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TEORIA GERAL DO PROCESSO Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais - UniCEUB Prof. Dr. João Carlos Medeiros de Aragão 3º semestre - noturno

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  • TEORIA GERAL DO PROCESSO

    Faculdade de Cincias Jurdicas e Sociais - UniCEUB

    Prof. Dr. Joo Carlos Medeiros de Arago

    3 semestre - noturno

  • PROPEDUTICA PROCESSUAL

    Terminologia Bsica

    INTERESSE (sujeito e objeto do interesse) se d entre razo e bem da vida. Significa a posio do homem em relao da sua necessidade.

    Definio: a posio favorvel satisfao de uma necessidade.Objeto: o bem.Sujeito: o homem

  • INTERESSE INDIVIDUAL E COLETIVO

    - Interesse Individual posio favorvel a posio da nossa necessidade subjetivo

    - Interesse Coletivo a posio idntica de interesse relativamente a um grupo de pessoas intersubjetivoInteresse individual em funo do grupo social a que pertencemos (famlia)

  • CONFLITO DE INTERESSES - Os desencontros ou desentendimentos em torno do bens da vida geram o conflito de interesses

    - Conflito ntimo de interesses conflito ntimo, da prpria pessoa. Subjetivo. Foge da esfera judicial. Resoluo pessoal.- Conflito intersubjetivo de interesses conflito travado entre uma ou mais pessoas. o estado quem resolve estes conflitos. Surge quando h disputa entre pessoas por um determinado bem. Busca-se a Arbitragem para solucionar o conflito.

  • FORMAS DE SOLUO DOS CONFLITOS DE INTERESSE

    AUTODEFESA: Forma primitiva de soluo de conflito de interesses. (ex. Direito de greve, o estado de necessidade). A autodefesa deve ser evitada, pois pode levar a prtica de um crime qualquer. O art. 120 1 do CC um dispositivo de autodefesa.

  • AUTO COMPOSIO - ajuste de vontades, onde pelo menos uma das partes abre mo de seus interesses ou de parte deles. Divide-se em renncia, soluo contratual ou por arbitragem

    Por renncia substituio da fora pela razo. Uma das partes declina de parte ou de todo os direitos para se compor.Por Soluo Contratual quando as partes reconhecem a fora do outro e as duas partes renunciam a algo.Por Arbitragem A Lei n. 9.307, de 23/09/96 foi que instituiu a Arbitragem no Brasil.

  • PROCESSO se nenhuma das formas citadas apresentar resultado, encaminha-se ao Judicirio

    PRETENSO A exigncia de subordinao de um interesse alheio ao interesse prprio.

    LIDE OU LITGIO quando ocorre resistncia das partes em uma pretenso, surge a lide ou litgio. (conflito de interesse qualificado por uma pretenso resistida)

  • RELAO JURDICA vnculo processual. Vnculo que une interesse subordinante a interesse subordinado.

    DIREITO OBJETIVO direito positivo ligado a um caso concreto de conflito de interesses. o direito como norma de conduta. um certo e ponto.

    DIREITO SUBJETIVO aquele direito que o sujeito julga ter. Cabe interpretao

  • Processo e Atuao do Direito Objetivo O direito processual no precisa do Direito Material para existir. Agora, o Direito precisa do Direito Processual para atuar.

    Ex. A Ao Cautelar meramente processual, no se discute o Direito Material controvertido.

  • Conceito de Leis Processuais regular a funo jurisdicional. A funo jurisdicional aplica a lei material para solucionar conflitos de interesse. a norma que regulamenta os procedimentos processuais

    DISCIPLINA NORMATIVA DO PROCESSO

  • Moderna no tem autor definido. Se dividem em:Substanciais ou Materiais so as antigas normas substantivasFormais ou Instrumentais so as antigas normas adjetivas

    A diferena entre as classificaes apenas de nomenclatura.

  • Outras Divises das Normas ProcessuaisDiviso DoutrinriaNormas processuais em sentido estrito: so as que regulam o processo como tal, atribuindo poderes e deveres processuais s partes e aos rgos jurisdicionais. Ex. CPP, CPCNormas Estritamente Procedimentais: as que regulam o modo como devem se conduzir o juiz e as partes no processo, inclusive a coordenao dos atos que compe o processo

  • ** O rito ordinrio mais lento, porm mais seguro. Quem estabelece o rito a pessoa quem ajuza a ao. Isso feito na petio judicial.

    Normas de Organizao Judiciria: so as normas que regulam a estrutura e o funcionamento dos rgos do Poder Judicirio

    Diviso sob o Prisma da Coercibilidade

    Normas Cogentes: so normas de Direito Pblico, de carter obrigatrio para as partes.Normas dispositivas: so normas mais brandas, quando em certas circunstncias, sua incidncia, fique na dependncia da vontade das partes.

  • Princpios ligados ao Juiz

    Diretas (ou imediatas): as leis

    Indiretas (ou mediatas ou secundrias): os costumes

  • Interpretao e Integrao da Norma ProcessualInterpretao: busca atender o exato contedo dos enunciados legais.

    Quantos aos meios: ser gramatical, chamada tambm de literal, lgica, sistemtica ou histrica.

    Interpretao Gramatical: se inspira no significado das palavras;Interpretao Sistemtica: examina-se a lei dentro de todo o contexto jurdico, dentro das regras de direito, que tem pertinncia com ela;Interpretao Histrica: verifica-se o momento histrico da lei. uma pesquisa longa que muda ao decorrer dos anos com a doutrina e a jurisprudncia das leis;Interpretao lgica: obedece finalidade da lei

  • Quantos s fontes: a interpretao ser doutrinria, autntica ou jurisprudencial.

    Doutrinria: aquela interpretao feita pelos autores de obras de direitoJurisprudencial: aquela que a interpretao dada pelo Conjunto de TribunaisAutntica: a interpretao do prprio legislador. Nessa interpretao busca-se a vontade do legislador, geralmente na exposio de motivos, nos debates que cercaram sua aprovao, etc.

  • Quantos aos fins:Extensiva: quando o legislador disse menos do que queria ter dito. Cabe ao intrprete estender a interpretaoRestritiva: quando o legislador disse mais do que queria ter dito. Ao intrprete cumpre restringir o sentido e o alcance das palavras da lei quando a lei demasiadamente genrica

    A integrao se faz pela analogia, costumes e dos princpios gerais de direito, nessa ordem. necessria quando a lei apresenta lacuna. Requer pesquisa e formulao de norma aplicao ao conflito.

  • Limitaes Espaciais e Temporais Aplicao da Norma Processual:As normas processuais, na sua aplicao, sofrem limitaes no tempo e no espao, da mesma forma que toda norma jurdica. O princpio da Territorialidade que vigora e regula a eficcia das normas processuais (Lex fori). a lei da jurisdioCompetncia Internacional: aquela competncia que exercida pela autoridade brasileira.Competncia o poder de exercer a jurisdio

  • Competncia Concorrente: podem ser ajuizadas no Brasil e no Exterior. Se a sentena estrangeira for homologada pelo STJ antes da prolao da sentena brasileira, o processo interno perde o sentido. Se a sentena interna for prolatada antes, a sentena estrangeira no cumpre nenhuma funo.Competncia Exclusiva: O primeiro processo iniciado torna o outro sem efeito.

    LITISPENDNCIA: se d quando se repete ao que est em curso (art. 301, 3 do CPC) 3 . H litispendncia quando se repete ao, que est em curso: h coisa julgada, quando se repete ao que j foi decidida por sentena, de que no caiba recurso.

  • Cooperao Judicial Internacional: Ocorre mediante a expedio de carta rogatria. A certeza do atendimento desta carta a existncia de Acordo InternacionalA cooperao interna se d por carta:- Precatria: cooperao judicial entre autoridades do mesmo nvel judicial. Deprecante: que expede a carta. Deprecado: quem recebe a carta.- De Ordem: Se um Tribunal precisa realizar uma diligncia por parte do relator. de uma autoridade superior para uma autoridade inferior- Rogatria: cooperao judicial internacionalProva dos fatos ocorridos no Estrangeiro: ser considerada de acordo com a legislao do pas.

  • Eficcia da Lei Processual no tempo:- Princpios e RegrasPrincpio da Irretroatividade: tem limites e excees. Mesmo no retroagindo, a lei processual no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada.Vigncia da Lei: o momento em que a lei entra em vigor: 45 dias aps a publicao. Quando h disposio de prazo, no se aplica o princpio vacatio legis.Cessao da vigncia: quando a lei posterior revoga a anterior.

  • Tipos de revogao: tcita - quando a revogao genrica do tipo: revogam-se as disposies em contrrio. (regula mesma matria da lei anterior de forma diferente)Expressa quando o dispositivo revogado e expressamente citado. (quando especifica o dispositivo revogado)Revogao Total: ab rogaoRevogao Parcial: derrogaoSub-rogao: quando uma lei revogada profundamente, inclusive seu histrico e a sua exposio de motivos. (construo doutrinria)Modificao derrogao mais incluso/adio da parte nova

  • Princpio da No escusa: no lcito a ningum alegar desconhecimento da lei. Princpio constitucional uma vez publicada existe a presuno de que todos tomaram conhecimento da lei.

    Sistemas quanto Eficcia de Aplicao (no tempo):

    Incidncia sobre Processos Findos: lei nova no tem efeito em processos j julgadosIncidncia sobre processos a serem iniciados: tem efeito a lei nova incidncia total.

  • Incidncia sobre processos em curso: aplica-se a lei nova desde o incio, caso esteja em fase de instruo, existem duas situaes: 1) todo processo regido pela lei nova (comearia tudo de novo); 2) deixa a parte do processo regida pela antiga lei e passa a usar a nova lei de onde parou (no revogaria nada). Considera-se o processo uma unidade

  • Sistema de unidade processual: obedece lei vigente quando de sua instauraoSistema das fases processuais (postulatrio, saneamento) a lei nova no se aplica fase em curso. Somente se aplica fase seguinte (no se admite a retroatividade)Sistema do isolamento dos atos processuais: j considera os atos isoladamente para fins de aplicao de lei nova. A lei nova j se aplica ao ato em curso (atos velhos continuam na lei velha)

  • Postulatria: fase que vai da petio inicial at a resposta do ru que pode vir pela contestao, exceo (suspeio, impedimento ou incompetncia relativa) ou reconveno (contra ataque o acusado alegar contra o ru alegou contra ele mrito processual, no pode existir na medida cautelar salvo no caso do Cdigo Processual , art. 810) tudo definido pelo juiz.Saneamento: o juiz convoca uma audincia e tenta conciliar as partesInstrutria ou Probatria: fase em que aparecem as provasDecisria: fase em que dada a sentena (pode estar junto com a fase acima)

  • CONCEITO DE JURISDIOCaracterizao das trs funes do Estado: Legislativa, Administrativa e JurisdicionalFuno Legislativa: estruturar a legislao. Elaborar o arcabouo jurdico (as leis).Funo Administrativa/ExecutivaFuno Jurisdicional

  • Funo Administrativa/Executiva: (inter partes) cumprir as leis para garantir o bem comum (da parte que procura o Estado e do prprio Estado) e prover as necessidades gerais. O Estado, dentro do Poder Discricionrio pode julgar a convenincia e a oportunidade, mas sempre por meios de critrios da Administrao. O judicirio poder intervir na Administrao, mas somente no caso em que haja descumprimento da parte legal. (aplica a lei a casos concretos de conflito de interesse). Somente a cerca da validade formal (legalidade do fato)Funo Jurisdicional: (supra partes) funo soberana do Estado, exercida pelos juzes e Tribunais, que consiste em dirimir litgios. Obedece ao princpio da inrcia (a jurisdio est sempre inerte/parada esperando ser provocada)

  • Caractersticas da Jurisdio em Confronto com a LegislaoLegislar: editar o direito em tese como norma de conduta que se dirige a todos em geral e a ningum em particular.Exercer a Jurisdio dizer o Direito no caso concreto. Ningum precisa requerer ou provocar o estado para elaborar as leis ou para exercer a atividade legislativa. O legislador opera na exata medida das necessidades sociais e coletivas. A Jurisdio, ao contrrio, uma atividade provocada, que s se manifesta por requerimento (iniciativa) das partes ou dos interessados.*enquanto a legislao se reveste de generalizao a jurisdio se reveste de particularizao.

