sociologia 1 s_em_volume_3_aluno

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Nome: Escola: 1 a SÉRIE ENSINO MÉDIO Caderno do Aluno Volume 3 SOCIOLOGIA Ciências Humanas

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Page 1: Sociologia 1 s_em_volume_3_aluno

Nome:

Escola:

1a SÉRIEENSINO MÉDIOCaderno do AlunoVolume 3

SOCIOLOGIACiências Humanas

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,

Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami

Makino e Sayonara Pereira

Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,

Carla de Meira Leite, Renata Elsa Stark e Sérgio

Roberto Silveira

LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges,

Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo

Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e

Sueli Salles Fidalgo

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet

Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,

José Luís Marques López Landeira e João

Henrique Nogueira Mateos

Matemática e suas Tecnologias

Matemática: Nílson José Machado, Carlos

Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz

Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério

Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e

Walter Spinelli

Caderno do Gestor

Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de

Felice Murrie

Equipe de Produção

Coordenação Executiva: Beatriz Scavazza

Assessores: Alex Barros, Beatriz Blay, Carla Cristina

Reinaldo Gimenes de Sena, Eliane Yambanis,

Heloisa Amaral Dias de Oliveira, Ivani Martins

Gualda, José Carlos Augusto, Luiza Christov,

Maria Eloisa Pires Tavares, Paulo Eduardo Mendes,

Paulo Roberto da Cunha, Ruy César Pietropaolo e

Solange Wagner Locatelli

Equipe Editorial

Coordenação Executiva: Angela Sprenger

Assessores: Denise Blanes e Luis Márcio Barbosa

Projeto Editorial: Zuleika de Felice Murrie

Edição e Produção Editorial: Conexão Editorial,

Jairo Souza Design e Occy Design

(projeto gráfico)

APOIO

FDE – Fundação para o Desenvolvimento

da Educação

CTP, Impressão e Acabamento

Gráfica e Editora Posigraf S.A.

Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.

Coordenação do Desenvolvimento dos

Conteúdos Programáticos, dos Cadernos

dos Professores e dos Cadernos dos Alunos

Ghisleine Trigo Silveira

AUTORES

Ciências Humanas e suas Tecnologias

Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov,

Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime

Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina

Araujo e Sérgio Adas

História: Paulo Miceli, Diego López Silva,

Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli

e Raquel dos Santos Funari

Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de

Souza Martins, Marcelo Santos Masset

Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella

Christina Schrijnemaekers

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola

Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira,

Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria

Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga

Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha,

Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e

Solange Soares de Camargo

Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina

Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti

Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene

Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni

e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues

Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia,

Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar,

Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti

Ydi e Yassuko Hosoume

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam

Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel,

Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de

Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de

Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira,

Sonia Salem e Yassuko Hosoume

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes,

Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza,

Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa

Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda

Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião

GovernadorGeraldo Alckmin

Vice-Governador Guilherme Afif Domingos

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas

Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo

Coordenadoria de Ensino do Interior

Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo

Fundação para o Desenvolvimento da Educação

EXECUÇÃO

Coordenação GeralMaria Inês Fini

ConcepçãoGuiomar Namo de MelloLino de MacedoLuis Carlos de MenezesMaria Inês FiniRuy Berger (em memória)

GESTÃO

Fundação Carlos Alberto Vanzolini

Presidente da Diretoria Executiva:Antonio Rafael Namur Muscat

Diretor de Gestão de Tecnologias aplicadas à Educação:Guilherme Ary Plonski

Coordenadoras Executivas de Projetos:Beatriz Scavazza e Angela Sprenger

COORDENAÇÃO TÉCNICA

CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos* deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei nº- 9.610/98.

* Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

Governo do Estado de São Paulo

Governador

Geraldo Alckmin

Vice-Governador

Guilherme Afif Domingos

Secretário da Educação

Herman Voorwald

Secretário-Adjunto

João Cardoso Palma Filho

Chefe de Gabinete

Fernando Padula Novaes

Subsecretária de Articulação Regional

Rosania Morales Morroni

Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP

Silvia Andrade da Cunha Galletta

Coordenadora de Gestão da Educação Básica

Maria Elizabete da Costa

Coordenador de Gestão de Recursos Humanos

Jorge Sagae

Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação

Educacional

Maria Lucia Guardia

Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares

Ana Leonor Sala Alonso

Coordenadora de Orçamento e Finanças

Claudia Chiaroni Afuso

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE

Barjas Negri

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Page 3: Sociologia 1 s_em_volume_3_aluno

CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL

COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB

Coordenadora Maria Elizabete da Costa

Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva

Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel

Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato

EQUIPES CURRICULARES

Área de Linguagens Arte: Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno, Pio de Sousa Santana e Roseli Ventrela.

Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosangela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira.

Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira.

Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.

Área de Matemática Matemática: João dos Santos, Juvenal de Gouveia, Otavio Yoshio Yamanaka, Patrícia de Barros Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce.

Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes.

Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.

Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.

História: Cynthia Moreira Marcucci, Lydia Elisabeth Menezello e Maria Margarete dos Santos.

Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida, Sérgio Roberto Cardoso e Tony Shigueki Nakatani.

PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Daniela Peixoto Rosa, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira, Silvana Alves Muniz, Thiago Candido Biselli Farias e Welker José Mahler.

Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos, Silmara Santade Masiero e Sílvia Cristina Gomes Nogueira.

Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Angela Maria Baltieri Souza, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, João Mário Santana, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres.

Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Claudia Segantini Leme, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Sofia Valeriano Silva Ratz.

Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati.

Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique Ghelfi Rufino, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi.

Química: Armenak Bolean, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.

Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano.

História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.

Sociologia: Aparecido Antônio de Almeida, Jean Paulo de Araújo Miranda, Neide de Lima Moura e Tânia Fetchir.

GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL

FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI

Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat

Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos

GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO

Direção da Área Guilherme Ary Plonski

Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza

Gestão Editorial Denise Blanes

Equipe de Produção

Editorial: Ana C. S. Pelegrini, Cíntia Leitão, Mariana Góis, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita e Tatiana F. Souza.

Direitos autorais e iconografia: Débora Arécio, Érica Marques, José Carlos Augusto, Maria Aparecida Acunzo Forli e Maria Magalhães de Alencastro.

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Page 4: Sociologia 1 s_em_volume_3_aluno

COORDENAÇÃO TÉCNICA Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello Lino de Macedo Luis Carlos de Menezes Maria Inês Fini (coordenadora) Ruy Berger (em memória)

AUTORES

Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira.

Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.

LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo.

LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.

Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli. Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira.

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas.

História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari.

Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers.

Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.

Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume.

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.

Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

EQUIPE DE PRODUÇÃO Coordenação executiva: Beatriz Scavazza. Assessores: Alex Barros, Antonio Carlos de Carvalho, Beatriz Blay, Carla de Meira Leite, Eliane Yambanis, Heloisa Amaral Dias de Oliveira, José Carlos Augusto, Luiza Christov, Maria Eloisa Pires Tavares, Paulo Eduardo Mendes, Paulo Roberto da Cunha, Pepita Prata, Renata Elsa Stark, Solange Wagner Locatelli e Vanessa Dias Moretti.

EQUIPE EDITORIAL Coordenação executiva: Angela Sprenger. Assessores: Denise Blanes e Luis Márcio Barbosa. Projeto editorial: Zuleika de Felice Murrie.

Edição e Produção editorial: Adesign, Jairo Souza Design Gráfico e Occy Design (projeto gráfico).

APOIO Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE

CTP, Impressão e Acabamento Esdeva Indústria Gráfica S.A.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos* deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei nº- 9.610/98.

* Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.* As fotografias da agência Abblestock/Jupiter publicadas no material são de propriedade da Getty Images.* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).

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Page 5: Sociologia 1 s_em_volume_3_aluno

Para começo de conversa

Caro aluno,

No Volume passado, observamos que a Sociologia tem como objeto o estudo do homem nas suas relações e interações com outros homens. O homem é, portanto, um ser social, e para viver em sociedade passa pelos processos de socialização primária e secundária, pela incorporação de papéis e pela construção de sua identidade. Mas será então que é o viver em sociedade que nos diferencia dos outros animais? Certamente que não. O homem só existe como ser social, mas muitos animais também vivem em sociedade. Logo, não é viver em sociedade que torna o homem diferente dos outros animais.

O que distingue o homem dos outros animais é o fato de que ele é o único ser que tem e produz cultura. Neste Volume, vamos discutir as seguintes questões: O que nos une como seres humanos? e O que nos diferencia? O que nos diferencia dos outros animais é o fato de que o homem é o único capaz de adquirir cultura. Mas o que é cultura? Quais são suas características? Qual é o papel do instinto na vida do homem? E o do meio geográfico? O homem é totalmente influenciado pelos seus genes? Enfim, essas são algumas das questões cujas respostas podem esclarecer o que nos une e o que nos diferencia como seres humanos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1O CARÁTER CULTURALMENTE CONSTRUÍDO DA HUMANIDADE

O homem existe como ser social e, por isso, passa por um processo de socialização primária e secundária à medida que cresce. Dessa forma, ele se insere em um grupo e na sociedade.

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Grupos de animais

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Sociologia - 1ª série - Volume 3

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Page 6: Sociologia 1 s_em_volume_3_aluno

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Nas fotos apresentadas, vemos que outros animais também vivem em grupo. As imagens não mostram, mas sabemos que também eles passam por um curto processo de socialização para poder viver com o grupo e que, portanto, não podem simplesmente agir conforme a sua vontade. Logo, os animais também vivem em sociedade, assim como nós.

Mas os animais não são totalmente iguais a nós, apesar de muitos viverem em grupo e precisarem aprender a viver juntos.

O que todos nós temos em comum é a capacidade de nos diferenciar uns dos outros e de vivermos essa experiência, que é a de ser humano da forma mais variada possível, por meio da imersão nas mais diferentes culturas. Logo, o que nos liga são as nossas diferenças; e elas são dadas pela cultura.

Toda cultura é uma construção histórica e social. Nossos hábitos, costumes, maneiras de agir, sentir, viver e até morrer são culturalmente estabelecidos. Dizer que eles são uma construção não é aleatório. Pois construção tem a ver com montagem, com algo que passa pela mão do homem, que não está pronto, ou seja, que não é dado pela natureza, mas sim que passa por algum processo até se transformar no que é.

A cultura é uma construção histórica, porque varia de uma época para outra, porque demorou muito para ser o que é.

A cultura é uma construção social, porque é partilhada por um grupo.

Grupos humanos diferentes, portanto, têm culturas diferentes; isso significa dizer que quase nada no homem é natural. Se um comportamento é considerado natural para uma sociedade e não para outra, isso significa que ele não é natural, e, sim, cultural.

Não há ser humano que possa existir sem estar imerso em determinada cultura. Somos todos seres culturais. Pode-se dizer que não há uma natureza humana igual para todos os seres humanos, para além da constatação de que todos temos a capacidade de sermos diferentes entre nós.

Se apenas um grupo ou alguns grupos consideram uma forma de agir, pensar e sentir como natural, você pode ter certeza de que não se trata de algo natural, e, sim, cultural. Tudo o que é natural para uns e não para outros não é natural. Pois natural seria o que faz parte da natureza humana, ou seja, o que é compartilhado por todos os seres humanos.

Etapa 1 − Os homens e a natureza

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Em outras culturas:

O jeans e a camiseta não são roupas naturais para o ser humano. Na Índia, por exemplo, é comum as mulheres usarem o sári; já no Brasil, muitos povos indígenas andam nus.

Casar de branco.

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Escreva o que cada uma das cores a seguir pode usualmente simbolizar no Brasil:

Não são todos os povos que enterram seus mortos. Os indianos, por exemplo, costumam queimá-los.

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Na nossa sociedade, a noiva veste-se de branco, mas em muitas sociedades a cor da roupa da noiva não é o branco.

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Comer arroz e feijão também não é algo natural. Existem grupos no deserto que se alimentam de gafanhotos, e o escargot (tipo de lesma) é uma iguaria na França.

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Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

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Nenhuma dessas associações é natural ao ser humano, pois, caso isso fosse realmente natural, todos os indivíduos, em todas as sociedades, fariam as mesmas associações. Se isso não ocorre, é porque quase nada é natural no ser humano, e o simbolismo das cores é um exemplo de como o que muitos consideram “natural”, na verdade, é fruto de uma construção histórica, social e cultural.

Responda, com base nos textos, nas explicações de seu professor e no debate em sala de aula.

1. É possível dizer que há uma natureza humana igual para todos? O que é natural no ser humano?

2. Com relação aos seres humanos, o que os torna humanos? O que une e o que diferencia os seres humanos?

Pesquise e escreva exemplos de:

a) roupas ou adereços usados por diferentes povos:

PESQUISA INDIVIDUAL

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“[...] cada qual denomina de bárbaro o costume que não pratica na própria terra.”MONTAIGNE, Michel de. Les Essais, livre I. Chapitre XXX – Des cannibales. Tradução Stella Christina Schrijnemaekers.

