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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DEPARTAMENTO DE FÍSICA NÚCLEO DE ESTUDOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS RELATÓRIO PROJETO GESTÃO DE ENTULHOS SITUAÇÃO ATUAL DO GERENCIAMENTO DE ENTULHOS DA CIDADE DO RIO GRANDE - RS André Silva Oliveira [email protected] Rio Grande, agosto de 2003.

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDEDEPARTAMENTO DE FÍSICA

NÚCLEO DE ESTUDOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

RELATÓRIO

PROJETOGESTÃO DE ENTULHOS

SITUAÇÃO ATUAL DO GERENCIAMENTO DEENTULHOS DA CIDADE DO RIO GRANDE - RS

André Silva [email protected]

Rio Grande, agosto de 2003.

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CAVALCANTI apud Pinto (1999),considerem que "o meio ambiente deveser encarado como condição primáriadas atividades humanas, de seuprogresso, de sua sustentabili dade".

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II I

Sumár io

Lista de Tabelas..........................................................................................................IV

Lista de Quadros.........................................................................................................IV

Lista de Figuras ..........................................................................................................IV

Lista de Gráficos........................................................................................................IV

Lista de Abreviaturas e Siglas ................................................................................IV

1. Introdução ..............................................................................................................1

2. Levantamento Bibliográfico..............................................................................1

3. Metodologia...........................................................................................................3

3.1.Revisão Bibliográfica Referencial ........................................................3

3.2.Estudos Quantitativos ..............................................................................3

3.3.Visitas e Entrevistas.................................................................................3

4. Resultados e Análise...........................................................................................4

4.1.Leis e Resoluções sobre o Tema...........................................................4

4.2.Gestão Interna às Obras...........................................................................6

4.3.Limpeza Urbana........................................................................................6

4.4 Estações Diferenciadas............................................................................8

4.5.Transportadores.......................................................................................10

4.6.Fiscalização...............................................................................................11

4.7.Mapeamento dos Pontos de Despejo de Entulho............................12

4.8.Reciclagem de Entulho..........................................................................13

4.9.Análise do Capítulo................................................................................14

5. Projeto de Gerenciamento de RCC................................................................15

6. Programa Municipal de Gerenciamento de RCC.......................................15

7. Conclusões...........................................................................................................16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................17

Anexos....................................................................................................................18

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IV

Lista de Tabelas

Tabela 4.1 - – levantamento do entulho recolhido em mutirões 2000. ........7

Tabela 4.3 – Recolhimento de entulho .........................................................8

Lista de Quadros

Quadro 4.1 – Classificação, caracterização e destinação dos resíduos deconstrução civil. ............................................................................................5

Lista de Figuras

Foto 4.1 e 4.2: Canteiro da obra de ampliação do prédio dois da FURG.....6

Figuras 4.3 e 4.4 - Estação de coleta diferencial de lixo sólido II ................9

Figura 4.5 e 4.6 : focos de entulho em Rio Grande – RS...........................12

Fotos 4.7 e 4.8: Central de Britagem de Entulho, Belo Horizonte, M.G. ..13

Foto 4.9 – materiais feitos a partir do entulho triturado.............................14

Lista de Gráficos

Gráfico 4.1 – Participação dos resíduos sólidos na estação de coleta

diferenciada I ..............................................................................................10

Gráfico 4.2- Notificações de 02/01/03 à 13/05/03......................................12

Lista de Abreviaturas e Siglas

ASCALIXO - Associação dos Catadores de Lixo de Rio Grande

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

DFPM - Departamento de Fiscalização da Prefeitura Municipal de Rio Grande

FURG - Fundação Universidade Federal do Rio Grande

RCC - Resíduos de Construção Civil

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V

RCD - Resíduos de Construção e Demolição

SEARG – Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Rio Grande

SMOV - Secretaria Mnicipal de Obras Viárias

SMSU - Secretaria Municipal de Serviços Urbanos

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1. Introdução

Das atividades humanas resta aquilo que o tempo não consome ou, em algumaépoca, aquilo que, em processo de desaparecimento, ainda não se tenha efetivado.

As substâncias transformadas pela cultura humana ganham característicasdiferentes daquelas naturalmente existentes. Restam, entretanto, estas substâncias agoradescaracterizadas do seu meio, e que não são facilmente decompostas.

A questão Ambiental parece importante para a maioria das pessoas, mas émuito delicada, principalmente quando se trata de resíduos sólidos.

O lixo é algo que se quer cada vez mais distância, mas existem pessoas queacabam tendo que conviver com ele. Porque vêem o lixo como uma renda, seja catandoo lixo, reciclando ou simplesmente reaproveitando o que pode ser reaproveitado.

O entulho deveria ser um caso mais simples, pois pode ser reaproveitadofacilmente e aparentemente não causa doenças. Mas o fato de se encontrar este tipo deresíduo jogado em diversos pontos das cidades, e em grande quantidade, mostra que oproblema é muito mais sério do que deveria.

Esse fato pode ser observado em algumas ruas, logradouros e terrenos baldiosde Rio Grande. Esses locais servem como pontos de "bota-fora", onde a populaçãodeposita li xo sólido, com o intuito de descartá-los. Grande parte destes resíduos éentulho de obra.

Este relatório vem com o objetivo de levantar a situação do Gerenciamento deEntulho na cidade do Rio Grande que envolve além da Prefeitura outros atores, como:construtores, charreteiros, empresas de Tele - Entulho, população, entre outros.

Este relatório vai mostrar a importância de um Plano de Gerenciamento deResíduos da Construção Civil , que possibilit e uma maior preservação ambiental, etambém vai mostrar que esse resíduo pode ser reaproveitado.O objetivo final do projeto é a formação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos deConstrução Civil específico para Rio Grande, e é justificado pelas causas ambientais, desaúde pública e principalmente pela Resolução 307 do CONAMA que obriga asPrefeituras a formularem seus Planos.

2. Levantamento Bibliográfico

Os Resíduos provenientes de construção, reforma e demolição de prédios, ousimplesmente entulho, possuem características peculiares que são negligenciadas pelaquase totalidade das secretarias ou departamentos municipais responsáveis pelosserviços de coleta, transporte e destinação final (OLIVEIRA, 2002).