  • A Caracterizao do Ato Jurisdicional (art. 2 do CPC) atuao supra-partes: o juiz est acima da lide, juiz deve ser imparcial. No possui interesse na mesma. atuao em processo: sempre que se provoca uma ao, surge um processoAtua somente quando a parte ou o interessado requerer: o juiz somente atua quando provocado.* palavra parte prpria da jurisdio contenciosa, jurisdio voluntria se refere a interessados.Atua substituindo a vontade das partes no processo (jurisdio contenciosa). Uma vez instaurada a ao, no prevalecer a vontade das partes, e sim da lei.Em deciso atua com efeito de coisa julgada material: segurana das partes e do Poder Judicirio (art. 301, 3) d uma segurana necessria as partes, d a definitividade a sentena, sem recurso.Atua declarando a existncia de Direitos e realizando-os se for necessrio.

  • Finalidade da Jurisdio poder de julgar, funo soberana do Estado exercida pelos juzes, finalidade de inibir litgios

    Corrente Objetiva: a atuao do direito objetivo a um caso concreto de conflito de interesses.Corrente Subjetiva: a proteo do interesse individual, coletivo ou social, ou seja, tutela de direitos subjetivos.Corrente Mista: a proteo dos interesses individuais, coletivos ou sociais em conflito, atravs da atuao do direito objetivo

  • Elementos da Jurisdio

    Segundo a concepo clssica, a jurisdio compreende cinco elementos, assim discriminados:

    Notio (conhecer): a faculdade de conhecer de certa causa, ou de ser regularmente investido da faculdade de decidir uma controvrsia, assim como de ordenar os atos respectivos, salvo a aplicao das leis de acordo com os diversos graus da jurisdio e da competncia.

  • Vocatio (ordenar/coagir): a faculdade de fazer comparecer em juzo todos aqueles cuja presena seja til justia , e ao descobrimento da verdade (art. 339, 412)

    Coertio (ou coertitio) (julgar/punir): o direito de julgar e de aplicar a sano.

    Executio (constranger a Execuo): o direito de tornar obrigatria e coativa a obedincia as suas prprias decises.

  • Poderes da Jurisdio

    Segundo a moderna doutrina, porm, a jurisdio compreende trs poderes, denominados poderes jurisdicionais: poder de deciso, poder de coero e poder de documentao:

    poder de DecisoPoder de CoeroPoder de Documentao

  • Poder de Deciso: o poder que o juiz tem para colher provas no processo, de conhecer e tornar obrigatria suas prprias decises. A sentena uma vez proferida, desafia a apelao. A deciso interlocutria (no encerra o processo) o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questo incidente recurso cabvel: agravo que pode ser retido (se no houver risco para o agravante fica retido nos autos at o encerramento do processo) e de instrumento (risco eminente de um prejuzo) (art. 162, 2), (poder de deciso: conhecer, prover, recolher elementos de prova e decidir) a sentena o ato processual em que o juiz encerra a fase do processo resolvendo ou no o seu mrito (art. 162, 267 e 269 CPC). Nos despachos no cabe recurso algum (art. 504).

  • Poder de Coero: (aparece nos atos de execuo) aquele que o juiz pode remover quaisquer obstculos para fazer valer sua determinao.

    Poder de Documentao: o poder de representar por escrito os atos processuais, reduzir a termo, transformar em escrito.

  • Princpios Fundamentais da Jurisdio

    Investidura: a Jurisdio somente poder ser exercida por quem estiver legalmente e legitimamente investido no cargo.Indelegabilidade: uma vez investido nas funes jurisdicionais, o juiz dever exercer pessoalmente essa funo, sendo proibido delegar a funo. indelegvel. Na carta Precatria no h delegao de competncia. Apenas cooperao (art. 87), carta precatria no delegao de competncia.Territorialidade: a Jurisdio pressupe um territrio para ser exercida, logo uma Jurisdio no pode ser exercida fora do territrio fixado a um juiz. A lei que estabelece os limites territoriais a Lei de Organizao Judiciria. Salvo art. 230, que fica a critrio de cada juiz.

  • Outros Princpios inerentes Jurisdio

    Indeclinabilidade: uma vez provocado, o juiz ter obrigatoriamente que atender a quem o procurou. Obrigatoriedade de atendimento a todos que procuram a justia.Do Juiz Natural: considerado um complemento do item anterior por este princpio, todos tm igualdade de condio, direito a um julgamento, por um juiz independente e imparcial, segundo as normas legais e constitucionais.De Inrcia: no haver jurisdio sem a ao que a provoca. exercida pelo direito de ao.

    nulla poena sine iudicio nula a pena sem o devido processo legalnullum crimen nulla poena sine lege nulo o crime sem que haja lei anterior que o defina.

  • Divises da Jurisdio (ou Espcies ou Classificaes)

    Quanto matria: ser penal e civilJurisdio penal: aquela que versa sobre lides de natureza penal. Tudo que no for penal e no estejam em regime especial (militar), de natureza civil.Jurisdio civil: aquela que versa sobre lides de natureza no penal e de natureza no punitiva.

    Quanto a Graduao: pode ser inferior ou superior.Inferior: a que se exerce em primeiro grau de jurisdio.Superior: aquela exercida pelos Tribunais

  • Quanto a origem: ser legal ou convencionallegal: aquela que nasce da investidura do cargo do juiz com as atribuies de seus ofcio. (Lei de Organizao Judiciria)Convencional: aquela exercida pelos rbitros, por fora de compromisso assumido pelas partes.

    Quanto aos Organismos Judicirios: a jurisdio ser comum (ordinria) ou especial (extraordinria).Jurisdio comum (ordinria): aquelas que se atribuem todas as causas que no estejam destinadas expressamente a jurisdio especial.Jurisdio especial: aquela que tem seu campo de atuao assinalada por lei prpria (Trabalho, Eleitoral, Militar)

  • Quanto forma: a jurisdio ser contenciosa e voluntria

    contenciosa: aquela exercida em face de litgiosVoluntria (graciosa ou administrativa): quando a funo do juiz se limita a homologar a vontade dos interessados. Quando o juiz decide, mas em face de interesses, no de conflitos.

  • Jurisdio Contenciosa e Jurisdio Voluntria

    Jurisdio ContenciosaJurisdio Voluntria1. Partes (sujeito ativo, sujeito passivo e ru)Interessados2. Possibilidade do Contraditrio (art. 297)2. No h contraditrio, nem a possibilidade.3. Coisa Julgada (material)3. No faz coisa julgada, se fizer apenas coisa julgada formal. um mero ato administrativo dos interessados.4. Conflito de Interesses4. Inexistncia de conflito de interesses5. Lide ou Litgio5. Inexistncia de Lide ou Ltgio6. Processo6. Procedimento7. Substitutiva da Atividade das Partes. (Prevalece a vontade da lei)7. Prevalece a Vontade das Partes8. Finalidade Condenatria8. Finalidade Constitutiva

  • RGOS DA JURISDIO E ORGANIZAO JUDICIRIAI) rgos da Jurisdio (estrutura do Poder Judicirio) Jurisdicionais, judiciais ou judicantes exercem a funo jurisdicional

    Estrutura do Poder Judicirio (art. 92, CF)Cabe ao poder Judicirio a funo jurisdicional, ou seja, aplicar a lei. No exerccio da funo jurisdicional, o Poder Judicirio precisa de seus rgos executores. A Constituio Federal (art. 92) estabelece os rgos que compe o Poder Judicirio:

  • O Supremo Tribunal FederalO Superior Tribunal de JustiaOs Tribunais Regionais Federais e Juzos FederaisOs Tribunais e Juzes do TrabalhoOs Tribunais e Juzes EleitoraisOs Tribunais e Juzes MilitaresOs Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e TerritriosO Supremo Tribunal Federal

  • rgos Principais e rgos Auxiliares

    rgos Principais: so os juzes e os Tribunais. So os rgos que tm o poder de julgar.rgos Auxiliares: integrado pelos auxiliares da Justia: Diretor de Secretaria, escrivo (os serventurios em geral)

  • II) Organizao JudiciriaA distribuio dos Tribunais Regionais (TRF) por regio:

    RegioEstado 1 RegioDF, MG, GO, BA, MA, PA, MT, AM, PI, AC, RO, AP, RR, TO2 Regio RJ, ES3 RegioSP, MS4 RegioRS, SC, PR5 RegioPE, RN, CE, PB, AL, SE

  • Conceito:

    sobre o aspecto legislativo (normativo): conjunto de leis que regem a Constituio, condio (disposio) e a atribuies dos rgos judicirios e seus auxiliares.Sobre o aspecto doutrinrio: a doutrina da constituio e disposio dos rgos judicirios principais e auxiliares em um organismo apto a atingir a sua finalidade Importncia: da organizao judiciria que decorre toda eficcia da jurisdio. da Organizao Judiciria (nveis de competncia), sua abrangncia e seus limites para que a Justia possa melhor exercer o seu papel. tambm a que legisla sobre a diviso territorial de seus rgos. a Lei de Organizao Judiciria, a norma legal responsvel pela organizao e funcionamento de todo aparelhamento do Poder Judicirio Nacional na busca de seus objetivos.

  • Unidade e Duplo Grau de Jurisdio

    Argumentos Contrrios

    so suscetveis de erro tanto as decises de Primeiro Grau, como as de segundo grau de Jurisdio;A deciso em grau de recurso ser intil, se confirmar a deciso de primeiro grau;Se reform-la, a deciso ser, de certa forma, perniciosa, por permitir a dvida sobre qual deciso foi justa contribuindo assim para o desprestgio do poder judicial;

  • Argumentos a favor

    Possibilidade de reforma pela instncia superior das decises que se ressentirem de vcios resultantes de erro ou m-f de seu prolator (quem decidiu);A admissibilidade de reexame das decises de primeiro grau, os juzes de grau superior em regra mais experientes; psicologicamente demonstrado que raramente algum se conforma com um nico julgamento que lhe seja contrrio.

