sistema de abastecimento de Água e esgotamento … regulados/… · página 3 plano municipal de...

203
Página 1 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA Outubro / 2014

Upload: others

Post on 23-May-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

 

 

Página1

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

  

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE  

SANEAMENTO BÁSICO 

 

PREFEITURA MUNICIPAL  

DE VILA VELHA 

 

Outubro / 2014  

 

 

Página2

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA 

Prefeito Municipal 

 Rodney Miranda 

Vice‐Prefeito Municipal 

Rafael Favatto 

Equipe de Governo 

 

Secretaria de Assistência Social ‐ SEMAS 

Giovana de Siqueira Novaes Buaiz 

Secretaria de Administração ‐ SEMAD 

Rogério Mattos 

Secretaria de Cultura e Turismo ‐SEMCULT 

Walace Millis 

Secretaria de Desenvolvimento Econômico ‐ SEMDEC 

Antônio Marcus Carvalho Machado 

Secretaria de Desenvolvimento Urbano ‐ SEMDU 

Ana Márcia Erler 

Secretaria de Educação ‐SEMED 

Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes 

Secretaria de Esportes e Lazer ‐SEMEL 

Alexandre Salgado 

Secretaria de Finanças ‐ SEMFI 

Adinalva Maria da Silva Prates 

Secretaria de Governo e Articulação Institucional ‐ SEMGOV 

Ana Emilia Gazel Jorge 

 

 

Página3

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Secretaria de Infraestrutura, Projetos e Obras ‐ SEMIPRO 

Paulo Maurício Ferrari 

Secretaria de Meio Ambiente ‐ SEMMA 

Jader Mutzig Bruna 

Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão ‐ SEMPLA 

Regis Mattos Teixeira 

Secretaria de Saúde ‐ SEMSA 

Andréia Passamani Barbosa Corteletti 

Secretaria de Serviços Urbanos ‐ SEMSU 

José Eliomar Rosa Brizolinha 

Secretaria de Transporte e Trânsito ‐ SEMTRAN 

Romário de Castro 

Secretaria de Comunicação ‐ SEMCOM 

Valéria Morgado 

 

Equipe Técnica 

Bruno Henrique Guimaraes – SEMMA   Letícia Medeiros Tagarro Pelissari – SEMMA 

Carla Maria Silva Vianna – SEMMA  Márcia Guimarães A. da Costa ‐ SEMCULT 

Celina Maria Conde Rego – SEMSA  Maria Candida Ramos Donatelli ‐ SEMIPRO 

Clariza Pereira Pinto – SEMSA  Marjorye Boldrini da Silva – SEMMA 

Eduardo Batista Pedrosa – SEMMA  Paulo Cesar Possato Aragão ‐ SEMPLA 

Eliane Oliveira Silva – SEMSA  Rosana Brandão Leal ‐ SEMCULT 

Flávia Rodrigues Maciel – SEMED   

 

Coordenação Geral 

Marjorye Boldrini da Silva – SEMMA  Maria Candida Ramos Donatelli ‐ SEMIPRO 

 

 

Página4

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

SUMÁRIO 

 

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................... 8 

ÍNDICE DE QUADROS ............................................................................................................... 11 

ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................. 12 

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 13 

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ................................................................. 14 

2.1. ASPECTOS GERAIS MUNICIPAIS .................................................................................... 14 

2.1.1. História ................................................................................................................................ 14 

2.1.2. Localização e área ............................................................................................................... 14 

2.1.3. Acesso .................................................................................................................................. 17 

2.1.4. Saneamento Básico ............................................................................................................. 17 

2.1.4.1. Saneamento Básico em localidades de pequeno porte .............................................. 21 

2.1.5. Energia ................................................................................................................................. 21 

2.2. ASPECTOS TURÍSTICOS ..................................................................................................... 22 

2.2.1. Praias .................................................................................................................................... 22 

2.2.2. Monumentos Históricos .................................................................................................... 28 

2.2.3. Balneabilidade..................................................................................................................... 35 

2.3. MEIO FÍSICO ......................................................................................................................... 36 

2.3.1. Recursos Hídricos ............................................................................................................... 36 

2.3.1.1. Hidrografia ....................................................................................................................... 36 

2.3.1.1.1. Comitês de bacias hidrográficas dos Rios Santa Maria da Vitória e Jucu ............ 45 

2.3.2. Clima .................................................................................................................................... 46 

2.3.3. Cobertura Vegetal .............................................................................................................. 46 

2.3.4. Uso e ocupação do solo ..................................................................................................... 47 

2.3.5. Relevo ................................................................................................................................... 51 

2.3.6. Áreas Protegidas ................................................................................................................. 51 

3. INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA ...................................................................... 63 

3.1. INDICADORES SOCIAIS .................................................................................................... 63 

3.1.1. Saúde .................................................................................................................................... 63 

3.1.2. Índice de Desenvolvimento Humano – IDHM .............................................................. 64 

3.1.3. Índice de Vulnerabilidade Social – IVS ........................................................................... 66 

3.1.4. Taxa de Mortalidade Infantil ............................................................................................ 66 

3.2. ECONOMIA ........................................................................................................................... 66 

3.3. EDUCAÇÃO .......................................................................................................................... 69 

4. DADOS POPULACIONAIS ................................................................................................... 72 

5. ÓRGÃOS AMBIENTAIS, LICENCIAMENTO E LEGISLAÇÃO ...................................... 74 

5.1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ...................................................................................... 74 

5.1.1. Licenciamento estadual ..................................................................................................... 74 

5.1.1.1. Dispensa de Licenciamento ........................................................................................... 75 

5.1.1.2. Licenciamento Simplificado (LS) .................................................................................. 76 

5.1.1.3. Licença Ambiental de Regularização (LAR) ............................................................... 76 

 

 

Página5

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

5.1.1.4. Licenciamento Geral ....................................................................................................... 76 

5.1.1.5. Licença Ambiental de Regularização de Saneamento (LARS) ................................. 77 

5.1.1.6. Quadro de Resumo ......................................................................................................... 77 

5.2. LICENCIAMENTO MUNICIPAL ...................................................................................... 79 

5.3. CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 79 

5.4. OUTORGA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS ............................................................ 80 

5.5. CONDICIONANTES DE OUTORGA ................................................................................ 81 

5.6. LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTARES ......................................................... 82 

5.6.1. Legislação federal ............................................................................................................... 82 

5.6.2. Resoluções do CONAMA ................................................................................................. 83 

5.6.3. Legislação Estadual ............................................................................................................ 85 

5.6.4. Decretos ............................................................................................................................... 87 

5.6.5. Resoluções do CONSEMA ................................................................................................ 88 

5.6.6. Resoluções do CERH ......................................................................................................... 89 

5.6.7 Legislação Municipal de Vila Velha ................................................................................. 89 

6. CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO EXISTENTES ................... 91 

6.1. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................ 91 

6.1.1. Subsistema Jucu .................................................................................................................. 93 

6.1.1.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta ......................................................... 93 

6.1.1.2. Estações de Tratamento de Água (ETAs) .................................................................... 95 

6.1.1.2.1. ETA I ‐ Vale Esperança ................................................................................................ 95 

6.1.1.2.2. ETA Cobi ....................................................................................................................... 98 

6.1.1.3. Reservação e Distribuição .............................................................................................. 99 

6.1.2. Subsistema Caçaroca ........................................................................................................ 103 

6.1.2.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta ....................................................... 103 

6.1.2.2. Estação de Tratamento de Água ‐ ETA Caçaroca ..................................................... 103 

6.1.2.3. Elevatória e Recalque de Água Tratada ..................................................................... 105 

6.1.2.4. Reservação e Distribuição ............................................................................................ 106 

6.1.3. Subsistema Ponta da Fruta .............................................................................................. 107 

6.1.3.1. Estação de Tratamento de Água – ETA Ponta da Fruta .......................................... 107 

6.1.3.2. Reservação de Ponta da Fruta ..................................................................................... 107 

6.1.4. Participação de cada Sub Sistema .................................................................................. 108 

6.1.5. Sistema de Supervisão e comando ................................................................................. 108 

6.1.6. Rede de abastecimento e acessórios .............................................................................. 109 

6.1.7. Ligações e hidrômetros .................................................................................................... 110 

6.1.8. Qualidade da água ........................................................................................................... 110 

6.1.9. Licenciamento e Outorga ................................................................................................ 114 

6.2. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTES .................................................. 116 

6.2.1. SES Araçás ......................................................................................................................... 120 

6.2.1.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 121 

 

 

Página6

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.1.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 122 

6.2.1.3. Estação de tratamento de esgotos (ETE Araçás) ....................................................... 123 

6.2.1.4. Emissário de esgoto tratado ......................................................................................... 126 

6.2.1.5. Corpo receptor ............................................................................................................... 126 

6.2.2. SES Jabaeté ......................................................................................................................... 127 

6.2.2.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 127 

6.2.2.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 127 

6.2.2.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 127 

6.2.2.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 130 

6.2.3. SES Jacarenema ................................................................................................................. 130 

6.2.3.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 130 

6.2.3.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 130 

6.2.3.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 130 

6.2.3.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 133 

6.2.4. SES Ulysses Guimarães ................................................................................................... 133 

6.2.4.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 133 

6.2.4.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 133 

6.2.4.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 134 

6.2.4.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 138 

6.2.5. SES Vale Encantado ......................................................................................................... 138 

6.2.5.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 138 

6.2.5.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 138 

6.2.5.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 139 

6.2.5.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 141 

6.2.6. SES Ewerton Montenegro ............................................................................................... 141 

6.2.6.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 141 

6.2.6.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 141 

6.2.7. SES Riviera Park ............................................................................................................... 141 

6.2.8. Tratamento dos impactos sociais e ambientais ............................................................ 142 

6.2.9. Regras para recebimento de esgoto na rede pública ................................................... 144 

6.3. SANEAMENTO BÁSICO NAS COMUNIDADES RURAIS DE VILA VELHA ........ 144 

6.4. INFORMAÇÕES COMERCIAIS E DE ATENDIMENTO AOS CLIENTES ............... 144 

6.4.1. Atendimento a clientes .................................................................................................... 144 

6.4.2. Tabela tarifária .................................................................................................................. 146 

7. ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE ............................................................... 148 

7.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................ 148 

7.2. SISTEMA DE COLETA, AFASTAMENTO E TRATAMENTO DE ESGOTO. ........... 149 

8. EVOLUÇÃO POPULACIONAL .......................................................................................... 151 

9. METAS E OBJETIVOS ........................................................................................................... 156 

9.1. COBERTURA DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................... 156 

 

 

Página7

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

9.2. PERDAS TOTAIS ................................................................................................................ 157 

9.3. COBERTURA DO SERVIÇO DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO ............ 160 

9.4. QUALIDADE, ATUALIDADE E REGULARIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS

 ....................................................................................................................................................... 161 

10. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIAS ......................................................... 163 

11. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO ADOTADOS .................................................. 166 

11.1. COEFICIENTES DIA E HORA DE MAIOR CONSUMO ............................................ 166 

11.2. CONSUMO PER CAPITA ................................................................................................ 167 

11.3. COEFICIENTE DE RETORNO ESGOTO/ÁGUA ......................................................... 167 

11.4. TAXA INFILTRAÇÃO...................................................................................................... 167 

11.5. EXTENSÃO DE REDE DE ÁGUA .................................................................................. 167 

11.6. EXTENSÃO DE REDE DE ESGOTO .............................................................................. 168 

11.7. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA .................................................................. 168 

11.8. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE COLETA DE ESGOTO .............................................. 169 

11.9. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO .................................. 170 

11.10. EVOLUÇÃO DAS ECONOMIAS E LIGAÇÕES ........................................................ 170 

12. APURAÇÃO DAS NECESSIDADES FUTURAS ............................................................. 174 

12.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .............................................................. 174 

12.2. SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO ........................................... 178 

12.3. QUANTIFICAÇÃO BÁSICA DAS NECESSIDADES FUTURAS .............................. 180 

12.3.1. Sistema de Abastecimento de Água ............................................................................ 180 

12.3.2. Sistema de Esgotos Sanitários ....................................................................................... 181 

13. PROGRAMAS, OBRAS E AÇÕES NECESSÁRIOS PARA CUMPRIR METAS .......... 183 

13.1. PROGRAMAS PRIORITÁRIOS PARA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS .................... 183 

13.1.1. Sistema de abastecimento de água .............................................................................. 183 

13.1.2. Sistema comercial e de gestão empresarial ................................................................. 184 

13.1.3. Sistema operacional e de manutenção ........................................................................ 184 

13.1.4. Sistema de esgotamento sanitário ................................................................................ 184 

13.1.5. Plano de comunicação/ Educação ambiental ............................................................. 185 

13.2. AÇÕES PLANEJADAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE 

SANEAMENTO BÁSICO .......................................................................................................... 185 

13.2.1. Cronogramas financeiros das necessidades planejadas ........................................... 185 

13.2.1.1. Investimentos em curto prazo ................................................................................... 186 

13.2.1.2. Investimentos em médio prazo ................................................................................. 187 

13.2.1.3. Investimentos em longo prazo .................................................................................. 188 

13.2.1.4. Tabela detalhada de investimentos .......................................................................... 189 

14. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO........................................ 190 

14.1. INDICADORES QUANTITATIVOS .............................................................................. 190 

14.2. INDICADORES QUALITATIVOS .................................................................................. 192 

14.3. INDICADORES GERENCIAIS ........................................................................................ 198 

15. MOBILIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ......................................................................... 201 

 

 

Página8

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

ÍNDICE DE FIGURAS 

Figura 1 – Mapa de Localização e Divisão Administrativa do Município........................... 16 

Figura 2 ‐ Rotas de Acesso do Município de Vila Velha ........................................................ 17 

Figura 3 – Municípios do Estado Beneficiados com Investimentos do Programa.............. 20 

Figura 4 ‐ Praia da Costa ............................................................................................................. 22 

Figura 5 ‐ Praia da Sereia ............................................................................................................. 23 

Figura 6 ‐ Praia de Itapuã ............................................................................................................ 24 

Figura 7 ‐ Praia de Itaparica ........................................................................................................ 24 

Figura 8 ‐ Praia da Barra do Jucu ............................................................................................... 25 

Figura 9 ‐ Praia da Barrinha ........................................................................................................ 26 

Figura 10 ‐ Praia da Concha ........................................................................................................ 26 

Figura 11 ‐ Praia do Barrão ......................................................................................................... 27 

Figura 12 ‐ Praia de Ponta da Fruta ........................................................................................... 28 

Figura 13 ‐ Convento da Penha .................................................................................................. 29 

Figura 14 ‐ Gruta do Frei Pedro Palácios .................................................................................. 29 

Figura 15 ‐ Sítio Histórico da Prainha ....................................................................................... 30 

Figura 16 ‐ Santuário Divino Espírito Santo ............................................................................. 31 

Figura 17 ‐ Igreja do Rosário ....................................................................................................... 31 

Figura 18 ‐ Forte São Francisco Xavier da Barra ...................................................................... 32 

Figura 19 ‐ Farol de Santa Luzia ................................................................................................. 33 

Figura 20 ‐ Capela Nossa Senhora dos Navegantes ................................................................ 33 

Figura 21 ‐ Igreja Nossa Senhora da Glória .............................................................................. 34 

Figura 22 ‐ Museu Vale ................................................................................................................ 34 

Figura 23 ‐ Placa de sinalização indicando a condição de balneabilidade ........................... 36 

Figura 24 ‐ Bacias Hidrográficas do Espírito Santo ................................................................. 37 

Figura 25 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória .............................................. 38 

Figura 26 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu .............................................................................. 38 

Figura 27 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu .............................................................................. 40 

Figura 28 ‐ Corredeira do Rio Jucu ............................................................................................ 41 

Figura 29 ‐ Ocupação Irregular no Rio Formate ...................................................................... 42 

Figura 30 ‐ Ocupação Irregular do Rio Marinho ..................................................................... 44 

Figura 31 ‐ Zoneamento Urbano de Vila Velha ....................................................................... 50 

Figura 32 ‐ Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira ............................................ 52 

Figura 33 ‐ Parque Natural Municipal de Jacarenema ............................................................ 53 

Figura 34 ‐ Monumento Natural Morro do Penedo ................................................................ 54 

Figura 35 ‐ APA da Lagoa Grande ............................................................................................. 55 

Figura 36 ‐ Morro do Moreno ..................................................................................................... 56 

Figura 37 ‐ Lagoa de Jabaeté ....................................................................................................... 59 

Figura 38 ‐ Fábrica de Chocolate Garoto ................................................................................... 68 

Figura 39 ‐ Pirâmide Etária do Município ................................................................................ 73 

Figura 40 ‐ Principais Unidades de Produção .......................................................................... 92 

Figura 41 ‐ Canal de Aproximação e Estrutura de Captação: Subsistema Jucu .................. 93 

Figura 42 ‐ Estrutura de Gradeamento: Subsistema Jucu ....................................................... 93 

 

 

Página9

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 43 ‐ Captação e Estação Elevatória: Subsistema Jucu ................................................. 94 

Figura 44 ‐ EEAB Baixo Recalque ............................................................................................... 94 

Figura 45 ‐ EEAB Alto Recalque ................................................................................................. 95 

Figura 46 ‐ ETA Vale Esperança ................................................................................................. 96 

Figura 47 ‐ Localização da ETA .................................................................................................. 96 

Figura 48 ‐ Adutora de chegada na ETA................................................................................... 97 

Figura 49 ‐ Vista da ETA ............................................................................................................. 97 

Figura 50 ‐ Vistas dos Filtros ....................................................................................................... 98 

Figura 51 ‐ Instrumentos de Qualidade .................................................................................... 98 

Figura 52 ‐ ETA COBI .................................................................................................................. 99 

Figura 53 ‐ Localização da ETA .................................................................................................. 99 

Figura 54 ‐ Localização do Reservatório Boa Vista ............................................................... 100 

Figura 55 ‐ Reservatório Boa Vista ........................................................................................... 100 

Figura 56 ‐ Reservação Garoto .................................................................................................. 101 

Figura 57 ‐ Localização do Centro de Reservação de Araçás ............................................... 102 

Figura 58 ‐ Reservatório Araçás ............................................................................................... 102 

Figura 59 ‐ ETA Caçaroca .......................................................................................................... 103 

Figura 60 ‐ Localização ETA Caçaroca .................................................................................... 104 

Figura 61 ‐ Vista do processo na ETA ..................................................................................... 104 

Figura 62 ‐ Processo de Flotação na ETA ................................................................................ 105 

Figura 63 ‐ Recuperação de Água de Lavagem e Desidratação de Lodo ........................... 105 

Figura 64 ‐ Adutora em Arco: Rio Jucu ................................................................................... 106 

Figura 65 ‐ Localização do Reservatório do Jucu ................................................................... 106 

Figura 66 ‐ Localização ETA Ponta da Fruta .......................................................................... 107 

Figura 67 ‐ CCO .......................................................................................................................... 108 

Figura 68 ‐ Laboratório de Controle de Qualidade ............................................................... 111 

Figura 69 ‐ Situação das ligações de esgoto no Bairro Coqueiral de Itaparica .................. 121 

Figura 70 ‐ Localização da ETE Araçás ................................................................................... 123 

Figura 71 ‐ Fluxograma do Processo de Tratamento da ETE Araçás .................................. 124 

Figura 72 ‐ Detalhes ETE Araçás .............................................................................................. 125 

Figura 73 ‐ Detalhes ETE Araçás .............................................................................................. 125 

Figura 74 ‐ Detalhes ETE Araçás .............................................................................................. 126 

Figura 75 ‐ ETE Jabaeté .............................................................................................................. 128 

Figura 76 ‐ Fluxograma ETE Jabaeté ........................................................................................ 129 

Figura 77 ‐ ETE Jacarenema ...................................................................................................... 131 

Figura 78 ‐ Processo de Tratamento da ETE Jacarenema ..................................................... 132 

Figura 79 ‐ ETE Ulysses Guimarães ......................................................................................... 134 

Figura 80 ‐ Localização da ETE ................................................................................................ 134 

Figura 81 ‐ Leito de Secagem da ETE ...................................................................................... 135 

Figura 82 ‐ Fluxograma ETE Ulysses Guimarães .................................................................. 136 

Figura 83 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães ......................................................................... 137 

Figura 84 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães ......................................................................... 137 

Figura 85 ‐ Vale Encantado ....................................................................................................... 139 

 

 

Página10

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 86 ‐ Localização da ETE Vale Encantado .................................................................... 139 

Figura 87 ‐ Componentes ETE Vale Encantado ..................................................................... 140 

Figura 88 ‐ Fachada CESAN de Vila Velha ............................................................................ 145 

Figura 89 ‐ Gráfico Evolução Populacional ............................................................................ 152 

Figura 90 ‐ Valores Adotados para cada Componente ......................................................... 159 

Figura 91 ‐ Evolução de Redução de Perdas .......................................................................... 159 

Figura 92 ‐ Evolução do Índice de Cobertura de Esgotamento ........................................... 161 

Figura 93 ‐ Esquema Geral do Sistema Proposto no PDA .................................................... 176 

 

 

Página11

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

ÍNDICE DE QUADROS 

Quadro 1 ‐ Quadro Resumo ........................................................................................................ 61 

Quadro 2 ‐ Estabelecimentos de saúde segundo Esfera Administrativa ............................. 63 

Quadro 3 ‐ Licenciamento Ambiental de SAA......................................................................... 78 

Quadro 4 ‐ Licenciamento Ambiental de SES. ......................................................................... 79 

Quadro 5 ‐ Participação de cada Subsistema de Vila Velha ................................................. 108 

Quadro 6 ‐ Norma de Qualidade de Água para Consumo Humano ................................. 112 

Quadro 7 ‐ Classificação para o IQA Adotado pela CESAN ............................................... 114 

Quadro 8 ‐ Certificação de Outorga ......................................................................................... 115 

Quadro 9 ‐ Licenciamento Ambiental ..................................................................................... 115 

Quadro 10 ‐ Dados Técnicos das ETE´S de Vila Velha ......................................................... 118 

Quadro 11 ‐ Informações Relativas ao Licenciamento Ambiental no IEMA. .................... 119 

Quadro 12 ‐ Estações Elevatórias em Operação ..................................................................... 122 

Quadro 13 ‐ Divisão do Emissário ........................................................................................... 126 

Quadro 14 – EEEB ...................................................................................................................... 127 

Quadro 15 ‐ EEEB ....................................................................................................................... 133 

Quadro 16 ‐ Características das EE .......................................................................................... 138 

Quadro 17 ‐ Características das Principais da EEEB ............................................................. 141 

Quadro 18 ‐ Principais Impactos Sócios Ambientais ............................................................ 143 

Quadro 19 ‐ Controle e Redução de Perdas da CESAN ....................................................... 158 

Quadro 20 ‐ Principais Ocorrências para SAA ....................................................................... 164 

Quadro 21 ‐ Principais Ocorrências para SES ........................................................................ 165 

Quadro 22 ‐ Reservação Prevista e Necessidade de Ampliação .......................................... 177 

Quadro 23 ‐ Soluções de Tratamentos de Esgotos Localizadas e/ou Integrados .............. 179 

Quadro 24 ‐ Parâmetros e Contribuições no Cálculo do IQAD........................................... 194 

Quadro 25 ‐ Avaliação do IQAD .............................................................................................. 195 

Quadro 26 ‐ Parâmetros no Cálculo do IQE ........................................................................... 196 

Quadro 27 ‐ Avaliação do IQE .................................................................................................. 196 

Quadro 28 ‐ Valores de ICA e sua Classificação .................................................................... 197 

Quadro 29 ‐ Valores de IORD e sua Classificação ................................................................. 198 

Quadro 30 ‐ Valores de IORC e sua Classificação ................................................................. 198 

Quadro 31 ‐ Valores de IESAP .................................................................................................. 199 

 

 

 

Página12

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

ÍNDICE DE TABELAS 

Tabela 1 ‐ Participação Administrativo do Município da RMGV ......................................... 15 

Tabela 2 ‐ Rede Municipal de Saúde ......................................................................................... 64 

Tabela 3 ‐ IDH de Vila Velha ...................................................................................................... 65 

Tabela 4 ‐ Índice de Vulnerabilidade Social de Vila Velha .................................................... 66 

Tabela 5 ‐ Recursos Educacionais no Município ...................................................................... 69 

Tabela 6 ‐ Dados Populacionais ................................................................................................. 72 

Tabela 7 ‐ Situação dos Domicílios de Vila Velha .................................................................... 73 

Tabela 8 ‐ Tubulações de Adução de Água Bruta ................................................................. 109 

Tabela 9 ‐ Tubulações de Água Tratada .................................................................................. 110 

Tabela 10 ‐ Análises Bacteriológicas e Média das Análises de Cloro Residual da Água . 113 

Tabela 11 ‐ Média dos Resultados das Análises Físico‐Químicas da Água ....................... 113 

Tabela 12 ‐ Vazões Outorgadas ................................................................................................ 115 

Tabela 13 ‐ Informações Relativas às Estações Elevatórias de Esgoto (EEEB) .................. 118 

Tabela 14 ‐ Quantitativo de Redes Coletoras Existentes ....................................................... 119 

Tabela 15 ‐ Bairros Atendidos pelo Sistema de Ligações ..................................................... 120 

Tabela 16 ‐ Tabela Tarifária em Vigor ..................................................................................... 146 

Tabela 17 ‐ Número Estimado de Ligações e Economias de Água ..................................... 148 

Tabela 18 – Evolução Populacional.......................................................................................... 151 

Tabela 19 ‐ Habitantes para cada Ano ..................................................................................... 153 

Tabela 20 ‐ Projeções das Populações ...................................................................................... 154 

Tabela 21 ‐ Ano versus População Flutuante ......................................................................... 155 

Tabela 22 ‐ Volumes Anuais ..................................................................................................... 158 

Tabela 23 ‐ Projeção das Demandas de Água ......................................................................... 168 

Tabela 24 ‐ Projeção das Vazões de Coleta de Esgoto ........................................................... 169 

Tabela 25 ‐ Projeção das Vazões de Tratamento de Esgoto .................................................. 170 

Tabela 26 ‐ Dados Atuais de Economias ................................................................................. 171 

Tabela 27 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Água ..................................................... 172 

Tabela 28 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Esgoto ................................................... 173 

Tabela 29 ‐ Capacidade das Estações que Abastecem a RMGV .......................................... 174 

Tabela 30 ‐ Sistema de Abastecimento de Água .................................................................... 180 

Tabela 31 ‐ Sistema de Esgotamento Sanitário ....................................................................... 181 

Tabela 32 ‐ Investimentos em Curto Prazo ............................................................................. 186 

Tabela 33 ‐ Investimentos em Médio Prazo ............................................................................ 187 

Tabela 34 ‐ Investimentos em Longo Prazo ............................................................................ 188 

Tabela 35 – Detalhamento de Investimentos .......................................................................... 189 

Tabela 36 ‐ Tabela Padrão dos Prazos de Atendimento ....................................................... 199 

 

 

 

 

 

 

 

Página13

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

1. APRESENTAÇÃO 

O  objetivo do Plano Municipal  de  Saneamento Básico  é  apresentar  o  diagnóstico dos 

sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como propor as metas e 

o  Plano  de  Investimentos  para  atendimento  à  demanda  futura  de  serviços,  para  o 

horizonte de 30 (trinta) anos. Tem como finalidade a universalização do serviço público 

de abastecimento de água e esgotamento sanitário com serviços e produtos de qualidade. 

Proporcionar a todos, o acesso universal ao saneamento básico com qualidade, equidade 

e continuidade pode ser considerado como uma das questões fundamentais do momento 

atual, postas como desafio para as políticas sociais. Desafio que coloca a necessidade de 

se buscar as condições adequadas para a gestão dos serviços. 

A Lei n° 11.445/07, que fixou as diretrizes gerais em âmbito nacional para o saneamento 

básico,  e a Lei Estadual n° 9.096/08, que  fixou as diretrizes  estaduais,  estabeleceram a 

necessidade  dos  titulares  editarem  o  plano  municipal  de  saneamento  básico  como 

condição de validade dos contratos de concessão, contemplando estudo comprovando a 

viabilidade técnica e econômico‐financeira da prestação universal e integral dos serviços, 

dentre outros  elementos, permitindo a participação do prestador de  serviços no apoio 

técnico  ou  financeiro,  conforme dispõe  o  art.  25,  §3º do Decreto Regulamentador n°7. 

217/2010. De acordo com os artigos 9º e 19º da Lei 11.445/07 a Política Pública e o Plano 

de Saneamento Básico,  são os  instrumentos  centrais da gestão dos  serviços. Conforme 

esses dispositivos, a Política define o modelo jurídico‐institucional e as funções de gestão 

e  fixa  os  direitos  e  deveres  dos  usuários.  O  Plano  estabelece  as  condições  para  a 

prestação  dos  serviços  de  saneamento  básico,  definindo  objetivos  e  metas  para  a 

universalização e programas, projetos e ações necessários para alcançá‐la. 

O  presente  trabalho  constitui  o  Plano  Municipal  de  Saneamento  Básico  (PMSB)  do 

Município de Vila Velha, e  tem como objetivo a universalização do serviço público de 

abastecimento de água e esgotamento sanitário, com serviços e produtos de qualidade, 

em atendimento à Lei Federal 11.445/07.  

O presente plano  foi  concebido  seguindo as diretrizes do Plano Diretor de Água e do 

Plano Diretor  de  Esgoto  da  região metropolitana  elaborados  pela  concessionária  dos 

serviços  ‐ Companhia  Espírito  Santense  de  Saneamento CESAN. As  informações  que 

embasam os  estudos  envolvem os dados de operação,  cadastro  técnico  fornecido pela 

CESAN  e  o  site da  companhia  e  também  secretarias municipais, publicações  técnicas, 

cadastro técnico da Prefeitura Municipal de Vila Velha e bibliografia citada. 

De acordo com a Lei de Política Nacional de Saneamento (Lei 11.445/07) o presente Plano 

Municipal  de  Saneamento  Básico  deve  ser  divulgado  através  de  audiência  pública, 

colocado  em  consulta  pública  para  receber  sugestões,  bem  como  ser  revisto  a  cada  4 

(quatro) anos. 

 

 

Página14

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO 

2.1. ASPECTOS GERAIS MUNICIPAIS   

2.1.1. História 

Vila Velha é o mais antigo município do estado do Espírito Santo, Brasil. Foi fundada em 

23  de Maio  de  1535  com  o  nome  de  Vila  do  Espírito  Santo  pelo  português  Vasco 

Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do Espírito Santo, e  foi  sede da capitania 

até  1549,  quando  esta  foi  transferida para Vitória  e  o município passou  a  ter  o nome 

atual.  Em  1750, Vila Velha  foi  elevada  a Distrito  e,  posteriormente,  a município  pela 

Constituição Estadual de 1890, sendo somente em 1958 reconhecido oficialmente como 

município de Vila Velha, até então denominado Espírito Santo. 

A ocupação do município  foi bem  lenta até 1951, quando após a conclusão da rodovia 

Carlos Lindemberg, da construção da Rodovia do Sol ao  longo do  litoral na década de 

70,  da  construção  da  Ponte  Castelo  Mendonça  (3ª  Ponte),  que  encurtou 

consideravelmente  a  distância  entre  a  capital  contribuiu  para  o  crescimento  do 

município, provocando uma valorização da orla de Vila Velha e a consequente explosão 

demográfica, que praticamente multiplicou por 10 a população em menos de 50 anos. 

É o município mais populoso do estado (inclusive superando a capital) sendo a grande 

maioria  da  população  residente  na  área  urbana.  Está  a  12  km  da  capital  do  estado  e 

possui 32 quilômetros de litoral, sendo praticamente todo recortado por praias, as quais 

constituem  importantes  ícones  turísticos  e  paisagísticos,  como  a  Praia  da  Costa,  de 

Itapuã  e  de  Itaparica.  Por  ser  a  cidade mais  antiga  do  estado,  possui  construções  do 

século XVI, como o Convento da Penha e a Igreja do Rosário; do século XVII, o Forte de 

São Francisco Xavier e do século XIX, o Farol de Santa Luzia. 

 

2.1.2. Localização e área 

A  área  de  abrangência  do  município  de  Vila  Velha  compreende  uma  área  político 

administrativa  de  cerca  de  210  km²,  representando  uma  participação  na  Região 

Metropolitana da Grande Vitória de aproximadamente 9,0%. Dista aproximadamente de 

12 km da  capital Vitória,  localizando‐se nas  coordenadas de  longitude  oeste  40º  17’  e 

latitude  sul  20º  20’,  limitando‐se  ao  norte  com  o  município  de  Vitória,  ao  sul  com 

Guarapari,  a  leste  com  o Oceano Atlântico  e  a  oeste  com  os municípios  de  Viana  e 

Cariacica.  A  participação  administrativa  do  município  na  Região  Metropolitana  da 

Grande Vitória pode ser observada na Tabela 1, a seguir: 

 

 

 

 

Página15

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Tabela 1 ‐ Participação Administrativo do Município da RMGV 

MUNICÍPIO  ÁREA (km²) PARTICIPAÇÃO (%) 

Cariacica  279,9  12,0 

Fundão  288,7  12,4 

Guarapari  594,5  25,5 

Serra  551,7  23,6 

Viana  312,7  13,4 

Vila Velha  210,1  9,0 

Vitória  98,2  4,2 

RMGV  2335,8 100 

Fontes: (*) IBGE – Microdados – Censo 2010. 

 

O município de Vila Velha é dividido em 5 regiões administrativas. A Figura 1, a seguir, 

mostra o Mapa de localização e as 5 regiões administrativas do município de Vila Velha. 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 1 – Mapa de Localização e Divisão Administrativa do Município 

 

 

Página17

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

2.1.3. Acesso 

O acesso rodoviário principal é feito pelas rodovias ES 060 ‐ ES 388 e ES 471. A distância 

de Vitória  é  de  12  km. A  Figura  2  a  seguir mostra  as  principais  rotas  de  acesso  do 

Município de Vila Velha, ES ‐ DNIT. 

Figura 2 ‐ Rotas de Acesso do Município de Vila Velha 

 

 

2.1.4. Saneamento Básico   

A Lei  11.445/07,  em  seu Art.  3º, define  Saneamento Básico  como  sendo o  conjunto de 

serviços, infra‐estruturas e instalações operacionais de: 

a) abastecimento de água potável; 

b) esgotamento sanitário; 

c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; 

d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. 

 

Trata‐se de serviços que podem ser prestados por empresas públicas ou, em regime de 

concessão, por empresas privadas,  sendo esses  serviços  considerados essenciais,  tendo 

em vista  a necessidade  imperiosa desse por parte da população,  além da  importância 

para a saúde de toda a sociedade e para o meio ambiente.  

 

 

 

Página18

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

O saneamento básico tem como o seu principal objetivo zelar pela saúde do ser humano, 

tendo em conta que muitas doenças podem se desenvolver quando há um saneamento 

precário. A falta de saneamento básico, aliada a fatores socioeconômicos e culturais, são 

determinantes para o surgimento de infecções por enteroparasitoses, sendo as crianças o 

grupo que apresenta maior susceptibilidade às doenças infectocontagiosas.  

Como  uma  questão  essencialmente  de  saúde  pública,  o  acesso  aos  serviços  de 

saneamento básico deve  ser  tratado  como um direito do  cidadão,  fundamental para a 

melhoria de sua qualidade de vida. 

Nos países mais pobres ou em regiões mais carentes as doenças decorrentes da falta de 

saneamento  básico  (viróticas,  bacterianas  e  outras  parasitoses)  tendem  a  ocorrer  de 

forma endêmica e no Brasil  figuram entre os principais problemas de  saúde pública e 

ambiental. 

No Estado do Espírito Santo o  serviço de  saneamento básico  é  regulado pela Agência 

Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária (ARSI), e em grande parte do 

território estadual a concessionária atual dos serviços de água e esgoto é a Companhia 

Espírito Santense de Saneamento ‐ CESAN. 

 

ARSI  –  AGÊNCIA  REGULADORA  DE  SANEAMENTO  BÁSICO  E 

INFRAESTRUTURA VIÁRIA DO ESPÍRITO SANTO 

Conforme a Lei Complementar 477, de 30 de dezembro de 2008, a Agência Reguladora 

de  Saneamento  Básico  e  Infraestrutura  Viária  do  Espírito  Santo  (ARSI)  tem  como 

competência  regular,  controlar  e  fiscalizar, no  âmbito do Estado do Espírito  Santo,  os 

serviços de  saneamento  básico de  abastecimento de  água  e  esgotamento  sanitário, de 

interesse comum e interesse local, delegados ao Governo do Estado, em conjunto com os 

serviços estaduais de infraestrutura viária com pedágio.  

Segundo a Lei Complementar Estadual nº 477, a ARSI deve proteger o consumidor, no 

que diz respeito a preços, continuidade e qualidade da prestação dos serviços públicos 

concedidos, e assegurar o cumprimento das normas legais, regulamentares e contratuais, 

o atendimento do interesse público e o respeito aos direitos dos usuários. 

No setor de Saneamento, a ARSI  tem como  finalidade regular, controlar e  fiscalizar no 

Espírito  Santo,  a  prestação  dos  serviços  de  saneamento  básico  concedidos  pelos 

municípios à Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN). Além de atuar nos 

municípios capixabas onde os serviços de saneamento básico são prestados pela CESAN, 

a ARSI  também pode  exercer  suas  atividades nos outros municípios onde o  serviço  é 

realizado  por  empresas  particulares,  públicas  municipais  ou  autarquias  municipais. 

Dentre os serviços regulados estão: esgoto sanitário e abastecimento de água. 

 

 

Página19

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Cabe  à  ARSI  estudar  a  recomposição  do  poder  aquisitivo  da  receita  aos  níveis 

inflacionários, bem  como  repasse dos  custos não administráveis, e ainda  identificar os 

custos dos serviços, voltados a um reposicionamento tarifário em outro patamar e capaz 

de consolidar metas previstas de expansão dos serviços para o período. 

 

COMPANHIA ESPÍRITO SANTENSE DE SANEAMENTO ‐ CESAN 

Hoje, os  serviços de abastecimento de água  e  esgotamento  sanitário,  são prestados no 

município de Vila Velha pela Companhia Espírito Santense de Saneamento ‐ CESAN. 

A CESAN é uma empresa de economia mista, enquadrada no regime jurídico de direito 

privado como sociedade anônima, criada pela lei 2.282, alterada pela lei 2.295, em 1967. 

A  Companhia  foi  regulamentada  pelo  Decreto  2575,  de  11  de  setembro  de  1967.  O 

trabalho da empresa consiste na captação, no tratamento e na distribuição de água e na 

coleta e no  tratamento de esgoto. Suas atividades  compreendem ainda a  realização de 

estudos, projetos e execução de obras relativas a novas instalações e ampliação de redes. 

A Cesan  está presente  em 52 dos 78 municípios do Espírito Santo,  sendo 7 na Região 

Metropolitana da Grande Vitória e 45 no interior.  

Em alguns dos municípios do Estado do Espírito Santo em que atua, a CESAN executou 

o Programa Águas Limpas, que  teve  início  com  recursos do Banco Mundial  (BIRD)  e 

contrapartida da CESAN, recursos próprios, e contemplava apenas os sete municípios da 

Região Metropolitana da Grande Vitória, dentre eles Vila Velha.  

O Programa Águas Limpas, de 2003 a 2010,  reuniu um conjunto de empreendimentos 

para ampliar o abastecimento de água e os serviços de coleta e tratamento de esgoto na 

Grande Vitória e no interior do Espírito Santo. Entre as obras do Programa destacam‐se a 

construção  de  estações  de  tratamento  de  esgoto,  implantação  redes  coletoras  e 

elevatórias, construção de reservatórios de água, além de muitas melhorias e ampliações 

nos sistemas de produção e distribuição de água já existentes. 

A Figura 3, a seguir, mostra os municípios do estado beneficiados com investimentos do 

Programa. 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

 Figura 3 – Municípios do Estado Beneficiados com Investimentos do Programa 

 

 

Página21

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

2.1.4.1. Saneamento Básico em localidades de pequeno porte 

A população residente em localidades distante da Sede do seu Município, sem acesso aos 

serviços de saneamento prioritários, convive com situações sanitárias críticas, devido à 

ausência ou precariedade de instalações adequadas para o atendimento dos serviços de 

abastecimento de água e esgotamento sanitário, ficam sujeitas às enfermidades e óbitos. 

Essas comunidades, que tem como fonte de abastecimento de água os pequenos córregos 

e  nascentes,  lançam  seus  dejetos  e  resíduos  nesses  corpos  d’água,  reduzindo  a 

disponibilidade  hídrica  local.  Soma‐se  ao  problema  o  desmatamento,  que  ocasiona  o 

rebaixamento do lençol freático, causando um grande impacto ambiental. 

A  necessidade da  implantação,  ampliação  ou  realização de melhorias dos  serviços de 

saneamento  nessas  áreas  especiais  se  faz  necessário  para  a  prevenção,  controle  dos 

agravos da insalubridade, contribuindo para se alcançar, progressivamente, o objetivo da 

universalização dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, 

em consonância à Lei Federal 11.445/07. 

O  abastecimento  público  de  água,  o  esgotamento  sanitário  e  as melhorias  sanitárias 

domiciliares e/ou coletivas de pequeno porte, merecem prioridade nesse contexto atual 

de saneamento básico municipal, pois estão diretamente vinculadas as prevenções e ao 

controle de doenças de veiculação hídrica nessas populações vulneráveis. Desta  forma, 

torna‐se  indispensável,  a  implementação  de  ações  de  educação  sanitária  e  ambiental, 

bem como, seu monitoramento pelo poder público. 

 Os Distritos e principais comunidades no município de Vila Velha são Xuri, Córrego do 

Sete, Jabaeté, Atlântico II, Retiro do Congo, Jaguarussu, Sol da manhã, Tanque, Ponta da 

Fruta e Camboapina. 

 

2.1.5. Energia 

O Estado do Espírito Santo é a unidade da federação com o maior consumo de energia 

per capita no Brasil, onde os projetos de grandes empresas como a Vale, Arcellor Mittal 

Tubarão, Samarco, Aracruz Celulose e também a população são os responsáveis por esse 

resultado, aliado ao surto de desenvolvimento previsto para o Estado, que impulsionará 

ainda mais a demanda por energia elétrica. 

A distribuição da energia elétrica no Estado fica a cargo da EDP ESCELSA, privatizada 

em 1995, da Santa Maria Centrais Elétricas, e ainda ofertadas pela Aracruz Celulose e 

Arcellor Mittal Tubarão. Para a RMGV, o fornecimento de energia elétrica é feito a partir 

do  Sistema Nacional  Interligado,  onde  a maior parte da  energia  consumida na  região 

provém das usinas  hidroelétricas  (UHE)  construídas  na  região  sudeste do país,  e das 

usinas nucleares Angra I e II. 

 

 

Página22

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

A  iluminação  pública  do  município  de  Vila  Velha  beneficia  praticamente  todos  os 

espaços urbanizados, exceto as áreas de palafitas e aquelas desestruturadas para receber 

a instalação com segurança de postes, transformadores e linhas de distribuição. 

 

2.2. ASPECTOS TURÍSTICOS   

O  turismo  é  uma  das  atividades  que mais  cresce  em  todo  o mundo, movimentando 

milhares de dólares em divisas, tornando‐se referência na geração de empregos e rendas. 

No  Brasil,  segundo  a  EMBRATUR,  no  ano  de  2012,  5,7 milhões  de  turistas  visitaram 

nosso país, gerando uma receita cerca de US$ 6,6 bilhões. 

Vila  Velha  oferece  ao  visitante  e  ao morador  uma  variedade  de  programas,  belezas 

naturais  e  históricas.  Com  32  quilômetros  de  litoral,  todo  recortado  de  praias,  o 

município de Vila Velha possui os mais belos cenários do estado do Espírito Santo, onde 

estão situadas as praias do município. 

 

2.2.1. Praias  

Praia da Costa 

É uma das mais belas praias do Estado com suas areias douradas e águas límpidas. Fica 

a apenas 3 km do centro da cidade. Urbanizada em toda sua orla por calçadão e ciclovia, 

possui  áreas  reservadas  à prática de  esportes. Possui moderno  sistema de  iluminação 

noturna  que  proporciona  banhos  noturnos,  equipamento  para  banhos  de  mar  para 

pessoas  com  necessidades  especiais,  prática  de  esportes  e  segurança  aqueles  que  a 

frequentam. Sua orla possui excelente rede hoteleira e restaurantes de qualidade como 

mostra a Figura 4, a seguir:  

Figura 4 ‐ Praia da Costa 

 

 

 

 

 

 

Página23

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Ilha dos Pacotes 

Nesta  ilha, por possuir um  farol de  sinalização marítima, o  acesso  à população não  é 

permitido  sendo  restrito  ao  pessoal  da Marinha. A  população,  bem  como  os  turistas, 

utiliza  a  área  em  torno  da  ilha  para  a  prática  da  pesca  submarina  e  mergulho 

contemplativo da fauna marinha. 

 

Praia da Sereia 

Situado no final da Praia da Costa, perto do Clube Libanês. Essa praia é a extensão norte 

da Praia da Costa e está localizada entre o promontório do farol de Santa Luzia e o istmo 

que a separa da Praia da Costa, Figura 5, a seguir:  

Figura 5 ‐ Praia da Sereia 

 

 

Praia de Itapuã 

Praia de ondas fortes, águas claras e areia fofa, a preferida dos pescadores de anzol, é um 

segmento da Praia da Costa, fica a 3 quilômetros do Centro. Apesar da verticalização da 

orla  de  Vila  Velha,  a  Praia  de  Itapuã  ainda  mantém  uma  pequena  comunidade  de 

pescadores.  

