slides legais sobre uma aula

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4.11 Da hipoteca 4.11 Da hipoteca 4.11.1 Conceito “Trata-se de um direito real de garantia que, à exceção dos navios e aeronaves, tem por objeto um bem imóvel e não enseja o dasapossamento do bem das mãos” (Marco Aurélio Bezzerra de Mello) “Direito real de garantia que o credor exerce sobre o valor venal do imóvel, no caso de não ser pago na ocasião determinada, o débito garantido.” (Arnado Wald)

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São o que eu acabei de dizer que são, legal né hahahahahaha

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Page 1: Slides legais sobre uma aula

4.11 Da hipoteca4.11 Da hipoteca

• 4.11.1 Conceito• “Trata-se de um direito real de garantia que,

à exceção dos navios e aeronaves, tem por objeto um bem imóvel e não enseja o dasapossamento do bem das mãos” (Marco Aurélio Bezzerra de Mello)

• “Direito real de garantia que o credor exerce sobre o valor venal do imóvel, no caso de não ser pago na ocasião determinada, o débito garantido.” (Arnado Wald)

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4.11.2 Objeto4.11.2 Objeto

Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:I - os imóveis e os acessórios dos imóveis

conjuntamente com eles;II - o domínio direto;III - o domínio útil;IV - as estradas de ferro;V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230,

independentemente do solo onde se acham;VI - os navios;VII - as aeronaves.

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VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

IX - o direito real de uso; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

X - a propriedade superficiária. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

§ 1o A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo disposto em lei especial. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.481, de 2007)

§ 2o  Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos IX e X do caput deste artigo ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos por período determinado. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

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4.11.3 Natureza jurídica4.11.3 Natureza jurídica É direito real (material) não processual como alguns doutrinadores defendiam (Carnelutti) É contrato sinalagmático, solene, indivisível. O devedor hipotecário fica na posse do bem. Os bens que estão foram do comércio não são podem ser objeto de hipoteca. Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel. Subsistem o ônus reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo imóvel. Acessório segue o principal. Ver regra do art. 93

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4.11.4 Requisitos formais4.11.4 Requisitos formais

• a) Especialização: Descrição minuciosados elementos da obrigação

principal, tais como montante da dívida, o prazo para pagamento e a taxa de juros, se houver, e especificação precisa do bem sobre o qual recairá a hipoteca (regra do art. 1.428).

b) Registro: A eficácia está diretamente ligada ao registro. Este

ato é o que confere ao credor o efetiva direito real de garantia. Sustenta-se que hipoteca não registrada é inexistente (para alguns ineficaz).

(regra do art. 1.227)

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• O imóvel pode ser dado em hipoteca várias vezes.

• Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou de outro credor.

• A prioridade é estabelecida pelo recebimento (nº no livro de protocolo art. 186 da lei 6.015/1973)

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4.11.5 Remição pelo credor 4.11.5 Remição pelo credor sub-hipotecáriosub-hipotecário• Nesta possibilidade, o imóvel serve de garantia

real para mais de uma obrigação, atentando para a prioridade desfrutada pelo primeiro credor hipotecário em relação aos demais, o que gera legítimo interesse de o segundo credor hipotecário tomar para si a prioridade subsistindo o primeiro credor com todos os consectários do crédito dele, sem prejuízo do próprio direito que ostenta. O credor da segunda hipoteca somente pode executar a sua hipoteca, em se vencendo a primeira.

Page 8: Slides legais sobre uma aula

• O resgate da primeira hipoteca pelo segundo credor segue o procedimento:

• a)vencimento da primeira hipoteca• b)inadimplemento do devedor• c)consignação do valor da dívida em favor do

primeiro credor hipotecário• d) citação do credor para recebê-la e

intimação do devedor a fim de que se oportunize o pagamento voluntário

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• e) se o devedor, intimado, não realizar o pagamento, receberá o primeiro credor hipotecário o valor consignado pelo segundo

• f) pagando a dívida do devedor ao primeiro credor hipotecário, o credor sub-hipotecário ocupará o lugar deste, sub-rogando-se em todos os direitos, sem prejuízo do crédito próprio que já tenha antes da remição.

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4.11.6 4.11.6 Remição pelo adquirenteRemição pelo adquirente

• Art. 1.481. Dentro em trinta dias, contados do registro do título aquisitivo, tem o adquirente do imóvel hipotecado o direito de remi-lo, citando os credores hipotecários e propondo importância não inferior ao preço por que o adquiriu.

