sobre a cÓpia diÁria dos cabeÇalhos escolares
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SOBRE A CÓPIA DIÁRIA DOS CABEÇALHOS ESCOLARES
Comentários reunidos por Rosaura Soligo em 11-11-2020
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Primeiro movimento Como tudo começou...
Post publicado no Facebook em 02/11/2020:
Pergunta que não quer calar
Minha mãe e eu saímos hoje pra caminhar e, como sempre acontece, um dos assuntos da prosa foi educação.
Nossa pergunta (ainda sem resposta) a nós mesmas: será que a pandemia libertou definitivamente as crianças de escrever cabeçalho todo santo dia?!!
Rosaura Soligo
Eu comentava com a minha mãe que, quando dei assessoria para uma escola, perguntei certa vez para as professoras alfabetizadoras -- que diziam se impressionar com o tempo absurdo que algumas crianças de 6 anos levam para copiar o cabeçalho -- por que elas mandavam as crianças copiar cabeçalho todo dia. Elas pensaram, pensaram, não encontraram nenhuma justificativa razoável, mas disseram que não conseguiam começar a aula sem isso... Sim.
Sonia Domingues
Rosaura Soligo, verdade... vi isso por aqui também.
Claudia Merlo Gramelich
Rosaura Soligo
Nossa!! É penoso o cabeçalho. As crianças para quem dou reforço falam: – Professora, não manda fazer cabeçalho não, por favor. Ou seja, é algo ruim, pois é a primeira coisa que falam ao iniciar o reforço. Precisamos repensar... Concordo. É uma boa reflexão.
Raquel Alvarenga Sena Venera
Rosaura Soligo, sabe pra que serve? Meu filho não suporta mais rotinas escolares. Agora mesmo na Pandemia jogou todas as normas que ainda existiam e está construindo suas próprias 'normatividades'. No 9° ano ele diz abertamente: mãe, não espere de mim mais do que 7,0. Faço o mínimo e fico livre!
Sônia Ferronatto
Querida professora, realmente desnecessário. Mas é uma exigência.
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Joice Lamb
Eu coloquei um print dessa pergunta num grupo da escola e ouvi a resposta: “Meu sobrinho tinha que escrever todo o dia, mesmo quando não tinha aula remota.” Assustador!!
Fernanda André
Tem professor pedindo sim, mesmo nas aulas remotas.
Rosaura Soligo
Minha gente, como faremos transformações culturais urgentes na escola se não começar pela abolição do cabeçalho obrigatório?!! Como? Como um coordenador pedagógico se ocupa obrigando os professores a isso? E como os professores, mesmo não obrigados, acham que é importante e necessário obrigar os meninos a essa prática mesmo sem saber por quê?!! Em plenos Anos 20 do Século XXI?!!
Fernanda André
Rosaura Soligo, realmente não dá pra entender.
Silvana Mirian
Este é um costume milenar kk sem sentido e desnecessário. Deveria ser abolido por decreto
Cissa Cerminaro Derisso
Rosaura Soligo, gostaria de ler mais sua argumentação a este respeito ... confesso que nunca dediquei atenção à temática e seu post me chamou atenção.
Rosaura Soligo
Cissa, acho que nem tenho argumentação... Tenho apenas perguntas mesmo... O que as crianças aprendem com isso? Qual a finalidade, a utilidade, a função?
Cissa Cerminaro Derisso
Rosaura Soligo, nenhuma! E agora vou ter de acender a luz, refazer meu plano semanal e abolir... como nunca pensei nisso???? Tenho também de pedir desculpas aos meus alunos...
Mi Dallacqua
Tomara que sim
Maristela Silva
Naaaaaaaooooo... não libertou....
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Gabriela Rsc
Por aqui continua nas atividades feitas no caderno, tanto na aula online como nas lições de casa.
Maristela Silva
Estou tão desanimada... parece que a gente enxuga gelo... damos dois passos pra frente e quatro para trás.
Rosaura Soligo
Nada de desânimo, Maristela!
Daiane Moraes
Nada de liberdade... a opressão continua firme e forte.
Cristina Maria Clemente
Tinha o hábito de fazer isso uma vez no início do ano com o objetivo de eles conhecerem a estrutura da universidade a qual o Colégio de Aplicação faz parte. Todas fazem isso ainda. Mas é uma vez, na abertura do caderno. Acho justo. rsrs Ah, mas não na alfabetização!! A partir do 3.o ano!!!
Rosaura Soligo
Isso não é cabeçalho diariamente, né...
Cristina Maria Clemente
Rosaura Soligo, sim. Só quis mostrar que fazendo uma vez, no início do ano, tem uma função. Diariamente acho desnecessário, só cansa e se perde tempo.
Ana Claudia Zimmer Reisdorfer
Ai, Rosaura Soligo, eu queria tanto que você falasse com os professores daqui!
Wania Maria Previattelli
Verdade. Ponto.
Eliana Moreno
A data é importante! rs
No meu tempo tinha que colocar como está o dia! Se nublado, ensolarado...
E o nome da escola então? A minha tinha o nome de um ministro de nome comprido! Ministro Laudo Ferreira de Camargo!!
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Wania Maria Previattelli
Eliana Moreno, verdade, nome da escola, data e clima tempo!
Rosaura Soligo
Eu sou desse tempo aí...
Marissol Prezotto
Nem no presencial....
Gislene De Lima Marques
Lembrei de meu professor na Universidade. Entramos, após o vestibular, sem fazer o cabeçalho. Entregamos uma síntese que ele pediu. Um professor excelente, competente, crítico, admirado por alunos e professores. Quando ele leu nossas sínteses, nos devolveu com belo sermão por não termos feito o cabeçalho. O argumento foi o de que é preciso identificar a instituição que estudamos e de quem é a atividade.
Rosaura Soligo
Gislene, penso que são coisas diferentes: uma coisa é entregar um trabalho na Universidade sem identificação conforme as convenções estabelecidas.
E outra coisa é propor que, na Educação Básica, as crianças copiem o nome da escola todos os dias, 200 dias por ano, 1000 dias no Ensino Fundamental I, 2400 vezes se considerarmos a escolaridade desde o 1° ano do EF até o 3º ano do EM!
O cabeçalho, a que me refiro, é o clássico conjunto que apresenta o nome da escola, seguido ou precedido do nome da cidade e da data. Se o aluno já sabe em que cidade vive e em qual escola estuda, para que repetir diariamente em seu caderno?
Gislene De Lima Marques
Rosaura Soligo, não tinha conhecimento desse tipo de cabeçalho. É, de fato, um exagero.
Rosangela Veliago
Enquanto os professores não compreenderem que as práticas sociais de leitura e escrita são o centro do trabalho, continuarão propondo práticas escolares vazias de significado, e acharão argumentos para mantê-las.
Leila Monteiro
Que pergunta ótima! Espero que a respostas seja SIM. De todas as escolas. Kkk
Sirleide Feitosa
A professora do meu filho depois de algum tempo começou a exigir o cabeçalho, e copiar tudo o que era mandado, isso no 4 ano. Ele não quer fazer mais, tá uma luta aqui...
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Claudia Freitas
Infelizmente não!!!
Nilce Freitas
Tenho certeza que que as professoras continuam, já é um hábito, mas sem saber o porquê.
Rosanea Mazzini Correa
Pois é, já brinquei com professores sugerindo que tenham um carimbo, se acham que é tão importante ter cabeçalho. É muito triste ver criancinhas gastarem um tempo precioso da aula copiando o tal cabeçalho. E quando ainda não estão alfabetizados, a coisa fica ainda pior.
Lohaine Pacheco
Bota só a data e olhe lá rs
Liliane Gomes
O pior não é só o tempo que se gasta, mas a irrelevância da atividade. Rapidamente as crianças aprendem que muito do que se faz na escola é inútil, e isto é o mais triste.
Daniela Munerato
Tomara mesmo!! Libertação é a palavra!!
Tatiana Pereira
O cabeçalho é bom, futuramente poderá ser usado para redigir documentos em um emprego, trabalhos em faculdade ...
Joice Lamb
Como estamos ligados a um fazer sem reflexão. Pensei que nesta situação de pandemia, os educadores poderiam ter um momento de verdadeira liberdade criativa, afinal, estamos totalmente sem controle do que acontece em casa. Infelizmente, abrir mão do controle é muito difícil e, às vezes, incapacitante para alguns professores. Então, nos agarramos a qualquer possibilidade de estar no controle, mesmo que não faça sentido. Difícil, mas não podemos desistir nunca. Vamos continuar falando.
Giulianny Russo
Joice Lamb, Também vejo como uma oportunidade de criar... mas o que se vê é exatamente o contrário: muitos professores que presencialmente encaminhavam propostas de modo a considerar os alunos e suas reflexões desenvolvendo no contexto remoto práticas mais tradicionais...
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Joice Lamb
Giulianny Russo, pois é! A insegurança causa isso. Por isso defendo um planejamento coletivo na escola. Não é mais só o que eu, professor, quero pra minha turma, mas o que essa escola pretende, como coletivo.
Elídia Rodrigues
Cabeçalho é importante nos anos iniciais para desenvolvimento de noção temporal, organização de atividades... pode ser feito de várias formas, sendo, também parte das atividades do dia: "Essa data tem algo importante para você?, Traz alguma lembrança?, Que dia é hoje?, Que dia foi ontem? ..." Acho que na pandemia perdemos ainda mais essa noção do tempo. É importante ouvir os alunos na construção do cabeçalho, ajudar a definir como será esse registro.
Miriam Stefanin Vieira
Elídia Rodrigues
Não vejo tanta utilidade do cabeçalho para as questões que você citou. E sobre aprender a ler e usar calendário?
Elídia Rodrigues
Miriam Stefanin Vieira, respeito sua opinião. Não acho que cabeçalho deva ser mecânico e é diferente de usar calendário, embora seja grande oportunidade para reflexão temporal. Vejo cabeçalho como uma atividade organizadora da aula, na qual há o registro, também, do que irá ser trabalhado, possibilitando que o aluno tenha antecipação do que irá ocorrer no dia. Utilizo como atividade viva, especialmente nos anos iniciais. Penso que algumas atividades
tradicionais devam ser descartadas e outras, ressignificadas.
Cida Newes
A mudança cultural é um processo longo. Imagine você que em trabalho remoto na educação infantil vejo cobranças de pais que buscam a alfabetização para essa fase. E pasme! A mãe fez o cabeçalho do dia e atividade e enviou para a professora com muito orgulho! Às vezes penso que professores também ficam presos às cobranças feitas pelos pais. Encontrar o caminho, mudar essa concepção cultural ainda levará tempo... e o tempo urge!
Rosaura Soligo
Cida, a meu ver, os pais valorizam o que a escola valoriza. Ou assumimos o compromisso de discutir com os pais o que é uma educação de qualidade para os filhos deles, nossos alunos, ou eles continuarão nos cobrando o que aprenderam que é o mais relevante a fazer na escola.