 

 

Página24

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 6 ‐ Praia de Itapuã 

 

 

Praia de Itaparica 

Praia de ondas  fortes, águas  claras  e areia  fofa. A praia  tem  como  características uma 

grande quantidade de quiosques, onde o visitante pode degustar produtos da  famosa 

culinária capixaba como a moqueca, torta capixaba, peroá frito, mariscos, etc. A Praia de 

Itaparica  é  uma  continuidade  da  praia  da  Costa,  possuindo  a  mesma  iluminação 

noturna. 

Figura 7 ‐ Praia de Itaparica 

 

 

Praia de Barra do Jucu 

Praia de ondas fortes, águas claras e areia fofa. Praia semi deserta, oferece infraestrutura 

receptiva  apenas  no  povoado.  Costuma  ser  procurada  em  sua maioria  por  surfistas. 

Nesse  trecho, o mar de  águas um pouco  escurecidas devido  à presença da  foz do  rio 

Jucu,  apresenta‐se  constantemente  com  ondas  fortes  e de  repuxo não  sendo dos mais 

propícios para banhos.  

 

 

Página25

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 8 ‐ Praia da Barra do Jucu 

 

 

A Barra está dividida em  três praias menores, muito conhecidas entre os moradores e 

frequentadores. Na foz norte do Rio Jucu a praia foi batizada pelos nativos de Barrinha, 

pico de ondas fortes muito apreciadas por surfistas. Dentro do Parque de Jacarenema, ao 

lado do Morro da Concha, se localiza a praia da Concha, uma exceção que oferece mar 

abrigado  e  tranquilo. No Centro do bairro,  a praia  é  conhecida  como Barrão, onde  se 

concentram  os  atletas  de  bodyboard.  Para  os  surfistas,  o  Pico  do Cemitério,  à  direita 

dessa praia, é uma boa pedida. 

Tudo isso fica bem próximo à antiga vila de pescadores, que preserva as tradições locais. 

Aliás, a região é apontada por pescadores profissionais como uma das melhores para a 

pesca  de  arremesso. No  final  da  tarde  é  possível  assistir  a  uma  revoada  de  garças  e 

aproveitar para  ir até à Ponte da Madalena, que  liga o Barrão à Barrinha por meio do 

Parque Natural Municipal de Jacarenema. O nome da construção faz referência à música 

Madalena do Jucu, eternizada na voz de Martinho da Vila e inspirada no congo da Barra. 

 

Praia da Barrinha 

Esta praia localiza‐se na margem esquerda de foz do Rio Jucu, a 12 km da sede de Vila 

Velha. O acesso ao local através da Barra do Jucu foi facilitado pela construção da ponte 

da Madalena. Deve‐se evitar a barra do  rio, onde  redemoinhos enganam os banhistas. 

Possui 1 km de extensão, como mostra a Figura 9 a seguir: 

 

 

Página26

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 9 ‐ Praia da Barrinha 

 

 

Praia da Concha 

São 70 metros de areia que estão escondidos do outro lado do morro da Concha, na Barra 

do  Jucu. Não possui ondas e é mais propícia ao mergulho, como mostra a Figura 10 a 

seguir: 

Figura 10 ‐ Praia da Concha 

 

 

Praia de Coral do Meio 

Na parte que  fica ao  lado do Morro da Concha, encontra‐se uma pequena enseada de 

águas esverdeadas e calmas. Seguindo‐se na direção sul/Guarapari, o mar apresenta‐se 

 

 

Página27

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

com  ondas  fortes,  sendo melhor  para  banho  durante  as marés  baixas.  Infraestrutura 

receptiva poderá ser encontrada no povoado. Em alguns trechos conta com a presença de 

poucas barracas. As areias são largas, amareladas e fofas. Situada à frente do povoado da 

Barra do Jucu e lado direito do Morro da Concha, encontra‐se distante 12 km ao sul de 

Vila Velha e 35 km ao norte de Guarapari. Seu acesso para quem vem de Vila Velha é 

feito através da Rodovia do Sol, no segundo retorno após o Posto da Polícia Rodoviária 

Estadual. Daí segue‐se, através de rua não pavimentada do povoado. 

 

Praia do Barrão 

Praia propícia à prática do surf possui grande extensão de areias brancas e fofas, é reta e 

adornada por  corais  tendo  o magnífico Morro da Concha  ao norte. Possui  calçadão  e 

ciclovia. É ideal para a prática de Surf, BodyBoard e Canoagem sobre as ondas. Situada 

ao norte do Morro da Concha, no balneário da Barra do Jucu, como mostra a Figura 11 a 

seguir:  

Figura 11 ‐ Praia do Barrão 

 

 

Praia de Ponta da Fruta 

O balneário abriga três praias. Do lado sul do Morro da Igrejinha os moradores chamam 

a faixa de areia de Praia Rasa. Ela é bucólica e tranquila, ideal para crianças, que podem 

brincar com liberdade em suas águas limpas de poucas e pequenas ondas. Mas em dia de 

ressaca  o mar  se  agita  e  as  ondas  se  transformam  em  território  livre  para  surfistas  e 

praticantes de bodyboard. 

Lá  existe  uma  colônia  de  pescadores  tradicional,  além  de  restaurantes  que  servem  a 

tradicional  moqueca  capixaba.  Há  dezenas  de  barcos  ancorados  na  areia,  excelente 

cenário para uma fotografia com a família e os amigos. Além disso, o bairro tem em seu 

 

 

Página28

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

território parte da Praia da Baleia  e na divisa  com Guarapari  está  a Praia do Buraco, 

chamada assim pelos surfistas profissionais que frequentam o local.  

Figura 12 ‐ Praia de Ponta da Fruta 

 

 

2.2.2. Monumentos Históricos 

A  cidade  é  considerada  o  berço  da  colonização  do  Espírito  Santo.  Sua  atração mais 

visitada é o Convento da Penha (1558), um dos mais antigos do Brasil.  

 

Convento da Penha 

Principal monumento  religioso do Estado, o Convento da Penha  começou  sua história 

em  1562,  com  Frei Pedro Palácios,  quando  foi  construída uma  capela dedicada  a  São 

Francisco.  No  cume  do  morro,  posteriormente,  foi  erguida  a  Capela  das  Palmeiras, 

depois que, segundo a lenda, um quadro com a imagem de Nossa Senhora das Alegrias, 

trazido  por  ele  de  Portugal  em  1558,  sumiu  diversas  vezes  de  uma  gruta  e  só  era 

encontrada no alto do morro  ‐ onde hoje está o convento. O quadro com a  imagem de 

Nossa  Senhora  da  Penha  chegou  em  1569.  A  pequena  capela  teve  sua  primeira 

modificação concluída em 1660, quando passa a ser conhecida como convento. Em 1750 

foi  iniciada  sua  ampliação,  resultando  em  uma  das mais  belas  construções  do  Brasil 

Colonial. É possível subir o morro, que tem 154 metros de altitude, de carro, ou andando 

pela ladeira da penitência, antigo caminho aberto pelos índios. O Convento da Penha foi 

tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1943. 

 

 

 

 

Página29

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 13 ‐ Convento da Penha 

 

 

Gruta do Frei Pedro Palácios 

Localizada no início da ladeira da penitência, um dos acessos ao Convento da Penha, a 

gruta está  embaixo de uma grande pedra. Com  três metros de extensão, possui ótima 

visibilidade  e,  segundo alguns historiadores,  foi  residência do Frei Pedro Palácios por 

mais de seis anos, cumprindo a tradição de viver na pobreza. Era diante dessa gruta que 

o frei colocava a imagem de Nossa Senhora e orava com o povo. 

Figura 14 ‐ Gruta do Frei Pedro Palácios 

 

 

Sítio Histórico da Prainha 

Local com muita história, cercado por árvores e mar. Foi na praia que margeia o parque 

que no dia 23 de maio de 1535 ancorou a caravela Glória. Nela estavam o donatário da 

então Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, e outros 60 homens que 

 

 

Página30

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

ali  fundaram  a Vila do Espírito  Santo. Começou,  assim,  a história do Estado. Hoje,  o 

parque conta com uma vista espetacular para a baía de Vitória e possui extenso gramado 

que  abriga  alguns  dos  principais  eventos da  cidade,  como  o  Festival  do Chocolate,  a 

Festa  da Cidade,  Feira  da  Terra  e  Festa  da  Penha. No  seu  entorno  estão  construções 

históricas como o Convento da Penha, a Igreja do Rosário e o Forte São Francisco Xavier 

da Barra, formando o conjunto do Sítio Histórico da Prainha, onde também se encontra a 

Praça Almirante Tamandaré, um belo espaço contemplativo. 

Figura 15 ‐ Sítio Histórico da Prainha 

 

 

Santuário Divino Espírito Santo 

Idealizado e construído por Frei Firmino Matuschek, o Santuário Divino Espírito Santo, 

conhecido como Santuário de Vila Velha foi inaugurado no dia 21 de abril de 1967 após 

oito anos de obras.  

De estilo arquitetônico basilical a construção foi considerada, na época, visionária entre 

os religiosos. Frei Firmino chegou a Vila Velha no dia 7 de  janeiro de 1956 e assumiu a 

paróquia de Nossa Senhora do Rosário, mas a sua sede se  tornou pequena e periférica 

para a cidade que crescia. Era necessário construir uma nova  igreja. Depois de avaliar 

vários terrenos, Frei Firmino adquiriu uma área alagada, em que trafegavam canoas de 

pescadores. Logo foram fincadas 139 estacas de concreto, com 8 metros de comprimento, 

em que se gastaram 20  toneladas de  ferro. Da Alemanha veio o dinheiro para a  laje. O 

restante dos recursos foi arrecadado na cidade. 

 

 

Página31

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 16 ‐ Santuário Divino Espírito Santo 

 

 

Igreja do Rosário 

É a  igreja mais antiga do Estado e,  talvez, do Brasil. Sua construção começou em 1535, 

pelo donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho. Com a ajuda 

do  jesuíta Afonso Brás e do  irmão  leigo Simão Gonçalves, a  igreja, que possui pisos de 

ladrilhos  hidráulicos  e  aspectos  barrocos  (adquiridos  no  século  XVIII),  recebeu  o 

acréscimo de uma nave maior,  construída  em pedra, hoje  com  três altares. Em 1751 o 

templo ganhou em seu altar‐mor uma Pedra D´Ara, com relíquias (como os fragmentos 

de  ossos)  dos mártires  São  Colombo  e  São  Liberato,  conforme Diploma  do Vaticano 

autenticado.  Em  1950  foi  tombada  pelo  Instituto  do  Patrimônio Histórico  e Artístico 

Nacional (Iphan). 

Figura 17 ‐ Igreja do Rosário  

 

 

 

 

 

Página32

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Forte São Francisco Xavier da Barra/380 Batalhão de Infantaria 

Foi em 1535 que Vasco Fernandes Coutinho teria construído uma pequena fortificação na 

base  do morro  da  Penha.  Na  época  era  chamada  de  Fortaleza  de  São  Francisco  de 

Piratininga.  Em  1862,  foi  cedida  à  Marinha  e  abriga  desde  1919  o  3º  Batalhão  de 

Caçadores, hoje o 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro. O forte possui duas 

salas, uma dedicada à história da colonização do Espírito Santo e outra com acervo sobre 

a 2ª Guerra Mundial. Para a visita  é preciso  levar documento de  identidade  e grupos 

acima de 10 pessoas precisam fazer agendamento. 

Figura 18 ‐ Forte São Francisco Xavier da Barra 

 

 

Farol de Santa Luzia 

Inaugurado em 1871, o farol possui 17 metros de altura e está localizado em um terreno 

rochoso de encosta e íngreme, na ponta de Santa Luzia. A iluminação, que inicialmente 

era feita a querosene, hoje conta com lâmpadas de 3.000 watts, com alcance de 32 milhas 

marítimas  e  sistema  elétrico  produzido  na  França.  Ainda  em  funcionamento,  o 

equipamento  é  um  dos  responsáveis  pela  orientação  da  navegação  na  região,  que 

envolve  o  tráfego  de  grandes  navios  nos  portos  de  Vila  Velha,  Tubarão  e  Vitória. 

Pertence à Capitania dos Portos do Espírito Santo e constitui uma área de segurança. O 

local encontra‐se temporariamente fechado para visitação. 

 

 

 

Página33

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 19 ‐ Farol de Santa Luzia 

 

 

Capela Nossa Senhora dos Navegantes 

A capela  foi construída no  topo de um morro em  frente à Praia da Baleia, na Ponta da 

Fruta. De acordo com historiadores, a igreja, erguida na década de 1940, seria o resultado 

do pagamento de uma promessa de um imigrante italiano que se refugiou na região de 

Ponta  da  Fruta,  escapando  da  hostilidade  a  alemães  e  italianos,  provocada  pela 

participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial. 

Figura 20 ‐ Capela Nossa Senhora dos Navegantes 

 

 

Igreja Nossa Senhora da Glória 

A edificação foi erguida entre 1900 e 1913 na Barra do Jucu utilizando alvenaria de pedra 

e cobertura de telhas com forro de madeira, recentemente substituída por PVC, além de 

piso de ladrilho cerâmico.  

 

 

Página34

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 21 ‐ Igreja Nossa Senhora da Glória 

 

 

Museu Ferroviário da Vale 

O Museu Ferroviário da Vale fica na antiga Estação Pedro Nolasco, no bairro de Argolas, 

Vila Velha. A estação foi construída em 1927, com o nome de Estação São Carlos. Passou 

a  se  chamar Pedro Nolasco  em  1935,  em homenagem  ao  engenheiro  responsável pela 

construção da estrada de  ferro Vitória a Minas. Restaurado, o prédio da antiga estação 

abriga, desde 1998, o Museu Ferroviário. Reúne um rico acervo no qual sobressai a velha 

Maria Fumaça, o vagão de madeira, o trólei, o telégrafo, o quepe do agente, fotografias, 

entre outros. 

Figura 22 ‐ Museu Vale 

 

 

 

 

Página35

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

2.2.3. Balneabilidade 

Corpos de água contaminados por esgotos domésticos ao atingirem as águas das praias 

podem expor os banhistas a organismos patogênicos. Crianças,  idosos ou pessoas com 

baixa  resistência  são  as mais  suscetíveis  a  desenvolver  doenças  ou  infecções  após  o 

banho em águas contaminadas. 

A  qualidade das  águas  é  bastante  influenciada pelas  condições de  saneamento  básico 

existentes  nas  cidades.  Muitas  cidades  brasileiras  não  possuem  infraestrutura  de 

saneamento  suficiente  para  atender  sua  população. Dessa  forma,  o  aporte  de  esgotos 

domésticos para as praias ou outros corpos d’água se torna um fato rotineiro.  

No  município  de  Vila  Velha  este  quadro  não  é  diferente,  entretanto  a  Prefeitura 

Municipal  vem prestando  à população, desde  2001, um  serviço de monitoramento da 

qualidade das águas recreativas, para avaliar o risco à saúde representado pela presença 

de microrganismos patogênicos nestes corpos d’água. 

Em 2009, foi celebrado o Acordo de Cooperação nº 008/2009, entre a PMVV e a Secretaria 

de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEAMA, por intermédio do Instituto 

Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA.  

O Acordo de Cooperação Técnica  tem por objeto a  colaboração mútua  entre as partes 

visando o monitoramento da qualidade da água para  fins de balneabilidade,  incluindo 

os  pontos  monitorados  pelo  município  de  Vila  Velha/SEMMA  no  Programa  de 

Balneabilidade do IEMA. A malha amostral é composta por 15 pontos sendo as coletas 

realizadas quinzenalmente entre os meses de março a novembro, e  semanalmente nos 

meses de dezembro,  janeiro  e  fevereiro,  em que as  coletas  são  intensificadas devido à 

maior frequência de banhistas nas praias no período de verão (Plano Verão). A avaliação 

dos  resultados  e  classificação dos  locais de  coleta  é  feita  conforme padrões  e  critérios 

estabelecidos na Resolução CONAMA Nº 274/00. 

Nos  lugares  monitorados  existem  placas  de  sinalização  indicando  as  condições  de 

balneabilidade:  se  a  bandeira  for  verde  a  praia  está  própria,  se  for  vermelha  está 

imprópria.  

 

 

 

 

 

 

 

 

Página36

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 23 ‐ Placa de sinalização indicando a condição de balneabilidade 

 

 

2.3. MEIO FÍSICO   

2.3.1. Recursos Hídricos  

2.3.1.1. Hidrografia 

O estado do Espírito Santo, para efeito da administração dos recursos hídricos é dividido 

em 12 bacias hidrográficas, conforme pode ser observado na figura do Instituto Jones dos 

Santos Neves  –  IJSN, mostrada  na  Figura  24  a  seguir,  das  quais  cinco  são  bacias  de 

domínio da união, ou seja, bacias que atravessam mais de um estado, e sete são bacias 

estaduais, cujas nascentes e foz encontram‐se nos limites do estado.  

 

 

Página37

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 24 ‐ Bacias Hidrográficas do Espírito Santo 

 

 

A Bacia Hidrográfica  é  considerada unidade  territorial para  implantação das Políticas 

Nacional e Estadual de Recursos Hídricos. 

As bacias hidrográficas dos rios Santa Maria da Vitória e do Jucu banham 10 municípios 

da Grande Vitória e da região centro‐serrano e mantêm estreita dependência ambiental, 

social  e  econômica dos  seus afluentes  e  contribuintes. Os municípios pertencentes aos 

territórios das  referidas bacias  são: Cariacica, Domingos Martins, Guarapari, Marechal 

Floriano,  Santa  Leopoldina,  Santa Maria  de  Jetibá,  Serra, Viana, Vila Velha  e Vitória, 

como mostram as Figura 25 e 26 a seguir:  

 

 

 

Página38

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 25 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória 

 

 

Figura 26 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu 

 

 

Ambas  as  bacias  apresentam múltiplos  usos  e  tem  importância  fundamental  para  o 

estado do Espírito  Santo  com  ênfase para  a Região Metropolitana da Grande Vitória. 

Estas  bacias  abastecem  quase  50%  da  população  do  Espírito  Santo,  além  servir  de 

insumo  para  indústrias  de  grande  porte  e  polos  industriais  e  irrigação  para  o  setor 

 

 

Página39

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

agropecuário, especialmente para a produção de hortifrutigranjeiros, uma das economias 

mais importantes da região serrana.  

Porém, a região de abrangência das bacias sofre com intenso processo de desmatamento 

das áreas de nascentes e de recarga de aquíferos, queimadas, redução drástica de mata 

ciliar,  erosão,  estradas  mal  planejadas,  despejos  de  efluentes  industriais,  ocupação 

desordenada, falta ou insuficiência de saneamento básico, gestão incipiente dos recursos 

hídricos e na conservação dos recursos naturais, etc. Todos esses fatores comprometem 

de  maneira  significativa  o  abastecimento  dos  mananciais  de  água  das  populações 

urbanas e rurais da Grande Vitória.  

Os principais mananciais que abastecem a Região da Grande Vitória pertencem às bacias 

do Rio Jucu e Santa Maria da Vitória e este suprimento de água ocorre por meio de um 

sistema integrado, isto é, um mesmo manancial abastece diferentes municípios.  

Vila Velha  tem  sua  hidrografia  composta  das  bacias dos  rios Guarapari  e  Jucu,  cujas 

áreas são de 32 e 179 km² respectivamente, destacando‐se como principais rios o Jucu e o 

Una.  

 

Rio Jucu 

O Rio Jucu é um rio brasileiro da região sudeste, cuja bacia está totalmente incluída no 

estado do Espírito  Santo  tendo  como principais  afluentes  os denominados  Jucu Braço 

Norte e Jucu Braço Sul. As cabeceiras do rio Jucu encontram‐se na região montanhosa do 

Estado, no Parque Estadual de Pedra Azul a aproximadamente 90 km do mar e deságua 

no Oceano Atlântico, na localidade de Barra do Jucu, município de Vila Velha. Além dos 

braços Norte e Sul, podem‐se citar como  importantes afluentes do rio  Jucu os córregos 

Barcelos,  Ponte, Melgaço,  D’Antas,  Jacarandá,  Ribeirão  Tijuco  Preto,  Biriricas,  Santo 

Agostinho e Congo, como mostra a Figura 27 a seguir:  

 

 

Página40

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 27 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu 

 

 

A  extensão  total  dos  cursos  d’água  da  bacia  do  rio  Jucu  (segundo  cartografia  IBGE‐

1/50.000) soma aproximadamente 5.130 km, que drenam uma área superior a 2 mil km², 

correspondendo a uma densidade de drenagem de 2,54 km², considerada densa. Nesta 

bacia estão situados,  integralmente, os territórios dos municípios de Marechal Floriano, 

Domingos Martins, Viana, e Vila Velha, e parcialmente os de Cariacica e Guarapari.  

As atividades econômicas mais  importantes da bacia do rio  Jucu são a agropecuária, a 

cultura de hortifrutigranjeiros, o turismo e, em menor grau, a geração de energia elétrica 

e as atividades industriais. Os principais problemas encontrados na bacia do rio Jucu são: 

 

 

Página41

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

assoreamento,  lançamento de  esgoto não  tratado, desmatamento, queimadas,  erosão  e 

ocupação irregular das margens do rio.  

O Rio  Jucu  é um  rio  com volume médio de água, nos  trechos  iniciais  é  rápido  e  com 

corredeiras  constantes muito utilizados para  a prática de  rafting.  Seu  encontro  com  o 

oceano em período de maré alta provoca uma pequena pororoca. É um rio histórico, que 

serviu  às  primeiras  investigações  do  sertão  capixaba,  permitiu  o  desbravamento  do 

interior dos municípios de Vila Velha, Cariacica e Viana. O Rio Jucu recebeu esse nome 

através dos  índios, para os quais  Jucu é uma árvore de canela. A Figura 28 mostra um 

trecho do Rio.  

Figura 28 ‐ Corredeira do Rio Jucu 

 

 

Rio Formate 

Na vizinhança da região de Caçaroca o Rio Formate se unia naturalmente ao Rio  Jucu. 

Porém, os  jesuítas construíram um canal artificial no século XIX para transporte fluvial 

de mercadorias até a baía de Vitória, ligando o Rio Jucu ao Rio Marinho e forçando este 

tributário  a  desaguar  no  Rio  Marinho,  o  qual,  a  rigor,  era  um  modesto  braço  de 

manguezal  que  conectava  alguns  córregos  à  baía  de  Vitória.  No  século  XX  outras 

intervenções reforçaram a afluência do Rio Formate ao Rio Marinho. 

Dessa  forma,  o Rio  Formate,  tratado  aqui  de  forma  separada,  comporta‐se,  na maior 

parte do  tempo,  como  tributário do Rio Marinho, mas,  em  condições  excepcionais de 

cheias,  drena  indistintamente  para  o  rio  Jucu  e  para  o  rio Marinho,  dependendo  das 

condições  hidrodinâmicas  imperantes  na  área  da  Caçaroca,  sobretudo  nos  trechos 

denominados Braço Morto do Jucu e canal dos Jesuítas. 

 

 

Página42

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

A área drenada é de aproximadamente 101 km², apresentando suas cabeceiras no limite 

oeste  de  Cariacica  com  o  vizinho  município  de  Viana.  Esse  rio  representa  o  limite 

territorial entre os dois municípios citados.  

A nascente do Rio Formate  localiza‐se nas proximidades da Reserva Florestal de Duas 

Bocas e, desde sua nascente até desaguar no Rio Marinho, possui uma extensão total de 

escoamento de cerca de 30 km. A rede de drenagem que escoa pela bacia do Rio Formate 

apresenta uma extensão total de cerca de 200 km. 

Dentre os afluentes do Rio Formate, o córrego Roda D’água é o principal corpo d’água 

da margem esquerda, responsável por drenar uma área de pouco mais de 10 km² (10% 

da bacia  toda do Rio Formate). O córrego Roda D’água constitui‐se,  também, num dos 

principais  responsáveis  pela  formação  das  fortes  enxurradas  que  ocorrem  na  porção 

médio‐alta da bacia do Rio Formate e que assolam a área urbana de Cariacica. 

Ainda na porção médio‐alta da bacia do Rio Formate, escorre pela margem esquerda o 

Córrego  Trincheira,  com  extensão  de  mais  de  4,5  km  e  área  de  drenagem  de 

aproximados 4 km², o Córrego Jaquitá, que escoa pela margem direita por uma extensão 

de mais de 2,5 km e área de drenagem de aproximados 3 km², e o Córrego Montanha, 

que drena uma bacia de mais de 12 km² e estende‐se por mais de 5 km. 

Por fim, na porção baixa da bacia, já próximos do local onde Rio Formate deságua no Rio 

Marinho, dois afluentes se destacam na margem direita, quais sejam: Córrego Areinha e 

Córrego  do  Tanque.  Na  parte  superior  da  bacia  do  Rio  Formate  predominam  as 

atividades  rurais,  enquanto  que  a  parte  inferior,  caracteristicamente  urbana  com 

ocupação irregular, como monstra a Figura 29 a seguir:  

Figura 29 ‐ Ocupação Irregular no Rio Formate 

 

 

 

 

 

Página43

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Rio Marinho 

O Rio Marinho  representa  o  limite  territorial  entre  os municípios  de Cariacica  e Vila 

Velha,  escoando  em  sentido  sul‐norte  até  desaguar  na  Baía  de  Vitória.  Devido  às 

modificações antrópicas que culminaram com o desvio das águas do Rio Formate para a 

calha do Rio Marinho (ao menos parcialmente), a área de contribuição para esse rio foi 

ampliada  consideravelmente.  O  Rio  Marinho  é  naturalmente  um  curso  d’água  de 

características  fluviomarinhas,  compondo  parte  do  ambiente  estuarino  da  baía  de 

Vitória. 

Atualmente, parte de seu  leito  foi canalizada, e suas margens e  leito sofreram  intensas 

ocupações. Há  dificuldade  de manter  faixas  de  preservação  permanente  previstas  na 

legislação, evitando o comprometimento da sua calha hidráulica de escoamento. O Rio 

Marinho  pode  ser  considerado  atualmente,  em  toda  a  sua  extensão,  impróprio  para 

abastecimento  humano  e  sem  condição  de  vida  aquática,  devido  à  carga  de  poluição 

doméstica  e  industrial  recebida  via Rio  Formate  e, mais  à  frente,  pelos  efluentes  dos 

bairros Caçaroca, Bela Aurora e parte de Cobilândia. Suas condições são pioradas pelo 

periódico represamento de suas águas pela maré na baía de Vitória. 

O solo na bacia do Rio Marinho está ocupado por loteamentos urbanos com importante 

densidade  demográfica,  sendo mais  de  80%  de  sua  bacia  hidrográfica  ocupada  com 

imóveis residenciais e industriais. Em toda sua extensão inclui os bairros: Cobi de baixo, 

Cobilândia,  Jardim  do  Vale,  Jardim Marilândia,  Nova  América,  Rio Marinho,  Santa 

Clara, Vale Encantado, Alzira Ramos, Bandeirantes, Bela Aurora, Bela Vista, Caçaroca, 

Campo Grande, Jardim Alá, Jardim América, Jardim Botânico, Rio Marinho, Sotelândia, 

Valparaíso e Vasco da Gama (Cariacica).  

Na margem direita do Rio Marinho se localiza um canal denominado vala Marinho, que 

se encontra atualmente desconectado do canal Marinho e com previsão de construir um 

sistema de comportas automáticas que só permitiriam a conexão da vala Marinho com o 

canal  se os níveis deste último  fossem  inferiores. A delimitação de bacias nessa área é 

uma  tarefa  muito  complexa,  haja  vista  que  essa  mesma  vala,  que  se  conecta 

esporadicamente com o canal Marinho, corta a cidade de Vila Velha e ao Rio Aribiri, que 

por sua vez deságua na Baía de Vitória em local diferente do Rio Marinho. 

Assim, na margem direita do Rio Marinho não há delimitação de bacia hidrográfica bem 

definida,  uma  vez  que  o  comportamento  e  sentido  do  fluxo  se  dão  em  função  da 

magnitude  do  escoamento  e  da  dinâmica  da  maré,  podendo  as  vazões  geradas  na 

margem direita do Rio Marinho, em território da cidade de Vila Velha, ora escoarem em 

direção  do  Rio  Aribiri,  ora  em  direção  do  Rio  Marinho.  O  comportamento  dos 

escoamentos  nessa  bacia deve‐se  à  conformação  suave do  terreno da  bacia,  onde  não 

supera  os  5  metros  de  desnível  total,  sendo  a  metade  desse  desnível  em  áreas  de 

influência de marés. 

 

 

Página44

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Já  no município  de Cariacica  alguns  afluentes  da margem  esquerda  do  Rio Marinho 

drenam sobremaneira as áreas urbanas deste município. 

A bacia do Rio Marinho foi subdividida em quatro sub‐bacias: Margem Direita, Córrego 

Campo  Grande, Margem  Esquerda  ao  Norte  do  Córrego  Campo  Grande  e Margem 

Esquerda ao Sul do Córrego Campo Grande. 

A  Figura  30  mostra  os  problemas  encontrados  ao  longo  dos  trechos  urbanos  de 

tributários da margem esquerda do Rio Marinho ao norte do córrego Campo Grande e 

que contribuem para inundações. 

Figura 30 ‐ Ocupação Irregular do Rio Marinho 

 

 

Malha Hídrica do Município de Vila Velha 

A malha hídrica do município de Vila Velha apresenta a seguinte constituição:  

Um  corpo  hídrico,  o Rio  Jucu,  classificado  estritamente  como  rio  e  que  é  o  principal 

manancial de abastecimento de água da Grande Vitória,  incluindo o município de Vila 

Velha. Suas principais características de vazão são: 

Q90 = 12.658 l/s;  

Disponibilidade Hídrica (50% de Q90) = 6.329 l/s 

Q outorgada = 3.800 l/s 

Um corpo hídrico, o Canal do Congo e seus  tributários, outrora com características de 

pequenos  rios  ou  córregos. Atualmente  podem  ser  classificados  como  parte  córregos, 

parte canais de drenagem. O curso principal, denominado Canal do Congo é afluente do 

Rio Jucu, praticamente na foz deste na localidade de Barra do Jucu. 

 

 

Página45

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Um  corpo  hídrico,  o  Rio  Aribiri  e  seus  tributários,  outrora  com  características  de 

pequenos  rios  ou  córregos.  Atualmente  podem  ser  classificados  como  canais  de 

drenagem, com características estuarinas nas regiões mais próximas de sua  foz na Baía 

de Vitória. 

Diversos  outros  corpos  hídricos,  outrora  com  características  de  pequenos  rios  ou 

córregos. Atualmente podem ser classificados como canais de drenagem. Os principais 

são o Canal Guaranhuns e seus tributários e o Canal da Costa e seus tributários. 

Nessa malha hídrica é importante ressaltar: 

‐  com  exceção  do  Rio  Jucu,  para  os  demais  não  há  informações  detalhadas  sobre  as 

características das vazões nem sobre a qualidade da água; 

‐ com exceção do Rio Jucu, os demais corpos hídricos recebem lançamentos de esgoto ʺin 

naturaʺ; 

‐ o Rio Aribiri e os canais Guaranhuns e da Costa são marcantemente influenciados pelos 

níveis da maré, o Rio Jucu em menor escala. 

 

2.3.1.1.1. Comitês de bacias hidrográficas dos Rios Santa Maria da Vitória e Jucu 

A  gestão  integrada  e  participativa  dos  recursos  hídricos  é  um  dos  temas  mais 

importantes e desafiadores da atualidade,  recorrente nas agendas de diversos países e 

foco das políticas ambientais em nível global. Entretanto  implementar os princípios de 

gestão  integrada, participativa  e descentralizada  tem  se apresentado  como um desafio 

para os atuais sistemas de gerenciamento de recursos hídricos. 

Em 2005  iniciou‐se o processo de  formação dos Comitês Santa Maria da Vitória e  Jucu 

tendo como base as exigências contidas na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 

9433/1997)  e  a  Política  Estadual  de  Recursos  Hídricos  do  Espírito  Santo  (Lei  nº 

5818/1998). Para a eleição dos representantes da diretoria e plenários provisórios foram 

realizadas  diversas  assembleias  municipais  e  regionais.  No  final  de  2007  ambos  os 

comitês tiveram seus decretos de criação assinados pelo governador do estado e no final 

de  2008  os  processos  eleitorais  foram  concluídos  sendo  constituídas  as  diretorias  e 

plenárias definitivas.  

Atualmente, o CBH Jucu encontra‐se com a sua segunda plenária, instituída em processo 

eleitoral concluído em maio de 2011 e o CBH Santa Maria da Vitória encontra‐se com o 

prazo expirado para realização do processo eleitoral desde dezembro de 2010. 

 

 

 

Página46

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

2.3.2. Clima 

O  clima  vilavelhense  é  caracterizado,  segundo  o  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e 

Estatística, como tropical quente super‐úmido (tipo Aw segundo Köppen), visto situar‐se 

na porção litorânea da RMGV.  

A temperatura média anual de 24,7 °C com invernos secos e amenos e verões chuvosos 

com  temperaturas  elevadas.  A  umidade  relativa  do  ar  de  80%. O mês mais  quente, 

fevereiro, tem temperatura média de 27,4 °C, sendo a média máxima de 31,8°C e mínima 

de 23,1°C. E o mês mais frio, julho, de 22,1°C, sendo 26,4°C e 17,8°C as médias máxima e 

mínima,  respectivamente. Outono  e primavera  são  estações de  transição.  São  raros  os 

episódios de frio extremo, sendo que a temperatura mínima registrada na cidade foi de 

6°C. Os  ventos  são  constantes  o  ano  todo,  porém  ocasionalmente  o  deslocamento  de 

frentes frias provoca episódios de ventos mais fortes, com rajadas atingindo velocidades 

superiores  a  70  km/h. Em  6 de maio de  2013, por  exemplo,  o  rápido  avanço de uma 

frente  fria  provocou  um  forte  vendaval  em  Vila  Velha  e  outras  cidades  do  litoral 

capixaba, com rajadas de vento chegando aos 120 km/h, provocando queda de árvores e 

destelhamento de  centenas de  casas na  cidade e deixando vários bairros vilavelhenses 

sem energia elétrica por várias horas em decorrência da queda de postes e danos em fios 

elétricos. 

A precipitação média  anual  é de  1.253,8 mm,  sendo  agosto  o mês mais  seco,  quando 

ocorrem apenas 44,6 mm. O período chuvoso, no geral, se estende de outubro até abril, 

com  a  ocorrência de  excedentes hídricos praticamente  em  todos  os meses do período 

chuvoso e, na região vilavelhense, as precipitações são consideravelmente mais elevadas. 

Em  dezembro,  o mês mais  chuvoso,  a média  fica  em  203,3 mm. Nos  últimos  anos, 

entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, 

não  raro ultrapassando  a marca dos  30  °C,  especialmente  entre  julho  e  setembro. Em 

janeiro de 2010, por exemplo, a precipitação de chuva em Vila Velha não passou de 1,9 

mm.  Durante  a  época  das  secas  e  em  longos  veranicos  em  pleno  período  chuvoso 

também são comuns registros de queimadas em morros e matagais, principalmente na 

zona  rural  da  cidade,  o  que  contribui  com  o  desmatamento  e  com  o  lançamento  de 

poluentes na atmosfera, prejudicando ainda a qualidade do ar. 

 

2.3.3. Cobertura Vegetal 

O  recobrimento vegetal primário na RMGV apresenta consideráveis variações entre os 

municípios  integrantes,  onde  as  áreas mais  elevadas  são  cobertas predominantemente 

pela  floresta  atlântica  de  planície  e  encosta,  com  espécies  arbóreas  densas  de  grande 

altura e diâmetro, submata densa e presença de muitas epífitas. Já as áreas planas, com 

elevações máximas da ordem de 3,0msnm (metros sobre do nível do mar), são recobertas 

por  vegetação  conhecida  como  restinga.  Nas  áreas  inundáveis  há  presença  de 

comunidades herbáceas constituídas por elementos fixos ou flutuantes, e as áreas sujeitas 

à influência das marés são cobertas por manguezais. Vila Velha é um dos municípios da 

 

 

Página47

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

RMGV  que  apresenta  um  grau  de  desmatamento mais  intenso,  podendo‐se  observar 

grandes extensões de solo descoberto, ou coberto por herbáceas relativamente dispersas. 

Existem, entretanto ainda algumas áreas preservadas de Mata Atlântica, de restingas e 

mangues. Vila Velha é o município que apresenta a mais preocupante situação, pois as 

reservas florestais remanescentes são pequenas e em número reduzido. 

 

2.3.4. Uso e ocupação do solo 

O  uso  do  solo  reflete  a  diversidade  sócio‐espacial  de  atributos  físicos  e  urbanísticos, 

infraestruturas,  de  acessibilidade,  de  legalidade  e  de  localização  relativa  a  uma  dada 

região. 

Nas diferentes regiões do município, há predominância do uso residencial, dividido em 

tipologias que incluem palafitas, barracos, autoconstruções, sobrados, conjunto de casas 

e  edifícios,  prédios  de  diversos  padrões,  apart‐hotéis,  mansões  e  chácaras,  com 

preponderância  de  alta  verticalização  na  faixa  litorânea  e  na  região  central,  e 

predominância de casas e de baixa verticalização nas demais regiões da cidade. 

O uso  residencial  é  compartilhado  com  atividades de  comércio,  serviços,  indústrias  e 

equipamentos  religiosos,  esparsamente  distribuídos  no  interior  dos  bairros,  mas 

frequentes  nas  vias  de  maior  movimento,  concentrando‐se  em  alguns  trechos  que 

configuram áreas de centralidade a conjuntos de bairros. 

Nas  áreas de  centralidades  são  também  encontrados  estabelecimentos  exclusivamente 

comerciais  e/ou  de  serviços,  que  atendem  extravicinalmente  em  caráter  mais 

especializado. 

Dentre as áreas de concentração consolidada podem ser citados o Centro de Vila Velha, 

São Torquato, Ibes, Glória, Cobilândia e Novo México. 

Ao longo das vias arteriais e sua área de influência imediata e em algumas vias coletoras, 

como Rodovia Carlos Lindenberg, Rodovia do Sol, Luciano das Neves, Rodovia Darly 

Santos,  localizam‐se estabelecimentos de comércio e serviços variados de maior porte e 

de caráter metropolitano. 

Algumas áreas da cidade especializam‐se concentrando estabelecimentos de atividades 

correlatas, constituindo economias de aglomeração, sendo os casos mais representativos, 

a Glória no setor de confecções, São Torquato no setor automotivo, Cobilândia no setor 

de  apoio  às  atividades  portuárias  e  o  Centro  de  Vila  Velha,  configurando  uma  área 

central que se estende da Praia da Costa até a Glória, num sentido, e da Prainha até a 

Avenida Carioca, em outro, abrigando além de comércio e serviços mais diversificados e 

especializados,  estabelecimentos de gestão,  religiosos,  educacionais,  sociais,  culturais e 

associativos. 

 

 

Página48

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Nas  duas  últimas  décadas,  diversas  empresas  de  construção  civil  direcionam 

investimentos à produção de edifícios de alto padrão e apart‐hotéis na  faixa  litorânea, 

impactando diretamente o mercado  imobiliário nessa  região,  tanto no que  se  refere ao 

padrão urbanístico quanto à valorização do preço da terra. 

As  ocupações mais  recentes  e  irregulares,  como  a  região  da Grande  Terra Vermelha, 

Dom  João  Batista  e  Ferrinho,  se  localizam  em  áreas  impróprias  à  ocupação  –  com 

fragilidades ambientais – ou em situação de precariedade de infra‐estrutura e de acesso a 

serviços  básicos de  atendimento  a  sua população. Nesses  casos,  o poder público  vem 

intervindo,  destacando‐se  o  Projeto  de  Urbanização  Integrada  do  Bairro  Dom  João 

Batista,  com  remanejamento  de  habitações  para  outra  área,  o  Projeto  Multissetorial 

integrado  em  Terra  Vermelha,  em  fase  de  captação  de  recursos  junto  ao  Banco  de 

Desenvolvimento  Econômico  e  Social  –  BNDES  e  encaminhamentos  junto  ao  setor 

privado para resolução da área do Ferrinho. 

Historicamente,  a  forma  de  ocupação  urbana  do  município  de  Vila  Velha  ocorreu 

desordenadamente e a expansão urbana ocorreu mais fortemente, a partir da década de 

70. 

Desde  o período  inicial de  formação da  cidade  até  o momento presente, uma  grande 

dificuldade  tem  sido  acompanhar  o  crescimento,  de  forma  a  conservar  o  patrimônio 

ambiental  e  compatibilizar  as  novas  ocupações,  geradas  a  partir  do  parcelamento  do 

solo, protegendo as redes de infra‐estrutura e permitindo a ligação e hierarquia viária.  

A  informalidade urbana no Município de Vila Velha atinge não apenas as áreas menos 

valorizadas,  mas  também  aquelas  destinadas  às  populações  de  renda  elevada.  Em 

função do processo acelerado de expansão urbana e de ocupação irregular do território, 

Vila Velha apresenta comprometimento na qualidade urbana, além de dificuldades no 

processo de gestão da cidade. 

Quanto aos vazios urbanos existentes em Vila Velha, observa‐se que há um grau elevado 

de  adensamento  nos  Pólos  Regionais:  Central,  Cobilândia  e  Arirbiri,  tendo  em 

contraponto grandes glebas vazias em áreas urbanas, a exemplo da área  localizada no 

Vale Encantado e outras mais próximas à região de Terra Vermelha, e na parte sudoeste 

do território urbano municipal, esta última sem regulamentação urbanística. 

Para orientar o desenvolvimento urbano do município, em 2006 foi realizada a Revisão 

do Plano Diretor Urbano do Município de Vila Velha. 

O zoneamento urbano se divide em: 

•  Área  Urbana  Consolidada:  Áreas  que  se  encontram  em  avançado  estado  de 

urbanização  e  densidade  populacional.  Conta  com  porções  territoriais  residenciais, 

comerciais e portuárias; 

 

 

Página49

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

• Área Urbana de Expansão Funcional: Área de interesse logístico e portuário, com baixo 

índice de ocupação; 

• Área Urbana de Expansão Residencial e Turística: Área litorânea com baixa ocupação, 

mas com potencial de uso residencial. Tipologia balneária; 

•  Área  Urbana  de  Integração:  Área  livre;  e  com  pouca  população  residente  e  com 

potencial para ocupação devido à qualidade ambiental; 

•  Área  Urbana  de  Estruturação:  Área  de  fragilidade  ambiental  já  que  seu  território 

ocupado  corresponde  às  áreas  alagadas.  Contém  vazios  devido  à  restrições  de 

mobilidade; 

• Área Urbana  de  Transição: Área  de  transição  entre  o  ambiente  rural  e  o  ambiente 

urbano. Encontra‐se dentro do perímetro urbano; 

• Área de Uso Agropecuário Restrito: Área em situação de fragilidade ambiental devido 

à  enorme  quantidade de  canais  e  cursos d’água da  bacia de  acumulação do  rio  Jucu. 

Atividades ligadas à agricultura, pecuária e agroturismo; 

• Área de Uso Agropecuário Diversificado: A qualidade do solo é altamente adequada 

ao desenvolvimento da agricultura, embora grande parte de seu território seja destinada 

à criação de gado;  

• Área de Uso Agropecuário Diversificado: A qualidade do solo é altamente adequada 

ao desenvolvimento da agricultura, embora grande parte de seu território seja destinada 

à criação de gado; 

• Área  de Apoio  Logístico:  Localizada  às margens  da  BR‐101,  essa  área  se  destina  a 

atividades logísticas e ao escoamento de produtos. 

A Figura 31 a seguir mostra esta divisão: 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 31 ‐ Zoneamento Urbano de Vila Velha 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página51

2.3.5. Relevo 

O  município  de  Vila  Velha  apresenta‐se  com  relevo  predominantemente  plano,  em 

média  4 metros  acima  do  nível  do mar.  São  32  quilômetros  de  litoral  banhados  pelo 

Oceano Atlântico. Dentre as elevações, destaca‐se o Morro da Concha, elevação rochosa 

situada  na  área  litorânea,  coberta  com  restinga;  o Morro  do  Penedo,  composto  por 

formações graníticas  e  com altitude  chegando aos 135 metros de altitude; o Morro do 

Moreno, que tem 164 metros de altitude e é considerado como patrimônio natural pela 

lei municipal  262,  de  1990,  e  decreto municipal  202,  de  1996,  abrigando  importante 

remanescente de mata atlântica; e o Morro da Penha, que  tem 154 metros de altura e é 

onde está  situado o Convento da Penha,  sendo então um dos  locais mais visitados do 

Espírito Santo. 

Também  existem  algumas  ilhas  que  pertencem  ao  território  vilavelhense.  A  Ilha  de 

Itatiaia é uma ilha rochosa situada próxima à costa da Praia de Itapuã, sendo um local de 

reprodução de aves marinhas  como garças e andorinhas. A  Ilha das Garças  também é 

um importante local de reprodução de algumas espécies animais, como garças e o socó‐

dorminhoco,  sendo  que  a  restinga  predominante  no  lugar  se  torna  propícia  para  a 

conservação  desses  filhotes.  Estando  a  800  metros  do  continente,  é  também  muito 

utilizada  para  a  pesca,  porém  o  acesso  é  proibido  de  janeiro  a  março  (época  de 

reprodução). Também há a Ilha dos Pacotes, de acesso restrito à Marinha do Brasil, que 

mantém um farol de sinalização marítima. 

Vila Velha possui duas bacias hidrográficas; as bacias dos Rios Guarapari e  Jucu, cujas 

áreas são,  respectivamente, de 32 e 179 km². O Rio  Jucu é o principal  rio que banha o 

município, nascendo na região serrana, em Domingos Martins, e desaguando no Oceano 

Atlântico, em território vilavelhense. É responsável pelo abastecimento de água de 60% 

da população da Região Metropolitana de Vitória. O encontro do rio com o mar forma, 

em alguns períodos do ano, pequenas pororocas. 

 

2.3.6. Áreas Protegidas 

O Brasil detém em seu  território a maior biodiversidade do planeta. Para proteger este 

inestimável patrimônio, o País destina uma área de mais de 750.000 km² a Unidades de 

Conservação ‐ UCs federais, aproximadamente 9% do Território Nacional. 

