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MAGNETISMO e ESPIRITISMO Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz Departamento Doutrinário GRUPO de ESTUDO ANO III 2016 AULA 1 1

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MAGNETISMO e

ESPIRITISMO

Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz

Departamento Doutrinário

GRUPO de ESTUDO

ANO III – 2016

AULA 1

1

BREVE HISTÓRICO do MAGNETISMO

O Magnetismo nasceu com o homem e é registrado

nas civilizações antigas, como um ritual das crenças

primitivas. A agilidade das mãos sugeria a existência

de poderes misteriosos, praticamente comprovados

pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a

dor. As bênçãos foram as primeiras manifestações

típicas dos passes. O selvagem não teorizava, mas

experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a

desfazer as ações, com o poder das mãos.2

No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a

expectativa de Naamá: "pensava eu que ele sairia a ter

comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor

seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e

restauraria o leproso".

Os magos da Caldéia e os brâmanes na Índia curavam

pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o

sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões

aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto

aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das

mãos.3

Os gregos aprenderam com os egípcios a arte de

curar. O historiador Heródoto destaca, em suas obras,

os santuários que existiam nessa época para a

realização das fricções magnéticas.

Em Roma, a saúde era recuperada através de

operações magnéticas.

Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas,

mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O

Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários

outros) utilizavam os “toques reais”.

4

Hipócrates também vivenciou

esses momentos

transcendentais.

Considerado "pai da

medicina", apesar de ter

desenvolvido tal ciência

muito depois de Imhotep, do

Egito antigo.

(460 a.C. a 370 a.C.)5

Depreendemos, a partir

desses breves registros,

que a arte de curar

através da influência

magnética era prática

normal desde os tempos

antigos, sobretudo no

tempo de Jesus, quando

os seus seguidores

exercitavam a técnica da

cura fluídica através das

mãos.

Em O Novo Testamento

vamos encontrar o

próprio Mestre em ação.

6

Paracelso (Philip Theophrastus

Aureolus Bombastus von Hohenheim

(1493-1541), notável alquimista e médico

suíço que se projetou na Idade Média, foi

um dos grandes desbravadores do

terreno do Magnetismo, é apontado como o criador da

palavra magnetismo, quando comparou as forças

"viventes"ao ímã (magnete).

IDADE MÉDIA

7

Franz Anton Mesmer (1734-1815),

médico alemão, é apresentado como

o responsável pela codificação e

demonstração prática do

Magnetismo, por ele trazido como

"Teoria do Magnetismo Animal". Após estudar a

cura mineral magnética, elaborou a sua tese de

doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de

cujos princípios jamais se afastou. “Tudo é atração

magnética no Universo”.

8

O fluido universal é o agente desta influência; a

moléstia é apenas a resultante da falta ou da má

distribuição do magnetismo pelo corpo.

Mesmer iniciou seu trabalho clínico com

magnetismo por volta de 1774, aplicando ímãs

sobre regiões enfermas; magnetizava água e

objetos por fricção. Os pacientes sob a ação do

magnetizador eram chamados médiuns devido à

sua condição de meio de atuação do magnetismo

animal. 9

Três anos depois, abandona os ímãs e escreve um

tratado sobre o "magnetismo animal“(1776), onde

atribui às suas próprias mãos o desprendimento

de uma força que curaria os males orgânicos e

impregnaria objetos.

"De todos os corpos da natureza é o próprio

homem que atua com mais eficácia sobre o

homem.“

Mesmer procurou um meio de acumular a

energia magnética e conduzi-la. 10

Construiu então o "baquet", ou

cuba da saúde, que viria a ser

conhecido como a “tina das

convulsões”. A Tina de Mesmer

era uma grande caixa redonda

feita de carvalho, cheia de

água, vidro moído e limalha de ferro, em torno da

qual os doentes, em silêncio, davam-se as mãos, e

apoiavam as hastes de ferro, que saiam pela tampa

perfurada, sobre a parte do corpo que sofria dor.