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Cida Newes
Rosaura Soligo, com certeza esse compromisso de discutir a Educação e o seu papel na sociedade, bem como a qualidade de ensino, é importante. Mas é fato que mesmo que a escola assuma e insista nessa ação, não é algo que chega a todos, isso no que diz respeito não ao acesso e sim à compreensão. Certamente esse é o caminho, mas penso que é algo em processo, processo que pode ser mais longo do gostaríamos, considerando as posturas políticas difamatórias que ecoam e reverbaram sobre nós. Não desistir e continuar sempre!
Claudia
Vejo professores jovens ainda presos em concepções antigas. Aqui na minha cidade, tivemos um período de grandes avanços entre 1996 e 2003. Infelizmente a troca de gestores sempre nos leva para avanços e retrocessos. Depende da política e da ideologia de quem assume a pasta. Hoje, no Brasil, passamos por um imenso retrocesso e, infelizmente, sabemos que parte dos responsáveis estão dando aulas e pensam a educação militarizada como sendo a solução. Faço parte de alguns grupos educacionais e tenho até vontade de chorar quando leio alguns comentários. O duro é que quando você pensa diferente do grupo e quer avançar, acaba sendo mal visto e criticado. Acho que é por conta disso que muitos profissionais acabam seguindo o barco e fazendo o que a maioria faz. Com 36 anos de sala de aula, eu cansei de tentar ser a "ovelha negra". Agora eu sigo o fluxo, pois só somatizei no meu corpo as minhas utopias educacionais. Vejo, hoje, uma educação muito parecida com a que eu vivenciei sendo filha de professora, nos idos de 1967, quando minha mãe me levava com ela na escola.
Dani Martí
Claudia, estou com você e não abro. Também somatizo essa luta...
Elaine Paião
Claudia, estamos juntas, além de somatizar, ultimamente me impressiono diante das inúmeras arbitrariedades que escuto e vejo em prol de uma Educação retrógrada. Mas ainda tento fazer minha parte, ainda acredito que podemos dar a volta por cima. Grande abraço.
Rosaura Soligo
Claudia, em uma sociedade conservadora como a nossa, que você descreve bem, é de se esperar o que acontece na escola, na relação com os alunos nos grupos de whatsapp, né. Infelizmente é assim e a luta é contínua. Como dizia o poeta, "quanto mais eu ando, mais vejo estrada". Boa sorte na luta por aí!
Anne-Marie Van Logchem Holman
Em 2019 vivenciei alunos de escola pública e privada não saberem como escrever o nome da escola. Escola pública da nossa cidade. Então, acho eu, não adianta exigir a escrita de qualquer cabeçalho sem correção. Na minha época, sabíamos escrever e falar o nome da
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escola. Não precisávamos escrever todos os dias, todas as aulas. Podíamos, mas não era exigido.
Valdirene Vieira
Uma das coisas que eu sempre questionei, não vejo objetivo nenhum nesta cópia
Carolina De Mattos Spagnol
Eu fazia cabeçalho todo dia, como se fosse uma lei, até uma excelente professora, da pós que fiz, questionar o motivo dessa prática. Foi então que percebi quanta coisa a gente não faz mecanicamente, sem reflexão. Desde então não mando fazer cabeçalho, só colocar a data nos registros.
Marjory Keller
Carolina De Mattos Spagnol, se não bastasse o cabeçalho, ainda tinha a frase da semana
Carolina De Mattos Spagnol
Lembro que a gente já mantinha o cabeçalho preenchido na lousa permanentemente, e só trocava o número do dia na data! O curioso é a gente permanecer nessa prática sem nenhuma reflexão a respeito!! Eu confesso minha culpa nisso... só pensei sobre o cabeçalho quando fui questionada sobre ele.
Marjory Keller
Somos duas, Carol! Forço dizer que ele só era apagado nas férias... Não tiro minha culpa, mas acho que era todo um contexto no qual não nos era muito permitido questionar.
Carolina De Mattos Spagnol
Marjory Keller, concordo!!
Bel Machado Ferraz
Sua pergunta é provocadora e muito pertinente!
Nós precisamos estar atentos a armadilha do automático.
Precisamos nos perguntar pra toda atividade que planejamos aos estudantes:
O que pretendo com isso?
Que tipo de aprendizagem quero oferecer?
Estou desenvolvendo habilidades mentais ou somente “um treino”?
O quanto provoco o pensar do meu aluno?
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Fernanda Casqueiro
Certeza que as crianças continuam fazendo cabeçalho mesmo no ensino remoto, viu! Minha querida, eu sempre leio suas reflexões e adoro!
Infelizmente, a educação está utilizando as ferramentas tecnologias para aprimorar o ensino tradicional. Desta forma, as práticas são as mesmas, apenas utilizando ambientes virtuais.
Dani Martí
Fernanda Casqueiro, e tem um monte de "Fake News" pedagógica em 'lives' e cursos on-line... ninguém falava ou conhecia o Ensino Híbrido... Agora todo mundo, do dia pra noite, escrevendo livros e fazendo cursos com conceitos errôneos, controversos! É triste, pois isso levará a um trabalho totalmente fora da proposta e poderá ser desastroso.
Fernanda Casqueiro
Dani Martí, sim, verdade!
Marta de Paula
Pior que tem sim muitas crianças fazendo cabeçalho mesmo no ensino remoto. Meu Deus em pleno século XXI o ensino tradicional ainda está firme e forte.
Fabiana Esteves
Sim, e como tem.
Nilce Freitas
Sim, tem muitas que fazem isso.
Roberta Castro
Tem sim...ô se tem!
Luciane Ceccopieri
Claro que não, imagine. Só na Transilvânia.
Midiã Lilian Rocha Campeão
Com certeza tem!
Silvana Mirian
Basta a data.
Marcela Monteiro Monaco
Não, apenas colocar a data nas atividades.
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Adinã Leme
Professora, pelo menos aquelas fileiras indianas, não mais...
Andrea Galleti
Lá em 2008/2009 um aluno de uma escola onde eu era CP diz pra professora "A senhora escreve São Paulo todo dia porque é Saopaulina né, se fosse palmeirense..."
Esse foi o momento perfeito para o grupo discutir e concluir que há que se refletir sobre os fazeres que se perpetuam sem um objetivo lúcido. Parece piada mas não é.
Luciana Souza
Eu não obrigo os alunos a fazerem... Mas a escola me via como uma péssima professora. Por isso e outras coisinhas mais... Eu não via sentido em só copiar... Então criava possibilidades para que houvesse o famoso registro do cabeçalho em cada caderno!!! Um dia eu começava e eles terminavam outro dia deixava faltando alguma informação para eles descobrirem o que faltava... e assim caminhávamos!
Marinho Lili
Grupo Escolar Marechal Hermes
Mayumi Morena
E E P S G Professor Derville Allegretti...
Maria Baldin
Nossa, chamaram a minha atenção várias vezes por não exigir cabeçalho, como se fosse má professora por isso.
Sarah Palladini
Tem sim muita gente fazendo cabeçalho... e é difícil desfazer a ideia de que é um bom treino na alfabetização... Alguma sugestão de como posso abordar o assunto?
Rosaura Soligo
A ideia é que, na alfabetização, é um bom treino exatamente do quê, Sarah?
Sarah Palladini
Treino de conhecimento das letras, de treino motor, das letras, para se organizar no caderno...
Rosaura Soligo
Veja, Sarah, se as crianças copiam automaticamente (como acontece), não estão pondo em uso o conhecimento das letras, pois copiam sem nem prestar atenção no que estão
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fazendo... Sem contar que geralmente elas odeiam essa atividade justo pela falta de sentido.
E precisam repeti-las 200 vezes a cada ano... (!!!) E, como treino motor, as crianças poderiam fazer atividades com algum sentido para elas, não?
Sarah Palladini
Rosaura Soligo, eu concordo 100% com você e com as colegas dos comentários ali de cima! Eu não concordo com essa prática do cabeçalho e não pratico em sala de aula por ter a mesma opinião que você. Eu não sei como abordar esse assunto com colegas que pensam que o cabeçalho é bom para treino de conhecimento das letras, de treino motor, das letras, para se organizar no caderno... Tipo, eu não sei como abordar esse tema na escola...
Rosaura Soligo
Eu entendi, Sarah. O fato é que só sei um jeito: é nos perguntando a nós próprias para que serve afinal e se não haveria algo mais útil e interessante para alcançar os objetivos que se imagina justificar essa prática.
Sarah Palladini
Vou propor esse questionamento nas próximas reuniões pedagógicas!
Adorei o grupo e as reflexões Obrigada.
Laura de Oliveira
Sendo que se para alguns a coordenação motora está em jogo, qualquer produção escrita faz esse trabalho. Então colegas, que seja uma escrita com significado, com sentido....Cópia de cabeçalho é tortura.
Professora Patricia F S
Sim.... muitos professores ainda fazem isso, por demandas da gestão e sistema, por não ter oportunidade ou interesse em formação, por não participar de encontros e diálogos pedagógicos em outros espaços... Sim, ainda vivemos isso.
Cleusa Capelossi
Ah... ainda tem... E como tem...
Joice Lamb
Puxa vida, Rosaura Soligo, essa discussão foi longe. Aqui na Adolfina também apareceu a necessidade de “ter alguma coisa no caderno” tanto por parte dos pais como dos próprios professores. Então, sugerimos um registro ao final da aula, tipo uma memória daquele dia, feita pelos alunos da forma como eles conseguem, frases, palavras desenhos. Eles vão construindo uma história das aulas no seu caderno, um registro próprio que vai evoluindo com o maior domínio de cada uma das habilidades de contar essa história. Temos um diário coletivo também, em que cada dia um estudante leva para casa e escreve junto com a família. Enfim, maneiras de fazer diferente existem, mas precisamos problematizar a coisa antes, discutir, refletir, experimentar.
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Rosaura Soligo
Excelentes as propostas, Joice!
Telma Reis
Joice Lamb, que bacana!!!
Rosanea Mazzini Correa Que legal!!!
Marcia Santos
Sim, Joice Lamb.
Luana Welter
Uma vez, em formação, pedimos para o grupo copiar algo que seria projetado, mas bem rapinho. Estava em cirílico/russo – ou seja, não sabiam o que era, nem pra quê, nem se seria usado posteriormente. E era um cabeçalho enorme!!! Enfim, isso permitiu muitas discussões no grupo.
Carolina De Mattos Spagnol
Luana Welter, amei essa estratégia.
Bruna Iza Ribeiro
Luana Welter, boa!!!
Elaine Cecília Gomes
Olha pelo que eu vejo, tem sim... A última que eu escutei hoje: as crianças nascem contando...
Segundo movimento
Post publicado no dia seguinte, 03/11, https://rosaurasoligo.wordpress.com/2020/11/03/cabecalhos-escolares/
e compartilhado em algumas páginas do Facebook.
Debora Regina Magalhães Diniz
Eu lembro de ter de fazer cabeçalhos imensos da 1a à 4a série. Lembro-me do tédio. Espero, sinceramente, que essa prática esteja prescrita.
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Graziele Luques Wagner Oliveira
Perfeito!!! Concordo plenamente! Que alegria ler isto! Ainda há salvação!