• § 1o Se o credor impugnar o preço da aquisição ou a importância oferecida, realizar-se-á licitação, efetuando-se a venda judicial a quem oferecer maior preço, assegurada preferência ao adquirente do imóvel.

• § 2o Não impugnado pelo credor, o preço da aquisição ou o preço proposto pelo adquirente, haver-se-á por definitivamente fixado para a remissão (leia-se remição) do imóvel, que ficará livre de hipoteca, uma vez pago ou depositado o preço.

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• § 3o Se o adquirente deixar de remir o imóvel, sujeitando-o a execução, ficará obrigado a ressarcir os credores hipotecários da desvalorização que, por sua culpa, o mesmo vier a sofrer, além das despesas judiciais da execução.

• § 4o Disporá de ação regressiva contra o vendedor o adquirente que ficar privado do imóvel em conseqüência de licitação ou penhora, o que pagar a hipoteca, o que, por causa de adjudicação ou licitação, desembolsar com o pagamento da hipoteca importância excedente à da compra e o que suportar custas e despesas judiciais.

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4.11.7 4.11.7 Remição do bemRemição do bem

• Art. 1.482. Realizada a praça, o executado poderá, até a assinatura do auto de arrematação ou até que seja publicada a sentença de adjudicação, remir o imóvel hipotecado, oferecendo preço igual ao da avaliação, se não tiver havido licitantes, ou ao do maior lance oferecido. Igual direito caberá ao cônjuge, aos descendentes ou ascendentes do executado.

• A arrematação poderá ser feita por qualquer interessado que compareça ao ato (praça) e apresente melhor proposta (art. 690 CPC)

• Pode remir: o executado (novidade), cônjuge , descendente e ascendente.

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4.11.8 Hipoteca cedular4.11.8 Hipoteca cedular

• A previsão do art. 1486 tem por objetivo precípuo a mobilidade do crédito (tem natureza de título de crédito) com as características do art. 887 a 926 do CC

• Têm regramento específico;• Decreto-lei 167/67 (título de crédito rural)• Decreto-lei 413/69 (título de crédito industrial)

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4.11.9 Hipoteca legal4.11.9 Hipoteca legal

• A regra é que a hipoteca advenha de negócio jurídico.

• Mas a lei pode ser fonte de direito real de hipoteca, pos a lei admite e dá preferência a certos credores.

• A lei escolhe credores “especiais” para facilitar a eles uma proteção maior, que não teriam se não houvesse a previsão legal.

• Semelhante aos credores no penhor legal (pessoa física ou jurídica que hospede e locador)

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Art. 1.489. A lei confere hipoteca:Art. 1.489. A lei confere hipoteca:

• I - às pessoas de direito público interno (art. 41) sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e rendas;

• II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior;

• III - ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais;

• IV - ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente;

• V - ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação.

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4.11.9 Extinção da hipoteca4.11.9 Extinção da hipoteca

• Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:• I - pela extinção da obrigação principal;• II - pelo perecimento da coisa;• III - pela resolução da propriedade;• IV - pela renúncia do credor;• V - pela remição;• VI - pela arrematação ou adjudicação.

• Art. 1.501. Não extinguirá a hipoteca, devidamente registrada, a arrematação ou adjudicação, sem que tenham sido notificados judicialmente os respectivos credores hipotecários, que não forem de qualquer modo partes na execução.

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4.12 DA ANTICRESE4.12 DA ANTICRESE

• 4.12.1 Conceito:• “É um direito real de garantia que consiste na

transferência da posse de determinado imóvel para o credor a fim de que este, perceba os frutos gerados pela exploração do imóvel vá lhos imputados nos juros e no principal da dívida do devedor até que a mesma se extinga pelo pagamento” (Marco Aurélio Bezzerra de Mello). A constituição ocorre na forma do art. 108 e 1.227.

• É um direito acessório em relação ao crédito.• A lei permite o estabelecimento de anticrese apenas

para o recebimento dos juros de uma dívida, (não superior a 12% a.a)

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4.12. Direitos e deveres do 4.12. Direitos e deveres do credor anticréticocredor anticrético

• Receber os frutos até que o débito seja liquidado.

• Direito de retenção do imóvel.• Administrar o imóvel, podendo arrendar

a um terceiro se não houver vedação contratual.

• Há obrigatoriedade de prestar contas. • A responsabilidade consta no art. 1.508