sistema petrolífero

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Geologia do Petróleo Geologia do Petróleo Sistemas Petrolíferos Sistemas Petrolíferos Eliane da C. Alves 26/05/2008

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Page 1: Sistema Petrolífero

Geologia do PetróleoGeologia do PetróleoSistemas PetrolíferosSistemas Petrolíferos

Eliane da C. Alves26/05/2008

Page 2: Sistema Petrolífero

Geologia do PetróleoGeologia do Petróleo

OrigemOrigem MigraçãoMigração AcumulaçãoAcumulação OcorrênciasOcorrências

Eliane da C. Alves26/09/2006

Page 3: Sistema Petrolífero

SISTEMA PETROLÍFEROSISTEMA PETROLÍFERO

O O petróleopetróleo é uma substância natural combustível, formada por é uma substância natural combustível, formada por hidrocarbonetoshidrocarbonetos. Dependendo do nº de átomos de carbono, . Dependendo do nº de átomos de carbono, pode ser sólido, líquido ou gasoso.pode ser sólido, líquido ou gasoso.

O O petróleopetróleo se forma a partir da transformação da se forma a partir da transformação da matéria matéria orgânicaorgânica contida em rochas argilosas, os folhelhos, pelo efeito contida em rochas argilosas, os folhelhos, pelo efeito de de pressão e temperatura e não pode sofrer oxidação. A . A necessidade de condições não-oxidantes pressupõe um necessidade de condições não-oxidantes pressupõe um ambiente de deposição composto de baixa permeabilidade, ambiente de deposição composto de baixa permeabilidade, inibidor da água circulante em seu interior. inibidor da água circulante em seu interior.

O O folhelho rico em matéria orgânicafolhelho rico em matéria orgânica, submetido em condições , submetido em condições adequadas de T e P, transforma a matéria orgânica em óleo e adequadas de T e P, transforma a matéria orgânica em óleo e gás, e o folhelho será designado de gás, e o folhelho será designado de Rocha GeradoraRocha Geradora..

Page 4: Sistema Petrolífero

Para que ocorra jazida são necessários:Para que ocorra jazida são necessários:

Rocha geradora; Rocha geradora; Temperatura e tempo suficientes para que ocorra a Temperatura e tempo suficientes para que ocorra a

maturação e geraçãomaturação e geração Rocha reservatório;Rocha reservatório; Estrutura de migração entre as rochas geradora e Estrutura de migração entre as rochas geradora e

reservatório;reservatório; Petróleo, água e gás em movimento ou com Petróleo, água e gás em movimento ou com

capacidade móvel para ocupar os poros;capacidade móvel para ocupar os poros; Estrutura que promova a acumulação (armadilha); Estrutura que promova a acumulação (armadilha); Rocha selante;Rocha selante; Sucessão cronológica de eventos (geração, Sucessão cronológica de eventos (geração,

migração, acumulação).migração, acumulação).

Page 5: Sistema Petrolífero

GEOLOGIA DE PETRÓLEOGEOLOGIA DE PETRÓLEOSistema PetrolíferoSistema Petrolífero

Page 6: Sistema Petrolífero

GEOLOGIA DE PETRÓLEOGEOLOGIA DE PETRÓLEOMargens ContinentaisMargens Continentais

Margem Continental

é a margem submersa da área continental, abrange a linha de costa,

plataforma continental e talude continental.

Plataforma Continental

Chama-se plataforma continental à porção dos fundos marinhos que

começa na linha de costa e desce com um declive suave até ao talude

continental (onde o declive é muito mais pronunciado, descendo para as

regiões pelágicas e abissais). Em média, a plataforma continental desce até

uma profundidade de 200 metros. A plataforma continental tem largura

média de 65 a 100 km e é formada por : Acumulações finas de sedimentos de

deposição fluvial, algumas áreas tem um manto de extensivos depósitos

glaciais.