Vanda Rezende
Palavras que nos fazem refletir e analisar sobre o sistema de escrita e o nosso dia a dia enquanto professores nas séries iniciais.
Marcia Santos
Consegui abrir mão de muitas práticas inúteis após aprendizados, reflexões e compreensões a partir da participação no PROFA. A melhor de todas as formações que fiz.
Ana Lucia Placido
Quantas outras práticas irrefletidas são produzidas rotineiramente nas escolas... Teria que ser feito um mutirão da desconstrução dessas práticas... não sem antes (e tardiamente)
mobilizar os docentes.
Juliana Vieira
Eu tinha uma turma de 5 ano e era uma prática a escrita do cabeçalho... depois de uma provocação tua em um dos cursos, Rosaura, fiz um combinado com a turma... problematizamos o cabeçalho, perguntei a cada criança o nome da escola onde estudavam, seus nomes completos, das professoras, da cidade, o ano vigente, os dias da semana, os meses... sabendo que todos sabiam tudo isso, decidimos parar de fazer. Em acordo, mantivemos o registro da data... assim...___/___/___, para facilitar a localização de alguns conteúdos.
Eles amaram! Mas do roteiro do dia não abro mão...rs
Maria Helena Garcia
Realmente, depois de trabalhar anos na rede particular, mudei-me para o interior e fui dar aula na escola pública municipal... Levei um susto quando fui informada pela orientadora que deveria fazer o tal cabeçalho... Pedi que me explicasse a razão e rebati todas... enfim, eu passei a ser a única professora da escola que só datava as lições do dia.
Andrea Galleti
Uma alusão religiosa numa escola pública? Esse é outra "tradição" enraizada sem sustentação. Sabe o que me impressiona? Vou me aposentar em 2021 e essas questões todas já deveriam estar superadas faz muito, muito tempo. Às vezes me dá uma preguiça!
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Elíbia Brandão
Desde que fiz o PROFA, em 2003, que me questiono muito a respeito da minha prática na Coordenação e passei a orientar as professoras a refletirem sobre o quê, o porquê e para quê de muitas práticas educacionais, e esse foi um dos pontos que conseguimos eliminar.
Ana Cristina Teixeira
Recém alfabetizada, sofria pra escrever o nome da escola, local e data. Não faz sentido. A mão doía...
Penha Queiros
Meu neto de 10 anos, quando tinha 8, entediado recusou escrever o cabeçalho e ficou sem recreio, achei um absurdo. Ele me disse: "vovó não entendo por que tenho que repeti aquilo todo dia, eu já não sei?".
Elaine Palomares
Tempo precioso que se perde...
Maria Célia Santos Nunes
Que reflexão valiosa e pertinente. São tantas ações escolares que quando se questiona a função, não se consegue a resposta, exatamente porque não faz sentido.
Ilsenir Mara Soares
Por que certas coisas nunca mudam?
Edina Garcia
Acredito que muitas coisas têm que evoluir no procedimento metodológico, é claro. Não concordo com um cabeçalho extenso. Mas acredito que o cabeçalho tem uma função importante: é o momento em que o aluno se dispõe a virar a chavinha, entrar na rotina escolar, entender que a partir daquele momento vão acontecer sequências importantes para a aprendizagem. É lógico que tudo que é excessivo é chato. Eu já peguei turmas de 1° a 5° ano, e alunos do 3° ao 5°, que no começo do ano não sabiam escrever o nome da escola corretamente e, pior, seu próprio nome completo, e no correr do bimestre se apropriaram desses dados, então aí pode haver uma flexibilização da utilização do cabeçalho.
Valter Moreno
Perfeito, penso que como seres pensantes precisamos rever nossos conceitos e sair do automático. Parabéns pela reflexão.
Marta de Paula
Esse cabeçalho de 1990 é parecido com o da minha sobrinha, no 4°ano em 2020. Ou seja, 30
anos depois e a escola não mudou. Triste realidade
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Aurora Ferreira
Olha, eu amei a reflexão e realmente considero que a escola deva abolir algumas dessas coisas ditas como "sempre foi assim". Eu não faço ninguém copiar cabeçalho, pois sou professora de informática. Mas sei que as colegas usam e que as crianças copiam. E mesmo copiando todos os itens listados (menos o do tempo, hahaha, que eu amei), me deparo com crianças que não sabem o nome da escola, da cidade ou mesmo da professora. O cabeçalho acaba sendo mesmo só uma cópia.
Raquel Martins
Concordo.
Existem muitas formas interessantes para registrar o início da aula e a data.
E verifico que após 5 anos de cópia, o nome da escola está errado...
Ousadia é a virtude necessária....
Isso me lembra as listagens com o nome das meninas primeiro...
Danielle Fava
Meu filho questiona o cabeçalho todo os dias. Ele tem 8 anos. Eu, como profissional, concordo com ele. Entendo que o mesmo tem suas funções, mas até que ponto?
Meire Contieri
No início da minha carreira, há 30 anos, claro que eu também usava o cabeçalho, não tão extenso quanto esse da foto – pois "hoje, ontem e amanhã " já é demais. E, na época do Letra e Vida, quando tive contato com a equipe de formadoras da antiga CENP, comandada pela grande Telma Weisz, pude aprofundar os estudos e a reflexão sobre a prática acerca de atividades desse tipo. Obrigada, Rosaura, por provocar a discussão e não deixar que educadores esqueçam algumas questões.
Sonia M. Coutinho
Eu acho que tudo é válido com tanto que não seja automático. Falar do dia mês, nome da escola. Porque depois da informatização, muita coisa está sendo deixado de lado, leitura de livros, tabuada. Sem saber, como faremos as contas em concursos e etc...
Raquel Basto
Sonia M. Coutinho, não, nada se deixa de lado, apenas se dá sentido às coisas. Fazer por fazer ou fazer para os concursos não proporciona aprendizagem, pois para o concurso você faz cursinho, não precisa sofrer desde o primeiro ano se nem sabe se prestará um concurso...
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Sonia Luciano
Aqui, nos fizemos carimbos com nome da escola e o aluno só preenchem o nome, nome da
professora e data. Facilita e eles gostam.
Maria De Lourdes Germano
Sempre orientei meus professores a não fazerem isso, e olha que tenho estrada longa na Educação. O condicionamento é muito forte, assim como práticas engessadas.
Maria De Lourdes Germano
A pergunta que não quer calar para quê e porquê?
Kika Siqueira
Hoje ainda vejo colegas de trabalho fazendo isso e, quando pergunto o objetivo, na maioria das vezes fico sem resposta...
Patrícia Rístori
Por vezes, a resposta diante dos questionamentos sobre a finalidade é só o silêncio!!! Finalidade nenhuma ao meu ver! São procedimentos que repetimos de nossas experiências como aluno! Exercício sem finalidade e sem intenção pedagógica!
Valéria Pereira
E depois de tantos anos esquecem o nome da escola e da professora, nem os pais sabem...
Tayná De Arruda Souza
Depois que eles aprendem o nome, nome da prô, nome da escola, cidade em que mora, mês e ano, pra que cabeçalho? Eu sempre dou aulas para 4° e 5° e simplesmente anotamos a data e a rotina por uma questão de organização do caderno para consultas futuras.
Marianna Ferreira
Eu particularmente acho uma perda de tempo. O tempo que a criança leva pra copiar uma coisa tão óbvia, poderia ser revertido para o aprendizado do conteúdo do dia...
Izabel Balente
Adorei a reflexão, acho uma perda de tempo, seria melhor trabalhar com o Calendário que dá mil opções. Muitas crianças fazem o cabeçalho e nem sabem o que está escrito.
Carina Domingues
Seria cômico se não fosse tão triste, que muitas pessoas defendem essa prática do mesmo modo que também defendem cartilhas. Dirão que sempre foi assim, não precisa mudar. É um ato de reconhecimento, de valorização da localidade. Converso muito sobre essas coisas com a minha mãe e penso que está na hora das coordenadoras e diretoras convidarem as
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professoras para fazer HTP caminhando, pois parece que andar e pensar talvez nos permita ver uma boniteza maior em nossa prática do que ficar dentro dos muros da escola.
Patricia Lourdes Camargo
Infelizmente já acreditei nisso!!
Mas hoje penso quanto tempo perdido...
Carina Domingues
Patricia Lourdes Camargo, isso é muito bom. Você tinha uma prática, hoje, com todo o conhecimento de alguns anos, você viu que isso não tinha significado. Você refletiu sobre a sua prática e buscou nela significados. O problema é não buscar por essa reflexão. É aceitar que algo sem sentido ainda permaneça.
Carina Domingues
Falar pra criança misturar terra e água, fazer barro e registrar sobre essa transformação ninguém quer?!!! Mas, dar como lição de casa (coisa estupidamente inútil) fazer cabeçalho, o povo quer!!!!
Rosangela Veliago
Ah, se as crianças falassem o que pensam!
Monica Labriola Labriola
Me chamou atenção o capricho da letra para uma criança do 2° ano.
Rosaura Soligo
Minha filha, que escreveu o cabeçalho que ilustra o post, sempre foi caprichosa, e é até hoje, Monica!
Eridan Checchia
Para quem não sabe o que significa a escrita do cabeçalho nos anos iniciais, vou esclarecer alguns fatos:
- No 1 ano quando a criança chega geralmente vem de outra escola - Depois, para se familiarizar com o nome da escola, cidade onde mora, dia da semana, nome da semana, nome da Professora, como está o tempo, e, por fim, seu próprio nome - Tempo depois tudo será cobrado em outros aspectos - No nome da escola terá letras do alfabeto, nome da semana será trabalhado calendário onde terá dia, mês do ano
E fora outras coisas, que ficaria muito tempo escrevendo.
Portanto, àqueles que nunca entraram em uma sala de aula de alfabetização não opinem sobre aquilo que não tenham conhecimento.
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Rosaura Soligo
Eridan, estou na educação há 42 anos e sempre trabalhei com alfabetização, ou lecionando ou coordenando/acompanhando professores ou fazendo formação e produzindo material didático. Então, minha reflexão é a partir dessa experiência...
Fabiana Rodrigues
Eridan Checchia, concordo com você, mesmo escrevendo o seu nome todos os dias eles ainda precisam de crachá, muitos ainda confundem o nome da escola e demoram metade do ano para aprenderem os dias da semana.
Eridan Checchia
Rosaura Soligo, apesar de muitos acreditarem em construtivismo, ou outro método, acredito que na sala de aula o que vale não são os métodos e sim os resultados.
Quando fiz pós em Alfabetização em Letramento foi justamente para ter essa certeza.
Tive uma professora Doutora e Mestre que falava exatamente isso.
Eu não vejo o cabeçalho como chatice, porque você deve saber que durante a sondagem as crianças sempre assumiram o som do cabeçalho com o som de algumas palavras e até mesmo o próprio nome.
Eridan Checchia
Fabiana Rodrigues exatamente, este momento faz parte da aprendizagem. Organização do caderno, memorização de datas, dia e até mesmo horário, já que neste momento trabalhamos a Rotina.