O entulho de construção civil representa hoje um dos maiores problemas para osaneamento público municipal, principalmente nas grandes cidades brasileiras(ZORDAN & PAULON). PINTO (1999) estimou que as grandes e médias cidadesbrasileiras geram uma massa de entulho que pode chegar a 70 % do total de resíduossólidos urbanos produzidos.

CARVALHO, J. B. (1999, p.36) no seu projeto sobre os resíduos sólidos noBalneário Cassino encontrou resto de obra em 69% dos pontos de “bota - fora” .

Segundo OLIVEIRA (2002) “pesquisas mais recentes sobre resíduos deconstrução de prédios apresentam a estimativa de que 30 % dos materiais que entramnos canteiros de obra acabam retornando na forma de entulho” .

Quando as obras civis referem-se a reformas de prédios, a remoção dos

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escombros dos restos é ainda mais significativa e os materiais retirados, antes derumarem para qualquer destino de vontade humana, repousam, às vezes, durante muitotempo, junto à sarjeta, ocasionando alagamentos indesejáveis à vizinhança, nos períodosde chuvas intensas (OLIVEIRA,2002).

Nos três casos, construção, reformas e demolição, nos dias atuais, orecolhimento dos resíduos gerados é caótico, podendo causar prejuízo ao conforto, noque diz respeito a possas de água formadas imediatamente. Entretanto, os problemasambientais decorrentes da não existência de uma gestão planejada por parte do serviçopúblico, agravam-se quando se constata, a olhos vistos, material sendo carregado pelasenxurradas, até a boca de lobo mais próxima (OLIVEIRA, 2002).

Segundo Pinto (1999), os resíduos de construção e demolição são gerados emexpressivos volumes, não recebem solução adequada, impactam o ambiente urbano econstituem local propício à proli feração de vetores de doenças, aspectos que irãoagudizar os problemas de saneamento nas áreas urbanas.

Podemos ver em Pinto (1999), que a presença dos RCD (resíduos deconstrução e demolição) e outros resíduos cria um ambiente propício para a proli feraçãode vetores prejudiciais às condições de saneamento e à saúde humana; é comum nosbota-foras e locais de deposições irregulares a presença de roedores, insetospeçonhentos (aranhas e escorpiões) e insetos transmissores de endemias perigosas(como a dengue).

O CONAMA, na Resolução 307/2002, considera que os resíduos de construçãocivil representam um significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos nas áreasurbanas e que a disposição em locais inadequados contribui para a degradação daqualidade ambiental.

Em Pinto (1999), vimos que nas cidades a qual estudou, os coletores maisfrequentes são os que operam com veículo dotado de poliguindaste e caçambasintercambiáveis. É no entanto, muito significativa a presença de outros tipos decoletores que operam com veículos isolados dotados de carrocerias basculantes oucarrocerias de madeira, “caminhonetes” e carroças a tração animal. Embora este últimoagente seja mais comum em cidades de pequeno porte, existem às centenas em centrosurbanos importantes...

Segundo Pinto (1999), as soluções atualmente adotadas na imensa maioria dosmunicípios são sempre emergenciais e, quando rotineiras, têm significado sempreatuações em que os gestores se mantêm como coadjuvantes dos problemas,conformando, num ou noutro caso, uma prática que pode ser denominada de GestãoCorretiva.

A Gestão Corretiva caracteriza-se por englobar atividades não preventivas,repetiti vas e custosas das quais não surtem resultados adequados, por issoprofundamente ineficientes. A gestão corretiva se sustenta na “inevitabili dade” de áreascom deposições irregulares degradando o ambiente urbano, e se sustenta enquantohouver a disponibili dade de áreas de aterramento nas proximidades das regiõesfortemente geradoras de RCD (PINTO,1999).

Podemos ver em OLIVEIRA (2002), que algumas prefeituras (Belo Horizonte,Ribeirão Preto, dentre outras) estão implantando locais apropriados para receber oresíduo. São “USINAS DE RECICLAGEM DE ENTULHO”, constituídas basicamentepor um espaço para deposição do resíduo, uma linha de separação (onde a separaçãonão mineral é separada), um britador, que processa o resíduo na granulometria desejadae um local de armazenamento, onde o entulho já processado aguarda para ser utili zado.

É importante ressaltar que embora as prefeituras municipais que possuamrelatórios existentes a respeito da coleta de entulhos na área urbana, esses dados, parece

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praxe, são simplesmente arquivados sem uma análise apurada. A preocupação é com ocomportamanto dos habitantes, considerando mal educados, que lançamindiscrimanadamente em locais e horários impróprios para o recolhimento. Não há viade regra, maiores análises sobre os dados e, muito menos, o que fazer dessasinformações.

3. Metodologia

A presente pesquisa se refere ao estudo relativo ao gerenciamento de resíduosde construção civil no município do Rio Grande. Foram adotadas as seguintes técnicasde metodologia:

3.1. Revisão Bibliográfica Referencial

• Revisão bibliográfica a respeito do tema, no sentido das leis e resoluções,desde os órgãos nacionais até os órgãos municipais;

• Pesquisa bibliográfica no sentido de encontrar experiências significativas arespeito do tema. Com o objetivo maior de justificar a pesquisa e serviremcomo referencial para os caminhos a serem seguidos;

• Estudo sobre o assunto através de trabalhos já realizados sobre o tema deresíduos sólidos no município do Rio Grande.

3.2. Estudos Quantitativos

• Levantamento dos principais pontos de despejo irregulares de entulho,identificados através de passeios pela cidade e apontamento em um mapa dacidade do Rio Grande, com a ajuda de funcionários responsáveis pelalimpeza pública, com o objetivo de encontrar as áreas onde há maiorincidência de focos irregulares;

• Levantamento da porcentagem de entulho no total de lixo sólido que chegaaté as duas estações de coleta diferenciada de lixo, existentes em RioGrande, o que terá grande importância no estudo do funcionamento destasestações;

• Levantamento do número de notificações realizadas pela fiscalização daSMSU, sobre deposição irregular de entulho. Dado importante para o estudoda atuação dos fiscais da SMSU para conter este tipo de irregularidade.