1. Complete com base na sua experiência pessoal:

a) Em (I): a roupa é bárbara porque é

b) Em (II): o que o homem fez é um ato bárbaro porque

Essa frase é de Montaigne (filósofo do século XVI).

A palavra “bárbaro” pode ter vários significados.

I) “Nossa, olha só que roupa legal! Ela não é bárbara?”

II) “O que esse homem fez com os reféns foi um ato bárbaro e cruel!”

b) hábitos diferentes dos praticados pelos brasileiros:

Etapa 2 − Etnocentrismo e relativismo cultural

Curiosidade!

A palavra “bárbaro” é de origem greco-latina. Os romanos a usavam para designar todos os povos que não eram romanos. Com o tempo, essa palavra adquiriu a conotação de alguém que age de forma errada, imprópria, quase não humana.

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A frase de Montaigne trata do etnocentrismo:

etno = é uma palavra grega que significa povo;

centr = vem de centro;

ismo = sufixo que designa prática de algo;

Etnocentrismo é a postura segundo a qual você avalia os outros povos a partir de sua própria cultura.

Nesse sentido, todos nós somos etnocêntricos. Uns mais e outros menos. O pro-blema do etnocentrismo é que ele não nos permite compreender como os outros pensam, já que de antemão eu julgo os outros conforme os meus padrões, de acordo com os valores e ideias partilhados pela minha cultura. E isso é um problema quando se quer compreender o outro, quando se quer pensar sociologicamente.

Logo, o etnocentrismo é uma postura que devemos evitar. Na Antropologia, há um recurso metodológico para isso e ele tem a ver com uma atitude mental que os pesquisadores adotam diante do que é diferente.

O antropólogo deve tornar exótico o que é familiar e tornar familiar o que é exótico.

Ou seja, é preciso assumir uma postura de distanciamento ou afastamento diante de seu modo de pensar, agir e sentir. Ela está ligada ao estranhamento que você já aprendeu. É tentar se colocar no lugar do outro e compreender como ele pensa. Isso é o relativismo cultural.

Ter essa atitude não significa deixar de ser quem é, mas aceitar o outro na sua diferença, colocar-se no lugar do outro. A essa postura damos o nome de relativismo cultural.

2. Com base nas aulas anteriores e na sua experiência pessoal, explique se o uso do termo “bárbaro”, na frase de Montaigne, tem conotação negativa ou positiva e por que ele tem tal conotação.

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O relativismo cultural é a postura segundo a qual se procura relativizar sua maneira de agir, pensar e sentir, e, assim, colocar-se no lugar do outro. “Relativizar” significa que você estabelece uma espécie de afastamento, distanciamento ou estranhamento diante de seus valores, para conseguir compreender a lógica dos valores do outro.

Se quisermos realmente compreender o outro, devemos ter consciência disso e adotar, na medida do possível, o relativismo como uma postura metodológica que nos ajude a nos desvencilhar do etnocentrismo.

Essa atitude não é fácil, pois são poucas as pessoas dispostas a questionar ou ao menos deixar de lado sua maneira de agir, pensar e sentir.

Uma das razões mais importantes para termos uma postura etnocêntrica está ligada ao medo. Medo do outro e, acima de tudo, medo de nós mesmos.

Por que isso está ligado ao medo?

Porque, quando nós dizemos que o outro é inferior, automaticamente nos colocamos em uma posição de superioridade. E, se somos superiores, somos os corretos, os melhores. Logo, não precisamos questionar nossa maneira de agir, pensar ou sentir. Pois, quando olhamos o outro e procuramos genuinamente compreendê-lo na sua diferença, muitas vezes não olhamos somente para esse outro. Olhamos também para nós mesmos. Ao aceitar o outro na sua diferença, muitas vezes somos levados a refletir sobre nós. Verificamos que existem outras possibilidades de existência, outras formas de ver e pensar o mundo e que a nossa é uma entre muitas. Não é a única possível e talvez nem a melhor.

E por que não queremos fazer isso?

Porque aceitar o outro na sua diferença leva muitas vezes a refletir sobre a própria existência, e as pessoas nem sempre estão preparadas ou simplesmente não querem rever ou repensar seu ponto de vista. Gostamos de achar que esse ponto de vista é o único possível, pois assim esquecemos que é somente uma possibilidade, uma entre outras. Com isso fugimos da responsabilidade de pensar sobre as escolhas que fazemos dizendo que “não temos escolha”, que “o mundo deve ser assim”, “sempre foi assim”, que “não há o que mudar” e que o “diferente está sempre errado”, “é sempre inferior”.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

1. Com base na leitura do texto apresentado e nas explicações de seu professor, defina:

a) etnocentrismo:

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b) relativismo cultural:

2. Disserte sobre as dificuldades de lidar com o etnocentrismo e de adotar uma postura relativista.

Com base no que já foi discutido em sala de aula, faça uma redação sobre o medo. Sobre como ele pode atrapalhar a nossa vida.

LIÇÃO DE CASA

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Claude Lévi-Strauss (1908-2009) é um dos mais importantes antropólogos do século XX. Ainda jovem, em 1934, veio ao Brasil e ajudou a fundar a Universidade de São Paulo (USP). Ele fez pesquisas em Mato Grosso com os indígenas Bororo e Kadiwéu, entre outros. Quatro anos depois, foi embora do nosso país e desenvolveu, posteriormente, uma das mais impor-tantes correntes da Antropologia: o estruturalismo. Em 1952, a pedido da Unesco, ele escreveu um artigo chamado Raça e história, em que criticava a ideia de raça e o etnocentrismo entre os povos, além de outros pontos.

Para falar sobre a ideia de que existiriam culturas que não se moveriam ou se transfor-mariam e o etnocentrismo, ele deu o exemplo do viajante do trem: imaginem que cada cultura é um trem e nós somos os passageiros. Nós olhamos o mundo a partir do nosso trem.

Mas os trens seguem em direções opostas, em diferentes velocidades. Um viajante verá de modo diverso um trem que vai em sentido contrário, um trem que ultrapassa o seu ou outro que segue em uma outra direção.

Qual é o trem que nós podemos olhar melhor?

Aquele que caminha na mesma direção que o nosso e na mesma velocidade, ou seja, de forma paralela.