Page 7: Sistema Petrolífero

GEOLOGIA DE PETRÓLEOGEOLOGIA DE PETRÓLEOMargens ContinentaisMargens Continentais

Page 8: Sistema Petrolífero

GEOLOGIA DE PETRÓLEOGEOLOGIA DE PETRÓLEOBacia de Campos – Locação dos CamposBacia de Campos – Locação dos Campos

Page 9: Sistema Petrolífero

GEOLOGIA DE PETRÓLEOGEOLOGIA DE PETRÓLEOSistemas DeposicionaisSistemas Deposicionais

Formação, acumulação e prospecção do petróleo e do gás natural

O termo petróleo, a rigor, envolve todas as misturas naturais de

compostos de carbono e hidrogênio, os denominados hidrocarbonetos,

incluindo o óleo e o gás natural, embora seja também empregado para

designar apenas os compostos líquidos. O petróleo é formado em

depressões da crosta terrestre após o acúmulo de sedimentos trazidos

pelos rios das partes mais elevadas, ao seu redor, em ambiente aquoso. A

imagem mais facilmente compreensível, dessas depressões (Bacia

Sedimentar) é a de uma ampla depressão coberta de água, seja um lago

ou um mar que sofre rebaixamento contínuo no tempo geológico.

Page 10: Sistema Petrolífero

Rocha GeradoraRocha Geradora

É a rocha que contém quantidades É a rocha que contém quantidades adequadas de matéria orgânica, com adequadas de matéria orgânica, com potencial de gerar petróleo.potencial de gerar petróleo.

A quantidade de Carbono Orgânico A quantidade de Carbono Orgânico Total (TOC) nestas rochas deve ser Total (TOC) nestas rochas deve ser superior a 0.5%superior a 0.5%

Existe boa correlação entre reservas Existe boa correlação entre reservas de petróleo e rochas geradoras com de petróleo e rochas geradoras com grandes quantidades de matéria grandes quantidades de matéria orgânica.orgânica.

Page 11: Sistema Petrolífero

GEOLOGIA DE PETRÓLEOGEOLOGIA DE PETRÓLEOSistemas DeposicionaisSistemas Deposicionais

Dentre diversas teorias existentes para explicar a origem do petróleo, a mais

aceita, atualmente, é a de sua origem orgânica, ou seja, tanto o petróleo

como o gás natural, são combustíveis fósseis, da mesma forma que o

carvão. Sua origem se dá a partir de matéria orgânica, animal e vegetal

(principalmente algas), soterrada pouco a pouco por sedimentos caídos no

fundo de antigos mares ou lagos, em condições de ausência de oxigênio,

que, se ali existisse, poderia destruí-los por oxidação. Entretanto, mesmo

assim a matéria orgânica desses tecidos passou por drásticas modificações,

graças à temperatura e à pressão causada pelo soterramento prolongado,

de modo que praticamente só restaram o carbono e o hidrogênio, que, sob

condições adequadas, combinaram-se para formar o petróleo ou gás.

Page 12: Sistema Petrolífero

O Ciclo do CarbonoO Ciclo do Carbono

Page 13: Sistema Petrolífero

O Ciclo do CarbonoO Ciclo do Carbono

Page 14: Sistema Petrolífero

Deposição de Matéria Deposição de Matéria Orgânica em Ambientes Orgânica em Ambientes

AquososAquosos

Quantidade depende de:Quantidade depende de: Produtividade na coluna d´águaProdutividade na coluna d´água Tamanho dos grãosTamanho dos grãos Condições de oxidação/reduçãoCondições de oxidação/redução Condições de energia junto ao fundoCondições de energia junto ao fundo Razão de sedimentaçãoRazão de sedimentação

Page 15: Sistema Petrolífero

Preservação da Matéria Preservação da Matéria OrgânicaOrgânica

Page 16: Sistema Petrolífero
Page 17: Sistema Petrolífero

Maturação da Matéria OrgânicaMaturação da Matéria Orgânica

DiagêneseDiagênese Poucas centenas a 2000 m. Poucas centenas a 2000 m. Na fase inicial, principalmente atividade Na fase inicial, principalmente atividade

bacteriana. bacteriana. Biopolímeros (proteínas e carbohidratos) são Biopolímeros (proteínas e carbohidratos) são

destruídos formando os “geopolímeros” destruídos formando os “geopolímeros” (precursores do querogênio). (precursores do querogênio).

Forma principalmente metanoForma principalmente metano Reflectância da vitrinita 0.5%. Reflectância da vitrinita 0.5%.

