Tiago M., conhecido como o “Moka” e presumível líder de um “gang juve-nil” que fez diversos assaltos em Beja. A pena poderá ser-lhe aplicada pelos crimes de furto qualifi cado e de eva-são, este último em pleno Tribunal de Beja, depois de saber que iria reco-lher ao Estabelecimento Prisional da cidade.

O grupo composto por três rapa-zes e uma rapariga, com idades com-preendidas entre os 18 e os 20 anos, foi detido na madrugada do dia 23 de Janeiro, depois de um persistente tra-balho de indagação a cargo dos agen-tes da Polícia de Beja, da Esquadra de Investigação Criminal (EIC), coman-dada pelo Sub-Comissário Pica.

Do rol de furtos efectuados pelo grupo, constava o arrombamento da

montra e furto de material da Casa Pacheco, o roubo de um automóvel de uma garagem, da qual possuíam um controle para a respectiva aber-tura, tendo inclusive feito uma “vi-sita” à casa de um polícia, para além de inúmeros assaltos em residências e viaturas.

No fi nal da tarde de quinta-feira, 24, o “gang” foi presente no Tribunal de Beja para primeiro interrogatório, tendo a dois dos detidos sido aplica-do o termo de identidade e residên-cia. O terceiro terá de apresentar-se periodicamente e, no caso de Tiago M., foi-lhe decretada a prisão preven-tiva.

Depois de conhecida a decisão da magistrada, “Moka” aproveitou o facto de não estar algemado e algu-ma desatenção dos agentes da PSP para se colocar em fuga. Dado o alar-me, regressaram ao terreno todos os efectivos da EIC e 24 horas depois voltavam a deter o jovem, de origem algarvia, no seguimento de frutuoso trabalho de controlo das movimen-

tações de amigos e namorada do fu-gitivo.

Presente no sábado, 26, à juíza de turno no Tribunal de Serpa, foi-lhe confi rmada a detenção, tendo Tia-go dado entrada na prisão de Beja a meio da tarde desse dia, onde vai aguardar julgamento.

O “Correio Alentejo” sabe que o proprietário da Casa Pacheco ainda não foi formalmente contactado pela PSP, de forma a identifi car e reaver o material que foi recuperado aos assaltantes. Segundo apurou o “CA”, a roupa levada do estabelecimento tinha um valor que rondava os 1.700 euros, enquanto que os estragos pro-vocados na montra ascenderam a 300 euros.

Para acederem a uma garagem particular, situada perto do Largo do Carmo, onde efectuaram diversos roubos em viaturas e de onde leva-ram uma delas, os “larápios” tinham também furtado um dispositivo que lhes permitia aceder ao interior desse parque fechado.

Um dos membros do grupo fugiu da PSP à saída do Tribunal.

provedora da SCMS e responsável pelo lar, Maria Ana Pires.

O realojamento de todos os uten-tes fi cou concluído com o regresso dos quatro idosos que estão em casa de familiares, o que deverá aconte-cer na próxima semana, e dos dois utentes internados, em situação estável, nos cuidados intensivos da unidade de queimados do Hospital de São José (Lisboa).

Apesar da recuperação do lar, Ma-ria Ana Pires garantiu que a SCMS “não vai desistir” da construção de um novo lar para substituir o actual e cujo projecto “voltou a não ser con-

templado” para fi nanciamento na segunda fase do Programa de Alar-gamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES).

A responsável disse que “não fi -cou surpreendida” com a segunda rejeição do projecto pelo PARES, conhecida a 16 de Janeiro, porque “a decisão já tinha sido tomada antes do incêndio”, que ocorreu no último dia de 2007.

Para não contemplar a candida-tura de fi nanciamento do novo lar, disse Maria Ana Pires, “o PARES ale-gou que a taxa de cobertura do dis-trito de Beja é sufi ciente para as ne-

cessidades e não são precisas mais camas para idosos”.

“Um argumento que estranho e rejeito, porque despreza a taxa de envelhecimento da população no distrito de Beja, sobretudo no conce-lho de Serpa, que é superior à média nacional”, lamentou a responsável.

De acordo com Maria Ana Pires, a SCMS vai “tentar agendar” uma reunião com o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Mar-ques, “para lhe pedir uma excepção para o projecto do novo lar ou tentar equacionar outras formas de fi nan-ciamento”.

Mértola

ComérciorevitalizadoA Câmara de Mértola vai lançar em breve o concurso público para a realização de um estudo de re-vitalização do comércio local. A iniciativa será desenvolvida em parceria com os comerciantes do concelho e tem por base um documento aprovado por ambas as partes durante a reunião que mantiveram a 21 de Janeiro.

Vidigueira

Novo sítiona InternetA Câmara da Vidigueira apresenta esta sexta-feira, 1, o seu novo sítio na Internet. Além de todas as in-formações habituais em páginas semelhantes, o sítio apresenta “um vasto leque de outras possi-bilidades”, como balcão virtual, sistemas de gestão municipal ou newsletters.

Incêndio defl agrou no lar de Serpa no último dia de 2007

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REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.02.01 04

Património. Objectivo é gerir os monumentos da capital baixo-alentejana

Câmara e Diocese criam ADL em Beja

Objectivo da futura Associação de Desenvol-vimento Local (ADL) é gerir os monumentos da cidade e criar um roteiro de visitas.

A Câmara Municipal e a Diocese de Beja estão a delinear os contornos de um protocolo que visa a criação de uma Associação de Desenvolvi-mento Local (ADL) “para gerir os monumentos da cidade e criar um roteiro de visitas”, revelou Francis-co Santos, presidente da edilidade bejense.

A principal intervenção está pre-vista para a Ermida de Santo André, situada na entrada mais nobre da cidade, que depois de sofrer obras de recuperação irá acolher um Pos-to Avançado de Informação e Turis-mo com o objectivo de “promover e divulgar a riqueza monumental de Beja”, além de servir como “local de informação para os visitantes”, acrescentou o autarca.

Propriedade da Câmara Munici-pal de Beja, a Ermida de Santo An-dré sofreu obras de embelezamento do seu espaço envolvente exterior, situação que não se repete em todo

A Câmara de Ourique está a promover uma campanha de animação e revitalização do co-mércio local na sede de conce-lho. A iniciativa, que teve início a 22 de Janeiro, foi promovida pela autarquia, em conjunto com a Associação Comercial do Distrito de Beja e o Ministério da Economia e da Inovação, e pretendeu “revitalizar e dinami-zar o comércio local, levando os consumidores a estes espaços”. Fonte do Município revela que esta campanha se insere na pro-gramação do projecto de Mo-dernização do Comércio – Ou-rique, que prevê “uma série de iniciativas” que possam atrair pessoas às casas de comércio tradicional da vila. A próxima campanha do género decorrerá nesta semana de Carnaval.

Ourique

Ourique vai assinalar o Carna-val com uma série de iniciati-vas. As festividades arrancam esta sexta-feira, 1, com um desfi le carnavalesco dos alunos das escolas do concelho pelas ruas de Ourique e terminam na terça-feira, 5, com novo desfi le pelas ruas da vila, seguido da actuação da Banda Simplici-dade no Pavilhão Multiusos. Pelo meio, Garvão recebe no sábado, 2, um baile (22h00), enquanto que no domingo, 3, o dia é de desfi le nas ruas da vila (15h00), a que se segue um bai-le no centro recreativo com o acordeonista Sérgio Pratas. Por sua vez, a Favela vai ser palco, na segunda-feira, 4, de um baile de Carnaval a partir das 21h00, com a actuação do acordeonis-ta Marco Filipe.

Ourique

Carnavalmovimentado

Animaçãodo comércio

A estação ferroviária de Vila Nova da Baronia recebeu no passado sá-bado, 26 de Janeiro, o exercício “Baronia 08”. A iniciativa, integrada no plano de segurança do Comando Distrital de Operações de Socorro de Beja, realizou-se ao longo de toda a tarde e teve por fi nalidade treinar a estrutura operacional do Sistema de Protecção Civil ao nível distri-tal.O exercício teve como cenário a passagem de nível e simulou um acidente rodo-ferroviário, através da colisão entre uma viatura tipo pesado de passageiros, de transporte escolar, e um comboio de passa-geiros. O primeiro interveniente teve uma avaria no atravessamento da passagem de nível e acabou abalroado pelo comboio.

Face à amplitude do acidente foram mobilizados 17 corpos de bombeiros, ou seja, todos os do distrito de Beja e alguns dos distritos vizinhos. Foram ainda intervenientes a Cruz Vermelha Portuguesa de Beja e Évora, o INEM, a Base Aérea 11, o Regimento de Infantaria 3, o Serviço Distrital de Segurança Social de Beja, as forças de segurança do distrito e o Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, além da CP, a Refer e um grupo de 80 voluntários.

Vila Nova da Baronia

Protecção Civil realizouexercício de treino operacional

Ferreira do Alentejo

O Centro Cultural Manuel da Fonseca, em Ferreira do Alentejo, recebe a partir de quinta-feira, 7, o congresso internacional “Knoleum – Paisagens do Olival”. Inserida no âmbito de um projecto comunitário que envolve os países da zona mediterrânica, a iniciativa prolonga-se até dia 9, sendo promovida pela ADEMO – Associação para o Desenvolvimento dos Mu-nicípios Olivícolas Portugueses e pela Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo. Sobre a mesa do congresso, onde marcarão presença represen-tantes de entidades ligadas ao sector em Espanha, França. Itália, Grécia e Marrocos, além de Portugal, vão estar questões relacionadas com o desen-volvimento do sector olivícola em áreas como o ambiente, produtos do olival, desenvolvimento das paisagens do olival, património, inovação e economia.

Congresso Internacionaldebate paisagem de olival

o edifício, tanto exterior como inte-rior, tendo Francisco Santos assegu-rado que o mesmo “vai ser alvo de obras de recuperação”. “A ermida é a principal porta de entrada na ci-dade”, disse o edil, revelando que a ideia é “criar um espaço que permita exposições de arte sacra e um posto de informação aos visitantes”.

O Castelo, Museu Jorge Vieira, Igrejas de Santo Amaro e da Mise-ricórdia, propriedade da Câmara Municipal de Beja e as Igrejas da Sé e dos Prazeres, pertença da Dioce-se, “são alguns dos monumentos a incluir no âmbito do roteiro a gerir pela ADL”, revelou o autarca.