Mas, se cada trem é uma cultura, sabemos que as culturas não caminham todas na mesma direção nem na mesma velocidade. Umas caminham mais rápido, outras caminham em direções quase opostas. As culturas possuem formas diferentes de observar o mundo. Cada uma tem o seu caminho, a sua direção e a sua velocidade. Se uma cultura nos parece parada,

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isso ocorre porque não conseguimos compreender o sentido do seu desenvolvimento.

É aquela que caminha paralela à nossa que nos permite a melhor observação e que nos fornece a autoidentificação. Mas quem é que pode dizer qual é a melhor direção? O caminho mais avançado? Será que o que parece parado para nós está realmente parado? Como saber?

Na verdade, com isso ele quis dizer que é muito difícil para alguém de uma determinada cultura querer avaliar alguém de outra cultura. Pois, já que a minha cultura é como um trem, muitas vezes não consigo enxergar e compreender o que se passa nos outros trens (nas outras culturas). Isso ocorre porque culturas não têm todas elas as mesmas preocupações nem os mesmos objetivos. É mais fácil entender a cultura que mais se parece com a nossa, ou seja, aquela que anda de forma paralela à nossa, partilhando os mesmos interesses e a mesma direção. Mas, como as culturas são diferentes, se muitas vezes não conseguimos compreender uma delas, não é porque ela está parada, ou errada, e sim porque a direção que ela toma muitas vezes não faz sentido segundo a nossa lógica de raciocínio.

Lévi-Strauss diz, ainda, que as culturas se desenvolvem como anda o cavalo no jogo de xadrez. No jogo de xadrez, cada peça caminha de uma maneira: a torre em linha reta, o bispo na diagonal e o cavalo em L, ou seja, aos saltos. Logo, se as culturas andam em L ou aos saltos, elas não andam todas em linha reta, nem seguem todas a mesma direção. Cada uma segue um sentido e uma linha de raciocínio que lhe é própria. É equivocado considerar errada e pouco evoluída a cultura que segue uma direção diferente da nossa, como se todas devessem seguir a mesma direção, como se todas devessem andar da mesma forma. Cada cultura tem seus interesses próprios e, assim, um ritmo, uma velocidade e uma direção de desen-volvimento que são seus. Não andam, ou se desenvolvem, em linha reta.

O que é mais importante? Para um pigmeu,1 mais importante do que saber quem descobriu o Brasil, ou quais são os tipos de clima do mundo, é saber quais plantas são comestíveis e quais são venenosas, quais podem ser usadas como remédio e quais não podem. Para um brasileiro que almeja se tornar advogado, mais importante é adquirir os conhecimentos necessários para entrar na faculdade. Conhecer quais são as plantas vene-nosas numa floresta pode não lhe ser de muita utilidade. Logo, o que é importante saber varia de uma cultura para outra.1Homem que pertence a uma etnia da África Central e que possui baixa estatura.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

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Com base na leitura do texto apresentado e nas explicações de seu professor, responda o que você acha que Claude Lévi-Strauss quis dizer com:

a) as culturas são como trens;

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b) as culturas se movem assim como anda o cavalo no jogo de xadrez.

Escreva em uma folha avulsa um texto dissertativo e argumentativo sobre as relações entre o medo, o etnocentrismo, o relativismo e as metáforas usadas por Lévi-Strauss, que descreve “as culturas como trens”, considerando que “elas se movem assim como anda o cavalo no jogo do xadrez”.

VOCÊ APRENDEU?

A postura do relativismo cultural é difícil de ser posta em prática, mas não é impossível. Uma forma interessante de treiná-la é procurar, durante um dia, colocar-se mentalmente no lugar de uma pessoa que você conhece, como um parente, amigo, alguém da escola, um vizinho. Para isso, procure se colocar no lugar dessa pessoa e raciocine como você acha que ela raciocinaria. Ao final do dia, você verá que esse exercício é muito interessante e nos ajuda a adotar uma postura mais relativista.

APRENDENDO A APRENDER

Livro

• LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. In: Claude Lévi-Strauss. São Paulo: Abril, 1980. (Os Pensadores). Apesar de não ser um texto simples, com o auxílio de um dicionário você pode ler “Raça e história”, de Claude Lévi-Strauss, caso queira com-preender melhor os argumentos do autor.

PARA SABER MAIS

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 POR QUE SOMOS DIFERENTES?

Se quase nada é natural no ser humano, outra questão se apresenta para nós: Por que somos diferentes?

Esta Situação de Aprendizagem será mais um passo na tentativa de responder a tal questão. Na maioria das vezes, o senso comum acredita que o que diferencia um ser humano do outro é determinado pelo meio físico e/ou por fatores biológicos. Os que acreditam que a diferença ocorre por conta do meio físico são os adeptos do determinismo geográfico e os que dizem que é uma questão biológica são os adeptos do determinismo biológico. Ambas são posturas ou explicações a serem evitadas.

Etapa 1 − Por que somos diferentes?

Responda, com base na leitura do texto apresentado e nas explicações de seu professor.

1. O que é determinismo geográfico? Explique com suas palavras.

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O determinismo geográfico pode ser definido como a postura segundo a qual se acredita que as diferenças de ambiente físico condicionam totalmente a diversidade cultural. Ou seja, segundo essa postura, os homens são diferentes, pois habitam áreas geográficas diferentes: umas mais frias, outras mais quentes, umas mais próximas ao mar, outras mais altas etc. Para os adeptos dessa postura, o meio físico condiciona totalmente o comportamento do homem. Assim, acreditam, por exemplo, que pessoas que moram em regiões quentes são mais pregui-çosas, por conta do calor, entre outros preconceitos.

A Antropologia mostrou que existem limites para a influência do ambiente físico em uma determinada cultura. Ou seja, o meio físico pode influenciar o homem e seus costumes, mas não os condiciona totalmente.

Os hábitos, costumes e conteúdos simbólicos da vida de um povo podem sofrer influência do meio físico. Existem elementos em nossa cultura que são influenciados pelo meio, como a maior parte das nossas roupas. Elas são adaptadas ao nosso clima. Ou, ainda, o fato de nos alimentarmos de mandioca, que é uma raiz que constitui a base da alimentação em muitas regiões do Brasil. Em países de clima mais frio, é comum que as casas tenham sistema de aquecimento central para que as pessoas não sofram com as baixas temperaturas e se alimentem de vegetais que se desenvolvem em temperatura mais baixa do que aquela encontrada em nosso país.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

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O uso do terno

Toda cultura age seletivamente em relação ao meio físico em que ela se desenvolve e, por isso, existem elementos culturais que, apesar de aceitos, não estão de acordo com o meio geográfico. Um exemplo notório é o uso do terno e da gravata em um país quente como é o Brasil na maioria dos meses do ano. Essa roupa é adequada aos países de clima temperado, mas totalmente inadequada, na maior parte do ano, ao clima do nosso país.