O município de Vila Velha possui uma extensão territorial 232 km² onde seu território se 

divide  em  áreas  urbanizadas  e  áreas  naturais  que  são  definidas  como:  Unidades  de 

Conservação (UC), e Áreas de Preservação Permanentes (APP).  

Na RMGV há um grande número de Unidades de Conservação e outras áreas naturais 

protegidas  devido  à  existência  e  conservação  de  inúmeras  áreas  ambientalmente 

sensíveis, principalmente  relacionadas aos  estuários,  complexos vilavelhanos  e morros 

isolados, encostas florestadas, manguezais e restingas.  

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página52

 

– Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira 

O Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira foi criado através da Lei Municipal 

Nº  4105  de  13  de  novembro  de  1993,  e  apresenta  área  de  168,30  hectares.  Ele  está 

localizado no bairro Glória, às margens do canal da Baía de Vitória, na foz do Rio Aribiri, 

e apresenta pequenas elevações graníticas, destacando‐se o Morro da Manteigueira onde, 

no  início  do  século  XX,  existia  uma  casa  com  a  arquitetura  semelhante  a  uma 

manteigueira, dando origem ao nome atual do Parque. 

O Parque abriga fragmentos da Mata Atlântica, em estágios inicial, médio e avançado de 

regeneração,  e  de  seus  ecossistemas  associados,  tais  como,  o  brejo  herbáceo  e  o 

manguezal na foz do Rio Aribiri, formando um mosaico paisagístico atraente. Apesar de 

estar localizado em uma área urbana, abriga rica e variada fauna.  

A vegetação pode ser herbácea ou arbustiva, com ocorrência de árvores nas fendas das 

rochas  com  altura  de  até  5‐6 metros,  sendo  comum  a  ocorrência  de  Pita  (Fourcroya 

gigantea), Gravatá (Vriesea marítima), Cactos (Pilosocereus arrabidae, Cereus  fernambucensis, 

Coleocephaloscereus  fluminensis),  Quaresmeira  (Tibouchina),  Capim  gordura  (Melinis 

minutiflora), aroeira (Schinus terebintifolius), entre outras. 

Devido à elevada carga de esgotos despejada pelo Rio Aribiri a fauna do manguezal está 

bastante  modificada.  Neste  tipo  de  ambiente  podem  ser  encontrados  o  caranguejo 

(Ucides  cordatus), o Guaiamum  (Cardisoma guanhumi), os  siris  (Callinectes  spp.), Chama‐

maré (Uca spp.) e o Aratu (Goniopsis cruentata).  

Figura 32 ‐ Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira 

 

 

– Parque Natural Municipal de Jacarenema 

Criado pelo Decreto Nº 033/03 e  ratificado pela Lei 4.999/2010 – Código Municipal de 

Meio Ambiente,  o  parque  tem uma  área de  346,27  hectares  e  fica  localizado  na  zona 

costeira do bairro Barra do  Jucu. A área do Parque compreende a Praia da Barrinha, o 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página53

costão  rochoso  do  Morro  da  Concha,  o  manguezal  na  foz  do  Rio  Jucu,  diferentes 

formações de vegetação de restinga e vegetação ciliar às margens do Rio Jucu, formando 

um mosaico paisagístico atraente e de fundamental importância ecológica. 

Apesar  das  ações  predatórias  ocorridas  nos  últimos  anos,  a  área  ainda  possui 

características privilegiadas pela sua geografia, contemplando remanescentes de restinga 

que,  no  passado,  cobriam  toda  a  extensão  do  litoral  capixaba.  Abriga  amostras 

significativas da fauna regional, englobando a vida animal do mangue, aves e mamíferos 

de médio porte. 

Em virtude da proximidade das Ilhas de Itaparica e Itatiaia com a foz do Rio Jucu, essa 

região tornou‐se o local adequado à reprodução de garças e andorinhas do mar, além de 

constituir em fonte de alimento para os bandos e seus filhotes. 

Em  função  da  tendência  ao  endemismo  animal  e  vegetal  e  por  contemplar  uma  área 

representativa de restinga, uma extensão significativa da área do Parque é  identificada 

como Área de Preservação Permanente (APP). Tal atributo em conjunto à beleza cênica 

do  Parque, marcada  pelo  encontro  do  rio  com  o mar,  se  torna  um  local  propício  à 

implantação  de  um  polo  de  integração  homem‐natureza,  como  um  atrativo  para  o 

desenvolvimento  do  turismo  ecológico  e  da  educação  ambiental,  dentro  de  uma 

perspectiva preservacionista. 

Figura 33 ‐ Parque Natural Municipal de Jacarenema 

 

 

– Monumento Natural Morro do Penedo 

O Morro do Penedo,  localizado às margens da baía de Vitória, consiste de um maciço 

rochoso litorâneo, de formação granítica e gnáissica. Apresenta em torno de 132 metros 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página54

de altitude e relevo forte ondulado e escarpado, consistindo em um monumento natural 

de referência turística e cultural para todo o Estado do Espírito Santo. 

Quantos aos aspectos naturais, a formação rochosa do Morro do Penedo é composta por 

vegetação remanescente de Mata Atlântica, bioma que se localiza sobre a imensa cadeia 

montanhosa  litorânea que ocorre do Oceano Atlântico,  reside nas  Serras do Mar  e da 

Mantiqueira, abarcando os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito 

Santo  (RIZZINI,  1997).  O  mesmo  autor  cita  o  termo  Scrub  para  essas  formações 

vegetacionais  de  Mata  Atlântica  que  se  apresentam  sempre  verdes  em  manchas 

dispersas e ocorrem nas rochas da orla marítima.     

Figura 34 ‐ Monumento Natural Morro do Penedo 

 

 

– APA da Lagoa Grande 

A Lagoa Grande, situada em Ponta da Fruta, Vila Velha, consiste em uma área natural 

muito utilizada pela comunidade local e por visitantes para atividades recreativas.  

Trata‐se de uma lagoa costeira formada por avanços e recuos do nível do mar (regressão 

e  transgressão marinha),  que  abriga  espécies de moluscos,  crustáceos, peixes  e  outras 

espécies  animais  e  vegetais  que  se  desenvolvem  dentro  e  nas  imediações  da  Lagoa. 

Dentre  as  espécies  de  peixes  encontradas  na  Lagoa,  destacam‐se  a  traíra  (Hoplias 

malabaricus) e o acará (Geophagus brasiliensis), dentre as aves são bastante encontrados nas 

imediações da Lagoa o quero‐quero  (Vanellus  chilensis),  joão‐de‐barro  (Furnarius  rufus), 

jacupemba (Penelope sp), coruja‐buraqueira (Speotyto cunicularia). Quanto aos mamíferos, 

em estudos realizados no entorno da Lagoa, foram  levantados gambá (Didelphis aurita), 

tatu‐galinha (Dasypus novemcinctus), Callithrix geoffroyi (sagüi‐da‐cara‐branca). 

Em função do seu potencial ambiental e turístico o Município de Vila Velha criou uma 

Área  de  Proteção  Ambiental  (APA)  envolvendo  a  Lagoa  Grande  e  seu  entorno, 

totalizando aproximadamente 3.000 ha.  

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página55

Segundo  a  cobertura  aerofotogramétrica  realizada  pela MAPLAN  (2001),  a  Área  de 

Preservação Permanente  (APP) da Lagoa Grande  e  seu  entorno  abrange uma  área de 

1.704.348,07 m². 

Figura 35 ‐ APA da Lagoa Grande 

 

 

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP 

 

Morro do Moreno 

O Morro do Moreno localiza‐se na Praia da Costa, Vila Velha, possui altitude máxima de 

189,9m  (metros)  (IJSN,  1990).  Segundo  a  cobertura  aerofotogramétrica  realizada  pela 

MAPLAN  (2001),  a  Área  de  Preservação  Permanente  (APP)  do  Morro  do  Moreno 

abrange uma área de 580.647,98 m². 

De acordo com EMCAPA (1999) trata‐se de um maciço rochoso litorâneo, de formações 

graníticas  e  gnáissicas.  O  relevo  caracteriza‐se  como  montanhoso,  forte,  ondulado  e 

escarpado, com topo anguloso, vertentes côncavas e convexas. Os tipos de solos são os 

cambissólicos distróficos e litólicos (IJSN, 1979). 

A  cobertura  vegetal  que  compõe  este  ambiente  trata‐se  de  remanescente  de  Mata 

Atlântica  ou  Floresta  Pluvial Montana,  bioma  que  se  localiza  sobre  a  imensa  cadeia 

montanhosa litorânea que ocorre ao longo do Oceano Atlântico, reside nas Serras do Mar 

e da Mantiqueira, abarcando os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de  Janeiro  e 

Espírito Santo (RIZZINI, 1997). O mesmo autor cita o termo Scrub para estas formações 

vegetacionais  de  Mata  Atlântica  que  se  apresentam  sempre  verdes  em  manchas 

dispersas  e  ocorrem  nas  rochas  da  orla marítima. Nas  partes mais  altas  e  de maior 

declividade do maciço o difícil acesso proporcionou um bom estado de conservação da 

vegetação, com estratos arbustivos e arbóreos e presença de epífitas.   

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página56

Em 14/09/1984 o biólogo Paulo César Vinha coletou sobre a rocha no Morro do Moreno 

uma  planta  com  cerca  de  50  cm  de  altura,  pertencente  à  família  Gesneriaceae. 

Posteriormente,  o  pesquisador  a  Chauteus  a  descreveu  como  espécie  nova, 

denominando‐a de Sinigria agaensis.  

Os registros faunísticos da região são escassos, mas de acordo com informações pessoais 

do  biólogo  Jacques  Passamani  existem  importantes  espécies  de  aves  consideradas 

sensíveis em relação à perturbação do equilíbrio em seu ambiente natural, como: Ceryle 

torquata (martim pescador matraca), Sprotylo cunicularia (coruja buraqueira), Egretta thula 

(garça branca pequena), Dacnis  cayana  (saí‐azul) e Gnorimopsar  chopi  (melro). Dentre os 

mamíferos, destaca‐se o Callithrix geoffroyi (sagui da cara branca). 

A  PMVV  contratou  uma  empresa  para  realizar  o  diagnóstico  ambiental  da  área 

objetivando estabelecer a categoria de Unidade de Conservação a ser instituída.  

Figura 36 ‐ Morro do Moreno 

 

 

Morro do Cruzeiro 

O Morro do Cruzeiro, também conhecido como Sítio Correia, com 88.393,79m2, localiza‐

se  entre  os  bairros  Jardim Colorado,  Santos Dumont,  Jardim Guadalajara,  Brisamar  e 

Guadalupe. Trata‐se de um maciço rochoso,  integrante da paisagem urbana da Grande 

Vitória, com cobertura vegetal representada por remanescente de Mata Atlântica.  

A  cobertura  vegetal  que  compõe  este  ambiente  trata‐se  de  remanescente  de  Mata 

Atlântica  ou  Floresta  Pluvial Montana,  bioma  que  se  localiza  sobre  a  imensa  cadeia 

montanhosa litorânea que ocorre ao longo do Oceano Atlântico, reside nas Serras do Mar 

e da Mantiqueira, abarcando os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de  Janeiro  e 

Espírito Santo (RIZZINI, 1997).  

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página57

Atualmente, a área apresenta‐se em estágio de recomposição vegetal, com formações de 

macega  (vegetação  herbácea,  tipicamente  invasora),  capoeira  (vegetação  arbustiva  e 

arbórea) e formações em estágio mais avançado de regeneração. 

 

Morro do Jaburuna 

O Complexo do Morro do Jaburuna localiza‐se no bairro Jaburuna, Vila Velha. Segundo 

a  cobertura  aerofotogramétrica  realizada  pela MAPLAN  (2001),  a  área  protegida  do 

Complexo do Morro do Jaburuna abrange uma área de 723.121,49 m².  

Trata‐se de três maciços rochosos litorâneos, denominados Jaburuna, Soares e Inhoá, de 

formações graníticas e gnáissicas, com altitude variando de 138 a 156 metros. 

Destacamos a seguir as principais Leis pertinentes à área: 

Art. 2º, da Lei Nº 4771/65 (Código Florestal) – Consideram‐se de Preservação Permanente 

as  florestas e demais  formas de vegetação natural situadas no  topo de morros, montes, 

montanhas  e  serras;  nas  encostas  ou  parte  destas  com  declividade  superior  a  45º, 

equivalente a 100% na linha de maior declive. 

Resolução CONAMA Nº  303/02  – Constitui Área de Preservação Permanente  (APP)  a 

área situada no topo de morros e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de 

nível correspondente a dois terços da altura mínima da elevação em relação à base. 

 

Morro do Convento 

O Morro  do  Convento  localiza‐se  em  Prainha, Vila  Velha  e  constitui  um  importante 

monumento  natural,  paisagístico  e  histórico‐cultural,  fazendo  parte  das  áreas  de 

remanescentes da Mata Atlântica do Espírito Santo.  

Regulamentado  pelo Art.  2º,  da  Lei Nº  4771/1965  e  ratificado  pela  Lei Nº  12651/2012 

(Código  Florestal)  que  considera  de  Preservação  Permanente  as  florestas  e  demais 

formas de vegetação natural situadas no  topo de morros encostas ou parte destas com 

declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive. 

O  Santuário  da  Penha  abrange  uma  área  de  632.226  m²  que  abriga  também  um 

fragmento de Mata Atlântica  que  é  cuidadosamente preservada por meio de parceria 

com a  iniciativa privada. O morro apresenta 160 m de altitude e é um dos  locais mais 

visitados do Estado, pois em seu cume foi edificado no século XVI, o Convento da Penha. 

Trata‐se de um maciço rochoso litorâneo, de formações graníticas e gnáissicas. O relevo 

caracteriza‐se  como  montanhoso,  forte,  ondulado  e  escarpado,  com  topo  anguloso, 

vertentes  côncavas  e  convexas.  Os  tipos  de  solos  são  os  cambissólicos,  distróficos  e 

litólicos. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página58

A cobertura vegetal desse ambiente é constituída por remanescente de Mata Atlântica ou 

Floresta  Pluvial Montana  em  estágios  médio  e  avançado  de  regeneração.  Dentre  as 

espécies vegetais encontradas na área destacam‐se: Pau d’alho  (Gallesia  integrifolia),  Ipê 

amarelo  (Tabebuia  riodocensis),  Louro  (Cordia  trichotoma),  Araçá  da  mata  (Eugenia 

involucrata),  cajasão, Pau  sangue, Guapuruvú,  Ipesão, Louro, Manjolo, Angico  branco, 

Quina preta, dentre outros.  

Como representantes da fauna habitante e visitante do Morro do Convento destacam‐se 

o Sagui‐da‐cara‐branca (Callithrix geoffroyi) e o Saí‐azul (Dacnis cayana), além de Gambá, 

Preguiça, Faisão, dentre outras. 

Dada  à  importância  das  áreas  de  Mata  Atlântica,  destacando‐se  a  manutenção  da 

biodiversidade, a UNESCO declarou as áreas de Mata Atlântica do Estado do Espírito 

Santo como Reserva da Biosfera. 

 

Morro de Argolas 

Regulamentado  pelo Art.  2º,  da  Lei Nº  4771/1965  e  ratificado  pela  Lei Nº  12651/2012 

(Código  Florestal)  que  considera  de  Preservação  Permanente  as  florestas  e  demais 

formas de vegetação natural situadas no  topo de morros encostas ou parte destas com 

declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive. 

Localizado no bairro Argolas, apresenta Bioma Mata Atlântica. 

 

Morro do Pão Doce 

Regulamentado  pelo Art.  2º,  da  Lei Nº  4771/1965  e  ratificado  pela  Lei Nº  12651/2012 

(Código  Florestal)  que  considera  de  Preservação  Permanente  as  florestas  e  demais 

formas de vegetação natural situadas no  topo de morros encostas ou parte destas com 

declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive. 

Localizado no bairro São Torquato, apresenta Bioma Mata Atlântica. 

 

Morro da Ucharia 

Regulamentado  pelo Art.  2º,  da  Lei Nº  4771/1965  e  ratificado  pela  Lei Nº  12651/2012 

(Código  Florestal)  que  considera  de  Preservação  Permanente  as  florestas  e  demais 

formas de vegetação natural situadas no  topo de morros encostas ou parte destas com 

declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive. 

Localizado no bairro Prainha, apresenta Bioma Mata Atlântica. 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página59

Lagoa de Jabaeté 

A Lagoa de Jabaeté (Figura 37) é um patrimônio ambiental, de rara beleza, com grande 

potencial  turístico,  localizada  em Barra do  Jucu, Vila Velha,  a poucos  quilômetros do 

centro urbano. 

Figura 37 ‐ Lagoa de Jabaeté 

 

 

Trata‐se de uma lagoa costeira formada por avanços e recuos do nível do mar (regressão 

e  transgressão marinha),  que  abriga  espécies de moluscos,  crustáceos, peixes  e  outras 

espécies animais e vegetais que se desenvolvem dentro e nas imediações da Lagoa. 

Muitas são as lendas e histórias envolvendo a Lagoa de Jabaeté. Moradores da região em 

torno da Lagoa de  Jabaeté relatam casos de aparições assombrosas, mulheres gigantes, 

caravelas que teriam naufragado em suas águas, tesouros de piratas e bola de fogo. 

Segundo  a  cobertura  aerofotogramétrica  realizada  pela  MAPLAN  (2001),  a  área 

delimitada da Lagoa de Jabaeté abrange uma área de 3.402.037,69 m².  

A  PMVV  contratou  uma  empresa  para  realizar  o  diagnóstico  ambiental  da  área 

objetivando estabelecer a categoria de Unidade de Conservação a ser instituída.  

 

Lagoa de Jacuném 

Regulamentado  pelo Art.  2º,  da  Lei Nº  4771/1965  e  ratificado  pela  Lei Nº  12651/2012 

(Código  Florestal)  que  considera  de  Preservação  Permanente  as  florestas  e  demais 

formas de vegetação natural situadas ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água 

naturais ou artificiais. A Lagoa tem uma área de 100,00 ha. 

Localizada  na  Ponta  da  Fruta,  apresenta  Bioma  Mata  Atlântica,  e  ecossistema  de 

Restinga. 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página60

Lagoa Encantada 

A Lagoa Encantada situa‐se em Vale Encantado, Vila Velha, em área de drenagem do rio 

Aribiri, constituindo‐se, dessa forma, parte integrante da bacia desse rio. 

A  Lagoa  constitui  um  dos  poucos  ambientes  da  região  que  abriga  espécies  da  fauna 

aquática  (moluscos,  peixes)  e  outras  espécies  animais  e  vegetais  que  se  desenvolvem 

dentro e nas imediações da Lagoa.  

Em  função de  sua  importância  natural  como  recurso hídrico,  abrigando  fauna  e  flora 

características,  o  Município  de  Vila  Velha,  com  o  auxílio  do  trabalho  de  cobertura 

aerofotogramétrica,  realizada  pela  MAPLAN  (2001),  demarcou  a  área  protegida  de 

Lagoa Encantada, abrangendo a lagoa e seu entorno, com área de 1.194.804,85 m². 

O Quadro  1  a  seguir  apresenta  resumidamente  as  informações  acerca  das  principais 

áreas naturais do Município de Vila Velha. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página61

Quadro 1 ‐ Quadro Resumo 

ÁREA 

NATURAL CATEGORIA  ÁREA LOCALIZAÇÃO LEGISLAÇÃO CARACTERÍSTICAS

Morro da 

Manteigueira 

Parque 

Natural 

Municipal 

168,30 

ha  Glória 

Lei Municipal 

N.º 4105/03 

Lei Municipal 

nº 4.999/2010. 

  

∙ Abriga fragmentos 

de Mata Atlântica, 

brejo herbáceo e 

manguezal; 

∙ Fauna rica e variada, 

com espécies 

ameaçadas de 

extinção; 

∙ Atividades de uso 

público 

desenvolvidas como 

Educação Ambiental 

e Ecoturismo; 

∙ Atividades 

conflitantes como 

caça, pesca, captura 

de animais silvestres, 

desmatamento entre 

outros. 

Jacarenema 

Parque 

Natural 

Municipal 

346,27 

ha  Barra do Jucu 

Decreto 

Municipal N.º 

026/08 

Apresenta diferentes 

formações de 

vegetação de restinga, 

vegetação ciliar às 

margens do Rio Jucu 

e manguezal; 

Lei Estadual 

N.º 5427/97 

Abriga amostras 

significativas da 

fauna regional, com 

espécies ameaçadas 

de extinção; 

Decreto 

Municipal Nº 

033/03 

Atividades como 

Educação Ambiental 

e Ecoturismo 

desenvolvidas por 

ONGs ambientalistas; 

Lei Municipal 

nº 4.999/2010. 

∙ Atividades 

conflitantes como 

caça, pesca, coleta de 

plantas, capturas de 

animais, queimadas, 

atropelamento de 

animais, deposição de 

lixo, entre outros. 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página62

 ÁREA 

NATURAL 

CATEGORIA  ÁREA  LOCALIZAÇÃO LEGISLAÇÃO  CARACTERÍSTICAS

Morro do 

Penedo 

Monumento 

Natural 

Municipal 

187.888,90 

m²  Capuaba 

Lei Municipal 

N.º 4930/10 

 

Lei Municipal 

nº 4.999/2010. 

∙  Consiste de um 

maciço rochoso 

litorâneo; 

∙  Possui 

remanescentes de 

Mata Atlântica e 

vegetação rupestre, 

com diversificada 

fauna e flora e 

espécies ameaçadas 

de extinção; 

∙  O Parque não 

possui infraestrutura 

e não há atividades 

de uso público 

sistematizadas; 

∙  Atividades 

conflitantes como 

atividades portuárias 

no entorno da 

unidade, poluição 

hídrica, queimada, 

entre outros. 

Lagoa 

Grande 

Área de 

Proteção 

Ambiental 

2.725,2 ha  Ponta da Fruta 

Lei Municipal 

N.º 5019/10 

 

Decreto 

Municipal Nº 

046/06 

 

Lei Municipal 

nº 4.999/2010. 

   Inclui as APP’s das 

lagoas costeiras: 

Jacuném, Interlagos I 

e II e Lagoa Grande; 

∙   Abriga uma 

diversidade de 

espécies animais; 

∙   Abriga também 

formações de Mata 

Atlântica, Várzea, 

Vegetação de 

Restinga, pastagens e 

pequenas áreas 

agrícolas; 

∙   Atividades 

conflitantes como 

extração mineral, 

despejo de esgoto, 

desmatamento e 

queimada, entre 

outros. 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página63

 

3. INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA   

3.1. INDICADORES SOCIAIS 

3.1.1. Saúde 

O município de Vila Velha possui 578 estabelecimentos de saúde cadastrados no CNES 

(Cadastro  Nacional  de  Estabelecimentos  de  Saúde),  sendo  a  maior  parte  de 

estabelecimentos privados (Quadro 03). 

O  Quadro  2  a  seguir,  mostra  os  estabelecimentos  de  saúde  segundo  Esfera 

Administrativa em Vila Velha no ano de 2013: 

Quadro 2 ‐ Estabelecimentos de saúde segundo Esfera Administrativa  

ESFERA 

ADMINISTRATIVA QUANTIDADE  PORCENTAGEM (%) 

Estaduais  9  1,6 

Privados  537  93 

Municipais  32  5,4 

TOTAL  578 100 

   Fonte: CNES, DataSus, MS, 2013. 

 

A Gestão da Atenção  Básica Ampliada  é  feita  de  forma  plena pelo Município,  sendo 

condição de gestão do Sistema Único de Saúde. Dessa forma, o serviço de saúde de Vila 

Velha é responsável pelo controle da tuberculose, hipertensão e diabete, a eliminação da 

hanseníase,  ações de  saúde bucal, de  saúde da  criança  e de  saúde da mulher. A  rede 

municipal de saúde conta com 35 estabelecimentos para atender a demanda da Atenção 

Básica conforme mostrada no Tabela 2 a seguir:  

 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página64

Tabela 2 ‐ Rede Municipal de Saúde 

EQUIPAMENTOS QUANTIDADE 

Central Municipal de Regulação  1 

Central Odontológica  1 

Centro de atenção Psicossocial CAPS AD  1 

Centro de Controle de Zoonoses  1 

Centro de Especialidades Odontológicas CEO  1 

Centro de Referência  em DST AIDS  e Hepatites 

Virais 

Centro de Saúde  1 

Centro  Municipal  de  Atenção  Secundária  mais 

saúde 

Centro Regional saúde do Trabalhado CEREST  1 

Hospital Municipal  1 

Posto de Saúde  1 

Programa de Combate à Dengue  1 

Programa de Saúde Bucal  1 

Pronto Atendimento  2 

Secretaria Municipal de Saúde  1 

Unidade de Saúde Família  2 

Unidade de Saúde  15 

Vigilância Sanitária  2 

FONTE: Estabelecimentos Municipais de Saúde – 2013 ‐ Fonte: CNES, DataSus, MS, 2013. 

 

3.1.2. Índice de Desenvolvimento Humano – IDHM  

O  índice  de Desenvolvimento Humano Municipal  (IDHM)  de  Vila  Velha  em  2010  é 

0,800.  O  município  está  situado  na  faixa  de  Desenvolvimento  Humano  Muito  Alto 

(IDHM entre 0,8 e 1). 

Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com 

crescimento  de  0,131),  seguida  por  Longevidade  e  por  Renda.  Entre  1991  e  2000,  a 

dimensão  que mais  cresceu  em  termos  absolutos  foi  Educação  (com  crescimento  de 

0,126), seguida por Longevidade e por Renda, com mostra a Tabela 3 a seguir:  

 

 

 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página65

Tabela 3 ‐ IDH de Vila Velha 

 

 

 

 

Fonte: PNUD, Ipea e FJP 

 

Evolução 

Entre 2000 e 2010‐ O IDHM passou de 0,709 em 2000 para 0,800 em 2010 ‐ uma taxa de 

crescimento de 12,83%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o 

IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 31,27% entre 

2000 e 2010. 

Entre 1991 e 2000 ‐ O IDHM passou de 0,611 em 1991 para 0,709 em 2000 ‐ uma taxa de 

crescimento de 16,04%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o 

IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 25,19% entre 

1991 e 2000. 

Entre 1991 e 2010 ‐ Vila Velha teve um incremento no seu IDHM de 30,93% nas últimas 

duas  décadas,  abaixo  da média  de  crescimento  nacional  (47%)  e  abaixo  da média  de 

crescimento  estadual  (46%). O hiato de desenvolvimento humano, ou  seja, a distância 

entre  o  IDHM  do município  e  o  limite máximo  do  índice,  que  é  1,  foi  reduzido  em 

48,59% entre 1991 e 2010. 

 

Ranking 

Vila Velha  ocupa  a  40ª  posição,  em  2010,  em  relação  aos  5.565 municípios  do  Brasil, 

sendo que 39 municípios (0,70%) estão em situação melhor e 5.526 municípios (99,30%) 

estão em situação igual ou pior. Em relação aos 78 outros municípios de Espírito Santo, 

Vila Velha ocupa a 2ª posição, sendo que apenas 1 município  (1,28%) está em situação 

melhor e 77 municípios (98,72%) estão em situação pior ou igual. 

 

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes ‐ Vila Velha ‐ ES

IDHM e componentes  1991 2000  2010

IDHM Educação 0,48  0,60  0,73 

% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo  49,68  59,48  71,67 

% de 5 a 6 anos na escola  52,70  65,88  87,91 

% de 15 a 17 anos  nos finais do fundamental ou com 

fundamental completo  65,83  16,64  88,72 

% de 15 a 17 anos com fundamental completo  42,47  59,64  66,62 

% de 18 a 20 anos com médio completo  25,66  40,80  53,66 

IDHM Longevidade  0,69  0,78  0,86 

Esperança de vida ao nascer  66,33  72,02  76,84 

IDHM Renda  0,69  0,76  0,81 

        Renda per capita  597,41  877,60  1.211,79 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página66

3.1.3. Índice de Vulnerabilidade Social – IVS 

A Tabela 4 a seguir, mostra a evolução do índice de vulnerabilidade social de Vila Velha. 

Tabela 4 ‐ Índice de Vulnerabilidade Social de Vila Velha 

Vulnerabilidade Social ‐ Vila Velha ‐ ES

Crianças e Jovens  1991 2000  2010

Mortalidade Infantil  34,03  18,80  10,86 

% de crianças de 4 a 5 anos fora da escola  ‐  46,74  21,29 

% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola  9,85  6,02  3,25 

% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem 

trabalham e são vulneráveis à pobreza  ‐  8,83  6,33 

$ de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos  0,20  0,27  0,12 

% de 15 a 17 anos que tiveram filhos  4,15  4,62  5,17 

Taxa de atividade ‐ 10 a 14 anos  ‐  5,91  4,06 

Família 

% de mães chefes de família sem fundamental 

completo e com filhos menores de 15 anos  12,22  11,73  10,75 

% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e 

dependentes de idosos  1,45  1,35  0,91 

% de crianças extremamente pobres  6,83  4,95  1,77 

Trabalho e Renda 

% de vulneráveis à pobreza  36,65  27,39  15,74 

% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental 

completo e em ocupação informal  ‐  30,95  20,20 

Condição de Moradia 

% de pessoas em domicílios com abastecimento de 

água e esgotamento sanitário inadequados  0,83  1,59  0,42 

Fonte: PNUD, Ipea e FJP 

 

3.1.4. Taxa de Mortalidade Infantil   

Em 2013 o coeficiente de mortalidade infantil foi de 9,77 a cada mil crianças menores de 

um  ano  de  idade,  sendo  que  99,7%  do  total  de  nascidos  vivos  tiveram  seus  partos 

assistidos  por  profissionais  qualificados  de  saúde  e  a  taxa  de  natalidade  foi  de  6.447 

nascidos vivos. 

 

3.2. ECONOMIA   

De acordo com dados do IBGE, relativos a 2011, o PIB do município era de R$ 7.240.296 

mil. O produto interno bruto per capita era de R$ 17.244,79. 

Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade possuía, 

no ano de 2011, 14.23 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes.  

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página67

Havia 120.631  trabalhadores  classificados  como pessoal ocupado  total e destes 100.723 

categorizavam‐se  em pessoal  ocupado  assalariado. Os  salários  juntamente  com  outras 

remunerações somavam R$ 1.594.873 mil. com salário médio mensal de todo município 

de 2,3 salários mínimos.  

A agricultura, que serviu como sustento de Vila Velha por muito tempo, desde a época 

da fundação da cidade, perdeu força no decorrer do século XX, dando lugar ao comércio, 

ao turismo e a indústria.  

 

Setor primário 

A agricultura é o setor menos relevante da economia de Vila Velha. De todo o produto 

interno bruto da cidade, R$12.171 é o valor adicionado bruto da agropecuária.  

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, o município contava 

com  cerca  de  17.490  bovinos,  520  equinos,  10  asininos,  130 muares,  5.623  suínos,  295 

caprinos, 400 ovinos e 2.825 aves. Também  foram produzidos 10.020 quilos de mel de 

abelha. 

Também  se  destaca  a  pesca  marítima,  sendo  que  existem  cerca  548  embarcações 

cadastradas, com uma média mensal de 250 toneladas de pescado capturado.  

Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana‐de‐açúcar (5.400 toneladas 

produzidas  e  100  hectares  cultivados),  a  mandioca  (675  toneladas  produzidas  e  45 

hectares plantados), o milho  (38  toneladas  rendidas e 25 hectares cultivados) e o  feijão 

(32 toneladas rendidas e 40 hectares plantados). Já na lavoura permanente destacam‐se o 

coco  (366 mil  frutos produzidas e 70 hectares  colhidos), a borracha em  forma de  látex 

coagulado  (239  toneladas produzidas  e  199  hectares  colhidos),  a  laranja  (93  toneladas 

produzidas  e  13  hectares  cultivados),  o  café  (50  toneladas  rendidas  e  25  hectares 

cultivados) e o palmito (16 toneladas produzidas e 11 hectares colhidos).  

 

Setor secundário 

A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. 

Os R$ 1.513.311 do produto  interno bruto municipal são do valor adicionado bruto da 

indústria (setor secundário). A indústria ganhou força na cidade a partir da instalação da 

fábrica da Chocolates Garoto, que  foi  fundada em agosto de 1929, sendo hoje uma das 

maiores do país. Além da Garoto, a cidade se destaca e tem potencialidade nas áreas da 

indústria  de  comércio  exterior  e  sistema  portuário,  de  indústrias  leves  (alimentos, 

confecções e bebidas), e da  construção  civil. A Figura 38 a  seguir, mostra a  fábrica de 

chocolate Garoto. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página68

Figura 38 ‐ Fábrica de Chocolate Garoto 

 

 

O Terminal Portuário de Vila Velha é um dos maiores do sudeste brasileiro, sendo que o 

Espírito  Santo  é  considerado  como uma  área privilegiada para  o desenvolvimento da 

atividade, por localizar‐se na porção central do Brasil e ter fácil conexão com o resto do 

país. Dele são exportados, para vários estados e países, produtos siderúrgicos, mármores 

e granito, café, automóveis, granéis sólidos, bobinas de papel e celulose. 

 

Setor terciário 

A prestação de  serviços  rende R$4.285.070 ao produto  interno bruto municipal,  sendo 

que  atualmente  é  a  maior  fonte  geradora  do  produto  interno  bruto  vilavelhense, 

representando 72,44% do  lucro anual médio da cidade. No setor  terciário os destaques 

são o comércio e o turismo. Grande parte dos estabelecimentos comerciais de Vila Velha 

são micro e pequenas, sendo que elas  foram responsáveis por 73% das contratações de 

trabalho com carteira assinada em agosto de 2012 na cidade. Até outubro de 2012, havia 

11.850  empreendedores  individuais  cadastrados  no  município.  Alguns  projetos 

realizados  pela  prefeitura,  em  parceria  com  o  estado  ou  com  o  Serviço  Brasileiro  de 

Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), visam incentivar e orientar o trabalho do 

micro e pequeno empresário.  

Os principais pontos comerciais são as diversas feiras livres de Vila Velha, presentes em 

vários pontos da cidade; o chamado Pólo de Moda da Glória, situado no bairro Glória, 

reunindo mais de 1.300  lojas distribuídas em várias ruas e dezenas de galerias onde se 

encontram bijuterias, bolsas, cintos, moda praia, roupas em jeans, malhas e tecidos; além 

do centro da cidade e ao longo da orla marítima. Nas avenidas situadas na orla também 

se concentram a grande maioria das pousadas, hotéis e restaurantes das mais variadas 

classes econômicas. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página69

 

3.3. EDUCAÇÃO   

No município, em 2014, 0,3% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino 

fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 66,62%. 

Caso queiramos que em futuro próximo não haja mais analfabetos, é preciso garantir que 

todos os jovens cursem o ensino fundamental. O percentual de alfabetização de jovens e 

adolescentes entre 15 e 24 anos, em 2010, era de 99,1%.  

No Estado, em 2010, a  taxa de  frequência  líquida no ensino  fundamental era de 85,0%. 

No ensino médio, este valor cai para 49,9%. 

O Espírito Santo no ano 2013 apresentou valores crescentes de distorção idade‐série em 

relação  à  etapa  frequentada. No município  de  Vila  Velha  temos  a  taxa  de  distorção 

idade‐série de 21,24 % nos anos iniciais e 34,24% nos anos finais do ensino Fundamental. 

Comparativamente o Estado do Espírito Santo apresenta um a taxa de distorção idade ‐

série nos anos iniciais de 18,91% para os anos iniciais e de 41,98 % para os anos finais do 

Ensino  fundamental,  segundo Censo  Escolar  2013/SEDU/GEIA/SEE/  2013.    Já  na  rede 

privada  de  ensino  encontramos  a  realidade  de  2,27  %  e  7,42%  respectivamente.  De 

maneira geral o município  apresenta do  1º  ao  9º  ano uma distorção de  26,65%. Desta 

maneira observamos que a medida que se avança nos níveis de ensino, esta distorção é 

elevada. 

O IDEB é um índice que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil, 

aplicado a crianças da 4ª e 8ª séries, podendo variar de 0 a 10.  

O  IDEB nacional,  em 2011,  foi de 4,7 para os anos  iniciais do  ensino  fundamental  em 

escolas públicas e de 3,9 para os anos  finais. Nas escolas particulares, as notas médias 

foram,  respectivamente,  6,5  e  6,0. No município de Vila Velha  os  resultados do  IDEB 

foram 5,1 e 4,1, respectivamente. 

Os  recursos  educacionais  existentes  no  município  para  atender  a  comunidade 

compreendem  instituições  da  rede  pública  municipal  e  estadual  e  da  rede  privada, 

atendendo desde ao ensino infantil até o ensino superior, conforme resumidos na Tabela 

5 a seguir: 

Tabela 5 ‐ Recursos Educacionais no Município 

TIPO DA INSTITUIÇÃO QUANTIDADE 

Escolas Municipais de ensino 94

Escolas Estaduais de ensino 28

Instituições de ensino superior 12

Instituições de ensino 83

Total 217

Fonte: PNUD, Ipea e FJP 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página70

 

Atividades Sustentáveis presentes na Educação 

No  ano  de  2014  a  Secretaria  de  Educação  como  apoio  das  Secretarias  de  Serviços 

Urbanos  e Meio Ambiente  implementou  um  plano  piloto  de  coleta  seletiva  junto  às 

escolas  municipais  como  estratégia  de  sensibilização  para  as  políticas  públicas  de 

resíduos  sólidos  no  município,  utilizando  para  isto,  carros  especiais  na  coleta  dos 

recicláveis e os encaminhando para uma associação de catadores presente no município, 

que os reencaminhará a indústria de reciclagem, gerando renda a estas populações que 

vivem da coleta, as tirando da rua e educando formal e informalmente a população e os 

alunos  sobre  a  importância  do  retorno  consciente  destes materiais.  Inicialmente  nove 

escolas entre Unidades de Educação infantil e Ensino fundamental, serão contempladas, 

abordando  alunos de  1  a  14  anos  e  também  o público da EJA  (educação de  Jovens  e 

adultos). A Secretaria aguarda maior estruturação e organização da referida Associação, 

para que aumente sua capacidade de suporte de recebimento de recicláveis, bem como 

provisionamento  de  maior  número  de  carros  coletores  especiais,  para  que  todas  as 

escolas do Município possam fazer parte deste projeto, tão importante para minimização 

dos impactos causados por resíduos sólidos ao meio ambiente. 

A Secretaria de Educação conta também com a participação de 40 (quarenta) escolas no 

Programa  do Governo  Federal  PDDE‐Escolas  sustentáveis,  que  recebem  neste  ano  de 

2014  valores  entre  R$  8.000,00  e  R$  12.000,00,  para  desenvolvimento  de  projetos 

sustentáveis  por  elas  planejados,  contemplando  e  respeitando  suas  especificidades 

regionais‐locais. 

A horta escolar se faz presente no Município em 32 de suas Unidades escolares, unindo a 

teoria  estudada nas  salas de  aula  convencionais,  com  a prática diária do plantio  e da 

observação e da pesquisa de campo. Além de ser um fator motivador para a mudança de 

hábitos alimentares na escola. Este Projeto no ano de 2013, foi considerado pelo Conselho 

Estadual de Segurança alimentar como modelo a ser implementado nas demais unidades 

educacionais do Estado do Espírito Santo. 

A Secretaria Municipal de Educação também possui parcerias com ONGs do Município, 

para  auxílio  na  revegetação  e  resgate  da  importância  de  ecossistemas  litorâneos, 

localizados nas orlas das praias de Itapuã, Itaparica e da Costa, conscientizando alunos 

do entorno e suas famílias sobre a importância do cercamento da orla, e suas implicações 

benéficas no cotidiano da população. 

Palestras com diferentes Institutos e órgãos de conservação ambiental, voltados aos mais 

variados  setores  foram oferecidas aos mais de 3000 professores da Rede Municipal de 

Vila Velha, objetivando uma cidade mais limpa, participativa e sustentável. 

Parcerias  com  o Ministério  Público  foram  feitas  no  ano  de  2013  para  proposição  de 

projetos  de  recuperação  de  áreas  públicas,  em  regiões  de  risco  social,  próximas  a 

Unidades de Ensino Municipais. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página71

Em  2012,  segundo  o Censo  Escolar,  o  grau  de  cobertura  no  Ensino  Fundamental  foi 

superior a 98%, para faixa etária de 7 a 14 anos;  

A taxa de frequência líquida no Estado em 2012, segundo IBGE, na faixa etária de 06 a 14 

anos, ou seja, no Ensino Fundamental chegava a 91,9% e de 15 a 17 – Ensino Médio era 

de 54,9%. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página72

4. DADOS POPULACIONAIS   

Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 

Estatística  (IBGE) em 414.420 habitantes,  sendo que 199.083 habitantes eram homens e 

215.337 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 412.402 habitantes viviam 

na  zona  urbana  e  2.018  na  zona  rural.  Já  segundo  estatísticas  divulgadas  em  2013,  a 

população municipal  era  de  458.489  habitantes,  sendo  o  segundo mais  populoso  do 

estado  (atrás  apenas  de  Serra)  e  o  48º  mais  populoso  do  Brasil,  apresentando  uma 

densidade  populacional  de  2  195,62  habitantes  por  km². A Tabela  6  a  seguir, mostra 

dados dos últimos censos.  

Tabela 6 ‐ Dados Populacionais 

População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização – Vila Velha ‐ ES

População  População 

(1991) 

% do 

Total 

(1991) 

População 

(2000) 

% do 

Total 

(2000) 

População 

(2010) 

% do 

Total 

(2010) 

População total  264.417  100,00  345.326  100,00  414.586  100,00 

População 

residente 

masculina 

127.276  48,13  165.649  47,97  199.146  48,03 

População 

residente feminina 

137.142  51,87  179.677  52,03  215.440  51,97 

População urbana  263.394  99,61  343.986  99,61  412.575  99,51 

População rural  1.024  0,39  1.340  0,39  2.011  0,49 

Taxa  de 

Urbanização 

‐  99,61  ‐  99,61  ‐  99,51 

Fonte: PNUD, Ipea e FJP 

 

A Figura 39 a seguir, mostra a pirâmide etária do município segundo o IBGE 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página73

 

Figura 39 ‐ Pirâmide Etária do Município 

 

A Tabela 7 a seguir, mostra a quantidade e a situação dos domicílios segundo o censo de 

2010‐ IBGE 

Tabela 7 ‐ Situação dos Domicílios de Vila Velha 

Tipo Nº 

Domicílios particulares ocupados  134.556 

Domicílios particulares não ocupados  22.225 

Domicílios coletivos  123 

Domicílios coletivos com morador  74 

Domicílios coletivos sem morador  49 

Média de moradores em domicílios particulares 

ocupados  3,08 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página74

 

5. ÓRGÃOS AMBIENTAIS, LICENCIAMENTO E LEGISLAÇÃO 

Os órgãos ambientais que atuam sobre o município são:  

Secretaria  de  Estado  de  Meio  Ambiente  e  de  Recursos  Hídricos  (Seama)  ‐ 

www.seama.es.gov.br 

Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) ‐ www.iema.es.gov.br 

 

5.1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL 

O licenciamento ambiental está previsto na Lei Federal nº 6.938/1981, que dispõe sobre a 

Política Nacional do Meio Ambiente, sendo definido como um procedimento pelo qual o 

órgão ambiental competente permite a  localização,  instalação, ampliação e operação de 

empreendimentos  e  atividades  que  utilizam  recursos  ambientais  e/ou  sejam 

consideradas  efetiva  ou  potencialmente  poluidoras  ou  que  causem  degradação 

ambiental. 

A  Licença Ambiental  é  o  ato  administrativo  pelo  qual  o  órgão  ambiental  competente 

estabelece  as  condições,  restrições  e medidas  de  controle  ambiental  que  deverão  ser 

obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar 

e  operar  empreendimentos  ou  atividades  que  utilizem  os  recursos  ambientais 

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, 

possam causar degradação ambiental. 

 

5.1.1. Licenciamento estadual 

No  Estado  do  Espírito  Santo,  conforme  a  Lei  Complementar  nº  248/2002,  o  Instituto 

Estadual  de Meio Ambiente  e  Recursos Hídricos  (IEMA)  é  responsável  por  planejar, 

coordenar, executar, fiscalizar e controlar as atividades de meio ambiente, dos recursos 

hídricos estaduais e dos recursos naturais federais, cuja gestão tenha sido delegada pela 

União. A  seguir  são  listadas algumas  legislações  importantes a  serem  consideradas no 

processo de licenciamento junto ao IEMA. 

•  Decreto Estadual nº 1.777‐R, de 08 de  janeiro de 2007  ‐ dispõe  sobre o Sistema de 

Licenciamento  e  Controle  das  Atividades  Poluidoras  ou  Degradadoras  do  Meio 

Ambiente, denominado SILCAP; 

•  Instrução  Normativa  nº  12/2008  e  001/2012  ‐  dispõem  sobre  a  classificação  de 

empreendimentos  e  a  definição  dos  procedimentos  relacionados  ao  licenciamento 

ambiental simplificado e dispensados de licenciamento; 

•  Instruções Normativas n° 11/2008 e 10/2010  ‐ dispõem sobre o enquadramento das 

atividades  potencialmente  poluidoras  e/ou  degradadoras  do  meio  ambiente  com 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página75

obrigatoriedade de licenciamento ambiental junto ao IEMA e sua classificação quanto ao 

potencial poluidor e porte; 

•  Decreto Estadual nº 3212‐R/2013 ‐ dispõe sobre as diretrizes, para a regularização e o 

controle ambiental das atividades de saneamento e dá outras providências. 

No SILCAP é previsto os seguintes tipos de licença ambiental: Licença Simplificada (LS), 

Licença Ambiental de Regularização  (LAR), Licença Prévia  (LP), Licença de  Instalação 

(LI), Licença de Operação  (LO)  e Licença Ambiental de Regularização de Saneamento 

(LARS). 