José António Falcão, director do Departamento Histórico e Artístico da Diocese de Beja, revelou ao “CA” que a criação da ADL surge “da ne-cessidade de promover a riqueza arquitectónica, artística e histórica da cidade”. E justifi cou que é fun-damental “criar uma estratégia de

portas abertas”, referindo-se aos monumentos que estão fechados ou têm um reduzido horário de vi-sitas. “É preciso colocar no mercado uma linguagem patrimonial e fazer uma promoção sustentada e de qualidade”, disse.

Quanto ao projecto para a Er-mida de Santo André, o director do Departamento Histórico e Artístico da Diocese de Beja considera que “tem condições para ser o principal centro de divulgação da beleza pa-trimonial da cidade”, acrescentan-do que está em estudo a criação de “um cartão único de acesso a todos os monumentos que são pagos”, como forma de facilitar a sua visita.

Sendo uma das principais zonas de expansão habitacional de Beja, situada na freguesia de Santiago Maior, o jardim e o terreiro envol-vente da ermida são o local esco-lhido para muitos reformados ocu-parem os tempos livres com o jogo da malha. “Isto é um divertimento e não incómoda. Fizemos malhas de borracha para não estragar o chão à volta da ermida”, confi dencia Antó-nio Narra, um dos reformados que diariamente frequenta o espaço.

Efeméride. Autarquia promove alargado conjunto de iniciativas

Moura celebra 20 anos de elevação a cidadeArrancam esta sexta-feira, 1, as co-memorações do 20º aniversário da elevação de Moura a cidade. Os feste-jos são promovidos pela Câmara Mu-nicipal e vão decorrer até ao próximo sábado, 9.

Esta sexta-feira, 1, tem lugar no Cine-teatro Caridade, às 17h00, a apresentação da síntese do diagnós-tico e do modelo de desenvolvimen-to no âmbito da revisão do Plano Director Municipal, a que se segue, às 21h00, uma reunião extraordiná-ria da Assembleia Municipal, onde

Apesar de bom aspecto exterior, o templo bejense precisa de ser reabilitado

serão debatidos os 20 anos da eleva-ção de Moura a cidade. No sábado, o Cine-teatro Caridade recebe o de-bate “Moura e a Política de Cidades” (16h00) e um espectáculo musical (21h30).

Os festejos prosseguem depois na quinta-feira, 7, com o debate “As Tec-nologias da Informação” na Adega da Mantana (16h00), enquanto que na sexta-feira, 8, tem lugar no cine-teatro a apresentação e discussão do Programa Municipal de Apoio à Inte-gração Social (16h00), numa inicia-

tiva que contará com a presença de Catalina Pestana.

As comemorações dos 20 anos da elevação de Moura a cidade termi-nam no sábado, 9, com o colóquio “A Elevação de Moura a Cidade: Balanço dos Últimos 20 anos” (14h30) – inicia-tiva que contará com a participação de antigos presidentes da Câmara de Moura – e a homenagem a Corino de Andrade (16h30), a que se seguirá uma sessão sobre saúde no concelho de Moura. Ambas as iniciativas vão ter por palco o Cine-teatro Caridade.

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GRANDE ENTREVISTA sexta-feira2008.02.010505

MARIA AUGUSTA LANÇA

A construção de um novo lar é, de momento, o grande objectivo da Cruz Vermelha Portuguesa em Beja, revela ao “Correio Alentejo“ a presidente da direcção da delegação regional, Maria Augusta Lança

Inaugurar em 2009 ou 2010 as instalações do novo lar e centro de dia é, de momento, a grande meta da delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa. Em entrevista ao “Cor-reio Alentejo”, a presidente da delegação, Maria Augusta Lança, revela os contornos do projecto e deixa a ambição de, se possível, a CVP criar também em Beja uma creche-in-fantário.

O projecto do novo lar é, neste momento, a principal ambição da delegação de Beja da CVP?É mesmo a nossa grande ambição, pois que-remos mudar de instalações. As instalações que ocupamos de momento não são da CVP, mas de renda. Pagamos um valor mensal muito elevado, o que nos causa difi culdades económicas. No novo lar – cujo terreno foi ce-dido pela Câmara de Beja através de um pro-tocolo e o projecto vai dar entrada nos servi-ços da autarquia ainda em Fevereiro – vamos ter todas as valências. É que a delegação de Beja da CVP não tem só lar. Tem uma unida-de de fi sioterapia, dois lares de terceira idade, serviço de apoio domiciliário e, no espaço da delegação, a acção social, as ajudas técnicas e a unidade de socorros.

O novo lar servirá então para concentrar esses serviços disseminados pela cidade?Exactamente. Esses serviços fi carão concen-trados num só edifício.

E que vantagens trará isso à acção da CVP em Beja?Melhorará a nossa qualidade. Pelo menos em termos de infra-estruturas, porque ao nível do serviço pensamos que já prestamos um bom serviço à comunidade. Mas em termos de infra-estruturas temos de admitir que te-mos muitas limitações. As instalações têm barreiras arquitectónicas que não é possível eliminar e com o novo lar vamos melhorar esse aspecto. E ao mesmo tempo queremos criar mais uma valência, que é a de centro de dia. Agora não é possível fazê-lo, mas com as novas instalações já vai ser.

Quando é que as obras de construção do novo lar poderão arrancar? A Câmara de Beja tem seis meses para aprovar o projecto. Nós queremos iniciar as obras no mês de Agosto ou Setembro. Não sei se será possível, mas esse é o nosso objectivo.

Para que tudo esteja pronto em 2009…No fi nal de 2009 ou no princípio de 2010.

O projecto está avaliado em cerca de dois mi-

Cruz Vermelha melhora qualidade

FORMAÇÃO: Licenciada em Serviço Social no ISCTE; mestre em

Demografi a e Sociologia da População na mesma instituição de ensino

FUNÇÃO: Directora-técnica da delegação de Beja da Cruz

Vermelha Portuguesa desde 1999; presidente da direcção da delegação desde Agosto de 2007

NOME COMPLETO: Maria Augusta Ramalho Lança

IDADE: 37 anos

NATURALIDADE: Beja

CARLOS PINTO JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

como gostávamos devido à falta de recursos. Ao nível das outras valências, gostávamos, aquando da mudança para as novas instala-ções, de começarmos com um projecto – e foi a Câmara Municipal que nos alertou para essa necessidade – de uma creche e infantário no centro da cidade. Estas instalações onde es-tamos são-nos cedidas pela Segurança Social sem que paguemos qualquer valor e se conti-nuarmos aqui queremos fazer obra e avançar com a creche. É outro objectivo que temos.

E já houve contactos sobre essa matéria com a Segurança Social?Não. Neste momento, até sairmos destas instalações isto não passa de uma ideia que temos. Ainda não sabemos se a vamos con-cretizar.

E em que moldes poderá funcionar essa creche-infantário? Terá uma preocupação social ou uma vertente mais “privada”?Não temos muitos serviços privados. O ob-jectivo da CVP é trabalhar com pessoas com difi culdades económicas. Mas tudo depende se nos são cedidos acordos de cooperação ou não. Se concretizarmos este projecto, vamos pedir acordos de cooperação com a Seguran-ça Social.

Difi culdades económicas

A questão das instalações é maior dor de cabeça da CVP em Beja ou têm outras preocu-pações?Neste momento é. Mas temos também difi -culdades económicas. Este tipo de institui-ções lutam sempre com muitas difi culdades e os únicos recursos que temos são os acordos de cooperação com a Segurança Social e as verbas que são pagas pelos utentes. Mas estas últimas são sempre valores muito limitados, porque infelizmente as nossas reformas são baixas. E a taxa de infl ação que temos difi culta muito o funcionamento da instituição. Além disso, não temos um número muito elevado de utentes. Esta difi culdade era ultrapassada se pudéssemos aumentar o número de uten-tes ao nível do centro de dia e do apoio do-miciliário. Mas com as instalações que temos não é possível.

Quantos utentes tem a CVP em Beja?Em internamento 59 e em apoio domiciliá-rio mais 50. Depois temos uma média de 70 utentes por dia no centro de fi sioterapia. Ao nível da unidade de socorros o número de utentes é muito variável.

Serviços como o centro de fi sioterapia ou a unidade de socorros não permitem à delega-ção de Beja da CVP ter outra sustentabilidade económica?É difícil. O centro de fi sioterapia, por exem-plo, está a sustentar a unidade de socorros, que neste momento é uma valência que dá prejuízo. Os combustíveis têm aumentado muito, qualquer reparação é muito dispen-diosa e o que a Administração Regional de Saúde paga por quilómetro é um valor muito baixo. O que tentamos é que as valências que sejam defi citárias sejam sustentadas pelas outras. Mas é muito difícil gerir tudo isto e te-mos fases muito complicadas para fazer face a todas as despesas.

Projecto “Causa Maior” ajuda idososDurante a época natalícia, os meios de comunicação social nacionais foram “inun-dados” com a publicidade à simpática fi gura da Popota, a “embaixadora” dos hiper-mercados Modelo para a “Causa Maior”, iniciativa de solidariedade social que teve como objectivo combater a exclusão social e o isolamento da população sénior. Ao todo, a “Causa Maior” conseguiu angariar 330 mil euros, dos quais 3.500 se destinam à delegação de Beja da CVP, que vai aplicar a verba na aquisição de ajudas técnicas para a terceira idade. “Foi uma boa prenda de Natal”, assevera a presidente da CVP em Beja, Maria Augus-ta Lança, sublinhando a importância de iniciativas do género. “As instituições lutam com grandes difi culdades e é extremamente vantajoso [existirem iniciativas como esta]. Esperemos que para o ano volte a haver, pois precisamos muito deste tipo de ajudas”.

lhões de euros. Como vai a delegação de Beja da CVP fi nanciar a obra?Queremos fazer uma candidatura ao Fundo Social Europeu. E não sei se o programa PARES – Programa de Alargamento da Rede de Equi-pamentos Sociais tem alguma verba disponí-vel para a terceira idade – neste momento, a informação que temos é que não. Assim, pen-samos fazer, ao nível da CVP, um empréstimo com período de carência na fase de constru-ção. E depois, se for possível, candidatarmo-

nos a algum programa comunitário.