Rosaura Soligo
A questão não tem a ver com construtivismo ou métodos de alfabetização, Eridan. A questão é que não é razoável propor a nenhum ser humano que repita algo que não lhe faz sentido 200 vezes por ano, mais de 2 mil vezes durante a escolaridade. É disso que se trata.
Rosaura Soligo
Então, Fabiana, isso mostra que a proposta é ineficaz para esses propósitos...
Rosangela Veliago
Fabiana Rodrigues, portanto isso não dá conta de ensinar essas coisas.
Marize Ma
Eridan Checchia, há uma variedade de formas para abordar esses temas e conteúdos.
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Eridan Checchia
Ao fazer o cabeçalho a criança mantém uma rotina e assim uma organização.
(cita matéria da Revista Nova Escola)
Eridan Checchia
Rosaura Soligo, a repetição faz parte da rotina, assim há memorização e aprendizagem.
Se fosse contatar as vezes que repetimos o alfabeto durante o ano, ou quantas vezes repetimos os números, pode não parecer ter sentido. Como eu disse o importante é o resultado. Quando se entra em uma sala de 1° e 2° ano, com 37 crianças para serem alfabetizadas, você faz qualquer coisa ter sentido.
Aline Bernardino
Eridan Checchia, sou professora alfabetizadora e acredito haver muita e outras formas de trabalhar os conteúdos que você menciona.
Rosaura Soligo
Eridan, como se pode ver, nós pensamos diferente e, pelo andamento da conversa, isso não mudará.
De minha parte, o entendimento é que não se justifica pedagogicamente propor que as crianças façam mais de duas mil vezes algo que não faz sentido nenhum pra elas e que não é eficaz para ensinar o que se pretende, uma vez que, segundo os depoimentos compartilhados nos comentários das várias páginas em que este post foi publicado, há quem, depois de muito repetir, escreve ‘Hoge’ todo dia, muitos continuam sem saber o nome da escola depois de meses, sem saber os dias da semana, os meses do ano. Sem contar que as crianças que falam o que sentem em relação à cópia diária do cabeçalho dizem ser um sacrifício muito ruim. E o tempo perdido, principalmente no período da alfabetização, que poderia ser bem aproveitado para aprender conteúdos importantes, é enorme.
Pelo que entendi do que você escreveu, para você, ainda assim é uma boa proposta.
Me parece que não adianta buscar argumentos, portanto.
Marize Ma
RESSIGNIFIQUE os elementos do seu cabeçalho para que façam sentido na aprendizagem.
Iara Aguiar Sant'Anna
Concordo que a criança precisa se familiarizar com algumas informações, se localizar no tempo e no espaço e talvez até anotar isso por algumas vezes, agora fazer anos a fio é perder o precioso tempo da reflexão, do criar, do pensar, do produzir. Copiar pra quê??? Escrever o que tem de memória tantas vezes, tudo igual, pra quê?
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Fabiana Esteves
Eridan Checchia, se tem uma pessoa que pode opinar na educação é a Rosaura Soligo, ela sabe muito bem o que está falando...
Fabiana Esteves
Trabalhando de acordo com o PROFA, em uma hora e meia eu conseguia fazer leitura compartilhada, atividade com o nome próprio, calendário e duas (ou mais) atividades de leitura e escrita. Mais ou menos o tempo que os alunos levam para copiar o cabeçalho…
Eridan Checchia
Fabiana Esteves, eu também, a didática de um, não vale para todos, assim como aprendizagens de uma criança não vale para todas as crianças, cada criança tem seu ritmo e cada professor a sua didática, e assim faz na sua turma o jeito que for melhor.
Teoria é muito boa, mas a prática só no dia a dia, e mesmo assim demora para o tudo ficar redondinho. O que funciona comigo e minha turma pode não funcionar com você e sua turma e vice versa.
Valéria Rubio, achei bárbara esta reflexão, Rosaura, e as observações pontuais. Vale a reflexão... Sim, este texto faz repensar e refletir qual a importância da cópia do cabeçalho todos os dias para a alfabetização. Como educadores, nunca podemos parar de aprender e fazer sempre uma autoavaliação da nossa didática.
Jilnete Silva Santos
Obrigada por eu ler esta reflexão. Ainda hoje, em tempos remotos, questionei o espaço desses cabeçalhos nas atividades REMOTAS, ocupando mais espaço do conteúdo (que
podíamos usar para contextualizar), e fui ignorada...
Linda Teixeira
Nunca nenhum professor das minhas escolas pediu para escrever sobre o tempo... Era nosso nome data e nome da escola.
Ana Paula Masson
Ufa!! Achei que eu estava errada!! Aboli há muito. Falar que faz parte da alfabetização é insano!!
Luciane Pro
Primeiro dia de aula eu pergunto aos alunos qual o nome da escola que estudam. Se vem aquele coral bonito e convicto a função social já foi conquistada. Coloco somente dia da semana, do mês, o mês e o ano. Nem rotina eles copiam, eu apenas aviso verbalmente no início da aula.
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Adriana Ferreira
Sou CP, já fui professora, e nunca achei produtivo.
Andréa Guimarães
Basta colocar a data no caderno, o nome da escola já é óbvio, portanto desnecessário. Mencionei a data pois ela é que dá uma sequência nas atividades e fica bem mais fácil para encontrar atividades já realizadas.
Maria Aparecida Thomaz Silva
Tempo perdido ou não, o que observei durante meus trinta anos lecionando é que a cada ano que passava as crianças aprendiam menos. Muitas mudanças, porém poucas cobranças. Portanto o que se aprendia lá nos anos 80, quando comecei, não se aprende nem a metade hoje. Lamentável e triste realidade que vivenciei. Ah! Quanto aquela repetida situação de escrita, talvez ajudasse na caligrafia, que atualmente dificilmente se consegue ler o que o aluno escreve!
Priscilla Marques
Concordo totalmente. O socioconstrutivismo infelizmente acabou com tudo. Os alunos não são mais cobrados por nada (nem por um simples cabeçalho), não existe mais conteúdo (tudo é subjetivo). Por acaso a escola é apenas um local de diversões e de se fazer o que gosta? No meu tempo, a escola era local de disciplina e aprendizagem. Tudo é ressignificar, desconstruir, etc.. Lindas palavras, mas no fundo a educação está a cada dia pior.
Lilian Alves Yifrach
E mesmo assim as crianças "perdem tempo" escrevendo-o!! Oras, se é tao óbvio, porque elas não o fazem rapidamente?? Não é de se admirar que a maioria dos ingressantes no Ensino Médio hoje em dia são "semianalfabetos". Acabou a cartilha Caminho Suave, acabou o caderno de caligrafia, acabou o ditado, acabou conjugar um verbo 30 vezes em todos os modos, acabou repetir a tabuada 50 vezes até decorar!! Pobre geração!!
Priscilla Marques
Exatamente. A escola agora é apenas um local para o aluno fazer o que quer, o que gosta, acabaram os deveres.
Lilian Alves Yifrach
Priscilla Marques, eu vejo os posts e comentários da galera de 25 anos pra baixo... Dá vontade de chorar!!
Edson Vieira
Infelizmente já ouvi colegas de profissão afirmando que o cabeçalho era um momento de respiro para elas, pois não era preciso planejar, corrigir ou acompanhar, mas por conta da
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dificuldade de muitos alunos, esse procedimento levava cerca de uma hora para ser realizado...
Marlenë Mazon
Que bom ler isso. Minha voz se junta à sua.
Ana Maria Munhoz
Eu sou professora alfabetizadora e meus alunos fazem o cabeçalho sim, principalmente no 1° e 2° ano, porque trabalhamos vários conteúdos, mas sempre fazem como lição de casa... Devem chegar com ele feito na escola, e trabalhamos a escrita do nome completo, a escrita do nome da escola, não adianta saber falar e não saber escrever, e trabalho com eles a leitura do calendário diariamente...
Ivonete Almeida
Ana Maria Munhoz, eu também.
Olivia Galera
Ana Maria Munhoz, eu também faço assim.
Silmar Moura
Ana Maria Munhoz, você está certíssima. Tem que fazer sim.
Priscilla Marques
Parabéns.
Andrea Stapf Ribeiro
Excelente reflexão!
Já me deparei com alunos do 5° ano que, após uma vida de escrita diária deste "cabeçalho", escreviam o Nome próprio ou o nome da escola com letra minúscula. Sempre dispensei essa perda de tempo. Colocar no canto da folha a data, em números sempre foi útil para aproveitar o tempo e a concentração dos alunos. Quando coordenadora, nunca tive êxito em conscientizar meus professores sobre isso. Como mudar este paradigma?
Silvana Mirian
Voto para que os cabeçalhos sejam extintos! Que marquemos os inícios das aulas com leituras de poemas e canções! Com reflexão sobre a escrita e roda de conversas! Rotinas na lousa apenas para consultas!
Priscilla Marques
Conteúdo pra que, né? Bora matar a aula com as intermináveis e subjetivas rodas de conversa.
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Silvana Mirian
Priscilla Marques, você fala sério?
Você sabia que o conteúdo de Língua Portuguesa está dividido em leitura, escrita e oralidade?
Você acredita que conteúdo é copiar o interminável cabeçalho da lousa?
Joice Lamb
Silvana Mirian, eu voto com você e jogo a pergunta ao vento... o que é mesmo CONTEÚDO? Eu já tive turmas de língua portuguesa na antiga quinta série que tinham cadernos impecáveis, mas nenhuma ideia própria sobre nada, nem coragem pra fazer perguntas, sem intenção nenhuma de ouvir o outro, envergonhados, oprimidos, esperando sempre que eu dissesse o que fazer. Triste pra caramba. Eu trouxe pra eles poesia, teatro, escrita criativa, leituras de clássicos, música e, no meio de tudo isso, aprenderam gramática. Enquanto tive estas turmas, escrevemos dois livros de 100 páginas recheados de textos deles. O que é CONTEÚDO? Eu digo tudo o que é repetitivo e sem sentido se perde. Eles fazem, mas é como se não fizessem. Não temos esse tempo pra perder na escola.
Silvana Mirian
Joice Lamb, primeiro que prazer poder dialogar com você! Acompanhei seu prêmio de gestão pedagógica e sou sua admiradora. Estamos oferecendo às crianças menos do que elas podem aprender e menos do que elas têm direito! A linguagem oral tem sido relegada a terceiro plano e não percebemos. Parece que conteúdo é fazer cópia no caderno!
Telma Reis
Silvana Mirian, sou dessas!!!
Telma Reis
Joice Lamb, já enfrentei um problema com coordenador q não entende o propósito de ler para escrever. Amo tertúlias dialógicas e sempre registro os comentários dos alunos na lousa para que eles ouçam, mas também leiam em voz alta o que pensam. É incrível o impacto que isso causa neles. A revisão vira uma festa e o produto final é um presente.
Silvana Mirian
Telma Reis, onde marca para te dar um abraço?