 

5.1.1.1. Dispensa de Licenciamento 

Estão  enquadrados  como  atividades  dispensadas  de  licenciamento,  no  âmbito  do 

saneamento: 

Captação de água sem canal de adução ou interferência no canal do corpo hídrico; 

Estações de Tratamento de Água (ETA) até 20 L/s; 

Reservatórios de água tratada, redes, elevatórias, boosters e adutoras de água; 

Redes coletoras de esgoto; 

Estação elevatória, coletor tronco e/ou tubulação de recalque de esgoto até 200 L/s.  

É importante ressaltar que a referida dispensa não isenta a obrigatoriedade de obtenção 

de outorga para captação de água ou lançamento de efluentes, quando couber, e somente 

é válida se obedecidos os requisitos abaixo: 

I.  Não  prever  intervenção,  ocupação  ou  uso  de  qualquer  forma  de  Áreas  de 

Preservação Permanente; 

II.  Obedecer ao que ditam as Leis e normas vigentes, especialmente no que se refere aos 

distanciamentos mínimos em relação a corpos hídricos, estradas e rodovias, sem prejuízo 

da  observância  dos  limites  fixados  para  Áreas  de  Preservação  Permanente  em 

legislação/normatização própria. 

III.  Não  poderão  ser  ocupadas  áreas  alagadas  e/ou  alagáveis  e/ou  que  apresentem 

alguma condição geológica que ofereça risco aos moradores (deslizamento de barrancos 

e/ou rochas, riscos de erosão, fraturas em rochas ou outros); 

IV. A  ocupação  somente  poderá  se  dar  em  área  urbana  e/ou  em  loteamentos 

consolidados assim reconhecido pela municipalidade ou devidamente  licenciados  (com 

Licença de  Instalação ou Operação conforme o caso) pelo órgão ambiental competente, 

que possuam, no mínimo, os seguintes equipamentos de infraestrutura urbana: 

a)  Malha viária com sistema de escoamento e/ou canalização de águas pluviais; 

b)  Rede pública de abastecimento de água potável; 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página76

c)  Rede pública de esgotamento sanitário. 

 

5.1.1.2. Licenciamento Simplificado (LS) 

Estão  enquadrados  nesta modalidade  empreendimentos  ou  atividades utilizadoras de 

recursos  ambientais  consideradas  de  baixo  impacto  ambiental  que  se  enquadrem  nas 

Classes “S” e “I”, segundo classificação empregada em instruções normativas do IEMA, 

como: 

Estação elevatória, coletor tronco e/ou tubulação de recalque de esgoto de 200,0L/s 

até 1000,0L/s de vazão; 

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), sem lagoa(s) com vazão até 50,0L/s; 

Estação de Tratamento de Água (ETA) de 20,0L/s até 500,0L/s de vazão; 

Obras de microdrenagem (redes de drenagem de águas pluviais) com diâmetro da 

tubulação menor que 1000,0 mm. 

 

5.1.1.3. Licença Ambiental de Regularização (LAR) 

Estão enquadrados nesta modalidade empreendimentos em operação, qualquer que seja 

o tipo ou porte, onde há necessidade de adequação física ou operacional da unidade. 

A LAR é um compromisso firmado entre o empreendedor e o órgão ambiental, no qual, 

por  meio  de  um  Termo  de  Compromisso  Ambiental  (TCA),  são  estabelecidas 

condicionantes a serem cumpridas até o fim de um prazo máximo de 2 (dois) anos, não 

havendo possibilidade de renovação. Findado este prazo, é obrigatório o requerimento 

da licença ambiental pertinente, a depender do tipo e porte do empreendimento segundo 

a Instrução Normativa nº 012/2008.  

 

5.1.1.4. Licenciamento Geral 

As atividades  sujeitas ao  licenciamento geral devem solicitar, em  tempo hábil, Licença 

Prévia  (LP),  Licença  de  Instalação  (LI)  e  Licença  de  Operação  (LO),  cumprindo  as 

condicionantes definidas pelo Órgão Ambiental. 

No  rito  do  Licenciamento  Ambiental,  a  Licença  de  Instalação  deverá  sempre  ser 

solicitada previamente à execução das obras e seu início é dependente da emissão desta 

licença. O  início  de  qualquer  obra  de  implantação  ou  reforma,  antes  da  emissão  da 

Licença de Instalação, poderá gerar ações do Órgão Ambiental competente, que podem 

resultar em multas e responsabilização do Administrador Público. 

Uma vez concluída a construção da unidade (ou ainda em vistas do  término das obras 

ou mesmo  em prazo determinado  em  condicionante  anterior), deverá  ser  requerida  a 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página77

Licença de Operação, cuja emissão irá conceder ao empreendedor o direito de início das 

atividades de operação do empreendimento. 

 

5.1.1.5. Licença Ambiental de Regularização de Saneamento (LARS) 

A LARS é um ato administrativo pelo qual o órgão ambiental emite uma única  licença 

para empreendimentos ou atividades que  já estejam em  funcionamento ou em  fase de 

implantação,  respeitando,  de  acordo  com  a  fase,  as  exigências  aplicáveis.  Também 

estabelece condições,  restrições e medidas de controle ambiental, visando à adequação 

ambiental da atividade de saneamento, sempre em concordância com o Plano de Ação 

de Regularização apresentado – de acordo como instruído pelo Decreto nº 3212‐R/2013. 

Estão  enquadrados  na LARS  as Estações de Tratamento de Esgoto  (ETEs)  e de Água 

(ETAs) em  instalação (estrutura física em execução ou em desenvolvimento de serviços 

preliminares de engenharia) ou em operação, conforme Decreto Estadual nº 3212‐R/2013.  

 

5.1.1.6. Quadro de Resumo 

Conforme  apresentado  nos  tópicos  anteriores,  existem  diferentes  condições  para  o 

licenciamento  ambiental  no  que  tange  aos  setores  de  água  e  esgoto. Assim  sendo,  os 

Quadros 3 e 4 a seguir foram preparados para resumir a situação atual do licenciamento 

ambiental  de  Sistemas  de Abastecimento  de Água  (SAA)  e  de  Esgotamento  Sanitário 

(SES), respectivamente, no Espírito Santo: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página78

Quadro 3 ‐ Licenciamento Ambiental de SAA 

Legislação e Normas Regulamentares

Legislação Federal 

Rede de 

Distribuição, 

Estação 

Elevatória, 

Booster, 

Adutora e 

Reservatório 

Captação  ETA (Vazão) 

Lei nº 12.305 ,de 02/08/2010: Institui a Política 

Nacional de Resíduos Sódios, altera a Lei 9605 

de 12 de Fevereiro de 1998; e dá outras 

providências.  

Disponível em: 

<http://www.leidireto.com.br/leu‐12305.html> 

Acesso em: 16 de Novembro de 2011 

Todas Sem 

Canal 

Com 

Canal ≤ 200 l/s 

> 200 l/s 

e ≤ 500 

l/s  

> 500 l/s 

1. Lei nº 11.445, de 05/01/2007: Estabelece 

diretrizes nacionais para o saneamento básico; 

altera as Leis nº 6.766, de 19 de Dezembro de 

1979, 8.036, de 11 de Maio de 1990, 8.666, de 21 

de Junho de 1993, 8.987, de 13 de Fevereiro de 

1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de Maio de 

1978; e dá outras providências. 

Disponível em: 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007

‐2010/2007/Lei/L11445.htm> 

Acesso em: 04 de Novembro de 2011 

x  x     x       

2. Lei nº 11.428 de 22/12/2006: Dispõe sobre a 

utilização e proteção da vegetação nativa do 

Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. 

Disponível em: 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004

‐2006/2006/Lei/L11428.htm> 

Acesso em: 16 de Novembro de 2011 

            x    

3. Lei nº 9.985, de 18/07/2000: Regulamenta o art. 

225,  § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição 

Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades 

de Conservação da Natureza e dá outras 

providências. 

Disponível em: 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L998

5.htm> 

Acesso em: 04 de Novembro de 2011 

               x 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página79

Quadro 4 ‐ Licenciamento Ambiental de SES. 

Sistema de Esgotamento Sanitário ‐ SES 

Unidades 

Rede 

Coletora 

Estação Elevatória, Coletor 

Tronco e Tubulação de Recalque ETE (Vazão) 

Todas  ≤ 200 l/s > 200 l/s e 

≤ 1000 l/s > 1000 l/s 

≤ 50 l/s 

Exceto com 

lagoa(s) 

≤ 50 l/s 

Com 

lagoa(s) 

> 50 l/s 

Dispensado  x  x                

LS        x     x       

LP,LI/Lo e/ou LAR           x     x  x 

 

 

5.2. LICENCIAMENTO MUNICIPAL 

Compete  à  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  de  Vila  Velha  (SEMMA/VV)  o 

controle e o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local, 

ou de outras atividades que lhe forem delegadas, ouvido, quando legalmente couber, os 

órgãos ambientais da esfera estadual e federal. 

Conforme  o  Decreto  Municipal  Nº  025/2014,  o  licenciamento  ambiental  das 

atividades/empreendimentos  potencialmente  poluidores  ou  degradadores  do  meio 

ambiente conterá as  seguintes modalidades de  licença: Licença Municipal Simplificada 

(LS), Licença Municipal Ambiental de Regularização (LMAR), Licença Municipal Prévia 

(LMP), Licença Municipal de Instalação (LMI) e Licença Municipal de Operação (LMO). 

Cabe destacar que os conceitos e critérios limitantes para o emprego das modalidades de 

licença municipal de Vila Velha são idênticos/equivalentes aos das licenças estaduais, já 

citadas.  

 

5.3. CONDICIONANTES AMBIENTAIS 

As  Licenças  Prévia,  de  Instalação,  de Operação  e  de Regularização  normalmente  são 

acompanhadas  por  condicionantes  ambientais.  Estas,  por  sua  vez,  representam 

exigências do órgão ambiental competente que deverão ser cumpridas em sua totalidade 

e no prazo estabelecido. Qualquer negligência em seu cumprimento poderá ser passível 

de  advertência  e/ou  multa,  na  forma  da  lei.  Portanto,  o  gerenciamento  das 

condicionantes  ambientais  deverá  ser  objeto  de  muita  atenção  por  parte  dos 

administradores das licenças ambientais. 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página80

5.4. OUTORGA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS 

A outorga de uso de recursos hídricos é um dos  instrumentos das Políticas Nacional e 

Estadual  de  Recursos Hídricos  (Lei  Federal  nº  9.433,  de  08  de  janeiro  de  1997,  e  Lei 

Estadual nº 5.818, de 29 de dezembro de 1998, respectivamente), mediante o qual o poder 

público  outorgante  faculta  ao  outorgado  (usuário  requerente)  o  direito  de  uso  dos 

recursos hídricos superficiais e subterrâneos, por prazo determinado, nos  termos e nas 

condições  expressas no  respectivo  ato  administrativo. De  forma geral,  corresponde  ao 

documento que assegura ao usuário o direito de utilizar os recursos hídricos. 

Compete  à Agência Nacional de Águas  (ANA), outorgar o direito de uso de  recursos 

hídricos em corpos de água de domínio da União. Por outro lado, para corpos de água 

de domínio estadual, no âmbito do Estado do Espírito Santo, compete ao IEMA outorgar 

o direito de uso de recursos hídricos. 

Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os usos de recursos hídricos: 

I.  Derivação  ou  captação  de  parcela  da  água  existente  em  um  corpo  de  água  para 

consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; 

II.  Extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo 

produtivo; 

III.  Lançamento  em  corpo de água de  esgotos  e demais  resíduos  líquidos ou gasosos, 

tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; 

IV. Aproveitamento dos potenciais hidrelétricos; 

V.  Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em 

um  corpo de água,  como por exemplo: pontes, obras hidráulicas  (tais  como  soleira de 

nível,  diques,  obras  de  canalização,  retificação  e  desvio  de  leito  de  cursos  de  água), 

serviços de dragagem, entre outros. 

No  Espírito  Santo,  os  critérios  gerais  sobre  a  outorga  de  direito  de  uso  de  recursos 

hídricos de domínio estadual foram estabelecidos por meio da Resolução Normativa do 

Conselho  Estadual  de Recursos Hídricos  (CERH)  nº  05,  de  7  de  julho  de  2005.  Já  os 

critérios  técnicos  e  procedimentos  administrativos  encontram‐se  especificados  nas 

seguintes Instruções Normativas: 

Instrução Normativa nº 19/2005 – estabelece os procedimentos administrativos e 

critérios  técnicos  referentes à outorga de direito de uso de  recursos hídricos de 

domínio estadual; 

Instrução  Normativa  nº  07/2006  –  estabelece  os  critérios  técnicos  referentes  à 

outorga para diluição de efluentes em corpos de água superficiais do domínio do 

Estado do Espírito Santo; 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página81

Instrução Normativa nº 11/2007 –  estabelece metas progressivas de melhoria de 

qualidade de água para  fins de outorga para diluição de efluentes em cursos de 

água de domínio do Estado do Espírito Santo; 

Instrução  Normativa  nº  02/2012  –  estabelece  procedimentos  administrativos 

complementares  referentes  à Outorga  de Direito  de Uso  de  Recursos Hídricos 

para lançamento de efluentes provenientes dos sistemas de tratamento de esgoto 

sanitário, em corpos de água superficiais de domínio do Estado do Espírito Santo; 

Instrução Normativa nº 10/2013 – adota a Declaração de Uso de Recursos Hídricos 

emitida  pelo  Cadastro Nacional  de  Usuários  de  Recursos Hídricos  (CNARH), 

como documento obrigatório à formalização de requerimento de outorga. 

 

5.5. CONDICIONANTES DE OUTORGA 

A partir da  análise de Portarias de Outorga  emitidas pelo  Instituto Estadual de Meio 

Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), no período de 2008 a 2013, verificou‐se que, para 

as  atividades  de  captação  de  água  e  lançamento  de  efluentes  em  corpos  hídricos  do 

município de Vila Velha, são condicionantes típicas: 

I.  Implantação  de  estação  fluviométrica  imediatamente  a  montante  do  ponto  de 

captação, monitoramento diário das vazões do curso de água e envio de relatório anual 

ao IEMA com os dados obtidos; 

II.  Monitoramento diário das vazões captadas e envio de relatório anual ao IEMA com 

os dados obtidos; 

III.  Apresentar  laudos  laboratoriais  de  monitoramento  da  qualidade  do  efluente 

lançado, abrangendo o parâmetro Demanda Bioquímica de Oxigênio  (DBO),  conforme 

critérios  técnicos  estabelecidos  pela  Instrução  Normativa  IEMA  nº  02/09,  sendo  que 

deverão  ser  realizadas,  no mínimo,  4  (quatro)  campanhas  anuais,  sendo  uma  a  cada 

trimestre, durante a vigência da Portaria de Outorga. Os relatórios contendo os  laudos 

laboratoriais deverão ser encaminhados ao IEMA anualmente; 

IV. Apresentar laudos laboratoriais de monitoramento da qualidade do corpo receptor, a 

montante e a jusante do ponto de lançamento, abrangendo o parâmetro DBO, conforme 

critérios  técnicos  estabelecidos  pela  Instrução  Normativa  IEMA  nº  02/09,  sendo  que 

deverão  ser  realizadas,  no mínimo,  4  (quatro)  campanhas  anuais,  sendo  uma  a  cada 

trimestre, durante a vigência da Portaria de Outorga. Os relatórios contendo os  laudos 

laboratoriais deverão ser encaminhados ao IEMA anualmente. 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página82

5.6. LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTARES 

5.6.1. Legislação federal 

1. Lei n° 12.305, de 02/08/2010: Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a 

Lei  9605,  de  12  de  fevereiro  de  1998;  e  dá  outras  providências.  Disponível  em: 

<http://www.leidireto.com.br/lei‐12305.html>. Acesso em: 16 nov 2011. 

2. Lei  nº  11.445,  de  05/01/2007:  Estabelece  diretrizes  nacionais  para  o  saneamento 

básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 

1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 

6.528,  de  11  de  maio  de  1978;  e  dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007‐2010/2007/lei/l11445.htm>.  Acesso 

em: 04 nov 2011. 

3. Lei n° 11.428, de 22/12/2006: Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa 

do  Bioma  Mata  Atlântica,  e  dá  outras  providências.  Disponível  em: 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004‐2006/2006/Lei/L11428.htm>.  Acesso 

em: 16 nov 2011. 

4. Lei nº 9.985, de 18/07/2000: Regulamenta o art. 225, § 1o,  incisos  I,  II,  III  e VII da 

Constituição Federal,  institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 

Natureza  e  dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9985.htm> Acesso em: 04 nov 2011. 

5. Lei nº  9.795, de  27/04/1999: Dispõe  sobre  a  educação  ambiental,  institui  a Política 

Nacional  de  Educação  Ambiental  e  dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=321>.  Acesso  em:  04 

nov 2011. 

6. Lei  nº  9.605,  de  12/02/1998:  Dispõe  sobre  as  sanções  penais  e  administrativas 

derivadas  de  condutas  e  atividades  lesivas  ao  meio  ambiente,  e  dá  outras 

providências.  Disponível  em: 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>. Acesso em: 04 nov 2011. 

7. Lei nº 9.433, de 08/01/1997: Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o 

Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX 

do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 

1990,  que modificou  a  Lei  nº  7.990,  de  28  de  dezembro  de  1989. Disponível  em 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm>. Acesso em: 04 nov 2011. 

8. Lei n° 7.803, de 18/07/1989: Altera a redação da Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 

1965, e  revoga as Leis n°s 6.535, de 15 de  junho 1978, e 7.511, de 7 de  julho 1986. 

Disponível  em:  <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=557>. 

Acesso em: 16 nov 2011. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página83

9. Lei nº 6.938, de 31/08/1981: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus 

fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível 

em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>. Acesso em: 04 nov 2011. 

10. Lei nº 6.766, de 19/12/1979: Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras 

Providências.  Disponível  em 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6766.htm>. Acesso em: 04 nov 2011.  

11. Lei  nº  4.771,  de  15/09/1965:  Institui  o  novo  Código  Florestal.  Disponível  em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4771.htm>. Acesso em: 04 nov 2011. 

 

5.6.2. Resoluções do CONAMA 

12. Resolução CONAMA nº  430, de  13/05/2011: Dispõe  sobre  condições  e padrões de 

lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março 

de  2005,  do  Conselho  Nacional  do Meio  Ambiente  ‐  CONAMA  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>.  Acesso  em:  07 

nov 2011. 

13. Resolução CONAMA  n°  428,  de  17/12/2010: Dispõe,  no  âmbito  do  licenciamento 

ambiental sobre a autorização do órgão responsável pela administração da Unidade 

de Conservação (UC), de que trata o § 3º do artigo 36 da Lei nº 9.985 de 18 de julho 

de2000, bem como sobre a ciência do órgão responsável pela administração da UC 

no caso de licenciamento ambiental de empreendimentos não sujeitos a EIA‐RIMA e 

dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=641>.  Acesso  em:  02 

ago 2011. 

14. Resolução CONAMA nº 397, de 03/04/2008: Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do 

§  5o,  ambos  do  art.  34  da Resolução  do Conselho Nacional  do Meio Ambiente  ‐ 

CONAMA n° 357, de 2005, que dispõe  sobre a  classificação dos  corpos de água e 

diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições 

e  padrões  de  lançamento  de  efluentes.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=563>.  Acesso  em:  07 

nov 2011. 

15. Resolução CONAMA n° 396, de 03/04/2008: Dispõe sobre a classificação e diretrizes 

ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. 

Disponível  em:<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=562>  . 

Acesso em: 16 nov 2011. 

16. Resolução  CONAMA  n°  380,  de  31/10/2006:  Retifica  a  Resolução  CONAMA  n° 

375/06  – Define  critérios  e procedimentos para  o uso  agrícola de  lodos de  esgoto 

gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e 

dá  outras  providências.  Disponível  em: 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página84

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=514>.  Acesso:  16  nov 

2011. 

17. Resolução CONAMA n° 375 de 29/08/2006: Define critérios e procedimentos, para o 

uso  agrícola  de  lodos  de  esgoto  gerados  em  estações  de  tratamento  de  esgoto 

sanitário  e  seus  produtos  derivados,  e  dá  outras  providências.  Disponível  em: 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=506>.  Acesso  em:  16 

nov 2011. 

18. Resolução  CONAMA  nº  371,  de  05/04/2006:  Estabelece  diretrizes  aos  órgãos 

ambientais para  o  cálculo,  cobrança,  aplicação,  aprovação  e  controle de  gastos de 

recursos  advindos de  compensação  ambiental,  conforme  a Lei  no  9.985, de  18 de 

julho  de  2000,  que  institui  o  Sistema Nacional  de  Unidades  de  Conservação  da 

Natureza  –  SNUC  e  dá  outras  providências.  Disponível  em: 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res06/res37106.pdf>.  Acesso  em:  01  jul 

2011. 

19. Resolução CONAMA nº 369, de 28/03/2006: Dispõe sobre os casos excepcionais, de 

utilidade pública,  interesse  social  ou  baixo  impacto  ambiental,  que possibilitam  a 

intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP. 

Disponível  em 

<http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/conama_res_cons_2006_369_supres

sao_de_vegetacao_em_app.pdf>. Acesso em: 01 jul 2011. 

20. Resolução CONAMA n° 337, de 09/10/2006: Dispõe  sobre  licenciamento ambiental 

simplificado  de  Sistemas  de  Esgotamento  Sanitário.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=507>  Acesso  em:  02 

ago 2011. 

21. Resolução CONAMA nº 357, de 17/03/2005: Dispõe sobre a classificação dos corpos 

de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as 

condições  e  padrões  de  lançamento  de  efluentes,  e  dá  outras  providências. 

Disponível  em  <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. 

Acesso em: 07 nov 2011. 

22. Resolução  CONAMA  n°  344,  de  25/03/2004:  Estabelece  as  diretrizes  gerais  e 

procedimentos mínimos para avaliação do material a ser dragado   em  águas 

jurisdicionais  brasileiras,  e  dá  outras  providências.  Disponível  em: 

<http://www.mpes.gov.br/anexos/centros_apoio/arquivos/10_21641553503172008_R

ESOLU%C3%87%C3%83O%20N%C2%BA%20344,%20DE%2025%20DE%20MAR%C

3%87O%20DE%202004%20(Estabelece%20as%20diretrizes%20gerais%20e%20os%20

procedimentos%20m%C3%ADnimos%20para%20a%20avalia%C3%A7%C3%A3o%2

0do%20material%20a%20ser%20dragado%20em%20%C3%A1guas%20jurisdicionais

%20brasileiras).pdf>. Acesso em: 16 nov 2011. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página85

23. Resolução CONAMA n° 313, de 29/10/2002: Dispõe sobre o Inventário Nacional de 

Resíduos  Sólidos  Industriais.  Disponível  em: 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=335>.  Acesso  em:  16 

nov 2011. 

24. Resolução  CONAMA  nº  307,  de  17/07/2002:  Estabelece  diretrizes,  critérios  e 

procedimentos  para  a  gestão  dos  resíduos  da  construção  civil.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30702.html>.  Acesso  em:  01  jul 

2011. 

25. Resolução CONAMA nº 303, de 20/03/2002: Dispõe  sobre parâmetros, definições e 

limites  de  Áreas  de  Preservação  Permanente.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html>.  Acesso  em:  07  jul 

2011. 

26. Resolução CONAMA nº 302, de 20/03/2002: Dispõe sobre os parâmetros, definições e 

limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de 

uso  do  entorno.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30202.html>.  Acesso  em:  07  jul 

2011. 

27. Resolução  CONAMA  nº  237,  de  22/12/1997:  Regulamenta  os  aspectos  de 

licenciamento  ambiental  estabelecidos  na  Política  Nacional  do  Meio  Ambiente. 

Disponível  em  <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. 

Acesso em: 07 jul 2011. 

28. Resolução CONAMA nº 005, de 15/06/1988: Dispõe sobre o  licenciamento de obras 

de  saneamento  básico.  Disponível  em 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=69>. Acesso  em:  07  jul 

2011. 

 

5.6.3. Legislação Estadual 

29. Lei 9096/2008, de Estabelece as Diretrizes e a Política Estadual de Saneamento Básico 

e  dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://www.arsi.es.gov.br/download/Lei9006.pdf>. Acesso em 08 de julho de 2014. 

30. Lei  nº  9.685,  de  23/08/2011: Altera  dispositivos  da  Lei  nº  7058/2002  (Fiscalização relativa  ao  Meio  Ambiente).  Disponível  em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=80801>.  Acesso  em  07 

nov 2011. 

31. Lei n°  9.531, de  15/09/2010:  Institui  a Política Estadual de Mudanças Climáticas  ‐ 

PEMC, contendo seus objetivos, princípios e instrumentos de aplicação. * Com veto 

parcial.  Republicada  no  D.O.  de  17/09/2010.  Disponível  em: 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página86

http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0195312010.doc 

. Acesso em: 16 nov 2011. 

32. Lei n° 9.505, de 11/08/2010: Dispõe sobre alteração da Lei nº 9.462, de 11.6.2010, que instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação ‐ SISEUC. Disponível em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=66227>.  Acesso  em:  02 

ago 2011. 

33. Lei N° 9.462, de 11/06/2010: Institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação 

‐  SISEUC  e  dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=66224>.  Acesso  em:  02 

ago 2011. 

34. Lei nº 9.265, de 16/07/2009: Institui a Política Estadual de Educação Ambiental e dá 

outras  providências.  Disponível  em 

<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0192652009.do

c>. Acesso em: 02 ago 2011. 

35. Lei  n.º  9.264,  de  16/07/2009:  Institui  a  Política  Estadual  de Resíduos  Sólidos  e  dá outras  providências  correlatas.  Disponível  em 

<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0192642009.do

c>. Acesso em: 04 nov 2011. 

36. Lei n° 7.943, de 16/12/2004: Dispõe sobre o parcelamento do solo para fins urbanos e 

dá  outras  providências.  *  Revoga  a  Lei  nº  3384/80.  Disponível  em: 

http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0179432004.doc 

. Acesso em: 16 nov 2011. 

37. Lei  nº  7.058,  de  18/01/2002:  Dispõe  sobre  a  fiscalização,  infrações  e  penalidades relativas  à  proteção  ao  meio  ambiente  no  âmbito  da  Secretaria  de  Estado  para 

Assuntos  do  Meio  Ambiente.  Disponível  em 

<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0170582002.do

c>. Acesso em: 08 jul 2011. 

38. Lei n° 6.295, de 26/07/2000: Dispõe  sobre a administração, proteção  e  conservação 

das águas subterrâneas do domínio do Estado e dá outras providências. Disponível 

em 

<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0162952000.do

c>. Acesso em: 08 jul 2011. 

39. Lei  n°  6027, de  15/12/1999: Dispõe  sobre  o uso  e  comercialização de motosserras. 

Disponível  em: 

<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0160271999.do

c>. Acesso em: 16 nov 2011. 

40. Lei n° 5.818, de 29/12/1998: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, 

institui  o  Sistema  Integrado  de  Gerenciamento  e  Monitoramento  dos  Recursos 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página87

Hídricos,  do  Estado  do  Espírito  Santo  ‐  SIGERH/ES,  e  dá  outras  providências. 

Disponível  em  <http://www.iema.es.gov.br/web/Lei_5818.htm>.  Acesso  em:  08  jul 

2011. 

41. Lei n° 5.361, de 30/12/1996: Dispõe sobre a Política Florestal do Estado do Espírito Santo  e  dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://www.idaf.es.gov.br/Download/Legislacao/DRNRE%20‐

%20LEI%20N%C2%B0%205.361,%20de%2030%20de%20dezembro%20de%201996.p

df>. Acesso em: 08 jul 2011. 

42. Lei  n°  3.582,  de  03/11/1983: Dispõe  sobre  as medidas  de  proteção,  conservação  e 

melhoria  do meio  ambiente  no  Estado.  * O  FUPAM/ES,  criado  por  esta  Lei,  foi 

extinto  pela  Lei  nº  4210/88.  Disponível  em: 

http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0135821983.doc. 

Acesso em: 16 nov 2011. 

43. Lei Complementar nº 248, de 28/06/2002: Cria o Instituto Estadual de Meio Ambiente 

e Recursos Hídricos – IEMA e dá outras providências. 

 

5.6.4. Decretos 

44. Decreto  nº  2830‐R,  de  19/08/2011: Dispõe  sobre  os  critérios  e  especificações  para aquisição de bens e serviços com vista ao consumo sustentável pela Administração 

Pública  Estadual  direta  e  indireta,  autárquica  e  fundacional  e  dá  outras 

providências. 

45. Decreto n° 1.266‐R, de 23/08/2011: Dá nova redação ao artigo 6º do Decreto 4.344‐N, 

de  07  de  outubro  de  1998  e  revoga  o Decreto  nº  732‐R,  de  04  de  junho  de  2001. 

Disponível  em  http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41724>. 

Acesso em: 07 nov 2011. 

46. Decreto  n°  2828‐R,  de  15/08/2011: Altera Decreto  nº.  1.777‐R,  de  17  de  janeiro  de 2007.  Disponível  em: 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=80659>.  Acesso  em:  30 

ago 2011. 

47. Decreto n° 7404 de 23/12/2010: Regulamenta a Lei n° 12. 305, de 2 de agosto de 2010, 

que  institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê  Interministerial 

da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação 

dos  Sistemas  de  Logística  Reversa,  e  dá  outras  providências.  Disponível  em: 

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007‐2010/2010/Decreto/D7404.htm>. 

Acesso em: 16 nov 2011.  

48. Decreto n° 1.777‐R, 17/01/2007: Dispõe sobre o Sistema de Licenciamento e Controle 

das  Atividades  Poluidoras  ou  Degradadoras  do  Meio  Ambiente  denominado 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página88

SILCAP.  Disponível  em 

<http://www.portodevitoria.com.br/Site/LinkClick.aspx?fileticket=q7TlskWi1rg%3D

&tabid=580&mid=1402&language=pt‐BR>. Acesso em: 08 jul 2011. 

49. Decreto nº 4.489‐N, de 13/07/1999: Regulamenta a construção de barragens, represas 

e  reservatórios  no  Estado  do  Espírito  Santo.  Disponível  em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41673>.  Acesso  em:  30 

ago 201 

50. Decreto  nº  4.344‐N,  07/10/1998:  Regulamenta  o  Sistema  de  Licenciamento  de 

Atividades  Poluidoras  ou  Degradadoras  do Meio  Ambiente,  denominado  SLAP, 

com  aplicação  obrigatória  no  Estado  do  Espírito  Santo.  Disponível  em 

<http://www.idaf.es.gov.br/Download/Legislacao/DRNRE%20‐

%20DECRETO%20N%C2%BA%204.344,%20de%207%20de%20outubro%20de%2019

98.pdf>. Acesso em: 08 jul 2011. 

51. Decreto  n°  750,  10/02/1993: Dispõe  sobre  o  corte,  a  exploração  e  a  supressão  de vegetação  primária  ou  nos  estágios  avançado  e  médio  de  regeneração  da Mata 

Atlântica,  e  dá  outras  providências.  Disponível  em: 

<http://www.ibama.gov.br/flora/decretos/750_93.pdf>. Acesso em: 16 nov 2011.  

 

5.6.5. Resoluções do CONSEMA 

52. Resolução CONSEMA 002, de 27/07/2011: Altera a Resolução CONSEMA 001/2008, 

de  19/03/2008.  Disponível  em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=80206>.  Acesso  em:  30 

ago 2011. 

53. Resolução  CONSEMA  001,  de  27/07/2011:  Considera  a  presente  Resolução  como 

instrumento  hábil  a  delegação  de  competência  aos  Municípios  habilitados  para 

procederem ao  licenciamento ambiental municipal das atividades que ultrapassem 

do porte previsto na Resolução 001/2010, ou as que situada em área de preservação 

permanente. Disponível em: 

54. Resolução  CONSEMA  nº  001,  de  19/03/2008:  Dispõe  sobre  a  redefinição  dos 

procedimentos para o  licenciamento ambiental dos empreendimentos enquadrados 

como classe simplificada tipo “S” nos termos da legislação em vigor. Disponível em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41762>.  Acesso  em:  08 

jul 2011. 

55. Resolução CONSEMA nº 001/2007, de 15/02/2007: Dispõe  sobre os  critérios para o 

exercício  da  competência  do  Licenciamento  Ambiental  Municipal  e  dá  outras 

providências.  Disponível  em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41761>.  Acesso  em:  08 

jul 2011. 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página89

 

5.6.6. Resoluções do CERH 

56. Resolução CERH n° 021, de 01/08/2008: Acrescenta os incisos IV, V e o § 5° no art. 1°, e  revoga  o  art.  2°  da  Resolução  Normativa  do  Conselho  Estadual  de  Recursos 

Hídricos  –  CERH  N.°  017,  de  13  de  março  de  2007.  Disponível  em: 

<http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp>. Acesso em: 16 nov 2011. 

57. Resolução CERH nº 017, de 13/03/2007: Define os usos insignificantes em corpos de água  superficiais  de  domínio  do  Estado  do  Espírito  Santo.  Disponível  em 

<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=38476>.  Acesso  em:  08 

jul 2011. 

58. Resolução CERH n° 014, 04/10/2006: Altera a  redação dos artigos 19, 20 § 1° e 24, bem como acrescenta o parágrafo único ao artigo 24, todos da Resolução Normativa 

CERH  n°  005,  07  de  julho  de  2005.  Disponível  em: 

<http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp>. Acesso em: 16 nov 2011. 

59. Resolução CERH nº 005, de 07/07/2005: Estabelece critérios gerais sobre a Outorga de Direito  de  Uso  de  Recursos  Hídricos  de  domínio  do  Estado  do  Espírito  Santo. 

Disponível  em  <http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=38488>. 

Acesso em: 08 jul 2011. 

 

5.6.7 Legislação Municipal de Vila Velha  

60. Decreto nº 257, de 29/07/2011: Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal 

de  Meio  Ambiente  –  COMMAM.  Disponível  em 

http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/D2572011.html> 

61. Lei n° 5.116, de 19/05/2011. Dispõe sobre alterações nas Leis nº 3.375, de 14.11.1997 ‐ Código  Tributário  Municipal,  nº  4.864,  de  29.12.2009,  nº  5.051,  de  29.12.2010, 

regulamenta o art. 76 e seguintes da Lei nº 4.999, de 15.10.2010 – Código Municipal 

de  Meio  Ambiente,  e  dá  outras  providências.  Disponível  em 

<http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/L51162011.html>. 

62. Decreto  n°  025,  de  07/02/2014:  Regulamenta  o  Capítulo  III  ‐  Do  Licenciamento 

Ambiental  –  do  Livro  II,  da  Lei  nº  4.999,  de  20.10.2010,  que  “Institui  o  Código 

Municipal do Meio Ambiente, dispõe sobre a política de Meio Ambiente e sobre o 

Sistema Municipal do Meio Ambiente para o Município de Vila Velha”. Disponível 

em: <http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/D862011.html> 

63. Lei nº 4.999, de 15/10/2010:  Institui o Código Municipal do Meio Ambiente, dispõe 

sobre a Política de Meio Ambiente e sobre o Sistema Municipal do Meio Ambiente 

para  o  Município  de  Vila  Velha.  Disponível  em 

http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/L49992010.html 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página90

64. Lei no. 4785, de 06/07/2009: Dispõe sobre a obrigatoriedade da ligação da canalização do esgoto das edificações à rede coletora pública e dá outras providências. 

65. Decreto no. 205/2009, de 19/10/2009: “Regulamenta a Lei no. 4.785, de 06 de julho de 

2009, que dispõe  sobre a obrigatoriedade da  ligação da  canalização do  esgoto das 

edificações à rede coletora pública e dá outras providências”. 

66. Decreto no. 225, de 10/11/2009: Retifica o parágrafo 3º, do Decreto no. 205/2009, de 19/10/2009, que “Regulamenta a Lei 4.785, de 06 de setembro de 2009, que Dispõe 

sobre a obrigatoriedade da  ligação da canalização do esgoto das edificações à rede 

coletora pública e dá outras providências”. 

67. Lei no. 5.252, de 02/01/2012: Institui o Programa Municipal de Coleta, Reciclagem de 

Óleos e Gorduras Usadas de Origem Vegetal e Animal, no âmbito do Município de 

Vila Velha. 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Página91

 

6. CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO EXISTENTES  

6.1. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA  

Em  seu  estado  natural,  a  água,  na maioria  das  vezes,  não  atende  aos  requisitos  de 

qualidade  para  fins  potáveis.  A  presença  de  substâncias  orgânicas,  inorgânicas  e 

organismos vivos tornam necessária a aplicação de métodos de tratamento desde o mais 

simples  até  sistema  avançado de purificação. Portanto, o  tratamento de  água  tem por 

finalidade a remoção de partículas finas em suspensão e em solução presentes na água 

bruta, bem como a remoção de microorganismos patogênicos. 

A atual operadora dos sistemas é a CESAN.  

Em Vila Velha os  sistemas de abastecimento  implantados utilizam a água  captada em 

mananciais  superficiais.  Em  face  da  degradação  dos  mananciais  e  a  necessidade  de 

atendimento  aos  requisitos  de  potabilidade  da  água  as  concepções  iniciais  de  alguns 

sistemas têm sido modificadas. 

A  água  bruta  captada  no manancial,  por  gravidade  ou  por  recalque,  ao  passar  pelas 

etapas de  tratamento, é  reservada e distribuída à população em  conformidade  com as 

exigências da Portaria nº 2914/2011. As Estações de Tratamento de Água (ETA) existentes 

foram concebidas como Sistema Convencional ou Filtração Direta ou Flotação. 

Os sistemas produtores de água existentes se diferenciam entre sistemas integrados, que 

atendem a mais de um município, e sistemas isolados ou independentes, que abastecem 

apenas um município. 

Os dois  sistemas  integrados que abastecem a RMGV  são: Sistema  Jucu, que dispõe de 

três  Estações  de  Tratamento  de Água  –  ETA: Vale  Esperança,  Caçaroca  e  Cobi,  com 

capacidade  total  de  4,7 m³/s;  e  Sistema  Santa Maria  da  Vitória,  que  dispõe  de  duas 

estações de tratamento (Santa Maria e Carapina), com capacidade de tratamento de água 

de 2,8 m³/s.  

O Sistema Jucu é o responsável pelo abastecimento de Vila Velha.  

Na Figura 40 a seguir, que segue estão identificados esquematicamente os mananciais, as 

principais unidades de produção (captação, estações elevatórias, adutoras e estações de 

tratamento de  água)  que  são  responsáveis pelo  transporte da  água bruta  captada nos 

mananciais que abastecem a população de Vila Velha. 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 40 ‐ Principais Unidades de Produção 

 

 

Página 93 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.1.1. Subsistema Jucu 

Implantado em 1977, é constituído por: Captação, Adutoras, Elevatória de Baixa Carga, 

Elevatória de Alta Carga  e Estações de Tratamento de Água  ‐ ETAs Vale Esperança  e 

Cobi. 

Cabe  ressaltar que  o  subsistema  Jucu não  atende  apenas  ao município de Vila Velha, 

participando também no abastecimento dos municípios de Vitória, Cariacica e Viana.  

 

6.1.1.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta 

As Figuras 41, 42 e 43 a seguir, mostram a captação do subsistema Jucu está instalada na 

região de Caçaroca no Município de Vila Velha, distante 6.790 metros da foz do Rio Jucu.  

Figura 41 ‐ Canal de Aproximação e Estrutura de Captação: Subsistema Jucu 

 

 

Figura 42 ‐ Estrutura de Gradeamento: Subsistema Jucu 

 

 

 

Página 94 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 43 ‐ Captação e Estação Elevatória: Subsistema Jucu 

 

 

Para o controle e manutenção de seu nível, foi implantada, ao longo da seção do rio, uma 

barragem de nível tipo enrocamento.  

Desde o ano de 1995, a  capacidade máxima da  captação e adução do  subsistema é de 

4.560 L/s. 

As águas do  rio  seguem pelo  canal de aproximação para um poço de  sucção,  sobre o 

qual estão instalados 5 conjuntos moto bombas de eixo vertical com potência de 850 CV 

cada. Esta unidade tem função de promover a adução da água bruta no primeiro trecho 

do  percurso,  sendo  assim  denominado  de  Baixo  Recalque  ou  Baixa  Carga,  como 

mostram a Figura 44 a seguir:  

Figura 44 ‐ EEAB Baixo Recalque 

 

 

Uma adutora, denominada Adutora de Baixo Recalque, composta por duas  tubulações 

de aço com diâmetros de 1.280 mm e 1.000 mm e aproximadamente a 5.500 metros de 

extensão, conduz a água recalcada pela Elevatória de Baixo Recalque até um novo poço 

de sucção, sob o qual está instalada a Elevatória de Baixo Recalque.  

 

 

Página 95 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Esta elevatória é composta de 6 conjuntos moto bombas de eixo vertical com potência de 

1.100 CV  cada. Está  localizada nas proximidades do Canal do Rio Marinho, no Bairro 

Cobilândia.  

Desta elevatória partem duas adutoras que conduzem a água bruta até as Estações de 

Tratamento de Água: ETA I ‐ Vale Esperança e ETA II – Cobi. A adutora que serve à ETA 

Vale da Esperança (ETA I) é composta por duas linhas paralelas com diâmetros de 1.500 

e 1.200 mm e extensão de 2.200 m. Para a ETA Cobi (ETA II) a tubulação tem DN 900 mm 

e extensão de 1.800 metros, como mostram a Figura 45 a seguir: 

Figura 45 ‐ EEAB Alto Recalque 

 

 

6.1.1.2. Estações de Tratamento de Água (ETAs) 

O Subsistema Jucu conta com as ETAs Vale Esperança, Caçaroca e Cobi totalizando uma 

produção média de 4.695 L/s, conforme descrito abaixo: 

 

6.1.1.2.1. ETA I ‐ Vale Esperança  

Localizada no município de Cariacica, é também conhecida como ETA Engº Helder Faria 

Varejão,  foi  construída  em  1977  com  capacidade de produção  inicial de  1.500 L/s por 

meio  de  processo  convencional  de  tratamento,  com  os  módulos  de  coagulação, 

floculação, decantação,  filtração, desinfecção, correção de pH,  fluoretação, e não possui 

sistema de  recuperação de  água de  lavagem  ou desidratação do  lodo.  como mostra  a 

Figura 46 a seguir:  

 

 

 

Página 96 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 46 ‐ ETA Vale Esperança 

 

 

A Figura 47 a seguir, mostra a localização da ETA: 

Figura 47 ‐ Localização da ETA 

 

 

Em  1995  foi  ampliada  para  3.300  L/s,  com  a  construção  de  uma  nova  unidade  com 

capacidade  de  1.800  L/s.  Esta  nova  unidade  utiliza  como  processo  de  tratamento  a 

coagulação,  floculação e  filtração direta descendente, eliminando a  fase de decantação. 

Possui ainda os módulos de desinfecção, correção de pH e  fluoretação, como mostra a 

Figura 48 a seguir:  

 

 

Página 97 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 48 ‐ Adutora de chegada na ETA 

 

 

A  capacidade  nominal  de  tratamento  deste  sistema  é  de  4.200  L/s.  Da  vazão média 

produzida 34,3% é distribuída para Vila Velha, como podemos obervar nas Figuras 49, 

50 e 51 a seguir: 

Figura 49 ‐ Vista da ETA 

 

 

 

 

Página 98 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 50 ‐ Vistas dos Filtros 

 

 

Figura 51 ‐ Instrumentos de Qualidade 

 

 

6.1.1.2.2. ETA Cobi  

Também conhecida como ETA II, foi construída em 1953, com capacidade de produção 

de  1.000  L/s  por meio  de  um  processo  convencional  de  tratamento,  ou  seja,  com  os 

módulos de  coagulação,  floculação, decantação,  filtração, desinfecção,  correção de pH, 

fluoretação, e não possui sistema de recuperação de água de lavagem ou desidratação do 

lodo. Da  vazão média produzida  17 %  é distribuída para Vila Velha,  como podemos 

observar na Figura 52 a seguir:  

 

 

Página 99 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 52 ‐ ETA COBI 

 

 

O Plano Diretor de Água existente previa a desativação desta unidade. Porém, em 2005, 

a ETA Cobi foi reformada e integrada ao subsistema Jucu de forma permanente. 

A Figura 53 a seguir, mostra a localização da ETA: 

Figura 53 ‐ Localização da ETA 

 

 

6.1.1.3. Reservação e Distribuição 

Até recentemente, o Subsistema Jucu contava, em sua área de atuação, com apenas um 

reservatório  denominado  Boa  Vista,  localizado  no  bairro  de  mesmo  nome  e  com 

capacidade de 2.300 m³, como mostra a Figura 54 a seguir:  

 

 

Página 100 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 54 ‐ Localização do Reservatório Boa Vista 

 

 

O  reservatório  Boa  Vista  foi  implantado  na  década  de  70  e  tinha  como  área  de 

abrangência  o  conjunto  residencial Coqueiral  de  Itaparica,  então  o maior  condomínio 

residencial do país. A seguir observamos na Figura 55 o reservatório:  

Figura 55 ‐ Reservatório Boa Vista 

 

 

Reservação ETA Vale Esperança 

Na  ETA  Vale  Esperança  localiza‐se  o  Reservatório  de  mesmo  nome.  Do  tipo  semi 

apoiado e composto de 2 câmaras de 10.000 m³ cada uma,  totalizando a capacidade de 

20.000 m³ de reservação. 

 

 

Página 101 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Centro de Reservação Garoto  

Composto de 2 câmaras de 5.000 m³ cada,  totalizando 10.000 m³, adutora DN 500 para 

alimentação do Booster Garoto, com 3 unidades de 125 CV de potência cada, e recalque 

no mesmo diâmetro até o Reservatório Garoto. A distribuição é  realizada  inicialmente 

por meio de uma adutora DN 700 mm até Estrada Jerônimo Monteiro. 