Creche no centro da cidade

Além do novo lar, que outros projectos gostaria a delegação de Beja da CVP desenvolver?Gostávamos de desenvolver outro tipo de projectos e temos alguns, ao nível da unida-de de socorros, com a Protecção Civil. Vamos desenvolvendo outras ideias, mas não tanto

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284 329 400 PUBLICIDADEsexta-feira2008.02.01 06

CÂMARA MUNICIPAL DE FERREIRA DO ALENTEJOAVISO

Correio Alentejo n.º 94 de 01/02/2008 Única Publicação

Dr. Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa, Presidente da Câmara Municipal Ferreira Alentejo, torna público que, nos termos e para os efeitos previsto no artigo 148º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, a Câmara Municipal Ferreira Alen-tejo, na sequência ao processo de aprovação de alteração do arti-go 10º do regulamento do Plano Director Municipal de Ferreira do Alentejo, cuja elaboração teve o acompanhamento da Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento Regional do Alentejo, com parecer favorável, pelo que nos termos da alínea d) do n.º 4 do arti-go 148º e para efeitos de efi cácia, envia para publicar a respectiva alteração do regulamento o qual foi aprovado por unanimidade na sessão ordinária do dia 12 de Novembro de 2007da Assembleia Municipal.

Ferreira do Alentejo, 13 de Dezembro de 2007

O Presidente da Câmara Municipal,

(assinatura ilegível)Dr.Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa

Alteração ao artigo 10º do Plano Director Municipal de Ferreira do Alentejo

Art.º 10º- Espaços Agrícolas

1. Os Espaços Agrícolas, sendo aqueles que possuem as carac-terísticas mais adequadas à actividade agrícola, incluem duas categorias principais de espaços: as áreas de grande aptidão agrícola (áreas da RAN), que integra a sub-categoria das áre-as agrícolas ecologicamente sensíveis; e as áreas de uso agrícola predominante.

2 Nestes espaços é interdito o Loteamento urbano, admitindo-se, no entanto, a edifi cação de instalações, incluindo as ha-bitacionais, de apoio às actividades agrárias, nomeadamente estruturas de apoio à melhoria da comercialização, processa-mento e transformação dos produtos agrícolas ou frutícolas, que se integrem em explorações existentes, bem como a loca-lização de empreendimentos turísticos, nos termos em que se explicitam nos pontos seguintes.

3. Nas áreas de grande aptidão agrícola (áreas da RAN) ge-nericamente “non aedifi candi”, vigora em tudo o disposto no Decreto-Lei. n.º 169/89, de 14 de Junho, e no D.L. 274/92, de 12 de Dezembro, e demais legislação aplicável e ainda, relati-vamente às possibilidades de edifi cação, as seguintes disposi-ções:

a) A área da parcela deverá ser maior ou igual a 2,5 hecta-res, salvo em casos excepcionais, devidamente justifi ca-dos e com enquadramento na legislação em vigor.

b) O índice de ocupação bruto e a superfície total de solo impermeabilizado máxima variará em função da área da parcela e de acordo com o estabelecido no quadro se-guinte:

ESCALÕES CLASSE DE SUPERFÍCIE (ha)

INDÍCEOCUPAÇÃO

BRUTO

LIMITE MÁXIMO DESUPERFÍCIE TOTAL

IMPERMEABILIDADA (M2)

1 2,5 A 35 0,02 5 000

2 35 A 75 0,02 10 000

3 75 A 100 0,02 15 000

4 >100 0,02 50 000

c) A altura máxima das edifi cações, exceptuando silos, de-pósitos de água e instalações especiais tecnicamente jus-tifi cadas, é de 10(dez) metros;

d) O afastamento mínimo das edifi cações aos limites da par-cela é de 20m;

e) Os acessos viários a criar no interior da parcela não pode-rão ter faixas de largura superior a 4 metros, podendo no entanto incluir alargamentos pontuais para cruzamento de veículos.

f) O abastecimento de água será assegurado através de sistemas diversos dos sistemas públicos de abastecimen-to para consumo humano, a partir de origens públicas ou privadas.

g) A drenagem e tratamento de águas residuais domésticas e/ou industriais far-se-á através de sistemas autónomos.

h) Nas situações de reconstrução simples de edifícios exis-tentes em estado de ruína, autoriza-se um aumento da área de implantação de 30 % no caso de se destinarem a apoio agrícola, agro-pecuário, fl orestal ou turístico.

4. a)- Nas áreas benefi ciadas por Aproveitamentos Hidroagríco-las são proibidas todas e quaisquer construções, activi-dades ou utilizações não agrícolas de prédios ou parce-las de prédios das áreas benefi ciadas, excepto as que, nos termos dos regulamentos provisório e defi nito dos Aproveitamentos Hidroagrícolas, forem admitidas como complementares da actividade agrícola, tal como disposto no regime das obras de aproveitamento hidroagricola, es-tando sujeita a parecer vinculativo da Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) qualquer intervenção nessas áreas;

b)- As infra-estruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas e

respectivas faixas de protecção, pelo menos de 5 metros para cada lado do seu eixo, estão sujeitas às condições referidas na alínea anterior;

c)- Nos prédios ou parcelas de prédios incluídos nas áreas

benefi ciadas apenas são autorizadas construções com-plementares ou acessórias da exploração agrícola, desde que não existam alternativas fora da área benefi ciada;

d)- Enquanto não entrarem em vigor os Regulamentos dos aproveitamentos hidroagrícolas, as construções, activi-dades ou utilizações não agrícolas carecem de parecer vinculativo da DGADR, mediante análise casuística dos respectivos projectos.

5. A subcategoria das áreas agrícolas ecologicamente sensíveis respeita a inclusão de superfícies de drenagem natural, habi-tualmente designadas por cabeceiras de linhas de água, inclu-ídas no sistema territorial da REN.

6. Nestas áreas, onde se promove o especifi cado no nº8 do artigo 12º, adopta-se, na generalidade, o disposto no n.º 3 do presen-te artigo.

7. Nas áreas de uso agrícola predominante, não coinciden-tes com áreas benefi ciadas por Aproveitamento Hidroagrí-colas, onde se privilegia o uso agrícola poderão, no entanto, ocorrer outros usos, nomeadamente usos agro-fl orestais fl orestais, silvo-pastoris, e ainda, mediante estudos que contemplem a legislação em vigor, empreendimentos de tu-rismo de habitação, agro-turismo, turismo rural, conjuntos turísticos, parques de campismo e empreendimentos turís-ticos nas tipologias de estabelecimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento nas categorias superior ou equivalente 4 e 5 estrelas, até um limite global de 1000 ca-mas para todo o concelho, respeitando as seguintes dispo-sições:

a) A área da parcela deverá ser maior ou igual a 2,5 hecta-res, salvo em casos excepcionais, devidamente justifi ca-dos e com enquadramento na legislação em vigor;

b) O índice de ocupação bruto e a superfície total de solo impermeabilizado máxima variará em função da área da parcela e de acordo com o estabelecido no quadro se-guinte:

ESCALÕES CLASSE DE SUPERFÍCIE (ha)

INDÍCEOCUPAÇÃO

BRUTO

LIMITE MÁXIMO DESUPERFÍCIE TOTAL

IMPERMEABILIDADA (M2)

1 2,5 A 35 0,03 5 000

2 35 A 75 0,03 10 000

3 75 A 100 0,03 15 000

4 >100 0,03 50 000

c) A altura máxima das edifi cações, exceptuando silos, depó-sitos de águas e instalações especiais, é de 10 metros;

d) O afastamento mínimo das edifi cações aos limites da par-cela é de 20 metros;

e) Os acessos viários no interior da parcela não poderão ter faixas de largura superior a 4 metros, podendo no entanto incluir alargamentos pontuais para cruzamento de veícu-los;

f) O abastecimento de água será assegurado através de sistemas diversos dos sistemas públicos de abastecimen-to para consumo humano, a partir de origens públicas ou privadas;

g) A drenagem e tratamento de águas residuais domésticas e /ou industriais far-se-á através de sistemas autónomos;

h) Nas situações de reconstrução simples de edifícios exis-tentes em estado de ruína, autoriza-se um aumento da área de implantação de 50% no caso de se destinarem a apoio agrícola, agro-pecuário, fl orestal, industrial ou turís-tico;

i) A edifi cabilidade para usos não agrários só será permiti-da caso não afecte negativamente as áreas envolventes, quer do ponto de vista paisagístico, quer da sua utilização, a comprovar mediante a apresentação de estudos de en-quadramento ou de integração paisagística adequados;

j) A implementação dos empreendimentos turísticos nas tipologias de estabelecimentos hoteleiros e meios com-plementares de alojamento nas categorias superior ou equivalentes a 4 e 5 estrelas, carece de concretização a ser operada por estudo de conjunto a aprovar para a área de intervenção, que contemple:

- Enquadramento nos instrumentos de gestão territorial em vigor, caracterização da totalidade do prédio do ponto de vista morfológico, cénico, do coberto vegetal, e situa-ção existente, com a respectiva cartografi a.- Memória descritiva e justifi cativa da tipologia e solução propostas.- Plantas, cortes e alçados da solução proposta e seu enquadramento com a envolvente.- Tratamento de espaços exteriores.- Soluções a adoptar para as infra-estruturas viárias, de abastecimento de água, de saneamento, incluindo o respectivo tratamento, e para o fornecimento de energia eléctrica.

h)- A implementação de conjuntos turísticos carece de con-

cretização a ser operada por plano de pormenor a aprovar para a área de intervenção e elaborado nos termos da legislação em vigor.

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sexta-feira2008.02.0107

e aparentemente saudável. E mais rico, tendo em conta os valores das coimas…

Um outro facto que reforça o meu entusiasmo é o novo aeropor-to da Ota, situado em Alcochete. Sem ironias, inspira-me uma so-ciedade civil que teve a tenacida-de e capacidade para inverter um erro histórico, vergando a intran-sigência de um primeiro-ministro que reina com maioria absoluta e sem oposição, ridicularizando um Mário Lino que se comporta como se na realidade ainda fosse um mi-nistro! Claro que a súbita alteração numa obra com esta dimensão, nos pode fazer pensar na levian-dade como os dinheiros públicos são disparatados neste país. Ou, para quem aprecia uma boa teo-ria da conspiração, na forma como interesses escusos determinam a forma como em Portugal se gasta o dinheiro dos nossos impostos!