  • Formas de composio dos juzos e tribunais

    Juzo o nome tcnico que tem o rgo do poder judicirio. Tambm a clula do poder judicirio em 1 grau de jurisdio.Juiz a pessoa fsica que est dentro do juzo, podendo o juzo ter mais de um juiz. Critrio e composio.Juiz nico em 1 e juiz nico em 2 Grau de Jurisdio exige maior responsabilidade do juiz de 2 grau de jurisdio, responsabilidade que seria dividida no rgo colegiado.Juzo Colegiado em 1 e em 2 Grau de Jurisdio as justias militar e eleitoral funcionam assim.Juiz nico no 1 e colegiado no 2 grau juiz comum local e a federal e as varas do trabalho

  • Constituio da Magistratura

    Eleio pelo voto popular critrio eletivo. Funciona nos EUA, vincula o juiz a sua base polticaLivre escolha pelo Poder Executivo sistema ingls, o magistrado escolhido livremente dentre os advogados que tivessem desempenho notvel na sua profisso.Nomeao pelo poder executivo por proposta do poder judicirio (5 constitucional) rodzio entre integrante do ministrio pblico e de advogados de notrio saber, conduta ilibada e 10 anos de prtica, indicados pelos rgos de classe.

  • Nomeao pelo poder executivo aps aprovao pelo Poder Legislativo. (art. 101, 104-u) forma de ingresso nos tribunais superioresLivre nomeao pelo poder judicirio cooptao admitir numa corporao, algum com dispensa das condies ordinariamente exigidas. No conhece lugar que assim faa.Escolha por rgo especializado em assuntos da justia com pessoas representativas dos 3 poderes da unio e da classe dos advogados. Adepto. Jos Frederico Marques. Sistema perigoso pois pode gerar influncias polticas.

  • Escolha por Concurso pblico de provas e ttulos. (art. 76) critrio mais comum e democrtico e permite o ingresso de pessoas capacitadas para a funo de julgar, com conhecimento jurdicos indispensveis para o exerccio da magistratura. 1 grau federal, local, militar e trabalhista. As qualidades morais dos candidatos so aferidas por vrios modos diferentes (carta de recomendao, psicotcnico), permite oportunidade igual a todos)Por sorteio tribunal do jri. No Brasil tem esse critrio (tribunal do jri)

  • Garantias da magistratura(Independncia jurdica e poltica para o exerccio da jurisdio)

    Garantia jurdica o juiz a ningum se subordina a no ser prpria lei.Garantia poltica so as chamadas as garantias constitucionais do juiz para o exerccio da funo jurisdicional (art. 95 CF)

    Inamovibilidade (art. 93) salvo situaes que possam ocorrer fora da normalidade

  • Art. 95. Os juzes gozam das seguintes garantias:I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de exerccio, dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentena judicial transitada em julgado;II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, na forma do art. 93, VIII;III - irredutibilidade de subsdio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, I.(Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

  • Proibies aos Juzes (art. 95)Garantia da imparcialidade do juiz

    Pargrafo nico. Aos juzes vedado I exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de magistrio;II receber, a qualquer ttulo ou pretexto, custas ou participao em processo; III dedicar-se atividade poltico-partidria;IV receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei; V exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos trs anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao.

  • Autogoverno da Magistratura

    A magistratura se autogoverna imparcialidade, independncia, autonomia financeira, administrativa (art. 96): cabe a magistratura organizar e administrar o servio de seus rgos, no pode receber ajuda de ningum preservar a garantia da imparcialidade do poder judicirio.

    Organizao da Justia do Distrito Federal

    Competncia poder exercer a jurisdio dentro dos limites fixados em lei, rea de atuao de um juiz, limite da jurisdio

  • Art. 2 - Compem a Justia do Distrito Federal e dos Territrios: (redao dada pela Lei n. 8.407, de 10/01/92). Observao: alm das alteraes j includas, esta lei, a partir do artigo 2, dispe sobre a criao da Auditoria Militar do Distrito Federal.

    I o Tribunal de Justia;II o Conselho Especial;III o Conselho da MagistraturaIV os Tribunais do Jri;V os Juzes de Direito do Distrito Federal;VI os Juzes de Direito Substitutos do Distrito Federal;VII os Juzes de Direito dos Territrios;VIII os Juzes de paz do Distrito Federal;IX os Juzes de Paz dos Territrios;X Auditoria e Conselho de Justia Militar

  • Relao com a Jurisdio: a competncia mantm o mais estreito relacionamento com a jurisdio, circunstncia que no se pode perder de vista, sob pena de se chegar a resultados artificiosos e inexatos.Conceito de competncia: o poder de exercer a jurisdio nos limites fixados na Lei de Organizao Judiciria. a medida da jurisdio.Ao Idntica: (art. 301, 2 CPC): mesmas partes, mesmo pedido, mesma causa de pedir (mesmo objeto).

  • Classificao: pode ser externa e internaexterna: surge quando a autoridade judiciria brasileira exerce foro de carter internacional. Pode ser Exclusiva e Concorrente. Autolimitao da soberania de um pasExclusiva: est no art. 89 do CPC se refere autoridade brasileira (exclusivamente)Concorrente: est no art. 88 do CPC a competncia (idntica) poder ser da autoridade brasileira e estrangeira, Art. 90.Interna: aquela que se determina pelos limites das jurisdies, dos mais diferentes rgos jurisdicionais de um pas. proibida a litispendncia (aes idnticas)

  • Competncia interna (3 critrios determinativos que procuraram definir a competncia interna):Critrios dos praxistasMatria: definido pelo objeto da lide: famlia, criminal, etc.Pessoa: conforme a condio das pessoas envolvidas na lide.Lugar: conforme a posio territorial do juiz e das partesCritrios de Carnelutti: Funcional: indica a condio dos juzes no mesmo processoMatria: matria sobre a qual a funo deve atuar (competncia material)

  • Critrios de Chiovenda

    Objetivo: compreende a matria (natureza da causa)*, valor da causa** (art. 258, 259, 282) e condio das pessoas*.Territorial ou de Foro** (rea territorial de atuao de um rgo jurisdicional): foro geral (art. 94, CPC) fixado pelo domiclio do ru, foros supletivos ( do art. 94), foros especiais situao da coisa: localizao do imvel (art. 95 e 107), em razo da pessoa (art. 98, 99, 100 incisos I, II), em razo dos fatos (art. 100, incisos III, e IV), outros foros especiais(art. 100, inciso IV).

  • Funcional*: Somente ser determinada com processos em andamento. Plano horizontal mesmo grau de jurisdio, Plano vertical subir de um grau de jurisdio inferior para outro grau superior.

    * Competncias absolutas (improrrogveis)** Competncias relativas (prorrogveis)Regra do art. 94 foi feita para evitar que o ru pudesse evitar despesas e incmodos

  • Competncia absoluta e relativa:

    absoluta: quando no pode ser modificada nem por vontade das partes nem por conexo ou continncia. quando a competncia determinada em vista do interesse pblico, quando a lei no admite a sua modificao, pelo que ela improrrogvel (inderrogvel). No so arguidas por meio de declarao de exceo. Abrangncias: matria, condio das pessoas e funcional (tambm chamada de hierarquia). (O juiz se declara incompetente) so inderrogveis porque so absolutas (continua no mesmo processo)

  • Relativa: quando pode ser modificada por vontade das partes (conexo). Abrangncia: territorial e valor. Se no for arguida ocorrer a prorrogao, so derrogveis porque so relativas. (abre um novo processo).

    CPC art. 111,112, 113 e 114 e art. 297, 300 e 301

    Obs.: caso o ru no faa a arguio da competncia do foro, acontecer a prorrogao (admisso do juzo) em frum distinto

  • Distines entre a competncia absoluta e a relativa

    Competncia AbsolutaCompetncia Relativa- Improrrogvel (inderrogvel)Prorrogvel- Deve ser declarada de ofcio e pode ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdio (art. 113 CPC)- No depende de Exceo- Depende de Exceo (art. 112 CPC)

    - Argui-se como preliminar de defesa na contestao- No suspende o processo- Suspende o processo (art. 306)- D ensejo a ao rescisria

  • Declarao de incompetncia quando o juiz se declara incompetente para julgar um processo. A declarao de incompetncia pode ser absoluta ou relativaAbsoluta: a arguio da incompetncia absoluta feita no prprio processo. (declarada de oficio pelo juiz)

  • FALTOU UMA PGINA DA APOSTILA

  • Definio: fenmeno processual pelo qual um juiz incompetente torna-se competente (critrio determinativo de competncia

    Prorrogao Voluntria (vontade das partes): ligada ao poder dispositivo das partes. Esta, por sua vez, pode ser Expressa ou Tcita.Expressa (art. 111 CPC): as partes pode modificar por acordo, em razo do valor e do territrio, elegendo o foro onde sero propostas as aes oriundas de direitos e obrigaes (conveno das partes)Tcita (art. 114 CPC): se d pelo silncio do ru ou pelo acordo do ru (renunciou a exceo)Prorrogao legal (por determinao da lei): o legislador, por motivos de ordem pblica, dispe sobre a modificao.

  • Preveno (art. 106 CPC) (vir antes) o fenmeno segundo o qual o juiz que primeiro tomar conhecimento da causa tem sobre ela firmada a sua competncia, com a excluso de todos os demais. Juiz prevento o que primeiro tomou conhecimento da lide, sendo, por isso, o competente para julg-la. A preveno firma competncia de um juiz que j era competente, segundo as regras gerais da competncia, pelo que no se inclui entre critrios de determinao da competncia (art. 107 do CPC e art. 83 do CPP). Significa vir antes (prevenir).

  • Fenmeno processual pelo qual dada a existncia de vrios juzes igualmente competentes firma se a competncia daquele que em primeiro lugar tomar conhecimento da causa. No determina competncia apenas firma-se a competncia de um dos juzes j competentes, para que haja preveno as aes devem ser idnticas (quando tem as mesmas partes, causa de pedir e pedido objeto), art. 301, 2). Veio para prevenir fraudes. Art. 106 (cite-se despacho que firmar a preveno).

    Causas Idnticas (art. 301, 2): mesmas partes, mesma causa de pedir e o mesmo pedido

  • Distino entre prorrogao e preveno

    Modificao da competncia quando a competncia tem em vista o interesse das partes (autor ou ru), ela pode ser modificada. Trata-se de competncia relativa. Competncia absoluta como regra a competncia imodificvel, salvo em algumas situaes como a morte do juiz, etc...Conexo (noo) objeto ou causa de pedir (motivo) - o vnculo entre duas ou mais aes, por terem um elemento ou dois elementos comuns, a ponto de exigir que o mesmo juiz delas tome conhecimento. Duas aes so conexas, quando um ou mais de seus elementos so idnticos; o elemento parte no chega por si s a estabelecer uma conexo (art. 103 do CPC)

    ProrrogaoPrevenoCritrio determinativo de competnciaFirma-se a competncia de um juiz que j competente

  • Continncia (art. 104) uma espcie do gnero conexo de causas. D-se a continncia entre duas ou mais aes sempre que h identidade quanto s partes e causa de pedir, mas o objeto de uma, por se mais amplo, abrange o das outras. (est em desuso) motivo de ordem pblica evitar sentenas contraditrias. Sero continentes quando entre elas houver a comunho por partes ou causas de pedir. Toda causa continente conexa. Ex.: dvida.