3.3. Visitas e Entrevistas

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• Visitas e entrevistas com atores envolvidos no processo, como a SecretariaMunicipal de Serviços Urbanos (SMSU), Secretaria Municipal de ObrasViárias (SMOV), charreteiros, construtores e empresas de tele-entulho;

• Observação, in loco, nas Estações de Coleta Diferenciada de Lixo, paraestudo do funcionamento das mesmas;

• Convivência com fiscais da SMSU, inclusive em momentos que são feitasnotificações à infratores do Código Municipal de Posturas.

4. Resultados e Análise

4.1. Leis e Resoluções sobre o Tema

A Resolução Nº 307 do CONAMA, de 5 de Julho de 2002, que entrouem vigor em 02 de Janeiro de 2003, adota resíduos de construção civil como sendoprovenientes de construções, reformas reparos e demolições de obras de construçãocivil , e os resultados da preparação e de escavação de terrenos, tais como: tijolos,blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas,madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico,vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhosde obras, caliça ou metralha.

Esta resolução, que está no anexo 1, estabelece um prazo máximo dedoze meses para que os municípios e o Distrito Federal elaborem seus PlanosIntegrados de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil , contemplando osProgramas Municipais de Gerenciamento de resíduos de construção civil oriundosde geradores de pequenos volumes, e prazo máximo de 18 meses para suaimplementação, quando deverão cessar a disposição de resíduos de construção civilem aterros de resíduos domicili ares e em áreas de “bota-fora”.

O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da ConstruçãoCivil será elaborado, implementado pelos municípios e o Distrito Federal, deveráestabelecer diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício dasresponsabili dades dos pequenos geradores, em conformidade com os critériostécnicos do sistema de limpeza urbana local.

O Projeto de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil seráelaborado e implementado pelos grandes geradores e terá como objetivo estabeleceros procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmenteadequados dos resíduos. As atividades e empreendimentos sujeitos a licenciamentoambiental deverão apresentar o Projeto de Gerenciamento de Resíduos deConstrução Civil , junto com o projeto do empreendimento, para análise do órgãocompetente.

Os resíduos de construção civil deverão ser classificados, destinados ecaracterizados segundo o quadro 4.1 a seguir.

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Quadro 4.1 – Classificação, caracterização e destinação dos resíduos de construção civil .Fonte: CONAMA

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS DESTINAÇÃO

Classe A

♦� de construção,demolição, reformas e reparosde pavimentação e de outrasobras de infra estrutura;♦� componentes cerâmicos(tijolos, telhas, placas derevestimento, etc.),argamassas econcreto;♦� de processo defabricação e/ou demolição depeças pré-moldadas em concreto(blocos, tubos, meio-fios, etc.),produzidos nos canteiros deobras.

Deverão ser reutili zadosou reciclados na forma deagregados, ouencaminhados a áreas deaterro de resíduos deconstrução civil , sendodispostos de modo apermitir a sua utili zaçãoou reciclagem futura.

Classe B

são resíduos recicláveis paraoutras destinações, tais como:plásticos, papel/papelão, metais,vidros, madeiras e outros;

Deverão ser reutili zados,reciclados a áreas dearmazenamentotemporário, sendodispostos de modo apermitir a sua utili zaçãoou reciclagem futura;

Classe C

São resíduos para os quais nãoforam desenvolvidas tecnologiaou aplicações economicamenteviáveis que permitam a suareciclagem / recuperação, taiscomo os produtos oriundos dogesso;

Deverão ser armazenados,transportados e destinadosem conformidade com asnormas técnicasespecíficas (NBR 7500 eNBR 10004);

Classe D

São resíduos perigosos oriundosdo processo de construção, taiscomo: tintas, solventes, óleos eoutros, ou aqueles contaminados,oriundos de demolições, reformase reparos de clínicas radiológicas,instalações industriais e outros.

Deverão ser armazenados,transportados, reutili zadose destinados emconformidade com asnormas técnicasespecíficas (NBR 7500 eNBR 10004).

Portanto, esta resolução deve fazer com que as autoridades municipaisdisponibil izem Estações de coleta diferenciada de entulho, para que ostransportadores de resíduos (charreteiros, caminhoneiros, etc..) possam depositar oresíduo de forma a não agredir o meio ambiente e possibilit ar o reaproveitamento.Aexistência de Estações diminui o gasto de limpeza pública, pois, ao invés daPrefeitura procurar o entulho pela cidade, a população leva o entulho até as estações.

Um ator importante no processo é, sem dúvida, a Fiscalização daSecretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU) que utili za o Artigo 21 item Vdo Código Municipal de Posturas para notificar as pessoas que depositam entulhoem logradouro público.

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• Artigo 21 Item V: depositar materiais de qualquer natureza ou efetuarpreparo de argamassa ou similares sobre passeios ou pista de rolamento.

• Pena: multa 200 a 300 unidades fiscal de referência (u.f.r.).

4.2. Gestão Interna às Obras

O entulho gerado dentro da obra causa transtorno para os operários. Podeser observado em obras de Rio Grande que o armazenamento interno é feito emmontes de entulho, que muitas vezes atrapalham a execução da obra.

Normalmente o resíduo é todo misturado, o que dificulta oaproveitamento na obra. Esta situação foi encontrado em uma obra no CampusCarreiros da FURG, como pode ser visto na foto 4.1 e 4.2, a seguir.

Foto 4.1 e 4.2: Canteiro da obra de ampliação do prédio dois da FURG.Fonte: Pesquisa de campo.

Em uma obra há geração de lixo domicili ar, que pode acabar sendomisturado com o entulho. Isto além de impossibilit ar o aproveitamento do entulhogera mau cheiro e atrai vetores.

Nas grandes obras a retirada do entulho é feita, na sua maioria, porempresas de Tele-Entulho. Nem sempre é possível colocar o container da empresadentro do canteiro da obra, neste caso é colocado externamente aos tapumes, o quedificulta o transporte do entulho dentro da obra.

4.3. Limpeza Urbana

A SMSU tem atividades de mutirão para limpeza dos espaços públicos,mas também faz limpeza por chamada e em grandes focos de entulho.