Acredito que o facto de em 2009 existirem eleições fará de 2008 um bom ano. Lá para meio do ano o Governo vai receber uma remode-lação e, sobretudo, o ano governa-tivo vai caracterizar-se por evitar todas as medidas difíceis (muitos delas necessárias) e terminará com o primeiro aumento decente nos vencimentos dos funcionários pú-blicos e uma aparência de redução nos impostos (1% no IVA é a minha premonição).

Mas, sobretudo, o meu optimis-mo prende-se com a nossa região.

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

Correio de Campos é apontado como um dos mais competentes es-pecialistas do país em

questões de saúde. Contudo, por inabilidade ou falta de competên-cia política, galgou os últimos me-ses como “um elefante numa loja de porcelanas”. O mal-estar criado pelas suas decisões estava a cau-sar uma tempestade e a afectar o resto do Governo. Muito mais do que um disparate do ministro das Obras Públicas ou um apagamento incompreensível do seu colega do Ordenamento do Território e De-senvolvimento Regional. Por isso, Sócrates seguiu a via mais óbvia. E compôs o “ramalhete” despa-chando a ministra da Cultura, para apaziguar as elites de Lisboa, habi-tuadas a “chorudas” benesses or-çamentais. Mas será este refresca-mento governamental um impulso novo ou, neste momento, o Gover-no entrou mesmo em declínio? Só os próximos meses ditarão uma resposta, mas uma coisa é certa: a fi rmeza e o pragmatismo de Sócra-tes podem não ser sufi cientes para travar tanto estilhaço. A não ser que continue a contar com os enredos de uma oposição que discute sobre as agências de comunicação que entram e saem do parlamento.

Intocáveis. Esta semana conhecemos os lucros mirabo-lantes do Banco Espírito Santo: mais de 600 milhões de euros. Num país com grandes debilidades sociais, em estado pré-depressivo e de-semprego a subir, a banca “apresenta orgulhosamente” os seus lucros muito chorudos, cobrando taxas de juros muito altas e outras taxas por tudo e por nada. É curioso, muito curioso, que num país como o nosso o único negócio que verdadeiramente fl oresce seja a banca. E como todos já percebemos, ninguém lhe toca ou pede meças. Por que será?

Entrudanças. Realiza-se em Entradas, concelho de Castro Verde, uma celebração do Carnaval que assenta em música e danças de tradição; ofi cinas de contos, valsas mandadas e cante alen-tejano; teatro com as crianças da vila e bailes de tradição com bandas reputadas. É um Carnaval alternativo porque é diferente. Porque atrai pessoas de todo o país e a maioria das pessoas da terra. Contudo, a adesão das pessoas do distrito parece fraca. Talvez porque a tendên-cia e o enlevo recaiam sobre desfi les à brasileira. Por que será?

Será este refrescamen-to governamental um impulso novo ou, nes-te momento, o Gover-no entrou mesmo em declínio.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

EDITORIAL

Governo em mudança

crónica da cidadeprofessor universitário*

Não sou optimista!

Não sou um optimista! Digo-o por apego à ver-dade, mas sem orgulho! Tenho mesmo alguma

mágoa invejosa daqueles que têm a capacidade de pintar com cores belas o mais sombrio dos cenários! Esclareço este ponto, porque sempre sustentei que somos a soma de preconceitos, com os nossos vícios e vivências, que balizam as nossas visões do mundo. E, sem dúvida, que aqui-lo que somos, infl uencia a forma como analisamos o mundo que nos rodeia!

Vem tudo isto na sequência de uma intervenção minha no pro-grama da Rádio Pax, “Conselho de Opinião”, onde se perspecti-vava o ano de 2008. Assumi na al-tura, para estranheza de muitos, que estou optimista para o ano que agora inauguramos.

Não vou escamotear que a crise na bolsa, a incerteza nas eleições americanas, a inexorável escalada do preço do petróleo e os constrangimentos das taxas de juro, podem causar perplexi-dades na economia, indesejáveis e inesperadas há poucos meses. Mas, nem estas evidências, que causam constrangimentos aos mais insignes economistas, me toldam o optimismo.

Também não ignoro que o ano não começou bem: a crise no BCP desnudou as defi ciências das en-tidades de supervisão, fez-nos pensar na obscenidade de alguns salários dos gestores (embora, apenas me ofendam os venci-mentos dos gestores públicos), colocou na ribalta o mais abjecto do clientelismo político! Por outro lado, o ano de 2008 começou por exibir a doença crónica que ataca a saúde do nosso país, expondo-nos um ministro da Saúde, desde há meses na lista dos excedentá-rios, incapaz de explicar as alte-rações, algumas extremamente necessárias! Podia perder o meu optimismo nas páginas de algu-ma imprensa, que na procura do mais recente escândalo não perde a oportunidade de alarmar a população contra as debilida-des do sistema de saúde, as mais das vezes sem preocupações de rigor na informação, com total despudor pelos interesses da po-pulação, que começa a perder a ultima réstia de confi ança no Serviço Nacional de Saúde! Mas quero olhar o lado bom das coi-sas e chamar à colação a nova Lei do Tabaco, que apesar de ter uma péssima redacção, ser de dúbia interpretação, permitir abusos por parte de classes profi ssionais, ser fundamentalista e destratar os legítimos interesses de mui-tos pequeno empresários, faz de Portugal um país mais moderno

HUGO LANÇA SILVA*

Acredito que o facto de em 2009 existi-rem eleições fará de 2008 um bom ano.“

EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

Também aqui, a proximidade das eleições nos vai oferecer um exe-cutivo mais dialogante (quiçá até o senhor presidente da Câmara aceite receber a Arte Pública e che-guem a um acordo, em que ambos os interesses fi quem satisfeitos) e, com toda a certeza, o mandato não termina sem uma qualquer obra emblemática. A exímia organiza-ção eleitoral do PCP, com toda a certeza, não está desatenta!

Este ano é ainda o ano do aero-porto de Beja. Sendo certo que não sabemos bem para que irá servir, com toda a certeza que trará algum desenvolvimento à região. Com sorte até a instalação de alguma fá-brica, que combata a depressão na nossa ténue economia regional. Por outro lado, o Alqueva já dá água e conseguiu provar algo que muitos achavam um mito: é possível a agri-cultura regional ser rentável. Claro que foi necessário as terras serem vendidas a empresários estrangei-ros, mas, olhando os campos que nos circundam, compreendemos que podemos fabricar azeite e vi-nho, invertendo o abandono da agricultura. Além disso, começa a emergir o “Alqueva túristico”: não me choca, muito antes pelo contrá-rio, a aposta nas potencialidades tu-rísticas do Baixo Alentejo, nem me melindra viver e trabalhar numa região que para outros é de lazer ao fi m de semana! Antes uma popula-ção fl utuante do que caminhar ale-gremente para a desertifi cação…

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RECTIFICAÇÃO

Correio Alentejo n.º 94 de 01/02/2008 Única Publicação

SECÇÃO I: ENTIDADE ADJUDICANTE

I.1) DESIGNAÇÃO, ENDEREÇOS E PONTOS DE CONTACTODesignação Ofi cial:EDAB – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A.Endereço postal:Av. Salgueiro Maia – Edifício Expobeja, 2º andarLocalidade:BejaCódigo postal:7800 522 País:PORTUGAL

SECÇÃO II: OBJECTO DO CONTRATO

II.1) DESCRIÇÃOII.1.1) Designação dada ao contrato pela entidade adjudican-teEmpreitada de Concepção e Construção da ETAR do Aeroporto de Beja – Terminal Civil / 1ª Fase

SECÇÃO IV: PROCESSO

IV.3) INFORMAÇÕES DE CARÁCTER ADMINISTRATIVOIV.3.1) Número de referência atribuído ao processo pela en-tidade adjudicante05-INT-07

IV.3.2) Publicações anteriores referentes ao mesmo projec-to:SimOutras publicações préviasNúmero do anúncio no JO: 2007 /5 237 – 0288691 de 08/12/2007

IV.3.3) Condições para obtenção do caderno de encargo e dos documentos complementares (excepto para um SAD)Prazo para recepção de pedidos de documentos ou para aceder aos documentosData: 13/02/2008Hora: 17:30

IV.3.4) Prazos de recepção das propostas ou pedidos de par-ticipaçãoData: 03/03/2008Hora: 17:00

IV.3.7) Condições de abertura das propostasData: 04/03/2008Hora: 10:00

SECÇÃO VI: INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

VI.3) OUTRAS INFORMAÇÕESO Presente anúncio é uma rectifi cação ao anúncio de abertura de concurso publicado no Diário da República, 2ª Série – N.º 240 de 13/12/2007.

A EDAB, S.A. informa que, em consequência e em ligação com as novas datas acima referidas, o Conselho de Administração decidiu também alterar a data limite para o fornecimento de es-clarecimentos, pela EDAB, S.A. para o dia 06/02/2008.

VI.5) DATA DE ENVIO DO PRESENTE ANÚNCIO: 14/01/2008

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†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DE CAMPOS SOBRAL, de 91

anos, natural de Ervidel - Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no passado dia 28 de Janeiro, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério

local.

SANTA VITÓRIA

Às famílias enlutadas

apresentamos as nossas

mais sinceras condolências.

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†. Faleceu o Exmo. Sr. VALDE-MAR MANUEL BARROCAS CAS-CALHEIRA, de 34 anos, natural de Salvador – Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 26, da Capela do Bairro de Nossa Senhora da Con-ceição, para o cemitério de Beja.

ALJUSTREL / SANTA VITÓRIA

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL BATISTA MARQUES, de 93 anos, natural de Aljustrel, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25 de Janeiro, da Casa Mortuária de Penedo Gordo,

para o cemitério local.

PENEDO GORDO

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM JOSÉ PATARATA VERMELHUDO,

de 54 anos, natural de Pedrógão - Vidigueira, casado com a Exma. Sra. D. Maria Fernanda do Monte Ameixinha Vermelhudo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Janeiro, da Casa Mortuária de Pedrógão do Alentejo, para o cemitério local.

PEDRÓGÃO DO ALENTEJO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ROSA MARIA GAMEIRO PALMA, de 74 anos, natural de Beringel - Beja, casada com o Exmo. Sr. António Luís da Silva Engrácio. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Janeiro, da

Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério de Ferreira do Alentejo,

onde foi cremada.