    Qual o motivo que atrai as causas conexas para serem decididas simultaneamente?Motivo de ordem privada economia de tempo e dinheiro. Para ser mais rpido e menos oneroso

  • Distribuio das causas conexas e continentes: na hiptese de haver as duas, a causa conexa e a continente, a causa que possuir objeto mais amplo absorve a outra. Sero distribudas por dependncia as causas de qualquer natureza (art. 253)Efeitos da conexo e da continncia (art. 105, CPC) : havendo conexo ou continncia, o juiz, de ofcio ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunio de aes propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente. Mesmo foro art. 106, foro diferente art. 119.

  • Perpetuao da Jurisdio: Determina-se a competncia no momento em que a ao proposta. So irrelevantes as modificaes do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o rgo judicirio ou alterarem a competncia em razo da matria ou da hierarquia (art. 87, CPC). o fenmeno da jurisdio pelo qual, firmada a competncia de um juiz, ela perdura at o final da deciso e execuo da sentena. Na verdade, o que se perpetua , antes, a competncia do que a jurisdio. Assim, a mudana de domiclio do ru, de cidadania das partes ou do valor da coisa objeto do litgio, em nada altera a competncia. (uma vez firmada no se modifica)

  • Foro e Juzo: entendimento: Foro (territrio, clula do poder judicirio em 1 grau de jurisdio) rea da competncia territorial de uma regio o lugar onde deve ser proposta a demanda, ou seja, a sede da lide, ou, ainda, o lugar onde se tratam as questes judiciais. No se confunde com Juzo (pessoas) competncia em razo da matria que uma unidade que se coloca dentro do foro competente. Conjunto firmado pelo juiz e os funcionrios encarregados do processamento de determinada causa.

    Causa de pedir: o ato ou o fato que fundamenta a pretenso. o pedido que se apresenta ao Estado por meio da jurisdio.

  • Teorias que definiram a Causa de Pedir: art. 282Teoria da Individualizao: basta indicar a causa prximoTeoria da Substanciao (adotada pelo CPC): petio inicial dever ter a causa remota e a prxima.

    Pedido (art. 282, inciso IV): o que se pede. o bem material ou imaterial pretendido pelo autor. O pedido pode ser imediato ou mediato:Imediato: a prestao jurisdicional. a sentena que se deseja ter. (quando na petio se pede pela procedncia do pedido; pela condenao).Mediato: o bem material ou imaterial pretendido pelo autor (quando na petio se pede o bem material ou imaterial).

  • TEORIAS/AUTORESConcepo romana ou conceituao romana (Celso)Direito de ao nada mais do que o direito de pedir em juzo aquilo que nos devidoConcepo civilista (ou clssica) ou Imanentista (Savigny)Abraando a generalidade dos juristas, at meados do Sc. XIX, inclusive dos brasileirosSculos aps a concepo Romana, surgiu a Doutrina Civilista ou Clssica, que encontrou seu maior desenvolvimento em Savigny, seguido por juristas internacionais e brasileiros, at meados do Sculo XIX.A ao era o prprio Direito Subjetivo Material, a reagir contra a sua violao ou ameaa de violao (s existe direito de ao se houver um direito a tutelar)

  • O que caracteriza essa teoria que a ao se pretende, indissoluvelmente, ao direito que por ela se tutela.Segundo Savigny, a ao era o Direito Subjetivo Material em Movimento, como consequncia de sua violao; metamorfose do Direito Subjetivo Material.A todo o direito corresponde uma ao que o assegure.Principais seguidores:NGER: D. Subjetivo Material . Em p de guerra, reagindo contra a sua ameaa ou violao;BEVILQUA: Elemento constitutivo do Direito Subjetivo Material;MATTIROLO: Direito Subjetivo Material elevado segunda potncia;T. FREITAS: Direito de fazer em juzo um Direito Subjetivo;VINNIUS: Direito Subjetivo Material em exerccio;FILOMUSI GUELFI: Uma posio do direito

  • Teoria de Mther (Direito de Ao distinto do Direito Subjetivo Material)Na metade do sculo XIX estabeleceu-se na Alemanha uma polmica que se tornou famosa, entre Windscheid e Mther sobre a ao romana, no seu desenvolvimento at a ao do direito contemporneo. Alm de desvendar verdades ignoradas, a polmica teve a virtude de por em destaque, e separados por contedos prprios, o direito e a ao.Para Mther o Direito Subjetivo Pblico (Direito de Ao), era distinto do direito cuja tutela se pede (Direito Material), mas tendo como pressupostos necessrios este direito e sua violao.A ao um direito contra o Estado, para invocar a sua tutela jurisdicional.

  • Bernhard Windscheid: em famosa monografia, intitulada A ao do Direito Civil Romano do ponto de vista do Direito Atual, via na ao o direito da parte reclamar contra o adversrio, perante a justia.Theodor Mther: em troca, Sobre a Actio Romana, do Moderno Direito de Queixa, da Litiscontestao e da Sucesso Singular nas Obrigaes, sustentava que a ao era direito pblico subjetivo, dirigido contra o Estado, para que este lhes reconhecesse o direito, obrigando o adversrio a cumprir o que fosse devido.Rplica de Windscheid ao Theodor Mther: A Actio. Obs.: Mas tendo como pressupostos bsicos e necessrios o direito material e sua violao.Consequentemente, retornou Doutrina Civilista.Importante: estabeleceu a distino entre Direito Subjetivo Material e Direito de Ao (fruto da polmica criada com Windscheid.

  • Teoria de Wach (Teoria da Ao como direito concreto tutela jurdica ou Teoria do Direito concreto de agir)

    Anos depois, em 1885, Adolpho Wach, um dos fundadores da processualstica contempornea, contribui com a demonstrao de um dos caracteres do direito de ao, o da sua AUTONOMIA.A ao um direito autnomo, no sentido de que no tem, necessariamente, por pressuposto, um direito subjetivo violado ou ameaado. O Direito de Ao independe da existncia do Direito Subjetivo Material. Direito Subjetivo Pblico contra o Estado e contra o adversrio, visando a tutela jurisdicional.

  • Importante:Estabeleceu a autonomia do Direito de Ao.Mas, definiu a ao como sendo Direito a uma sentena favorvel, sendo este o ERRO de WACH, pois, nesse caso, o Direito de Ao depende da concorrncia de requisitos de Direito Material, das chamadas condies da Ao e de Direito Formal, os chamados pressupostos processuais, sem os quais no se concebe uma tal sentena e no haver ao. Dai a denominao Teoria do Direito Concreto Tutela Jurdica.

    BULOW (Modalidades dessa teoria): A ao o direito a uma sentena justa

  • Teoria da Ao como direito potestativo (Giuseppe Chiovenda):Coube a Chiovenda, que se proclama discpulo de Wach, formular discutida e engenhosa teoria. A Ao um direito autnomo, conforme proclama a doutrina alem, desde Wach. Mas, diversamente deste, para o mestre italiano, a Ao no se dirige ao estado, mas contra o adversrio, ou mais precisamente, em relao ao adversrio, sem que este possa obstar aquele efeito, de fazer funcionar a atividade jurisdicional do EstadoA Ao o poder jurdico de realizar a condio necessria para a atuao da vontade da leiSeria um direito ao qual no caberia nenhuma obrigao.Logo, e direito de provocar a atividade jurisdicional contra ou em relao ao adversrio, o qual nada pode fazer a fim de evitar o efeito jurdico a favor do autor.

  • Observao:Conforme esta teoria, o direito de ao tem carter privado ou pblico, segundo a lei cuja atuao produz, seja de natureza privada ou pblica;Por uma curiosa coincidncia, quase concomitante a Chiovenda, formulava Weismann, na Alemanha, teoria idntica.

  • FALTOU UMA PGINA DA APOSTILA

  • Causa de Pedir(Causae petendi) = motivo (art. 282 inciso III): a exposio inicial do fato a que o autor atribui a produo do efeito jurdico por ele afirmado. o motivo pelo qual est pedindo tal providncia. A causa de pedir pode ser Remota ou Prxima.Remota: fato gerador do direito, modo de aquisio do domnio, voc expe os fatos.Prxima: os fundamentos jurdicos, a natureza do direito controvertido, o motivo, quando voc expe o vcioTeorias que definiram a Causa de Pedir: art 282Teoria da Individualizao: basta indicar a causa prximoTeoria da Substanciao (adotada pelo CPC): petio inicial dever ter a causa remota e a prxima.

  • Objeto: o que o autor solicita que lhe seja assegurado pelo rgo jurisdicional ( o pedido do autor) - bem material e bem imaterial. O objeto pode ser Imediato e Mediato.Objeto Imediato: aquele que se refere a tutela jurisdicional. a sentena que se deseja ter. natureza instrumental (processual) dirigido ao juiz se refere a prestao jurisdicional. (finalidade da aoObjeto Mediato: se refere a providncia de carter material (bem pretendido pelo autor), pedido, pretenso do autor.Relembrando:Duas Aes Idnticas (art. 301, 2, CPC): mesmas partes, mesmo pedido, mesma causa de pedir (mesmo objeto). Quando isso ocorre, chamado de Litispendente. Se houver essa coincidncia, a soluo ser dada pela Preveno.

  • II. Condies da Ao:Conceito: so os requisitos que uma ao deve ter para que se profira uma sentena de mrito.Possibilidade Jurdica do Pedido:Interesse Processual:Legitimidade:Consideraes: art. 267 SS 3Pressupostos Processuais: So os requisitos necessrios existncia e validade da relao processual ou do processo.Exemplo: a petio inicial; o instrumento do mandato (procurao), da capacidade da parte (se capaz), etc).

  • Condio da Ao: so as condies necessrias para que se profira uma sentena de mrito. Tem que estar presente no incio, meio e fim da ao.Mrito: o direito material controvertido. a sentena de mrito. o bem.Obs.: Tanto pressupostos processuais como condio da ao so verdadeiras questes prejudiciais de natureza processual que caso no estejam presentes impediro o juiz de adentrar no exame do mrito da causa

    Matria de Processo Pressupostos Processuais Matria de ProcessoCondies de Admissibilidade do Julgamento da Lide.(ocorre no exame do mrito)

  • Matria de AoCondies da Ao.Matria de MritoMrito = Matria de Mrito. (s chegar nessa fase passando pelas outras 2 acima)Obs.: Somente haver exame do mrito se estiverem presentes: a Matria de Processo e a Matria de Ao (requisitos preliminares que podero impedir o julgamento do mrito)Obs: Consequncias Prticas:O reconhecimento da ausncia de pressupostos processuais leva o impedimento da instaurao da relao processual (pressuposto de existncia) ou da nulidade processual (pressuposto de desenvolvimento).O da ausncia de qualquer das condies da Ao, leva Declarao de Carncia de Ao. O da Ausncia do Direito Material Pretendido, conduz Declarao de Improcedncia do Pedido (e no da Ao como de praxe na linguagem Forense).