Page 18: Sistema Petrolífero

Maturação da Matéria OrgânicaMaturação da Matéria Orgânica

CatagênseCatagênse Profundidades de vários km. Pressões de Profundidades de vários km. Pressões de

300 a 1500 bars.300 a 1500 bars. Temperaturas de 50 a 150Temperaturas de 50 a 150oo C C Querogênio produz inicialmente óleo e Querogênio produz inicialmente óleo e

posteriormente gás e condensado, em todas posteriormente gás e condensado, em todas as fases o metano também é produzido as fases o metano também é produzido

Reflectância da vitrinita entre 0.5% a 2 %Reflectância da vitrinita entre 0.5% a 2 %

Page 19: Sistema Petrolífero

Maturação da Matéria OrgânicaMaturação da Matéria Orgânica

MetagênseMetagênse Profundidades de várias dezenas de km. Profundidades de várias dezenas de km. Pressões e temperaturas elevadas Pressões e temperaturas elevadas Influência de magma e hidrotermalismo Influência de magma e hidrotermalismo Querogênio transforma-se em metano e resíduo de carbonoQuerogênio transforma-se em metano e resíduo de carbono Carvão transforma-se em antracito.Carvão transforma-se em antracito. Reflectância da vitrinita entre 2% a 4 %Reflectância da vitrinita entre 2% a 4 %

A maiores pressões e temperaturas, ocorre metamorfismo das A maiores pressões e temperaturas, ocorre metamorfismo das rochas e da matéria orgânica. O carvão transforma-se em rochas e da matéria orgânica. O carvão transforma-se em meta-antracito, com reflectância superior a 4%. O querogênio meta-antracito, com reflectância superior a 4%. O querogênio transforma-se totalmente em carbono.transforma-se totalmente em carbono.

Page 20: Sistema Petrolífero

Maturação da Matéria OrgânicaMaturação da Matéria OrgânicaPrincipais estágios evolutivosPrincipais estágios evolutivos

Principal HC Principal HC formadoformado

Reflectância da Reflectância da Vitrinita (%)Vitrinita (%)

DiagêneseDiagênese MetanoMetano 0 a 0.5%0 a 0.5%

CatagêneseCatagênese

ÓleoÓleo 0.5 a 1.3 %0.5 a 1.3 %

Gás liquefeito Gás liquefeito do petróleodo petróleo

1.3 a 2 %1.3 a 2 %

MetagêneseMetagênese

MetanoMetano

2 a 4%2 a 4%

MetamorfismoMetamorfismo Acima de 4%Acima de 4%

Page 21: Sistema Petrolífero

OrigemOrigem

Origem orgânica X inorgânicaOrigem orgânica X inorgânica Matéria OrgânicaMatéria Orgânica Rocha GeradoraRocha Geradora MaturaçãoMaturação Tipos de PetróleoTipos de Petróleo

Page 22: Sistema Petrolífero

HIDROCARBONETOSHIDROCARBONETOS

São compostos complexos que contém, São compostos complexos que contém, além do Hidrogênio (H) e Carbono (C), além do Hidrogênio (H) e Carbono (C), outros elementos químicos, tais como: outros elementos químicos, tais como: Enxôfre (S), Nitrogênio (N) e Oxigênio Enxôfre (S), Nitrogênio (N) e Oxigênio (O).(O).

Em sua maioria, apresentam 11 a 15% Em sua maioria, apresentam 11 a 15% de H e 82 a 87% de C (em peso).de H e 82 a 87% de C (em peso).

Page 23: Sistema Petrolífero

Exemplo de Algas Marinhas, junto a argila em Exemplo de Algas Marinhas, junto a argila em condições anóxicas ficam preservadas. Submetida condições anóxicas ficam preservadas. Submetida a condiçoes adequadas de T e P se transformam a condiçoes adequadas de T e P se transformam

em óleo e gás. em óleo e gás.

Page 24: Sistema Petrolífero

Esquema de processo de migração. Submetida a condições ideais de T e Esquema de processo de migração. Submetida a condições ideais de T e P , a matéria orgânica contida no folhelho (shale) gerador transforma-se P , a matéria orgânica contida no folhelho (shale) gerador transforma-se em petróleo, sendo expulsa. O óleo assim forçado move-se para uma em petróleo, sendo expulsa. O óleo assim forçado move-se para uma

rocha porosa, a rocha reservatório, que está cheia de água.rocha porosa, a rocha reservatório, que está cheia de água. A rocha A rocha capeadora faz com que óleo suba, depositando-se nas armadilhas ou capeadora faz com que óleo suba, depositando-se nas armadilhas ou trapas.trapas.

Page 25: Sistema Petrolífero

Figura 1 – molécula de metano Figura 1 – molécula de metano CHCH44, hidrocarboneto mais simples, , hidrocarboneto mais simples,

gasoso em CNTP.gasoso em CNTP.

Figura 2 – molécula de etano Figura 2 – molécula de etano CC22HH66, também gasoso em CNTP., também gasoso em CNTP.