Joice Lamb
Telma Reis, lembrei que uma das atividades que eu fazia era “O que eu penso sobre...” Toda a semana tinha que escrever alguns parágrafos sobre o tema que escolhíamos. Medo, amor, saudade, preconceito, adolescência, solidão, morte, amizade, são alguns temas que eu lembro. Eu dizia que, quanto mais a gente escreve, mais a gente tem a possibilidade de escrever uma frase ou uma ideia inspiradora. Eu marcava sempre as frases mais lindas
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dentro dos textos e depois a gente fazia cartazes e espalhava como citações pela sala e pela escola. Depois de um tempo de experiência, eles entregavam os textos com as frases mais inspiradoras já marcadas ou eu distribuía textos dos outros para eles dizerem quais as melhores passagens e comentarem. Escrita autoral. Lembrei disso quando você contou a sua experiência.
Joice Lamb
Silvana Mirian, o prazer é meu! Toda a terça-feira, 19h30, tem Live no meu canal. Sempre uma conversa nova. Aparece lá.
Silvana Mirian
Joice Lamb, vou sim! Será um prazer.
Bárbara Sousa
Perfeita colocação!!!
Zanália Das Graças Carneiro
Copiar exercita a escrita e o cérebro: a função do cabeçalho é se localizar no tempo, no espaço, nas relações sociais. No antigo primário, na minha época, era comum somente após o 2° ano, no 1° ano a professora tinha como meta nos ensinar a ler, escrever e aprender soma e subtração, tabuada até 5 – com isso ela já se dava por satisfeita. Hoje em dia ninguém sabe mais o que esperar de uma criança no seu primeiro ano do ensino fundamental.
Pa Oliveira
Desculpa mas sabe sim, a BNCC está aí (e bem clara) pra isso. O antigo primário atingia as crianças de antigamente, que demoravam 2 meses pra abrir o olho e ficavam enroladas em tecidos. Os bebês hoje já nascem rindo, virando na cama como meu filho. Nada é igual ao "antigamente", a escola também deve evoluir para melhor. A escrita realmente deve ser estimulada, mas não meras cópias gigantescas.
Zanália Das Graças Carneiro
Pa Oliveira BNCC está aí sim... e? Não surte efeito na prática? Quantas crianças chegam nas séries finais semianalfabetas? Quem antigamente saia do 1° ano sem saber ler, escrever e copiar? A Escola está em crise, isso é fato.
Pa Oliveira
Zanália Das Graças Carneiro eu saí! E, sem fazer cabeçalhos gigantescos na segunda série, com uma professora maravilhosa que não tinha ideias nada usuais me alfabetizei. Hoje estou na mesma profissão que ela para refletir suas ideias. Não fui a criança que copiava cabeçalhos assim como meu filho também não é, e isso nunca nos impediu de aprender. A
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escola sempre esteve em crise e, se a crise nos levar ao crescimento, não vejo problema algum!
Zanália Das Graças Carneiro
Pa Oliveira Tudo bem...eu só disse que utilidade tinha naquele tempo, naqueles moldes. Eu fui alfabetizada no 1° ano, como era de praxe naquela época. Não falo mal da BNCC, mas ela é uma base de orientação, não é a salvadora da educação.
Pa Oliveira
Zanália Das Graças Carneiro , concordo com você que não é salvadora.
Silvana Mirian
Zanália, quase metade das crianças reprovavam no final do primeiro ano! Outras tantas não chegavam ao fim do primário. Depois vinha o gargalho da admissão! Não sei a qual antigamente se refere, mas no século passado, os anos 50, 60, 70, 80 foram assim! Se nos interessarmos pela história da educação vamos descobrir muito mais do que acontecia nas famílias brancas e da classe média brasileira.
Se todas as crianças aprendiam, porque passamos décadas chafurdando no analfabetismo? De onde saíram os índices alarmantes do analfabetismo que o Brasil não conseguiu vencer até hoje? Por que há tantos pais, mães, avós analfabetos nas periferias e nos sertões brasileiros?
Viva a escola de hoje! Viva a conversa e pensamento crítico! Abaixo os extensos cabeçalhos sem sentido!
Zanália Das Graças Carneiro
Silvana Mirian, o acesso é crucial... falar mal da educação é de praxe, daqui 20 anos falaremos mal de agora... mas atacar a aprendizagem de antes é tolice. Lá na frente irão jogar tuas convicções e esforços no lixo, como berram hoje com o ontem.
Cristina Sahade
E assim, sempre diminuindo o conhecimento do espaço, do tempo, da lembrança exata dos acontecimentos... é que essas "pessoas" educam... O menos é mais para elas...
Lisa Moraes
O cabeçalho é prática autoritária e sem sentido para os pequenos. Copiar não garante nenhum aprendizado, se é para estimular o cérebro (como alguns justificam) então que seja feito isso por meio de práticas sustentadas em situações reais e com significado. Não adianta passar o cabeçalho como tarefa de casa, a criança poderia fazer qualquer coisa fora isso e seria muito melhor para o seu desenvolvimento... brincar, por exemplo.
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Priscilla Marques
Que lindo, pra que conteúdo, né? Isso não é divertido. Pra que deveres? Isso é opressão da sociedade.
Val Dias
Mas colocar a data do dia é imprescindível sim, chega a ser um documento.
Frances Marcato
Perfeito!!!!
Ana Maria De Oliveira
Na visão de um adulto, que já domina tantas informações parece realmente bobeira. Porém olhem por um outro lado: registra o início de um dia de trabalho (tantas vezes contestado por pais que alegam que nada foi dado aos filhos), para os pequenos é um trabalho diário sobre o tempo presente, passado (ontem hoje) dias da semana, sequência numérica.... Embora tão contestado hoje em dia, sim, trabalha coordenação motora, habilidade de controle do tamanho da escrita (como é difícil para os pequeninos em formação encaixar um simples "São Paulo" em uma linha só). Entre tantas outras aparentes bobeiras que poderia aqui citar... Creio sinceramente que a educação em nosso país precisa realmente de mudanças que realmente sejam significativas...
Priscilla Marques
Já aboliram o caderno de caligrafia que era super importante para trabalhar a coordenação motora e a escrita fina, só piora à cada dia. O aluno simplesmente faz o que quer.
Tatiana Lebedeff
Ótimo!!!!
Humberto Paes Ribas
É o momento de retomada da atividade instrutiva dirigida, é a pausa do burbúrio da chegada na escola, do diálogo com os amigos, é o exercício de conscientização de focalizar, atentar, direcionar a atenção ao professor. É o tempo para o professor observar com afinco a clientela que irá instruir naquele período. Acho fundamental a escrita do cabeçalho.
Tati Cocco
Humberto Paes Ribas, mas todos os dias a mesma coisa?
Não poderia ser um cabeçalho diferente por dia?
Sim, entendo o que diz da atividade rotineira para esse objetivo de focar, auxiliar o professor, mas não poderia escrever coisas diferentes todos os dias trabalhando a criatividade e diversidade das crianças?
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Uma palavra diferente acompanhada de um desenho, uma forma geométrica, uma frase diferente, um reforço positivo.
Ficar repetindo a mesma frase... só faz com que as crianças que não aprendem do mesmo modo que as outras não possam ser observadas em sua diversidade, mas só como "inabilidosas".
Natália Motta
Eu PRECISO CONFESSAR que usava a desculpa do cabeçalho pra preencher fichas e diários, já que em São Gonçalo-RJ a prefeitura não cumpre a lei de 1/3 de planejamento pro professor...
Vanessa Thomaz Santos
Aqui minha filha do meio ficou impressionada que, nas lições, pedi pra ela colocar só a data! Ela questionou: – E o cabeçalho? Eu respondi: – Não precisa! Ela suspirou: – Ainda bem!
Jandira Martins
O objetivo é ensinar a escrever o nome da escola corretamente, mas nem assim aprendem (ou desaprendem do Fundamental 2). Ao selecionar os cartões-resposta das avaliações externas é possível constatar isso!
Renato Augusto Santos
Eu não faço isso com meus alunos. Só peço para colocarem a data.
Miih Gomes
Ufa! Não sou essa professora!
Bruna Silva
Bom, lá vai minha opinião. Se gabar porque não dá o cabeçalho não acho evolução, dou aula para adultos e, até hoje, se eu pergunto em qual bairro moram, alguns respondem Santo André. Ensinar o nome da escola, cidade, bairro, data não acho nada ruim viu, continuarei trabalhando o cabeçalho, mas eu não faria isso nas sérias seguintes, se eu realmente entender que as crianças já sabem preencher. Ah, outra coisa, sou da opinião da dosagem e não dá exclusão total das coisas. MINHA OPINIÃO.
Patricia Machado
Bruna Silva, é desse jeito, mesmo fazendo o tão questionado cabeçalho todo santo dia... Não sabem dizer o nome da escola, o nome do bairro e nem escrever o nome próprio completo. Precisa ser dosado, bem trabalhado mas não excluído.
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Bruna Silva
Patricia Machado, exato, se precisar use outra estratégia, mas excluir não rsrs Eu já alfabetizei com o cabeçalho, mas muitos não estão preparados pra essa discussão.
Érika Lopes
Eu sempre me perguntei pra que isso?
Vania Pagliari
Eu passei os três anos do ensino médio literalmente brigando com a professora de português que insistia que fizéssemos margem.
Eu nunca fiz, não "saía" da linha, além do mais as linhas acabavam antes do final da folha.
Nada disso era justificativa.
Eu perdi um ponto em cada bimestre por causa dessas malditas margens.
Até hoje tenho ranço dela.
Ana Mariazinha Ébano De Ebanolândia
Realmente... Pra que cabeçalho? Pra que letra cursiva? Pra que numerais? Pra que professora alfabetizadora se todo mundo entende sobre alunos de 1° ano sem nunca ter entrado numa sala de 1° ano, aliás a doutora poderia alfabetizar pelo facebook, com posts, tem mais experiências e conhecimento que as "professorinhas ". Esse é o post que as coachs da psicopedagogia com experiência de uma semana de estágio em escola pública amam. Ah 2020! E fica uma pergunta: Será que só doutores em educação e mães donas de casa ficam se perguntando o porquê do cabecalho? A "professorinha ignorante" nunca fez um teste em tantos anos de trabalho, né? Que coisa! Ô professorinha burra, dê zero pra ela Chaves!
Bruna Silva
Ana Mariazinha Ébano De Ebanolândia, amei.
Silvana Mirian
Ana Mariazinha Ébano De Ebanolândia, mana do céu. Esta doutora seria a Rosaura?
Rosana Santos Silva
Há 10 anos atrás minha filha de 7 anos chorava e perguntava porque ela precisava escrever todo dia a mesma coisa #éprapensar
Rosaura Soligo
Minha gente, quem diria... Sem comentários...
Debora Fernandes Zoia
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Rosaura Soligo, isso esgota...
Miih Gomes
Rosaura Soligo, dá pra entender muita coisa.
Rosaura Soligo
É o que tenho pensado desde anteontem, Miih.
Silvana Mirian
Rosaura Soligo, do céu! Até de doutora te chamaram!
Marta Do Rosario Macaya
Sou contra todos os extremos. Pra que todo dia? Pra que não fazer mais? Quando eu trabalhava com o Fundamental, fazia no caderno de português e nos outros apenas data de número.
