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Administração Pública EPPGG 2008

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Page 1: Slides Adm Pública - evolução

Administração Pública

EPPGG 2008

Page 2: Slides Adm Pública - evolução

Tipos de Administração Pública• Administração Pública Patrimonialista:

– O aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, o qual utiliza os bens públicos da forma que achar conveniente, particularmente em seu próprio benefício.

– Os auxiliares do soberano possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas ou sinecuras, ou seja, empregos rendosos que exigem pouco ou nenhum trabalho de quem o exerce, e são distribuídos da forma que for mais adequada ao soberano.

– A “res publica”, ou seja, “a coisa pública” - os bens públicos - não é diferenciada da “res principis”, quer dizer, do patrimônio do príncipe ou do soberano.

– A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. Há ligação entre os patrimônios público e privado (são interdependentes!)

– Como a autoridade deriva do poder do soberano, este usa da “res publica” da forma que bem entende, sem prestar contas a quem quer que seja.

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O ESTADO OLIGÁRQUICO BRASILEIRO

• Pequena elite de senhores de terra e de políticos patrimonialistas dominavam amplamente o país.

• Para Faoro o poder político do Estado está concentrado em um estamento aristocrático-burocrático de juristas, letrados, e militares, que derivam seu poder e sua renda do próprio Estado.

• Enquanto os senhores de terra e os grandes comerciantes e traficantes de escravos (até 1850) se ocupavam da economia, este estamento dominava com relativa autonomia o Estado e a política.

• Havia a formação de uma nova classe média, uma classe burocrática, composta por um estamento de políticos e burocratas patrimonialistas, que se apropriavam do excedente econômico no seio do próprio Estado, e não diretamente através da atividade econômica.

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O ESTADO OLIGÁRQUICO• Marca da colonização portuguesa: Manoel Bomfim escolheu como

subtítulo a expressão “Males de Origem” para salientar que nosso subdesenvolvimento, assim como o atraso dos demais países latino-americanos, estava diretamente ligado ao caráter decadente das duas nações colonizadoras, Portugal e Espanha.

• É tradicional a idéia de que uma função fundamental do Estado nessa época era garantir empregos para a classe média pobre ligada por laços de família ou de agregação aos proprietários rurais.

• No Império, seguindo uma tradição portuguesa secular, formara-se uma elite dirigente patrimonialista, que vivia das rendas do Estado ao invés de das rendas da terra, e detinha com razoável autonomia um imenso poder político.

• Em um primeiro momento eles, a partir de sua base estamental ou de suas relações com o patriciado rural, estudavam em Coimbra, depois, nas faculdades de direito da Olinda e São Paulo. Apoiados nesse conhecimento vinham a ocupar os altos postos do Império.

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Tipos de Administração Pública• Administração Pública Burocrática:

– surgiu no começo do século XIX em substituição às formas patrimonialistas de administrar o Estado.

– Baseado nas idéias de Max Weber, cabia às funções de tornar racional, eficaz, meritocrática, impessoal e formal a estrutura governamental.

• RACIONAL: adequação dos meios aos objetivos da organização;

• EFICAZ: ampliação do raio de ação das políticas econômicas e sociais;

• MERITOCRÁTICA: era necessário sair do antigo modelo patrimonial para constituir um corpo de funcionários tecnicamente bem preparados e garantir a racionalidade de um Estado em plena expansão;

• IMPESSOAL: cabia ao Estado separar nitidamente o interesse público do privado.

• FORMAL: existência de estatutos, normas e regulamentos explícitos, que estipulam direitos e deveres dos ocupantes de cada cargo público e regulam sua conduta e atividades.

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Tipos de Administração Pública• Administração Pública Burocrática:

– DISFUNÇÕES:• EXAGERADO APEGO AOS REGULAMENTOS E

SUPERCONFORMIDADE ÀS ROTINAS E PROCEDIMENTOS: as regras passam a se transformar de meios em objetivos.

• EXCESSO DE FORMALISMO E PAPELÓRIO• RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS: • DESPERSONALIZAÇÃO DO RELACIONAMENTO:.• CATEGORIZAÇÃO COMO BASE DO PROCESSO

DECISORIAL: A burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade, ou seja, na burocracia quem toma as decisões são as pessoas que estão no mais alto nível da hierarquia, mesmo que não saibam nada do assunto, visto que são os únicos com real poder de decisão.

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A República Velha• A Primeira República pretendia ser uma revolução de classe média,

mas o regime militar teve vida breve, com apenas os governos de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

• Com a eleição, em novembro de 1894, de Prudente de Morais, a oligarquia cafeeira volta ao poder, restabelecendo-se a aliança dos tempos do Segundo Império do estamento burocrático-aristocrático com a oligarquia principalmente cafeeira.