A Figura 56 a seguir, localiza o Centro de Reservação Garoto. 

Figura 56 ‐ Reservação Garoto 

 

 

Centro de Reservação Araçás 

Composto de duas câmaras de 3.250 m³ cada, totalizando 6.500 m³, é do tipo apoiado. A 

Figura 57 a seguir, mostra a localização do centro de Reservação Araçás.  

 

 

Página 102 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 57 ‐ Localização do Centro de Reservação de Araçás 

 

 

Figura 58 ‐ Reservatório Araçás 

 

 

É alimentado pelo Booster Araçás, que é composto por 2 unidades motobomba de 75 CV 

de  potência  cada.  Uma  linha  de  recalque  em  DN  400 mm  chega  até  o  Reservatório 

Araçás. 

Em  2009  foi  realizado  reforço  na  Rodovia  Carlos  Lindenberg  com  a  construção  de 

aproximadamente 1800 m de adutora DN 800 mm para melhoria do abastecimento de 

Vila Velha.  

Também em 2009 foi construída adutora DN 500/400 para reforço de abastecimento do 

Reservatório Boa Vista.  

 

 

Página 103 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

6.1.2. Subsistema Caçaroca 

Foi  implantado para abastecer a região da Barra do  Jucu e Terra Vermelha, quando da 

criação deste bairro. Atualmente, abastece o município de Vila Velha ao sul do Rio Jucu, 

até  o  limite de Ponta da  Fruta. Através de uma  linha  alimentadora,  abastece  ainda  a 

região de Caçaroca na confluência dos municípios de Cariacica, Vila Velha e Viana. Mais 

recentemente,  sua  influência  está  chegando  até  o  Bairro  Coqueiral,  no município  de 

Viana.  

O Subsistema Caçaroca foi implantado em 1994, com capacidade inicial de produção de 

200L/s. Recentemente, em 2009, o sistema foi ampliado e tem a capacidade de 393 L/s, A 

ampliação  se  deve  à  implantação  de  processo  de  tratamento  denominado  flotação.  É 

composto de Captação, Adução, Elevatórias, Estação de Tratamento e Reservação.  

6.1.2.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta 

Implantada  em  anexo  à  captação  do  subsistema  Jucu  utiliza  a  estrutura  deste  para 

alimentação de seu poço de sucção. 

Sob este poço de sucção encontram‐se dois conjuntos moto bomba de eixo vertical com 

potência  de  175  CV  cada,  e  capacidade  de  recalque  de  500  L/s.  Esta  unidade  foi 

recentemente ampliada com obra do programa Águas Limpas. 

Uma adutora de Água Bruta composta de tubulação de FºFº , DN500 mm e comprimento 

de 90 metros, transporta a água bruta até a ETA Caçaroca. 

 

6.1.2.2. Estação de Tratamento de Água ‐ ETA Caçaroca 

A ETA foi implantada em 1994 com capacidade inicial de produção de 200 L/s e processo 

de filtração direta com floculação, como mostram as Figuras 59 a seguir:  

Figura 59 ‐ ETA Caçaroca 

 

 

 

Página 104 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Em 2009 a concepção do tratamento da ETA Caçaroca foi modificada para flotação e sua 

capacidade  foi  ampliada  para  395  L/s.  Atualmente  coleciona  em  seu  processo  de 

tratamento  os  módulos  de  coagulação,  floculação,  flotação,  filtração,  desinfecção, 

correção de pH e fluoretação.  

A Figura 60 a seguir, mostra a localização e unidades da ETA Caçaroca: 

Figura 60 ‐ Localização ETA Caçaroca 

 

 

É uma obra atualizada, em consonância com as questões ambientais e legislações atuais. 

Da  vazão média produzida,  82,0 %  é distribuída para Vila Velha. A  seguir, podemos 

observar os processos da ETA Caçaroca. 

Figura 61 ‐ Vista do processo na ETA 

 

 

 

Página 105 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 62 ‐ Processo de Flotação na ETA 

 

 

Com a reforma e ampliação foi ainda introduzida uma unidade de reutilização da água 

de lavagem com desaguamento do lodo para posterior disposição adequada. 

Figura 63 ‐ Recuperação de Água de Lavagem e Desidratação de Lodo 

 

 

6.1.2.3. Elevatória e Recalque de Água Tratada 

A  elevatória de  água  tratada  é  composta de  3  (2  +1R)  conjuntos moto bomba de  eixo 

horizontal com potência de 300 CV cada, com capacidade de 340 L/s, que eleva a água 

tratada até o Reservatório Barra do Jucu. 

A adutora de água tratada que transporta a água da EEA até o Reservatório é composta 

de  duas  linhas  paralelas  de DN  400 mm,  construída  em  FºFº. Nesta  adutora  há  uma 

travessia especial em arco sobre o Rio Jucu, como mostra a Figura 64 a seguir:  

 

 

Página 106 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 64 ‐ Adutora em Arco: Rio Jucu 

 

 

6.1.2.4. Reservação e Distribuição 

O Centro de Reservação Barra do Jucu tem capacidade de 2.600 m³. Está  localizado em 

cota superior a 60 m e por este motivo abastece todo subsistema por gravidade.  

A distribuição do reservatório Barra do Jucu é realizada por meio de três adutoras DN 

400 que abastecem os Bairros Santa Paula e Barra do Jucu, Grande Terra Vermelha até o 

reservatório Ponta da Fruta. 

A Figura 65 a seguir, mostra a localização do reservatório Barra do Jucu: 

 

Figura 65 ‐ Localização do Reservatório do Jucu 

 

 

 

Página 107 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.1.3. Subsistema Ponta da Fruta 

Este  sistema  foi  implantado  em  1987  sendo  composto  por  captação,  tratamento, 

reservação  e  distribuição.  É  constituído  por  três  poços  tubulares  profundos  com 

capacidade de produção de aproximadamente 37 L/s assim distribuídos: poço Rodovia 

11,5 L/s, poço da Eva 12,3 L/s e poço ETA 13,2 L/s. 

O Plano Diretor preconizou a interligação do Balneário Ponta da Fruta e adjacências ao 

Subsistema Caçaroca, através da  implantação da adutora de água  tratada DN 400 mm, 

com extensão aproximada de 12.000 m e desativação do sistema de poços.  

Atualmente o Subsistema Ponta da Fruta não está em funcionamento, mas, passará a ser 

um  Setor  do  Subsistema  Caçaroca,  sendo  possível  sua  reativação  caso  exista  a 

necessidade de aumento de produção.  

 

6.1.3.1. Estação de Tratamento de Água – ETA Ponta da Fruta 

A  ETA  Ponta  da  Fruta  é  composta  de  unidades  para  correção  de  pH,  desinfecção  e 

fluoretação,  e  está  localizada  na  entrada  principal  de  acesso  a  Ponta  da  Fruta,  como 

mostra a Figura 66 a seguir:  

Figura 66 ‐ Localização ETA Ponta da Fruta 

 

A  ETA  Ponta  da  Fruta  não  possui  sistema  de  recuperação  de  água  de  lavagem  ou 

desidratação do lodo. 

 

6.1.3.2. Reservação de Ponta da Fruta 

Tem capacidade de 150 m³, está localizado junto à ETA.  

 

 

Página 108 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

6.1.4. Participação de cada Sub Sistema 

O Quadro 5 a seguir mostra a participação de cada subsistema no abastecimento de Vila 

Velha: 

Quadro 5 ‐ Participação de cada Subsistema de Vila Velha 

Mananciais  Subsistema  Sistema 

Participação no 

abastecimento 

do município 

Outros 

municípios 

atendidos 

Rio Jucu 

Jucu Vale Esperança  76% 

Cariacica, 

Viana, Vitória 

Cobi  9%  Vitória 

Caçaroca  Caçaroca  15% Cariacica, 

Guarapari 

 

6.1.5. Sistema de Supervisão e comando 

Foi  implantado pela Concessionária  atual um Sistema de Supervisão por Telemetria  e 

Telecomando  dos  Sistemas  de  Abastecimento  de  Água  da  Região Metropolitana  de 

Vitória,  que  permite  a  transmissão  de  informações  em  tempo  real  dos  sistemas  de 

abastecimento  de  água  para  um  programa  de  computador.  As  informações  são 

convertidas  em  um  banco  de  dados  a  partir  do  qual  ações  podem  ser  planejadas  e 

estabelecidas  metas  com  vistas  à  minimização  dos  problemas  relacionados  com 

abastecimento ou perdas de água. 

A Figura 67 a seguir representa a tela do sistema de controle do sistema CCO: 

Figura 67 ‐ CCO 

 

 

 

 

Página 109 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

O  sistema  de  telemetria/telecomando  é  um  instrumento  de  gestão  que  permite  o 

ajustamento da produção e distribuição de água em função da demanda e a redução das 

perdas de água. Além disso, contribui para melhoria no atendimento aos clientes e reduz 

os custos operacionais. 

 

6.1.6. Rede de abastecimento e acessórios 

A Tabela 8 a seguir, mostra que no município de Vila Velha estão assentadas 15.750 m 

de tubulações de adução de água bruta cujos diâmetros variam de 100 a 1.800 mm. 

Tabela 8 ‐ Tubulações de Adução de Água Bruta 

Diâmetro (mm) Extensão (m) 

PVC  Aço  FC 

100  306     1.486 

450     118    

900     1.588    

1.000     5.531    

1.200     483    

1.300     5.523    

1.500     487    

1.800     230    

TOTAL  306  13.960  1.486 

Fonte: CESAN/Divisão de Cadastro e Arquivo Técnico/junho/2014 

 

O município de Vila Velha  conta  com  tubulações de distribuição de  água  tratada  em 

quase  toda área urbana municipal, com extensão de 1.252 km, cujos diâmetros variam 

entre 20 e 1000 mm, conforme mostra a Tabela 9 a seguir: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Página 110 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Tabela 9 ‐ Tubulações de Água Tratada 

DIÂMETRO  EXTENSÃO (m)

(mm)  PVC  F0F0 F0G0 AÇO  FC

20‐50  816.873  5.756  8787    3.583 

75  132.002  1.794  1.065    34 

100  100.057  2.956  1.150    1.094 

150  29.422  34.351      287 

200  8.765  28.803       

250  2.178  32.354    1.889   

300  285  19.924       

350    2.255       

400    36.301       

500    6.842       

600    4.400       

700    2.067       

800    6.192       

1000    1.926       

TOTAL  1.089.797  185.921 11.002 1.889  4.998

Fonte: CESAN/Divisão de Cadastro e Arquivo Técnico/junho/2014 

 

6.1.7. Ligações e hidrômetros 

Os  ramais prediais  são  em  sua maioria  executados  em PVC  e,  segundo o histórico de 

manutenção, respondem pelo maior percentual de perdas físicas do sistema.  

Inexiste  um  padrão  de  instalação  de  ligações  e  cavaletes.  Em  sua  grande maioria  os 

cavaletes não possuem caixa de proteção.  

 

6.1.8. Qualidade da água 

Para garantir a qualidade da água produzida nas Estações de Tratamento de Água, os 

profissionais técnicos de operação da ETA trabalham em regime de escala de até 24 horas 

diárias, e além das atividades diretas de operação do processo de  tratamento da água, 

realizam  também  a  cada  2  horas análises  da  qualidade  da  água  por  ela  recebida  e 

produzida  levando‐se  em  conta  os  parâmetros:  pH,  Turbidez,  Cor,  Flúor,  Cloro, 

Alumínio, o controle operacional é realizado, entre outros, por meio de Jar‐Test, Taxa de 

Filtração e Taxa de Expansão de Filtros, como mostra a Figura 68 a seguir. Mensalmente 

são  realizadas  aproximadamente  1.440  (um  mil  e  quatrocentos  e  quarenta)  análises 

físico‐químicas por ETA.  

 

 

 

Página 111 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 68 ‐ Laboratório de Controle de Qualidade 

 

 

O Quadro 6 a seguir, apresenta o significado de alguns parâmetros que são analisados 

para atendimento a Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde – Norma de Qualidade 

da água para o consumo humano.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Página 112 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 6 ‐ Norma de Qualidade de Água para Consumo Humano 

Parâmetros  Significados 

Turbidez 

Característica que indica o grau de transparência da água. A Portaria 

2914/2011 recomenda o valor máximo permitido de 5,0 NT para água 

distribuída. 

Cor aparente 

Característica que mede o grau de coloração da água. A Portaria 

2914/2011 recomenda o valor máximo permitido de 15,0 mg Pt ‐ Col/L 

para água distribuída 

Cloro Residual Livre A Portaria 2914/2011 recomenda o valor mínimo de 0,2 mg Cl/L e o 

máximo permitido é de 0,5 mg Cl/L para água distribuída. 

pH 

Indica o quanto a água é ácida (pH baixo) ou alcalina (pH alto). É um 

importante parâmetro para o tratamento de água e a manutenção de 

boas condições de canalização. A Portaria 2914/2011 recomenda o valor 

mínimo de 6,6 e o máximo permitido é de 9,5 para água distribuída 

Coliformes totais 

São bactérias que indica a possível presença de micro‐organismos 

patogênicos na água e, não necessariamente, representa problemas para 

saúde. A legislação permite a presença de Coliforme totais em função 

da população abastecida. A Portaria 2914/2011 permite que em sistemas 

que coletem mais que 40 amostras por mês apresente resultados 

positivos para até 5% das amostras coletadas. 

Escherichia coli 

Indicador microbiológico utilizado para medir eventual contaminação 

de água por material fecal que pode ou não vir a veicular micro‐

organismos que afetam a saúde do homem. 

 

De  acordo  com  o Art.  40º da Portaria  nº  2914/2011  “os  responsáveis pelo  controle da 

qualidade da água de  sistemas ou  soluções alternativas  coletivas de abastecimento de 

água para consumo humano, supridos por manancial superficial e subterrâneo, devem 

coletar amostras semestrais da água bruta, no ponto de captação, para análise de acordo 

com os parâmetros exigidos nas legislações específicas, com a finalidade de avaliação de 

risco à saúde humana”.  

A  quantidade  total  e média  dos  resultados  das  análises  da  água  tratada  na  rede  de 

distribuição  para  atender  a  Portaria  nº  2914/2011,  bem  como  relatórios  anuais  por 

município são sistematicamente disponibilizados no site da CESAN www.cesan.com.br. 

A CESAN  atende  aos  quesitos do Decreto  5440/05,  sobre  as  informações dos  serviços 

prestados aos consumidores. 

A Tabela 10 a seguir mostra o total de análises bacteriológicas e média das análises de 

cloro residual da água  tratada na rede de distribuição do município de vila velha para 

atender a portaria 2914/2011, no ano de 2013. 

 

 

Página 113 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Tabela 10 ‐ Análises Bacteriológicas e Média das Análises de Cloro Residual da Água 

Mês 

(2013) 

Total de Análises Exigidas  Total de Análises Executadas *Total 

Amostras 

Positivas para 

Colif. Totais 

Detectadas 

Nº máximo 

permitido de 

amostras com 

presença de 

Colif. Totais 

Quantidade  

Amostras c/ 

Contaminação 

Consecutiva 

*Média 

de 

Cloro Micro 

Biológico 

Cloro 

Residual 

Micro 

Biológico Cloro Residual 

Jan  284  284  314  315  2  14  0  1,3 

Fev  284  284  307  297  2  14  0  1,2 

Mar  284  284  300  297  3  14  0  1,2 

Abr  284  284  310  310  3  14  0  1,4 

Mai  284  284  318  324  2  14  0  1,5 

Jun  284  284  325  307  5  14  0  1,4 

Jul  284  284  315  315  5  14  0  1,4 

Ago  284  284  311  311  4  14  0  1,4 

Set  284  284  305  305  2  14  0  1,4 

Out                         

Nov  284  284  311  311  13  14  4  1,3 

Dez  284  284  301  303  15  14  4  1,3 

Os Parâmetros acima possuem determinação diária, de acordo com a Portaria 2914/2011. 

 

A Tabela  11  a  seguir mostra  a  quantidade  total  e média  dos  resultados  das  análises 

físico‐químicas da água tratada na rede de distribuição do município de Vila Velha para 

atender a portaria 2914/2011, no ano de 2013: 

Tabela 11 ‐ Média dos Resultados das Análises Físico‐Químicas da Água 

Mês 

(2013) 

Total de análises Média dos Resultados 

Exigidas  Executadas 

Cor   Turbidez  pH Cor  Turbidez pH Cor   Turbidez pH

Jan  75  284  0  146  312  141  6  1,63  6,71 

Fev  75  284  0  120  307  117  6  1,74  6,6 

Mar  75  284  0  126  296  121  9  3,7  6,55 

Abr  75  284  0  120  304  116  8  2,14  6,44 

Mai  75  284  0  118  322  117  4  1,04  6,48 

Jun  75  284  0  116  319  116  6  1,77  6,42 

Jul  75  284  0  117  311  116  5  1,31  6,44 

Ago  75  284  0  114  306  114  2  0,74  6,59 

Set  75  284  0  116  299  114  4  1,2  6,56 

Out                            

Nov  75  284  0  113  306  107  4  1,65  6,29 

Dez  75  284  0  123  296  123  6  1,98  6,27 

Os Parâmetros acima possuem determinação diária, de acordo com a Portaria 2914/2011. 

 

A frequência de coleta e análise em cada município é proporcional ao número de 

 

 

Página 114 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

habitantes abastecidos conforme determinação da Portaria 2914/2011 do Ministério da 

Saúde. 

 

Índice de Qualidade da Água – IQA 

Para garantir a qualidade da água distribuída a Concessionária mantém um laboratório 

central,  no  qual  é  realizado  um  serviço  de  monitoramento  diário  da  água  por  ela 

distribuída em toda a Região da Grande Vitória. Este monitoramento compreende desde 

a coleta de aproximadamente 1800 amostras em cerca de 280 pontos de coleta na Região 

da Grande Vitória, até a realização de análises Físico‐Químicas, Microbiológicas e Hidro 

biológicas perfazendo um total de 20.000 análises mensais.  

Com o objetivo de se determinar o percentual de conformidade dos resultados analíticos 

para  os  parâmetros  cor,  turbidez,  cloro  residual,  fluoreto  e  coliformes  totais  são 

realizados o cálculo do Índice de Qualidade da Água Distribuída, onde o número total 

das  análises  referenciadas  anteriormente  é  dividido  pelo  total  de  amostras  que 

atenderam  aos padrões  estabelecidos na Portaria Nº  2914/2011. O percentual  obtido  é 

comparado com as faixas apresentadas no quadro 08, permitindo a classificação do IQA. 

Nos últimos doze meses o IQA para o município de Vila Velha foi de 97,38.  

O Quadro 7 abaixo, mostra as faixas de classificação para o IQA: 

Quadro 7 ‐ Classificação para o IQA Adotado pela CESAN 

Índice de Qualidade ‐ IQA

Classificação  Faixa (%)

Excelente  Acima de 96% de todas as análises aceitáveis 

Bom  Entre 90% e 95,99% de todas as análises aceitáveis 

Aceitável  Entre 85% e 89,99% de todas as análises aceitáveis 

Ruim  Entre 70% e 84,99% de todas as análises aceitáveis 

Muito Ruim  Menor que 70% de todas as análises aceitáveis 

FONTE: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)/CESAN 

 

6.1.9. Licenciamento e Outorga 

Praticamente toda a água que abastece o município de Vila Velha vem do Rio Jucu.  

No Quadro 8 a seguir, é apresentada a situação da outorga do Rio Jucu em conformidade 

com as exigências da Legislação Federal e Estadual de Recursos Hídricos. 

 

 

Página 115 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 8 ‐ Certificação de Outorga 

MUNICÍPIO  MANANCIAL OUTORGA 

Cariacica,  Vila 

Velha,  Viana  e 

Vitória 

Rio Jucu 

Situação  Número  Data 

Certificado  036/2008  01/02/2008

 

A avaliação dos pedidos de outorga do direito de uso de  recursos hídricos  requereu a 

análise quanto à disponibilidade hídrica, que por sua vez precisou conter a avaliação dos 

limites outorgáveis estabelecidos pela legislação de recursos hídricos vigente no Espírito 

Santo e da demanda de água existente na bacia. Para outorga do uso da água o  IEMA 

adota como vazão de referência a vazão com permanência de 90% (Q90).  

Para  estimar  a  quantidade  de  água  superficial  das  bacias  e  respeitar  os  critérios  de 

outorga,  foi  realizado estudo denominado Regionalização de Vazões no ES. Assim,  foi 

possível  estimar as vazões de  referência. Nos  cálculos  foram  consideradas as áreas de 

drenagem em cada seção de captação de água nos mananciais de interesse. 

A  Tabela  12  a  seguir  apresenta  as  vazões  outorgadas  para  a  captação  no  Rio  Jucu, 

válidas  por  um  período  de  12  anos.  De  acordo  com  os  critérios  de  outorga,  a 

disponibilidade hídrica outorgada é de 3.800 L/s. 

Tabela 12 ‐ Vazões Outorgadas 

Captação de Água  Vazão de Referência Q90 (l/s)Disponibilidade Hidríca 

50% 

Vazão 

Outorgada 

(l/s) 

Rio Jucu  12.658 Q90 (l/s) 

3.800 6.329 

 

A situação do Licenciamento Ambiental dos Sistemas e Subsistemas de abastecimento de 

água (SAA) de Vila Velha – ES é apresentada no Quadro 9 a seguir: 

Quadro 9 ‐ Licenciamento Ambiental 

Sedes Urbanas  ETA  Situação do Licenciamento Ambiental 

Cariacica, Vila 

Velha e Vitória Vale Esperança 

Processo nº 46584293 – Requerimento de Licença Ambiental de 

Regularização 

Vila Velha e 

Vitória Cobi 

Processo nº 44475225 – Requerimento de Licença Ambiental de 

Regularização 

Vila Velha  Caçaroca  Processo Nº33438188 – Licença de Operação Nº15/2012 

Cariacica, Vila 

Velha e Vitória 

Ponta da Fruta 

(desativada) 

Processo nº 39059073 – Requerimento de Licença Ambiental de 

Regularização 

 

 

Página 116 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Com base nos estudos de demandas pode‐se concluir que a outorga de captação do Rio 

Jucu  é mais  que  suficiente  para  atendimento  do município  de  Vila  Velha mesmo  se 

levarmos  em  consideração  que  essa  captação  atende  não  só Vila Velha mais  também 

Cariacica, Viana, Vitória e parte de Guarapari.  

 

6.2. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTES 

Os  principais  agentes  poluidores  de  águas  nas  áreas  urbanas  são  os  esgotos,  que  na 

maioria das vezes são  lançados diretamente nos corpos de água. A  falta de  tratamento 

dos esgotos  sanitários e  condições adequadas de  saneamento podem  contribuir para a 

proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação do corpo 

da água.  

Considerando  a  necessidade  de  despoluir  os  recursos  hídricos  e  proteger  a  saúde  da 

população,  as  companhias  de  saneamento  vêm  investindo,  com  recursos  próprios  ou 

com  apoio  de  instituições  de  financiamento,  no  sentido  de  aumentar  a  cobertura  de 

coleta e tratamento de esgoto. 

O esgoto que sai das  residências é coletado nas  redes e encaminhado para as Estações 

Tratamento de Esgoto  (ETE) para promover  o  seu  tratamento  reduzindo  os  riscos de 

poluição do meio ambiente. No processo de  tratamento é gerado um  resíduo,  rico em 

matéria orgânica, denominado “Lodo de Esgoto”. 

As estações de tratamento de esgoto (ETE) foram concebidas com diferentes tecnologias. 

No município  de Vila Velha  as  tecnologias  utilizadas  para  tratamento  do  esgoto  são: 

Lodo  Ativado,  Reator  Anaeróbio  +  Lagoa  Facultativa,  Lodo  Ativado  /  Aeração 

prolongada,  Reator  Anaeróbio+Biofiltro  Aerado  e  Fossa  /  Filtro.  Cada  método  de 

tratamento apresenta características próprias e o volume de lodo produzido é variável.  

O esgoto que sai das residências é conduzido através de redes coletoras, por gravidade 

ou  por  recalque,  até  a  ETE  onde  passa  inicialmente  por  tratamento  preliminar  para 

remoção dos resíduos sólidos grosseiros. A partir daí o esgoto passa por um processo de 

biodegradação,  isto  é,  decomposição  da  matéria  orgânica  pela  ação  dos  micro‐

organismos. Após esse processo o esgoto é separado em duas fases: líquida, denominado 

de  efluente  líquido,  e  sólido,  denominado  lodo  de  esgoto.  Todos  os  resíduos  (lodo  e 

sólidos grosseiros) após deságue são enviados para Aterro Sanitário.  

O Sistema de Esgotamento Sanitário existente no Município de Vila Velha é constituído 

por um rede coletora com cerca de 381,4 km de extensão, 31 elevatórias de esgoto bruto 

(EEEB) e 5 estações de tratamento ETEs. Essa estrutura comporta os seguintes sistemas 

de  esgotamento  sanitário – SES: Araçás,  Jabaeté,  Jacarenema, Ulysses Guimarães, Vale 

Encantado e Ewerton Montenegro.  

 

 

Página 117 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Cabe ressaltar que todas as estações elevatórias de esgoto operam com vazão superior a 

sua capacidade máxima. 

Em Vila Velha muitas ruas  já estão com a rede  implantada e em condições de uso. No 

entanto, por falta de conscientização alguns moradores resistem em efetuar sua ligação, 

especialmente aqueles que dispõem de um sistema individual de tratamento. Na maioria 

dos casos o esgoto está ligado à rede de drenagem, e segue diretamente para um canal de 

escoamento, por isso, em época de fortes chuvas há uma mistura da água pluvial com o 

esgoto, o que não é adequado do ponto de vista ambiental e sanitário. A prefeitura de 

Vila Velha por meio da Secretaria de Meio Ambiente tem fiscalizado os moradores, com 

base na lei municipal Nº4.785/2009 e em parceria com o Ministério Público Estadual, que 

prevê ação contra os mais munícipes reincidentes. Com o objetivo de ampliar o índice de 

atendimento  vem  se  desenvolvendo  várias  ações  através  do  Programa  “Se  Liga  na 

Rede”,  que  visa  mobilizar  a  população  beneficiada  pelos  sistemas  de  esgotamento 

sanitário a efetivar as ligações dos imóveis à rede pública coletora de esgoto implantada 

na Grande Vitória. 

O programa é atividade prioritária da CESAN e tem como meta efetuar 80 mil ligações, 

que serão disponibilizadas com o  fim do Programa Águas Limpas, até 2014 na Grande 

Vitória.  

Segundo as  informações obtidas  cerca de 51% da população  já  tem a  rede de  coleta à 

disposição à porta de seus  lotes. Porém, apenas 37% da população está conectada. São 

215.041  habitantes  em  18.184  ligações  e  52.820  economias  que  dispõem  de  rede  para 

efetuar a ligação, mas somente 141.815 habitantes já fizeram a ligação. 

O Quadros 10 e a Tabela 13 a seguir apresentam  informações referentes às estações de 

tratamento  de  esgoto  e  estações  elevatórias  de  esgoto  bruto  e  extensão  e  rede  em 

operação no município de Vila Velha. Além disso,  o Quadro  11,  apresenta  também  a 

situação em termos de licenciamento ambiental e outorga de lançamento. 

 

 

 

Página 118 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 10 ‐ Dados Técnicos das ETE´S de Vila Velha 

ETE  Tipo de Tratamento Vazão 

Nominal (l/s) 

Eficiência 

Média (%) 

Araças  Lodos Ativados, oxidação 

biológica e clarificação 

400  95 

Jabaeté  Lodos Ativados com aeração 

prolongada 

15  71 

Ulisses 

Guimarães 

Reator Anaeróbio de Fluxo 

Ascendente e Biofiltro Aerado 

30  93 

Vale 

Encantado 

Reator Anaeróbio de Fluxo 

Ascendente e Lagoa 

Facultativa 

9,57  83,56 

Jacarenema  Sistema Fossa Filtro  1,80  (n/d) 

 

A Tabela 13 a seguir, mostra informações relativas às estações elevatórias de esgoto 

bruto em operação.

Tabela 13 ‐ Informações Relativas às Estações Elevatórias de Esgoto (EEEB) 

Sistema EEEB 

(quantidade) 

Araçás e Ulisses Guimarães  23 

Jabaeté  2 

Jacarenema  0 

Ulysses Guimarães  4 

Vale Encantado  2 

Riviera Park  5 

 

O Quadro  11  a  seguir mostra  as  informações  relativas  ao  licenciamento  ambiental  e 

outorga de lançamento. 

 

 

 

 

 

 

 

Página 119 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 11 ‐ Informações Relativas ao Licenciamento Ambiental no IEMA. 

ETE Situação do Licenciamento Ambiental da 

Estação 

Situação da Outorga de 

Lançamento 

Araçás Processo Nº22216022 – LO Nº 122/2014 

Renovação válida até 28/05/2018 

Processo nº 39783812 

Certificado Portaria 225 de 

04/06/2008 

Vale Encantado  Sistema não licenciado  Não Iniciado 

Jabaeté  Sistema não licenciado  Processo nº 51628171 

Ulysses 

Guimarães 

Processo Nº304812 ‐ Requerimento de 

Renovação LO em 14 de Maio de 2008 

Processo Nº60411473 – Requerimento de 

LARS nos termos do decreto 3212‐R/2013 

Processo nº 41121031  

Certificado Portaria 380 de 

10/05/2010 

Jacarenema  Sistema não licenciado  Não Iniciado 

 

O sistema de esgotamento Vila Velha possui ainda 1 estação de tratamento (ETE Riviera 

Park ) e 5 estações elevatórias que  estão concluídas, mas não estão em operação.   

Dessa forma são 6 estações de tratamento e 36 estações elevatórias no total. 

A Tabela 14 a seguir mostra o quantitativo de Redes Coletoras Existentes por Sistemas 

Existentes:  

Tabela 14 ‐ Quantitativo de Redes Coletoras Existentes 

Sistema  Quantidade 

Araçás  324.085,00 

Rio Marinho/Vale Encantando  8.365,00 

Ulysses Guimarães  25.704,00 

Bandeirante/Baixo Marinho (Nova América)  4.251,00 

Jabaeté  9.664,00 

Jacarenema  3.062,00 

Riviera Park  6.307,00 

Total  381.438,00 

 

 

 

 

Página 120 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.1. SES Araçás 

O  sistema de  esgotos  sanitários Araçás,  implantado pelo PRODESPOL  e PRODESAN, 

atende a 36 bairros e é composto por rede coletora e estações elevatórias e a estação de 

tratamento de esgotos Araçás. É o maior sistema em operação atualmente em Vila Velha. 

A Tabela 15 a seguir mostra os bairros atendidos pelo sistema e as ligações existentes: 

Tabela 15 ‐ Bairros Atendidos pelo Sistema de Ligações 

Bairros 

Número de 

Ligações de 

Esgoto  

Bairros 

Número de 

Ligações 

de Esgoto 

Araçás  982 João Goulart  503

Aribiri  155 Jockey de Itaparica  317

Ataíde  124 Normília da Cunha  1

Barramares  62   Nossa Senhora da Penha  1

Boa Vista I  43 Nova América  179

Boa Vista II  31 Nova Itaparica  207

Brisamar  60 Novo México  673

Centro Vila Velha  1166 Olaria  143

Cocal  789 Praia da Costa  983

Coqueiral Itaparica  24 Praia das Gaivotas  720

Cristóvão Colombo  803 Praia da Itaparica  678

Divino Espírito  478 Primeiro de Maio  1

Dom João Batista  801 Residencial  193

Garoto  25 Rio Marinho  263

Glória  630 Santa Inês  786

Guaranhuns  286 Santa Mônica  397

Ibes  669 Santa Mônica Popular  1.017

Ilha dos Ayres  195 Santa Paula II  284

Ilha dos Bentos  375 Santos Dumont  10

Itapuã  1656 São Conrado  17

Jabaeté  927 Soteco  1.153

Jaburuna  122   Ulisses Guimarães   589

Jardim Asteca  420   Vale Encantado  16

Jardim Colorado  534   Vila Guaranhuns  160

Jardim Guadalajara  258   Vila Nova  874

Jardim Guaranhuns  289   TOTAL  22.117

Fonte: Sincop/CESAN,2014. 

 

Observa‐se  que  em  grande  parte  dos  bairros,  em  especial  Coqueiral  de  Itaparica,  já 

existem  redes  coletoras de esgoto porém  com baixa adesão. Estima‐se que a  cobertura 

total de  rede no município seja de 51%, mas a  taxa de  imóveis conectados à  rede é de 

 

 

Página 121 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

apenas 37%, ou seja, o serviço de coleta já existe e é disponibilizado mas a população não 

aderiu ao sistema. Enfatizando a necessidade de políticas públicas de incentivo à ligação, 

educação ambiental e fiscalização.  

Na  Figura  69  é  apresentado  parte  do  cadastro  das  redes  existentes  e  as  respectivas 

ligações no Bairro Coqueiral de Itaparica. Os “pontos pretos com linha verde” significam 

ligações de esgoto executadas. Observa‐se que na Rodovia do Sol já existe rede coletora 

porém poucas moradias fizeram suas respectivas ligações. 

Figura 69 ‐ Situação das ligações de esgoto no Bairro Coqueiral de Itaparica 

 

 

O Programa Águas Limpas concluiu as obras de interligação de redes coletoras da Praia 

da Costa e Adjacências (Bacia B13) e finalizou a implantação do Sistema de Esgotamento 

Sanitário do bairro Araçás e adjacências e Complementação da Bacia B13. 

A bacia de esgotamento sanitário do SES ‐ Vila Velha, B13, é composta por 18 (dezoito) 

sub‐bacias  ‐  (SBA, SBB, SBC, SBD,SBE, SBF, SBG, SB H, SBI, SBJ, SBL, SBM, SBN, SBO, 

SBP, SBQ, SBR, SB S).  

 

6.2.1.1. Rede coletora de esgoto 

A rede coletora de esgotos do SES Araçás possui 324.085 metros de extensão, incluindo 

grande parte das redes já concluídas pelo Programa Águas Limpas. 

 

 

 

Página 122 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.1.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) 

O Sistema Araçás possui 22 estações elevatórias em operação conforme descrito Quadro 

12 abaixo: 

Quadro 12 ‐ Estações Elevatórias em Operação 

 

 

 

 

 

Página 123 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Todas as 22 estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).  

As estações elevatórias EEE VVL, EEE VVQ, EEE VVS, EEE GAIVOTA, EEE VVR, EEEE 

B1, EEE B4, EEE B5 e EEE ITAPARICA apresentaram problemas de  inundação quando 

das últimas chuvas (janeiro/fevereiro de 2014). 

Apresentaram  problemas  de  operação  as  elevatórias  EEE  B3,  EEE  B4,  EEE  B5  e  EEE 

ITAPARICA.  

 

6.2.1.3. Estação de tratamento de esgotos (ETE Araçás) 

A  ETE  Araçás  opera  pelo  processo  UNITANK  de  lodos  ativados,  através  de  reator 

biológico aerado, com remoção de nitrogênio e tem capacidade nominal de 400 L/s. 

A Figura 70 a seguir mostra a localização da ETE Araçás: 

Figura 70 ‐ Localização da ETE Araçás 

 

 

As unidades  componentes da ETE  são:  grades  grossas  e mecanizadas,  caixa de  areia, 

rosca  transportadora,  reator  biológico  aerado  com  remoção  de  nitrogênio,  digestor  e 

adensador  de  lodos,  sistema  de  dosagem  de  polímero,  centrífuga,  sopradores, 

ultravioleta e sistema de controle de odores.  

A Figura 71 a seguir mostra o fluxograma do processo de tratamento da ETE. 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

 

Figura 71 ‐ Fluxograma do Processo de Tratamento da ETE Araçás 

 

 

Página 125 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

No período entre outubro/2012 a setembro/2013 a ETE apresentou uma eficiência média 

de 94% em  termos de  remoção de DBO,  lançando no  corpo  receptor um efluente  com 

uma DBO média de 9,28 mg/L. 

Apesar  de  estar  apresentando  boa  eficiência  de  tratamento,  informações  recentes  dão 

conta  que  a  ETE Araçás  vem  experimentando  dificuldades  operacionais  relacionadas 

com  sua  hidráulica  quando  a  vazão  se  aproxima  da  nominal  ‐  400L/s.  A  seguir,  as 

Figuras 72, 73 e 74 mostram mais detalhes da ETE Araçás: 

Figura 72 ‐ Detalhes ETE Araçás 

 

 

Figura 73 ‐ Detalhes ETE Araçás 

 

 

 

Página 126 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 74 ‐ Detalhes ETE Araçás 

 

 

6.2.1.4. Emissário de esgoto tratado 

Após o processo de tratamento, o efluente da ETE – Araçás é conduzido por gravidade, 

através de tubulação de esgoto tratado e disposição final até o Rio Jucu.  

Um difusor  imerso na  calha do  rio  Jucu promove a dispersão dos esgotos  tratados. O 

emissário está dividido em dois trechos: terrestre e submerso, como mostra o Quadro 13 

a seguir:  

Quadro 13 ‐ Divisão do Emissário 

TRECHO  EXTENSÃO DIÂMETRO/MATERIAL

Terrestre  2.725,31  DN 900/FºFº TK7 

Submerso  14,69  DE 680/PEAD 

Difusor  35  DE 700/PEAD 

TOTAL  2775  

 

Ao  longo do emissário no  trecho  terrestre há quatro dispositivos de proteção da  linha 

(ventosa) e quatro dispositivos para limpeza e manutenção (descarga).  

 

6.2.1.5. Corpo receptor 

O corpo receptor é o Rio Jucu e o ponto de lançamento está localizado nas coordenadas 

geográficas: 361.637 m E / 7.743.880 m N (Z 24K, Datum WGS 84). 

 

 

 

Página 127 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.2. SES Jabaeté 

O sistema de esgotos sanitários Jabaeté atende o bairro Residencial Lagoa de Jabaeté com 

667  ligações  de  esgoto.  A  ETE  Jabaeté  está  em  fase  de  ampliação  para  aumento  da 

capacidade nominal para 30 L/s.  

O Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (PDES) prevê a desativação desta ETE sendo o 

esgoto recalcado para a ETE Ulisses Guimarães. 

 

6.2.2.1. Rede coletora de esgoto 

A  rede  coletora  de  esgotos  que  atende  o  Bairro  Residencial  Lagoa  de  Jabaeté  tem 

extensão total de 14.590 metros. 

 

6.2.2.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) 

O sistema conta com 2 estações elevatórias em operação conforme o Quadro 14 abaixo: 

Quadro 14 – EEEB 

EEEB

Bombas Q

(l/s)

Hman

(mca)

RECALQUE FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO

Nº POT. (CV)

MARCA/ MODELO

Ø (mm)

MAT EXT. (M)

Origem/Destino

JABAETÉ I

1+1R

10

KSB KRT E 80-

20BR/34XG

20

100

100

FºFº

120

Reunir

esgotos/ ETE Jabaeté

Próximo a Lagoa

Jabaeté

JABAETÉ II

1+1R

1,5

2

100

100

FºFº

360

Reverter parte esgotos/ PV

Residencial Lagoa

de Jabaeté

 

As duas estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).  

 

6.2.2.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) 

A  ETE  Jabaeté  opera  pelo  processo  de  lodo  ativado  por  aeração  prolongada  com 

capacidade nominal de 30 L/s. A ETE Jabaeté, cuja localização é mostrada na Figura 75 a 

seguir  e  está  em  fase de  ampliação  e  terá  a  capacidade  nominal  incrementada  em  20 

litros/segundo. As unidades componentes da ETE são: caixa de chegada, gradeamento, 

caixa de areia, tanque de aeração, decantador secundário e leitos de secagem.  

 

 

 

 

Página 128 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 75 ‐ ETE Jabaeté 

 

 

No período entre outubro/2012 a setembro/2013 a ETE apresentou uma eficiência média 

de 68% em  termos de  remoção de DBO,  lançando no  corpo  receptor um efluente  com 

uma DBO média de 131,67 mg/L.  

O Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (PDES) previu a desativação da ETE Jabaeté. 

O  esgoto  atualmente  a  ela  afluente  será  recalcado  para  ser  tratado  na  ETE  Ulysses 

Guimarães.  

A Figura 76 a seguir, mostra o fluxograma do processo de tratamento da ETE 

 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

 

Figura 76 ‐ Fluxograma ETE Jabaeté 

 

 

Página 130 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.2.4. Corpo receptor 

O corpo receptor é o Córrego Jabaeté (afluente do Rio Jucu) e o ponto de lançamento está 

localizado  nas  coordenadas  geográficas:  359.752 m  E  /  7.738.889 m N  (Z  24K, Datum 

WGS 84). 

 

6.2.3. SES Jacarenema 

O  Sistema  de  Esgotamento  Sanitário  de  Jacarenema  foi  projetado  para  atender  o 

Conjunto  Residencial  Agesandro  da  Costa  Pereira,  atualmente  conhecido  por 

Jacarenema e foi implantado com recursos do FAT ‐ Fundo de Amparo ao Trabalhador. 

O  condomínio  é  constituído  em  três  áreas,  sendo  Jacarenema  I  com  108  residências, 

Jacarenema II com 84 residências e Jacarenema III com 96 residências, num total de 288 

casas residenciais.  

Atualmente o conjunto é atendido por 282 ligações de esgoto. 

 

6.2.3.1. Rede coletora de esgoto 

A rede coletora possui extensão total de 3.062 metros. 

 

6.2.3.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) 

Não há elevatórias neste sistema 

 

6.2.3.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) 

A  ETE  Jacarenema  opera  pelo  processo  de  tanque  séptico  ‐  filtro  biológico  com 

capacidade nominal de 1,8 L/s.  

A Figura 77 a seguir. mostra a localização da ETE Jacarenema. 

 

 

 

Página 131 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 77 ‐ ETE Jacarenema 

 

 

As unidades  componentes da ETE  são:  caixa de  areia,  gradeamento,  tanque  séptico  e 

filtro anaeróbio. 

Neste sistema não é feito monitoração de DBO. 

A Figura 78 a seguir mostra o processo de tratamento utilizado na ETE: 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 78 ‐ Processo de Tratamento da ETE Jacarenema 

 

 

Página 133 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.3.4. Corpo receptor  

O efluente final é lançado em um córrego sem nome (lança na drenagem) e o ponto de 

lançamento está localizado nas coordenadas geográficas: 360.669 m E / 7.741.781 m N (Z 

24K, Datum WGS 84). 

 

6.2.4. SES Ulysses Guimarães 

O sistema de esgotos sanitários Ulysses Guimarães atende os bairros Ulysses Guimarães 

(540 ligações) e João Goulart (ainda em fase de adesão ao sistema). Possui rede coletora 

com extensão de 5,9 km, 4 estações elevatórias e uma estação de tratamento de esgotos. 

 

6.2.4.1. Rede coletora de esgoto 

A  rede  coletora  de  esgotos  atende  os  bairros Ulysses Guimarães  e  João Goulart,  tem 

extensão total de 5.867 metros. 

 

6.2.4.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) 

O sistema possui 4 estações elevatórias conforme mostra o Quadro 15 a seguir: 

Quadro 15 ‐ EEEB 

EEEB

Bombas Q

(l/s)

Hman

(mca)

RECALQUE

FUNÇÃO

LOCALIZAÇÃO

Nº POT. (CV)

MARCA/ MODELO

Ø (mm)

EXT. (m)

Origem/ Destino

Lograd. Bairro

ULYSSES GUIMARÃES I

1+1R

10

Flygt CP

3127

20

11,3

200

840

Reverter/

U. Guimarães/

ETE

R. Luiz

Gonzaga

Ulisses Guimarães I

ULYSSES GUIMARÃES II

1+1R

12,5

ABS

15

250

1170

Reverter parte da coleta / própria

R.

Marcelino

Ulysses Guimarães II

JOÃO GOULART I

1+1R

2

ABS EJ80

Reverter/ J. Goulart/

ETE

Av.

Vasco Alves

João Goulart I

JOÃO GOULART II

1+1R

3

SPV

Reverter/ J.

Goulart/ ETE

Av.

Getúlio Vargas

João Goulart II

 

Todas as 4 estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).  

 

 

Página 134 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

6.2.4.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) 

A  ETE  operava  pelo  processo  de  lagoas  de  estabilização  no  tipo  sistema  australiano 

constituída por uma  lagoa anaeróbia seguida de uma  lagoa facultativa com capacidade 

nominal de 14,40 L/s. Recentemente, este processo  foi substituído por  reator anaeróbio 

de fluxo ascendente (UASB) seguido de biofiltro submerso aerado. A fase sólida, segue 

para aterro sanitário após processo de desaguamento em leitos de secagem, como mostra 

a Figura 79 a seguir: 

Figura 79 ‐ ETE Ulysses Guimarães 

 

 

Figura 80 ‐ Localização da ETE 

 

 

 

 

Página 135 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Atualmente,  a  ETE  é  constituída  das  seguintes  unidades:  dois  reatores  anaeróbios  de 

fluxo  ascendente  (UASB),  dois  biofiltros  aerados  submersos,  dois  decantadores 

secundários,  quatro  reatores  ultravioleta,  leitos  de  secagem  e  queimador  de  gás 

capacidade nominal de 30 L/s.  

Como  pré  tratamento  estão  instalados  gradeamento,  caixas  de  areia,  separador  de 

água/óleo. 

O lodo extraído do processo é disposto em leitos de secagem, de onde, após o deságue, 

segue para a destinação final adequada ema aterro sanitário, como mostra a Figura 81 a 

seguir: 

Figura 81 ‐ Leito de Secagem da ETE 

 

 

A Figura 82 a seguir mostra o fluxograma do processo de tratamento da ETE. 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 82 ‐ Fluxograma ETE Ulysses Guimarães 

 

 

Página 137 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

No período entre julho/2011 a junho/2012 a ETE apresentou uma eficiência média de 94% 

em termos de remoção de DBO, lançando no corpo receptor um efluente com uma DBO 

média de 9,92 mg/L. 