Maria Célia Santos Nunes
Quem quiser ler o post da professora Rosaura Soligo aproveita para conhecer um pouquinho de sua trajetória e entender de que lugar ela fala, e com quais conhecimentos realizou essa brilhante reflexão. Fica a dica!
Eder Lucas
Como que curte 2 vezes essa postagem?
Handherson Damasceno
Menina, do céu... Li uns comentários aqui e tô custando a crer que são colegas de docência. Essa galera deve ser a que, em escola pública, obriga a turma a rezar o "Pai Nosso" todo dia antes da aula. Aposto.
Profa Laísa Pereira
Né, não? Que dó das crianças...
Claudia Maldanis
Rosaura Soligo, que a Nossa Senhora do absurdo tenha piedade.
E olha, não é que você é doutora mesmo!!!
E nem é da Soligolândia!!!
Desculpe, mas essa eu não consegui deixar passar!!!
Cris Vovó
Quando a criança acaba o cabeçalho já está na hora do lanche.
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Patrícia Cunha
Denise Mariana, uma triste realidade que eu como professora não faço, mas a gente sabe que tem gestora que até caderninho dos alunos pedem pra ver, pra saber se estamos fazendo como elas querem.
Rosangela Veliago
Fui perguntar para minhas filhas (30 e 18 anos) o que elas acham do cabeçalho escolar e a resposta foi: o que é isso mãe? Kkkkk
Rosaura Soligo
Elas estudaram em ótimas escolas, Rosangela!
Rosaura Soligo
Colegas, reparem que aquela história de que só 25 pessoas estão previstas no algoritmo do facebook não deve ser real, né. Nunca fiz aquele procedimento sugerido para ampliar o alcance em relação aos faceamigos e vejam que apareceram centenas aqui e nos grupos..…
Claudia Alencar
Rosaura Soligo, a gente só percebe quando faz uma postagem polêmica ou de morte! Aí aparecem muitos amigos!
Juliana Vieira
Até agora, 198 compartilhamentos e 194 comentários! Uma acontecimento biográfico, diria Inês!
Rosaura Soligo
E foi postado originalmente em várias páginas, Juliana, ... por mim mesma.
Descoberta a fórmula de viralizar na internet. rsrs
Silvana Mirian
Juliana Vieira, alcançou mais gente que a live! Meo Deus
Por conta de um cabeçalho? Muito conhecimento envolvido naquelas linhas...
Silvana Mirian
Rosaura virou digital influencer da pedagogia!
O cabeçalho da discórdia kkk
Marion Guimarães da Cunha
Quero registrar um depoimento. Também sempre questionei essa prática até que teve um ano que resolvi mudar. Nos primeiros dias de aula, quando pegamos os cadernos novos
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pedidos às crianças, pedi que na primeira folha elas colocassem o nome da escola, o próprio nome, o da professora e o da turma. Assim, no dia a dia colocávamos somente a data. Na segunda e terceira folhas fizemos os registros do que íamos estudando e o número das páginas: um sumário. Gostei bastante e encontrei respostas do porquê.
Paula Massae Ikedo
E se eu falar para você, Rosaura, que conheço professora que fez um material para o ensino remoto, no grupo do Whatsapp da sala de aula, na qual o aluno tem que fazer todos os dias o cabeçalho???
Rosaura Soligo
Paula Massae Ikedo
Paula Massae Ikedo
Rosaura Soligo
pois é...
Juliana Mendes de Oliveira
Ufa....sou coordenadora pedagógica e quero que minhas professoras preocupem-se em mostrar às crianças o real sentido da escrita.
Cleusa Capelossi
Trabalhei por muito tempo numa Fundação de um Banco e discuti muitas vezes com a equipe técnica sobre a perda de tempo didático que se tomava todos os dias letivos com a obrigatoriedade da cópia do cabeçalho!
Fernanda André
Michelly Francini Brassaroto, veja o post e os comentários. É inacreditável.
Michelly Francini Brassaroto
Fernanda André, estou acompanhando e refletindo.
Sibele M. Costa
Muuuito bom, Rosaura!!!
Regina Borges Teixeira
Acho que pôr a data e o objetivo da aula é extremamente importante. E só!
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Mônica Araujo
Infelizmente é algo muito recorrente, triste realidade!
Imagine uma criança que está construindo a escrita, olhar para a aquela lousa cheia, localizar onde e em qual letra estava, uma tortura! Lembro de quando fui fazer estágio de observação, me dava uma angústia profunda.
Hoje trabalho em uma escola particular, felizmente lá não somos obrigadas, por outro lado fico pensando...acredito que não daria conta de simplesmente aceitar ser obrigada a fazer as crianças perderem tanto tempo didático com algo tão insignificante! Penso que ia ser tensas e necessárias as longas discussões...
Adriana Delfino
Aprender com sentido e significado!
Liliane Gomes
Kkkk Agora que entendi, que hoje, ontem e amanhã é parte do cabeçalho que você publicou. Achei que era uma poesia concreta.
Claudia Vanessa Sartori Telles de Souza
Rosaura Soligo, eu também sempre questionei esse registro. Quando possível, orientava meus alunos a datar e colocar um título para a atividade, facilitando a posterior consulta ou estudo.
Joana Senger
Quanto tive que escrever: Grupo Escolar Frei Gaspar da Madre de Deus. Ou Colégio e Escola Normal Estadual Antônio Raposo Tavares
Quilédia Cristina Scaranello
Maisa Ferro, veja que importante reflexão!!!! Válida para uma reunião
Parabéns mais uma vez, Rosaura!
Luciene Alves
Eu questiono isso desde quando eu era aluna. Parei de fazer por volta dos 9 anos. Fazia essa informação completa apenas na primeira folha do caderno, depois só colocava a data, a professora perguntava e eu já questionava.
Depois, quando fui professora do fundamental orientava também meus alunos a fazerem o cabeçalho apenas na primeira folha do caderno.
Marli Viernes
Isso é só a ponta do iceberg...
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Ângela Soligo Guga
Muito bom questionamento. Afinal, a necessidade de registro burocrático é da escola, não da criança.
Maria De Fátima Oliveira
Tenho na memória afetiva que escrever esse conteúdo tem o objetivo de se apropriar do ambiente, seria o ritual diário de pertencimento.
Peta Matos
Meu Senhor!!!!!!!
Ednalva Martins
E como me lembro do cabeçalho! Meus dois filhos estudaram em escola pública bastante tradicional que cobrava todo santo dia... rsrs... era um sofrimento.
Melissa Araujo
Olá, sou professora da rede pública municipal de ensino, hoje em dia não mantemos mais esse padrão de cabeçalho, usamos um mais simples, pois entendemos que isso não seja tão necessário.
Melissa Araujo
Normalmente usamos a data somente.
Tabata Rozon
Na minha concepção, o cabeçalho é útil para organizar a rotina do dia do aluno, também é importante para que depois, em casa, os pais possam acompanhar as atividades propostas no dia, já que muitas vezes as crianças ficam com cadernos incompletos, não finalizam as atividades.... etc. Mesmo realizando as atividades não presenciais, envio o cabeçalho, a leitura do dia e a rotina de atividades propostas. Claro que tudo pode ser repensado! Não devemos realizar as coisas no automático, impostas e sem objetivo.
Valeria Castro
Excelente reflexão.
Roseni Cristina de Assis
Meu filho de 7 anos faz não mais do mesmo jeito, mas faz todos os dias e, quando manda a foto da atividade do dia, a professora dele corrige até algo do cabeçalho que esteja errado.
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M Cristina Medeiros Custodio
Já tiraram tanta coisa da escola e ainda querem tirar o pouco que resta.
Marinho Lili
M Cristina Medeiros Custodio, a discussão é mais aprofundada do que tirar ou restar...
Silvana Mirian
M Cristina Medeiros Custodio, e pra que serviram 5 anos de cabeçalho se ele não aprendeu?
Fernanda Calado de Andrade
Parar de exigir das crianças o cabeçalho é libertador. Para elas e para nós!
Ilisabete Menezes Bessa
Concordo plenamente. Libertei meus alunos desse cabeçalho faz muito tempo Nos anos iniciais, é realmente uma tortura. Alguns até choram porque não conseguem copiar aquela imensidão de letras sem nenhum significado pra eles. Perdem muito tempo.
Patricia Santacroce
Querida Julci, acontece que a modernização é, muitas vezes, apenas plataforma política. Você ouve discurso em TV e outras mídias, mas na real está acontecendo uma manobra de cunho político que quem vê é quem pisa chão de sala de aula. Muito triste a verdade dos fatos. E, sim, temos coordenadores limitados intelectualmente e despreparados, também. Ensino público é caldeirão, de verdade. Não há critérios para cargos de coordenação. Há gente de todos os tipos, boas e ruins. O sistema público está falido para educação básica. A gente senta e chora todos os dias. E se não obedecer toma represália. Muito revoltante.
Roberto Petri
Patricia Santacroce, além do que a busca do tempo perdido, muitas vezes, se transforma em uso de celular com mídias sociais e jogos.
Rita Freire
Boa reflexão!
Renata Garbelini
Fantástico!
Carina Tofulli Loureiro Pereira
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Não vejo o porquê de não fazê-lo! É claro que não há necessidade de marcar o clima, o dia de ontem e de amanhã. Mas o cabeçalho faz parte da rotina do dia, da localização, do conhecimento do tempo, dias da semana, mês e ano. Escrever apenas o nome da escola, do aluno e a data não perde tanto tempo assim, e já é uma ótima forma de trabalhar vários conceitos importantes da rotina escolar.
Oliveira Oliveira
Li os comentários aqui...
Cabeçalho para organização da rotina? Sério?! A rotina não poderia estar na lousa? Há mesmo necessidade de registro no caderno? Concordo absolutamente, Rosaura!
Fora que a escola é (ou deveria ser) LAICA, né meu povo?!?!
Cintia Rodrigues
Acho fundamental ter cabeçalho, é uma forma de conscientizá-los do tempo e espaço. Tanta coisa a se pensar, e questionam isso. Nesta pandemia, o que mais vejo são lições enviadas erradas, com escrita errada, dados de situações problema incompletos. Hoje mesmo minha filha não sabia que dia da semana era, muito menos a data.
Laila Ruis Petrucelli
Cintia Rodrigues, mas isso você resolve com um calendário na parede, não com cabeçalho.
Meu filho está na educação infantil ainda, ano que vem vai pro Fundamental. Faz 3 anos que ele sabe o que é um calendário, já sabe qual dia da semana é e nunca escreveu um cabeçalho.
Desde que a escola começou a trabalhar calendário com eles nós colocamos um calendário na altura deles e pronto.
AnaMar Oliveira
O óbvio precisa ser dito. Tem criança que não sabe o nome da escola, da professora, não sabe dizer em que turma está. O óbvio precisa ser dito. Repetidamente. Para que pelo menos alguns alunos saibam escrever o nome completo no 9° ano.