Para a execução de um mutirão são selecionados bairros da cidade queserão vasculhados em busca de entulho, os bairros escolhidos são alterados todos osmeses, de uma forma cíclica, de modo que em um certo período todos bairros dacidade serão limpos pelo mutirão.

A população procura a SMSU para a limpeza de seus terrenosparticulares, é a limpeza por chamada, mas o pedido só é atendido no caso de termuito material a ser recolhido, no mínimo o equivalente a uma caçamba cheia(4m3). Nos casos em que não chega a este volume os funcionários recomendam acontratação de charreteiros, empresas de Tele-Entulho ou outros transportadores.

Existem grandes focos que são regularmente limpos pela SMSU, sãofocos onde a população costuma colocar entulho todos os dias e em grande

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quantidade. Alguns desses focos ficam em regiões turísticas da cidade ou em locaisonde há grande tráfego de pedestres.

Para estas atividades o setor de limpeza da SMSU dispõe de:

Pessoal: Maquinár io:dois capatazes;um chefe de divisão;um diretor;15 operários.

três retros escavadeira;uma pá carregadeira;sete caçambas basculante (4m3).

A tabela 4.1 a seguir mostra a quantidade de entulho recolhido em 33bairros e locais no ano de 2000.

Tabela 4.1 - – levantamento do entulho recolhido em mutirões 2000.Fonte: Plano de Resíduos Sólidos, PMRG, 2000

Bairr o Nº de Caçambas m3 de entulhoBernadete 147 588Vila Leonidas e Cibrazém 100 400Taim 01 4Castelo Branco I 80 320Cidade Nova 41 164Castelo Branco II 97 388COHAB IV 102 408São João 52 208COHAB II 44 176Vila Eulina 52 208Bairro Getúlio Vargas 55 220COHAB I 42 1684ª Seção da Barra 62 248Cassino 177 708Parque Marinha 456 1824Santa Rosa 52 208Parque Universitário 30 120Ernesto Buchoolz 131 524São Miguel 165 660Parque São Pedro 99 396Bairro São Paulo 21 84Bosque Silveira 68 272Bairro América 70 280Bairro Junção 21 84Vila Braz 45 180Jardim Humaitá 29 116Santa Tereza 71 284Lar Gaúcho 32 128Parque Coelho 09 36Tecon – 4ª Seção da Barra 319 1276Hidráulica 1 23 92Profilurb 145 580

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Cidade de Águida 47 188Total 2885 11540

Foram recolhidos 11.540 m3 de entulho, esta quantidade poderia aterraruma quadra de 100m X 100m, até uma cota de 1,154 m. Mas quase tudo isso acabouno lixão do Carreiros, pois muito pouco foi reutili zado pela Prefeitura.

Da quantidade recolhida durante o ano de 2001 não foi possívelencontrar dados, pelo fato de não haver mais arquivos, do ano 2001, no setor delimpeza da SMSU. Foram encontrados arquivos do ano de 2002 (conforme tabela4.3 a seguir), onde si tem a quantidade recolhida em mutirões e em focos semseparação por bairros.

Tabela 4.3 – Recolhimento de entulhoFonte: PMRG 2002.

Meses mutirão (m3) S/ mutirão (m3)Janeiro - 2224

Fevereiro - -Março - 1348Abril - 1300Maio 248 944Junho 1320 1280Julho 1148 280

Agosto - -Setembro - -Outubro 640 1128

Novembro 316 1692Dezembro 676 1080

Total 4348 m3 11276 m3

No ano de 2002 foram realizados poucos mutirões, a maior quantidadede entulho foi recolhida dos focos espalhados pela cidade. No entanto foi coletado15.624 m3 de entulho uma quantidade total ainda maior que nos mutirões do ano2000.

Com o entulho recolhido em 2002 era possível aterrar uma quadra de100m X 100m até uma cota 1,562 m., mas quase tudo foi parar no lixão doCarreiros. Considerando a densidade média de entulho (Pinto, 1999) como sendoalgo em torno de 1,95 ton./m3, pode-se admitir que em um ano de recolhimentochegou-se a um total de 30.467 quilos de material, ou 30.467 toneladas.

Somente em 2000 e 2002, anos do qual foi possível levantar dados,foram depositados aproximadamente 27.164 m3 de material no lixão, istoequivaleria ao volume de um prédio de 20m X 20m com 22 andares.

4.4. Estações Diferenciadas

Segundo OLIVEIRA (2002), nos dias atuais, sendo o descarte de entulhoalgo que costuma ser clandestino, é comum as Secretarias ou órgãos municipaisresponsáveis por esse setor, disseminar tabuletas pela cidade com os dizeres “não

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ponha lixo aqui” . O ideal é colocar tabuletas com os dizeres “ponha lixo aqui” , ouseja, destinar locais com infra-estrutura adequada para a colocação de entulho porparte da população.

A colocação de estações diferenciadas de resíduos onde há o hábito decolocação de entulhos, formando uma rede de coleta desses materiais, ao mesmotempo em que disciplina os atores (carroceiros, caminhoneiros e caçambeiros) parao seu trabalho, inibe a colocação em qualquer lugar e de forma adequada, permiteque as equipes da prefeitura realizem a coleta em lugares específicos, semnecessidade de denúncia por parte da população ou, o que é mais comum, por meiode uma gestão corretiva (mutirões), em que há a necessidade de localizar os focos dedepósito de entulho em qualquer lugar da cidade (OLIVEIRA, 2002).

Em Rio Grande existem duas estações de coleta diferenciada de resíduos,que foram implantadas numa tentativa de melhorar a gestão de resíduos domunicípio. Foram escolhidos locais onde existiam grandes focos de depósito deentulho e outros tipos de resíduos sólidos.

Segundo o plano de resíduos municipal (PMRG, 2000) as Estações deColeta de Lixo Diferenciada proporciona a população à opção de descartar entulhos,móveis velhos, galhação, madeiras e materiais recicláveis diretamente em containersque são encaminhados especificamente para seus destinos finais. Então as estaçõespossibilit am também a coleta de material para reciclagem da ASCALIXO(Associação dos Catadores e Separadores de Lixo de Rio Grande).