Figura 3 – molécula de propano Figura 3 – molécula de propano CC33HH88, igualmente gasoso em , igualmente gasoso em

CNTP.CNTP.

Page 26: Sistema Petrolífero

Molécula de Hezano Molécula de Hezano CC66HH1414, líquido em, líquido em CNTP.CNTP.

Molécula de Benzeno Molécula de Benzeno

CC66HH66, líquido em CNTP., líquido em CNTP.

Page 27: Sistema Petrolífero

Tipos Comuns de Tipos Comuns de HidrocarbonetosHidrocarbonetos

Cadeias Lineares (Parafinas Normais):Cadeias Lineares (Parafinas Normais): Cadeias Complexas (Naftenos e Aromáticos).Cadeias Complexas (Naftenos e Aromáticos).

Page 28: Sistema Petrolífero

Séries de Hidrocarbonetos

Parafínicos (Alcanos)

AsfálticaAromática

Naftênicas

Page 29: Sistema Petrolífero

Série Parafínica:•Até C5- Gasosos a grandes temperaturas e pressões.

•C5 a C15- Líquidos

•C15 em diante- Sólidos (menor valor comercial)

Série Naftênica- (Cicloparafínica) – 5 Carbonos ou mais. Óleos com altos valores de naftenos tendem a ter alto teor aasfáltico, reduzindo seu valor.

Série Benzênica- Aromáticas – 6 Carbonos ou mais. Produz gasolinas com maior octanagem (alto valor comercial).

Série Asfáltica – 40 a 60 átomos de carbono. São sólidos.

Contaminantes: S, N, O, etc...

Page 30: Sistema Petrolífero

Tipos de Matéria Orgânica e Tipos de Matéria Orgânica e seus produtosseus produtos

Ácidos, Ceras, Hidrocarbonetos, Gorduras Pigmentos Proteínas Carboidratos Lignina

DetritosOrgânicos

Ácidos, Ceras, Hidrocarbonetos, Amino Ácidos, Gorduras, Pigmentos

Hidrocarbonetos

Amino Ácidos

Açúcares

Carvão

Condensados

Compostos Húmicos Querogênio

Betumes Querogênio

Page 31: Sistema Petrolífero

Para que ocorra jazida são Para que ocorra jazida são necessários:necessários:

Rocha fonte;Rocha fonte; Rocha reservatório;Rocha reservatório; Espaços porosos interconectados, capazes de Espaços porosos interconectados, capazes de

conter e armazenar petróleo;conter e armazenar petróleo; Petróleo, água e gás em movimento ou com Petróleo, água e gás em movimento ou com

capacidade móvel para ocupar os poros;capacidade móvel para ocupar os poros; Estrutura que promova a acumulação Estrutura que promova a acumulação

(armadilha); (armadilha); Rocha selante;Rocha selante; Estrutura de migração entre as rochas fonte e Estrutura de migração entre as rochas fonte e

reservatório;reservatório; Temperatura e tempo decorrido.Temperatura e tempo decorrido.

Page 32: Sistema Petrolífero

Condições Comuns de Condições Comuns de OcorrênciaOcorrência

Quase todo petróleo ocorre em sedimentos e Quase todo petróleo ocorre em sedimentos e rochas sedimentares.rochas sedimentares.

Não existem duas amostras de petróleo, de Não existem duas amostras de petróleo, de campos distintos, com a mesma campos distintos, com a mesma composição.composição.

Encontra-se em rochas de idades distintas Encontra-se em rochas de idades distintas desde o Pré-Cambriano até o Pleistoceno.desde o Pré-Cambriano até o Pleistoceno.

Temperaturas dos reservatórios raramente Temperaturas dos reservatórios raramente superam 100superam 100ooC.C.

Page 33: Sistema Petrolífero

Deposição de Matéria Orgânica Deposição de Matéria Orgânica em Ambientes Aquososem Ambientes Aquosos

Quantidade depende de:Quantidade depende de: Produtividade na coluna d´águaProdutividade na coluna d´água Tamanho dos grãosTamanho dos grãos Condições de oxidação/reduçãoCondições de oxidação/redução Condições de energia junto ao fundoCondições de energia junto ao fundo Razão de sedimentaçãoRazão de sedimentação

Page 34: Sistema Petrolífero

Nos reservatórios que possuem que possuem H2O e Gás ou Nos reservatórios que possuem que possuem H2O e Gás ou H2O, Gás e Óleo os componentes se dispõem em H2O, Gás e Óleo os componentes se dispõem em “camadas”:“camadas”:

11oo Gás Gás

22oo Óleo Óleo

33oo Água Água

ObsObs22: H20 intersticial está presente em todas as camadas com : H20 intersticial está presente em todas as camadas com 10 a 30% do interstício podendo chegar a 50%10 a 30% do interstício podendo chegar a 50%

Page 35: Sistema Petrolífero

Classificação das Águas de Reservatórios

1- Água Meteórica: Originada da Chuva que penetra nos póros das rochas rasas e permeáveis, ou percolam através dos planos de intersecção, fraturas ou camadas permeáveis

Características: Possuem O2 e CO2 dissolvido, sulfatos, carbonatos e bicarbonatos.

2 - Água de Formação: Água original presente durante a deposição dos sedimentos no mar ou lago, onde sedimentos marinhos se depositaram.

Características: Abundância de cloretos, especialmente NaCl sendo as vezes maior que o H2O do mar

3 - Água Misturada: Características que sugerem origem múltipla

Page 36: Sistema Petrolífero

Formas de Ocorrência das Águas de Reservatório

• Água Livre: Localizada dentro da armadilha abaixo das camadas de óleo e gás.

• Água Intersticial: Adsorvida na superfície dos minerais

Page 37: Sistema Petrolífero

Propriedades do Óleo

• Óleo e Gás natural abaixo do solo estão sob maiores pressões e temperaturas.

• Todo óleo tem gás dissolvido. Quando as concentrações passam do ponto de saturação se forma a camada de gás.

Page 38: Sistema Petrolífero

Propriedades Físicas de Óleo

•densidade•volume•viscosidade•índice refrativo•fluorescência•atividade óptica•cor •odor•ponto de ebulição•coeficiente de expansão

Page 39: Sistema Petrolífero

Densidade do Óleo (Gravidade)Densidade do Óleo (Gravidade)

É a medida comparativa de uma unidade É a medida comparativa de uma unidade de volume de água e óleo a e 1 atm.de volume de água e óleo a e 1 atm.

Escala API de gravidadeEscala API de gravidade Grau API = (141.5/Densidade a 60Grau API = (141.5/Densidade a 60oo F )-131.5 F )-131.5 Altos valores API correspondem a densidades Altos valores API correspondem a densidades

baixas e vice-versabaixas e vice-versa

Page 40: Sistema Petrolífero

Gás Natural

•Pode representar 100% do poço

•Pode ser classificado como associado ou não associado.

•O gás dissolvido depende das condições de pressão temperatura e saturação

•A temperatura em que os gases se dissociam se chama ponto de bolha

•Na água a sua solubilidade representa 6% se comparada com a do óleo.

Page 41: Sistema Petrolífero

MigraçãoMigração

Migração Primária: Fonte para o Migração Primária: Fonte para o ReservatórioReservatório

Migração Secundária: Estágio final de Migração Secundária: Estágio final de acumulaçãoacumulação

Page 42: Sistema Petrolífero

AcumulaçãoAcumulação

Rochas-ReservatórioRochas-Reservatório

PorosidadePorosidade

PermeabilidadePermeabilidade

Page 43: Sistema Petrolífero

Tipos de Porosidade

• Primária - controlada pelo ambiente deposicional da rocha, selecionamento e a natureza do material da rocha.

• Secundária - depende de acontecimentos posteriores à deposição da rocha, como fraturamento, dissolução, redeposição,

cimentação e a compactação.

- Relação entre o espaço poroso e o volume total da rocha reservatório expressa em percentagem.

POROSIDADE

Page 44: Sistema Petrolífero

Textura X Qualidade do Reservatório

Textura é o aspecto do grão constituinte da rocha

• Tamanho dos Grãos;

• Seleção;

• Arredondamento;

• Forma dos Grãos / Esfericidade

• Empacotamento - diretamente relacionado com o arranjo das partículas

• Argilosidade

Page 45: Sistema Petrolífero

Permeabilidade (K)

• A permeabilidade é a propriedade que permite a passagem do fluido pelos poros da rocha interconectados, denominados de porosidade efetiva.

• É a medida da condutividade dos fluidos na rocha.

• A rocha é denominada de permeável quando os fluidos passam pelos poros num curto espaço de tempo.

• Rochas impermeáveis não permitem a passagem dos fluidos e tornam-se selantes.