TRIGACHES

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL ANTÓNIO FLORÊNCIO, de 85

anos, natural de Albernoa – Beja, viúvo. O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no passado dia 28 de Janeiro, da Casa Mortuária

de Albernoa, para o cemitério local.

ALBERNÔA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ MANUEL DA COSTA SERRA, de

65 anos, natural de Santa Maria da Feira – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria da Conceição Caldei-ra Flores. O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no passado dia 31 de Janeiro, da Igreja Paroquial

do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

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11 sexta-feira2008.02.01

Festival. Entrudanças arranca este sábado no Centro Recreativo de Entradas, concelho de Castro Verde

Carnaval alternativotrês dias em Entradas

Franceses Trio Lam, Pauliteiros de Miranda e Galandum Galundai-na no programa do Entrudanças.

VIDA ACTUAL SOCIEDADE

Organizado pela PédeXum-bo, uma associação para a promoção de música e dan-

ça com sede em Évora, o sétimo Entrudanças vai decorrer até se-gunda-feira, 4, na vila de Entradas, sobretudo com várias ofi cinas de dança e bailes-concerto.

O Entrudanças pretende “cele-brar o Carnaval através de formas participativas e de promoção de músicas, danças e culturas tradi-cionais, transformando o públi-co-espectador em público-partici-pante”, explicou Marta Guerreio, da PédeXumbo.

Assumindo-se como um “espa-ço cultural alternativo”, continuou, o festival vai oferecer, durante o dia, ofi cinas de danças europeias, africanas e brasileiras, de instru-mentos tradicionais e de máscaras, e à noite vira-se para os bailes-con-certo.

Constituído por uma violinista, um acordeonista e um guitarrista, o grupo de baile francês Trio Lam actua sábado e domingo, às 23h00, no salão do Centro Recreativo de

FESTEJOS NA CASA MÁRIO ELIAS A Casa das Artes Mário Elias, em Mértola,

celebra ao longo deste mês de Fevereiro o seu quinto aniversário com a iniciativa “Arte Non Stop”, que integra um con-junto diversifi cado de actividades.

MÚSICA SACRA NA MATRIZ DE ALVITO A Igreja Matriz de Alvito recebe este sábado,

2, o concerto de música sacra “Dois Mundos: Oriente/ Ocidente na Bacia do Mediterrâneo”, pelo Ensemble Alpha. A iniciativa, insere-se no festival itinerante “Terras sem Sombra”.

PROJECTO “TEVAL” REÚNE EM BEJA Beja recebe a 11 e 12 de Fevereiro uma

reunião do projecto comunitário “TEVAL 2 – Innovative Evaluation Model in Teaching and Training Organisations”. A iniciativa é promovida pela Escola Superior de Educação.

POLÍTICA > estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesias • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA

Entradas recebe mais uma edição do Entrudanças

Desfi les, música e muita folia vão marcar o Carnaval de Ferreira do Alentejo, em iniciativas promovi-das pela Câmara Municipal em co-laboração com outras entidades. Esta sexta-feira, 1, o Agrupamento Vertical de Escolas promove pela manhã um desfi le carnavalesco, bailes e concursos de máscaras. À tarde, às 14h30 na discoteca “Hora H”, terá lugar um encontro-con-vívio com os idosos do concelho inseridos no projecto “Ferreira em Rede para a Inclusão”.

No sábado, 2, realizam-se des-fi les em Canhestros e Alfundão, ao passo que durante a noite te-rão lugar bailes de máscaras em Canhestros, Figueira de Cavalei-ros e Odivelas. Paralelamente, o Grupo de Danças de Carnaval de Figueira dos Cavaleiros vai apresentar a “dança dos velhos” em Figueira dos Cavaleiros (sá-bado, às 16h00), Santa Margari-da do Sado (domingo, às 14h00), Canhestros (15h00) e Ferreira do Alentejo (16h00).

Na terça-feira, dia de Carna-val, a reciclagem é o tema para o desfi le que vai levar às ruas de Ferreira do Alentejo, pelas 15h00, os utentes das colectividades do concelho, do Centro Infantil e da Ofi cina da Criança. Segue-se, às 16h30, um concurso de más-caras. Ainda no dia de Carnaval, o Grupo de Danças de Carnaval de Figueira dos Cavaleiros volta a apresentar a “dança dos ve-lhos”, desta feita em Peroguarda (14h00), Alfundão (15h00), Odi-velas (16h00) e Figueira dos Cava-leiros (17h30).

Festejos

Carnavalanimadoem Ferreira

BrigRR treinou intervençãono Kosovo em Cabeça GordaA pacata aldeia de Cabeça Gorda transformou-se na segun-da- -feira, 28 de Janeiro, numa povoação kosovar, onde um resgate fi ctício e tumultuoso de uma minoria sérvia refugiada numa igreja testou a força portuguesa que vai para o Kosovo, em Março. A nova força, constituída por 290 militares do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista do Regimento de Infantaria (RI) 15, de Tomar, que pertence à Brigada de Reacção Rápida (BrigRR) do Exército Português, vai render o efectivo do 2.º Bat-alhão de Infantaria do RI14, de Viseu, que regressa em Março, após seis meses de missão.À semelhança das anteriores, a nova força vai em missão de “reserva táctica” do Comandante da Força no Kosovo (KFOR), liderada pela NATO, ou seja, vai estar pronta para actuar “em quaisquer ponto e situação” do “teatro de operações” no Kosovo, explicou o comandante da BrigRR, o major-general Carlos Jerónimo. Trata-se de operações de reserva, de vigilância de fronteiras, de combate ao contrabando, de resposta a crises e de controlo de tumultos.

Entradas (CRE).O trio dos arredores de Paris

oferece um “repertório original” que “concilia o baile e o concerto” e “desafi a” o público a dançar bour-rées, valsas, mazurkas, rondes du Quercy, rondeaus e scottishes, expli-cou Marta Guerreio.

A banda sonora das noites do festival inclui também concertos-baile com o grupo português de danças tradicionais europeias Tani-ra, domingo, e da brasileira Banda

Forrozada, segunda-feira, os dois espectáculos às 22h00, no salão do CRE.

Os portugueses Galandum Ga-lundaina encerram o festival, se-gunda-feira, às 23h00, no salão do CRE, com música de raiz tradicio-nal mirandesa, rimances, danças de roda e ilhaços (dança dos paus dos pauliteiros que os acompanham).

Entre as ofi cinas de instrumen-tos, Marta Guerreio destacou a “oportunidade” dos interessados

para aprender a tocar fl auta tam-borileiro e outros pequenos instru-mentos de percussão com elemen-tos dos Galandum Galundaina, como pandeireta ou os paus usa-dos pelos pauliteiros.

O festival vai “continuar a envol-ver a comunidade local e a privile-giar a riquíssima cultura alenteja-na”, apostando também em ofi cinas sobre tradições locais, frisou Marta Guerreio.

Aprender cante alentejano, dan-ças alentejanas e a tocar instrumen-tos típicos da região, como a viola campaniça, ou a cozinhar sopas de tomate ou nógado (doce tradicio-nal à base de mel de rosmaninho), são algumas das oportunidades.

“A oferta diversa de ofi cinas de danças e de instrumentos faz com que o Entrudanças atinja uma di-mensão alargada, atraindo a En-tradas participantes de todo o país e do estrangeiro”, salientou Marta Guerreio.

Em plena época de Carnaval, o Entrudanças oferece também ofi -cinas de máscaras e fatos carnava-lescos, além de outras actividades complementares, como documen-tários, sessões de contos tradicio-nais, artesanato e passeios pedes-tres para observação de avifauna.

As duas primeiras edições do En-trudanças, em 2000 e 2001, realiza-ram-se em Évora, e, depois de dois anos de interregno, o Entrudanças passou a realizar-se em Entradas.

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VIDA ACTUAL POLÍTICAsexta-feira2008.02.01 12

Autarquias. Executivo da Câmara de Almodôvar promove encontros com as populações do concelho

“Muito boa tarde, senhor presidente!”

Freguesia da Senho-ra da Graça de Padrões foi a primeira a ser visi-tada pelo executivo da Câmara de Almodôvar.

“Não tenho queixas, senhor presi-dente. O que é que a gente há-de pedir, se temos uma aldeia tão bo-nita?”. Sentada à soleira da porta, Maria Bárbara Tadeu, de 73 anos, interrompe o seu ponto cruz para apertar a mão ao presidente da Câ-mara de Almodôvar e trocar com ele meia-dúzia de palavras sobre a Graça dos Padrões.

Com pouco mais de meia cen-tena de habitantes, a maior parte idosos já reformados, a localidade é um dos pontos de paragem do exe-cutivo da autarquia almodovaren-se, que dedicou o dia 24 de Janeiro para tomar o pulso às necessidades e reclamações da freguesia.

“Aparecemos junto das pessoas, ouvimos aquilo que eles têm a di-zer e procuramos estabelecer uma relação de proximidade e confi ança com as populações”, explica Antó-nio Sebastião, justifi cando o novo fi gurino da iniciativa “Encontros com a População”, que nestas pri-meiras semanas do ano vai passar por todas freguesias do concelho de Almodôvar.

Problemas de “solução imediata”. A freguesia da Senhora da Graça dos Padrões acabou por ser a pri-meira a ser visitada pelo executivo municipal. De manhã, passagem pela Semblana. À tarde, visitas à Caiada, ao Monte do Pereiro e à sede de freguesia, antes do regresso à Semblana, para um encontro com a população no Centro Cultural.

Caminhando pelas ruas da Graça dos Padrões sem grandes pressas, acompanhando pelos vereadores Manuel Palma e Sílvia Batista, além do executivo da Junta de Freguesia

António Sebastião ouviu atentamente todas as reclamações e “conselhos” dos populares

local, António Sebastião aprovei-ta o sol de Janeiro e não regateia o contacto com a população.

Entre algumas risadas de surpre-sa pela visita, Sebastião é recebido afavelmente com o habitual “muito boa tarde, senhor presidente”. Na resposta, o autarca trata a maioria pelo nome próprio e pergunta por alguns familiares. Aborda o estado do tempo, debate as difi culdades do dia-a-dia e entabula conversa sobre as novidades hortícolas de alguns. Finalmente, lá questiona a opinião de cada um sobre a fregue-sia, ouvindo-os com grande aten-ção.