• Todavia, a presença efetiva dos militares do Exército na aliança de poder era um fato novo, porque estes militares, diferentemente dos da Marinha, não podiam ser legitimamente incluídos no estamento burocrático-aristocrático do Império.

• Os representantes da classe média tecnoburocrática, de uma classe média burocrática moderna, que, no século XX, teria enorme expansão e diversificação, apareciam, assim, pela primeira vez na história brasileira por intermédio do Exército.

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A República Velha• O golpe militar não tinha base real na sociedade, de forma que não

envolveu de fato a população.• O regime continuava oligárquico, as eleições, fraudulentas; o

eleitorado subira apenas de um para dois por cento da população com a República.

• A estrutura econômica e a estrutura de poder não haviam mudado. • Com o estabelecimento da federação na Constituição de 1891, e a

decorrente descentralização política de um Estado que no Império fora altamente centralizado, o poder dos governadores e das oligarquias locais aumentara ao invés de diminuir.

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A República Velha• Surge a política dos governadores, que definiria os rumos políticos

do país até 1930. • Mas o aumento do poder dos governadores era contraditório: se de

um lado tinham mais poder em relação à União, tinham menos em relação aos coronéis locais, dos quais passavam a depender.

• Estes problemas estavam na base da insatisfação crescente dos militares, que demandavam a ordem e o progresso anunciados na bandeira republicana, e da indignação de liberais clamando por democracia.

• O resultado é a aliança política instável de 1930, que levou não ao Estado liberal sonhado pelos últimos, mas ao Estado burocrático e autoritário do primeiro Vargas.

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A República Velha• O movimento revolucionário, que desembocará na Revolução de

1930 e no governo Vargas, era intrinsecamente contraditório. • De um lado, no seu componente principalmente civil, era liberal:

protestava contra a farsa das eleições, propondo ampliar-se o eleitorado e instituir-se o voto secreto, demandava anistia dos condenados por razões políticas, queria terminar com o poder das oligarquias locais, de coronéis e jagunços, e regionais, de presidentes de província.

• De outro, era um movimento conservador, na medida em que muitos dos seus aderentes constituíam as próprias oligarquias estaduais, principalmente nos Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba.

• De um terceiro lado, entretanto, possuía um forte componente militar, tenentista, burocrático e autoritário. Seu objetivo maior era centralizar o poder nacional, colocando sob controle os coronéis locais e dos estados federados.

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A República Velha• O terceiro aspecto do movimento sagra-se vencedor, e durante

quinze anos Getúlio Vargas permanece no poder, sendo que nos últimos oito anos, nos quadros de um regime estritamente autoritário.

• Estabelece o poder da União sobre os estados federados e as oligarquias locais, e dá impulso ao processo de industrialização.

• A República fora descentralizadora e oligárquica.• O novo Estado fundado pela Revolução de 1930, ainda que

conserve elementos da velha aristocracia, será um Estado antes do que qualquer coisa autoritário e burocrático no seio de uma sociedade em que o capitalismo industrial se torna afinal dominante.

• Duas classes novas sobem ao poder: a burguesia industrial e a nova classe média tecnoburocrática.

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A República Velha• Ambas eram originárias de classes ou estamentos antigos: a

burguesia industrial originava-se da burguesia mercantil;• A moderna burocracia evoluiu do estamento burocrático

patrimonialista. Diferentemente da sua antecessora, a burocracia não tinha caráter aristocrático, nem estava circunscrita ao Estado.

• Além da clássica tarefa política e administrativa, a nova burocracia passava a ter uma função econômica essencial: a coordenação das grandes empresas produtoras de bens e serviços, fossem elas estatais ou privadas.

• Enquanto no setor público Getúlio Vargas realizava, nos anos 30, a reforma burocrática, a “civil service reform”, que na França, Inglaterra e Alemanha, acontecera na segunda metade do século anterior, e nos Estados Unidos, na primeira década deste século, no setor privado o surgimento de grandes organizações empresariais públicas e privadas promovia o surgimento de uma burocracia moderna, voltada para a voltada para produção.

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A República Velha• O Estado Patrimonial teve longa duração no seio da Sociedade

Mercantil e Senhorial, o Estado Burocrático, na Sociedade Capitalista, Industrial teve vida curta.

• Curta porque a industrialização chegou tarde e logo começou a ser substituída pela sociedade pós-industrial do conhecimento e dos serviços, curta porque a Reforma Burocrática de 1936 também chegou tarde e foi atropelada pela reforma gerencial, que a globalização imporia e a democracia tornaria possível.