Segundo funcionários que trabalham nas estações, logo após a fundação(2000), o funcionamento era muito bom, a população das proximidades estavaconsciente da importância do sistema e a infra – estrutura oferecida para o serviçoera de qualidade.

O que é encontrado hoje é um quase desinteresse das estações de coletapor parte da Prefeitura. O espaço físico continua de qualidade, o problema é a faltade containers para o serviço. Das muitas vezes que os locais foram visitados, para odesenvolvimento desta pesquisa, poucos containers foram encontradas. Osfuncionários são obrigados a destinar um mesmo container para vários tipos demateriais, e algumas vezes são obrigados a encerrar o serviço antes do horário, pelofato de não haver mais onde depositar o material.

Aproximadamente 20 (vinte) containers são destinados ao uso nasestações diferenciadas, mas muitas vezes o caminhão poliguindaste retira umcontainer e não coloca outro vazio. Com isso, é normal que se encontre 04 (quatro)ou 05 (cinco) containers em cada uma das estações, o que não é o suficiente.

Devido a pouca quantidade de containers que a SMSU usa nas estações,normalmente o que os funcionários conseguem separar é a parte reciclável do resto.O resto é chamado de entulho e é contido por: resto de obra, poda, madeira, metais,resíduos de corte de grama, vidro, li xo doméstico e todo e qualquer outros tipos delixo que não são facilmente vistos como recicláveis.

Figuras 4.3 e 4.4 - Estação de coleta diferencial de lixo sólido II .Fonte: Pesquisa de campo.

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Não é função das estações o recolhimento de lixo doméstico, esta funçãoé da Vega, mas os moradores das redondezas das estações costumam depositar o seulixo doméstico nos containers, segundo os funcionários não há problema algum porque tudo vai para o lixão do Carreiros.

Com a ajuda do funcionário da Estação de Lixo Diferenciada I, Sr.Getúlio, foi feita uma medida aproximada do volume de cada tipo de lixo que entranesta estação. O funcionário colaborou com a pesquisa preenchendo uma tabelaonde especificava o tipo de resíduo e meio de transporte que foi utili zado, o li xodoméstico não foi considerado devido à pequena quantidade, chegou-se assim aográfico 4.1 abaixo, que foi feito apartir de dados que estão no anexo 2.

Gráfico 4.1 – Participação dos resíduos sólidos na estação de coleta diferenciada I

Fonte: Pesquisa de Campo

No gráfico 4.1, que foi feito apartir do volume coletado, mostra que ovolume de resto de obra coletado é mais de 30% do total de resíduo. Se o gráficofosse realizado apartir do peso dos resíduos a porcentagem de entulho seria muitomaior, devido à densidade do entulho ser maior que a dos outros tipos de resíduosque foram analisados. Mas se torna impossível este tipo de análise, pois não é feitopesagem do material coletado. E além disto o material coletado acaba todo sendomisturado, devido à falta de containers nas estações, impossibilit ando a pesagem dosresíduos que saem das estações.

4.5. Transportadores

Segundo a resolução 307 do CONAMA (anexo 01), transportadores sãopessoas físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e dos transportes dos resíduosentre as fontes geradoras e as áreas de destinação. Em Rio Grande ostransportadores de resíduos de construção civil são principalmente empresas de

21,72% 2,97%

19,73%

7,09%

3,10% 5,73%

3,35%

30,59%

5,73%

Entulho Madeira Metal Poda Papel Plástico Vidro Inservíveis Outros

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Tele-Entulho, que operam com caminhões poliguindaste e caçambasintercambiáveis (containers).

É muito significativa a presença de outros tipos de coletores que operamcom veículos isolados dotados de carrocerias basculantes ou carrocerias de madeirae carroças a tração animal.

Existem duas empresas de Tele-Entulho operando em Rio Grande. Estasempresas recolhem principalmente o entulho gerado em grandes obras, e vendem omaterial para ser reaproveitado como aterro para melhorar cota de terrenos ou viasde acesso.

Os containers são levados até as obras, em algumas vezes são colocadosdentro do canteiro de obra, em outras são colocadas na beira das calçadas. Oscontainers são colocados de modo que facilit e a deposição do entulho logo após ageração.

Durante o ano de 2002 a maior empresa do ramo, que opera em RioGrande, coletou um total de 3000 m3 de entulho. Tudo foi vendido para ser usadocomo aterro, sem passar por nenhum processo de separação.

Os outros transportadores (caçambeiros, caminhoneiros e carroceiros)transportam principalmente os resíduos gerados pelos pequenos geradores. Algunsdestes coletam o resíduo e colocam nas Estações de Coleta Diferenciada deResíduos, que é o correto a ser feito, mas, existem outros que depositam em terrenosbaldios, logradouros ou em vias públicas.

O Departamento de Fiscalização da SMSU flagrou um carroceirocolocando entulho em via pública. A desculpa usada pelo carroceiro foi de que nãosabia que deveria colocar o resíduo em uma das estações, pois segundo ele, asestações eram somente para o depósito de outros tipos de lixo.

Este foi o argumento utili zado por outros carroceiros que foramentrevistados no decorrer da pesquisa, quando assumiam que colocam entulho emvia pública.

Na verdade o quê acontece é que existem apenas duas estaçõesdiferenciadas em Rio Grande, isto faz com que alguns transportadores prefiramdepositar irregularmente o entulho a andar alguns quilômetros para depositar oresíduo no local correto, o que tornaria economicamente inviável a prestação doserviço.

Existem pontos na cidade, inclusive na região central, que o serviço delimpeza costuma limpar quase que regularmente devido a grande quantidade deentulho levada principalmente por carroceiros.

Não existe qualquer tipo de levantamento sobre quem são e quantos sãoos carroceiros que trabalham com o transporte de entulho, e nem mesmo é feitoqualquer tipo de campanha com o objetivo de informação deste pessoal.

4.6. Fiscalização

O Departamento de Fiscalização da SMSU costuma notificar as pessoasque depositam irregularmente o entulho em via pública e passeio público, e usa paraisso o Código Municipal de Posturas da Cidade do Rio Grande. Maisespecificamente o artigo 21 item V.