2. Além dos exemplos contidos no texto, apresente outros de como o meio físico pode condicio-nar, em parte, a nossa cultura.

Mesmo assim, os homens, seja por razões de trabalho, seja porque têm de comparecer a um determinado evento social, muitas vezes usam terno e gravata. Por que eles fazem isso? Não é porque essa roupa seja adequada ao nosso clima, mas, sim, porque ela tem um sig-nificado cultural. Trata-se do exemplo de uma vestimenta mais formal. Ela proporciona certo status social para quem a veste, pois não é uma roupa barata.

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Se o meio físico influenciasse totalmente as culturas, como querem acreditar os adeptos do determinismo geográfico, os homens usariam roupas adequadas ao nosso clima.

Essa mesma reflexão pode ser feita em relação aos hábitos de alimentação.

Existem animais que habitam o Brasil e outros países, como a China, o Camboja, a Tailândia, o Vietnã e o México, por exemplo, mas isso não significa que eles sejam conside-rados passíveis de servir como alimento aqui e lá. É o caso do rato. No Brasil, é praticamente impensável para uma pessoa se alimentar da carne de ratos. Já na China, no Camboja, no Vietnã e na Tailândia, esses animais são normalmente consumidos como alimento. Na Tailândia também é comum comer espetos de certas larvas na rua, assim como aqui se come churrasco. Há ainda o caso do México: é possível comer tacos (prato típico mexicano feito de farinha de milho, parecido com uma panqueca, com vários tipos de recheios e molhos) recheados com certo tipo de grilo comestível. Se o determinismo geográfico realmente existisse, nós nos alimentaríamos igualmente desses animais, que também habitam nosso território.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Alimentação

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2. Cite um exemplo do texto que mostre isso e explique por quê.

Com base na leitura do texto apresentado, responda às seguintes questões:

1. Segundo o texto, de que maneira a cultura age em relação ao meio físico?

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Outra linha de pensamento que procura explicar o que diferencia um ser humano do outro é a do determinismo biológico, segundo a qual as diferenças genéticas determinam as diferenças culturais.

Essa é a velha história de que “o homem é o que é, pois isso estaria no sangue”, ou seja, todas as diferenças entre duas pessoas seriam estabelecidas por meio dos nossos genes. A partir desse tipo de raciocínio, cria-se uma série de estereótipos, tais como: os judeus e os árabes nascem para negociar; os alemães são bons de cálculo; os norte-americanos são todos empreendedores etc. E a justificativa é a de que isso estaria no seu sangue.

Mas isso é um grande engano, por várias razões.

A primeira razão é dada pelos avanços dos estudos genéticos que mostraram que os seres hu-manos são muito parecidos e muito diferentes entre si do ponto de vista genético. Em termos da porcen-tagem total de material genético, a variação genética entre dois seres humanos é inferior a 1%. Entretanto, se verificarmos em números, será possível observar que há milhões de diferenças no código genético entre dois indivíduos escolhidos ao acaso. Ou seja, apesar de sermos muito pare-cidos em termos relativos (uma diferença menor do que 1%), em termos absolutos, isto é, consi-derando o número de diferenças genéticas, somos muito diferentes (milhões de diferenças entre dois indivíduos). Em outras palavras, essas milhões de diferenças genéticas representam menos de 1% do total do código genético, não importando a origem geográfica ou étnica de-les. No entanto, mais de 90% dessa variação ocorre entre indivíduos e menos de 10% ocorre entre grupos étnicos (“raças”) diferentes, mais um argumento para o fato de que há apenas uma raça de Homo sapiens: a raça humana!

Com base em tais informações, é possível dizer que cada um de nós é um ser humano único e tão diferente de outro ser humano que procurar juntar as pessoas para formar grupos distintos (por exemplo, “raças humanas”) não faz sentido.

Não existem diferenças suficientes entre os grupos humanos para permitir separar ou juntar os seres humanos em “raças”. As diferenças visualizadas entre populações de continentes distintos são muito pequenas e superficiais, não se ref letindo no genoma (constituição genética total de uma pessoa).

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3. Descreva um exemplo, que não seja tirado do texto, de como a cultura age de forma seletiva em relação ao meio físico.

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Mas, mesmo assim, há aquelas velhas ques-tões: Se isso é verdade, então por que tantos por-tugueses são padeiros? Por que tantos descendentes de árabes são comerciantes? Isso não está mesmo no seu sangue?

É claro que não. Acha isso quem ainda não viajou pelo mundo ou quem não leu sobre outros lugares. Afinal de contas, se isso fosse verdade, então Portugal seria um país de padeiros e em todos os lugares onde os portugueses fossem morar eles seriam padeiros. Isso acontece? Não.

Se aqui há muitos descendentes de portugue-ses que são padeiros, isso se deve ao fato de que essa foi uma profissão em que vários imigrantes se deram bem, e que eles a ensinaram a outros imigrantes, mas não porque estava no sangue deles ser padeiro.

O pão é um alimento de consumo em todas as regiões do mundo, mas isso não quer dizer que só os portugueses façam pão, ou que o façam melhor do que outros povos. Há padeiros chineses, malaios, indianos, botsuanos, alemães, franceses, gregos, espanhóis, russos, chilenos, bolivianos, argentinos, holandeses, japo-neses, australianos, moçambicanos etc. E não só portugueses. Há padeiros em todas as socie-dades, em todas as culturas. E, se há portugueses em todos esses lugares citados, isso não significa que eles sejam padeiros. Em outras regiões do mundo, eles podem ter se especializado em outras profissões. Logo, é equivocado achar que profissões tenham uma determinação biológica e que exista o determinismo biológico.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

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1. Com base na discussão feita em sala de aula, nas explicações de seu professor e na leitura do texto apresentado, responda: O que é o determinismo biológico e por que essa é uma postura que deve ser evitada?

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O riso é outro exemplo de que o determinismo biológico é uma postura equivocada.