Page 46: Sistema Petrolífero

Conglomerado Conglomerado com grandes com grandes poros, onde poros, onde podem se podem se acumular acumular

hidrocarbonetos.hidrocarbonetos.

Rocha Reservatório – é aquela capaz de conter e Rocha Reservatório – é aquela capaz de conter e transmitir fluidos, que podem ser óleo ou gás. As transmitir fluidos, que podem ser óleo ou gás. As rochas devem ser porosas e permeáveis, as mais rochas devem ser porosas e permeáveis, as mais comuns são arenitos e calcoarenito.comuns são arenitos e calcoarenito.

Page 47: Sistema Petrolífero

O petróleo é gerado por aquecimento a partir da matéria orgânica contida em rochas argilosas (folhelhos), migra para rochas porosas e permeáveis (arenitos) e se acumula em armadilhas, contido por rochas permeáveis capeadoras. A MIGRAÇÃO É MAIS EFETIVA SE AS ROCHAS-RESERVATÓRIO ESTIVEREM EM ACIMA DAS ROCHAS GERADORAS.

Page 48: Sistema Petrolífero

ArmadilhaArmadilha

É a barreira externa ou interna que É a barreira externa ou interna que impedirá a migração do gás e do petróleoimpedirá a migração do gás e do petróleo

Page 49: Sistema Petrolífero

Microfotografia de uma rocha-reservatório Microfotografia de uma rocha-reservatório contendo óleo.contendo óleo.

Page 50: Sistema Petrolífero

Esquema geral do Sistema Petrolífero. G = Esquema geral do Sistema Petrolífero. G = Rocha Geradora; R = Rocha Reservatório. Rocha Geradora; R = Rocha Reservatório.

Page 51: Sistema Petrolífero

Relações espaciais entre rochas geradoras, Relações espaciais entre rochas geradoras, reservatórios e selantes.reservatórios e selantes.

Page 52: Sistema Petrolífero

Armadilhas estratigráficas e paleogeomóficas.Armadilhas estratigráficas e paleogeomóficas.

Page 53: Sistema Petrolífero

Aprisionamento paleogeográfico (controle Aprisionamento paleogeográfico (controle estrutural e estratigráfico) , campo de Fazenda estrutural e estratigráfico) , campo de Fazenda Belém, Bacia de Potiguar.Belém, Bacia de Potiguar.

Page 54: Sistema Petrolífero

Armadilha Estrutural – o reservatório apresenta estruturas, Armadilha Estrutural – o reservatório apresenta estruturas, como dobras e/ou falhas que, em associação com as rochas como dobras e/ou falhas que, em associação com as rochas selantes permitem o acúmulo dos hidrocarbonetos.selantes permitem o acúmulo dos hidrocarbonetos.

Page 55: Sistema Petrolífero

A formação das armadilhas estruturais pode se A formação das armadilhas estruturais pode se dar (isoladamente ou em conjunto):dar (isoladamente ou em conjunto):

Por dobramentoPor dobramento Por falhamento normal ou inversoPor falhamento normal ou inverso Por fraturamentoPor fraturamento

A formação de quase todo tipo de armadilha A formação de quase todo tipo de armadilha envolve deformações da rocha reservatório.envolve deformações da rocha reservatório.

Exceções: armadilhas do tipo lenticular e recifesExceções: armadilhas do tipo lenticular e recifes

Page 56: Sistema Petrolífero

Trapas Estratigráficas

Discordância

Mudança no Acamamento

Variação de litologia e permeabilidade

Trapas Secundárias

Trapas Primárias

Page 57: Sistema Petrolífero

O óleo em geral se acumula nas partes mais altas O óleo em geral se acumula nas partes mais altas dessas estruturas, sendo mais leve que a água, dessas estruturas, sendo mais leve que a água, tende sobrenadá-la.tende sobrenadá-la.

Page 58: Sistema Petrolífero

Esquema de Trapas estruturais, associado Esquema de Trapas estruturais, associado a falhas e dobras.a falhas e dobras.

Page 59: Sistema Petrolífero

FalhamentoFalhamento Formam e modificam armadilhas, atuando Formam e modificam armadilhas, atuando

isolada ou conjuntamente com outros fatores isolada ou conjuntamente com outros fatores estruturais (dobras, arqueamento de estratos, estruturais (dobras, arqueamento de estratos, variação na estratigrafia ou permeabilidade). variação na estratigrafia ou permeabilidade).