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Evolução do Estado

• Estado Liberal• Estado Intervencionista• Estado de Bem Estar Social (dimensões

econômica, social, administrativa) x Estado Desenvolvimentista (econômica e administrativa)

• Crise do Estado• Estado Regulador

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(ESAF – EPPGG2005) - José Murilo de Carvalho em “A Construção da Ordem e Teatro das Sombras” (2003) discute o papel das elites no processo de construção do Estado e da burocracia brasileira. Julgue as sentenças abaixo.I. Um dos elementos responsáveis pela homogeneidade ideológica das elites brasileiras, no período da independência, era sua formação jurídica em Portugal.II. A burocracia, ao ser composta por uma elite de juristas formada em Coimbra, apresentava um alto grau de tecnicidade, que fez com que ela se aproximasse muito do modelo burocrático weberiano.III. José Murilo compartilha o argumento de Joaquim Nabuco, de que o serviço público no império era uma “vocação de todos”, o que pode explicar a utilização do termo “burocracia proletária”.IV. As elites brasileiras eram consideradas um estamento estabelecido, que detinha o controle do Estado, da soberania nacional e grande autonomia de atuação frente a outros setores da sociedade.V. O processo chamado de “modernização conservadora” refere-se à modernização autônoma empreendida pela elite burocrática, único setor letrado da sociedade, capaz de realizar tal feito.Escolha a opção que indica os itens corretos.a) I, II e IIIb) I e IIIc) I, IV e Vd) I e Ve) IV e V

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(ESAF-APO2005) - Raimundo Faoro em “Os Donos do Poder” (1958) apresentou uma interpretação sobre o subdesenvolvimento do Brasil no qual descreveu, entre outras coisas, as mazelas da administração pública brasileira. Aponte a opção que se enquadra no argumento desse autor.

a) Apesar das inúmeras mudanças históricas pelas quais passou o Brasil, o aparato administrativo e político permaneceu sob a apropriação de um mesmo grupo social, que tinha como objetivo a obtenção de poder, prestígio e riqueza.b) Baseado em uma abordagem marxista, Faoro demonstra como a burocracia brasileira tinha um caráter patronal, sendo apropriada por uma burguesia que era intimamente ligada às elites políticas.c) Apropriação da máquina administrativa e política era feita por setores de uma elite agrária, que faziam prevalecer os seus interesses na prevalência da política de agro-exportação.d) A herança portuguesa de captura do aparelho do Estado, por parte de uma burguesia, guarda estritas relações com a abordagem de Caio Prado Jr. – autor contemporâneo de Faoro, que também interpretou o subdesenvolvimento.e) A herança da administração colonial portuguesa gerou o chamado “patronato político brasileiro”, responsável pela predominância da força política rural descentralizada sobre a urbana centralizada.

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(ESAF – EPPGG2005) Com base no pensamento de Max Weber, julgue as sentenças sobre a burocracia atribuindo (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a afirmativa falsa, assinalando ao final a opção correta. ( ) A constituição prévia de uma economia monetária é condição sine qua non para o surgimento da organização burocrática.( ) O Estado moderno depende completamente da organização burocrática para continuar a existir. ( ) A burocracia é elemento exclusivo do Estado moderno capitalista, não sendo verificável em outros momentos da história.( ) O modelo burocrático é a única forma de organização apta a desempenhar as tarefas necessárias para o bom funcionamento do capitalismo.a) V, F, F, Vb) V, V, F, Fc) F, F, V, Vd) F, V, F, Ve) F, F, F, V

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(ESAF) Max Weber, em sua clássica descrição dos três tipos puros de dominação legítima, discorre sobre a dominação burocrática, elucidando suas principais características. Assinale a opção que descreve corretamente a concepção weberiana de autoridade burocrática:a) Trata-se de um tipo de dominação que se baseia no estatuto, isto é, na lei, podendo ser também chamada de dominação legal.b) Trata-se de um tipo de dominação em que a obediência decorre do prestígio e respeitabilidade conquistados por seus detentores.c) Trata-se de um tipo de dominação em que o talento e o poder intelectual de seu possuidor sobrepujam outros tipos de poderes.d) Trata-se de um tipo de dominação ancorada na obediência à norma constituída e na autoridade tradicional.e) Trata-se de um tipo de dominação comum em sociedades tradicionais, baseada no estatuto jurídico.

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(ESAF): A Administração Pública burocrática surgiu no começo do século XIX em substituição às formas patrimonialistas de administrar o Estado. Indique qual das informações a seguir define as diferenças entre estas duas abordagens.a) No patrimonialismo, não existe uma definição clara entre patrimônio público e bens privados, com a proliferação do nepotismo e da corrupção enquanto a burocracia é uma instituição administrativa que usa os princípios da racionalidade, impessoalidade e formalidade em um serviço público profissional.b) No patrimonialismo, os governantes consideram-se donos do Estado e o administram como sua propriedade, sendo Weber um dos seus defensores. A Administração Pública burocrática surgiu como uma resposta ao aumento da complexidade do Estado e à necessidade de organização das forças armadas.c) No patrimonialismo, a Administração Pública era um instrumento para garantir os direitos de propriedade, já que a Administração Pública burocrática estabeleceu uma definição clara entre res pública e bens privados.d) No patrimonialismo, a Administração Pública é governada pela preservação e desenvolvimento do patrimônio do Estado, sem se preocupar com a defesa dos direitos civis e sociais. A administração burocrática está ligada ao conceito do Estado de bem-estar social, combatendo o nepotismo e corrupção. e) No patrimonialismo, a autoridade é exclusivamente hereditária, gerando corrupção e ineficiência, enquanto a estratégia adotada pela Administração Pública burocrática – o controle formalista dos procedimentos – garante uma melhor utilização dos recursos públicos.