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Toda criança ao nascer é fruto da combinação de elementos genéticos do pai e da mãe. Isso é verdade, mas a sua maneira de agir, pensar e sentir não está relacionada com esse código genético. Na verdade, se transportarmos para a Bolívia um bebê inglês e o criarmos ali com outros pais, ele desenvolverá os hábitos, a maneira de falar e de raciocinar típicos do lugar. Não gostará de comer a comida que seus pais biológicos ingleses apreciam, nem pensará como um inglês, pois assumirá os hábitos e costumes da família boliviana que o criou. A carga ge-nética vinda de seus pais não influenciará seu comportamento.

Mesmo determinadas doenças, para as quais ele porventura tenha predisposição genética, poderão não se manifestar, impedidas possivelmente pelos hábitos alimentares e de vida adquiridos no novo país.

Isso demonstra, mais uma vez, que o determinismo biológico é uma postura equivocada e que deve ser evitada, pois a cultura pode interferir no plano biológico. Do ponto de vista biológico, em geral os homens são mais fortes do que as mulheres, mas em várias culturas é a mulher quem realiza o trabalho braçal e não o homem. A Antropologia tem mostrado que muitas atividades atribuídas aos homens em determinadas culturas são realizadas pelas mulheres em outras. Portanto, apesar de existirem diferenças biológicas entre homens e mulheres, a cultura pode interferir no plano biológico.

Exemplos de que o determinismo biológico é uma postura equivocada

2. Retire do texto um exemplo que mostre por que a postura do determinismo biológico é equi-vocada e o explique.

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O riso

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O riso é uma propriedade do homem e dos primatas mais desenvolvidos. Mas o que é consi-derado risível varia de cultura para cultura: para os americanos, por exemplo, o engraçado é o gênero pastelão com tortas na cara; na Itália, é a piada picante, com duplo sentido. Ou seja, o riso é totalmente condicionado pelos padrões culturais, apesar de toda a sua fisiologia (LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 23 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p. 69).

Até o que é engraçado varia de uma cultura para outra. O que é considerado engraçado no Brasil pode não ser, e provavelmente não é, considerado engraçado em outros lugares. Escolha um programa humorístico da TV brasileira e traga para a sala de aula um comentário crítico discutindo o conceito de engraçado. Para isso, você precisa descrever os personagens e a situa-ção criada para provocar o riso. Use uma folha avulsa de seu caderno para essa atividade.

Explique o que você entendeu sobre o que é o determinismo biológico e o determinismo geográfico e quais são os problemas de cada uma dessas posturas.

LIÇÃO DE CASA

VOCÊ APRENDEU?

3. Com base nas leituras e na explicação de seu professor, descreva um exemplo diferente dos apresentados para mostrar o problema do determinismo biológico.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 COMO O HOMEM SE TORNOU HOMEM?

Apesar de podermos falar em uma cultura brasileira, francesa ou tailandesa, e de hábitos e costumes partilhados por um povo, deve-se ter em mente que isso é fruto de um longo processo histórico e que, portanto, altera-se com o passar do tempo, de acordo com as trocas culturais que são estabelecidas. Mas o que é cultura? Quais são as características de todas as culturas? Como elas nasceram? Até onde existe o instinto? Essas são algumas das questões que serão respondidas por esta Situação de Aprendizagem.

“O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional, antes de ser transmitido à América. Sai debaixo de cobertas feitas de algodão, cuja planta se tornou doméstica na Índia; ou de linho ou de lã de carneiro, um e outro domesticados no Oriente Próximo; ou de seda, cujo emprego foi descoberto na China. Todos esses materiais foram fiados e tecidos por processos inventados no Oriente Próximo. Ao levantar da cama faz uso dos ‘mocassins’ que foram inventados pelos índios das florestas do Leste dos Estados Unidos e entra no quarto de banho cujos aparelhos são uma mistura de invenções europeias e norte-americanas, umas e outras recentes. Tira o pijama, que é vestuário inventado na Índia, e lava-se com sabão que foi inventado pelos antigos gauleses, faz a barba que é um rito masoquístico que parece provir dos sumerianos ou do antigo Egito.

Voltando ao quarto, o cidadão toma as roupas que estão sobre uma cadeira do tipo europeu meridional e veste-se. As peças de seu vestuário têm a forma das vestes de pele originais dos nômades das estepes asiáticas; seus sapatos são feitos de peles curtidas por um processo inventado no antigo Egito e cortadas segundo um padrão proveniente das civili-zações clássicas do Mediterrâneo; a tira de pano de cores vivas que amarra ao pescoço é sobrevivência dos xales usados aos ombros pelos croatas do século XVII. Antes de ir tomar o seu breakfast, ele olha a rua através da vidraça feita de vidro inventado no Egito; e, se estiver chovendo, calça galochas de borracha descoberta pelos índios da América Central e toma um guarda-chuva inventado no sudoeste da Ásia. Seu chapéu é feito de feltro, material inventado nas estepes asiáticas.

De caminho para o breakfast, para para comprar um jornal, pagando-o com moedas, invenção da Líbia antiga. No restaurante, toda uma série de elementos tomados de empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de cerâmica inventada na China. A faca é de aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é inventado na Itália medieval; a colher vem de um original romano. Começa o seu breakfast, com uma laranja vinda do Mediterrâneo

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Oriental, melão da Pérsia, ou talvez uma fatia de melancia africana. Toma café, planta abissínia, com nata e açúcar. A domesticação do gado bovino e a ideia de aproveitar o seu leite são originárias do Oriente Próximo, ao passo que o açúcar foi feito pela primeira vez na Índia. Depois das frutas e do café vêm waffles, os quais são bolinhos fabricados segundo uma técnica escandinava, empregando como matéria-prima o trigo, que se tornou planta doméstica na Ásia Menor. Rega-se com xarope de maple inventado pelos índios das florestas do leste dos Estados Unidos. Como prato adicional talvez coma o ovo de alguma espécie de ave domesticada na Indochina ou delgadas fatias de carne de um animal domesticado na Ásia Oriental, salgada e defumada por um processo desenvolvido no norte da Europa.

Acabando de comer, nosso amigo se recosta para fumar, hábito implantado pelos índios americanos e que consome uma planta originária do Brasil; fuma cachimbo, que procede dos índios da Virgínia, ou cigarro, proveniente do México. Se for fumante valente, pode ser que fume mesmo um charuto, transmitido à América do Norte pelas Antilhas, por intermédio da Espanha. Enquanto fuma, lê notícias do dia, impressas em caracteres inventados pelos antigos semitas, em material inventado na China e por um processo inventado na Alemanha. Ao inteirar-se das narrativas dos problemas estrangeiros, se for bom cidadão conservador, agradecerá a uma divindade hebraica, numa língua indo-europeia, o fato de ser cem por cento americano.”