  • Possibilidade Jurdica do Pedido (art. 295, nico): consiste na prvia verificao que incumbe ao juiz de fazer na inicial sobre a viabilidade jurdica da pretenso deduzida pela parte em face do direito positivo em vigor. Aspecto processual, vinculada ao pedido imediato.O pedido tem que guardar uma sintonia lgica com a causa de pedir. A impossibilidade do pedido deve ser identificada de imediatoExemplo de impossibilidade jurdica: Pedir divrcio antes de 1977 (naquela poca no existia a Lei do divrcio).

  • PROVADistino entre impossibilidade do pedido mediato e imediatoMediato: impossibilidade jurdica de direito material, indeferimento far a coisa julgada material, o bem. o direito material contravertido. aquele dirigido ao ru.Imediato: de natureza processual, apreciao de uma das questes da ao. aquele que se dirige ao rgo. Jurisdicional. a sentena que se deseja ter.inciso III.

  • Interesse Processual: o interesse na composio da lide, interesse que move a ao, de natureza processual que consiste na necessidade de obter uma providncia Jurisdicional quanto ao interesse substancial, contido na pretenso.Exemplo: Cobrar uma prestao alegando atraso, sendo que a mesma somente ir vencer no futuro.

    A consequncia a Declarao de carncia de Ao, com a respectiva extino da Ao. No haver interesse processual quando o rito processual for inadequado. Exemplo: Tenho um cheque devolvido. Assim, tenho um ttulo executivo.

  • Legitimidade: A Legitimidade a titularidade ativa e/ou passiva de uma ao. A Legitimidade pertence s partes: o autor e o ru. So sujeitos da lide. A Legitimidade pode ser:Ordinria: a que decorre da posio ocupada pela parte como sujeito da lide sujeito ativo (autor) e sujeito passivo (ru), os titulares da ao.Extraordinria: quando algum est legalmente legitimado para em nome prprio defender direito alheio. Legitimidades que decorrem da Lei. Chamadas doutrinariamente de substituio processual. Exemplo: MP ajuza ao para defender os interesses de um terceiro.Obs.: representante no parte.

  • A Ilegitimidade pode ser:

    Manifesta: quando o juiz verifica a ilegitimidade e se manifesta.Indagao: quando o juiz, antes de decidir pede informaes para a parte coatora. Aps ouvir a parte coatora o juiz pode at alegar ilegitimidade da ao.

    Autoridade Coatora: quem tem poder de rever a deciso que motivou o mandato de segurana.

  • III. Carncia da Ao:A falta dos requisitos da Ao que provoca a carncia da Ao. a extino da Ao sem o julgamento do mrito, no impede que se renove a ao. Diferente de Impossibilidade do pedido as condies da ao esto presentes, definitivo.Diferena entre Carncia da Ao e Improcedncia do Pedido:Improcedncia do Pedido: a consequncia de uma Carncia de Ao.Carncia de Ao: so os elementos necessrios e que devem estar presentes no incio, no meio e no fim da ao. So os requisitos necessrios para que se profira uma sentena.

  • IV. Classificao das Aes:Quanto Tutela Jurisdicional Invocada: As aes sero de conhecimento invocam uma tutela jurisdicional do mesmo nome, e um processo de conhecimento que reclama a existncia de uma lide. cognio ou conhecimento - trabalho intelectual: do juiz no exame da causa (declaratrias art. 4 do CPC o bem pretendido a simples certeza, que vir por intermdio da sentena declaratria, pedidos mediatos e imediatos se confundem, constitutivas - alm da declarao do direito da parte modifica ou extingue uma situao jurdica anterior, criando uma situao jurdica nova e condenatrias - aquelas que visam a uma sentena de condenao do ru a uma prestao, o que caracteriza a imposio de uma sanso, so tambm declaratrias pois antes de condenar precisa declarar o direito, existncia de um direito subjetivo material violvel) - executivas (ou de execuo) ou cautelares.

  • Gera um processo de mesmo nome:Aes Executivas: tem por pressuposto um ttulo executivo extrajudicial;Aes Cautelares: geram aes cautelares.As Aes de Conhecimento podem ser:DeclaratriasConstitutivasCondenatriasAs Aes de Conhecimento so chamadas de cognio. Por que de conhecimento? Porque o processo que o juiz faz (trabalho intelectual) para conhecer a ao, o processo. O juiz ter ampla oportunidade para colher provas, ouvir testemunhas, as partes para emitir uma sentena. O processo de conhecimento est ligado a uma lide.

  • Ao de Conhecimento Declaratria: busca a obteno da certeza! Podem ser principais ou Podem ser principais ou incidentais. pois a necessidade de declarao pode ocorrer no curso da ao.Ao de Conhecimento Constitutiva: alm de Declarao do Direito da Parte , esse tipo de modifica ou extingue uma situao jurdica anterior, criando uma situao jurdica nova. Exemplo: Divrcio.Ao de Conhecimento Condenatria: so aquelas que visam a uma sentena de condenao do ru a uma prestao ou sano.

  • No mais se exige Ao de Execuo:Obrigao de fazer, no fazer ou entrega de coisa reconhecida por sentena.Obrigao por quantia certa, reconhecida por ttulo executivo judicial.Situaes em que subsiste a Ao de Execuo:Execuo da dvida ativa;Execuo de obrigao de fazer ou no fazer, ou entrega de coisa fundada em execuo de ttulo extrajudicial;Execuo de Prestao Alimentcia (tambm vale para alimentos gravdicos direito do nascituro);Execuo por quantia certa contra a fazenda pblicaExecuo por quantia certa fundada em ttulo executivo extrajudicial.

  • Aes de Conhecimento Cautelares: Aquelas que visam providncias urgentes e provisrias, tendentes a assegurar os efeitos de uma providncia (ao principal) principal em perigo por eventual demora. Quando nasce tem por objetivo dar segurana a outro processo. Exemplo: em uma separao judicial. Pressupostos: fumus boni jris e periculum in mora (requisitos devem sempre estarem juntos). A Ao Cautelar tem por objetivo a preveno e garantia do processo principal.

    Aes Cautelares Inominadas: So aquelas que no esto previstas no CPC.

  • Quanto ao Direito Reclamado: As Aes sero:Prejudiciais: so todas as aes que versem sobre estado de famlia. Exemplo: divrcio, posse e guarda de menor, investigao de paternidade.Reais: aquelas que visam a tutela de direitos reais. So direitos que as pessoas exerce diretamente sobre o bem/coisa regulando seu uso gozo.Pessoais: aquelas que visam a tutela de obrigaes pessoais. Dever que uma ou mais pessoas tem para com outras pessoas.Quanto ao Objeto: aquilo que se deseja obter da ao. So Mobilirias e Imobilirias.Mobilirias: so aes que versam sobre bens mveis.Imobilirias: so aes que versam sobre bens imveis.

  • Quanto ao Fim: A Ao ser:Reipersecutria (Ao Reivindicatria):(busca da coisa) aquelas pelas quais se pede o que nosso ou que nos devido e est indevidamente fora de nosso domnio ou patrimnio. Podem ser tambm:PenaisConotao Penal: a faculdade de se proceder em juzo contra o autor de um crime ou contraveno;Conotao Civil: aquelas que visam a aplicao de penas ou sanes previstas no contrato ou na lei.Trabalhistas (Reclamaes Trabalhistas): so aquelas aes de competncia da Justia do Trabalho sobre descumprimento de um contrato trabalhista (vnculos trabalhistas)

  • V. Concurso e Cumulao de Aes:Distino:Concurso de Aes: Ocorre quando um direito coloca disposio dos interessados vrias aes a sua escolha. O art. 294 do CPC diz que o autor poder aditar o pedido, correndo sua conta as custas acrescidas em razo dessa iniciativa.Cumulao de Aes/Cumulao Objetiva: uma reunio de Aes ou de Pedidos em um mesmo processo. Pode ser Objetiva ou Subjetiva.

  • Objetiva:Simples: a cumulao de vrios pedidos absolutamente independentes e autnomos.Sucessiva: quando entre os pedidos haja relao de tal dependncia que a deciso do segundo -dependa da acolhida do primeiro. Exemplo: investigao de paternidade combinada com ao de alimentos.Eventual: quando os pedidos se substituem um aos outros na ordem de sua apresentao pelo autor. So chamados pedidos alternativos.Subjetiva: a acumulao de vrias pessoas em um mesmo processo, dando origem ao litisconsrcio.

    -1 Pedido2 PedidoSucessivaDefereApreciaEventualIndefereAprecia

  • Condies para a cumulao (art. 292 CPC):

    Compatibilidade de pedidos: que sejam compatveis entre si;Identidade de Competncia: que seja competente o juiz para conhecer deles o mesmo juzo.Identidade de Procedimento: que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento (Identidade de procedimento).Observao: Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admite-se a cumulao se o autor empregar o procedimento ordinrio. Este o rito mais qualificado, pois o mais completo e no causa nenhum prejuzo para o Ru

  • Momento de Cumulao: o momento de cumulao pode ser Inicial e Ulterior.Inicial: a regra. A cumulao de Pedidos ou de Aes. O momento da cumulao o da prpria petio inicial.Ulterior: A cumulao ulterior ocorre no curso da Ao. Exemplo 1: Uma Ao Real Imobiliria o autor casado ajuza uma Ao Sozinho. Nesse caso o juiz poder incluir a esposa. Isso tambm ocorre com o Ru (se for casado pode incluir a esposa como polo passivo). Exemplo2: A juno de processos que no forma o litisconsrcio, pois o significado de litisconsrcio a reunio de litigantes em um mesmo processo. Porm na doutrina existem autores que defendem que h formao de litisconsrcio em processos conexos. Para essa corrente, embora conexos, os mesmos correm juntos, pois existem uma reunio de pedidos e de autores.

  • COMPOSIO SUBJETIVA DO PROCESSO:A regra: sempre h coincidncia onde o Ru parte na relao material e na relao processual. Da mesma forma o Autor parte na relao material e na relao processual. Toda Ao tem como relao o direito material contravertido.

  • Direito Material: usado em contraposio ao Direito formal. Enquanto o direito material descreve o que se tem direito, o direito formal descreve como obter este direito. Exemplo: O Cdigo Civil, pois ele prev o modelo de conduta proibida e como deve ser feita a reparao.

    Direito Processual: o ramo jurdico do direito pblico que rene os princpios e normas que dispem sobre a jurisdio, que o ato atravs do qual o poder judicirio se pronuncia sobre o objeto de uma demanda. o Cdigo que prev o rito e a forma processual.

  • Sujeitos da Relao Processual: Segundo Henrique Tlio Liebman, processo um drama que move pelo menos duas pessoas: Autor e Ru. Autor aquele que pede a contraprestao jurisprudencial e Ru aquele contra se pede. So sujeitos da Relao Processual. O juiz tambm sujeito da Relao Processual, mas no parte. O juiz o sujeito imparcial desta relao processual. As partes so sujeitos parciais da relao processual. Os sujeitos principais da relao processual so o autor e o ru. Ser possvel que um processo se mova apenas com o impulso processual? No, as partes desenvolvem importante papel na instaurao da relao processual entre as partes. Outras pessoas exercem papel importante na relao processual (que no so parte): testemunhas, advogados, peritos, oficiais de justia, etc.