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Evolução da Administração Pública Brasileira

• A história administrativa do Brasil caracteriza-se por uma alternância pendular de decisões sobre a organização da burocracia.

• Até 1930, a forma de administrar o estado era totalmente patrimonialista, não havendo o mínimo interesse por parte dos governantes de se instituir um modelo diferente, baseado em carreiras e que buscasse o profissionalização do servidores públicos.

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REFORMA BUROCRÁTICA• O Governo passou a atuar em diversas

outras áreas, onde anteriormente não havia ainda atuado.

• No início do governo Vargas foram instituídos os Ministérios da Educação e Saúde Pública e do Trabalho, Indústria e Comércio, além de Comissões para padronização de material, compras e orçamento.

• Portanto, a necessidade da instituição de uma burocracia advém, principalmente, do próprio crescimento da complexidade da ação estatal.

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REFORMA BUROCRÁTICA• A atividade de elaboração e implementação de

políticas públicas começa a exigir maior especialização e profissionalismo.

• A Constituição de 1934 é a primeira a trazer um título específico para os funcionários públicos.

• A era Vargas, portanto, é considerada o primeiro movimento reformista com vistas à modernização da administração pública.

• A modernização foi inspirada pelos princípios de administração de Taylor e Fayol, cuja finalidade era tornar mais eficiente os setores da administração de pessoal, materiais, orçamentária e conseguir uma maior racionalização administrativa.

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REFORMA BUROCRÁTICA

• Em 1936, o diplomata Maurício Nabuco encaminha ao Congresso uma reforma inspirada no modelo meritocrático das carreiras do Civil Service britânico e do serviço público francês, bem como na legislação norte-americana pertinente à Civil Service Commission.

• Lei nº 284, primeira lei clara a favor da profissionalização e da organização do pessoal civil da União

• Início da sistematização do Serviço Público Federal, com a criação do CONSELHO FEDERAL DO SERVIÇO PÚBLICO CIVIL, primeiro órgão voltado especialmente para a gestão da função administrativa no Brasil.

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REFORMA BUROCRÁTICA• Criação de quadros de cargos

comissionados, de livre nomeação e demissão "ad nutum" pelos governantes federais, estaduais e municipais.

• Com o advento do regime ditatorial em 1937 e à entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 579, de 30/07/1938, o Conselho Federal do Serviço Público Civil deu origem ao DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO SERVIÇO PÚBLICO – DASP

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REFORMA BUROCRÁTICA• O DASP avançou no campo da sistematização

das normas sobre pessoal civil, instituindo:– o concurso público (combate ao nepotismo), – a estabilidade do servidor no cargo,– a promoção por mérito ou tempo de serviço,– incentivo ao profissionalismo dos funcionários

e– adoção de normas e regras rígidas.

• O DASP foi concebido pelo mesmo diplomata Maurício Nabuco e pelo gaúcho Luis Simões Lopes, sendo este indicado por Vargas para ser o primeiro diretor do DASP.

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• (ESAF-EPPGG2002) - No Brasil, o modelo de administração burocrática surge a partir dos anos 30. Surge no contexto da aceleração da industrialização brasileira, no qual o Estado assumiu um papel de intervenção ativa no setor produtivo de bens e serviços. A partir daí houve sucessivas tentativas de reforma rumo à Administração Gerencial. Selecione qual das opções abaixo não pertence à evolução da administração pública no Brasil.

• a) O Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP foi criado em 1936 e representou a tentativa de formação dos princípios da administração gerencial e da burocracia nos moldes weberianos.

• b) O Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP valorizou instrumentos importantes de gestão de recursos humanos, tais como o instituto do concurso público e do treinamento.

• c) O Governo JK criou comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos, objetivando a realização de estudos para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais.

• d) O Decreto-Lei no 200, de 1967, constitui um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática; instituíram-se o planejamento e o orçamento como princípios de racionalidade administrativa.

• e) No início dos anos 80, foi criado o Ministério da Desburocratização, cujo objetivo era revitalização e agilização das organizações do Estado, a descentralização da autoridade e a promoção da eficiência.