LINTON, Ralph. O homem: uma introdução à antropologia. 12. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 313-314.

Em sua opinião, qual é a mensagem que o texto procura passar? Disserte a respeito.

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3. O que o termo cultura significa para a Antropologia e a Sociologia?

Cultura é uma palavra que vem do latim, “cultura”, e que significava cuidado com o campo, até o século XIII. Depois, ela passou a significar não mais um estado da coisa cul-tivada, mas a ação de cultivar a terra. Já no século XVIII, ela passou a designar o cuidado de trabalhar algo. Logo, cultura seria tudo aquilo que as pessoas cultivam (CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. 2. ed. Bauru: EDUSC, 2002). É por isso que se pode falar em uma cultura de fungos, ou cultivo de fungos.

O significado do termo pode variar de uma língua para outra.

2. Com base na aula, explique alguns sentidos do termo cultura.

Cultura pode significar um conhecimento diferenciado.

Cultura pode ser compreendida como o cultivo de algo.

Cultura pode ser entendida como as manifestações artísticas de um povo.

Cultura também pode ser entendida como os hábitos e costumes de um povo.

Etapa 1 − A palavra cultura e a ideia de cultura

1. Escreva o que você acha que cultura pode significar.

Você sabia?

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O comportamento humano é regido por meio de símbolos, que são passados de geração para geração e que também se modificam. Não há ser humano cujo comportamento não seja regido por meio de símbolos.

Mas e os animais? Os animais não são também regidos por símbolos? Na natureza, o vermelho e o preto muitas vezes não são sinônimos de perigo? Os animais não transmitem mensagens para os outros animais? Não e sim. Os animais não são regidos por meio de símbolos, o que não quer dizer que não podem transmitir mensagens. Sim, eles podem transmitir mensagens. Mas essas mensagens são sempre as mesmas para a espécie, por isso são sinais. Já entre os homens as mensagens variam de grupo para grupo, pois são compostas por símbolos socialmente estabelecidos que variam de sociedade para sociedade.

O comportamento dos animais é regido principalmente por meio de sinais, enquanto o do homem é regido predominantemente por meio de símbolos. Isso ocorre porque os sinais são organicamente programados, geneticamente transmissíveis e intransformáveis.1

O sinal é organicamente programado, pois faz parte da constituição biológica desses ani-mais se comunicarem da forma como se comunicam. A maioria dos animais, mesmo quando tirados do seu meio, desenvolve as características da espécie, ou seja, age como um membro criado pelo grupo mesmo que tenham sido separados ao nascer. Já os nossos símbolos são so-cialmente programados. Um homem separado de seus pais ao nascer não agirá como eles, mas, sim, como membro do grupo que o criou.

Daí decorre o fato de que o comportamento dos animais é geneticamente transmissível. Afinal, a maioria deles vai se comportar sempre da mesma forma, não interessa em qual grupo seja criado. Assim, todos os tigres sempre agirão e se comunicarão por meio dos mesmos sinais, o castor sempre construirá seus diques da mesma forma, assim como as abelhas sempre farão suas colmeias do mesmo jeito. Já o nosso comportamento é regido muito mais pela forma por meio da qual somos criados.

O papel da educação e do aprendizado é fundamental para que um ser humano possa se desenvolver plenamente. Mas o que cada um deve aprender, como deve se comportar como membro de um grupo, varia de cultura para cultura.

Por fim, é possível compreender a partir disso que os sinais entre os animais não são passíveis de mudança, pois são transmitidos geneticamente de geração para geração. Ao passo que, entre os seres humanos, os símbolos são eminentemente transformáveis, ou seja, variam de cultura para cultura, de grupo para grupo.

1 Leia mais sobre o assunto em: RODRIGUES, José Carlos. Antropologia e comunicação: princípios radicais. Rio de Janeiro: PUC - Rio; São Paulo: Loyola, 2003. (Coleção Ciências Sociais, n. 5).

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

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Etapa 2 − O homem, o instinto e a cultura

1. Dê exemplos de animais e/ou vegetais que são considerados alimentos em alguns lugares e não em outros.

Explique a diferença que o texto estabelece entre símbolo e sinal.

2. Com base na discussão feita em sala e nas explicações de seu professor, explique se o homem tem instinto e qual é o papel do instinto na vida dele à medida que envelhece.

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3. Preencha o quadro a seguir com as explicações de seu professor sobre o homem.

Só o homem produz cultura.

Só o homem acumula experiências e as transmite de geração para geração, formando uma herança cultural.

Só o homem renova e transforma seu comportamento.

O homem é guiado maispela cultura do que pelos seus instintos.

O processo de evolução do homem ocorre de forma diferente em relação ao dos outros animais.

Leia o texto a seguir e, com base nele e nas explicações do seu professor, escreva um texto abor-dando o papel do instinto na vida dos seres humanos e como nós muitas vezes o reprimimos.

“Como falar em instinto de conservação quando lembramos as façanhas dos camicases japoneses (pilotos suicidas) durante a Segunda Guerra Mundial? Se o instinto existisse, seria impossível aos arrojados pilotos guiarem os seus aviões de encontro às torres das belonaves americanas. O mesmo é verdadeiro para os índios das planícies americanas, que possuíam

LIÇÃO DE CASA

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Descreva dois exemplos de formas de agir que iriam contra os nossos instintos.

algumas sociedades militares nas quais os seus membros juravam morrer em combate e assim assegurar um melhor lugar no outro mundo.

Como falar em instinto materno, quando sabemos que o infanticídio é um fato muito comum entre diversos grupos humanos? Tomemos o exemplo das mulheres Tapirapé, tribo Tupi do Norte de Mato Grosso, que desconheciam quaisquer técnicas anticoncepcionais ou abortivas e eram obrigadas, por crenças religiosas, a matar todos os filhos após o terceiro. Tal atitude era considerada normal e não criava nenhum sentimento de culpa entre as praticantes do infanticídio.

Como falar em instinto filial, quando sabemos que os esquimós conduziam os seus velhos pais para as planícies geladas para serem devorados pelos ursos? Assim fazendo, acreditavam que os pais seriam reincorporados na tribo quando o urso fosse abatido e devorado pela comunidade.”

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 23. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p. 50-51.

PESQUISA EM GRUPO

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Etapa 3 − O homem e a cultura

Muitos são os autores que discutiram o tema da evolução humana e os antropólogos estão de acordo com a ideia de que não houve um mesmo desenvolvimento unilinear (crença de que toda a humanidade passou, passa e passará por um mesmo processo linear de evolução, ou seja, pelas mesmas etapas).