Ludmila Thomé de Andrade
A escola não deveria ser lugar da reiteração do óbvio, mas da consideração do que se tem como pressupostamente sabido. O saber dos alunos, seus conhecimentos de mundo são conhecimentos prévios, ponto de partida.
AnaMar Oliveira
Ludmila Thomé de Andrade, tudo isso é essencial, depois do cabeçalho.
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AnaMar Oliveira
Meu filho tem 21 anos, estudou no ensino público da Educção Infantil ao Ensino Médio. Só eu e ele sabemos o quão difícil foi para ele passar no concurso do Exército e depois da Polícia Militar de SP. Foi com esse seu discurso que por anos e anos ficaram lacunas de ensino aprendizagem no currículo dele. Haja Kumon de Português, Matemática e inglês. De Segunda a Sexta dentro do quarto estudando as apostilas do sistema de ensino Poliedro. E depois desse sacrifício todo ele conseguiu fazer o que o ensino público não fez, não por culpa dos professores, mas por esse discurso pelego, que só trouxe prejuízo e atraso na vida dos estudantes brasileiros. Esse menino que descrevo existe e está na fotografia que envio. Se eu fosse atrás dessas historinhas, desses discursos vazios, meu filho não teria vencido.
Miriam Stefanin Vieira
-Uma classe de alfabetização, em a maioria não lê, ficar das 13h às 15h copiando cabeçalho. - Tema de urgência problematização, no Brasil. Obrigada, Rosaura Soligo!
Marilya Mariany
Nem eu como professora aguento escrever todo dia o cabeçalho.
Fabiana Paiva
Já tive alguns embates anos atrás por causa disso, lembro que na nossa formação, aqui em Salvador, essa polêmica foi levantada (até então, não era polêmica). Até a live!
Tania Mara Martins Goulart
Aluno de 8° ano fazendo cabeçalho????
Se para alunos mais novos acho um verdadeiro desperdício, imagina 8° ano, que só tem 45 minutos de aula ?!?!?!?!? Affff
Zilda Kessel
Quem diria... Não foi a nova lei da (não) inclusão, não foi o desinvestimento na educação pública, nem as escolas militares. Não foram os livros distribuídos nem as maluquices rosas e azuis da Damares. O que sacudiu professores e botou fogo na conversa foram o cabeçalhos.
Juliana Vieira
Que trio nessa live!!! Não posso perder...
O cabeçalho nosso de cada dia... fazemos o que fazemos, porque somos o que somos!
Quero fazer-ser em constante im-permanência e reflexividade sobre/com a minha prática!!
Você é d e m a i s, Rosaura!
E vamos dar a ver às pequenas escolhas diárias que fazemos na escola!!!
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Thais Sindice Fazenda Coelho
Querida Rosaura, esses relatos falam muito! Quanto trabalho ainda a ser feito para desconstruir práticas que em nada contribuem com o processo de alfabetização.
Angelica Oliveira
Brecht diria..."que tempos são estes em que temos que defender o óbvio?"... Que fase difícil para ser terráqueo.... rs
Nalu Rosa
Eu odeio cabeçalho!! Não sei porque ainda se gasta, além de todas as outras inutilidades, um pedação de papel com isso!
Márcia Sambugari
Eu fiquei impactada quando um aluno meu chegou com o cabeçalho pronto no caderno para
a semana inteira . Ele me disse que era para sobrar mais tempo para ele fazer as atividades legais que eu propunha. Lembro que conversei com a coordenadora e a minha turma ficou livre dessa tortura, depois levamos para uma reunião de professores. Quanta violência
simbólica nesse tal de cabeçalho. Ainda bem que vamos aprendendo com as crianças.
Fernanda André
Triste ver que educadores, de onde se espera uma postura respeitosa e abertura às trocas, ainda se percebe posturas totalmente na defensiva e sem abertura a novas possibilidades. Se nem depois desta pandemia aprendemos, quando será? Por estas e outras, às vezes me questiono se ser coordenadora foi a melhor opção. Os meus estudantes eram menos
reativos e mais abertos à diálogo.
Michelly Francini Brassaroto
Os espaços serão ocupados. Que bom que pessoas como você estão nesses lugares. É isso que traz a esperança de que pelo menos algumas práticas, concepções, serão problematizadas. E, se pelo menos alguém for tocado e refletir, o caminho já valeu a pena.
É estranho pensar que entre profissionais da educação existe falta de “educação” e que o “óbvio” precisa ser dito.
Para mim, o papel do formador é justamente o de provocar o incômodo. O incomodo que incomoda tanto a ponto de fazer o outro se mexer. Se não está incomodando deve ter alguma coisa de errado.
Juliana Vieira
Rosaura... penso que nas coisas mais simples e aparentemente menores se esconde muito do que a gente faz, como e porquê fazemos... Um cabeçalho, uma correção no caderno, o preenchimento de uma agenda, as disposições das mesas e cadeiras... enfim, coisas que não
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costumamos problematizar, mas devíamos! Existe uma dificuldade enorme de assumir que se opera no piloto automático, sem reflexão sobre/com/na prática.
Precisamos dar a ver a essas práticas enraizadas e não documentadas.
Obrigada por suas provocações!!!
Telma Reis
Li os comentários da postagem e pensei exatamente isso. E confesso que anotei algumas falas pra usar como dispositivos de formação. Tem pano pra manga, viu...
Rosangela Veliago
Gente, há coisas inexplicáveis nessa vida! Essa do cabeçalho é uma delas.
Dani Martí
Posicionamento político não é nada quando tentamos rever paradigmas pedagógicos arraigados... Se o professor lutasse por direitos como luta por suas práticas ultrapassadas... Seríamos os mais valorizados do mundo.
Elíbia Brandão
O "cabeçalho"! Quem diria!?
Elaine Vidal
Eu até voltei no post para ler os comentários...rsrsrs. Havia lido só o seu texto, Rosaura, e tudo me pareceu tão coerente e claro, que jamais poderia imaginar o nascimento de uma polêmica ali. Fiquei passada com os comentários! Quando a gente pensa que alguns aspectos estão superados, vem a realidade e pá! rsrsrsrs. Quanto trabalho ainda a fazer... Sigamos juntas, querida! Como diz o ditado, a força de uma ideia mede-se pela intensidade das reações que desperta.
Mariângela Bueno
Fiquei impressionada... O que está atrás de um cabeçalho?
Flavia Alves
Isso mostra o quanto é preciso discutir o cotidiano da "sala de aula" nos espaços formativos. É preciso tomar o que acontece nos cadernos, no quadro, nas atividades impressas, nos livros didáticos, nos módulos como ponto de partida da formação docente. A resistência em inovar a prática acontece muitas vezes pela "síndrome da Gabriela" – sempre fiz assim, vou fazer sempre assim – e não se permite refletir. Sem reflexão, não há ação.
Clandira Moreira
Sabe que também fiquei intrigada com a polêmica suscitada?!
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Nilce Freitas
Isso mexeu, porque até agora, os professores na realidade não sabem porque mandam as crianças fazerem o cabeçalho. Você nos fez sair da zona de conforto, Rosaura, provocou uma reflexão.
Rita Sebadelhe
Olha, eu nunca... nunca pedi pra meus alunos e alunas um absurdo deste... nunca! Perda de tempo que não tinha, e nem elas e eles... Sabiam onde estudavam e que dia era da semana... Como tinha sempre uma mãe insuportável que reclamava, deixavam as linhas em branco e, quando desse tempo, eles preenchiam.
As professoras sempre foram chamadas de tia... eu nunca! Não era parente... Tive problemas, pois trabalhava em escola particular...
Jeanette Oliveira
Eu também vou copiar algumas para formação.
Susana Felix
Incrível, veja o resultado de mexer na ferida, rsrsrs
Roberta M. Biasioli Reis
Vejam só o poder do currículo oculto...
Renata Montagneri Crespo
São as raízes... Infelizmente nos fincamos em alguns lugares e acreditamos que só ali temos vida. Que pena! É lindo e libertador quando descobrimos que florescemos lindamente em outros campos, às vezes diferentes, outras até pouco visitados, mais que nos fazem crescer junto de outros e não somente dentro de nós mesmos, na nossa própria, restrita e pequena
verdade.
Paula Alves
Minha experiência de professora com cabeçalhos: tinha alunos que achavam um momento tão perda de tempo que faziam em casa para conversarem com colegas enquanto outros perdiam minutos e minutos copiando. Minha tirania era tanta que chegava a anotar no caderno dos vagarosos: Nem copiou o cabeçalho!
Até começar a me perguntar: o que meus alunos aprendem com isso? Essa pergunta veio justamente quando reparei que, sendo professora do EF I e do EM em escolas vizinhas, constatei que no EM alguns alunos escreviam Silva em lugar de Sílvia, que constava no nome das duas escolas. Ou seja, a cópia diária não dava conta de ensinar o nome da escola, o que se verificava quando precisavam escrever e não copiar. Ufa! Ainda bem que cheguei a essa constatação. Mas, antes disso, "torturei" alunos.
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Entretanto, não seguir o padrãozinho cabeçalho/pauta (e outras coisas) me custou intrigas com direção de escola. Fui avaliada como péssima professora por dois diferentes gestores.
Mônica Pedroso Bolognesi
Vivi isso na prática... Há 20 anos... Passei a pensar na obrigatoriedade de uso do cabeçalho quando um aluno com TDAH levava a tarde a copiar o cabeçalho e não registrava nada... E às vezes aquele nome de escola ali na folha não fazia nenhum sentido pra ele... Daquele dia em diante só a data passou a ser importante... Ela registrava quando aquele menino deixava de lado aquilo que era seu maior martírio, que lhe fazia procrastinar a tarde toda, e passou a registrar o que de fato era importante... Seu caminho na aprendizagem da leitura escrita... E até hoje penso que ele me ensinou muito mais do que eu a ele... Me ensinou o que realmente importa ser registrado.
Claudia Branco
Sempre fui uma professora transgressora porque não aceitei fazer cabeçalho com os meus alunos. Sempre pensei no tempo didático como tempo precioso... cabeçalho não dá!!
Rodnei Pereira
Acompanhei os comentários e confesso que também fico surpreso que até nesse aspecto as pessoas tenham saído do armário. Mas também acho que o tema, e até essa experiência, merece ser discutido num texto sobre formação, companheira. Estou contigo e costumo problematizar os cabeçalhos nas formações. Imagino o que vou encontrar quando o assunto vier à tona.
Daniela Leal
Sério? Nunca imaginei!
“Anápolis, 5 de Novembro de 1986
Colégio Sant’Anna
1ª Série A
Turno Vespertino
Iluminai, Ó Deus, o meu caminho!”
Tem gente defendo isso aí em 2020?!
Libertas Quae Sera Tamen!!!
Tayná De Arruda Souza
Depois que eles aprendem o nome, nome da prô, nome da escola, cidade em que mora, mês e ano, pra que cabeçalho? Eu sempre dou aulas para 4° e 5° e simplesmente anotamos a data e a rotina por uma questão de organização do caderno para consultas futuras.