De braços cruzados ou mão di-reita sobre o queixo, vai registan-do mentalmente as reclamações. Da iluminação pública que podia ser melhor ao fontanário que não funciona, passando pela estrada a precisar de alcatrão ou a ligação da água que não funciona nas me-lhores condições, tudo merece uma palavra dos populares a António Sebastião.

Com estes presi-dentes de Junta e de Câmara têm-se feito umas coisinhas. Antes não se fazia aqui nada, era tudo para a Semblana.“

António Vargas79 anos

Todas temos água em casa, casa de ba-nho, tudo… O que é que a gente vai pedir ao senhor presidente?“

Maria Bárbara Tadeu73 anos

Embora não façam o que a gente pede, é importante aparecerem para saberem as necessidades das pessoas.“

Maria Diogo64 anos

“São pequenos problemas, a maior parte deles com solução ime-diata”, vinca o autarca, de imediato elogiando a postura e trabalho do executivo da Junta de Freguesia. “A eles devemos esta recepção muito positiva e este agrado que recebe-mos da parte das pessoas. Vamos conscientes e confi antes de que es-tamos a trabalhar e, naquilo que é a intervenção de uma Câmara e de uma Junta, estamos de consciência tranquila sobre o trabalho que está a ser desenvolvido”.

População satisfeita. A passagem do presidente da Câmara de Almo-dôvar, e restante executivo munici-pal, pelas ruas da freguesia em tom mais informal e fora da época dos votos também agrada à população da Senhora da Graça dos Padrões.

“Embora não façam o que a gen-te pede, é importante aparecerem para saberem as necessidades das pessoas”, refere ao “Correio Alen-tejo” Maria Diogo, de 64 anos, que bem reclamou a António Sebastião

a resolução do seu problema com os esgotos e o alcatroamento de uma estrada que passa à porta de casa.

“No Verão há sempre muito pó e vêm dali ‘desalvorados’... Fazem um pó que é uma coisa por demais”, elucida para justifi car o pedido.

Tal como Maria Diogo, também Maria Bárbara Tadeu gostou de ver António Sebastião nas ruas da sua aldeia. “Acho muito bem [que ele faça estas visitas]. Porque há pesso-as que têm falta. Para dizer a verda-de, a Graça dos Padrões até é uma aldeiazinha que está bem situada. Todas temos água em casa, casa de banho, tudo… O que é que a gen-te vai pedir ao senhor presidente?”, questiona.

Num registo mais bairrista, An-tónio Vargas, de 79 anos, vinca o seu regozijo pela presença de Antó-nio Sebastião na Graça dos Padrões. “Com estes presidentes de Junta e de Câmara têm-se feito umas coisi-nhas. Antes não se fazia aqui nada, era tudo para a Semblana”, conclui.

CARLOS PINTO JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

Ferreira do Alentejo

Bibliotecacelebra quartoaniversárioA Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo assinala esta semana o seu quarto aniversário com uma série de iniciativas, que se vão pro-longar até ao próximo sábado, 9. Os festejos arrancam na quarta-feira, 6, com uma edição especial da hora do conto (11h00), tor-neios de Playstation e xadrez (das 15h00 às 19h00), e a apresentação do projecto “Novos Horizontes das Psicoterapias”, por Francisco Palma Lopes (21h00). No sábado, 9, há mais actividades, com des-taque para o atelier “Ofi cina de Sobrevivência para Pais Contado-res de Histórias” (15h00) e para a sessão de contos para pais e fi lhos pelo grupo “O Contador de Histó-rias” (18h00).

Odemira

O TerceiroPrémio nabibliotecaA Biblioteca Municipal José Sa-ramago, em Odemira, recebe no próximo dia 8 a apresentação do terceiro livro de Armando Almei-da. O Terceiro Prémio será apre-sentado ao público a partir das 21h00, com a presença do autor e do actor Manuel Mendes. Natural do Porto mas a residir em Viana do Castelo, Armando Almeida tem 46 anos e desempenha actualmente funções no Ministério do Am-biente, depois de, entre outras ac-tividades, ter sido funcionário dos CTT, docente na Escola Secundá-ria de Odemira ou técnico do Par-que Natural Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Beja

Adiafa têmnovo discono mercado“Nã Há Vagar” é o título do novo ál-bum dos Adiafa. Depois do álbum homónimo e de “Tá o Balho Ar-mado”, os bejenses voltam às lides discográfi cas com um trabalho em que assumem o seu “legado alen-tejano”, em que “vozes enraizadas no cante” se misturam “perfeita-mente” com “outras estéticas mu-sicais”. “‘Nã Há Vagar’ é um disco para se escutar repetidas vezes, de preferência devagarinho”, adianta a promoção do novo álbum, expli-cando que o título do trabalho do grupo bejense pretende “dar uma ajuda, no sentido de que o ‘vagar’ seja um bem consumido, (já que estamos na era do consumismo) por todos. O ‘vagar’ é um bem mais precioso que o ouro... (só para se referenciar um valor há muito en-raizado na humanidade)”. Criado em Beja em 1998, o grupo Adiafa integra os músicos José Emídio, Luís Espinho, João Paulo Sousa, António Caturra, Armando Torrão e João Cataluna.

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E AINDA...

DESPORTIVO COM COMISSÃO ADMINISTRATIVA. O Desportivo de Beja vai ser gerido até ao fi nal da corrente época por uma comissão administrativa com-posta por Manuel Azedo, Jorge Parente, Carlos Xabregas, José Cortez, Bernardo Marujo, Luís Gomes e Luís Regageles.

ATLETISMO PARA INFANTIS EM BEJA. A Associação de Atletismo de Beja promove este sábado, 2, uma concentração para atletas infantis. A iniciativa vai decorrer na pista do Complexo Desporti-vo Fernando Mamede, em Beja.

TIAGO TARGINO NA TURQUIA. Os turcos do Vestel Manisaspor ga-rantiram esta semana o emprés-timo, até ao fi nal da época, do bejense Tiago Targino, jogador do Vitória de Guimarães.

série F III DIVISAO

J V E D M-S P 1 Aljustrelense 18 10 5 3 32-17 35 2 Beira Mar MG 18 9 6 3 25-13 33 3 Almansilense 18 7 8 3 20-15 29 4 Lusitano Évora 18 7 6 5 22-21 27 5 Fabril Barreiro 18 7 5 6 26-26 26 6 Campinense 18 7 4 7 30-25 25 7 Barreirense 18 6 7 5 26-21 25 8 Quarteirense 18 6 6 6 20-20 24 9 FC Ferreiras 18 6 5 7 25-22 23 10 Amora 18 6 3 9 21-30 21 11 Cova Piedade 18 5 5 8 19-29 20 12 Imortal 18 5 5 8 26-30 20 13 U. Montemor 18 4 4 10 19-34 16 14 Silves 18 3 7 8 18-26 16

Próxima Jornada | 03.02.2008 Barreirense-Aljustrelense, Imortal-Lusitano de Évora,

Campinense-Beira Mar MG, Amora-Fabril do Barreiro, Almansilense-Quarteirense, Cova da Piedade-Silves e U. Montemor-FC Ferreiras

JORNADA | 18

Aljustrelense – Imortal ....................................1-0 Lusitano de Évora – Campinense ....................3-2 Beira Mar MG – Amora ..................................3-0 Fabril do Barreiro – Almansilense ....................2-0 Quarteirense – Cova da Piedade .....................1-1 Silves – U. Montemor .....................................1-3 FC Ferreiras – Barreirense ...............................3-2

AF BEJA 1ª DIVISAO

JORNADA | 9

Ferreirense – Milfontes ...................................3-2

JORNADA | 10

Piense – Vasco da Gama ................................1-0 J V E D M-S P 1 FC Castrense 13 11 1 1 32-11 34 2 Desp. Beja 13 8 4 1 25-09 28 3 Moura AC 13 8 3 2 33-13 27 4 CD Almodôvar 13 7 3 3 25-21 24 5 FC Serpa 13 6 3 4 25-17 21 6 Odemirense 13 5 4 4 23-16 19 7 Ferreirense 13 5 2 6 22-25 17 8 Entradense 13 4 4 5 14-20 16 9 FC São Marcos 13 5 1 7 21-25 16 10 Vasco da Gama 13 4 3 6 16-18 15 11 Piense 13 3 2 8 14-32 11 12 Milfontes 13 2 5 6 17-24 11 13 Aldenovense 13 2 2 9 15-30 8 14 Cabeça Gorda 13 2 1 10 10-31 7

Próxima Jornada | 10.02.2008 CD Almodôvar-Odemirense, Ferreirense-FC Castrense,

FC Serpa-Moura AC, Vasco da Gama-Desportivo de Beja, FC São Marcos-Entradense, Piense-Cabeça Gorda e Milfontes-Aldenovense

JORNADA | 14

Rosairense – Messejanense.............................2-1 Beira Serra - Santa Clara-a-Nova ....................4-1 Alvorada de Ervidel – Sabóia ..........................1-2 Renascente – Sanluizense ...............................1-3 Descansou: Negrilhos

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE B

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE A

J V E D M-S P 1 Beira Serra 12 7 5 0 24-08 26 2 Sanluizense 12 8 1 3 26-11 25 3 Messejanense 12 7 3 2 13-07 24 4 Santa Clara 13 4 3 6 19-26 15 5 Alvorada 12 4 3 5 15-13 15 6 Negrilhos 12 3 4 5 09-14 13 7 Renascente 13 3 3 7 14-24 12 8 Rosairense 13 2 5 6 14-21 11 9 Sabóia 13 2 5 6 11-21 11

Próxima Jornada | 10.02.2008 Sanluizense-Rosairense, Messejanense-Beira Serra,

Santa Clara-a-Nova-Alvorada e Negrilhos-Renascente Descansa: Sabóia

JORNADA | 10

São Domingos – Baleizão ...............................1-5 Barrancos – Salvadense ..................................5-1

Despertar – Guadiana ....................................3-2 Alvito – Bairro da Conceição ..........................5-1 J V E D M-S P 1 Despertar 10 9 1 0 27-08 28 2 Barrancos 10 8 1 1 55-09 25 3 Guadiana 10 5 3 2 15-09 18 4 Alvito 10 4 2 4 18-15 14 5 Salvadense 10 4 2 4 10-15 14 6 B.º Conceição 10 2 2 6 11-27 8 7 Baleizão 10 2 1 7 13-22 7 8 São Domingos 10 0 0 10 04-47 0

Próxima Jornada | 09.02.2008 Guadiana-São Domingos, Baleizão-Barrancos, Bairro

da Conceição-Salvadense e Alvito-Despertar

TARIK REGRESSA DIANTE DA U. LEIRIA O extremo marroquino Tarik deve ser a

novidade na equipa do FC Porto que este sábado, 2, recebe no Estádio do Dragão o “lanterna-vermelha” União de Leiria. Jogo a partir das 19h15 (SportTv).

