solÈ, izabel

2
SOLÉ, Izabel: Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. “Que a leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto; nesse processo tenta-se satisfazer [obter uma informação pertinente para] os objetos que guiam sua leitura.” p. 22 “Esta afirmação tem várias consequências. Em primeiro lugar, envolve a presença de um leitor ativo que processa e examina o texto. Também implica que sempre deve existir um objetivo para guiar a leitura; em outras palavras, sempre lemos para algo, para alcançar alguma finalidade.” p. 22 “Uma nova implicação derivada da anterior é que a intepretação que nós, leitores, realizamos dos textos que lemos depende em grande parte do objetivo da nossa leitura. Isto é, ainda que o conteúdo de um texto permaneça invariável, é possível que dois leitores com finalidades diferentes extraiam informação distinta do mesmo.” p. 22 “Ainda com relação as implicações da minha primeira afirmação sobre o que é ler, gostaria de ressaltar o fato de que o leitor constrói o significado do texto. Isto não quer dizer que o texto em si mesmo não tenha sentido ou significado; felizmente para os leitores, essa condição

Upload: dayane-rodrigues

Post on 03-Oct-2015

7 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Fichamento: SOLÉ, Izabel: Estratégias de Leitura

TRANSCRIPT

SOL, Izabel: Estratgias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Que a leitura um processo de interao entre o leitor e o texto; nesse processo tenta-se satisfazer [obter uma informao pertinente para] os objetos que guiam sua leitura. p. 22

Esta afirmao tem vrias consequncias. Em primeiro lugar, envolve a presena de um leitor ativo que processa e examina o texto. Tambm implica que sempre deve existir um objetivo para guiar a leitura; em outras palavras, sempre lemos para algo, para alcanar alguma finalidade. p. 22

Uma nova implicao derivada da anterior que a intepretao que ns, leitores, realizamos dos textos que lemos depende em grande parte do objetivo da nossa leitura. Isto , ainda que o contedo de um texto permanea invarivel, possvel que dois leitores com finalidades diferentes extraiam informao distinta do mesmo. p. 22

Ainda com relao as implicaes da minha primeira afirmao sobre o que ler, gostaria de ressaltar o fato de que o leitor constri o significado do texto. Isto no quer dizer que o texto em si mesmo no tenha sentido ou significado; felizmente para os leitores, essa condio costuma ser respeitada. Estou tentando explicar que o significado que um escrito tem para o leitor no uma traduo ou rplica do significado que o autor quis lhe dar, mas uma construo que envolve o texto, os conhecimentos prvios do leitor que o aborda e seus objetivos. p. 22

Mas a variedade no afeta apenas os leitores, seus objetivos, conhecimentos e experincias previas. Os textos que lemos tambm so diferentes e oferecem diferentes possibilidades e limitaes para a transmisso de informao escrita. p. 22

O contedo muda, naturalmente, mas no se trata apenas disto. As diferentes estruturas do texto - ou superestruturas (Van Dijk, 1983) impe restries forma em que se