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O INSULAMENTO BUROCRÁTICO DO GOVERNO JK (1956-1960)

• Juscelino Kubitschek, ao assumir o poder, identificou logo que a máquina administrativa não era capaz de implementar as políticas públicas estabelecidas em seu “Plano de Metas”.

• Percebeu, também, que não conseguiria alterar, por exigência de sua base político-parlamentar, o perfil do serviço público, profissionalizando-o e retirando dele a influência político-partidária.

• Para dar efetividade às suas políticas, institui, então, uma estrutura administrativa paralela, os chamados Grupos Executivos.

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O INSULAMENTO BUROCRÁTICO DO GOVERNO JK (1956-1960)

• Todavia, no que se refere a reformas da administração, esse governo limitou-se a criar comissões para estudos administrativos e ministérios e a tentar revitalizar o DASP, que havia deixado de ter o papel central na administração pública desde 1945. – Comissão de Estudos e Projetos

Administrativos (simplificação de processos administrativos e reformas ministeriais)

– Comissão de Simplificação Burocrática (elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços).

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COMISSÃO AMARAL PEIXOTO

• O ponto de partida da reforma foram os estudos da chamada COMISSÃO AMARAL PEIXOTO

• A proposta encaminhada ao Congresso continha, na verdade, um detalhado diagnóstico da administração pública brasileira, mas pouco avançava em termos de proposições.

Page 30: Slides Adm Pública - evolução

COMISSÃO AMARAL PEIXOTO

• Os principais problemas apontados pelos estudos eram:– a falta de coordenação das ações do governo– a excessiva centralização da administração

federal na presidência da República, permanentemente congestionada pela necessidade da assinatura presidencial em atos dos mais simples aos mais complexos.

• O fato de as sucessivas tentativas de reforma dos anos 50 terem fracassado já sinalizava, no entanto, que não se trataria de assunto de aprovação tranqüila, seja no interior do governo, seja no próprio Congresso.

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A COMESTRA• Castelo Branco optou por dar tratamento de

altíssimo nível ao assunto através da criação de uma comissão – COMISSÃO DE ESTUDOS TÉCNICOS PARA A REFORMA ADMINISTRATIVA (COMESTRA) – encarregada de propor novo desenho para a administração pública brasileira.

• Foram reunidos à disposição do projeto o que havia de melhor na inteligência nacional a respeito do assunto, embora cada membro fosse portador de uma visão distinta sobre o tema.

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O DECRETO-LEI 200/67

• a) a articulação entre a planejamento, orçamento e execução financeira;

• b) a criação de mecanismos de controle interno ao Executivo e a transformação do controle externo em ex- post ao invés de ex-ante;

• c) a tipificação das formas organizacionais da administração pública direta e indireta;

• d) o fortalecimento do serviço público civil através de sua profissionalização via sistema de carreiras, e

• e) a criação de um órgão – de status ministerial ou não – destinado a implementar a reforma administrativa.

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OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA REFORMA DE 1967/69

• A partir de 1967, facultou-se à Administração Federal admitir servidores pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, ao lado dos estatutários;

• Consolidação da presença, na máquina pública, das fundações criadas e mantidas pelo Poder Público (as quais já tinham sido empregadas em grande escala por Juscelino Kubitschek na construção de Brasília), definidas como entidades de direito privado e, como tal, não sujeitas às normas da administração direta e autárquica relativas à admissão de pessoal.

• Grande expansão do executivo federal a partir da criação de um grande número de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Page 34: Slides Adm Pública - evolução

ASCENSÃO FUNCIONAL• Em 1970, foi promulgada a Lei 5645, que

estabeleceu diretrizes para a classificação de cargos do Serviço Civil da União e das autarquias federais,

• Estabeleceu a ASCENSÃO FUNCIONAL, a qual permitia ao servidor ter acesso a cargo diverso do que exercia, mediante processo seletivo interno.

• Mediante tal mecanismo, a escolha dos ocupantes dos cargos mais elevados passou a ser, em grande medida, feita entre os próprios servidores, anulando, na prática, o direito de livre acesso aos cargos públicos.

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TECNOCRACIA• O fato é que a máquina administrativa, apesar da tentativa de

reforma gerencial estabelecida no DL 200/67, sai do período militar absolutamente desestruturada.

• Havia crescido o número de servidores, grande parte deles contratados sem qualquer forma de controle.

• Não se constituiu uma burocracia orgânica, mas sim a chamada TECNOCRACIA, tendo em vista que as funções de alta direção passaram a ser ocupadas por técnicos não ligados à administração direta, não vinculados à burocracia tradicional, organizada em carreiras.