LEÕES VIAJAM ATÉ AO RESTELO A vitória frente ao FC Porto constituiu

um importante “balão de oxigénio” para o Sporting, que parte motivado para o dérbi com o Belensenses. Do-mingo, 3, às 19h30 (SportTv).

NACIONAL DA MADEIRA DE VISITA À LUZ Motivados pelo suado triunfo na casa do

Vitória de Guimarães, o Benfi ca recebe este sábado, 2, o tranquilo Nacional da Madei-ra. Rui Costa é ausência certa na partida, que está agendada para as 21h15 (TVI).

13CORREIO DESPORTIVO sexta-feira2008.02.01

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

Nasceu em 2005, transporta a anilha 5413068/2005 e é actu-almente a grande “estrela” na

colónia de Manuel Teixeira. Foi com esta pomba de cor pigarça que o co-lumbófi lo bejense, de 57 anos, subiu a um dos patamares mais altos da modalidade em Portugal, depois de ver a sua “atleta” conquistar, durante a exposição nacional, que teve lugar em Elvas entre 18 e 20 de Janeiro, os títulos nacional e ibérico da classe Sport em fundo.

Vitórias que a “pigarça campeã” juntou, na campanha columbófi la de 2007, ao primeiro lugar na classifi ca-ção nacional do “Pombo Ás” em fun-do e a mais quatro títulos distritais, todos na distância de fundo, através da Sociedade Columbófi la Asas de Beja.

“Estes títulos representam o tra-balho de quatro décadas de muita selecção e muito rigor”, afi ança ao “Correio Alentejo” Manuel Teixeira, não escondendo mesmo alguma surpresa com o êxito ibérico da sua pigarça.

“Quando temos uma pomba des-ta estirpe, sonhamos sempre com boas classifi cações. Mas é compli-cado porque não sabemos o que vai

Columbofi lia. Manuel Teixeira garantiu título nacional e ibérico em Elvas, durante a exposição nacional

Uma pigarça campeãPomba de Manuel

Teixeira somou títulos ao primeiro lugar nacio-nal do “Pombo Ás” em fundo.

aparecer em exposições nacionais. Quando a pomba foi campeã no dis-trito fi quei convencido que ela ia ter uma boa classifi cação. Mas não esta-va nos meus horizontes ser campeão nacional e campeão ibérico. Quanto muito, campeão nacional”, confessa.

Satisfeito com os títulos alcança-dos, que coloca entre os “mais im-portantes” da sua carreira desportiva, Manuel Teixeira não tem problema em revelar a “chave” para o sucesso. “O segredo é o trabalho e a dedicação. Para se conseguir bons resultados te-mos de nos dedicar 365 dias por ano à columbofi lia”, garante.

Daí o optimismo com que o co-lumbófi lo bejense encara a campa-nha de 2008, que arranca este mês de Fevereiro. “Na linha do que tem vindo a acontecer nos últimos anos, estou confi ante que poderei ter um bom desempenho. Trabalho todos os dias com afi nco para que isso aconteça. Vamos ver se os meus adversários o permitem…”

Paixão e vício. O tí-tulo ibérico chegou apenas em 2008, mas a columbofi lia en-trou muito cedo na vida de Manuel Teixeira. Foi há cerca de meio século, por infl uência de um vizinho columbófi lo, e hoje a modalidade é uma pai-xão viciante que consome quase na totalidade o quotidiano deste bejense.

“Apaixonei-me pela columbofi lia há 50 anos, por infl uência do meu vizinho Ernesto Fragoso, que tinha pombos ao lado da casa dos meus pais. Em miúdo comecei a frequentar

o pombal dele e a partir daí apaixo-nei-me de tal maneira pela colum-bofi lia que até hoje fi quei com este vício, que de dia para dia vai au-mentando”, afi rma.

Actualmente, Manuel Candeias dedica mais de oitos horas à sua colónia de cerca de 500 pombos e garante que só a “dor-mir” não pensa nos seus atletas. “Além da compe-tição, os columbófi los têm também a criação, que nos ocupa muito tempo. Só se conseguem bons resul-tados com uma boa base de re-

Atletismo

Campeões na BaroniaVítor Carvalheira (CNA) e Fáti-ma Santos (JDN) são os novos campeões distritais de estrada. Os dois atletas garantiram o tí-tulo durante os campeonatos distritais da Associação de Atle-tismo de Beja, que tiveram lugar no domingo, 27 de Janeiro, em Vila Nova da Baronia.

Além de Vítor Carvalheira e Fátima Santos, a prova de Vila Nova da Baronia consagrou também como campeões dis-tritais de estrada o veterano Sil-vestre Gomes (JDN); os juvenis Tiago Baião e Bárbara Resende (ambos do BAC); os iniciados António Vilhena e Tânia Santia-go (ambos do Entradense); e os infantis Miguel Lacerda (Sines) e Sara Inácio (JDN).

Atletismo

Triatlo jovem em AlpiarçaOs atletas António Vilhena (Entra-dense), Ana Luísa Santos (Bairro da Conceição), Angelina Rocha (Sp. Cuba), Elsa Patriarca, Pedro Pereira e Luís Landeiro (todos da JDN) vão ser os representantes da Associação de Atletismo de Beja na fi nal nacional do triatlo técnico jovem, que tem lugar este sábado, 2, em Alpiarça.

Os seis baixo-alentejanos ga-rantiram o passaporte para a fi nal, depois de vencerem a fase dis-trital, que se realizou no passado sábadeo, 26 de Janeiro, na pista do Complexo Desportivo Fernande Mamede, em Beja. Colectivamen-te, triunfou em Beja a formação da JDN, com um total de 6.067 pon-tos, seguida do Bairro da Concei-ção e do Entradense.

Futebol

Taça do Distrito no domingoTem lugar este domingo, 3, a terceira eliminatória da Taça do Distrito de Beja, em que o gran-de destaque vai para a recepção do Desportivo de Beja ao Vasco da Gama. Completam esta ron-da as partidas Piense-Moura AC; Guadiana de Mértola-FC Castrense e Desportivo de Alvi-to-Ferreiremse.

De fora dos quartos-de-fi -nal da Taça está, por decisão do Conselho de Disciplina da AFB, a equipa do Despertar. Os bejen-ses venceram dentro das quatro linhas o Desportivo de Alvito, mas acabaram por ser elimina-do na secretaria, em virtude do facto de terem utilizado nessa partida dois jogadores da equi-pa júnior de forma irregular.

produção. E essa reprodução tem de ser estudada e analisada”, justifi ca.

Esta lógica de pensamento le-vanta a questão: e estará

Manuel Teixeira dis-ponível para vender

a premiada pigarça? “Estou receptivo a propostas. Tan-to para esta como para qualquer outra pomba. Aqui não há

atletas inegociáveis”, conclui, garantindo

que uma campeã como a sua está avaliada

“em cerca de 15 mil eu-

ros”.

CARLOS PINTO JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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EXPOSIÇÕES | 10

ALJUSTREL Espaço Ofi cinas

Até 9 de Fevereiro “Entrudo Chocalheiro”, exposição de

máscaras

ALMODÔVAR Galeria da Praça

Até 10 de Fevereiro Escultura de Gonçalo Jardim

ALVITO Centro Cultural

Até 24 de Fevereiro “O Imaginário das Nossas Histórias”,

exposição de cerâmica de Teresa Cortez

BEJA Casa da Cultura

Até 29 de Fevereiro Mostra de trabalhos dos ateliers de Verão

da Casa da Cultura

Cafetaria da Casa da Cultura Até 15 de Fevereiro Exposição de BD de Lobato

Museu Botânico do IPB “O Passado está Presente ou Uma Longa

História de Fósseis Vivos”

FERREIRA DO ALENTEJO Museu Municipal

Até 29 de Fevereiro “Fé”, exposição de fotografi as de Eduardo

Gageiro

Galeria de Arte Até 29 de Fevereiro Exposição de fotografi a de David Maciel

MÉRTOLA Casa das Artes Mário Elias

Até 12 de Fevereiro “Ribanho”, exposição de cartoons de

LUCA

VIDIGUEIRA Posto de Turismo

Até 5 de Fevereiro Mostra de trabalhos do atelier aberto de

artes decorativas de Natal

CINEMA | 11

ALMODÔVAR Cine-teatro Municipal

Peões em Jogo Sexta | dia 1 | 21h30

O Sonho Comanda a Vida Sábado | dia 2 | 21h30

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

Elizabeth – A Idade do Ouro Sexta | dia 1 | 21h30

CASTRO VERDE Cine-teatro Municipal

O Sonho Comanda a Vida Sexta | dia 1 | 21h30

Peões em Jogo Sábado e domingo | dias 2 e 3 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJO Centro Cultural Manuel da Fonseca

A Bússola Dourada Sexta a domingo | dias 1 a 3 | 21h00

MÉRTOLA Cine-teatro Marques Duque

Promessas Perigosas Sexta | dia 1 | 21h30

MOURA Cine-teatro Caridade

Alvim e os Esquilos Sexta a domingo | dias 1 a 3 | 21h15

ODEMIRA Cine-teatro Camacho Costa

Guerra Sexta | dia 1 | 21h30

Hitman – Agente 47 Sábado | dia 2 | 21h30

SERPA Cine-teatro Municipal

Hora de Ponta 3 Sábado e domingo | dias 2 e 3 | 21h30

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sexta-feira2008.02.01 14

DANÇAS E MÚSICA EM ENTRADAS Os Galandum Galundaina são os

cabeça-de-cartaz do festival de danças de tradição Entrudanças, que se realiza entre sábado e segunda-feira, 2 a 4, em Entradas.