Há o consenso de que o que existe é uma evolução multilinear. Ou seja, de que as diferentes sociedades possuem um desenvolvimento próprio e não passam todas pelas mesmas etapas.

Com base na aula, escreva a definição das características da cultura e dê ao menos um exemplo para cada definição.

Característica Definição Exemplo

Simbólica

Social

Dinâmica e estável

Seletiva

Determinante e determinada

Outras

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Escreva um exemplo diferente daquele visto em sala de aula para cada característica da cultura.

a) Toda cultura é simbólica:

b) Toda cultura é social:

c) Toda cultura é dinâmica e estável:

d) Toda cultura é seletiva:

e) Toda cultura é determinante e determinada:

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• A cultura, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem.

• O homem age de acordo com os seus padrões culturais, ou seja, ele é um ser parcialmente movido pelos instintos. No homem, o papel do instinto diminui conforme ele passa pelo processo de socialização.

• O homem depende muito mais do aprendizado do que do instinto.

• Como não só se adapta ao meio, mas também interage com ele, o homem é capaz de viver sob os mais diversos climas e situações. Assim ele conseguiu transformar quase toda a Terra em seu habitat.

• A cultura é um processo cumulativo resultante das sucessivas gerações, ou seja, a experiência vai sendo acumulada com o passar do tempo. Mas isso não quer dizer que a cultura não seja passível de mudança.

1. Explique por que há diferença de comportamento entre os seres humanos e outros animais.

VOCÊ APRENDEU?

Você sabia?

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2. Disserte sobre o papel do instinto na vida do homem. Por que, à medida que o homem enve-lhece, os instintos vão perdendo a importância?

3. As culturas humanas são muito diferentes entre si. Entretanto, todas as culturas têm algumas características que as ligam. Explique duas características da cultura e dê um exemplo de cada característica.

Site

• ASSOCIAÇÃO Nacional de Biossegurança. Disponível em: <http://www.anbio.org.br/jornais/jornal5/pag6.htm>. Acesso em: 14 mar. 2013. No site é possível ter acesso a uma série de artigos e entrevistas, como a do professor Sérgio Danilo Pena sobre a inexistência de raças e o papel da genética em nossas vidas. Apropriado também para a discussão sobre determinismo biológico.

PARA SABER MAIS

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,

Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami

Makino e Sayonara Pereira

Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,

Carla de Meira Leite, Renata Elsa Stark e Sérgio

Roberto Silveira

LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges,

Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo

Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e

Sueli Salles Fidalgo

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet

Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,

José Luís Marques López Landeira e João

Henrique Nogueira Mateos

Matemática e suas Tecnologias

Matemática: Nílson José Machado, Carlos

Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz

Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério

Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e

Walter Spinelli

Caderno do Gestor

Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de

Felice Murrie

Equipe de Produção

Coordenação Executiva: Beatriz Scavazza

Assessores: Alex Barros, Beatriz Blay, Carla Cristina

Reinaldo Gimenes de Sena, Eliane Yambanis,

Heloisa Amaral Dias de Oliveira, Ivani Martins

Gualda, José Carlos Augusto, Luiza Christov,

Maria Eloisa Pires Tavares, Paulo Eduardo Mendes,

Paulo Roberto da Cunha, Ruy César Pietropaolo e

Solange Wagner Locatelli

Equipe Editorial

Coordenação Executiva: Angela Sprenger

Assessores: Denise Blanes e Luis Márcio Barbosa

Projeto Editorial: Zuleika de Felice Murrie

Edição e Produção Editorial: Conexão Editorial,

Jairo Souza Design e Occy Design

(projeto gráfico)

APOIO

FDE – Fundação para o Desenvolvimento

da Educação

CTP, Impressão e Acabamento

Gráfica e Editora Posigraf S.A.

Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.

Coordenação do Desenvolvimento dos

Conteúdos Programáticos, dos Cadernos

dos Professores e dos Cadernos dos Alunos

Ghisleine Trigo Silveira

AUTORES

Ciências Humanas e suas Tecnologias

Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov,

Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime

Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina

Araujo e Sérgio Adas

História: Paulo Miceli, Diego López Silva,

Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli

e Raquel dos Santos Funari

Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de

Souza Martins, Marcelo Santos Masset

Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella

Christina Schrijnemaekers

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola

Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira,

Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria

Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga

Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha,

Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e

Solange Soares de Camargo

Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina

Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti

Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene

Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni

e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues

Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia,

Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar,

Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti

Ydi e Yassuko Hosoume

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam

Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel,

Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de

Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de

Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira,

Sonia Salem e Yassuko Hosoume

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes,

Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza,

Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa

Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda

Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião

GovernadorGeraldo Alckmin

Vice-Governador Guilherme Afif Domingos

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas

Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo

Coordenadoria de Ensino do Interior

Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo

Fundação para o Desenvolvimento da Educação

EXECUÇÃO

Coordenação GeralMaria Inês Fini

ConcepçãoGuiomar Namo de MelloLino de MacedoLuis Carlos de MenezesMaria Inês FiniRuy Berger (em memória)

GESTÃO

Fundação Carlos Alberto Vanzolini

Presidente da Diretoria Executiva:Antonio Rafael Namur Muscat

Diretor de Gestão de Tecnologias aplicadas à Educação:Guilherme Ary Plonski

Coordenadoras Executivas de Projetos:Beatriz Scavazza e Angela Sprenger

COORDENAÇÃO TÉCNICA

CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos* deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei nº- 9.610/98.

* Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

Governo do Estado de São Paulo

Governador

Geraldo Alckmin

Vice-Governador

Guilherme Afif Domingos

Secretário da Educação

Herman Voorwald

Secretário-Adjunto

João Cardoso Palma Filho

Chefe de Gabinete

Fernando Padula Novaes

Subsecretária de Articulação Regional

Rosania Morales Morroni

Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP

Silvia Andrade da Cunha Galletta

Coordenadora de Gestão da Educação Básica

Maria Elizabete da Costa

Coordenador de Gestão de Recursos Humanos

Jorge Sagae

Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação

Educacional

Maria Lucia Guardia

Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares

Ana Leonor Sala Alonso

Coordenadora de Orçamento e Finanças

Claudia Chiaroni Afuso

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE

Barjas Negri

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Nome:

Escola:

3a SÉRIEENSINO MÉDIOCaderno do AlunoVolume 3

SOCIOLOGIACiências Humanas

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