11

Todos eram rodeados por uma

corda comprida que partia do

reservatório, formando a corrente

magnética. Em torno da tina

eram colocados acolchoados,

pois o magnetismo provocava

convulsões nos pacientes e eles

poderiam machucar-se ao se debaterem.

12

Mesmer (1734-1815)

Em 1792, Mesmer vê-se forçado a retirar-se de

Paris, vilipendiado, e instala-se em pequena cidade

suíça, onde vive durante 20 anos sempre servindo

aos necessitados e sem nunca desanimar nem se

queixar. Em 1812, já aos 78 anos (3 antes de

desencarnar), a Academia de Ciências de Berlim

convida-o para prestar esclarecimentos, pois

pretendia investigar a fundo o Magnetismo. Era

tarde; ele recusa o convite. A Academia encarrega

o Prof. Wolfart de entrevistá-lo. 13

O depoimento desse professor é um dos mais

belos a respeito do caridoso médico:

"Encontrei-o dedicando-se ao hospital por ele

mesmo escolhido. Acrescente-se a isso um

tesouro de conhecimentos reais em todos os

ramos da Ciência, tais como dificilmente acumula

um sábio, uma bondade imensa de coração que se

revela em todo o seu ser, em suas palavras e

ações, e uma força maravilhosa de sugestão sobre

os enfermos.”14

Marquês de Puységur (1751-1825),

francês abastado, apaixonou-se

pelo magnetismo e, enquanto

Mesmer, em Paris, atendia às elites,

ele acudia gratuitamente à pobreza,

em Buzancy. Descobriu o sono magnético

(sonambulismo) e a clarividência associada.

Passa-se a confundir o magnetismo com o

sonambulismo e, mais tarde, com o hipnotismo,

que dele originou-se.15

Em 1813, Jean Philippe François

Deleuze (1753-1835) publicou

„História do Magnetismo‟, e outras,

em especial “Instrução Prática em

Magnetismo Animal”, estabelecendo

definitivamente esta ciência.

No seu Catálogo Racional de obras para a

formação de uma Biblioteca espírita, de 1869,

Kardec refere-se a esta obra de Deleuze como

“uma das melhores sobre esta matéria”.16

Charles Lafontaine (1803-1892):

suíço, participou da segunda geração de

magnetizadores, juntamente com o Barão

du Potet, Aubin Gauthier, Charpignon,

Foissac e outros. Foi um grande divulgador do

magnetismo através das suas demonstrações

itinerantes. De aparência exótica por sua grande

estatura e por se vestir sempre de preto e usar uma

longa barba, provocava no sujet insensibilidade a

choques e a queimaduras com velas. 17

Em 1854, ministrou cursos sobre

magnetismo que eram frequentados

por pessoas de alta instrução e de

diversas profissões e religiões.

Publicava o jornal “Le Magnetiseur”.

Escreveu ainda uma autobiografia e

“L'art de magnétiser”, contendo resumos de suas

observações.

18

Aubin Gauthier escreveu:

-“Introdução ao Magnetismo” (1840);

-“Magnetismo Clássico” (traduzido);

- “Tratado Prático do Magnetismo e do

Sonambulismo” (1845) de mais de 700 páginas

divididas em quatro

partes: 1ª Filosofia do Magnetismo (4 livros);

2ª Fisiologia do Magnetismo (9 livros);

3ª Terapêutica do Magnetismo (4 livros);

4ª Magnetização do homem sobre si

mesmo.

Esta obra contém frequentes citações dos

primeiros e mais célebres magnetizadores, além

das experiências do autor.19

Gauthier foi redator-chefe de “A Revista

Magnética”, um jornal de curas, fatos magnéticos e

sonambulismo.