A fiscalização normalmente chega até os infratores por denúncia enotifica-os. A notificação obriga o notificado a retirar o resíduo do local

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imediatamente, no caso disto não ocorrer o infrator é multado em um valor que vaide 200 a 300 ufrs.

Foi feito um levantamento das notificações realizadas pela Fiscalizaçãoda SMSU em infratores do Código de Municipal de Posturas. Utili zando arquivosdeste departamento chegou-se até o gráfico 4.2, que está a seguir:

Gráfico 4.2- Notificações de 02/01/03 à 13/05/03

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Fonte: Fiscalização SMSU

No gráfico 4.2 pode-se ver que diversos tipos de infrações sãofiscalizadas pela SMSU, e dentre elas a que mais teve notificações, no períodoestudado, foi o depósito irregular de entulho em vias públicas, praças e terrenosbaldios. Foram feitas um total de 158 notificações, mais 28,5 % do total realizado noperíodo, estes dados mostram a importância dada por este departamento aoproblema do descarte irregular de entulho.

4.7. Mapeamento dos Pontos de Despejo de Entulho

Foram realizados passeios pela cidade do Rio Grande com a intenção deencontrar focos de despejo irregular de entulho. Foram encontrados 62 pontos de“bota-fora”, que se encontram em logradouros públicos, vias públicas, terrenosbaldios, canais de escoamento pluvial e outros. Alguns destes foram fotografados,como os que podem ser vistos nas figuras 4.5 e 4.6 a seguir:

Figura 4.5 e 4.6 : focos de entulho em Rio Grande – RSFonte: Pesquisa de campo.

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Foram localizados 62 pontos de “bota-fora”, estes pontos passaram porum mapeamento que está no anexo 03. Este mapeamento deve ser seguido nalocalização de estações de coleta de entulho, que devem ser colocadas em locaisonde existem vários pontos de “boto-fora”, para que tenham um bomfuncionamento.

4.8. Reciclagem de Entulho

No período mais recente, na Alemanha, em torno de 1860, há notícias douso de blocos de concreto britados como agregado para novos produtos de concreto.Os primeiros estudos sistemáticos sobre as características dos agregados recicladostêm início neste mesmo país, em 1928 (Pinto, 1999).

Algumas Prefeituras (Belo Horizonte, Ribeirão Preto, dentre outras)estão implantando locais apropriados para receber o entulho. São “Usinas deReciclagem de Entulho” , constituídas basicamente de um espaço para a deposiçãodo resíduo, uma linha de separação (onde a fração não mineral é separada), umbritador, que processa o resíduo na granulometria desejada e um local dearmazenamento, onde o entulho já processado aguarda para ser utili zado. As fotos4.3 e 4.4 a seguir, mostram um equipamento que faz a britagem de entulho em BeloHorizonte - MG.

Fotos 4.7 e 4.8: Central de Britagem de Entulho, Belo Horizonte, M.G.Fonte: Pinto (1999).

A reciclagem do resíduo classe A (ver quadro 4.1), quando corretamenteprocessado, pode disponibili zar um material secundário para ser utili zado comodiferentes insumos em obras civis, tais como:

• parques recreativos;• estacionamento provisórios;• base e sub-base de pavimentação;• recuperação de áreas degradadas;• obras de drenagem;• produção de componentes pré-fabricados;• construção de habitações populares.

A foto 4.5 mostra alguns dos insumos que podem ser feitos a partir dareciclagem de entulho.

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Foto 4.9 – materiais feitos a partir do entulho trituradoFonte: Pinto apud RODRIGUES & CAVINATTO (2000).

Os resíduos das classes B, C e D devem ser separados antes de chegar atéàs usinas, e encaminhados até o seu destino final. No caso do resíduos classe B, jáexistem em Rio Grande empresas especializadas na reciclagem deste resíduo.

Os resíduos das classes C e D devem ter destino conforme a NBR 10004.Existe um outro meio de reaproveitar o resíduo de construção triturado

para melhorar as condições das vias de acesso não pavimentadas, o quenormalmente é feito com saibro. Segundo o Jornal do Comércio (2003), a PrefeituraMunicipal de Porto Alegre está começando a utili zar este método e espera umaeconomia de R$ 756 mil anuais, se o saibro for totalmente substituído pelo resíduode obra.

4.9. Análise do Capítulo

Nota-se que a resolução 307 do CONAMA foi feita não somente com oobjetivo de impor às prefeituras que gerenciem os RCC que geram, mas quegerenciem de maneira que não agrida o meio ambiente. Para isso o CONAMAestabeleceu critérios que devem ser seguidos, desde a classificação até a destinaçãofinal do entulho.

O Departamento de Fiscalização da SMSU usa o Códico Municipal dePosturas para coibir o depósito irregular de entulho, e como pode ser visto nográfico 4.2 os fiscais trabalham preferencialmente sobre o depósito irregular deentulho, mesmo assim diversos pontos de bota-fora foram encontrados no projeto.Isto não ocorre devido à pequena quantidade de fiscais da SMSU, comonormalmente se imagina, mas ao fato de haver em Rio Grande apenas dois pontosregulares de despejo de resíduos.

As estações de coleta diferenciada de lixo estão muito bem localizadas,mas não conseguem atender aos moradores de bairros afastados como o bairroParque Marinha, onde foram encontrados 19 pontos de bota-fora. Não é rentávelpara um charreteiro retirar o entulho de uma obra no Parque Marinha, por exemplo,e transportá-lo até o centro da cidade. Neste caso o entulho acabaria sendodepositado em algum terreno baldio dentro do próprio bairro, e a SMSU teria queremover pessoal e maquinário até o local para fazer a limpeza.

É necessário implantar diversos estações para receber o entulho,colocados esquematicamente nas zonas onde foram encontrados os pontos de bota-fora, de modo a atender a toda a população riograndina. Estas estações devemreceber apenas entulho, e não necessitam de comtainers apenas de um localadequado onde pode-se colocar o resíduo e retirá-lo.