CLÃ ACTUAM SÁBADO EM BEJA Os portuenses Clã apresentam este

sábado, 2, no Pax Julia, em Beja, o seu mais recente álbum de originais, “Cintura”. O concerto arranca às 21h30 e as entradas custam 10 euros.

LENDIAS D’ENCANTAR EM SÃO MIGUEL A companhia de teatro Lendias D’Encantar,

de Beja, apresenta esta sexta-feira, 1, a peça “O Amor é Solúvel na Água” no Centro Sócio-cultural de São Miguel, no concelho de Odemira. Início às 21h30.

Efeméride. Castro Verde assinala centenário do regicídio de 1 de Fevereiro de 1908

O alentejano que matou o rei

Aevocação e comemoração do centená-rio do regicídio no concelho de Castro Verde começaram quinta-feira, 31, e vão

prolongar-se até 5 de Outubro de 2010, data em que se assinala um século sobre a proclamação da República.

Um dos momentos mais emblemáticos des-ta iniciativa é, nesta sexta-feira, 1, o lançamento de Crónica do Regicida Invisível – Alfredo Luís da Costa, livro do jornalista Paulo Barriga, edi-tado pela Câmara Municipal de Castro Verde. Trata-se de uma obra que conta a verdadeira história do alentejano de Casével que, na óptica do autor, foi o “verdadeiro mentor” do atentado que vitimou o rei D. Carlos I e seu fi lho, D. Luís Filipe.

O livro “é a crónica possível sobre a vida” de Alfredo Luís da Costa – um dos homens que, a par de Manuel Buíça, desferiu os tiros mortais sobre o rei no dia 1 de Fevereiro de 1908. “O ver-

GUI’ ARTE

GUIA CULTURAL

Mistério e av...

Crónica do Regicida Invisível – Alfredo Luís da Costa conta a história do homem de Casével (Castro Verde) que matou o último rei de Portugal.

O primo António CostaAntónio Costa, 72 anos, residente em Castro Verde, é primo “em terceiro grau” de Alfredo Luís da Costa. E guarda fresca na memória a versão que um tio comum lhe contou: “Ele vinha treinar-se a Casével e desferia tiros num portão a 200 metros da aldeia”. “Orgulhoso” do seu parente, António Costa confi rma que o regicida alentejano era um “fervoroso apoiante da causa republicana e da maçonaria”. E garante em declara-ções ao “CA” que o plano apontava para “matar toda a família real e não apenas o rei e o príncipe herdei-ro”. “O pior disto tudo é que a rainha [D. Amélia] ameaçou mandar matar os ‘Costas’ todos até à quinta geração. Veja bem que até o meu neto ainda estava debaixo da ameaça”, declara.

dadeiro mentor do atentado e algoz de Carlos I morreu como viveu: invisível”, advoga Paulo Barriga.

Alfredo da Costa era natural da aldeia de Ca-sével, de onde partiu ainda criança para Lisboa. Aí aprendeu o ofício de caixeiro com um tio rico e levou uma vida multifacetada, composta por acções de conspiração contra a monarquia, fos-se a escrever em jornais ou na criação de uma editora propagandística.

Por norma, a História elege Manuel Buíça como grande protagonista do atentado. Paulo Barriga explica que o livro agora publicado “é uma tentativa de estabelecer uma biografi a so-bre um homem quase incorpóreo, oculto e es-quecido nas engrenagens da História”.

Na nota prévia de abertura, a Câmara Muni-cipal de Castro Verde destaca que o conteúdo “não é um elemento puro na natureza da ‘objec-tividade histórica’, mas um fragmento limitado pelo interesse que o motivou”. E adianta que a Crónica do Regicida Invisível pretende “dar voz ao silêncio que carrega” Alfredo Luís da Costa, um homem de 24 anos quando “trocou a sua vida por um acto que transformaria o país”.

PROGRAMA

FÓRUM MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

Sexta | dia 1 | 18h30 Lançamento do livro Crónica do Regicida Invísivel - Alfr-

do Luís da Costa, de Paulo Barriga

CASÉVEL

Sábado | dia 2 | 16h00 Descerramento de lápide evocativa de Alfredo Luís da

Costa

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

Sexta | dia 15 | 21h30 Conferência “O Psicodrama Nacional do Regicídio de 1908

na Transição da Monarquia para a República” pelo historia-dor João Medina

CINE-TEATRO MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

Sábado | dia 16 | 21h30 Espectáculo de canções anarquistas com Vitorino Salomé

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sexta-feira2008.02.0115284 329 400 PUBLICIDADE

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01.02.2008 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA

TEMPO PARA HOJE. Céu pouco nublado ou limpo, aumentando a neblu-sidade para o fi m do dia. Pequena descida da temperatura máxima.

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.05 GRANDE ENTREVISTA • p.07 ANÁLISES & OPINIÃO • p.11 VIDA ACTUAL > Sociedade | Política • p.13 CORREIO DESPORTIVO • p.14 GUI’ARTE

16 03

pub.

SÁBADO. [21H30] CLÃ NO TEATRO PAX JULIA Os portuenses Clã, liderados por

Manuela Azevedo, apresentam este sábado em Beja o seu novo álbum, “Cintura”.

SEGUNDA. [22H00] FORROZADA EM ENTRADAS Carnaval que se preze tem “ritmo

brasileiro” e a Banda Forrozada vai animar a vila de Entradas, no âmbito do 7º Entrudanças.

PAULO BARRIGA JORNALISTA

O verdadeiro mentor do atentado e algoz de Carlos I [Alfredo Luís da Costa] morreu como viveu: invisível.“

SEXTA

SUGERE...

Desfi les e muita música vão marcar a pró-xima terça-feira, 5, dia de Carnaval, em Al-modôvar e Cuba, que à imagem dos anos anteriores voltam a ser ponto de referência nesta época para todos os foliões do Baixo Alentejo.

Em Almodôvar a animação vai ter como “centro nevrálgico” a Praça da República, com o corso carnavalesco a sair às 14h30, seguido de um “show” com Edna Pimenta e Bambaiana. Por sua vez, em Cuba, o Carna-val começa a ser celebrado às 15h00, quan-do o corso – que conta uma dezena de carros

Festejos. Desfi les, foliões, mascarados e muito divertimento

Carnaval animadoem Cuba e Almodôvar

Teatro

CompanhiaBAAL 17 ensinanas escolasA BAAL 17 – Companhia de Teatro na Edu-cação do Baixo Alentejo, com sede em Ser-pa, reformulou o seu programa de interac-ção teatral e iniciou neste ano de 2008 um trabalho percursor junto das escolas do concelho.

Fonte da companhia revela que o projec-to abrange os alunos das escolas do primeiro ciclo do ensino básico ao ensino secundário e tem por fi nalidade “estimular a participa-ção dos jovens, fornecendo-lhes um instru-mento alternativo de ensino, informação e criação cultural e artística”. Nesse sentido, o programa inclui intervenções continuadas de Drama na Educação, a apresentação do espectáculo “Narizes II”, intervenções de teatro participativo e a apresentação de es-pectáculo para os alunos-alvo dos ateliers de teatro participativo.

alegóricos – sair do Largo Fialho de Almeida e percorrer as principais artérias da vila ao som da Banda do Trio Eléctrico. Após o des-fi le, tem lugar no pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Cuba um baile de máscaras, onde serão entregues aos grupos os prémios de participação no corso. sudoku

grau de difi culdade > MÉDIO

5 7 3 2 1 3 6 8 7 1 7 3 2 3 4 1 3 9 5 2 1 3 1 4 8 1 6 3 6 8 2

9 8 4 5 7 6 3 2 1 3 6 2 8 9 1 4 5 7 1 7 5 4 3 2 8 9 6 6 1 7 9 4 5 2 3 8 4 2 8 7 1 3 5 6 9 5 9 3 2 6 8 7 1 4 2 3 1 6 8 4 9 7 5 8 5 9 1 2 7 6 4 3 7 4 6 3 5 9 1 8 2

solução

INSTRUÇÕES DO JOGOCompletar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casas dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado.

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Cuba vai contar com um corso de 10 carros alegóricos nas ruas da vila.

Almodôvar atrai todos os anos centenas de pessoas ao desfi le carnavalesco.

CORRECÇÃO

FINANCIAMENTO DAS OBRAS DA ESTIG DE BEJA. Na última edição do “CA”, noticiámos erradamente os valores da adjudicação das obras de construção da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG) de Beja. O valor correcto da referida adjudicação é 2.998.801 euros, ver-ba que será assegurada através da comparticipação do Programa Ope-racional Ciência e Inovação 2010 (POCI). Sublinhe-se ainda que o restante valor será fi nanciado atra-vés do Programa de Investimento e Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) – 428.779 euros – e por verbas do próprio Instituto Politécnico de Beja – 574.596 euros. Refi ra-se que estes valores corres-pondem à construção do edifício da ESTIG. Pelos lapsos apresenta-mos as nossas desculpas aos leito-res e ao IPB.

Política

Pita Ameixa critica comunistas

O PS acusa as câmaras municipais do dis-trito de Beja com maioria comunista de manterem os seus projectos de abasteci-mento de água em alta num “impasse”.

O presidente da Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS, Luís Pita Ameixa, garante que enquanto as autarquias da CDU se recusam a “associar-se com o Es-tado para resolver o problema”, manten-do a questão num “impasse”, as edilida-des de maioria socialista “estão já resolver a questão com a Águas de Portugal”.

Nesse sentido, Pita Ameixa apela ao “entendimento e cooperação” entre câ-maras e Estado, de modo a ultrapassar o “moroso” processo do projecto de abaste-cimento de água em alta.

Cultura

Cortiçol apresentarevista e novo CD

A Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura, de Castro Verde, apresenta no dia 8 a sua nova revista cultural. O lançamento da publicação terá lugar às 18h00, no Museu da Lucerna, em Castro Verde. A edição de uma revista de cariz cultural era um projecto que há muita vinha a ser preparado pela Corti-çol. A publicação vai focalizar o seu interes-se na “vertente antropológica, sociológica e etnográfi ca, com abordagens etno-musical, capaz de ser um instrumento com caracte-rísticas de investigação e rigor sobre o que se faz e como se faz a cultura na região”. Na mesma ocasião vai ser apresentado o CD “Sons da Viola Campaniça”, da autoria de Manuel Bento, o mais antigo tocador deste instrumento musical.

Mascarados animam Carnaval