Depois de ter lido e meditado longamente sobre o

sermão de Hipócrates, escreveu o Juramento do

Magnetizador:

“Sobre minha honra e minha consciência, diante

de Deus e diante dos homens, prometo ensinar a

todos indistintamente os princípios da arte de

curar os doentes pelo magnetismo (...)” 20

Barão Karl Von Reichenbach

(1788-1869), químico famoso,

descobridor do creosoto e da

parafina, pesquisou os poderes

psíquicos a partir de 1854. Após 10

anos, publicou “Pesquisa sobre Magnetismo, Ele-

tricidade, Luz, Cristalização e Sua Relação Com a

Força Vital”, nomeando Força Ódica, propriedade

universal da matéria, incluindo o corpo humano,

polarizada em positivo (azul) e negativo (laranjada).

Barão du Potet , Jules Denis du

Potet de Sennevoy (1796-1881)

começou seus experimentos em

1821 e registrou-os no “Le

Propagateur du Magnétisme

animal”, jornal que fundou em

1827, e no “Journal de Magnétisme”, fundado

também por ele em 1845 e em atividade até 1861.

Magnetizador extremamente eficaz, restaurou a

doutrina tradicional do fluido magnético universal

diferente da visão mecânica de Mesmer,

considerando o magnetismo como uma ponte

entre o espírito e a matéria. Fenômenos de aporte,

resistência ao fogo, levitação de corpos humanos

e comunicações com Espíritos foram

frequentemente observados e estudados por ele.

23

Consoante o Prof. Canuto Abreu (1892-1980),

farmacêutico, advogado, médico e estudioso

espírita, em sua célebre obra “O Livro dos

Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária”,

Hippolyte Léon Denizard Rivail

integrava o grupo de pesquisadores

formado pelo Barão Du Potet ,

dirigente da Sociedade Mesmeriana

de Paris. À página 139 dessa obra,

lê-se que o Prof. Rivail frequentava, até 1850, 24

sessões sonambúlicas, onde buscava solução

para os casos de enfermidades a ele confiados,

embora se considerasse modesto magnetizador.

Na Revista Espírita de junho de 1858, Allan Kardec

escreve:

"Em nossa opinião, a ciência magnética, ciência

que nós mesmos professamos há 35 anos, deveria

ser inseparável da compostura;...”

25

26

Hector Durville (1848-1923)

Médico psiquiatra francês, estudioso

e pesquisador do Magnetismo, é

considerado o continuador da obra

do Barão du Potet. Em 1870, criou o

Editorial Durville, onde publicava fenômenos como

o “desdobramento astral”, assim denominado

àquela época. Em 1896, ainda em Paris, fundou a

Universidade de Estudos Avançados, que oferecia

as seguintes Faculdades:

27

- Ciência Magnética

- Ciência Hermética

- Ciência Espírita, esta tendo,

como diretor, Gabriel Dellane.

Seu filho, Henri Durville (1887-1963),

foi colaborador e continuador

de sua obra. Escreveu

“A Ciência Secreta” em 4 volumes,

de conteúdo espiritualista.

Alphonse Bouvier ou Alphonse Bué (1851-1931):

Nasceu em Borgogne, na

França e aos 29 anos foi para

Lyon, onde começou a praticar

o Magnetismo e percebeu que

podia curar as pessoas. Após

esta revelação, passou a servir a Deus com o seu

fluido vital e seu conhecimento. Seu livro “O

Magnetismo Curador” é o resultado de duas

décadas de estudos aliados à experiência prática28

adquirida pelo autor no tratamento de seus

pacientes.

Magnetismo Curativo compõe-se de dois volumes:

• Volume 1: Manual Técnico – dedicado à aplicação

prática do magnetismo na cura de moléstias

diversas.

• Volume 2: Psicofisiologia – onde são expostas as

explicações teóricas sobre o magnetismo e os

fenômenos relacionados.