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A infra-estrutura das estações que já existem é realmente muitosatisfatória, mas falham na operação. Como já foi relatado no capítulo 4.4, osfuncionários responsáveis pelos pontos são obrigados a misturar resíduos comcaracterísticas distintas em um mesmo container, fugindo do principal objetivo daimplantação destes pontos, que é de separar os resíduos sólidos de forma quepossibilit e a sua reutili zação sem agredir o meio ambiente.

Um fato sério que ocorre nos pontos de coleta é a colocação de lixodomicili ar nos containers reservados para a colocação de entulho ou de lixoreciclável. Isto não poderia ocorrer de maneira alguma, pois impossibilit a oreaproveitamento dos resíduos, deixando apenas a opção de descartá-los no lixão. Aempresa contratada para fazer a coleta de lixo domicili ar em Rio Grande é a Vega,inclusive das zonas onde se localizam as estações, e de maneira alguma poderiaacontecer a colocação de lixo residencial em containers das estações.

Existe uma possibilidade, que deve ser estudada com cautela, que é aimplantação de novas estações de coleta diferenciada de lixo através da iniciativaprivada. A maior empresa de Tele-Entulho da cidade já se mostrou interessada emexercer esta atividade, retirando lucro da venda do entulho coletado. Mas deve serincentivada também a reciclagem do entulho coletado, pois disponibili zaria umagregado secundário com preço inferior ao tradicional favorecendo inclusive aconstrução de casas populares mais baratas.

5. Projeto de Gerenciamento de RCC

O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverá serelaborada em conjunto com o CREA e a SEARG para estabelecer os procedimentos etécnicas de separação e depósito dos resíduos de obra, que deve ter como base àclassificação imposta pela resolução nº 307 do Conama. A exemplo do que é feito emBrasília onde o entulho é separado em containers separados com as três classificações:A, B e CeD, seguindo a classificação do Conama.

Quando este projeto estiver em vigor todas às atividades e empreendimentossujeitos a licenciamento ambiental deverão apresentar o Projeto de Gerenciamento deResíduos de Construção Civil , junto com o projeto do empreendimento, para análise doórgão competente.

6. Programa Municipal de Gerenciamento de RCC

O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civilserá elaborado, implementado pelos municípios e o Distrito Federal, deverá estabelecerdiretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabili dades dos pequenosgeradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbanalocal.

Além de pontos específicos para o depósito de entulho, é necessário realizarum trabalho de informação dos geradores e transportadores . Estes últimos devempassar por um cadastramento realizado pela prefeitura legalizando as suas atividades,inclusive as empresas de Tele-Entulho.

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7. Conclusões

Nota-se na conclusão deste trabalho que o gerenciamento dos resíduos deconstrução civil em Rio Grande é caótico, desde a produção até a disposição quenormalmente é irregular, degrada o meio ambiente e possibilit a a proli feração devetores.

É necessário criar pontos para disposição regular de entulho, seguindo omapeamento dos focos realizados neste trabalho, formando uma rede de coleta destematerial que possibilit aria o reaproveitamento do entulho por parte da PrefeituraMunicipal melhorando a infra – estrutura da cidade no que diz respeito a melhoria devias não pavimentadas ou utili zação de entulho reciclado como agregado secundáriopara a fabricação de blocos de concreto, uso em calçadas, etc...

É necessário fazer um credenciamento dos charreteiros e caçambeiros quetransportam o entulho e regularizar esta atividade, a atividade das empresas de Tele-Entulho também devem ser regularizadas e devem ser feitos critérios para para asatividades dos transportadores.

Um plano de gerenciamento integrado de resíduos de construção civil de RioGrande deverá ser voltado para diminuir os custos da Prefeitura Municipal com limpezapública e também diminuir a quantidade de resíduos a ser depositada no futuro aterrosanitário, aumentando a sua vida útil .

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, J.B. Resíduos Sólidos no balneár io Cassino: avaliação e proposta desistema de manejo. 1998. Monografia de conclusão de curso (Bacharelado)-Curso deGeografia - Universidade Federal do Rio Grande -RS.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Estabelece diretrizes técnicas eprocedimentos para gestão de resíduos da construção civil . Resolução n. 307, de 5 dejulho de 2002.

OLIVEIRA, Artur Santos Dias de.Lixo: desvelando coisas malditas. Rio Grande: PontoEditora, 2002, 344 p.

PINTO,T.P. Metodologia para a gestão diferenciada deresíduos sólidos daconstrução urbana.1999. Dissertação (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnicada Universidade de São Paulo, São Paulo.

RODRIGUES, Francisco e CAVINATTO, Vilma. Lixo: De onde vem? Para ondevai?.7ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2000, 80p.

ZORDAN, Sérgio e PAULON, Vladimir. O entulho da construção civil e seu potencialde reciclagem como agregado para concreto. Revista Engenhar ia, 547, 2001.Disponível em <www.engenhoeditora.com.br>. Acesso em: 14 de julho de 2003

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Anexos

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Anexo 01

RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002

Estabelecediretrizes,critérios eprocedimentos para agestão dosresíduos daconstruçãocivil.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências que lheforam conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº99.274, de 6 de julho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, Anexo àPortaria nº 326, de 15 de dezembro de 1994, eConsiderando a política urbana de pleno desenvolvimento da função social da cidade e dapropriedade urbana, conforme disposto na Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001;Considerando a necessidade de implementação de diretrizes para a efetiva redução dosimpactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil;Considerando que a disposição de resíduos da construção civil em locais inadequadoscontribui para a degradação da qualidade ambiental;Considerando que os resíduos da construção civil representam um significativo percentual dosresíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas;Considerando que os geradores de resíduos da construção civil devem ser responsáveis pelosresíduos das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas eestradas, bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos;Considerando a viabilidade técnica e econômica de produção e uso de materiais provenientesda reciclagem de resíduos da construção civil; eConsiderando que a gestão integrada de resíduos da construção civil deverá proporcionarbenefícios de ordem social, econômica e ambiental, resolve:Art. 1º Estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos daconstrução civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactosambientais.Art. 2º Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:I - Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos edemolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação deterrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico,vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras,caliça ou metralha;II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis poratividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e dotransporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;IV - Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos deconstrução que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação,de infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclarresíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos paradesenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas emprogramas e planos;VI - Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;VII - Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido àtransformação;VIII - Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações e/ou processos que tenham