• Esse processo de recrutamento de técnicos oriundos do meio acadêmico, do setor privado, das empresas estatais e de órgãos do próprio governo, deu origem às chamadas ILHAS DE EXCELÊNCIA, as quais vieram a se tornar provedores de pessoal qualificado para a alta hierarquia ministerial e para o exercício das atividades de formulação de políticas e regulação econômica.

• Tais ilhas formavam um setor público eficiente, bem remunerado, com carreiras sólidas, tendo à frente as grandes empresas estatais economicamente viáveis, que contrastava com o restante do serviço público, mal remunerado e ineficiente.

Page 36: Slides Adm Pública - evolução

MINISTÉRIO DA DESBUROCRATIZAÇÃO

• No início dos anos 80, uma nova tentativa de reformar a burocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial foi implementada, com a CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA DESBUROCRATIZAÇÃO e do PROGRAMA NACIONAL DE DESBUROCRATIZAÇÃO – PrND, tendo Hélio Beltrão a frente como Ministro Extraordinário.

• O Programa Nacional de Desburocratização, além de dezenas de medidas simplificadoras das relações do cidadão com a máquina administrativa, trouxe importantes inovações, como o Estatuto da Microempresa e os Juizados de Pequenas Causas (mais tarde transformados nos atuais Juizados Especiais).

• Nunca chegou a ser formalmente extinto, mas perdeu ênfase no final da década de 80. No início dos anos 90, novas medidas de maior impacto chegaram a ser adotadas, no âmbito de um novo programa, o Programa Federal de Desregulamentação.

• Entre elas, a simplificação dos procedimentos de embarque e desembarque nos aeroportos, o aperfeiçoamento da emissão de passaportes e a revogação de mais de cem mil decretos superados e desnecessários.

Page 37: Slides Adm Pública - evolução

• (ESAF-CGU2006) - Complete a frase com a opção correta.

• O principal objetivo do Programa Nacional de Desburocratização instituído em 1979 era......

• a) descentralizar a administração pública federal por meio da criação de autarquias.

• b) privatizar o setor produtivo nas mãos do Estado.• c) aumentar a participação do cidadão na definição do

orçamento público.• d) dinamizar e simplificar o funcionamento da

administração pública federal.• e) criar entes para atender diretamente o usuário de

serviços públicos.

Page 38: Slides Adm Pública - evolução

A NOVA REPÚBLICA• No ano de 1986 ocorre a extinção formal do DASP, com

sua substituição pela SEDAP - Secretaria de Administração Pública da Presidência da República, à qual competia a coordenação, a orientação e o controle das atividade relativas à administração de pessoal civil e de serviços gerais, à modernização e organização administrativa, e à desburocratização.

• Com a finalidade de se reforçar a burocracia, são criadas as carreiras de Finanças e Controle (1987), de Orçamento (1987) e de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (1989).

• Porém, permitiu-se a qualquer servidor, que estivesse em exercício em órgãos de sistema de controle interno e orçamento, independentemente de cargo ou função que estivesse desempenhando, o ingresso nas duas primeiras.

Page 39: Slides Adm Pública - evolução

A NOVA REPÚBLICA

• A Constituição de 1988 caminhou no sentido da aprovação da unificação dos regimes jurídicos dos servidores públicos, do fortalecimento dos controles sobre a administração pública e do estabelecimento do concurso público como única forma de acesso ao cargo e ao emprego público, visto que, até então, sempre houve mecanismos que permitiam a sua burla.

• O Supremo Tribunal Federal, em diversas ações, vem sempre interpretando de forma estrita a questão da exigência de concurso público, tendo banido a ascensão funcional.

Page 40: Slides Adm Pública - evolução

A CONSTITUIÇÃO DE 1988• maior participação popular na formação de políticas

públicas, • criação de conselhos populares, movimentos sociais e

municipalistas, etc, os quais foram fundamentais para a consolidação do processo de descentralização da administração pública.

• descentralização das atribuições da União, repassando-as para as esferas estaduais e, principalmente, para os municípios.

• contribuiu para o engessamento do aparelho estatal, ao estender para os serviços do Estado e para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado.

• determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos,

Page 41: Slides Adm Pública - evolução

A CONSTITUIÇÃO DE 1988• instituiu a obrigatoriedade de regime jurídico único

para os servidores civis da União, dos Estados membros e dos Municípios,

• retirou da administração indireta a sua flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.

• determinou a concessão da estabilidade funcional para um grande número de empregados contratados, assim como a aposentadoria integral sem nenhuma relação com o tempo de serviço prestado diretamente ao Estado.

Page 42: Slides Adm Pública - evolução

A CONSTITUIÇÃO DE 1988• Este retrocesso burocrático foi em parte uma reação ao

clientelismo que dominou o país naqueles anos. • Foi também uma conseqüência de uma atitude

defensiva da alta burocracia que, sentindo-se injustamente acusada, decidiu defender-se de forma irracional.