Modificação = Variações locais de produçãoModificação = Variações locais de produção

Page 60: Sistema Petrolífero

FraturamentoFraturamento Causa acessória a muitas jazidas, podendo ser a principal Causa acessória a muitas jazidas, podendo ser a principal

formadora, desde que prevaleçam certas condições formadora, desde que prevaleçam certas condições (ausência de dobras ou mudanças estratigráficas);(ausência de dobras ou mudanças estratigráficas);

Jazidas com vida mais longa = lenta alimentação do gás Jazidas com vida mais longa = lenta alimentação do gás das fraturas até os poçosdas fraturas até os poços

Formação da Jazida somente por fraturamento (s/dobras ou mudanças estratigráficas); no término da fratura não há acumulação de petróleo

Page 61: Sistema Petrolífero

A deformação dos sedimentos circundantes ao domo A deformação dos sedimentos circundantes ao domo salino é causada pela ativa intrusão da massa de sal salino é causada pela ativa intrusão da massa de sal ascendente, e pelo soerguimento dos estratos ascendente, e pelo soerguimento dos estratos adjacentes.adjacentes.

Page 62: Sistema Petrolífero

Situações em que as Rochas Geradoras estão distantes das Rochas-Reservatório, com que a migração de hidrocarbonetos se dá por longas distâncias, resulta em baixa eficácia e com risco de perdas.

Page 63: Sistema Petrolífero

Extremo oposto, o processo ganha eficácia e diminuem os Extremo oposto, o processo ganha eficácia e diminuem os riscos de perdas.riscos de perdas.

Page 64: Sistema Petrolífero

Condições para armazenamentoCondições para armazenamento

Fechamento estrutural;Fechamento estrutural; Espessura da rocha;Espessura da rocha; Porosidade efetiva;Porosidade efetiva; Pressão;Pressão; Temperatura;Temperatura; Condições de fluxo dos fluidos através da Condições de fluxo dos fluidos através da

rocha.rocha.

VOLUME REAL = Espaço poroso entre o VOLUME REAL = Espaço poroso entre o nível da água abaixo e a rocha teto acimanível da água abaixo e a rocha teto acima

Page 65: Sistema Petrolífero

Placas Tectônicas AtuaisPlacas Tectônicas Atuais

Pete W. Sloss, NOAA-NESDIS-NGDC

Page 66: Sistema Petrolífero

Margem Continental DivergenteMargem Continental Divergente

Page 67: Sistema Petrolífero
Page 68: Sistema Petrolífero
Page 69: Sistema Petrolífero

Mapa geral das acumulações petrolíferas da Bacia de Campos. Em verde, os campos em águas rasas (menos de 600 m), e em laranja os campos em águas profundas, de 600 a 2000 m de lâmina d’água.

Page 70: Sistema Petrolífero

Óleo leve em novas fronteiras na Bacia de Santos, em águas ultra-profundas. O poço ainda em perfuração, situado em águas com 2.140 metros de profundidade, representa uma área de nova fronteira exploratória e um marco histórico na atividade de exploração de petróleo no Brasil. É o primeiro a ultrapassar uma seção de sal de mais de dois mil metros de espessura, no substrato marinho e encontrar petróleo.

Page 71: Sistema Petrolífero

Margem Continental ConvergenteMargem Continental Convergente

Page 72: Sistema Petrolífero
Page 73: Sistema Petrolífero
Page 74: Sistema Petrolífero
Page 75: Sistema Petrolífero
Page 76: Sistema Petrolífero

Mapa da Região do Golfo Pérsico, mostrando os campos produtores de óleo (azul) e gás (vermelho).

Campo Gigante de Ghawar, descoberto em 1948, produz 2.500.000 barris/dia, reserva final estimada em 82 bilhões de barris. Encontrado em camada de calcário com 100 m de espessura , a 500 m de profundidade.

Page 77: Sistema Petrolífero
Page 78: Sistema Petrolífero
Page 79: Sistema Petrolífero

O consumo de derivados no Brasil em 2005 está em torno de 2.200.000 barris/dia.

Page 80: Sistema Petrolífero
Page 81: Sistema Petrolífero
Page 82: Sistema Petrolífero

Crude oil prices since 1861 Crude oil prices since 1861 (BP Stat.)(BP Stat.)

Page 83: Sistema Petrolífero

À “paixão” americana pelo automóvelÀ “paixão” americana pelo automóvele pela gasolina (abundante e barata).e pela gasolina (abundante e barata).

Page 84: Sistema Petrolífero

Na Primeira Grande Guerra:Na Primeira Grande Guerra:o petróleo torna-se estratégico.o petróleo torna-se estratégico.