  • Trilogia estrutural do direito processual (Ao - Juiz - Processo)Relao processual (Autor - Juiz - Ru)Entre autor e ru temos duas relaes: a relao material e a relao processual

    CONCEITO DE PARTE (composio)Sujeitos da relao processual - Liebman - um drama que se desenvolve com pelo menos duas pessoas: autor e ru. O autor quem pede a prestao jurisdicional e o ru contra quem se pede. So sujeitos da relao processual. O juiz tambm sujeito da relao, mas no parte. Ele o sujeito imparcial e principal. As partes tambm so sujeitos parciais e principais. Os sujeitos secundrios so os escrives, peritos.

  • b)Importncia do estudo do conceito de parte Relao processual J

    A relao material R denunciao D relao processual

    Se houver uma denunciao da lide. Chamar lide um terceiro.R - ru e denunciante D - denunciado (substituto processual art. 6 do CPC- integra a relaoprocessual e no a material. Defende em nome prprio o direito material alheio.)Bem em litgio pode ser alienado. Art. 42 do CPC. Se o bem for vendido, a relao material se transfere do ru para o comprador.

  • Relao processualJA relao processual RRelao material C

    C - compradorConceito tradicional de parte - partes so os sujeitos da relao jurdica material deduzida em juzo (est ultrapassado) (teoria civilista) (parte substitutiva processual, no tem haver com o processo inicial, chamada para o ru n ter prejuzo , caso seja "inocente" ex: da Brbara e Viviane)

  • Conceito moderno de parte - partes so as pessoas que pedem (autores) ou em relao s quais se pede ou contra as quais se pede a tutela jurisdicional. As pessoas que pedem, o fazem por si s (capazes) ou por seu representante legal (incapazes). Quem pede so as pessoas no o seu representante (no parte nem substituto processual). Quem pede o incapaz, representado pelo representante. (advogado no considerado substituto processual)Conceito de Chiovenda - parte litigante aquele que pede em seu prprio nome ou em cujo nome pedida a atuao da vontade da lei e aquela em face de quem ou contra quem essa atuao pedida.

  • PRINCPIOS ATINENTES S PARTES

    Sendo sujeitos da relao processual, as partes tm direitos e obrigaes de acordo com os seguintes princpios:dualidade - todo processo pressupe pelo menos 2 partes: autor e ru.igualdade - todos so iguais perante a lei (CF e CPC 125).A posio como autor tem vantagens: escolher em geral o momento de agir; escolher o foro, em alguns casos; mesmo rejeitada a ao no pode ser condenado a qualquer prestao, salvo as custas processuais e honorrios de advogado (honorrios de contundncia);

  • Vantagens prprias do ru: ser demandado no foro do seu domicilio; falar em ltimo lugar; ter em seu favor a presuno de se achar no gozo do direito pleiteado pelo autor, donde a obrigao deste provar o alegado;

    contraditrio - ao ataque deve ser assegurada a respectiva defesa. Possibilidade de defesa do ru, o juiz deve dar ao ru a possibilidade de se defender, ru ir responder a ao se ele quiser.

  • OUTRAS NOMENCLATURAS DE PARTES

    Geral: requerente e requeridoAo de reconveno: reconvinte e reconvindoAes executivas: exequente e executadoAes de demarcao de diviso: promovente e promovidoAes reivindicatrias: reivindicante e reivindicadoAes de nunciao (embargo) de obra nova: nunciante e nunciadoAo de obra velha: Ao de dano infecto - requerente requerido

  • Aes de desapropriao: desapropriante e desapropriadoAo de oposio: opoente e opostoArresto: arrestante e arrestadoAo de exceo: excipiente e exceptoLide: Denunciante e denunciadoMandado de segurana: impetrante e impetradoAlimentos: alimentando e alimentante

  • LIMITES DE INCIDNCIA DA AUTONOMIA DA VONTADE DOS SUJEITOS PROCESSUAIS: o chamado Poder Dispositivo- Conceito: a liberdade que as pessoas tm de exercer ou no os seus direitos. Facultas agendi - liberdade de apresentar ou no a lide em juzo. Esse enaltece a relevncia que adquire a vontade das partes na instaurao e no desenvolvimento do processo. A autodinmica o impulso oficial (do juiz). Existem atos que s cabem s partes, como por exemplo, desistncia da ao. No processo trabalhista o poder dispositivo o mesmo, exceto no que diz respeito ao funcionrio estvel em virtude de regulamentao especfica. Na rea penal o poder dispositivo limitado. Como regra pode-se consider-lo inexistente. Porm, nos casos de ao decorrente de queixa ou condicionada a representao estaria, em tese, envolvido um poder dispositivo.

  • PLURALIDADE ATIVA E PASSIVA DE PARTES (litisconsrcio) art. 46 e 47 facultativo (no obrigatrio) e necessrio (lei determina sua formao, obrigatrio)

    Conceito - o vinculo que prende dois ou mais litigantes no processo na qualidade de autores ou de rus. Nas cumuladas com pessoas diferentes.

  • Classificao (espcies)

    quanto pluralidade de partes - ativo (vrios autores e um ru), passivo (l autor e vrios rus) ou misto (recproco) vrios autores e vrios rus.quanto ao momento de sua formao - inicial (quando se forma na petio inicial) ou ulterior (formado no curso do processo) - ex. conexo, ao imobiliria contra ru casado, sucessores de direito transmissvel no caso de morte de uma das partes.

  • quanto natureza do vinculo que une os litisconsortes: necessrio/uniforme (quando as partes no podem dispensar a sua formao, em funo de obrigatoriedade decorrente de lei ou pela natureza da relao jurdica deduzida em juzo - art. l O e 47 CPC); nesse caso vigora o principio da representao recproca do litisconsorte (se um litisconsorte praticar o ato processual todos os outros aproveitam art. 191), ou facultativo ( aquele cuja formao ocorre pela manifestao da vontade das partes; no h obrigatoriedade de sua formao - art. 46 CPC); neste caso vigora do principio da autonomia entre os litisconsortes (art. 191) (no h a representao recproca, se um advogado "bobeou" sofrer as consequncias sozinho)

  • quanto aos efeitos da sentena a ser proferida: unitrio/uniforme (quando por disposio de lei ou pela natureza da relao jurdica a deciso tiver que ser idntica para todos os litisconsortes; ex. anulao de casamento) ou simples/no unitrio (quando a deciso no deva ser necessariamente idntica para todos os litisconsortes; ex. ao de usucapio)

  • PLURALIDADE ATIVA E PASSIVA DE PARTES (litisconsrcio)Quanto Pluralidade de Partes: ativo, Passivo ou misto (recproco):Ativo: vrios autores contra um ru.Passivo: um autor contra vrios rus.Misto (recproco): vrios autores contra vrios rus.Quanto ao Momento de Sua Formao: inicial ou ulterior (posterior)Inicial: quando ele formado na petio inicial.Ulterior (posterior): quando ele formado no curso do processo. Ex: se as partes morrem.

  • Quanto Natureza que une o litisconsrcio: Necessrio e Facultativo.

    Necessrio: quando as partes no podem dispensar a sua formao. Podem ocorrer por disposio de lei.

    - Por fora de Lei;Necessria (Obrigatria)- Pela Natureza da Relao Jurdica Deduzida em Juzo

  • O artigo 47 do CPC que trata do litisconsrcio necessrio:Art. 47 - H litisconsrcio necessrio, quando, por disposio de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficcia da sentena depender da citao de todos os litisconsortes no processo.Pargrafo nico - O juiz ordenar ao autor que promova a citao de todos os litisconsortes necessrios, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo.

    No litisconsrcio Necessrio vigora o Princpio da Representao Recproca entre os litisconsrcios: um pode representar o outro reciprocamente. O ato de um beneficia os demais. H um representao recproca entre as partes

  • Facultativo: aquele cuja formao ocorre pela manifestao da vontade das partes. No h obrigatoriedade das partes.

    Quanto aos efeitos da Sentena a ser proferida: Ser Unitrio (Uniforme) ou Simples (No Unitrio).Unitrio (Uniforme): quando, por disposio de lei, ou pela relao jurdica, a deciso tiver que ser idntica para todos os litisconsortes. Exemplo: anulao de casamento - A deciso ser idntica para ambos os cnjuges. *todo necessrio uniforme (usucapio necessrio, porm simples nos efeitos da sentena)

    No litisconsrcio Facultativo vigora o princpio da Autonomia dos litisconsrcios.

  • Simples (No Unitrios): quando a deciso no deva ser necessariamente idntica para todos os litisconsortes. Cumpre esclarecer que o litisconsrcio no precisa ser do tipo necessrio para que seja necessariamente unitrio, podendo tambm o facultativo determinar uma sentena idntica para todos os litigantes. *facultativo simples quanto os efeitos da sentena.

  • SUBSTITUIO PROCESSUAL A parte age em nome prprio defendendo o direito alheio, no pode ser convencional, tem que ter previso legal, o substituto processual parte (no sentido processual pois estar defendendo em nome prprio direito material de outrem). Sempre que houver a transferncia da relao processual sem afetar a relao material estamos diante da substituio processual.Art. 6 do CPC:"Ningum poder pleitear, em nome prprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei. "Conceito: o fenmeno em que se litiga em nome prprio, mas na defesa ou interesse alheio.Exemplo: O MP na defesa de incapazes; Na ao de consignao em pagamento, o devedor ser o autor (consignante) e o ru ser o credor (consignado).

  • O Substituto Processual parte, mas s no sentido processual. A relao material, neste caso, no est presente.Na Substituio Processual, a relao processual transferida sem afetar a relao substancial ou material.Na Substituio de Partes, a relao substancial ou material transferida sem afetar a relao processual.

    Distino da figura da representao (art. 6 CPC) enquanto na substituio processual o substituto age em nome prprio, na representao o representante age em nome do representado. O substituto processual parte (no sentido processual) j o representante no parte.

  • Resumo: o fenmeno se litiga em nome prprio, mas na defesa de direito ou interesse alheio (legitimidade extraordinria). Ocorre quando algum est legitimado a atuar no processo em nome alheio. Ex. MP na defesa de interesse de incapazes, denunciante e denunciado, gestor de negcios alheios, o substituto processual s parte na relao processual.A relao processual transferida sem afetar a relao substancial ou material.Distino da figura da representao: enquanto na substituio o subst. Age em nome prprio, na representao o representante age em nome do representado.O substituto processual parte (no sentido processual). J o representante no parte, mas apenas representante da parte que representada.Art.264, 41,42

  • Substituio de parte (inverso da substituio processual) - nesta a relao substancial ou material a relao material transferida sem afetar a relao processual, (art. 264 CPC) Estabilizao da relao processual. Feita a citao, a substituio de uma parte depender da aceitao da outra. O bem litigioso de livre disposio (art. 42), sendo a relao material transferida ao adquirente do bem. Embora no seja parte o titular do direito material tratado como parte tecnicamente.Distino entre substituio de parte e substituio processual: enquanto na subst. de parte a relao substancial ou material transferida sem afetar a relao processual, na subst. processual a relao processual transferida sem afetar a relao substancial ou material.