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por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ouproduto;IX - Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão empregadas técnicas dedisposição de resíduos da construção civil Classe "A" no solo, visando a reservação demateriais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área,utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causardanos à saúde pública e ao meio ambiente;X - Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposiçãofinal de resíduos.Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução,da seguinte forma:I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos(tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos,tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ouaplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como osprodutos oriundos do gesso;IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como:tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas ereparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.Art. 4º Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e,secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.§ 1º Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduosdomiciliares, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em áreasprotegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta Resolução.§ 2º Os resíduos deverão ser destinados de acordo com o disposto no art. 10 desta Resolução.Art. 5º É instrumento para a implementação da gestão dos resíduos da construção civil o PlanoIntegrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a ser elaborado pelosMunicípios e pelo Distrito Federal, o qual deverá incorporar:I - Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; eII - Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.Art 6º Deverão constar do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil:I - as diretrizes técnicas e procedimentos para o Programa Municipal de Gerenciamento deResíduos da Construção Civil e para os Projetos de Gerenciamento de Resíduos daConstrução Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício dasresponsabilidades de todos os geradores.II - o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento, triagem earmazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o porte da áreaurbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos oriundos de pequenosgeradores às áreas de beneficiamento;III - o estabelecimento de processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento e dedisposição final de resíduos;IV - a proibição da disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas;V - o incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo;VI - a definição de critérios para o cadastramento de transportadores;VII - as ações de orientação, de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos;VIII - as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar a suasegregação.Art 7º O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil seráelaborado, implementado e coordenado pelos municípios e pelo Distrito Federal, e deveráestabelecer diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dospequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbanalocal.Art. 8º Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil serão elaborados e

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implementados pelos geradores não enquadrados no artigo anterior e terão como objetivoestabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmenteadequados dos resíduos.§ 1º O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de empreendimentos eatividades não enquadrados na legislação como objeto de licenciamento ambiental, deverá serapresentado juntamente com o projeto do empreendimento para análise pelo órgãocompetente do poder público municipal, em conformidade com o Programa Municipal deGerenciamento de Resíduos da Construção Civil.§ 2º O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de atividades eempreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, deverá ser analisado dentro doprocesso de licenciamento, junto ao órgão ambiental competente.Art. 9º Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar asseguintes etapas:I - caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos;II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizadanas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduosestabelecidas no art. 3º desta Resolução;III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geraçãoaté a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condiçõesde reutilização e de reciclagem;IV - transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordocom as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos;V - destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta Resolução.Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados aáreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a suautilização ou reciclagem futura;II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamentotemporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com asnormas técnicas especificas.IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados emconformidade com as normas técnicas especificas.Art. 11. Fica estabelecido o prazo máximo de doze meses para que os municípios e o DistritoFederal elaborem seus Planos Integrados de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil,contemplando os Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civiloriundos de geradores de pequenos volumes, e o prazo máximo de dezoito meses para suaimplementação.Art. 12. Fica estabelecido o prazo máximo de vinte e quatro meses para que os geradores, nãoenquadrados no art. 7º, incluam os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da ConstruçãoCivil nos projetos de obras a serem submetidos à aprovação ou ao licenciamento dos órgãoscompetentes, conforme §§ 1º e 2º do art. 8º.Art. 13. No prazo máximo de dezoito meses os Municípios e o Distrito Federal deverão cessar adisposição de resíduos de construção civil em aterros de resíduos domiciliares e em áreas de"bota fora".Art. 14. Esta Resolução entra em vigor em 2 de janeiro de 2003.

JOSÉ CARLOS CARVALHOPresidente do Conselho

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Anexo 02

Estudo d a quantidade de lixo recolhida pela Estação Diferencial IPeríodo: 25/03/03 a 23/04/03

Charrete Caminhão Caçamba Carr inho de mão Camionete

100% 75% 50% 25% 100% 75% 50% 25% 100% 75% 50% 25% 100% 75% 50% 25% 100% 75% 50% 25%

Entulho 50 29 6 1 17 4 1 0 14 0 0 0 30 1 0 0 27 16 8 0

Madeira 38 14 11 8 6 4 1 0 8 0 0 0 6 0 0 0 33 9 14 0

Metal 7 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0

Poda 39 9 2 0 12 3 1 0 18 1 0 0 26 0 0 0 20 3 9 0

Papel* 7 4 1 1 9 3 2 0 20 14 0 0 0 0 0 0 23 9 8 6

Plástico 3 2 0 0 5 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 18 1 0 0

Vidro 13 1 0 0 4 0 0 0 18 0 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0

Inservíveis 15 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 7 0 0

Outros 3 0 0 0 4 12 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

Charrete Caminhão Caçamba Carr . de mão Camionete SUBTOTAL PORCENT.

Entulho 75 un. 20,5 un. 14 un. 31 un. 43 un. 721 m3 30,6 %

Madeira 56 un. 9,5 un. 8 un. 6 un. 47 un. 512 m3 21,7 %

Metal 7 un. 3 un. 0 un. 0 un. 5 un. 70 m3 3,0 %

Poda 47 un. 14,8 un. 19 un. 26 un. 27 un. 465 m3 19,7 %

Papel* 11 un. 12,3 un. 31 un. 0 un. 35 un. 167 m3 7,1 %

Plástico 4,5 un. 5 un. 8 un. 0 un. 19 un. 73 m3 3,1 %

Vidro 14 un. 4 un. 18 un. 14 un. 0 un. 135 m3 5,7 %

Inservíveis 15 un. 2,75 un. 0 un. 0 un. 11 un. 135 m3 5,7 %

Outros 3 un. 13,8 un. 0 un. 0 un. 1 un. 79 m3 3,3 %

Charrete 0,5 m3

Caminhão 7,5 m3

Caçamba 4 m3 TOTAL: 2354,5 m3

Carrinho d e mão 0,1 m3* papel e papelão

Camionete 1,1 m3**** média feita entre as camionetes nacionais

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Anexo 03: Mapeamento dos Focos de Entulho em Rio Grande – RS

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