Com  a  implantação  do  novo  sistema  de  tratamento,  a  unidade  do  tipo  sistema 

australiano  deverá  ser  usada  como  área  de  deposição  de  material  proveniente  de 

limpeza de rede de esgoto, para promover seu aterramento, conforme documento Plano 

de Desativação da ETE Ulysses Guimarães apresentado a órgão ambiental (IEMA) ainda 

em fase de avaliação, conforme mostram as Figuras 83 e 84 a seguir:  

Figura 83 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães 

 

 

Figura 84 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães 

 

 

 

Página 138 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

6.2.4.4. Corpo receptor 

O  efluente  final  é  lançado  no  Canal  do  Congo  (afluente  do  Rio  Jucu)  e  o  ponto  de 

lançamento está localizado nas coordenadas geográficas: 359.752 m E / 7.738.839 m N (Z 

24K, Datum WGS 84). 

 

6.2.5. SES Vale Encantado 

O  sistema  de  esgotos  sanitários  Vale  Encantado  foi  implantado  pelo  PROSEGE  – 

Programa de Ação Social em Saneamento e atende parte do bairro Vale Encantado, com 

7  ligações  de  esgoto,  e  parte  do  bairro  Rio  Marinho  com  119  ligações  de  esgoto, 

perfazendo  um  total  de  126  ligações. O  sistema  é  composto  por  rede  de  coleta,  duas 

estações elevatórias e estação de tratamento de esgotos tipo reator anaeróbio, seguida de 

lagoa facultativa. 

 

6.2.5.1. Rede coletora de esgoto 

A rede coletora de esgotos atende parcialmente os bairros Vale Encantado e Rio Marinho 

e possui extensão total de 8.588 metros. 

 

6.2.5.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) 

O Quadro 16 a seguir, mostra as características das estações elevatórias: 

Quadro 16 ‐ Características das EE 

EEEB

BOMBAS Q (l/s)

Hman

(mca)

RECALQUE FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO

Nº POT. (CV)

Ø (mm)

MAT EXT (M)

Origem/ Destino

Lograd. Bairro

RIO MARINHO

1+1R

20

7,57

150

FºFº

225

Reverter

esgotos Rio Marinho/

EEEB Vale Encantado

R. Itapina

Rio

Marinho

VALE ENCANTADO

1+1R

40

54,89

20,5

250

FºFº

133

Reverter

esgotos Vale Encantado junto os da EEEB Rio

Marinho/ ETE

R. Águia

Branca/ R. Barra Nova

Vale

Encantado

 

As 2 estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).  

 

 

Página 139 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.5.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) 

A ETE opera pelo processo de  reator anaeróbio seguido de uma  lagoa  facultativa com 

capacidade nominal de 9,57 L/s, como mostra a Figura 85 a seguir:  

Figura 85 ‐ Vale Encantado 

 

 

Figura 86 ‐ Localização da ETE Vale Encantado 

 

 

O Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (PDES) previu a desativação desta ETE, sendo 

o esgoto recalcado para o SES Araçás. 

As unidades  componentes da ETE  são:  caixa de areia, gradeamento médio, um  reator 

anaeróbio de  fluxo ascendente  (UASB),  seguidos por uma  lagoa  facultativa e  leitos de 

secagem, ilustrados na Figura 87 a seguir:  

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Figura 87 ‐ Componentes ETE Vale Encantado 

 

 

Página 141 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

No período entre julho/2011 a junho/2012 a ETE apresentou uma eficiência média de 85% 

em termos de remoção de DBO, lançando no corpo receptor um efluente com uma DBO 

média de 26,25 mg/L. 

 

6.2.5.4. Corpo receptor  

O efluente final é lançado no Córrego do Carrefour (afluente do Rio Aribiri) e o ponto de 

lançamento está localizado nas coordenadas geográficas: 359.140 m E / 7.747.131 m N (Z 

24K, Datum WGS 84). 

 

6.2.6. SES Ewerton Montenegro 

O  sistema  de  esgotos  sanitários  Ewerton Montenegro  atende  o  Loteamento  Ewerton 

Montenegro. O SES Ewerton Montenegro é composto somente por rede coletora e uma 

elevatória, conforme descrito nos itens posteriores. Funciona, desta forma, como se fosse 

uma sub‐bacia cuja vazão é revertida pela EEE para a ETE Araçás. 

 

6.2.6.1. Rede coletora de esgoto 

 A rede coletora de esgotos do SES Ewerton Montenegro tem uma extensão de 775m. 

 

6.2.6.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) 

O SES Ewerton Montenegro possui 01 estação elevatória localiza‐se na Rua Principal do 

loteamento. As  características  principais  da  EEEB  podemos  observar  no Quadro  17  a 

seguir: 

Quadro 17 ‐ Características das Principais da EEEB 

EEEB

BOMBAS

Q

(l/s)

Hman

(mca)

RECALQUE FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO

Ø (mm)

MAT EXT (M)

Origem/ Destino

Lograd. Bairro

EWERTON MONTENEGRO

1+1R

1

10

100

FºFº

280

Reverter esgotos

Loteamento/ ETE Araças

Principal do loteamento

Loteamento

Ewerton Montenegro

 

 

6.2.7. SES Riviera Park 

O  sistema  de  esgotamento  sanitários  Riviera  Park  atende  o  loteamento  Riviera  Park 

Residence. Possui  rede coletora, uma estação de  tratamento e 5 estações elevatórias. A 

 

 

Página 142 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

capacidade  nominal  da  ETE  é  4,0  l/s  atendendo  uma  população  de  projeto  de  1.248 

habitantes. 

Ainda não existem contribuições de esgotos no sistema Riviera Park. 

 

6.2.8. Tratamento dos impactos sociais e ambientais 

Buscando aprimorar a  forma de  tratar os  impactos sociais e ambientais que surgem no 

processo de execução de sua atividade de coleta, tratamento e disposição final do esgoto 

o Quadro  18  a  seguir, mostra  como  estão  sendo  gerenciados  os  principais  impactos 

Sociais e Ambientais.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Página 143 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 18 ‐ Principais Impactos Sócios Ambientais 

IMPACTOS  GERENCIAMENTO

 

 

 

 

 

 

Execução de obras 

Tendo  como premissa  a  legislação vigente  e procedimentos do  Instituto Estadual de Meio Ambiente, 

desde a  fase de projeto, orientações são  fornecidas aos responsáveis pela execução das obras quanto à 

correta destinação dos resíduos gerados no processo da construção civil. Quando ocorre a disposição dos 

resíduos de forma inadequada é solicitada sua remoção e correta destinação. 

Foi  desenvolvido  Plano  de  Comunicação  Social  que  permite  o  relacionamento  contínuo  entre  as 

comunidades  e  as  empresas  envolvidas  nas  obras  de  intervenção.  A  ação  prioritária  é  esclarecer  à 

população  sobre  as  atividades  a  serem  implantadas pelo  empreendimento  e  contribuir para  eliminar 

e/ou amenizaras possíveis insatisfações geradas. 

Através  de  parcerias  com  instituições  públicas,  escolas,  organizações  comunitárias  e  ambientais  são 

estabelecidos canais diretos com população para divulgação das melhorias decorrentes da  implantação 

de  SAA  ou  SES.  São  realizadas  palestras,  exposições,  feiras  educativas,  semanas  culturais,  eventos 

culturais nas comunidades, seminários, encontro de lideranças comunitárias, reuniões informativas com 

moradores,  capacitação  de  agentes  comunitários  de  saúde  e  de  meio  ambiente,  capacitação  de 

professores,  cinema  na  comunidade,  visitas  técnicas  às  obras,  visitas  monitoradas  às  Estações  de 

Tratamento de Água e de Esgoto, abordagens domiciliares e divulgação do Call Center para registro de 

reclamações. 

 

Não  conformidade 

de  efluentes  de 

ETE 

O  monitoramento  da  qualidade  dos  efluentes  das  ETEs  é  uma  prática  operacional  rotineira  cuja 

frequência  de  coleta  de  amostras  e  parâmetros  a  serem  analisados  estão  estabelecidos  em  Plano  de 

Monitoramento. Nesse plano também está previsto o monitoramento de alguns corpos d’água, conforme 

exigência do Órgão Ambiental e legislação vigente. 

No caso dos efluentes das ETEs, se detectada não conformidade legal, é realizado diagnóstico. Uma vez 

detectada a origem da não conformidade, providencias são tomadas pela área operacional. 

 

Resíduos do SES 

Os  resíduos  grosseiros  e  areias  originados  na  operação  e manutenção  dos  Sistemas  de  Esgotamento 

Sanitário – SES (redes coletoras, elevatórias, unidades preliminares de ETEs) bem como os lodos gerados 

nas ETEs, que são de responsabilidade direta ou indireta da CESAN, são dispostos em aterros sanitários 

licenciados  ambientalmente.  Um  desses  aterros  participa  do  Programa  de  Mecanismo  de 

Desenvolvimento Limpo (MDL) 

 

Lodo de ETE 

Na busca por uma  alternativa  ambientalmente  correta para disposição do  lodo gerado nas ETEs  está 

sendo  implantada uma unidade piloto de produção de biossólidos  (lodo de ETE higienizado com cal) 

para uso na agricultura. 

 

Sonoro  e  visual de 

elevatórias 

Na fase de projeto, em função de situações específicas, algumas Estações Elevatórias são concebidas de 

forma  que  a  emissão  de  ruídos  atenda  no mínimo  às  exigências  contidas  na  legislação. Além  disso, 

visando  minimizar  o  impacto  visual,  algumas  são  concebidas  de  tal  forma  que  sua  estrutura 

arquitetônica se integre à paisagem local. 

Acidentes‐sinistros   As  ocorrências  são  acompanhadas por uma  equipe de  assistentes  sociais  que,  assessoradas  pela  área 

técnica,  definem  os  procedimentos  a  serem  adotados  para  o  atendimento  ao  reclamante,  podendo 

envolver remanejamento dos moradores, ressarcimento dos bens avariados e assistência médica. 

 

Odor 

Quando detectado, pela  força de  trabalho ou pela  comunidade, odores desagradáveis nas Estações de 

Tratamento de Esgoto (ETE) e Estações Elevatórias de Esgoto Bruto (EEEB) é elaborado um diagnóstico. 

Uma vez detectada a origem do odor, ajustes são realizados e em alguns casos são  instaladas redes de 

percepção de odor, de forma interativa com a comunidade. Em algumas situações específicas, já na fase 

de projeto, são previstas unidades de tratamento de odor. 

 

 

Lançamento  de 

esgoto  “in  natura” 

devido  a  não 

conexão  à  rede 

coletora 

Equipes da CESAN percorrem os bairros buscando identificar a disponibilidade de rede e não conexão 

por parte da população. Após a elaboração de relatório é realizada reunião com as comunidades para 

mostrar onde existe disponibilidade de  rede, os benefícios da  conexão do esgoto à  rede  coletora, bem 

como  as providências  que  serão  adotadas pela  empresa de  saneamento. Baseando‐se  na  legislação,  a 

CESAN  oficializa  o  pedido  de  conexão  ao  dono  do  imóvel  por meio  de  notificação,  com  prazo  de 

sessenta dias. Nova abordagem é feita para verificar o atendimento, positivo ou negativo, a notificação. 

Quando positivo,  imediatamente  é  implantada  a  tarifa. Quando negativo,  é  solicitado  apoio  junto  ao 

Órgão Ambiental Municipal ou Ministério Público. 

Elaboração e execução de Plano de Ligação de Esgoto visando mostrar para a população os benefícios em 

termos de qualidade de vida e de saúde, bem como a valoração do  imóvel. A metodologia baseia em 

ações  informativas  e  educativas,  além  da  formalização  de  parcerias  com  prefeituras  municipais  e 

Ministério Público. 

Lançamento 

indevido  de  água 

de  chuva  na  rede 

de esgoto 

Campanhas  de  esclarecimento  para  a  população  sobre  a  diferença  entre  redes  de  esgoto  e  redes  de 

drenagem e as consequências quanto ao uso indevido das redes. 

 

 

Página 144 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

6.2.9. Regras para recebimento de esgoto na rede pública 

A Norma 5490/2013 estabelece  regras para o despejo de esgoto não doméstico na  rede 

instalada  com  o  objetivo  de  evitar  impactos  como  obstrução  na  rede,  corrosão  das 

tubulações, ou aparecimento de bactérias multirresistentes nas estações de  tratamento, 

ou mesmo produtos químicos que possam afetar o tratamento. 

Esta Norma  5490/2013  foi  elaborada  tendo  como  base  a Resolução  008/10 da Agência 

Reguladora de Saneamento Básico e  Infraestrutura Viária do Espírito Santo – ARSI. A 

Resolução estabelece que “os despejos que, por sua natureza, não puderem ser lançados 

diretamente na rede pública coletora de esgoto, deverão, obrigatoriamente, ser tratados 

previamente pelo usuário titular, às suas expensas e de acordo com as normas vigentes”. 

 

6.3. SANEAMENTO BÁSICO NAS COMUNIDADES RURAIS DE VILA VELHA 

Vila Velha possui 53% de área  rural ou 111 km² de área. Cerca de 0,50 % do  total da 

população do município, ou seja, 2.018 habitantes conforme dados do último censo do 

IBGE,  se  localizam  na  área  rural  o  que  representa uma densidade demográfica de  18 

hab/km² bastante baixa.  

A baixa densidade ocupacional dificulta de sobremaneira o acesso aos sistema oficiais de 

abastecimento de água e esgotamento sanitário levando a soluções individualizadas e/ou 

de pequeno porte quer seja para o abastecimento de água e esgotamento sanitário. 

Deverão  ser  implementados planos de ação para as  comunidades  rurais de maneira a 

garantir  o  acesso  à  água  de  qualidade  e  a  coleta  e  tratamento  dos  esgotos.  Existem 

diversos  tipos  de  soluções  individualizadas  e/ou  coletivas  que  podem  e  devem  ser 

adotadas, mas que deverão ser implementadas após estudo prévio.  

Para a elaboração dos projetos hidráulico‐sanitários de estações de tratamento de esgoto 

deverão seguir as normas técnicas brasileiras, em especial a NBR 12.209 – ABNT. 

Também  deverão  ser  implementados  programas  de  controle  e  monitoramento  da 

qualidade  das  águas  disponibilizadas  à  população,  além  de  programas  de  educação 

ambiental evitando‐se dessa forma possíveis problemas de contaminação. 

 

6.4. INFORMAÇÕES COMERCIAIS E DE ATENDIMENTO AOS CLIENTES 

6.4.1. Atendimento a clientes 

O atendimento ao público é feito presencialmente na agência localizada à Rua Henrique 

Moscoso, nº 1.375, Loja 2, próximo à Pracinha de Vila Velha, como mostra a Figura 88 a 

seguir:  

 

 

 

Página 145 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 88 ‐ Fachada CESAN de Vila Velha   

 

 

Os principais canais de contado do cliente com a operadora são o telefone 115 e a agência 

virtual,  no  site  www.cesan.com.br,  de  onde  se  disponibilizam  consultas  de  débitos 

anteriores, emissão de segunda via de contas, solicitação ligação de água e esgoto, além 

de outros serviços. 

A Central de Atendimento ao Cliente funciona 24 horas, todos os dias da semana, para 

solicitar serviços, informações, fazer reclamações ou denúncias. 

Entre as facilidades que a Central de Atendimento disponibiliza estão: 

Informações sobre aferição de hidrômetro; 

Remanejamento de endereço; 

Informações sobre débitos em conta corrente; 

Informações sobre ligação de água e esgoto; 

Informações sobre suspensão de abastecimento de água a pedido do Cliente; 

Informações sobre separação de ligação de água; 

Informações sobre segunda via da conta de água; 

Denúncia de by pass (gato e/ou irregularidade na rede); 

Reclamação de falta de água e vazamento de esgoto na rua; 

Solicitação de carro‐pipa; 

Informação sobre consumo. 

 

 

 

 

 

Página 146 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Unidade móvel de atendimento 

A  Concessionária  dispõe  de  uma  unidade móvel  de  atendimento  nos  bairros  com  o 

objetivo  de  diminuir  o  deslocamento  dos  clientes  que  buscam  o  atendimento.  São 

oferecidos  todos  os  serviços  prestados  pelos  escritórios  de  atendimento,  como 

solicitações de ligação de água e esgoto, 2ª via de conta, parcelamentos de dívida, revisão 

de conta, alteração de conta, alteração de nome, avisos de vazamentos de água ou esgoto, 

entre outros. 

 

6.4.2. Tabela tarifária 

A ARSI  é  responsável por  analisar  o pleito da  concessionária  referente  ao  reajuste de 

tarifas dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. O estudo baseia‐

se  na  apuração dos  custos  incorridos  no período de  análise  a  fim de  se  chegar  a um 

índice de  reajuste que  repasse para  a  tarifa  os  efeitos  inflacionários que  impactam na 

sustentabilidade econômica e financeira da Concessionária.  

A  fórmula utilizada para  a  apuração do  índice de  reajuste  tarifário busca preservar o 

poder  aquisitivo  da  receita  da  empresa  que  tende  a  ser  impactado  por  pressões 

inflacionárias apuradas via índice de preços, além da evolução e repasse dos custos não 

administráveis. Trata‐se de um modelo já praticado por outras Agências Reguladoras do 

setor de saneamento básico. A metodologia utilizada pela ARSI nos reajustes de tarifas 

de abastecimento de água e esgotamento sanitário, prestado pela CESAN ‐ foi aprovada 

através de consulta pública 001/2011. 

A Tabela 16 a seguir, mostra a tabela tarifária em vigor com validade até 31 de Julho de 

2014. 

Tabela 16 ‐ Tabela Tarifária em Vigor 

 

 

 

Página 147 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Tarifa Social 

A  Tarifa  Social  é  um  desconto  que  vai  incidir  sobre  as  tarifas  de  água  e  esgoto  dos 

imóveis  classificados na  categoria RESIDENCIAL  cujos moradores  sejam  beneficiários 

do Programa Bolsa Família do Governo Federal ou que recebam o Benefício de Prestação 

Continuada da Assistência Social – BPC (art. 20 da Lei Nº 8.742, de 07/12/1993): 

I. Desconto de 60% para a parcela de consumo de água até 15 m³. 

II. Desconto de 20% para a parcela do consumo compreendida entre 16 m³ e 20 (vinte) m³  

 

Pagamento de faturas 

As faturas de água e serviços da podem ser pagas em Bancos, Casas Lotéricas, Agências 

dos  CORREIOS,  Caixas  Eletrônicos,  nos  sites  dos  bancos  conveniados  e  na  Rede  de 

agentes arrecadadores. 

 

 

Página 148 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

7. ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE 

7.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 

Os  sistemas de captação e  tratamento de água estão em boas condições de operação e 

manutenção,  salvo  algumas  ações  pontuais  em  adutora  de  água  bruta,  estrutura  de 

reservatórios e algumas estruturas civis nas ETA.  

Nas  ETA  uma maior  automação  das  dosagens  e  de medidores  on  line  de  qualidade, 

poderia ser considerada. Destaque‐se também a necessidade de maior segurança com os 

sistemas de cloração e a ausência em algumas unidades de  sistema de  recuperação de 

água de  lavagem  e desidratação de  lodo. Há  também  a necessidade de  se  concluir os 

procedimentos  administrativos  necessários  junto  ao  IEMA  para  obtenção  das  licenças 

ambientais das ETA Vale Esperança e Cobi. 

Algum  reforço  de  rede  e  adução  de  água  tratada  se  faz  necessário. A  instalação  de 

Válvulas Redutoras de Pressão (VRP)  juntamente com automação e telemetria, também 

deve ser considerada.  

Segundo dados extraídos do SNIS o número estimado de ligações e economias de água 

em Vila Velha em 2011, encontra‐se registrado na Tabela 17 a seguir. Há informações de 

ainda existir mais de 3.700 ligações inativas. 

Tabela 17 ‐ Número Estimado de Ligações e Economias de Água 

CATEGORIASÁGUA

LIGAÇÕES ECONOMIAS 

Residencial  86.221  154.698 

Comercial  5.133  7.934 

Industrial  330  359 

Pública  1.061  1.179 

TOTAL  92.744 164.170

 

Os números declarados no SNIS permitem concluir que a cobertura de abastecimento de 

água  total  no município  é de  aproximadamente  96%,  sendo  que  na  área urbana  é de 

100%.  Entende‐se  como  cobertura  o  atendimento  à  população  que  contribui  para  o 

faturamento da companhia.  

Neste trabalho, para efeito de cálculo das demandas e das estruturas necessárias para a 

prestação dos serviços, será somente considerada cobertura sobre a população urbana do 

município, ou seja em 100% até o final de plano. 

Vale  desde  já  destacar  que  ocorre  em  algumas  áreas  isoladas  na  área  urbana  do 

município e em algumas épocas do ano, intermitência no abastecimento de água, ou seja 

o fator “regularidade de abastecimento” comprometido. 

 

 

Página 149 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

De  acordo  com  a  Portaria Nº  2914/2011  intermitência  é  a  interrupção  do  serviço  de 

abastecimento  de  água,  sistemática  ou  não,  que  se  repete  ao  longo  de  determinado 

período, com duração igual ou superior a seis horas em cada ocorrência. 

Atualmente, segundo a concessionária os bairros que apresentam alguma  intermitência 

são:  Praia  da  Costa,  Boa  Vista,  Ataíde  e  Aribiri.  Sendo  que  nos  dois  últimos  a 

intermitência ocorre nas regiões de cota elevada. 

As  perdas,  cuja  redução  sempre  é  o  maior  desafio  na  maioria  das  companhias  de 

abastecimento, parecem estar controladas. Conforme apresentado no capitulo 9, item 9.2 

– Perdas Totais, do presente documento.  

 

7.2. SISTEMA DE COLETA, AFASTAMENTO E TRATAMENTO DE ESGOTO. 

De maneira geral, o sistema está bem operado e mantido. 

Como  ponto  crítico,  a  enorme  quantidade  de  ligações  factíveis,  com  os  clientes 

resistentes à adesão ao sistema coletor. Expondo ao risco de contaminações e de poluição 

ao meio ambiente. 

Outro ponto crítico é a necessidade de providenciar as  licenças ambientais de algumas 

estações  de  tratamento  de  esgoto.  Cita‐se  aqui  que  as  Estações  de  Vale  Encantado, 

Jabaeté e o Sistema de Jacarenema, que ainda não possuem Licença Ambiental. 

Não há informações sobre as estatísticas de manutenção/obstrução de rede e ramais, de 

forma que não há como concluir sobre o estado atual da  rede de coleta. Sabe‐se que o 

cadastro técnico necessita ser atualizado. 

O principal problema observado no  sistema de esgotamento  sanitário está  relacionado 

com  situação  das  estações  elevatórias,  pois  algumas  delas  estão  localizadas  em  áreas 

sujeitas a alagamentos quando ó índice pluviômetro for maior. Por exemplo, 9 estações 

elevatórias apresentaram problemas de inundação quando das últimas chuvas ocorridas 

no  início  do  ano  de  2014,  e  4  apresentaram  algum  tipo  de  problemas  relacionados  a 

paralisação.  Dessa  forma,  é  necessário  adequar  as  estações  à  esse  tipo  de  situação, 

principalmente protegendo a parte elétrica a  fim de evitar acidentes e paralisações por 

períodos longos. 

No  curto  prazo  deverão  ser  realizados  estudos  específicos  para  redimensionar  as 

estações elevatórias levando em conta a situação atual e futura. Estima‐se que, dentro de 

um horizonte de projeto de  30  anos,  a população  fixa de Vila Velha passe dos  atuais 

436.000 para  550.000  aproximadamente,  ou  seja, uma  crescimento de  114.000 pessoas. 

Esse  crescimento  populacional  acarretará  em  aumento  dos  esgotos  gerados  e 

consequentemente no agravamento da situação atual das estações elevatórias. 

 

 

Página 150 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Outro ponto relevante está relacionado a questão das contribuições  indevidas de águas 

de chuva nos esgotos. Como é comum em sistemas de esgotamento sanitário, e em Vila 

Velha  não  é  diferente,  existem  problemas  relacionados  à  contribuição  clandestina  de 

água de chuva no esgoto.  

O sistema brasileiro de esgotamento sanitário opera com o chamado separador absoluto, 

ou  seja,  água  de  chuva  e  esgoto  não  se misturam. Porém  observa‐se  que  em  dias de 

chuva mais  intensa  ocorre  o  extravasamento  de  esgoto  em  alguns  pontos  das  redes 

coletoras do município. Isso se deve aos lançamentos clandestinos de água de chuva na 

rede  coletora. Como a  rede  coletora não está dimensionada para  esse acrescimento de 

vazão  ocorre  o  extravasamento  dos  esgotos muitas  vezes  pelo  tampão  dos  poços  de 

visita outras vezes dentro de residências localizadas em cotas mais baixas. 

Esses extravasamentos causam graves problemas operacionais ao sistema, e ambientais 

para a população e para o meio ambiente. 

Outro  ponto  importante  é  que  contribuições  clandestinas  acarretam  em  elevação  dos 

custos  operacionais,  uma  vez  que  o  sistema  estará  transportando  e  tratando  também 

água de chuva ao invés de somente esgoto sanitário.  

O  combate  aos  lançamentos  clandestinos  deverá  ser  feito de maneira  conjunta  com  o 

poder público (prefeitura), concessionária (operador do sistema) e população. 

É  fundamental que o poder público coloque em execução política pública de educação 

ambiental orientando os usuários/população das práticas que podem e não podem  ser 

executadas, esclarecendo a população dos riscos envolvidos. 

Importante destacar  que  o  inverso  também  ocorre,  ou  seja,  lançamento de  esgoto  em 

galerias de águas pluviais. Em muitos casos, onde as galerias de águas pluviais  foram 

implantadas antes das redes coletoras de esgoto as ligações de esgoto foram executadas 

diretamente nas tubulações de águas pluviais porem, quando da implantação das redes 

coletoras  de  esgotos,  essas  ligações  não  foram  desfeitas  e  o  esgoto  continua  sendo 

lançado nas galerias acarretando na contaminação do meio ambiente. 

Caberá  a  concessionária  dos  serviços  elaborar  e  executar  plano  de  caça‐lançamentos 

clandestinos  onde,  por meio  de  testes  específicos  (fumaça,  corante,  televisionamento, 

etc.),  identifique os possíveis  lançamentos clandestinos e elabore estudos para elimina‐

los.  

 

 

Página 151 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

8. EVOLUÇÃO POPULACIONAL 

No  Plano  Diretor  de  Esgoto,  concluído  em  2009,  havia  sido  projetada  a  evolução 

populacional que norteou as demandas daquele  trabalho. Nele o período do horizonte 

do estudo compreendeu um intervalo de 35 anos, iniciando então em 2000 e finalizando 

em 2035. 

As projeções populacionais foram realizadas através do método de componentes, o qual 

incorpora  as  informações  sobre  as  tendências  da  mortalidade,  da  fecundidade  e  da 

migração extraídas dos censos de 1991 e 2000. 

Este  método  baseia‐se  na  interação  das  variáveis  demográficas  e  pressupõe  o 

acompanhamento das coortes de pessoas através da construção de tábuas de vida. 

Uma das principais vantagens desse método em comparação com os métodos globais de 

projeção  é  que  ele  permite  a  estimativa  da  população  por  faixa  etária;  além  disso, 

possibilita um maior controle das variáveis que afetam o crescimento populacional o que 

é  fundamental  para  o  planejamento  na  medida  em  que  permite  estimar  demandas 

sociais. 

Para o município de Vila Velha esta metodologia resultou na estimativa de crescimento 

exposta na Tabela 18 a seguir:  

Tabela 18 – Evolução Populacional 

ANO  POPULAÇÃO ANO POPULAÇÃO 

2000  345.351    2018  486.454 

2001  353.446    2019  492.840 

2002  361.730    2020  499.309 

2003  370.209    2021  504.271 

2004  378.886    2022  509.282 

2005  387.767    2023  514.343 

2006  395.917    2024  519.454 

2007  404.238    2025  524.616 

2008  412.734    2026  527.945 

2009  421.409    2027  531.295 

2010  430.266    2028  534.666 

2011  437.521    2029  538.059 

2012  444.899    2030  541.473 

2013  452.402    2031  543.454 

2014  460.031    2032  545.441 

2015  467.788    2033  547.436 

2016  473.929    2034  549.438 

2017  480.151    2035  551.447 

 

 

 

 

Página 152 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Em  2010,  o  IBGE  realizou  novo  censo  que  acusou  para  o município  de Vila Velha  a 

população de  414.586 habitantes. Comparando‐se  com o número obtido na  estimativa 

populacional do Plano Diretor de Esgoto para o mesmo ano de 2010, encontra‐se 430.266, 

ou seja, menos de 16.000 habitantes, o que corresponde a 3,6%. 

Neste  trabalho,  para  o  horizonte  de  estudo  de  30  anos  e  iniciando  em  2014,  será 

necessária a projeção até o ano de 2043. 

Procurou‐se então corrigir a pequena diferença apontada no censo de 2010, e refazer a 

estimativa de crescimento, utilizando a mesma inclinação da curva do Plano Diretor de 

Esgoto (PDE), de modo que se obtivessem curvas semelhantes. 

A Figura 89 a seguir mostra o resultado deste procedimento. 

Figura 89 ‐ Gráfico Evolução Populacional 

  

Desta forma, estaremos adotando neste trabalho os números de habitantes para cada ano 

resultantes desta equação, expressos então na Tabela 19 a seguir: 

 

 

 

 

 

 

 

 

Página 153 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Tabela 19 ‐ Habitantes para cada Ano 

ANO  POPULAÇÃO ANO POPULAÇÃO 

2010  414.586    2027  510.348 

2011  421.898    2028  514.355 

2012  429.833    2029  518.164 

2013  436.523    2030  521.768 

2014  442.704    2031  525.164 

2015  448.771    2032  528.347 

2016  454.719    2033  531.313 

2017  460.540    2034  534.057 

2018  466.227    2035  536.577 

2019  471.774    2036  538.870 

2020  477.175    2037  540.931 

2021  482.422    2038  542.758 

2022  487.510    2039  544.349 

2023  492.432    2040  545.702 

2024  497.183    2041  546.814 

2025  501.756    2042  547.687 

2026  506.146    2043  548.321 

 

Segundo os dados do IBGE 2010, a urbanização da cidade é alta, perto de 99,5%. Para a 

estimativa  da  população  urbana,  foi  considerada  que  esta  taxa  de  urbanização 

permanecerá inalterada até o final do plano. 

A Tabela 20 a seguir, explicita a população urbana em cada ano: 

 

 

Página 154 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Tabela 20 ‐ Projeções das Populações 

Ano População 

Total 

Taxa 

Crescimento

Taxa 

Urbanização

População 

Urbana 

Fixa 

2.015  448.771  1,325%  99,500%  446.572 

2.016  454.719  1,280%  99,500%  452.491 

2.017  460.540  1,235%  99,500%  458.283 

2.018  466.227  1,190%  99,500%  463.942 

2.019  471.775  1,145%  99,500%  469.462 

2.020  477.175  1,100%  99,500%  474.837 

2.021  482.422  1,055%  99,500%  480.058 

2.022  487.510  1,010%  99,500%  485.121 

2.023  492.432  0,965%  99,500%  490.019 

2.024  497.183  0,920%  99,500%  494.747 

2.025  501.756  0,875%  99,500%  499.297 

2.026  506.146  0,830%  99,500%  503.666 

2.027  510.348  0,785%  99,500%  507.847 

2.028  514.355  0,741%  99,500%  511.835 

2.029  518.164  0,696%  99,500%  515.625 

2.030  521.768  0,651%  99,500%  519.211 

2.031  525.164  0,606%  99,500%  522.591 

2.032  528.347  0,561%  99,500%  525.758 

2.033  531.313  0,516%  99,500%  528.710 

2.034  534.057  0,472%  99,500%  531.440 

2.035  536.577  0,427%  99,500%  533.948 

2.036  538.870  0,382%  99,500%  536.230 

2.037  540.931  0,338%  99,500%  538.280 

2.038  542.758  0,293%  99,500%  540.098 

2.039  544.349  0,249%  99,500%  541.682 

2.040  545.702  0,204%  99,500%  543.028 

2.041  546.814  0,160%  99,500%  544.135 

2.042  547.687  0,112%  99,500%  545.003 

2.043  548.300  0,100%  99,500%  545.613 

 

 

 

 

Página 155 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

O Plano Diretor de Esgoto citado também fez projeções para a população flutuante no 

município. 

A  análise  da  população  flutuante  é  importante  em  um  plano  diretor  de  esgotos  na 

medida  em que há necessidade de  se  avaliar o  impacto decorrente da presença dessa 

população sobre a geração de efluentes. 

A estimativa e a projeção da população  flutuante  tiveram como base duas análises: os 

dados  de  domicílios  de  uso  ocasional  provenientes  do  censo  demográfico  e  pesquisa 

sobre características da população que visita a região. 

Vila Velha foi destacada neste plano por não possuir caráter turístico tão marcante. 

Para  estimar  a  população  flutuante  de  uma  região  é  importante  conhecer  as 

características do turismo local, tendo em vista a existência de diferenças na taxa média 

de ocupação, considerando‐se a sazonalidade se ela é semanal ou anual. Nos casos em 

que  a  sazonalidade  é  semanal  a  ocupação média  dos  domicílios  de  uso  ocasional  se 

aproxima da ocupação média dos residentes. Já na sazonalidade anual, como a ocupação 

concentra‐se nos meses de férias ou nas festas de fim de ano, a ocupação é sensivelmente 

maior. Do ponto de vista do abastecimento a sazonalidade semanal implica em pico de 

consumo no fim de semana e a sazonalidade anual transfere o pico de consumo para os 

meses de férias. 

O resumo deste estudo está representado na Tabela 21 a seguir:  

Tabela 21 ‐ Ano versus População Flutuante 

Ano  2010  2015  2020  2025  2030  2035 

População flutuante  42.068  45.340  50.081  53.419  55.423  57.426 

 

Apesar de que o acréscimo da população  flutuante  seja  significativo  (cerca de 10% da 

população total,), neste trabalho ele não será considerado pelos seguintes motivos: 

As grandes estruturas de ETE, linhas de recalque, EEE, etc., foram dimensionadas 

tomando em consideração a população fixa e flutuante. 

As  novas  extensões  de  rede  e  as  novas  ligações  têm  pouca  influência  com  a 

população flutuante. 

Outro  fator  que  sofre  a  influência da população  flutuante  é  o  faturamento dos 

diferentes  meses  do  ano.  Porém  não  conhecemos  os  histogramas  mensais  de 

volumes  e valores  faturados. Os números  que  conhecemos  são  os  extraídos do 

SNIS, que informa valores anuais totais, ou seja, que já incorporam os consumos e 

faturamento da população flutuante.  

 

 

 

 

 

Página 156 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

9. METAS E OBJETIVOS  

A  proposição  para  a modernização  do  sistema  de  água  e  esgoto  no município  será 

estruturada em obediência à Lei Federal nº 11.445, de 5 de  janeiro de 2007, em especial 

no que preconiza os princípios fundamentais da prestação de serviço: a universalização 

do  acesso,  a  integralidade,  a  eficiência  e  sustentabilidade  econômica,  a  utilização  de 

tecnologias  apropriadas,  a  transparência  das  ações,  o  controle  social  e  a  qualidade  e 

regularidade. 

O foco será a reordenação dos sistemas de abastecimento de água e de esgotos sanitários 

de modo  a  adequar  seus  componentes na  forma proposta, para  atender  às demandas 

atuais e futuras e complementando‐os se necessário. Também serão revistos os processos 

administrativos e de gestão, pensando no atendimento da população nos próximos 30 

anos previstos para este projeto. 

As principais metas a serem alcançadas são: 

Manter a universalização de atendimento em abastecimento de água; 

Universalizar o atendimento em coleta e tratamento de esgoto; 

Diminuir o índice de perdas totais; 

Garantir a segurança, qualidade e regularidade nos serviços prestados; 

Minimizar riscos de contaminação ambiental por efluentes da ETAs e da ETEs; 

Preservação dos recursos hídricos locais. 

 

Neste trabalho, para efeito de cálculo das demandas e das estruturas necessárias para a 

prestação dos serviços, será somente considerada cobertura sobre a população urbana do 

município, ou seja em 100% até o final de plano. 

Atualmente  os  principais  corpos  d’água  que  abastecem  a Grande Vitória,  o  Jucu  e  o 

Santa  Maria,  estão  sendo  objeto  de  estudos  para  receberem  nova  classe  de 

enquadramento, o que precisa ser entendido não somente como classificação, mas como 

um instrumento de planejamento.  

 

9.1. COBERTURA DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 

Os números declarados no SNIS permitem concluir que a cobertura de abastecimento de 

água  total  no município  é de  aproximadamente  96%,  sendo  que  na  área urbana  é de 

100%.  Entende‐se  como  cobertura  o  atendimento  à  população  que  contribui  para  o 

faturamento  da  concessionária.  Esse  índice  deve  manter‐se  em  100%  para  a  área 

urbana.ou  seja  os  investimentos  devem  acompanhar  a  evolução  populacional.  A 

qualidade da água fornecida deve atendar aos padrões da ANVISA e CONAMA. 

 

 

 

Página 157 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

A  intermitência,  que  atualmente  ocorre  em  Praia  da  Costa,  Boa  Vista,  e  nas  regiões 

elevadas  de Ataíde  e Aribiri,  deverá  ser  combatida. Considerando  que  ela  ocorre  em 

algumas áreas isoladas na área urbana do município e em algumas épocas do ano, tem‐

se  como meta  a  eliminação  dos  pontos  de  intermitência.  Para  isso  será  necessária  a 

construção de reservatórios e setorização dos mesmos. 

Nos  locais em que frequentemente ocorre o rompimento de rede, deverá ser avaliada a 

necessidade de substituição da tubulação.  

 

9.2. PERDAS TOTAIS 

Em  sistemas  públicos  de  abastecimento,  do  ponto  de  vista  operacional,  as  perdas  de 

água são consideradas correspondentes aos volumes não contabilizados. Estes englobam 

tanto as perdas  físicas, que representam a parcela não consumida, como as perdas não 

físicas, que correspondem à água consumida e não registrada. 

As  perdas  físicas  originam‐se  de  vazamentos  no  sistema,  envolvendo  a  captação,  a 

adução de água, o  tratamento, a reservação, a adução de água  tratada e a distribuição, 

além  de  procedimentos  operacionais  como  lavagem  de  filtros  e  descargas  na  rede 

quando estes provocam consumos superiores ao estritamente necessário para operação. 

As  perdas  não  físicas  originam‐se  de  ligações  clandestinas  ou  não  cadastradas, 

hidrômetros parados ou que submedem, fraudes em hidrômetros e outras. São também 

conhecidas  como  perdas  de  faturamento,  uma  vez  que  seu  principal  indicador  é  a 

relação entre o volume disponibilizado e o volume faturado. 

A redução das perdas físicas permite diminuir os custos de produção ‐ mediante redução 

do  consumo  de  energia,  de  produtos  químicos  e  outros  ‐  e  utilizar  as  instalações 

existentes para aumentar a oferta sem expansão do sistema produtor.  

A  redução  das  perdas  não  físicas  permite  aumentar  a  receita  tarifária, melhorando  a 

eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro do prestador de serviços. 

No  caso  de  Vila  Velha,  os  dados  disponíveis  são  insuficientes  para  uma  definição 

detalhada do índice de perdas, visto que o índice de hidrometração é pouco menor que 

100% e não se sabe exatamente o grau de submedição destes equipamentos graças à sua 

idade média elevada. Além disso, os consumos são desconhecidos para as  ligações não 

hidrometradas, o que denota a  impossibilidade de  se  fazer uma apuração da  situação 

real  do  sistema  de  abastecimento  de  água  quanto  às  perdas  efetivas. Acrescente‐se  a 

estes fatores, o desconhecimento do funcionamento dos macromedidores instalados. 

Atualmente  a  concessionária  vem  fazendo  investimentos  significativos  em  ações  e 

diretrizes  previstas  no  Plano  Diretor  de  Controle  e  Redução  de  Perdas,  conforme 

apresentado no Quadro 19 a seguir. 

 

 

Página 158 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 19 ‐ Controle e Redução de Perdas da CESAN 

 ATIVIDADES

 

Ações Básicas 

Setorização 

Cadastro Técnico 

Macromedição 

Sistemas de Gestão 

Desenvolvimento de Recursos Humanos 

 

Ações de Suporte 

Telemetria e Telecomando do Sistema e de Grandes Clientes 

Gestão da Qualidade dos Materiais 

Novos Critérios de Projetos de Engenharia e Obras 

 

Ações  de  Combate  a 

Perda Real 

Gerenciamento da Infraestrutura 

Controle Ativo de Vazamentos 

Controle de Pressão e de Nível de Reservatório 

Agilidade e Qualidade na Eliminação do Vazamento 

 

Ações  de  Combate  a 

Perda Aparente 

Reduzir o Erro de Medição 

Melhoria do Sistema Comercial 

Universalização da Micromedição 

Regularizar as Ligações Clandestinas 

Pesquisa Sistemática e Regularização de Fraudes 

Vistoria em Ligações Inativas 

 

Segundo  o  SNIS  os volumes  anuais de  abastecimento de  água,  conforme  a Tabela  22 

abaixo, são:  

Tabela 22 ‐ Volumes Anuais 

VOLUMES (1000 m3/ano) 

MACROMEDIDO  CONSUMIDO 

41.474  29.369 

 

Dos dados da Tabela 22, pode‐se concluir que as perdas totais do sistema são de 29,2%. 

É  um  índice  reconhecidamente  baixo,  pois  a média  brasileira  em  2010  e  2011  foi  de 

38,8%, segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. 

Como o balanço hídrico do sistema é desconhecido, adotou‐se para efeito deste trabalho 

que o índice de perdas totais esteja quase que igualmente distribuído entre perdas reais e 

aparentes, porém com uma tendência a que as perdas reais sejam levemente superiores. 

Assim, a Figura 91 a seguir demonstra os valores adotados para cada componente das 

perdas.  

 

 

Página 159 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 90 ‐ Valores Adotados para cada Componente 

 

 

Com os dados explicitados na figura anterior, se observa que para se obter tais índices, o 

volume efetivamente consumido, ou seja, o volume que realmente chega nas economias, 

é 34.881 mil m³/ano. 

Este volume, divididos pela população atendida em 2013  (100% da população urbana), 

ou  seja  434.383  habitantes,  produzem  como  per  capita  220  l/hab.dia  como  volume 

consumido, número que julgamos compatível com o atual estado do sistema. Este é o per 

capita que será utilizado nas projeções. 

A Figura 92 a seguir demonstra a evolução de redução de perdas  totais proposta para 

este plano. Destaca‐se que os índices estão calculados entre os volumes disponibilizados 

e volumes micromedidos.  

Figura 91 ‐ Evolução de Redução de Perdas 

 

 

 

Página 160 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

O gráfico de perdas representa a meta de redução de perdas totais, de 29,2% para 25%, e 

redução das perdas aparentes, de 15% para 12% nos primeiros anos, ambas estabilizadas 

a partir do ano 2019. 

 

DEFINIÇÕES DO SNIS: 

Volume de água consumido ‐ Volume anual de água consumido por todos os usuários, 

compreendendo  o  volume  micromedido  (AG008),  o  volume  de  consumo  estimado  para  as 

ligações desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado, acrescido do volume de água 

tratada exportado para outro prestador de serviços. Não deve ser confundido com o volume de 

água faturado, pois para o cálculo deste último, os prestadores de serviços adotam parâmetros 

de  consumo  mínimo  ou  médio,  que  podem  ser  superiores  aos  volumes  efetivamente 

consumidos. Unidade: 1.000 m³/ano. 

Volume de água macromedido  ‐ Valor da  soma dos volumes anuais de água medidos 

por meio  de macromedidores  permanentes:  na(s)  saída(s)  da(s)  ETA(s),  da(s) UTS(s)  e  do(s) 

poço(s), bem como no(s) ponto(s) de entrada de água tratada importada, se existirem. Unidade: 

1.000 m³/ano. 

 

9.3. COBERTURA DO SERVIÇO DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO 

O Sistema de Esgotamento Sanitário existente no Município de Vila Velha no Município 

de Vila Velha  é  constituído por  redes  coletoras,  elevatórias de  esgoto  bruto  (EEEB)  e 

estações  de  tratamento  ‐  ETE.  Esta  estrutura  comporta  os  seguintes  sistemas  de 

esgotamento  sanitário  –  SES: Araçás,  Jabaeté,  Jacarenema, Ulysses  Guimarães  e  Vale 

Encantado. 

Segundo dados da concessionária, estão sendo realizadas ações para ampliar o índice de 

atendimento, que visa mobilizar a população beneficiada pelos sistemas de esgotamento 

sanitário a efetivar as ligações dos imóveis à rede pública coletora de esgoto implantada 

na Grande Vitória. 

O programa  é atividade prioritária da  concessionária  e  tem  como meta  efetuar 80 mil 

ligações, que serão disponibilizadas com o fim do Programa Águas Limpas, até 2014 na 

Grande  Vitória  (não  foram  disponibilizados  dados  específicos  do município  de  Vila 

Velha). Estão ainda previstas a possibilidade das obras de ligações serem gratuitas para 

pessoas  que  recebem  pelo  Programa  Bolsa  Família,  pelo  Benefício  de  Prestação 

Continuada ou moram em áreas de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). 

De acordo  com a  concessionária  cerca de 51% da população  já  tem a  rede de  coleta à 

disposição à porta de seus lotes. Porém, apenas 37% da população estão conectadas. 

Na  Figura  93  a  seguir  é mostrada  a  evolução do  índice de  cobertura de  esgotamento 

sanitário proposto neste plano:  

 

 

Página 161 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Figura 92 ‐ Evolução do Índice de Cobertura de Esgotamento 

 

 

As metas  ilustradas  no  gráfico  acima  preveem  os  serviços  de  coleta  e  tratamento  de 

esgoto passando por dois saltos relevantes no atendimento à população, o primeiro no 

ano 2018  com o atingimento de  80% no atendimento  e o  segundo no ano 2030  com a 

universalização. 