• Conseqüências imediatas:– de um lado, o abandono do caminho rumo a uma

administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática clássica;

– de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios, que não se coadunam com a própria administração pública burocrática.

Page 43: Slides Adm Pública - evolução

SEPLAN

• Concluindo a análise do governo Sarney, em 1989 a SEDAP perde força e é extinta, sendo suas atribuições passadas à Secretaria de Planejamento e Coordenação – SEPLAN, também vinculada diretamente à Presidência da República.

Page 44: Slides Adm Pública - evolução

A REFORMA DE COLLOR• Neste governo, a política de modernização administrativa

tinha como principal pressuposto a desconstrução do setor público por meio de uma política de desmoralização e de “ataques” à administração pública e ao funcionalismo.

• No que tange ao órgão responsável por conduzir políticas de modernização para a administração pública, a Lei 8.028/90 alterou a estrutura da Presidência da República, criando a Secretaria de Administração Federal – SAF, no lugar da SEPLAN.

• Tal desconstrução se efetivou a partir de ações político- administrativas como o enxugamento da máquina pública, demissão de funcionários públicos, extinção de cargos, funções e órgãos públicos, o que acarretou a perda da capacidade gerencial e de formulação de políticas.

• Apontava na direção de que a desregulamentação econômica e a privatização de serviços públicos seriam uma saída para superar a ineficiência e a ineficácia dos serviços públicos.

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Tipos de Administração Pública• Administração Pública Gerencial:

– Para responder ao esgotamento do modelo burocrático weberiano, foram introduzidos, em larga escala, padrões gerenciais na administração pública, inicialmente e com mais vigor em alguns países do mundo anglo-saxão (Grã-Bretanha, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia), e depois, gradualmente, na Europa continental e Canadá.

– No começo da década de 80, o modelo gerencial puro, denominado “managerialism” ou gerencialismo, sugeriu 3 providências básicas:

• CORTE DE GASTOS – inclusive de pessoal;• AUMENTO DA EFICIÊNCIA – com a introdução da lógica da

produtividade existente no setor privado;• ATUAÇÃO MAIS FLEXÍVEL DO APARATO

BUROCRÁTICO.

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Tipos de Administração Pública• Administração Pública Gerencial:

– Procura transformar os procedimentos da administração pública nos seguintes aspectos:

• Controle por resultados do que por procedimentos e normas auto-referidas;

• Voltar a prestação dos serviços públicos para o atendimento das necessidades do cidadão/cliente;

• Flexibilizar a gestão e contratação de pessoal;• Realizar parcerias com a comunidade ou com o setor

privado, com a construção de um espaço público não- estatal;

• Descentralizar os serviços públicos básicos para os governos subnacionais, ou seja, para as esferas estadual e municipal;

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A REFORMA GERENCIAL DE BRESSER PEREIRA

• FHC não considerava que fossem necessárias grandes reformas transformadoras da administração pública, mas sim ajustes que dessem condições para a liberação das forças produtivas do mercado.

• As reformas deveriam ser localizadas e cirúrgicas – como, por exemplo, o fim do monopólio público – de modo a melhorar o funcionamento do mercado.

• Criação do Ministério da Administração e da Reforma do Estado (MARE).

• Tratamento de reforma constitucional ao assunto de sua pasta: Emenda Constitucional nº 19

• Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado

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Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado

• Divisão do Aparelho do Estado em 4 setores:– NÚCLEO ESTRATÉGICO– ATIVIDADES EXCLUSIVAS– SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS– PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA

O MERCADO

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NÚCLEO ESTRATÉGICO• Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao

Ministério Público e, no poder executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas. A forma de propriedade indicada é a ESTATAL.

• Neste setor, o fundamental é que as decisões sejam as melhores, e, em seguida, que sejam efetivamente cumpridas. Logo, é mais adequado que haja um misto de administração pública burocrática e gerencial. O princípio administrativo fundamental é o da efetividade, entendido como a capacidade de ver obedecidas e implementadas com segurança as decisões tomadas. O que importa saber é:

• - se as decisões que estão sendo tomadas pelo governo atendem eficazmente ao interesse nacional, se correspondem aos objetivos mais gerais aos quais a sociedade brasileira está voltada ou não;

• - se, uma vez tomadas as decisões, estas são de fato cumpridas.

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ATIVIDADES EXCLUSIVAS• Setor em que são prestados serviços que só o Estado pode

realizar. • São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o

poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. • Como exemplos temos:

– a cobrança e fiscalização dos impostos, – a polícia, – a defesa nacional, – a previdência social básica, – o serviço de desemprego, – a fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, o serviço

de trânsito, – a compra de serviços de saúde pelo Estado,– o controle do meio ambiente, – o subsídio à educação básica, – o serviço de emissão de passaportes, etc.