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Sandra Virginia de Jesus
Sempre questionei isso com os Professores quando estava na Coordenação e muitas delas tinham argumentos fortíssimos (para elas) para esta atividade que muitas vezes consomem metade do tempo da aula... Ou mais... As crianças perdem seus cadernos... E um dia achei dois deles na sala dos professores... A primeira criança começava o tal cabeçalho todos os dias, mas nunca terminava... a cada dia parava num determinado pedaço do cabeçalho... Outra criança fazia o cabeçalho todos os dias, e as lições geralmente finalizadas e corrigidas... Mas observei que no caderno inteiro estava escrito: "Hoge é segunda-feira".. "Hoge é terça-feira"..." Hoge é quarta-feira"... Conversei com as duas professoras... Foi uma boa conversa... Depois pedi licença pra colocar estas duas situações na pauta de ATPC... Foi bastante interessante os argumentos e reflexões das professoras... Algumas abriram mão da atividade... outras mudaram o formato e outras não abriram mão... Mas a provocação aconteceu...
Soraya Gomes
Não concordo!
Que problema há em se escrever algo “que eles já sabem”?
Podem não ter encontrado justificativa que abone o cabeçalho, mas quero que encontrem então o que desabone essa conduta! Claro, devidamente fundamentado por gentileza. Grata.
Lilian Ceile Marciano
Soraya Gomes
Acho que na escola deveríamos pensar na razão de existirem algumas práticas: esse tipo de proposta serve a quê? O que ensina? O que as crianças aprendem ao realizá-la? De que forma esse tipo de proposta alimenta o bom vínculo das crianças com a aprendizagem? Como o tempo escolar, que nos é tão precioso, e caro, pode ser melhor aproveitado? São reflexões que me parecem necessárias.
Raquel Moralles
Simples, para manter a rotina. E a rotina inclui uma data maior. Fazemos tantas coisas que não gostamos, mas necessárias. Ex: o tempo para mim é essencial, tem crianças que não sabem diferenciar dia de noite, sol de chuva. Tem importância simmmm. Como vai se vestir se não souber como está o tempo? E por isso sou a favor da data sim.
E aqui entre nós, a tal data começa bem pequena. Tipo dia ..., Com o tempo amplia, e quando chega nas séries próximas ao fundamental ela diminui muito.
Soraya Gomes
Raquel Moralles
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Evelyn Cunha de Oliveira
Raquel Moralles, entendo seu ponto de vista, ocorre que existem formas mais significativas de desenvolver a noção de tempo. Identificar que está frio e se vestir adequadamente é super necessário, mas quem de nós precisa anotar na agenda que "hoje o dia está frio" para poder então escolher a roupa? Registrar a temperatura não é pré-requisito para saber se vestir, perceber a temperatura sim. Não há uso social da escrita neste caso. Também acho que marcar a data no caderno ou atividade é importante para localizar a informação, isso é uso social da escrita. A rotina na escola pode ser mantida com ou sem a escrita do cabeçalho, que é apenas produção da nossa tão conhecida burocracia. Ao organizar a rotina temos em mente concepções, conhecimento sobre desenvolvimento infantil... Enfim, escrita repetitiva, burocrática e sem sentido não têm grande relevância no desenvolvimento infantil... Mas pode mantê-las quietas e ocupadas de modo que o professor não tenha grandes intervenções pedagógicas a fazer... o que é uma pobreza.
Raquel Moralles
Evelyn Cunha de Oliveira, aceito tua opinião, concordo em partes porque tudo tem os dois lados. E nada é absoluto
Evelyn Cunha de Oliveira
Escrever precisa ter propósito e intencionalidade, repetições e escritas como estas não possuem propósito, não inspiram, não exercitam a criatividade e muito menos apresentam o prazer que a leitura e a escrita podem proporcionar. É mera atividade mecânica que ocupa tempo e não gera frutos significativos na aprendizagem das crianças.
É uma escrita pobre que não gera interação, questionamento, alegria e realmente pode levar um tempão para ser cumprida. Tarefa que favorece a criança ter muita raiva, com razão, de estudar kkkk.
Silmara Sonni
Eu uso no primeiro e segundo ano. No terceiro ano, já deixo de adotar. Eu penso qu,e nos dois primeiros anos, eles auxiliam sim em vários fatores, na alfabetização, na matemática, mas uma vez alcançado esse objetivo, não vejo sentido pra isso.
Erica Aparecida Julião Magalhães
O bom é que as próprias crianças resistem...
Erica Aparecida Julião Magalhães
Começar o dia com uma poesia... demanda um outro planejamento...
Evelyn Cunha de Oliveira
Erica Aparecida Julião Magalhães, planejamento e compreensão do porque ensinamos a escrever...
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Marta Teixeira
Lembro que precisei trocar meu filho de escola quando estava no segundo ano do Fundamental, achei que teria dificuldade na adaptação, mas para minha surpresa quando perguntei como estava na escola nova ele disse que estava amando porque não tinha cabeçalho. Na outra escola começou a fazer cabeçalho no Infantil. Sempre me questionava por que tinha que escrever todo dia aquilo. Se o caderno é dele porque colocar o nome todo dia? Qual o propósito? Porque a prô quer assim. Na escola nova, escreviam uma frase, um verso, às vezes a prô levava e as crianças podiam levar também. Precisamos refletir sempre a nossa prática.
Evelyn Cunha de Oliveira
Marta Teixeira, veja quanto exercício reflexivo ainda se tem por fazer, hein? Em pleno 2020, com tanto conhecimento sobre desenvolvimento infantil, precisamos dissertar sobre a falta de qualidade pedagógica de um cabeçalho. Não está fácil né? Kkkkkk
Marta Teixeira
Evelyn Cunha de Oliveira, por essas e outras que corri p a Educação nfantil kkkkkkk
Ghislaine Lamounier
Lendo sua postagem, encontrei a palavra EXERCÍCIO. "Os professores exigem este exercício". Ora, exercício serve para exercitar. Aí, eu me lembrei de uma entrevista dada por Oscar Schmidt, jogador de basquete, conhecido como "Mão Santa". Após o treino com os companheiros, ele praticava TODOS os dias, 1.000 arremessos. (Praticava, significa exercitava) Segundo o seu texto, como ele já sabia fazer cestas, não precisava mais treinar... Ele é considerado o maior cestinha do mundo, e prefere ser chamado de "Mão Treinada". Voltando ao seu texto: se eles já sabem o cabeçalho, por que demoram tanto para fazer? Tenho visto "assessores", "formadores", recomendando o fim da lição de casa, o extermínio da letra cursiva (afinal são "nativos digitais", que nesta quarentena mostraram que só sabem fazer selfies – não conseguem responder um questionário ), eliminação de avaliações (pois poderão ficar traumatizados) e tantos outros "deveres". Dou aulas para o Fundamental II, e muitos dos meus alunos não escrevem de maneira adequada, o próprio nome. Não é à toa que estamos em penúltimo lugar nos exames do PISA.
Soraya Gomes
Ghislaine Lamounier
excelente reflexão!!!
Evelyn Cunha de Oliveira
Excelente mesmo o trabalho do atleta que exige controle muscular, cálculo de força, pressão, observação do vento etc... Repetições no exercício do esporte são fundamentais. Avaliação é outra coisa... Cabe outra discussão e ela é indispensável para identificar o que a criança aprendeu ou não e poder reorganizar o trabalho pedagógico. São coisas diferentes. E
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o aluno precisa escrever muito também, só assim irá aprender a escrever poemas, reescritas, bilhetes, textos de memórias, adivinhas, notícias etc. Entre outros milhões de escritas ricas.
Claudia Amaral
Nooossa, falou a ESPECIALISTA EM ALFABETIZAÇÃO. AFFF.
Nanci Borges
Claudia Amaral
Você já pesquisou o currículo da Rosaura?
Claudia Amaral
Nanci Borges, e por isso o que ela fala É VERDADE ABSOLUTA?
Simone Tcacenco
Não valemos mais nada mesmo. São todos peritos em educação agora.
Priscila De Farias
Bela provocação!
Lilian Do Emerson
Jeane Valim, a Duda tem que fazer cabeçalho? Mostra isso pra professora
Gisele Oliveira
Perfeito!!!!
Thais Mello
Pior que fazer o cabeçalho é obrigar a criança, num país laico, a escrever: “Obrigado, Senhor!” Aff
Lu Camilo
Thais Mello, pois é, a pior parte.
Izabel Piccarone, absolutamente antidemocrático, o país é laico, se você tem crença exercite-a dentro dos seus domínios, a educação é laica, deve acolher e abrigar a todos, não importa origem, raça, gênero ou crença, aff!
Marcos Eça
Minhas professoras me obrigavam a copiar cabeçalhos idiotas mas não textos como esse.
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Joice Lamb
Olha só, no post de outro grupo eu fiz um comentário que vou repetir aqui. Sou totalmente contra essa coisa de cabeçalho, que aqui no Sul, chamamos copiar a rotina. Discutimos isso com professores e percebemos que os alunos passavam mais da metade do primeiro período da aula copiando a rotina. Crianças que nem sabiam ler?! Percebemos que tínhamos muitos alunos “copistas” nos anos finais, que nem liam direito, mas faziam uma cópia de dar gosto. Para tranquilizar as famílias que acham que “não se faz nada” se não está escrito no caderno, instituímos uma escrita diária, no final da aula, tipo uma memória da aula. Frases, palavras, desenhos, a forma que cada um consegue contar a sua história. Isso vai formando a história de cada um, bem autoral, porque crianças pequenas podem ser autoras. Quanto a “acalmar o burburinho” penso que meditação pode ser bem bom. Agora, Rosaura Soligo, o assunto aqui é muito mais do que só escrever ou não escrever o cabeçalho, né?! É uma concepção de escola. Acho que isso dá uma Live bem boa, vamos?!
Sheila Pereira
Joice Lamb, muito bacana! Além da concepção da escola, acho que existe a função. Para quê escrever o cabeçalho? Qual sua intenção com isso? É contínuo ou essa cobrança só acontece nos anos iniciais do Fundamental 1? Com tantas outras coisas para se preocupar e pensar para que as crianças usem a escrita e reflitam sobre ela, por que o cabeçalho tem que ser sacramentado todo santo dia? E o terrorismo depois para acabar logo e seguir com o plano da aula e das atividades seguintes?
Se não tem função, serve para quê? Super concordo com o seu ponto de vista!
Maria Angélica Martins Alves Porto
Joice Lamb, apaixonada e refletindo seu comentário
Mariângela Bueno
Joice Lamb, brilhante.
Rosaura Soligo
Combinado, Joice, faremos a live!
Elisabete Zuza
Se considerarmos as contribuições da Análise Institucional, o cabeçalho, justamente pelo inusitado dessa discussão, revelou-se um grande analisador. Vale mesmo muito a pena ser explorado.
Nota Final
Ficou então agendada uma live para ampliar essa conversa, que será em 11-11, 19:30: https://youtu.be/tRJMAdk5N8o
E Daniel Calipo produziu um vídeo sensacional, para enriquecer a reflexão: https://www.facebook.com/watch/?v=740080493252219