 

9.4. QUALIDADE, ATUALIDADE E REGULARIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS 

Além dos  itens quantitativos  listados, há que  se  considerar  como metas os  índices de 

qualidade e regularidade dos serviços prestados. 

Impedir a falta da de água parcial ou generalizada, a intermitência e as descontinuidades 

constantes deve  ser uma das principais metas para  o  operador. Devem‐se  estabelecer 

planos  de  compromissos  para  regularização  do  abastecimento,  resolvendo  problemas 

estruturais (falta de infraestrutura adequada) e criando planos de contingência até a sua 

regularização. 

A condição de regularidade pressupõe a garantia do fornecimento de água ininterrupto 

na quantidade necessária, bem como coleta e afastamento de esgoto sem extravasamento 

ou refluxo. 

A  condição de atualidade pressupõe na garantia de que a  capacidade dos  sistemas de 

abastecimento  de  água  e  esgotamento  sanitário  seja  adequada  para  o  atendimento  à 

demanda  por  serviços,  bem  como  para  a modernidade  das  técnicas,  equipamentos  e 

instalações. 

A modernidade das  técnicas  implica em utilização de  tecnologia adequada à realidade 

do sistema, devendo o prestador manter‐se atualizado com relação a novas tecnologias 

 

 

Página 162 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

de processos, analisando a sua adequabilidade e viabilidade de implantação no sistema 

público de água e esgoto. 

Para  os  clientes,  é  importante  que  o  prestador  de  serviço  tenha  infraestrutura  para 

atender  aos  usuários  de  forma  presencial,  telefônica  e  eletrônica;  cabe  à  agência 

reguladora  estabelecer  normas  e  procedimentos,  definir  os  tempos  de  atendimento 

máximos para cada tipo de demanda e elaborar pesquisas qualitativas e quantitativas de 

satisfação dos clientes no mínimo a cada dois anos, visando melhorias no atendimento e 

na prestação dos serviços. 

Estas metas estarão definidas no  capítulo que  trata de “indicadores”, embora as ações 

para tal cumprimento já tenham sido contempladas no plano de ações. 

 

 

 

Página 163 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

10. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIAS 

As ações de contingência contemplam  todas as hipóteses acidentais  identificadas,  suas 

conseqüências  e medidas  efetivas para o desencadeamento das  ações de  controle. Sua 

estrutura  contempla  os  procedimentos  e  recursos,  humanos  e materiais,  de modo  a 

propiciar  as  condições para  adoção de  ações,  rápidas  e  eficazes, para  fazer  frente  aos 

possíveis  acidentes  causados durante  a  operação dos  serviços de  água  e  esgotamento 

sanitário, anomalias operacionais e imprevisíveis que surgirem.  

As ações buscam descrever as estruturas disponíveis e estabelecer as formas de atuação 

da  Operadora  em  exercício  tanto  de  caráter  preventivo  como  corretivo  procurando 

elevar  o  grau  de  segurança  e  a  continuidade  operacional  das  instalações  afetas  aos 

serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Na operação e manutenção 

dos  sistemas de abastecimento de água  e de  esgotos  sanitários do município  efetuado 

pela operadora em exercício serão utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão 

no sentido de prevenir ocorrências indesejadas por meio de controles e monitoramentos 

das condições físicas das instalações e dos equipamentos visando minimizar ocorrências 

de sinistros e interrupções na prestação dos serviços. 

Em  caso de ocorrências atípicas, que extrapolem a  capacidade de atendimento  local, a 

Operadora em exercício deverá dispor de todas as estruturas de apoio com mão de obra, 

materiais, equipamentos, de suas áreas de manutenção estratégica, das áreas de Gestão, 

Projetos  e  de  toda  área  que  se  fizerem  necessárias,  inclusive  áreas  de  suporte  como 

comunicação, marketing, suprimentos e tecnologia da informação dentre outras, visando 

a correção dessas ocorrências atípicas, para que os sistemas de abastecimento de água e 

de  esgotamento  sanitário  do  município  tenham  a  segurança  e  a  continuidade 

operacional. 

As  ações  de  caráter  preventivo,  em  sua maioria,  buscam  conferir  grau  adequado  de 

segurança aos processos e instalações operacionais evitando descontinuidade. Como em 

qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de situações 

imprevistas. As  obras  e  os  serviços  de  engenharia  em  geral,  e  os  de  saneamento  em 

particular,  são planejados  respeitando‐se determinados níveis de  segurança  resultados 

de experiências anteriores e expressos na legislação ou em normas técnicas. 

A Operadora em exercício disponibilizará os instrumentos necessários para atendimento 

as situações de contigências e a estrutura de  responsabilidade para  tomada de decisão 

durante uma situação de emergência. Além disso, deve estabelecer procedimentos que 

permitam  agilizar  as  ações  com  eficácia  nos  locais  onde  ocorrer  os  imprevistos, 

reduzindo ao mínimo o perigo potencial de lesões, mortes, danos à propriedade, ao meio 

ambiente e a  toda coletividade. Deverá ainda,  informar e estabelecer os procedimentos 

corretos a serem tomados em caso de emergências diversas. 

 

 

Página 164 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

No caso dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município 

de Vila Velha foram identificados os principais tipos de ocorrências, as possíveis origens 

e as ações a serem desencadeadas, mostrados nos quadros que seguem. 

O Quadro 20 a seguir mostra as principais ocorrências, origem e ações de contingência 

para os Sistemas de Abastecimento de Água. 

Quadro 20 ‐ Principais Ocorrências para SAA 

OCORRÊNCIA  ORIGEM AÇÕES DE CONTINGÊNCIA 

 

 

 

 

 

 

 

 

FALTA D’ÁGUA 

GENERALIZADA 

Inundação  das  captações  de  água  com 

danificação  de  equipamentos 

eletromecânicos / estruturas. 

Deslizamento  de  encosta  / 

movimentação do solo / solapamento de 

apoios  de  estruturas  com 

arrebentamento  da  adução  de  água 

bruta. 

Interrupção  prolongada  no 

fornecimento  de  energia  elétrica  nas 

instalações de produção de água. 

Vazamento  de  cloro  nas  instalações  de 

tratamento de água. 

Qualidade  inadequada  da  água  dos 

mananciais. 

Ações de vandalismo. 

Verificação  e  adequação  de 

plano  de  ação  às 

características  da 

ocorrência. 

Comunicação à população  / 

instituições  /  autoridades  / 

Defesa Civil. 

Comunicação à polícia. 

Comunicação  à  operadora 

de energia elétrica. 

 Deslocamento  de  frota  de 

caminhões tanque. 

Controle de água disponível 

em reservatórios. 

Reparo  das  instalações 

danificadas. 

Implementação  de  rodízio 

de abastecimento. 

Implementação  do  PAE 

cloro. 

 

 

 

 

 

FALTA D’ÁGUA 

PARCIAL OU 

LOCALIZADA 

Deficiências de água nos mananciais. 

Interrupção temporária no fornecimento 

de  energia  elétrica  nas  instalações  de 

produção de água. 

Interrupção no  fornecimento de energia 

elétrica em setores de distribuição. 

Danificação  de  equipamentos  de 

estações elevatórias de água tratada. 

Danificação  de  estruturas  de 

reservatórios  e  elevatórias  de  água 

tratada. 

Rompimento de redes e  linhas adutoras 

de água tratada. 

Ações de vandalismo. 

Verificação  e  adequação  de 

plano  de  ação  às 

características  da 

ocorrência. 

Comunicação à população  / 

instituições / autoridades. 

Comunicação à polícia. 

Comunicação  à  operadora 

de energia elétrica. 

Deslocamento  de  frota  de 

caminhões tanque. 

Reparo  das  instalações 

danificadas. 

Transferência de água entre 

setores de abastecimento. 

 

O Quadro 21 a seguir mostra as principais ocorrências, origem e ações de contingência 

para os Sistemas de Esgotamento Sanitário. 

 

 

 

 

Página 165 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 21 ‐ Principais Ocorrências para SES 

OCORRÊNCIA  ORIGEM AÇÕES DE CONTINGÊNCIA 

 

 

PARALISAÇÃO DA 

ESTAÇÃO DE 

TRATAMENTO DE 

ESGOTO 

 

Interrupção no  fornecimento de energia 

elétrica nas instalações de tratamento. 

Danificação  de  equipamentos 

eletromecânicos / estruturas. 

Ações de vandalismo. 

Comunicação  à  operadora 

de energia elétrica. 

Comunicação aos órgãos de 

controle ambiental. 

Comunicação à polícia. 

Instalação de  equipamentos 

reserva. 

Reparo  das  instalações 

danificadas. 

 

EXTRAVASAMENTOS 

DE ESGOTOS EM 

ESTAÇÕES 

ELEVATÓRIAS 

Interrupções no fornecimento de energia 

elétrica  nas  instalações  de 

bombeamento. 

Danificação  de  equipamentos 

eletromecânicos / estruturas. 

Ações de vandalismo. 

Comunicação aos órgãos de 

controle ambiental. 

Comunicação à polícia. 

Instalação de  equipamentos 

reserva. 

Reparo  das  instalações 

danificadas. 

ROMPIMENTO DE 

LINHAS DE 

RECALQUE, 

COLETORES TRONCOS  

Desmoronamentos  de  taludes  e/ou 

paredes de canais. 

Erosões de fundo de vales. 

Rompimento de travessias. 

Comunicação aos órgãos de 

controle ambiental. 

Reparo  das  instalações 

danificadas. 

 

OCORRÊNCIA DE 

RETORNO DE 

ESGOTOS EM IMÓVEIS 

 

 

Lançamento  indevido de águas pluviais 

em redes coletoras de esgoto. 

Obstruções em coletores de esgoto. 

Comunicação  à  vigilância 

sanitária. 

Execução  dos  trabalhos  de 

limpeza. 

Reparo  das  instalações 

danificadas, 

 

Grande parte da mitigação destes riscos está contemplada no Plano de Ações. 

 

 

Página 166 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

11. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO ADOTADOS 

Os dados que balizaram o presente estudo foram obtidos junto à Prefeitura Municipal de 

Vila Velha e CESAN, e através de pesquisas junto a consultores e técnicos especializados. 

Quaisquer esclarecimentos ou complementos que se façam necessários, especialmente os 

eventuais ajustes neste relatório decorrentes de informações que venham a ser prestadas 

ou  complementadas  pela  CESAN,  serão  incorporadas  após  análise  em  revisões 

posteriores. 

Adotou‐se  a  população  como  o  parâmetro  de  referência  para  as  projeções.  Sobre  os 

valores  de  população,  ano  a  ano,  foram  aplicados  os  demais  parâmetros  de  cálculo 

(índices, coeficientes, taxas, etc.) obtendo‐se, então, os consumos e as demandas futuras 

de água bem como as vazões de esgoto coletadas e veiculadas  (acrescidas da vazão de 

infiltração). 

Alguns  parâmetros  atuais  foram  adotados  como  constantes  para  todo  o  período  do 

prognóstico, enquanto outros foram impostos como variáveis de acordo com os critérios 

e motivos expostos. 

 

11.1. COEFICIENTES DIA E HORA DE MAIOR CONSUMO 

Os consumos de água, como se sabe, variam ao longo do tempo em função de demandas 

concentradas e de variações climáticas. Os coeficientes de dia e hora de maior consumo 

refletem, respectivamente, os consumos máximo diário e máximo horário ocorridos em 

um ano, período este ao qual se associa o denominado consumo médio. 

Para a apuração destes coeficientes é necessário que existam dados de vazões produzidas 

ao  longo  de  pelo menos  um  ano,  com  registros  de  suas  variações  diárias  e  horárias. 

Como não há estes registros, não é possível se fazer uma apuração da real situação local. 

Com a  falta de  elementos para apuração destes  coeficientes, usualmente adotam‐se os 

coeficientes bibliográficos e recomendados pelas normas técnicas da ABNT, que são: 

Coeficiente de Dia de Maior Consumo: K1 = 1,20 

Coeficiente de Hora de Maior Consumo: K2 = 1,50 

Estes são, portanto, os coeficientes adotados neste trabalho. 

Obtido o consumo médio anual, obtém‐se o consumo máximo diário pela multiplicação 

do consumo médio por K1, e o consumo máximo horário pela multiplicação do consumo 

máximo diário por K2. 

 

 

 

Página 167 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

11.2. CONSUMO PER CAPITA 

Quando  tratamos do  índice de perdas, demonstramos que o atual consumo per capita 

provável é 220 l/hab.dia. 

O valor de  consumo per  capita pode  sofrer alterações em  função de diversos  fatores  ‐ 

dentre os quais o preço da água, a mudança do perfil sócio‐econômico da população, a 

mudança de hábitos da população,  etc. Entretanto, quando a  intermitência do  sistema 

estiver sanada, certamente haverá mudança de hábitos de consumo. 

Desta  forma,  foi definida a conservação do volume efetivamente consumido per capita 

com os atuais 220 litros por habitante por dia durante todos os anos do plano. 

 

11.3. COEFICIENTE DE RETORNO ESGOTO/ÁGUA 

A relação usualmente adotada no setor é de 80%, valor este recomendado pelas normas 

técnicas da ABNT. Para este estudo, admitiremos o mesmo valor: Cr = 80% 

 

11.4. TAXA INFILTRAÇÃO 

Esta taxa é determinante para uma melhor estimativa das vazões de esgotos veiculadas 

pelo  sistema.  Conceitualmente,  representa  a  vazão  de  água  do  subsolo  ou  de  chuva 

infiltrada nas redes coletoras, coletores‐tronco, interceptores e emissários por suas juntas 

e PVs. 

Os valores usuais praticados atendem à recomendação da norma da ABNT e dependem 

das  características  locais  do  lençol  freático  e  do  tipo  de  solo,  bem  como  do material 

utilizado na rede coletora. Normalmente, situam‐se na faixa de 0,05 a 0,5 L/s/km de rede. 

Valores mais baixos são praticados em áreas com  lençol freático profundo e tubulações 

de PVC. 

Para efeito de cálculos estaremos utilizando 0,15 L/s.km 

A  extensão  per  capita  da  rede  de  esgoto  adotada,  que  gerou  os  valores  dos  quadros 

seguintes, serão explanadas oportunamente na sequência deste trabalho. 

 

11.5. EXTENSÃO DE REDE DE ÁGUA 

Os dados atuais de rede de água e de ligações totais resultam em perto de 14 metros de 

rede por ligação de água.  

Porém, consideramos que a cidade está adensada e, portanto, para novas  ligações será 

necessária extensão mais reduzida de rede. 

 

 

Página 168 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Para as novas redes, estabeleceu‐se por critério que as extensões para as novas ligações 

seguiriam sempre o mesmo índice de 10 metros/por ligação até o ano 30. A quantidade 

resultante,  bem  como  o  referencial metros/ligação,  encontra‐se  projetada  na  tabela  de 

quantidades. 

 

11.6. EXTENSÃO DE REDE DE ESGOTO 

Para o dimensionamento de  rede utilizou‐se o  indicador de 21 metros para  cada nova 

ligação,  que  é  a  relação  atual. Devido  a  existência  de  redes  instaladas  e  de  ligações 

factíveis, foi considerado que esta relação irá decair até a relação 10m/ligação (ano 7), ou 

seja a mesma utilizada à media obtida para rede de água.  

 

11.7. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA 

Tabela 23 ‐ Projeção das Demandas de Água 

Ano 

POPULAÇÃO 

PROJETO 

(hab) 

ATENDIMENTO 

ÁGUA 

POPULAÇÃO 

ABASTECIDA 

(hab) 

VAZÃO MÉDIA 

MICROMEDIDA 

(L/S) 

VAZÃO 

MÉDIA 

CONSUMIDA 

(L/s) 

ÍNDICE DE 

PERDAS 

TOTAIS  

VAZÃO 

MÉDIA 

PRODUZIDA 

(L/s) 

VAZÃO DIA 

> CONSUMO 

(L/s) 

2014  440.535  100,00%  440.535  ‐  ‐  29,2%  ‐  ‐ 

2015  446.572  100,00%  446.572  943  1.065,00  28,50%  1.319,00  1.503,89 

2016  452.491  100,00%  452.491  958  1.079,00  27,80%  1.327,00  1.523,66 

2017  458.283  100,00%  458.283  973  1.093,00  27,10%  1.334,00  1.543,43 

2018  463.942  100,00%  463.942  987  1.106,00  26,40%  1.342,00  1.561,78 

2019  469.462  100,00%  469.462  1.002  1.119,00  25,70%  1.348,00  1.580,14 

2020  474.837  100,00%  474.837  1.015  1.131,00  25,00%  1.353,00  1.597,09 

2021  480.058  100,00%  480.058  1.028  1.145,00  25,00%  1.371,00  1.616,86 

2022  485.121  100,00%  485.121  1.041  1.159,00  25,00%  1.388,00  1.636,63 

2023  490.019  100,00%  490.019  1.053  1.173,00  25,00%  1.404,00  1.656,40 

2024  494.747  100,00%  494.747  1.065  1.187,00  25,00%  1.421,00  1.676,16 

2025  499.297  100,00%  499.297  1.077  1.200,00  25,00%  1.436,00  1.694,52 

2026  503.666  100,00%  503.666  1.089  1.213,00  25,00%  1.451,00  1.712,88 

2027  507.847  100,00%  507.847  1.100  1.225,00  25,00%  1.466,00  1.729,82 

2028  511.835  100,00%  511.835  1.110  1.237,00  25,00%  1.480,00  1.746,77 

2029  515.625  100,00%  515.625  1.121  1.248,00  25,00%  1.494,00  1.762,30 

2030  519.211  100,00%  519.211  1.130  1.259,00  25,00%  1.507,00  1.777,84 

2031  522.591  100,00%  522.591  1.140  1270,00  25,00%  1.520,00  1.793,37 

2032  525.758  100,00%  525.758  1.149  1.280,00  25,00%  1.532,00  1.807,49 

2033  528.710  100,00%  528.710  1.158  1.289,00  25,00%  1.543,00  1820,20 

2034  531.440  100,00%  531.440  1.166  1.298,00  25,00%  1.554,00  1.832,91 

2035  533.948  100,00%  533.948  1.173  1.307,00  25,00%  1.564,00  1.845,62 

2036  536.230  100,00%  536.230  1.181  1.315,00  25,00%  1.574,00  1.856,91 

2037  538.280  100,00%  538.280  1.187  1.322,00  25,00%  1.583,00  1.866,80 

2038  540.098  100,00%  540.098  1.193  1.329,00  25,00%  1.591,00  1.876,68 

2039  541.682  100,00%  541.682  1.199  1.336,00  25,00%  1.599,00  1.886,57 

2040  543.028  100,00%  543.028  1.204  1.342,00  25,00%  1.606,00  1.895,04 

2041  544.135  100,00%  544.135  1.2091  1.347,00  25,00%  1612,00  1.902,10 

2042  545.003  100,00%  545.003  1.213  1.351,00  25,00%  1.618,00  1.907,75 

2043  545.613  100,00%  545.613  1.217  1.356,00  25,00%  1.623,00  1.914,81 

2044  546.224  100,00%  546.224  1.220  1.359,00  25,00%  1.627,00  1.919,05 

 

 

 

Página 169 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

11.8. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE COLETA DE ESGOTO 

Tabela 24 ‐ Projeção das Vazões de Coleta de Esgoto 

Ano 

POPULAÇÃO 

PROJETO 

(hab) 

ATENDIM 

ESGOTO 

POPULAÇÃO 

ESGOTADA 

(hab) 

VAZÃO MÉDIA 

MICROMEDIDA 

(L/S) 

VAZÃO MÉDIA 

COLETADA 

S/INFILTRAÇÃO 

(L/s) 

EXTENSÃO 

DA REDE 

(m) 

VAZÃO DE 

INFILT. 

(L/s) 

VAZÃO 

MÉDIA DE 

ESGOTO 

(L/s) 

VAZÃO 

MÁXIMA 

DIÁRIA 

(L/s) 

VAZÃO 

MÉDIA 

ESGOTO 

TRATADO 

(L/s) 

2014  440.535.  40,00%  176.214  ‐  ‐  381.438  ‐  ‐  ‐  ‐ 

2015  446.572  50,00%  223.286  302  273  451.220  68  341  396  341 

2016  452.491  60,00%  180.996  373  336  519.407  78  414  481  414 

2017  458.283  68,00%  229.142  475  427  618.404  93  520  605  520 

2018  463.942  80,00%  278.365  581  520  725.609  109  629  733  629 

2019  469.462  80,00%  319.234  670  598  823.076  123  722  841  722 

2020  474.837  80,00%  379.870  806  713  960.998  144  858  1.000  858 

2021  480.058  81,00%  384.046  813  725  990.162  149  873  1.019  873 

2022  485.121  81,00%  388.097  825  736  1.020.403  153  889  1.036  889 

2023  490.019  81,00%  396.915  848  756  1.063.257  159  915  1.066  915 

2024  494.747  81,00%  400.745  860  767  1.096.983  165  931  1.085  931 

2025  499.297  81,00%  404.431  873  778  1.132.537  170  948  1.104  948 

2026  503.666  81,00%  407.969  882  786  1.167.216  175  961  1.118  961 

2027  507.847  85,00%  411.356  891  794  1.203.875  181  975  1.134  975 

2028  511.835  90,00%  414.586  900  802  1.242.722  186  988  1.148  988 

2029  515.625  93,00%  438.281  953  849  1.337.380  201  1.050  1.220  1.050 

2030  519.211  98,00%  467.290  1.018  907  1.411.272  212  1.119  1.300  1.119 

2031  522.591  98,00%  486.010  1.061  945  1.459.530  219  1.164  1.353  1.164 

2032  525.758  98,00%  515.243  1.126  1.004  1.533.540  230  1.234  1.435  1.234 

2033  528.710  98,00%  518.136  1.135  1.011  1.542.794  231  1.243  1.444  1.243 

2034  531.440  98,00%  521.105  1.143  1.018  1.551.559  233  1.251  1.455  1.251 

2035  533.948  98,00%  523.269  1.150  1.025  1.559.783  234  1.259  1.464  1.259 

2036  536.230  98,00%  525.505  1.157  1.031  1.567.494  235  1.266  1.472  1.266 

2037  538.280  98,00%  527.514  1.164  1.037  1.574.665  236  1.273  1.480  1.273 

2038  540.098  98,00%  529.296  1.170  1.043  1.581.319  237  1.280  1.489  1.280 

2039  541.682  98,00%  530.848  1.176  1.048  1.587.437  239  1.286  1.496  1.286 

2040  543.028  98,00%  532.167  1.181  1.052  1.593.014  239  1.291  1.501  1.291 

2041  544.135  98,00%  533.252  1.185  1.056  1.598.053  240  1.296  1.507  1.296 

2042  545.003  98,00%  534.103  1.189  1.060  1.602.566  240  1.300  1.5012  1.300 

2043  545.613  98,00%  534.701  1.193  1.063  1.606.529  241  1.304  1.517  1.304 

2044  546.224  98,00%  535.300  1.196  1.066  1.609.979  242  1.307  1.521  1.307 

 

 

Página 170 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

11.9. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO 

Tabela 25 ‐ Projeção das Vazões de Tratamento de Esgoto 

Ano 

POPULAÇÃO 

PROJETO 

(hab) 

ATENDIMENTO 

ESGOTO 

POPULAÇÃO 

ESGOTADA  

COM 

TRATAMENTO

(hab) 

VAZÃO 

MÉDIA DE 

ESGOTO 

(L/s) 

VAZÃO 

MÁXIMA 

DIÁRIA 

(L/s) 

VAZÃO 

MÉDIA 

ESGOTO 

TRATADO 

(L/s) 

2014  440.535  40%  176.214  ‐  ‐  ‐ 

2015  446.572  50%  223.286  341  396  341 

2016  452.491  60%  180.996  414  481  414 

2017  458.283  68%  229.142  520  605  520 

2018  463.942  80%  278.365  629  733  629 

2019  469.462  80%  319.234  722  841  722 

2020  474.837  80%  379.870  858  1.000  858 

2021  480.058  81%  384.046  873  1.019  873 

2022  485.121  81%  388.097  889  1.036  889 

2023  490.019  81%  396.915  915  1.066  915 

2024  494.747  81%  400.745  931  1.085  931 

2025  499.297  81%  404.431  948  1.104  948 

2026  503.666  81%  407.969  961  1.118  961 

2027  507.847  85%  411.356  975  1.134  975 

2028  511.835  90%  414.586  988  1.148  988 

2029  515.625  93%  438.281  1.050  1.220  1.050 

2030  519.211  98%  467.290  1.119  1.300  1.119 

2031  522.591  98%  486.010  1.164  1.353  1.164 

2032  525.758  98%  515.243  1.234  1.435  1.234 

2033  528.710  98%  518.136  1.243  1.444  1.243 

2034  531.740  98%  521.105  1.251  1.455  1.251 

2035  533.948  98%  523.269  1.259  1.464  1.259 

2036  536.230  98%  525.505  1.266  1.472  1.266 

2037  538.280  98%  527.514  1.273  1.480  1.273 

2038  540.098  98%  529.296  1.280  1.489  1.280 

2039  541.682  98%  530.848  1.286  1.496  1.286 

2040  543.028  98%  532.167  1.291  1.501  1.291 

2041  544.135  98%  533.252  1.296  1.507  1.296 

2042  545.003  98%  534.103  1.300  1.512  1.300 

2043  545.613  98%  534.701  1.304  1.517  1.304 

2044  546.224  98%  535.300  1.307  1.521  1.307 

 

11.10. EVOLUÇÃO DAS ECONOMIAS E LIGAÇÕES 

A Tabela 26 a seguir mostra os dados atuais das economias: 

 

 

 

 

 

 

Página 171 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Tabela 26 ‐ Dados Atuais de Economias 

ÁGUA

CATEGORIAS  LIGAÇÕES  %  ECONOMIAS  % 

Residencial  86.221  92,97  154.698  94,23 

Comercial  5.133  5,53  7.934  4,83 

Industrial  330  0,36  359  0,22 

Pública  1.061  1,14  1.179  0,72 

TOTAL  92.745  100,00 164.170  100,00

 

As  Tabelas  27  e  28  sintetizam  a  evolução  do  número  de  economias  e  ligações  de 

abastecimento de água e esgotamento sanitário. 

Tomou‐se como base a população a ser atendida a cada ano e adotou‐se para a redução 

da densidade (habitantes por domicílio) do atual índice 2,81 para 2,70 no ano 30, ou seja 

as famílias estão constituídas cada vez com menos membros, fenômeno mostrado pelos 

Censos do IBGE. 

Os dados do quadro  acima  também demonstram que  as  economias  chamadas de não 

residenciais  (comerciais,  industriais e públicas)  são 5,77% das  totais. Para  se calcular a 

evolução de economias não residenciais atendidas, adotou‐se que este percentual até o 

final de plano. 

Por  fim,  para  chegar  ao  número  de  ligações,  partiu‐se  do  índice  economias/ligações 

atuais 1,8 e o mantivemos até o  final de plano. Para as economias e  ligações de esgoto 

partiu‐se dos  índices atuais, mas que  com a  evolução do atendimento de  igualam aos 

índices apresentados para o abastecimento de água. 

Levando‐se em conta que a atual cobertura de esgoto encontra‐se concentrada na região 

central da cidade, onde normalmente se dá uma maior incidência de casas comerciais, é 

lógico pensar  que  com  a universalização,  a  cobertura de  esgoto,  se  estenderá para  os 

bairros onde se também já concentram as ligações residenciais.  

Desta forma, foi prevista uma involução do índice de outras economias, até que se iguale 

aos índices adotados para abastecimento de água e seguindo desta forma até o final de 

plano.  

As tabelas seguintes mostram a evolução das economias e ligações adotadas neste plano. 

 

 

 

 

 

 

Página 172 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

EVOLUÇÃO DE ECONOMIAS– ÁGUA 

Tabela 27 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Água 

Ano 

População 

Total 

(hab) 

Atendimento 

ÁGUA (%) 

População 

Atendida 

ÁGUA 

(hab.) 

Hab/Econ 

ÁGUA 

(hab/econ) 

EconRes/Econ

Total ÁGUA 

(%) 

No 

Economias 

ÁGUA 

No ECON 

ÁGUA Cat. 

Residencial 

No ECON 

ÁGUA Cat. 

Residencial 

Soc 

No ECON 

ÁGUA 

Cat. 

Comercial 

No ECON 

ÁGUA 

Cat. 

Industrial

No ECON 

ÁGUA 

Cat. 

Público 

2014  440.535  100%  440.535  2.810  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

2015  446.572  100%  446.572  2,803  91,2  164.265  149.862  4.927  7.938  359  1.179 

2016  452.491  100%  452.491  2,796  90,7  166.808  151.347  5.838  8.061  365  1.197 

2017  458.283  100%  458.283  2,790  90,2  169.315  152.776  6.772  8.182  370  1.215 

2018  463.942  100%  463.942  2,780  89,7  171.784  154.143  7.730  8.302  376  1.233 

2019  469.462  100%  469.462  2,780  89,2  174.213  155.453  8.710  8.419  381  1.250 

2020  474.837  100%  474.837  2,770  89,2  176.595  157.579  8.829  8.534  386  1.267 

2021  480.058  100%  480.058  2,760  89,2  178.932  159.664  8.946  8.647  391  1.284 

2022  485.121  100%  485.121  2,750  89,2  181.219  161.704  9.060  8.758  396  1.301 

2023  490.019  100%  490.019  2,750  89,2  183.454  163.698  9.172  8.866  401  1.317 

2024  494.747  100%  494.747  2,740  89,2  185.634  165.644  9.281  8.971  406  1.332 

2025  499.297  100%  499.297  2,730  89,2  187.756  167.536  9.387  9.074  411  1.348 

2026  503.666  100%  503.666  2,730  89,2  189.819  169.379  9.490  9.173  415  1.362 

2027  507.847  100%  507.847  2,720  89,2  191.818  171.161  9.590  9.270  420  1.377 

2028  511.835  100%  511.835  2,710  89,2  193.754  172.888  9.687  9.364  424  1.391 

2029  515.625  100%  515.625  2,710  89,2  195.623  174.556  9.781  9.454  428  1.404 

2030  519.211  100%  519.211  2,700  89,2  197.422  176.161  9.871  9.541  432  1.417 

2031  522.591  100%  522.591  2,690  89,2  199.149  177.703  9.957  9.624  436  1.429 

2032  525.758  100%  525.758  2,680  89,2  200.802  179.178  10.040  9.704  439  1.441 

2033  528.710  100%  528.710  2,680  89,2  202.380  180.584  10.119  9.781  443  1.453 

2034  531.440  100%  531.440  2,670  89,2  203.879  181.924  10.193  9.853  446  1.463 

2035  533.948  100%  533.948  2,660  89,2  205.299  183.190  10.264  9.922  449  1.474 

2036  536.230  100%  536.230  2,660  89,2  206.636  184.384  10.331  9.986  452  1.483 

2037  538.280  100%  538.280  2,650  89,2  207.891  185.503  10.394  10.047  455  1.492 

2038  540.098  100%  540.098  2,640  89,2  209.060  186.546  10.453  10.103  457  1.501 

2039  541.682  100%  541.682  2,640  89,2  210.143  187.512  10.507  10.156  460  1.508 

2040  543.028  100%  543.028  2,630  89,2  211.137  188.400  10.556  10.204  462  1.515 

2041  544.135  100%  544.135  2,620  89,2  212.042  189.207  10.602  10.247  464  1.522 

2042  545.003  100%  545.003  2,610  89,2  212.857  189.934  10.642  10.287  466  1.528 

2043  545.613  100%  545.613  2,610  89,2 213.581  190.580  10.679  10.322  467  1.533 

2044  546.224  100%  546.224  2,600  89,3 214.212  191.228  10.716  10.357  468  1.538 

 

 

 

 

 

 

Página 173 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

EVOLUÇÃO DE ECONOMIAS– ESGOTO 

Tabela 28 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Esgoto 

Ano 

População 

Total 

(hab.) 

Atendimento 

ESGOTO (%) 

População 

Atendida 

ESGOTO 

(hab.) 

Hab/Econ 

ESGOTO 

(hab./econ.) 

Econ.Res./Econ. 

Total ESGOTO 

(%) 

No 

Economias 

ESGOTO 

No ECON 

ESGOTO 

Cat. 

Residencial

No ECON 

ESGOTO 

Cat. 

Residencial 

Soc 

No ECON 

ESGOTO 

Cat. 

Comercial 

No ECON 

ESGOTO 

Cat. 

Industrial

No ECON 

ESGOTO 

Cat. 

Público 

2014  440.535  40%  176.214  2,810  93,00  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

2015  446.572  50%  223.286  2,803  93,20  53.096  49.487  1.592  1.690  76  251 

2016  452.491  60%  180.996  2,796  92,50  65.492  60.581  2.292  2.194  99  326 

2017  458.283  68%  229.142  2,790  91,80  83.270  76.444  3.330  2.929  132  435 

2018  463.942  80%  278.365  2,780  91,10  101.594  92.554  4.571  3.744  169  556 

2019  469.462  80%  319.234  2,780  90,40  117.011  105.780  5.850  4.508  203  670 

2020  474.837  80%  379.870  2,770  90,20  139.837  126.136  6.991  5.622  254  834 

2021  480.058  81%  384.046  2,760  90,00  141.985  127.788  7.099  5.946  269  883 

2022  485.121  81%  388.097  2,750  89,83  144.103  129.442  7.205  6.277  283  896 

2023  490.019  81%  396.915  2,750  89,63  148.015  132.661  7.400  6.694  303  957 

2024  494.747  81%  400.745  2,740  89,43  150.092  134.222  7.504  7.040  318  1.008 

2025  499.297  81%  404.431  2,730  89,20  152.130  135.702  7.606  7.390  334  1.098 

2026  503.666  81%  407.969  2,730  89,20  153.802  137.193  7.690  7.471  338  1.110 

2027  507.847  85%  411.356  2,720  89,20  155.422  138.638  7.771  7.550  341  1.122 

2028  511.835  90%  414.586  2,710  89,20  156.991  140.038  7.849  7.626  345  1.133 

2029  515.625  93%  438.281  2,710  89,20  166.332  148.371 8 

316 8.080  365  1.200 

2030  519.211  98%  467.290  2,700  89,20  177.736  158.542  8.886  8.634  391  1.283 

2031  522.591  98%  486.010  2,690  89,20  185.267  165.260  9.263  9.000  407  1.337 

2032  525.758  98%  515.243  2,680  89,20  196.849  175.591  9.842  9.562  433  1.421 

2033  528.710  98%  518.136  2,680  89,20  198.395  176.970  9.919  9.638  436  1.432 

2034  531.440  98%  521.105  2,670  89,20  199.865  178.281  9.993  9.709  439  1.443 

2035  533.948  98%  523.269  2,660  89,20  201.256  179.522  10.062  9.777  442  1.453 

2036  536.230  98%  525.505  2,660  89,20  202.567  180.692  10.128  9.840  445  1.462 

2037  538.280  98%  527.514  2,650  89,20  203.798  181.790  10.189  9.900  448  1.471 

2038  540.098  98%  529.296  2,640  89,20  204.944  182.812  10.247  9.956  450  1.479 

2039  541.682  98%  530.848  2,640  89,20  206.005  183.758  10.300  10.007  453  1.487 

2040  543.028  98%  532.167  2,630  89,20  206.980  184.627  10.349  10.055  455  1.494 

2041  544.135  98%  533.252  2,620  89,20  207.868  185.420  10.393  10.098  457  1.500 

2042  545.003  98%  534.103  2,610  89,20  208.667  186.132  10.433  10.137  459  1.506 

2043  545.613  98%  534.701  2,610  89,20  209.375  186.765  10.468  10.171  460  1.511 

2044  546.224  98%  535.300  2,600  89,20  210.085  187.400  10.503  10.205  461  1.516 

 

 

 

 

 

 

Página 174 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

 

12. APURAÇÃO DAS NECESSIDADES FUTURAS 

As  necessidades  futuras,  estimadas  de  acordo  com  os  critérios  antes  expostos,  estão 

condensadas  nos  quadros  apresentados  a  seguir.  Destaca‐se  que  as  “ampliações” 

correspondem ao atendimento de novas demandas e as “substituições” correspondem às 

necessidades  para  conservação  dos  sistemas  existentes  em  condições  ótimas  de  uso  e 

operação. 

 

12.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 

Preliminarmente  à  apresentação  da  evolução  das  necessidades  de  produção  e  das 

unidades que a compõem, é muito importante observar que o PDA data do ano 2000, e 

que ao longo dos anos, as demandas então consideradas, podem ter sofrido modificações 

devido a diversos  fatores,  como por  exemplo, hábitos de  consumo,  índices de perdas, 

população flutuante, etc. 

A Tabela 29 a seguir mostra a capacidade das Estações de Tratamento que abastecem à 

RMGV.  

Tabela 29 ‐ Capacidade das Estações que Abastecem a RMGV 

SUBSISTEMA  ETA CAPACIDADE 

NOMINAL (L/s) 

CAPACIDADE 

MÁXIMA (L/s) 

JUCU  Vale Esperança  3300  4000 

Cobi  900  900 

Subtotal  4200  4900 

CAÇAROCA  Caçaroca  395  396 

Subtotal  395  396 

TOTAL  4595 5296

 

Os sistemas produtores atendem não somente ao Município de Vila Velha, mas também 

a outros que compõem a RMGV.  

A  ETA  Cobi,  que  segundo  o  Plano Diretor  seria  desativada,  foi  reformada  em  2005, 

tendo  sua  capacidade de produção mantida  em  900 L/s,  o que provavelmente deverá 

modificar  as  ações propostas,  especificamente para  o  item produção de  água. O PDA 

previa em 2020, entre outras ações, melhorias de ampliação da ETA Vale Esperança em 

mais 1000 L/s, ampliação da 3ª adutora do Baixo Recalque DN 1.300 m e  instalação de 

mais um conjunto moto‐bomba no Alto Recalque P = 1.100cv. 

 

 

Página 175 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

O Plano Diretor também preconizou a  integração dos subsistemas Caçaroca e Ponta da 

Fruta,  com  água  produzida  pelo  Subsistema  Caçaroca.  O  Subsistema  Caçaroca  foi 

recentemente  ampliado  e  melhorado  através  do  Projeto  Águas  Limpas.  As  obras 

seguiram o escopo preconizado no Plano Diretor e  forneceram  respaldo no  sentido de 

solucionar os problemas de abastecimento da região, inclusive possibilitando a absorção 

do subsistema Ponta da Fruta. O funcionamento deste subsistema com capacidade para 

suprir adequadamente a demanda  requerida, elimina qualquer sobrecarga eventual do 

subsistema Jucu, permitindo a concessionária redirecionar o atendimento e consolidar as 

setorizações na distribuição.  

Desta  forma,  para  uma  avaliação mais  concreta  das  necessidades  futuras  do  sistema 

produtor,  seria  necessária  a  atualização  de  consumo  das  demais  cidades  que  dele  se 

beneficiam além de considerar o incremento de produção proporcionado pela ETA Cobi. 

A Figura  94  a  seguir mostra  o  esquema geral dos  sistemas propostos no PDA  e  suas 

principais unidades planejadas para o Município de Vila Velha. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

 

Figura 93 ‐ Esquema Geral do Sistema Proposto no PDA 

 

 

Página 177 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Reservação  

Para  o  Subsistema  Jucu  o  Plano  Diretor  de  Água  previa  a  subdivisão  em  6  setores 

caracterizados  por  seus  respectivos  centros  de  reservação,  conforme  relacionado  a 

seguir: 

Centro de reservação Garoto, totalizando 15.000 m³;  

Centro de reservação Araçás, totalizando 8.000 m³; 

Centro de reservação Garrido, totalizando 12.000 m³; 

Centro de reservação Morro Marinho, totalizando 6.500 m³; 

Centro de reservação Alan Kardec, totalizando 7.500 m³; 

Centro de reservação Boa Vista, totalizando 5.300 m³. 

Destes ainda não  foram  implantados os  reservatórios Garrido, Morro Marinho e Allan 

Kardec.  

Para o Subsistema Caçaroca/Ponta da Fruta o Plano Diretor prevê ampliação em 4.100 m³ 

do  Centro  de  Reservação  Barra  do  Jucu  totalizando  6.700  m³  e  para  o  Centro  de 

Reservação Ponta da Fruta a construção de 3.000 m³ de reservação, totalizando 3.150 m³. 

O Quadro 22 a seguir mostra a reservação prevista e necessidade de ampliação: 

Quadro 22 ‐ Reservação Prevista e Necessidade de Ampliação 

SISTEMA  RESERVATÓRIO TIPO ATUAL 

(m³) 

PREVISTO 

(m³) 

IMPLANTA

R (m³) 

 

 

JUCU 

Boa Vista  Apoiado  2.300  5.300  3.000 

ETA Vale 

Esperança 

Apoiado  20.000     

Garoto  Apoiado  10.000  15.000  5.000 

Araçás  Elevado  6.500  8.000  1.500 

Allan Kardec      7.500  7.500 

Morro Marinho      6.500  6.500 

Garrido      12.000  12.000 

CAÇAROC

Barra do Jucu  Apoiado  2.600  6.700  4.100 

PONTA DA 

FRUTA 

Ponta da Fruta  Apoiado  150  3.150  3.000 

      41.550  64.150  42.600 

 

Independentemente desta previsão, dimensionados para cumprir a setorização proposta, 

e ainda considerando que o plano diretor de água não tinha o alcance de 2043, tal qual 

este  trabalho,  para  o  dimensionamento  da  reservação  futura  foi  utilizado  o  cálculo 

normalmente  usado  por  projetistas,  ou  seja,  1/3  da  demanda  máxima  horária. 

Considerando  ainda  que  a  reservação  deverá  absorver  os  picos  devido  à  população 

 

 

Página 178 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

flutuante, a capacidade necessária foi acrescida em 10 %, que é o percentual resultante do 

Plano Diretor de Esgoto. 

A capacidade suplementar está explícita na tabela de necessidades futuras, adiante. 

 

Distribuição 

Para a melhoria do sistema de distribuição do Município de Vila Velha estão previstos 

reforços em linhas tronco, setorização da distribuição a partir dos centros de reservação e 

ampliação/melhoria na micro distribuição. 

Nessa premissa, estão previstos planos de  setorização, plano de  substituição de  redes, 

ramais  e  cavaletes,  eliminação  de  manchas  de  abastecimento  além  do  crescimento 

vegetativo, com objetivo de melhoria contínua no sistema de distribuição de água com a 

minimização das perdas nos setores. 

Com  a  implantação  do  Sistema  de  Reservatório Morro Marinho  será  necessária  uma 

linha adutora ‐ AAT DN 500/400 mm. 

Com  a  implantação do  sistema de Reservação Vila Garrido  será necessária uma  linha 

adutora AAT DN600 MM (1.290 m). 

Com a  implantação do Sistema de Reservação Allan Kardec  (Ibes) será necessária uma 

linha adutora AAT DN 400 mm. 

Também será necessária a implantação do Booster Ibes (2+ 1 de 60 CV). 

 

12.2. SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO 

A  solução  ótima  de  projeto  definida  para  o  sistema  de  esgotamento  sanitário  do 

Município  de  Vila  Velha  resultou  das  avaliações  técnica,  econômica  e  ambiental 

efetuadas  no  Plano  Diretor  de  Esgotamento  Sanitário  da  Região  Metropolitana  da 

Grande Vitória,  considerando‐se  o  aproveitamento  com melhorias  e/ou  ampliações de 

unidades  existentes,  descarte  de  outras  unidades  existentes  julgadas  obsoletas, 

ineficientes e/ou muito deficitárias, além da complementação de novas unidades. 

No contexto geral do Plano Diretor, o sistema de esgotamento sanitário do Município de 

Vila Velha será constituído de 03 (três) sistemas, identificados pelas respectivas estações 

de tratamento de esgotos: SES Araçás, SES Ponta da Fruta e SES Ulysses Guimarães. 

A proposição do Plano Diretor inclui soluções de tratamento de esgotos localizadas e/ou 

integradas, nestes  casos quando envolvem a  reversão dos esgotos para  tratamento em 

sistemas de outros Municípios integrantes da RMGV, conforme síntese do Quadro 23 a 

seguir: 

 

 

Página 179 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 23 ‐ Soluções de Tratamentos de Esgotos Localizadas e/ou Integrados 

 

SISTEMA 

PROPOSTO 

 

SISTEMA/ 

SUBSISTEMA 

AFLUENTE 

TRATAMENTO POPULAÇÃO 

ATENDIDA  PROCESSO  VAZÃO (L/s) CAPACIDADE (L/s) 

ATUAL  PROPOSTO  TRATADA 

ATUAL 

PLANEJADA 

2040 

ATUAL  PROPOSTA 

2040 

2040 

 

 

 

 

 

ARAÇÁS 

 

 

 

Araçás 

 

 

Lodo 

Ativado 

UNITANK 

Lodo Ativado 

UNITANK + 

Precipitação 

Química de 

Fósforo + 

Ultrafiltração 

 

 

212,95 

 

 

825,00 

 

 

400,00 

 

 

 

 

 

920,00 

 

 

425.487 

 

Vale Encantado 

Reator 

Anaeróbico 

+ Lagoa 

Facultativa 

 

Reversão para 

ETE Araçás 

 

3,00 

 

92,00 

 

9,57 

 

47.782 

TOTAL  ‐  917,00  ‐  473.269 

 

PONTA DA 

FRUTA 

Ponta da Fruta    Lodos 

Ativados com 

Nitrificação e 

Desnitrificação 

e Decantadores 

Secundários 

‐   

 

82,00 

‐   

 

 

 

130,00 

 

 

42.002 

Área Norte de 

Guarapari 

  Reversão para 

Ponta da Fruta 

‐  48,00  ‐  24.307 

TOTAL  ‐  130,00  ‐  66.309 

 

ULYSSES 

GUIMARÃES 

Ulysses 

Guimarães 

Reator 

UASB + 

Biofiltro 

Lodos 

Ativados com 

Nitrificação e 

Desnitrificação 

e Decantadores 

Secundários 

 

 

9,64 

 

 

57,00 

 

 

20,00 

 

 

 

 

 

 

170,00 

 

 

29.122 

Jabaeté  Lodos 

Ativados 

com 

Aeração 

Prolongada 

 

 

Reversão para 

ETE Ulysses 

Guimarães 

‐   

 

82,00 

 

 

10,00 

 

 

42.145 

Jacarenema  Fossa Filtro 

Biológico 

‐  29,00  1,80  14.722 

TOTAL  ‐  168,00  ‐  85.989 

OBS: O sistema Bacia Argolas será revertido para o Sistema Bandeirantes no município de Cariacica. 