  • Sucesso de parte - nesta situao ocorre uma modificao subjetiva da lide: inter vivos (em caso de transferncia de bem ou direito art. 42 com alienao do bem ou do direito litigioso SS 1) ou causa mortis (quando o direito for transmissvel (n for personalssimo), ocorre com a morte de uma das partes)

    Substituio de procuradores processuais (advogados) - pode ocorrer em vrias situaes no curso do processo. Por iniciativa das partes (art. 44 CPC), do advogado (art. 45 CPC) ou por motivo de fora maior que impea o advogado de continuar patrocinando a causa (morte, doena, aposentadoria, perda do jus postulandi (habilitao profissional) (art.265 inciso I e SS 2)

  • PROCURADORES (Representao processual)Espcies de representaolegal a representao dos incapazes e das pessoas jurdicas. obrigatria e necessriavoluntria ou convencional - quando as pessoas com plena capacidade civil e processual conferem ao mandatrio o encargo de estar em seu lugar e praticar atos na vida civil.processual que a conferida aos advogados pelas partes que postulam em juzo (chamada ad judicia); a um tempo legal e a outro convencional (art. 36 CPC) art. 37

  • PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS REFERENTES S PARTESQuem detm os trs possui capacidade processual plena (art. 30!)Capacidade de ser partePessoas naturais - a partir da capacidade civil j possui a capacidade processual Pessoas Jurdicas - ao nascerem no mundo jurdico adquirem a capacidade de ser parte Pessoas formais - determinadas massas patrimoniais; no so pessoas no sentido do direito civil, mas somente perante o direito processual. *O direito processual d a determinadas massas patrimoniais o carter e determinao de pessoas formais ex: Massa falida, condomnio.

  • Capacidade de estar em juzo

    Pessoas naturais - capacidade de fato, de poder agir por si s. a capacidade de exercer por si s os direitos e deveres processuais (art. 7 CPC) a) representao judicial dos incapazes (art. 8); b) representao judicial do preso e do revel (art. 9) - o preso tem dificuldade de praticar atos da vida civil e o revel fica em situao difcil (citao por edital e por hora certa so fictas ou presumidas); tem direito a curador especial exclui a revelia.

  • A nomeao do curador especial no exclui a interveno do MP; c) interveno do MP obrigatoriedade (art. 82 CPC); d) consequncias da falta de capacidade processual (incapaz estar em juzo sem a necessria representao) e da irregularidade de representao (um incapaz representado por quem no seu representante legal; inventariante dativo (nomeado pelo juiz cuja inventariana recai pessoas estranhas a herana, s tem poderes para conduzir o processo, n pode representar em juzo o inventrio), art. 12, 1): consequncias art. 13 CPC.

  • Representao das Pessoas Jurdicas:

    De Direito Pblico: art. 12, incisos I e II do CPC:"Art. 12 - Sero representados em juzo, ativa e passivamente:I - a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus procuradores;II - o Municpio, por seu Prefeito ou procurador;

    De Direito Privado: art. 12, inciso VI do CPC:"VI - as pessoas jurdicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, no os designando, por seus diretores;"

  • Da Pessoa Jurdica Estrangeira: art. 12, inciso VIII do CPC:"VIII - a pessoa jurdica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agncia ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (Art. 88, pargrafo nico) "Sociedades Sem Personalidade Jurdica: art. 12, inciso VII e 2 do CPC:"VII - as sociedades sem personalidade jurdica, pela pessoa a quem couber a administrao dos seus bens;(...) 2 - As sociedades sem personalidade jurdica, quando demandadas, no podero opor a irregularidade de sua constituio. "

  • ** Distino entre Representao da Pessoa Jurdica e a Representao dos Incapazes: A Representao da Pessoa Jurdica um mero instrumento da mesma. ela, a pessoa jurdica, quem toma as decises. A vontade reside na prpria Pessoa Jurdica, sendo o representante o meio de exteriorizar a vontade. Na Representao dos Incapazes diferente: A vontade do representante substitui a vontade do representado.Pessoa jurdica no responde criminalmente s civilmente.

    Pessoa: ente fsico ou moral, suscetvel de direitos e deveres.

    Ente Moral: igual a Pessoa Fsica.

  • Quanto s Pessoas Formais: So massas patrimoniais que o Direito Processual conferiu o carter de pessoas formais. Art. 12, incisos III, IV, V e IX:Capacidade Postulatria (capacidade da parte): j tem a capacidade, precisa do advogado para exteriorizar a capacidade. a capacidade de postular em juzo. a capacidade inerente s partes. H Doutrina que diz que essa capacidade dos Advogados (esta corrente minoria). A corrente majoritria diz que o Advogado possui o "ius postulandi (direito de postular em juzo, caso esteja em situao regular na OAB). A parte s adquire a capacidade postulatria quando representado em juzo por um advogado.

  • MORFOLOGIA DO PROCESSODistino entre Processo e Procedimento:Processo: a autonomia do processo ocorreu somente a partir da segunda metade do sc. XIX.No campo da cincia do direito, o processo , a grosso modo, "uma operao mediante a qual se obtm a composio da lide" (Carnelutti) ou, em vista ainda de seu escopo "o conjunto de atos destinados formao de comandos (ou imperativos) jurdicos, cujo carter consiste na colaborao para tal fim de pessoas interessadas (partes) com uma ou mais pessoas desinteressadas (juzes)" (Carnelutti).

  • A e B) Importncia da Distino / Distino:

    O processo no um ato isolado ou vrios atos praticados a talante dos sujeitos envolvidos nessa operao, mas um conjunto de atos harmnicos, coordenados, sujeitos a uma disciplina que resulta da lei. Se o processo se realiza para a aplicao (jurisdicional) da lei, ele prprio regulado pela lei. O procedimento o modus operandi do processo. Aqueles atos (processuais), considerados no seu conjunto, no se desenvolvem do mesmo modo em todas as hipteses. Para Joo Mendes Jnior, procedimento o modo de mover e a forma em que movido o ato. Em suma, procedimento indica o aspecto exterior do fenmeno processual.

  • O processo , na essncia, uma relao jurdica entre sujeitos processuais, que exterioriza consoante determinado procedimento, o qual, por sua vez, a veste exterior do processo. O procedimento acompanha o processo "como a sombra acompanha o corpo".Procedimento Comum: procedimento previsto no CPC para todas as demandas s quais a lei no contemple procedimento especial. Pode ser ordinrio ou sumrio. Art. 272Ritos Especiais: so as formas de procedimentos para a obteno da tutela jurdica quando ao legislador pareceu ser inadequada a forma ordinria ou algumas regras jurdicas.CPC (jurisdio voluntria ou contenciosa) ou leis extravagantes

  • Procedimentos no Processo de Execuo: a funo jurisdicional no se limita emisso de uma sentena, compondo a lide, impondo ao ru o cumprimento de uma determinada prestao em favor do autor, pois, se o ru no cumpre voluntariamente a sentena, torna-se necessrio o seu cumprimento coercitivo. Espcies de execuo: obrigao de fazer; entrega de coisa; pagar quantia certa; prestao alimentcia; insolvncia civil; execuo fiscal; execuo contra a fazenda pblica.Procedimentos nas liquidaes (arts. 475-A e 475-E do CFC): existem duas formas: lquida= fixa o valor da condenao - ilquida=

  • Por artigos: h necessidade de provar fato novoPor Arbitramento: surge a necessidade de um perito para chegar ao valor da condenao.

    Procedimentos no Processo Cautelar: tm que estarem presentes os seguintes pressupostos: fumus boni iuris (fumaa do bom direito)periculum in mora (perigo da demora)

  • PROCEDIMENTOSProcesso CautelarComumEspecficos- arts. 801 a 803- Arresto;- Sequestro;- Cano;- Busca e ApreensoAes Tpicas ou nominadas

  • Princpios Fundamentais do Processo: Os princpios informativos do processo so de duas categorias. Alguns informam qualquer sistema processual; so indispensveis para que um sistema processual funcione bem. Outros variam conforme a orientao poltica ou filosfica que o legislador exprime a um determinado sistema. Os de 1a categoria so 4: lgico, jurdico, poltico e econmico:Lgico: o legislador deve usar formas tais que propiciem uma melhor apurao da verdade.Jurdico: deve-se dar s partes, no processo, igual oportunidade. Nunca se deve construir um processo de desequilbrio das partes. Art. 125 inciso I

  • Poltico: na elaborao de um sistema processual, deve haver o menor sacrifcio possvel da liberdade individual. No devem ser usadas, excessivamente, medidas de constrio liberdade das pessoas, seno apenas as indispensveis consecuo das finalidades do processo.Econmico: o princpio da economia processual, segundo o qual o processo deve ser constitudo com o menor dispndio possvel de tempo e dinheiro. O processo deve ser, tanto quanto possvel, barato.Estes princpios influem sobre todo e qualquer sistema processual. No obstante, existem, outros princpios que podem informar apenas um ou outro sistema processual, que, existindo num, pode no existir noutro, dependendo da orientao que inspirou o legislador ao arquitet-lo. Estes princpios so classificados em 2a categoria. So eles:

  • Princpio da iniciativa das partes, tambm chamado de princpio da demanda: significa que o juiz no pode prestar jurisdio sem que o autor promova a ao, A jurisdio s se movimenta por provocao da parte interessada.Princpio do contraditrio ou da audincia bilateral: significa que o juiz no pode decidir sobre uma pretenso, se no ouvida a outra parte, contra a qual formulada. Toda vez que o juiz se pronunciar sobre um documento, necessrio que, antes, oua a parte contrria. Por esse princpio, no se pode desistir de uma ao se no for ouvida antes, a outra parte. No admite outra exceo, (est previsto na CF).

  • Princpio do impulso processual/oficial: (art. 262 do CPC). O processo civil comea por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. Assim que as partes, o escrivo, o oficial de justia, etc., tm prazo para praticar atos processuais, dispondo a lei processual que o juiz deve dirigir o processo de forma a assegurar a rpida soluo do litgio (art. 125, II do CPC), mas sem prejuzo da defesa dos interessados.Princpio dispositivo: consiste na regra segundo a qual o juiz depende na instruo da causa da iniciativa das partes, quanto alegao e prova dos fatos que se fundam os pedidos. O juiz dever decidir de acordo com o que foi provado pelas partes.

  • Princpio Inquisitrio ou Inquisitivo: significa que em certas causas prevalece o interesse geral, o interesse do estado, o interesse pblico em que seja realmente apurada a verdade dos fatos. No exclui totalmente a vontade das partes, mas prevalece a vontade do juiz.Princpio da livre convico do juiz: ao juiz concedido o poder de formar livremente a sua convico quanto a verdade emergente dos fatos constantes dos autos. No funciona sozinho, pois seria arbitrrio. Art. 131 (princpio da persuaso racional)Princpio da Publicidade: assegura que os atos processuais, em regra, so pblicos, ou seja, franqueados a quem os queira assistir, (vide arts. 444 e 155 do CPC).

  • Princpio da Lealdade Processual (Princpio da Probidade ou da Moralidade): as partes e tambm seus advogados devem proceder de boa-f no s nas suas relaes recprocas, como tambm em relao ao rgo jurisdicional (em relao ao juiz).Princpio da Precluso: o descumprimento dos prazos na prtica dos atos prescricionais tem como consequncia a impossibilidade de pratic-los posteriormente. Esta a precluso temporal, (art. 183 do CPC).precluso lgica: decorre da impossibilidade da prtica de um ato processual com outro j praticado.precluso consumativa: aquela resultante de ato decisrio j transitado em julgado.