Page 85: Sistema Petrolífero

Petróleo: Insumo Estratégico?Petróleo: Insumo Estratégico?

“COMMODITY”X

ESTRATÉGICOPETRÓLEO

Page 86: Sistema Petrolífero

No pós-guerra aumenta o consumo e No pós-guerra aumenta o consumo e as sete irmãs controlam o mercado.as sete irmãs controlam o mercado.

The "Seven Sisters" largest to smallest:The "Seven Sisters" largest to smallest: 1: Standard Oil of New Jersey ( Exxon ). 1: Standard Oil of New Jersey ( Exxon ). 2: Royal Dutch/Shell Group. 2: Royal Dutch/Shell Group. 3: Texaco. 3: Texaco. 4: Standard Oil of California-SOCAL-Chevron. 4: Standard Oil of California-SOCAL-Chevron. 5: Mobil.  5: Mobil.   6: Gulf. 6: Gulf.  7: British Petroleum. 7: British Petroleum.

The "Seven Sisters" largest to smallest:The "Seven Sisters" largest to smallest: 1: Standard Oil of New Jersey ( Exxon ). 1: Standard Oil of New Jersey ( Exxon ). 2: Royal Dutch/Shell Group. 2: Royal Dutch/Shell Group. 3: Texaco. 3: Texaco. 4: Standard Oil of California-SOCAL-Chevron. 4: Standard Oil of California-SOCAL-Chevron. 5: Mobil.  5: Mobil.   6: Gulf. 6: Gulf.  7: British Petroleum. 7: British Petroleum.

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Crude oil prices since 1861 Crude oil prices since 1861 (BP Stat.)(BP Stat.)

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Em 1919, as reservas norte-americanas dão Em 1919, as reservas norte-americanas dão sinais de exaustão.sinais de exaustão.

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Os “Nômades” da Os “Nômades” da ExploraçãoExploração e as e as grandes jazidas do mundo.grandes jazidas do mundo.

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Produção de Petróleo no MundoProdução de Petróleo no Mundo

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Revista National Geographic (1919)Revista National Geographic (1919)

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A Segunda Guerra Mundial:A Segunda Guerra Mundial:petróleo ainda mais estratégico.petróleo ainda mais estratégico.

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O petróleo decide batalhas e guerras.O petróleo decide batalhas e guerras.

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Mais estratégico que nunca ...Mais estratégico que nunca ...

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Os americanos economizam e Os americanos economizam e racionam durante a guerra.racionam durante a guerra.

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Finalmente, no pós-guerra, a volta dos Finalmente, no pós-guerra, a volta dos “Happy Days”.“Happy Days”.

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Gasolina novamente Gasolina novamente abundante e barata.abundante e barata.

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As Estatais do Pós-Guerra:As Estatais do Pós-Guerra:a Petrobras (1953).a Petrobras (1953).

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No entanto, cresce a No entanto, cresce a dependência dependência do Oriente Médio.do Oriente Médio.

Já na primeira guerra os países árabes produtores de petróleo, elevaram o preço de U$3,00 para U$11,00.

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Cadeia Produtiva de Exploração de Cadeia Produtiva de Exploração de PetróleoPetróleo

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Cadeia Produtiva de Exploração e Produção

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O Petróleo no BrasilO Petróleo no Brasil

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Mapa da Bacia de Campos, mostrando os campos produtores de águas rasas e profundas, e as descobertas no Parque das Baleias, na Costa do Espírito Santo (2002).

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Óleo leve em novas fronteiras na Bacia de Santos, em águas ultra-profundas. O poço ainda em perfuração, situado em águas com 2.140 metros de profundidade, representa uma área de nova fronteira exploratória e um marco histórico na atividade de exploração de petróleo no Brasil. É o primeiro a ultrapassar uma seção de sal de mais de dois mil metros de espessura, no substrato marinho e encontrar petróleo.

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Resumo Exploratório da Petrobras entre 1954-1999. Em 45 anos foram adquiridos mais de 2.2 milhoões de km de dados sísmicos, em fases marcada de águas rasas e águas profundas. A sísmica 3D cresceu em 100%.

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Resumo Exploratório da Petrobras entre 1954-2000. Em 46 anos foram perfurados mais de cinco mil poços exploratórios, em fases marcada de águas rasas e águas profundas. Nos últimos anos perfura-se menos poços, mais caros mas descobrindo reservas com volumes maiores .

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