29

30

33

34

Tratado Completo de Magnetismo Animal do Barão Du Potet Deleuze

Site de Jacob Melo

www.jacobmelo.webs.com

Jornal Vórtice(Adilson Mota)

INICIAR em 2008

35

Fluido Cósmico Universal

Fluido Vital

Matéria Inorgânica

Matéria Orgânica

Vida

36

DeusPrincípio Inteligente

Outros

fluidos

A vela – fluido universal

Luz, calor, sombra, irradiação... – fluido cósmico

Sistema sob a ação do

espírito ou do Espírito

<== Sistema inorgânico(ex.: uma semente)

38

Considerar: Corpo x Campo; e

A síntese da tríade

3 propriedades: ligação, intercâmbio e morfologia

39

Não se trata de camadas

e sim de zonas mais sutis

Campo Vital como

geralmente é

visualizado

Campo Vital como é percebido

pela ação fluídica

(raramente visualizado)40

Considerar: distância equivalente; e

sensação temporal e espacial alterada.

Centros

Vitais

recebendo

fluidos de

duas mãos

(Visão de

topo

acima e

lateral

abaixo)

41

Na decomposição das forças fluídicas, as componentes

centrípetas (que promovem a absorção dos fluidos) e as

centrífugas (que induzem à exteriorização dos mesmos) são

responsáveis por um sem-número de ações e reações magnéticas.

Visão de topo de um Campo Vital,

seu sentido de giro e a decomposição

dos movimentos

42

Exemplo de circulação e captação fluídica

por um centro (campo) vital

43

Página 178 do livro

MANUAL DO PASSISTA

44

Livro “Mãos de Luz” de

Barbara Ann Brennan

45

NÃO insere o ESPLÊNICO

46

Alguns modelos orientais

invertem a sequência,

mostrando o esplênico

acima do gástrico

Página 178 do livro

MANUAL DO PASSISTA

47

Este será o modelo

adotado no Curso

Centro Lombar (Meng mein)

Obs: o Centro Lombar é oposto ao umbigo

Por que quero ser passista?

Para que quero ser passista?

Estudo constante

Preparo técnico e moral

Dedicação e disciplina

Desenvolvimento 48

Quem não pode aplicar o passe?

-Crianças, adolescentes e gestantes, por se encontrarem

em fase de desenvolvimento orgânico, necessitando dos

próprios fluidos vitais em abundância.

-Pessoas na terceira idade que não tenham participado

constantemente deste trabalho num passado recente, por

exigirem parcimônia no desgaste dos fluidos vitais.

-Criaturas com deficiências mentais, obsessão, em

tratamento com medicações controladas, debilitadas por

alguma doença física ou desarmonizadas por problemas

psíquicos ou morais.

-Usuários de elementos ou atitudes viciosas (fumo, álcool,

tóxicos, sexo desregrado e excessos de várias ordens).

49

REGRAS DO MAGNETISMO

1ª - Entrar em relação magnética

(= fluídica)

2ª - Forma e sentido da aplicação

(técnica)

50

51

Manual do Estudante Magnetizador

Barão Du Potet

Tradução de Janice Jacques Weber

1° Exercício: Controle do magnetismo

Trata-se de tomar conhecimento do magnetismo

que se desprende das palmas das mãos.

Friccione as mãos, sem violência, pelo tempo

aproximado de 30 segundos, com os olhos

fechados. Inspire profundamente pensando:

“eu me carrego de fluidos”. Afaste as mãos,

abrindo os braços.

52

Expire lentamente, pensando: “Eu vou projetar meu

magnetismo através de minhas mãos.”

Mantendo os olhos fechados, aproxime devagar as

duas mãos, sem paradas bruscas, até sentir uma

ligeira resistência, como se uma bola de borracha

estivesse entre as palmas. Abrir, neste momento,

os olhos e calcular mentalmente a distância entre

as duas mãos. Quanto maior a distância, maior

será a corrente fluídica emanada das palmas.

53

Recomeçar no dia seguinte e repetir o exercício

por algum tempo. Ao final de uns dez dias,

constatar-se-á as diferenças entre as distâncias

nos primeiros dias e nos últimos.