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SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS• Corresponde ao setor onde o Estado atua

simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas.

• As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este, entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem "economias externas" relevantes, na medida que produzem ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. São as chamadas externalidades positivas.

• As economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da sociedade, não podendo ser transformadas em lucros.

• São exemplos deste setor:– as universidades e escolas em geral, – os hospitais,– os centros de pesquisa,– os museus.

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PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO

• Corresponde à área de atuação das empresas.• É caracterizada pelas atividades econômicas

voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como, por exemplo, as do setor de infra-estrutura.

• Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível, tornando-se necessário no caso de privatização, a regulamentação rígida. Neste setor, o critério eficiência torna-se fundamental.

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1- O papel do Estado como agente econômico é substituído pelo papel de regulador, ocorrendo um processo de privatização em escala variável.

2- A dicotomia estatal/privado, predominante até então, abre espaço para formas intermediárias com a emergência de parcerias e de organizações públicas não-estatais.

3- O setor público incorpora em sua avaliação critérios tradicionalmente considerados como inerentes à iniciativa privada, tais como eficácia, eficiência, metas, produtividade e controle de custos.

4- A gestão das políticas públicas e o controle da ação estatal passam a ser feitos por organismos com crescente participação social. Os mecanismos de consulta pública (audiências, exigência de aprovação prévia de medidas por parte de conselhos, etc) se multiplicam.

Em relação a essas afirmações pode-se dizer que:a) estão todas corretas.b) apenas a nº 1 está correta.c) apenas a nº 2 está correta.d) apenas a nº 3 está correta.e) todas estão incorretas.

(ESAF-EPPGG2005) A partir da década de 80 e sobretudo a partir da década de 90, desenvolveu-se internacionalmente um amplo processo de reforma do Estado. Independentemente das especificidades nacionais, esse processo tem algumas características comuns: Uma série de características são apontadas a seguir:

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(ESAF): A Administração Pública burocrática surgiu no começo do século XIX em substituição às formas patrimonialistas de administrar o Estado. Indique qual das informações a seguir define as diferenças entre estas duas abordagens.

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(ESAF) A administração burocrática clássica, baseada nos princípios da administração do exército prussiano, foi implantada nos principais países europeus no final do século XIX. Ela foi adotada porque era uma alternativa muito superior à administração patrimonialista do Estado. Quais das seguintes características básicas pertencem ao conceito de burocracia de Weber?

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(ESAF): Nas afirmações a seguir, marque C para certo e E para errado.

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(ESAF-EPPGG2005)Originado nos anos quarenta, na Inglaterra, o Estado de Bem-estar (Welfare state) foi adotado por diversos países durante décadas. Indique a opção que expressa o princípio fundamental desse modelo assistencialista.

a) Independentemente de sua renda, todos os cidadãos, como tais, teriam direito de ser protegidos por meio do pagamento de dinheiro ou com serviços públicos.b) Apenas os cidadãos pertencentes às classes menos favorecidas teriam o direito de ser protegidos com o pagamento de dinheiro. Já os serviços públicos eramde livre acesso a todas as classes.c) Independentemente de sua renda, todos os cidadãos, como tais, teriam direito de ser protegidos apenas por meio de serviços públicos, como os das áreas de saúde,educação e segurança. d) Somente os cidadãos desempregados teriam direito de ser protegidos com o pagamento de dinheiro ou comserviços. O conceito de ajuda ao cidadão estava pautado em uma noção calvinista do trabalho.e) Somente os contribuintes empregados, indivíduos incapazes e/ou aposentados teriam direito à ajuda do Estado. A política do pleno emprego restringia a assistência a desempregados.

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• (ESAF-EPPGG2002) - A administração burocrática moderna, racional legal foi implantada nos principais países europeus no final do século XIX e no Brasil em 1936, com a reforma administrativa promovida por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes. Assinale a opção que não caracteriza corretamente este tipo de administração.

• a) A administração burocrática distingue entre o público e o privado, separando o político do administrador público, sendo essencial ao bom funcionamento do capitalismo.

• b) A administração pública burocrática é uma alternativa superior à administração patrimonialista do Estado, é baseada no princípio do mérito profissional e compatível com o capitalismo industrial e a democracia parlamentar.

• c) A administração pública burocrática tem como princípios o mérito e a formalidade, o que torna difícil a sua aplicação nas democracias parlamentares, onde os interesses dos vários grupos políticos impedem uma unidade de ação.

• d) A administração pública burocrática concentra-se no processo, na criação de procedimentos para gestão do Estado em todas as suas atividades e em controlar a adequação do serviço público a estes procedimentos.

• e) A administração burocrática é lenta, cara, auto-referida, pouco orientada para atender às demandas dos cidadãos, não garantindo nem rapidez, nem qualidade, nem custos baixos para os serviços prestados ao público.