  • Princpio da Oralidade: ser analisado dentro do princpio fundamental do procedimento ou procedimento quanto forma.

    Princpios Fundamentais do Procedimento ou Procedimento quanto forma: quanto forma dos atos processuais, o procedimento segue o sistema escrito ou oral.O procedimento escrito ou sistema escrito aquele em que todos os atos processuais se manifestam por escrito.Ao tempo das legis actiones, o sistema era inteiramente oral, como tambm oral era o antigo processo germnico. O sistema anterior ao Cdigo de Processo Civil de 1939, ao contrrio, era inteiramente escrito. Tambm o sistema adotado pelo Cdigo de Processo Civil de 1939, segundo Lopes da Costa, era escrito, embora muitos lhes contestassem a afirmao.

  • Atualmente, reconhece a doutrina que no existe procedimento oral na sua forma pura, adotando-se um procedimento misto, uma combinao do oral e escrito. Fala-se, ainda hoje, em procedimento oral como no direito alemo, austraco e hngaro, mas essa expresso tem outro sentido.No procedimento oral ou sistema oral, existe uma predominncia quantitativa de atos escritos, porm, em combinao com a palavra falada, "como expresso dos atos relevantes e decisivos na formao da convico do juiz".No direito brasileiro, os princpios que informam o procedimento oral sofrem inmeras restries que, no entanto, no o descaracterizam. So princpios informativos do procedimento oral:

  • *Princpio da Oralidade ou predominncia da palavra falada: se manifesta na produo das provas de natureza oral.*Princpio da Imediatividade ou da Imediao ou da Imediatividade da Relao do Juiz com as Partes e com as provas: exige o princpio, o contato com o juiz que dever proferir a sentena com as partes, com as provas e com seus advogados, sem intermedirios. Exemplos no CPC.*Princpio da Concentrao da Causa: consiste em ajustar o feito em perodo breve reduzindo-o a uma s audincia ou a poucas audincias a curtos intervalos. Exemplo no CPC.

  • *Princpio da Irrecorribilidade das Interlocutrias: visando ao andamento rpido do processo, so irrecorrveis as decises interlocutrias, sem prejuzo de sua apreciao pelo Tribunal imediato, se a causa subiu em grau de recurso. No Sistema Jurdico Processual Brasileiro Civil, adotou-se o Sistema da Irrecobilidade, em separado das decises interlocutrias, via agravo que pode ser nas modalidades retido ou de instrumento. O agravo recebido no efeito devolutivo (continua tramitando em primeira instncia).

  • Na rea Penal a irrecorribilidade relativa, ou seja, apenas algumas decises interlocutrias so recorrveis e elas esto elencadas no art. 581 do CPP. O recurso cabvel na rea Penal denominado no sentido estrito, vigora de forma absoluta o princpio da irrecobilidade. (irrecorrveis podendo serem apreciadas pelo recurso ordinrio) no vigora na rea cvel, pois nessa rea passvel de recurso (agravo). Vigora de forma relativa na rea penal, pois h um dispositivo (art. 581 CPP)*Princpio da Identidade Fsica em todo o Procedimento da Lide: significa que o juiz deve ser o mesmo do incio ao fim da ao. Exemplo no CPC: funciona bem na rea cvel.

  • Tipologia do Processo: A doutrina classifica o processo dois prismas distintos:segundo os fins da prestao jurisdicional invocada em: i)processo de conhecimento; ii)processo de execuo; iii) processo cautelar. (morfologia do processo)segundo a ndole do interesse a que serve:processo individual ou singular: quando versa de interesses concretos de indivduos determinados. Se o interesse pertinente a uma pessoa, singularmente considerada, diz-se processo individual singular; quando o interesse pertence a diversas pessoas consideradas isoladamente, diz-se processo individual plrimo (versa sobre interesses internos de cada litisconsrcio) de uma categoria*

  • processo coletivo: quando versa de interesses abstrato de uma categoria ou classe. Esses processos coletivos so prprios na Justia do Trabalho, regulados na CLT como dissdio coletivo ou dissdio do trabalho. Quando o processo coletivo versa sobre interesses de grupo, categoria ou classe, cujos beneficirios no so identificveis, nem h possibilidade de s-lo (direitos ou interesses difusos e coletivos stricto sensu), diz-se processo essencialmente coletivo. Quando o processo coletivo versa sobre tais interesses, mas cujos beneficirios so identificveis, diz-se acidentalmente coletivo.

  • Os fundamentos do processo individual (singular ou plrimo) e do processo coletivo, tambm so distintos, pois, enquanto naquele o direito subjetivo, neste o direito ou interesse legtimo. Na esfera trabalhista, os dissdios podem ser individuais ou coletivos, pelo que o respectivo processo se enquadra numa ou noutra modalidade conforme seu objeto.processo social: aquele que versa de interesse social da prpria coletividade como tal considerada , para defesa de valores que lhe pertencem, como o processo popular, resultante da Ao Popular, e o processo penal, resultante da persecuo penal. A Ao Civil Pblica pode dar origem a um processo social conforme o seu objeto (interesse pblico); como pode, segundo tambm seu objeto, dar origem a um processo coletivo (interesse de um grupo, categoria ou classe).

  • DINMICA DO PROCESSO

    O Impulso Processual: O processo possui uma dinmica processual (movimento). Ele tramita em fases que so os atos processuais. o impulso processual que assegura o movimento da relao processual at a sentena.Conceito: atividade que visa obter o movimento progressivo da relao processual (Chiovenda); fenmeno em virtude do qual se assegura a continuidade dos atos processuais e seu encaminhamento Deciso definitiva (Eduardo Conture).

  • Autodinmica e Heterodinmica: ora est a cargo do juiz, ora est a cargo das partes.Autodinmica (Impulso Oficial): a cargo do juiz. o dinamismo processual(a cargo do juiz) que resulta da atividade dos prprios rgos jurisdicionais. tambm chamado de impulso oficial. Heterodinmica (Impulso das Partes): o dinamismo processual(a cargo das partes) que resulta da atividade das partes. Fica a cargo das partes: os processos se iniciam pela heterodinmica, pois o juiz no inicia um processo. No caso do Direito Trabalhista h exceo e o incio se d por autodinmica. Quando a sentena for favorvel ao reclamante, o juiz poder iniciar o processo, por meio de uma concesso de um Habeas Corpus. No Direito Penal tambm.

    Princpio da Causalidade dos Atos Processuais: um ato processual provoca o outro ato processual.

  • Tempo dos Atos Processuais: Prazo e Termo

    Tempo: o momento adequado para a prtica dos atos processuais, sob pena de precluso (temporal, lgica e consumativa*)Prazo: a frao ou delimitao de tempo, dentro da qual deve ser praticado o ato processual.Termo: So limites ou marcos que determinam a frao chamada prazo. Termo tambm definido como reduo da declarao em texto escrito, (termo inicial - intimao, not. citao e termo final) expresso escrita dos atos processuais, (reduzir a termo).

  • Classificao dos Prazos:Prazo Dilatrio: so aqueles previstos em norma dispositiva (normas que no obrigam s partes). Ex.: prazos para arrolar testemunhas, etc. (art. 181 do CPC):Prazo Peremptrio: os prazos estabelecidos em normas cogentes (normas de ordem pblica, que no podem ser reduzidas pelas partes e de ordinrio, pelo juiz). So de cumprimento obrigatrio, (art. 182 do CPC):Prazo Legal: aquele que estipulado por Lei.Prazo Judicial: quando os limites dos prazos ficam a critrio do juiz ou pelo Tribunal.Prazo Convencional: aqueles convencionados pelas partes. S podem ser dilatrios.

  • Prazo Comum: aquele que transcorre para ambas as partes ao mesmo tempo. Como regra corre em Cartrio ou na Secretaria da vara. Se o prazo comum, os autos no podero ser retirados do Cartrio.Prazo Individual (ou Particular): aquele que transcorre apenas para uma das partes.Prazo Prprio: aquele assinalado s partes com as consequncias que decorrem do seu cumprimento ou descumprimento. aquele que transcorre para as partes. Sua inobservncia implica em consequncias de carter processual.Prazo Imprprio: assinalado ao juiz e aos auxiliares da justia, cujo descumprimento pode gerar apenas medidas de ordem disciplinar.

  • Contagem dos Prazos: a regra geral para contar est escrito no art. 184 do CPC:Determinao do Termo Inicial: Os prazos podem ser de minutos, horas, dias, meses e anos. (art. 241 do CPC)Exemplos de Prazos:Prazos em Minutos: contado de minuto a minuto (art. 454 e 554 do CPC):Prazo em Horas: contado de hora a hora (art. 190 e 196 do CPC): termina na hora correspondente ao seu trmino.Prazo em Dias: termina com o horrio de fechamento dos protocolos dos Fruns (art. 197doCPC):

  • Prazo em Meses: considera-se ms, perodo de tempo contado do dia do incio ao dia correspondente do ms seguinte, ou no dia imediato, se faltar correspondncia exata.Prazo em Anos: termina na data correspondente ao ano que vai terminar. Ex.: Ao Rescisria comea a contar depois de dois anos. Considerando o perodo de 12 meses contados aos dias e meses correspondentes do ano seguinte, (prazo para ao rescisria) prazo decadencial.A determinao do Termo Inicial se d por juntada. A regra se far pelos correios, mediante juntada do Aviso de Recebimento AR. Art. 241

  • A citao poder ser realizada tambm pelo correio, por oficial de justia, por edital e por meio eletrnico conforme regulado em lei prpria.So requisito da citao por meio de Edital: a) a afirmao do autor, ou a certido do oficial; b) a afixao do edital, na sede do juzo, certificada pelo escrivo; c) a publicao do edital no prazo mximo de 15 dias, uma vez no rgo oficial e pelo menos duas vezes em jornal local; d) a determinao, pelo juiz, do prazo, que variar entre 20 e 60 dias, correndo da data da primeira publicao; e) a advertncia a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litgio versar sobre direitos disponveis.

  • SENTENA - art. 162Conceito: o ato do juiz que encerra o processo com ou sem. resoluo de mrito.Espcies de SentenaTerminativas - sem apreciar o mritoDefinitivas - com apreciao do mrito* Sentenas Terminativas: a sentena terminativa quando encerra o processo sem resoluo de mrito. Exemplo: todas as situaes previstas no art. 267 do CPC.* Sentenas Definitivas: a sentena definitiva quando encerra o processo com resoluo de mrito e a ao possui os pressupostos processuais. Exemplo: todas as situaes previstas no art. 269 do CPC.

  • Classificao das Sentenas (Deciso): Classificam em sentena, decises interlocutrias e despachos (art. 162, caput):Requisitos e Efeitos da Sentena:Requisitos:Quanto sua Estrutura: art. 458 do CPC:Ou seja, o relatrio a sntese do processo; os fundamentos so o trabalho lgico; o dispositivo a deciso.Fundamentao/motivao - um ato de inteligncia do juiz, a falta de motivao torna a sentena nula pois faltar um dos requisitos essenciais, dispositivo - concluso lgica das operaes anteriores, nele que reside o comando da sentena, sentena sem dispositivo ato inexistente. Art.459