FONTE: Adaptado de Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana da 

Grande Vitória ‐ CESAN/Consórcio Figueiredo Ferraz – JNS. 

 

As tabelas a seguir explicitam as necessidades globais e as ampliações necessárias para o 

futuro. 

monica.guimaraes
Realce
monica.guimaraes
Realce
monica.guimaraes
Realce

 

 

Página 180 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

12.3. QUANTIFICAÇÃO BÁSICA DAS NECESSIDADES FUTURAS 

12.3.1. Sistema de Abastecimento de Água 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 30 ‐ Sistema de Abastecimento de Água 

 

 

Página 181 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

12.3.2. Sistema de Esgotos Sanitários 

 

 Tabela 31 ‐ Sistema de Esgotamento Sanitário 

 

 

Página 182 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Note‐se que nas duas tabelas anteriores, ao final, as colunas se referem à quantidade de 

rede e ligações que ficarão ao custo da operadora. 

Para  rede e  ligações de água, por  já estar o atendimento universalizado, considerou‐se 

como custo da operadora 100% das extensões de rede e 50% das ligações. Os outros 50% 

serão cobrados dos usuários no momento que pedem a ligação. 

Para  a  rede  do  sistema  de  esgotamento  sanitário  se  considerou  100%  como  custo  da 

operadora até se atingir o ano 2025. Deste ponto e até o  final deste plano a operadora 

absorve  50% dos  custos. Os  50%  restantes  ficarão  a  cargo de  loteamentos  que devem 

construir e entregar a  rede à operadora, e  ligações pedidas que  superem os 15 metros 

previstos no regulamento. 

Para ligações a operadora deverá assumir 50% dos custos, referentes à ligações sociais, e 

planos de expansão.  

 

 

 

Página 183 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

13. PROGRAMAS, OBRAS E AÇÕES NECESSÁRIOS PARA CUMPRIR METAS 

A  fase  de  elaboração  de  um  plano  de  ação  consiste  em  objetivo  natural  depois  de 

concluído o diagnóstico do saneamento básico. 

Assim, a metodologia aplicada para o prognóstico utiliza‐se de  subsídios  técnicos que 

permitam projetar as necessidades de infraestrutura para os segmentos componentes do 

saneamento  básico.  Seu  desenvolvimento  tem  como  base  duas  fontes  de  informações 

distintas: 

•  Informações resultantes do Diagnóstico de Saneamento Básico; 

•  Projeções populacionais para o horizonte de planejamento. 

As  combinações das demandas  oriundas do diagnóstico dos  sistemas  e das projeções 

populacionais  são  tratadas  como  medidas  de  mitigação,  melhoria,  ampliação  e 

adequação da infraestrutura de saneamento, tendo como objetivo a universalização dos 

serviços. Basicamente, as demandas para a universalização dos serviços de saneamento, 

bem  como  para  a  garantia  de  sua  funcionalidade  dentro  dos  padrões  adequados  de 

qualidade,  segurança  à  população  em  termos  de  saúde  pública  e  proteção  ao  meio 

ambiente, são resultantes de fontes de informações do diagnóstico e demandas oriundas 

das projeções populacionais. No primeiro caso, o uso do diagnóstico se dá especialmente 

ao atendimento das demandas qualitativas.  

Por  outro  lado,  as demandas  quantitativas  são  resultantes das planilhas de projeções, 

onde  o  incremento  populacional,  e  consequentemente  as  demandas  decorrentes 

requerem progressão  aos  índices de  atendimento para  a universalização dos  serviços, 

que  se apresentam  como base para os  resultados. Assim, os  resultados do diagnóstico 

agora passam a fornecer os subsídios para as intervenções nos segmentos do saneamento 

básico. 

As  demandas  quantitativas  provêm  da  planilha  de  projeções  e  demandas  que  serão 

detalhadas adiante. 

A  resultante  dos  trabalhos  até  esta  etapa  compreende  a  formatação  de  um  cenário 

classificado como “Desejável”, pois tem em seu contexto a condição de universalização 

dos serviços atendendo as demandas no horizonte de 30 anos. 

 

13.1. PROGRAMAS PRIORITÁRIOS PARA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS 

13.1.1. Sistema de abastecimento de água 

Neste estágio de planejamento estão visualizadas as seguintes proposituras: 

 

 

Página 184 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Reformas, modernização e ampliação da captação,  tratamento e adução, buscando o 

atendimento permanente às demandas de consumo; 

Estabelecimento de plano de redução de perdas no abastecimento; 

Sistematização de substituição de hidrômetros, considerando vida útil de cinco anos 

para estes dispositivos. Inadmissão de ligações novas desprovidas de hidrômetros; 

Reativação do plano de macromedição; 

Substituição  sistemática de  redes antigas  e  ligações prediais  e  suas ampliações  com 

redimensionamento; 

Planejamento e monitoramento do crescimento vegetativo da distribuição; 

Substituição/ renovação de máquinas e equipamento em fim de vida útil; 

Garantir que a água tratada e distribuída atenda a legislação vigente;  Programas de caça‐fraudes e ligações clandestinas, entre outros. 

 

13.1.2. Sistema comercial e de gestão empresarial 

Recadastramento de clientes; 

Implantação de sistema de georreferenciamento; 

Planos de comunicação/educação ambiental. 

 

13.1.3. Sistema operacional e de manutenção 

Ampliação e readequação do laboratório já visando análises para o esgoto; 

Modernização de máquinas e equipamentos para agilidade na prestação de serviço; 

Implantação de sistema de automação e controle operacional das unidades; 

 

13.1.4. Sistema de esgotamento sanitário 

Neste estágio de planejamento estão visualizadas as seguintes proposituras: 

Implantação de um  sistema de  tratamento de  esgotos  capaz de  atender  a  100% da 

população do município até o final de plano;  

Ampliação do sistema de coleta,  tratamento e destino  final buscando o atendimento 

permanente às demandas; 

Implantação  de  programas  de  combate  aos  lançamentos  clandestinos  de  água  de 

chuva no esgoto e vice‐versa; 

Substituição sistemática de redes antigas e ligações durante o horizonte deste plano. 

Garantir a qualidade do efluente gerado nas ETEs em conformidade com a legislação 

vigente. 

 

 

 

Página 185 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

13.1.5. Plano de comunicação/ Educação ambiental 

Planejamento que  contemple uma gama de  recursos necessários para a divulgação do 

plano  de  hidrometração  e  de  novas  tarifas,  educação  ambiental,  estudos  do  meio 

ambiente, programas de estimulo a adesão (ligação à rede existente), entre outras. 

 

13.2.  AÇÕES  PLANEJADAS  PARA  A  UNIVERSALIZAÇÃO  DOS  SERVIÇOS  DE 

SANEAMENTO BÁSICO 

As ações foram divididas por prazo de implantação, a saber: 

 

Ações de Curto Prazo 

Compreenderão  as  ações  imediatas  necessárias  para  sanar  as  deficiências  de 

funcionamento dos sistemas de água, bem como adequar as características técnicas dos 

sistemas  à  demanda  atual  proporcionando  condições  técnico/financeiras  para  pôr  em 

prática o plano de investimentos previsto. Estão concentradas entre os anos 2014 a 2017. 

 

Ações de Médio Prazo 

São as necessárias para manter em perfeito funcionamento os sistemas de água e esgotos 

já adaptados, além de implantar novos investimentos de maneira a atender às demandas 

de médio prazo. Estão concentradas entre os anos 2018 a 2028. 

 

Ações de Longo Prazo 

Consistem  nas  ações  necessárias  para  reparar/adequar/manter  os  sistemas  de  água  e 

esgotos  ao  longo  de  trinta  anos,  sendo  que  algumas  ações  devem  ser  iniciadas  nos 

primeiros  anos de  implantação do Plano. Os  investimentos  que devem  ser  constantes 

durante  todo  o  plano  também  estão  contemplados  aqui.  Estão  concentradas  entre  os 

anos 2028 a 2043. 

 

13.2.1. Cronogramas financeiros das necessidades planejadas  

Os  quadros  seguintes  resumem  os  valores  de  investimentos  e  os  divide  segundo  a 

prioridade em curto, médio e longo prazo: 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

 

13.2.1.1. Investimentos em curto prazo 

Tabela 32 ‐ Investimentos em Curto Prazo 

 

 ANO1    ANO2    ANO3    ANO4  

CURTO PRAZO 

   Total Curto Prazo  410.738,3 

INVESTIMENTOS EM ÁGUA                  68.265,0          13.906,4          25.310,4          17.091,9          11.956,3  

INVESTIMENTOS EM ESGOTO                330.309,9          51.010,6        112.909,4        107.735,8          58.654,1  

INVESTIMENTOS OUTROS                  12.163,4            4.017,4            3.248,6            2.882,4            2.015,0  

              

TOTAL INVESTIMENTOS                            ‐     ANO 1  ANO 2  ANO 3  ANO 4 

MELHORIAS DOS SISTEMAS ATUAIS                  14.290,8            7.022,1            4.773,6            2.095,1               400,0  

MELHORIAS SISTEMA ÁGUA                    8.837,4            4.653,0            3.023,4               761,0               400,0  

MELHORIAS SISTEMA ESGOTO                    1.100,0                    ‐                 550,0               550,0                    ‐    

MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC. E MANUT.                     2.502,4            1.117,4               601,0               784,1                    ‐    

MELHORIAS SISTEMA ATENDIMENTO /COMERCIAL                    1.851,0            1.251,7               599,3                    ‐                      ‐    

EXPANSÃO DOS SERVIÇOS                351.248,7             55.240,3        122.442,3        111.123,6          62.442,4  

EXPANSÃO ÁGUA                  25.446,1  

  

         4.984,2          10.905,4            4.822,9            4.733,6  

EXPANSÃO ESGOTO                325.802,6          50.256,1        111.536,9        106.300,8          57.708,9  

RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES                  37.448,8            5.038,6          12.219,2          12.408,0            7.783,0  

RENOVAÇÃO ÁGUA                  33.981,5            4.269,1          11.381,7          11.508,0            6.822,7  

RENOVAÇÃO ESGOTO                    3.407,3               754,5               822,5               885,1               945,3  

RENOVAÇÃO OUTROS                        60,0                15,0                15,0                15,0                15,0  

ESTUDOS E PROJETOS                    7.750,0            1.633,3            2.033,3            2.083,3            2.000,0  

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

  

13.2.1.2. Investimentos em médio prazo 

Tabela 33 ‐ Investimentos em Médio Prazo 

 

 

ANO5    ANO6    ANO7    ANO8    ANO9   ANO10    ANO11    ANO12   ANO13   ANO14    ANO15  

MÉDIO PRAZO 

  

Total Médio

Prazo 422.527,10 

INVESTIMENTOS EM ÁGUA  100.877,6  14.533,6   10.920,7   10.782,8   8.232,5   8.153,3   8.066,7   9.319,7   7.877,7   7.774,2   7.665,9   7.550,4  

INVESTIMENTOS EM ESGOTO  316.034,4  67.727,3   16.639,3   16.187,4   21.288,9   18.262,2   19.341,6   20.528,4   20.925,0   12.834,8   71.368,4   30.931,3  

INVESTIMENTOS OUTROS  5.615,0  1.615,0   1.015,0   115,0   115,0   115,0   1.965,0   115,0   115,0   115,0   115,0   215,0  

                                

TOTAL INVESTIMENTOS  ANO 5  ANO 6  ANO 7  ANO 8  ANO 9  ANO 10  ANO 11  ANO 12  ANO 13  ANO 14  ANO 15 

MELHORIAS DOS SISTEMAS ATUAIS  1.437,5    93,8           1.343,8          

MELHORIAS SISTEMA ÁGUA  1.437,5    93,8           1.343,8          

MELHORIAS SISTEMA ESGOTO  ‐                       

MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC. E MANUT.   ‐                       

MELHORIAS SISTEMA ATENDIMENTO 

/COMERCIAL ‐                       

EXPANSÃO DOS SERVIÇOS  342.145,3  74.351,0   19.351,4   18.756,3   23.696,1   20.512,1   21.423,9   22.438,0   22.654,1   14.376,5   72.655,0   31.930,8  

EXPANSÃO  ÁGUA  47.715,9  7.639,0   4.539,8   4.435,1   4.324,8   4.209,9   4.089,2   3.964,8   3.834,5   3.700,0   3.561,6   3.417,3  

EXPANSÃO ESGOTO  294.429,4  66.712,1   14.811,7   14.321,3   19.371,4   16.302,2   17.334,7   18.473,3   18.819,6   10.676,5   69.093,4   28.513,6  

RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES  75.544,2  8.024,9   8.129,7   8.228,8   5.840,3   5.918,5   7.849,5   6.081,3   6.163,7   6.247,4   6.394,3   6.665,8  

RENOVAÇÃO ÁGUA  51.724,3  6.894,7   6.287,1   6.347,7   3.907,8   3.943,4   3.977,6   4.011,2   4.043,2   4.074,1   4.104,3   4.133,1  

RENOVAÇÃO ESGOTO  21.605,0  1.015,3   1.827,6   1.866,2   1.917,5   1.960,1   2.006,9   2.055,1   2.105,5   2.158,3   2.275,0   2.417,7  

RENOVAÇÃO OUTROS  2.215,0  115,0   15,0   15,0   15,0   15,0   1.865,0   15,0   15,0   15,0   15,0   115,0  

ESTUDOS E PROJETOS  3.400,0  1.500,0   1.000,0   100,0   100,0   100,0   100,0   100,0   100,0   100,0   100,0   100,0  

 

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

13.2.1.3. Investimentos em longo prazo 

Tabela 34 ‐ Investimentos em Longo Prazo 

 ANO16  ANO17  ANO18  ANO19  ANO20  ANO21  ANO22  ANO23  ANO24  ANO25  ANO26  ANO27  ANO28  ANO29  ANO30 

LONGO PRAZO 

  

Total Longo

Prazo 220.960,32 

INVESTIMENTOS EM ÁGUA  98.053,5   7.524,3  7.304,1  8.973,2   7.037,5   6.896,5   6.843,4   6.600,0   6.445,3   6.285,5   6.121,9   5.954,3   5.784,0   5.609,2   5.434,4   5.240,0  

INVESTIMENTOS EM ESGOTO  120.131,8   16.193,8  22.751,6 6.934,6   6.832,7   6.728,0   6.618,0   6.505,0   6.389,5   6.269,4   6.145,6   6.019,3   5.889,8   5.756,7   5.623,3   5.474,9  

INVESTIMENTOS OUTROS  2.775,0   65,0  65,0  65,0   65,0   1.915,0   65,0   65,0   65,0   65,0   140,0   40,0   40,0   40,0   40,0   40,0  

                                         

TOTAL INVESTIMENTOS                                  

MELHORIAS DOS SISTEMAS 

ATUAIS 187,5   93,8  ‐  ‐     ‐      ‐     93,8   ‐     ‐     ‐     ‐     ‐     ‐     ‐     ‐     ‐    

MELHORIAS SISTEMA ÁGUA  187,5   93,8  ‐  ‐     ‐     ‐     93,8   ‐       ‐     ‐     ‐     ‐       ‐     ‐     ‐     ‐    

MELHORIAS SISTEMA ESGOTO                                 

MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC. 

E MANUT.                                 

MELHORIAS SISTEMA 

ATENDIMENTO /COMERCIAL                                

EXPANSÃO DOS SERVIÇOS  82.538,0   15.011,2  21.234,2 7.038,9   4.956,7   4.668,4   4.371,6   4.072,2   3.767,8   3.455,5   3.140,4   2.820,2   2.497,6   2.170,2   1.844,5   1.488,6  

EXPANSÃO ÁGUA  33.337,8   3.270,0  3.117,2  4.761,4   2.802,0   2.639,0   2.471,2   2.302,3   2.129,8   1.953,1   1.775,1   1.594,1    1.411,8   1.226,6   1.042,7   841,4  

EXPANSÃO ESGOTO  49.200,2   11.741,2  18.117,1 2.277,5   2.154,7   2.029,4   1.900,4   1.770,0   1.638,0   1.502,4   1.365,3   1.226,1   1.085,8   943,6   801,8   647,3  

RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS 

INSTALAÇÕES 137.634,9   8.628,0  8.836,4  8.883,9   8.928,5   10.821,1  9.011,0   9.047,8   9.082,0   9.114,3   9.242,1   9.168,3   9.191,2   9.210,7   9.228,2   9.241,2  

RENOVAÇÃO ÁGUA  64.528,3   4.160,5  4.186,9  4.211,8   4.235,4   4.257,4   4.278,4   4.297,7   4.315,5   4.332,4   4.346,8   4.360,1   4.372,2   4.382,6   4.391,8   4.398,6  

RENOVAÇÃO ESGOTO  70.931,6   4.452,6  4.634,5  4.657,1   4.678,1   4.698,7   4.717,6   4.735,1   4.751,5   4.767,0   4.780,3   4.793,2   4.804,0   4.813,2   4.821,5   4.827,6  

RENOVAÇÃO OUTROS  2.175,0   15,0  15,0  15,0   15,0   1.865,0   15,0   15,0   15,0   15,0   115,0   15,0   15,0   15,0   15,0   15,0  

ESTUDOS E PROJETOS  600,0   50,0  50,0  50,0   50,0   50,0   50,0   50,0   50,0   50,0   25,0   25,0   25,0   25,0   25,0   25,0  

 

 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

 

 

13.2.1.4. Tabela detalhada de investimentos 

Tabela 35 – Detalhamento de Investimentos ANO1 ANO2 ANO3 ANO4 ANO5 ANO6 ANO7 ANO8 ANO9 ANO10 ANO11 ANO12 ANO13 ANO14 ANO15 ANO16 ANO17 ANO18 ANO19 ANO20 ANO21 ANO22 ANO23 ANO24 ANO25 ANO26 ANO27 ANO28 ANO29 ANO30

PREÇO TOTAL 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043MELHORIAS DOS SISTEMAS ATUAIS 15.915,8 7.022,1 4.773,6 2.095,1 400,0 - 93,8 - - - - 1.343,8 - - - - 93,8 - - - - 93,8 - - - - - - - - - MELHORIAS SISTEMA ÁGUA 10.462,4 4.653,0 3.023,4 761,0 400,0 - 93,8 - - - - 1.343,8 - - - - 93,8 - - - - 93,8 - - - - - - - - -

750,0 225,0 300,0 225,0 453,4 136,0 181,3 136,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 500,0 500,0

2.000,0 600,0 600,0 400,0 400,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2.500,0 1.250,0 1.250,0 3.509,1 1.754,5 1.754,5

750,0 187,5 187,5 93,8 93,8 93,8 93,8

MELHORIAS SISTEMA ESGOTO 1.100,0 - 550,0 550,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 500,0 250,0 250,0 350,0 175,0 175,0 250,0 125,0 125,0

MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC. E MANUT. 2.502,4 1.117,4 601,0 784,1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1.502,4 450,7 601,0 450,7 1.000,0 666,7 333,3

MELHORIAS SISTEMA ATENDIMENTO /COMERCIAL 1.851,0 1.251,7 599,3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 40,0 20,0 20,0

120,0 48,0 72,0 1.691,0 1.183,7 507,3

EXPANSÃO DOS SERVIÇOS 775.931,9 55.240,3 99.062,3 88.233,6 62.442,4 74.351,0 19.351,4 18.756,3 23.696,1 20.512,1 21.423,9 22.438,0 22.654,1 14.376,5 51.025,0 31.930,8 15.011,2 21.234,2 7.038,9 4.956,7 4.668,4 4.371,6 4.072,2 3.767,8 3.455,5 3.140,4 2.820,2 2.497,6 2.170,2 1.844,5 1.488,6 EXPANSÃO ÁGUA 106.499,7 4.984,2 10.905,4 4.822,9 4.733,6 7.639,0 4.539,8 4.435,1 4.324,8 4.209,9 4.089,2 3.964,8 3.834,5 3.700,0 3.561,6 3.417,3 3.270,0 3.117,2 4.761,4 2.802,0 2.639,0 2.471,2 2.302,3 2.129,8 1.953,1 1.775,1 1.594,1 1.411,8 1.226,6 1.042,7 841,4

10.800,0 - 6.000,0 - - 3.000,0 - - - - - - - - - - - - 1.800,0 - - - - - - - - - - - - 87.723,9 4.569,0 4.496,8 4.420,9 4.339,4 4.252,6 4.161,2 4.065,5 3.964,2 3.858,9 3.748,4 3.634,2 3.514,7 3.391,6 3.264,6 3.132,3 2.997,6 2.857,4 2.714,8 2.568,6 2.418,8 2.265,4 2.110,3 1.952,2 1.790,5 1.626,9 1.461,5 1.294,2 1.124,6 955,7 771,2

7.975,8 415,2 408,6 402,0 394,2 386,4 378,6 369,6 360,6 351,0 340,8 330,6 319,8 308,4 297,0 285,0 272,4 259,8 246,6 233,4 220,2 205,8 192,0 177,6 162,6 148,2 132,6 117,6 102,0 87,0 70,2

EXPANSÃO ESGOTO 669.432,2 50.256,1 88.156,9 83.410,8 57.708,9 66.712,1 14.811,7 14.321,3 19.371,4 16.302,2 17.334,7 18.473,3 18.819,6 10.676,5 47.463,4 28.513,6 11.741,2 18.117,1 2.277,5 2.154,7 2.029,4 1.900,4 1.770,0 1.638,0 1.502,4 1.365,3 1.226,1 1.085,8 943,6 801,8 647,3 137.340,0 - 45.780,0 45.780,0 - - - - - - - - - - 45.780,0 - - - - - - - - - - - - - - - - 500.055,0 48.674,0 63.465,0 58.158,0 55.148,5 63.535,5 13.985,5 13.447,0 18.189,0 15.307,0 16.276,5 17.345,5 17.671,0 9.448,0 20.631,5 25.233,0 10.390,5 16.032,5 2.015,5 1.907,0 1.796,0 1.682,0 1.566,5 1.449,5 1.329,5 1.208,0 1.085,0 961,0 835,0 709,5 572,5 32.037,2 1.582,1 2.291,9 2.362,8 2.560,4 3.176,6 826,2 874,3 1.182,4 995,2 1.058,2 1.127,8 1.148,6 1.228,5 2.681,9 3.280,6 1.350,7 2.084,6 262,0 247,7 233,4 218,4 203,5 188,5 172,9 157,3 141,1 124,8 108,6 92,3 74,8

RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES 250.627,8 5.038,6 12.219,2 12.408,0 7.783,0 8.024,9 8.129,7 8.228,8 5.840,3 5.918,5 7.849,5 6.081,3 6.163,7 6.247,4 6.394,3 6.665,8 8.628,0 8.836,4 8.883,9 8.928,5 10.821,1 9.011,0 9.047,8 9.082,0 9.114,3 9.242,1 9.168,3 9.191,2 9.210,7 9.228,2 9.241,2 RENOVAÇÃO ÁGUA 150.234,0 4.269,1 11.381,7 11.508,0 6.822,7 6.894,7 6.287,1 6.347,7 3.907,8 3.943,4 3.977,6 4.011,2 4.043,2 4.074,1 4.104,3 4.133,1 4.160,5 4.186,9 4.211,8 4.235,4 4.257,4 4.278,4 4.297,7 4.315,5 4.332,4 4.346,8 4.360,1 4.372,2 4.382,6 4.391,8 4.398,6

7.500,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 91.736,6 2.088,5 8.444,1 8.532,6 4.309,7 4.352,2 4.393,8 4.434,4 2.237,0 2.256,5 2.275,3 2.293,4 2.310,9 2.327,7 2.344,2 2.359,8 2.374,9 2.389,1 2.402,7 2.415,5 2.427,7 2.439,0 2.449,5 2.459,1 2.468,3 2.476,2 2.483,5 2.490,1 2.495,7 2.500,7 2.504,3 40.149,3 1.690,9 1.715,5 1.739,6 1.763,3 1.786,5 1.130,8 1.144,6 1.158,1 1.171,3 1.184,0 1.196,5 1.208,4 1.220,0 1.231,1 1.241,8 1.252,0 1.261,7 1.271,0 1.279,7 1.288,0 1.295,7 1.302,9 1.309,6 1.315,7 1.321,2 1.326,2 1.330,7 1.334,4 1.337,7 1.340,4 10.848,2 239,7 972,1 985,8 499,8 505,9 512,6 518,7 262,7 265,7 268,3 271,3 273,9 276,4 279,0 281,5 283,6 286,1 288,2 290,2 291,7 293,8 295,3 296,8 298,4 299,4 300,4 301,4 302,4 303,5 304,0

RENOVAÇÃO ESGOTO 95.943,8 754,5 822,5 885,1 945,3 1.015,3 1.827,6 1.866,2 1.917,5 1.960,1 2.006,9 2.055,1 2.105,5 2.158,3 2.275,0 2.417,7 4.452,6 4.634,5 4.657,1 4.678,1 4.698,7 4.717,6 4.735,1 4.751,5 4.767,0 4.780,3 4.793,2 4.804,0 4.813,2 4.821,5 4.827,6 15.000,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0

6.845,8 15,0 19,5 24,1 29,3 35,8 93,6 98,2 104,0 108,6 114,4 119,6 125,5 131,3 145,0 161,2 336,1 357,5 360,1 362,1 364,7 366,6 368,6 370,5 372,5 373,8 375,7 377,0 377,7 379,0 379,6 74.098,0 239,5 303,0 361,0 416,0 479,5 1.234,0 1.268,0 1.313,5 1.351,5 1.392,5 1.435,5 1.480,0 1.527,0 1.630,0 1.756,5 3.616,5 3.777,0 3.797,0 3.816,0 3.834,0 3.851,0 3.866,5 3.881,0 3.894,5 3.906,5 3.917,5 3.927,0 3.935,5 3.942,5 3.948,0

RENOVAÇÃO OUTROS 4.450,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 1.865,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 1.865,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 150,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 350,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 450,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0

3.500,0 1.750,0 1.750,0

11.750,0 1.633,3 2.033,3 2.083,3 2.000,0 1.500,0 1.000,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 10.000,0 500,0 1.500,0 2.000,0 2.000,0 1.500,0 1.000,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0

1.500,0 1.050,0 450,0 250,0 83,3 83,3 83,3

1.054.225,5 68.934,3 118.088,4 104.820,1 72.625,4 83.875,9 28.574,9 27.085,2 29.636,4 26.530,5 29.373,3 29.963,1 28.917,7 20.724,0 57.519,3 38.696,6 23.783,0 30.120,7 15.972,8 13.935,2 15.539,5 13.526,4 13.170,0 12.899,8 12.619,9 12.407,4 12.013,5 11.713,8 11.405,9 11.097,7 10.754,9

PROJETOS TÉCNICOSPLANO DE COMUNICAÇÃO

Total Geral (R$ Mil)

EQPTOS LABORATÓRIOMÓVEIS E UTENSÍLIOSMÁQUINAS E FERRAMENTAS

ESTUDOS E PROJETOSPROGRAMA DE CONTROLE E REDUÇÃO PERDAS

RAMAIS PREDIAIS DE ESGOTOREDE COLETORAS

SOFTWARES

REDE DE DISTRIBUIÇÃO E ADUTORASHIDROMETROS LIGAÇÕES

RENOVAÇÃO ELETROMECÂNICA

RAMAIS PREDIAIS

RENOVAÇÃO ELETROMECÂNICA

LIGAÇÃO COMPLETA (com HDs)

ETESREDE COLETORAS/ EEE/LR

RESERVAÇÃOREDE E ADUTORAS DE DISTRIBUIÇAO

CRONOGRAMA FINANCEIRO (x 1.000 R$)

BOOSTERS E ELEVATÓRIA A.T. HIDROMETROS ( PARALIZADOS E ONDE NÃO HÁ) RESERVAÇÃOSETORIZAÇÃO E VRPMACROMEDIÇÃOADEQUAÇÕES DE ANÉIS DE DISTRIBUIÇÃOAUTOMAÇÃO E TELEMETRIA

ETEsELEVATÓRIASLINHAS DE RECALQUE

CADASTRO TÉCNICO REDES ÁGUAAQUISIÇÃO MAQUINAS E FERRAMENTAS

IMPLANTAÇÃO/ RECUPERAÇÃO DE AGÊNCIAS SOFTWARE DE GESTÃO COMERCIALRECADASTRAMENTO COMERCIAL

 

 

Página 190 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

14. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO 

Os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário serão prestados 

com base nos seguintes princípios fundamentais: 

a) A prestação adequada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, 

satisfazendo  as  condições  de  Continuidade,  Regularidade,  Generalidade,  Atualidade, 

Eficiência  e  Cortesia.  Visando  assegurar  a  adequada  prestação  dos  serviços,  estes 

deverão ser prestados de forma a atingir níveis e metas de cobertura e qualidade no que 

se  refere  ao  abastecimento  de  água  e  de  esgotamento  sanitário,  buscando  sempre 

alcançar e manter a universalização do acesso. 

b)  Os  níveis  de  serviço  aqui  apresentados  têm  a  finalidade  de  assegurar  que  as 

necessidades  em  água  e  esgotos  dos  habitantes  sejam  satisfeitas  adequadamente,  e 

também que o meio ambiente da região seja preservado e protegido. 

c) As exigências de cumprimento das metas de qualidade de serviço ao longo do período 

de  projeto  resultarão  em  significativas melhorias  nos  níveis  de  serviços.  Para  atingir 

essas  metas  de  melhorias,  o  plano  de  ação  para  a  adequação  nos  sistemas  de 

abastecimento de água e esgotamento sanitário, que será detalhado adiante, deverá ser 

aplicado. 

De  forma  a  potencializar  os  objetivos  destacados  anteriormente  recomenda‐se  que  o 

acompanhamento das atividades contidas no plano de ação, serviços e obras, se utilize 

indicadores que permitam uma avaliação simples e objetiva do desempenho dos serviços 

de abastecimento de água e esgotamento sanitário. 

A seguir destacamos os indicadores e as metas que devem ser atendidos pelo prestador 

dos serviços de água e esgotos que sugerimos para a avaliação da efetividade do plano 

de ação. Porém, vale ressaltar que além deles deverão ser efetuados outros registros de 

dados operacionais e de desempenho financeiro dos serviços a fim de permitir a geração 

dos indicadores definidos pelo art. 53 da Lei no 11.445/07. 

Os indicadores definidos estão divididos em Quantitativos, Qualitativos e Gerenciais. 

 

14.1. INDICADORES QUANTITATIVOS 

Os  indicadores quantitativos dizem  respeito à  cobertura pretendida e  se  traduzem em 

números precisos que devem ser conseguidos, como se vê a seguir.  

 

Cobertura do sistema de abastecimento de água 

A cobertura do sistema de abastecimento de água será apurada pela expressão seguinte: 

CBA = (NIL x 100) / NTE 

 

 

Página 191 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Onde: 

CBA ‐ cobertura pela rede distribuidora de água, em porcentagem; 

NIL  ‐  número  de  imóveis  ligados  à  rede  distribuidora  de  água,  constante  no 

cadastro comercial da prestadora de serviço; 

NTE  ‐  número  total  de  imóveis  edificados  na  área  de  prestação,  constante  no 

cadastro da Prefeitura Municipal. 

Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação ‐ NTE não 

serão  considerados  os  imóveis  não  ligados  à  rede  distribuidora,  localizados  em 

loteamentos cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações frente 

à  legislação  vigente,  à  Prefeitura  Municipal  e  demais  poderes  constituídos  e  ao 

prestador,  e ainda, não  serão  considerados os  imóveis abastecidos  exclusivamente por 

fontes próprias de produção de água. 

 

Cobertura do sistema de coleta de esgoto sanitário 

A cobertura pela rede coletora de esgotos será calculada pela seguinte expressão: 

CBCE = (NIL x 100) / NTE 

Onde: 

CBCE ‐ cobertura pela rede coletora de esgoto, em porcentagem;  

NIL ‐ número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto, constante do cadastro 

comercial da prestadora de serviço; 

NTE  ‐  número  total  de  imóveis  edificados  na  área  de  prestação,  constante  no 

cadastro da Prefeitura Municipal. 

Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação ‐ NTE não 

serão  considerados os  imóveis não  ligados à  rede  coletora  localizados em  loteamentos 

cujos empreendedores estiverem  inadimplentes com suas obrigações frente à  legislação 

vigente, à Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e ao prestador. Não serão 

considerados  ainda  na NTE  os  imóveis  cujos  proprietários  recusem  a  ligação  à  rede 

coletora. 

 

Cobertura do sistema de tratamento de esgoto sanitário 

A cobertura pelo tratamento de esgotos será calculada pela seguinte expressão: 

CBTE = (NILT x 100) / NTE 

Onde: 

 

 

Página 192 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

CBTE ‐ cobertura pelo tratamento de esgoto, em porcentagem;  

NILT  ‐  número  de  imóveis  ligados  à  rede  coletora  de  esgoto  com  tratamento, 

constante do cadastro comercial da prestadora de serviço; 

NTE  ‐  número  total  de  imóveis  edificados  na  área  de  prestação,  constante  no 

cadastro da Prefeitura Municipal; 

Na determinação do número total de imóveis ligados à rede coletora de esgotos ‐ NILT 

não  serão  considerados  os  imóveis  ligados  a  redes  que  não  estejam  conectadas  a 

coletores  tronco,  interceptores  ou  outros  condutos  que  liguem  os  esgotos  a  uma 

instalação adequada de tratamento. 

Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação ‐ NTE não 

serão  considerados os  imóveis não  ligados à  rede  coletora  localizados em  loteamentos 

cujos empreendedores estiverem  inadimplentes com suas obrigações frente à  legislação 

vigente, à Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e ao prestador. Não serão 

considerados  ainda  na NTE  os  imóveis  cujos  proprietários  recusem  a  ligação  à  rede 

coletora. 

 

Condições limitantes para metas de atendimento 

Dentro  das  áreas  objeto  deste  Plano,  o  atendimento  das  metas  de  cobertura  estará 

condicionado a  fatores  limitantes como o de Densidade Mínima, que se define como o 

número  de  usuários mínimos  por  extensão  de  rede  (distribuidora  ou  coletora)  a  ser 

atendida, nos seguintes termos: 

Para  rede de água, a densidade mínima  será de 1  (uma)  ligação para  cada 15m 

(quinze metros); 

Para rede de esgoto, a densidade mínima será de 1(uma)  ligação para cada 12m 

(doze metros). 

 

14.2. INDICADORES QUALITATIVOS 

Os  indicadores  qualitativos  definem‐se  por  parâmetros  a  ser  respeitados,  e  que  terão 

uma margem percentual de conformidade e atendimento, como se vê a seguir. 

 

Qualidade dos produtos 

A qualidade dos produtos se define pelos parâmetros  legais de potabilidade da água a 

ser distribuída  e pelo grau necessário dos parâmetros do  efluente  tratado dos  esgotos 

conforme as exigências legais do corpo receptor.  

 

 

 

Página 193 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Qualidade da água distribuída 

IQAD – Índice de Qualidade da Água Distribuída 

O sistema de abastecimento de água, em condições normais de  funcionamento, deverá 

assegurar o  fornecimento da água demandada pelos usuários do sistema, garantindo o 

padrão de potabilidade estabelecido na Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde, ou 

outras que venham substituí‐la. 

A qualidade da água da  será medida pelo  Índice de Qualidade da Água Distribuída  ‐ 

IQAD. 

Este  índice procura  identificar, de maneira objetiva, a qualidade da água distribuída à 

população. Em sua determinação são levados em conta os parâmetros mais importantes 

de avaliação da qualidade da água, que dependem, não apenas da qualidade intrínseca 

das águas dos mananciais, mas,  fundamentalmente, de uma operação correta,  tanto do 

sistema produtor  quanto do  sistema de distribuição. O  índice  é  calculado  a partir de 

princípios  que  privilegiam  a  regularidade  da  qualidade  da  água  distribuída,  sendo  o 

valor final do índice pouco afetado por resultados que apresentem pequenos desvios em 

relação aos limites fixados. 

O IQAD será calculado com base no resultado das análises laboratoriais das amostras de 

água  coletadas na  rede de distribuição de  água,  segundo um programa de  coleta que 

atenda à legislação vigente e seja representativa para o cálculo adiante definido.  

Para  garantir  essa  representatividade,  o  número  de  amostras  analisadas  para  cada 

parâmetro, bem como suas frequências, devem ser no mínimo as definidas pelos anexos 

XII e XIII da portaria MS 2914/11.  

Para apuração do  IQAD, o sistema de controle da qualidade da água a ser  implantado 

pelo operador deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de análises 

laboratoriais que permita o levantamento dos dados necessários, em laboratório próprio 

ou  terceirizado, mas  que, porém  atendam  aos  artigos  21  e  22 da  secção V da mesma 

portaria.  

O  período  de  apuração  do  IQAD  será mensal,  utilizando  os  resultados  das  análises 

efetuadas no mês anterior. 

O IQAD é calculado como a média ponderada dos percentuais de conformidade de cada 

um  dos  parâmetros  constantes  no  quadro  que  se  segue,  considerados  os  respectivos 

pesos. 

O Quadro 24 seguinte mostra os parâmetros e suas contribuições no cálculo do IQAD. 

 

 

 

Página 194 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 24 ‐ Parâmetros e Contribuições no Cálculo do IQAD 

PARÂMETRO  SÍMBOLO CONDIÇÃO EXIGIDA  PESO

Bacteriologia  CT  Ausência de Coliformes Totais em amostras 

de 100 ml 

0,30 

Cloro Residual Livre  CRL  Maior que 0,2 mg/L e menor que 2 mg/L  0,20 

Turbidez  NTU  Menor que 1 NTU (Unidade Nefelométrica 

de Turbidez)  

0,10 

Fluoreto  Fl  Maior que 0,7 mg/L e menor que 0,9 mg/L  0,10 

Alumínio  Al  Menor que 0,2 mg/L  0,10 

Ferro  Fe  Menor que 0,3 mg/L  0,10 

Cor  UC  Menor que 5 unidades platina/cobalto de cor  0,05 

pH  pH  Maior que 6,0 e menor que 9,5  0,05 

 

O  percentual  de  atendimento  de  cada  um  dos  parâmetros  do  quadro  será  obtido, 

utilizando o número de amostras “conformes” e o número de amostras analisadas.  

Determinada  o  percentual  de  atendimento  para  cada  parâmetro,  o  IQAD  será  obtido 

através da seguinte expressão: 

IQAD = 0,30%(CT) + 0,20%(CRL) + 0,10%(NTU) + 0,10%(FL) + 0,10%(AL) + 0,10%(FE) + 

0,05%(UC) + 0,05%(pH) 

Onde: 

%(CT) = percentual de conformidades para as coliformes totais. 

%(CRL) = percentual de conformidades para o cloro residual livre; 

%(NTU) = percentual de conformidades para a turbidez; 

%(FLR) = percentual de conformidades para os fluoretos; 

%(AL) = percentual de conformidades para o alumínio; 

%(FE) = percentual de conformidades para o ferro; 

%(COR) = percentual de conformidades para a cor; 

%(pH) = percentual de conformidades para o pH; 

A  apuração  mensal  do  IQAD  não  isenta  o  operador  de  suas  responsabilidades  em 

relação  a  outros  órgãos  fiscalizadores  e  ao  atendimento  a  outros  parâmetros  e 

frequências presentes á legislação vigente. 

Outros parâmetros poderão ser incluídos se seus valores obtidos em análises anteriores 

indicarem a necessidade de um monitoramento mais efetivo.  

A  qualidade  da  água  distribuída  será  classificada  de  acordo  a média  dos  valores  do 

IQAD dos últimos 30 (trinta) dias, em consonância com o quadro a seguir: 

O Quadro 25 seguinte mostra a avaliação do IQAD: 

 

 

Página 195 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Quadro 25 ‐ Avaliação do IQAD 

VALORES DO IQAD CLASSIFICAÇÃO 

IQAD < 80%  Ruim 

80% ≤ IQAD < 90%  Regular 

90% ≤ IQAD < 95%  Bom 

IQAD ≥ 95%  Ótimo 

 

A  água  distribuída  será  considerada  adequada  se  a média  dos  IQADs  apurados  nos 

últimos  3 meses  for  igual  ou  superior  a  90%  (conceito  “bom”),  não  devendo  ocorrer 

nenhum valor mensal inferior a 80% (conceito “ruim”), sendo ainda desejável nenhuma 

ocorrência do conceito “Ruim”, e ao menos duas no conceito “Ótimo”. 

 

IQE ‐ Eficiência do tratamento de esgoto 

A qualidade dos efluentes lançados nos cursos de água naturais será medida pelo índice 

de qualidade do efluente ‐ IQE. 

Esse  índice  procura  identificar,  de  maneira  objetiva,  os  principais  parâmetros  de 

qualidade dos efluentes lançados. 

O IQE será calculado com base no resultado das análises  laboratoriais das amostras de 

efluentes coletadas no conduto de descarga final das estações de tratamento de esgotos, 

segundo um programa de  coleta que  atenda  à  legislação vigente  e  seja  representativa 

para o cálculo adiante definido. 

A  frequência  de  apuração  do  IQE  será mensal,  utilizando  os  resultados  das  análises 

efetuadas nos últimos 3 (três) meses. 

Para apuração do IQE, o sistema de controle de qualidade dos efluentes a ser implantado 

pelo prestador deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de análises 

laboratoriais  que permitam  o  levantamento dos dados  necessários,  além de  atender  à 

legislação vigente. 

O IQE é calculado como o percentual de análises em conformidade com a legislação 

CONAMA 357/05 e 430/11 e, bem como as exigências técnicas das Licenças Ambientais, 

regidas pela Resolução CONAMA 237/97.  

O Quadro 26 a seguir mostra os parâmetros e suas contribuições no cálculo do IQE: 

 

 

Página 196 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

 

Quadro 26 ‐ Parâmetros no Cálculo do IQE 

PARÂMETRO  SÍMBOLO CONDIÇÃO EXIGIDA  PESO

Demanda bioquímica de oxigênio  DBO  Menor que 120 mgO2/L  0,500 

Óleos e graxas  O&G  Menor que 100 mg/L  0,250 

Materiais sedimentáveis  SS  Menor que 1 mL/L  0,250 

 

O IQE é a somatória dos produtos dos pesos pelo percentual de análises conformes para 

cada parâmetro, conforme a expressão abaixo: 

IQE = 0,25 x %(SS) + 0,25 x %(OG) + 0,50 x %(DBO) 

onde: 

%(SS) – percentual de análises “conforme” para materiais sedimentáveis;  

%(OG) ‐ percentual de análises “conforme” para substâncias solúveis em hexana;  

%(DBO)  ‐  percentual  de  análises  “conforme”  para  demanda  bioquímica  de 

oxigênio. 

A  apuração  mensal  do  IQE  não  isenta  o  prestador  da  obrigação  de  cumprir 

integralmente o disposto na  legislação vigente, nem de suas  responsabilidades perante 

outros órgãos fiscalizadores. 

O Quadro 27 a seguir mostra a avaliação do IQE: 

Quadro 27 ‐ Avaliação do IQE 

VALORES DO IQE CLASSIFICAÇÃO 

IQE < 70%  Inadequado  

70% ≤ IQE ≤ 80%  Adequado Regular 

IQE > 80%  Adequado Satisfatório 

 

Continuidade e regularidade no abastecimento de água 

A  continuidade  é  definida  como  a  não  interrupção  do  fornecimento  de  água.  A 

regularidade  refere‐se ao  fornecimento de água nas condições adequadas de pressão e 

quantidade.  Nos  termos  do  marco  de  regulamentação  dos  serviços,  permite‐se  a 

interrupção no fornecimento nos casos previstos na Lei Federal 11.445/07 (artigo 40), que 

disciplina as situações de emergência, de manutenções e interrupções programadas e da 

inadimplência do usuário. 

A continuidade no fornecimento de água será avaliada pelo número de reclamações de 

falta de água imprevistas por mil ligações e excetuadas as paradas programadas.  

 

 

Página 197 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

A  regularidade,  no  item  relativo  às  condições  adequadas  de  pressão,  também  será 

avaliada pelo número registrado de reclamações de insuficiência de água, excetuadas as 

intervenções  programadas.  A  regularidade,  no  tocante  à  quantidade  ofertada,  será 

avaliada  pelo  volume  disponibilizado  (macro  medido)  a  partir  da  unidade  de 

tratamento,  comparado pelo volume micro‐medido nos hidrômetros  e mais  as perdas 

admissíveis. 

O ICA será calculado através da seguinte expressão: 

ICA = (NRFA / NLA) x 1000 

onde: 

ICA ‐ índice de continuidade do abastecimento de água imprevista; 

NRFA  ‐  n°  de  reclamações  de  falta  de  água  justificadas  (exclui,  por  exemplo, 

reclamações de clientes cortados por falta de água);  

NLA ‐ n° de ligações de água. 

O Quadro 28 seguinte mostra os valores de ICA e sua classificação: 

Quadro 28 ‐ Valores de ICA e sua Classificação 

VALORES DO ICA CLASSIFICAÇÃO 

ICA ≥ 2,5/1000 LigA  Inadequado 

2,5/1000 LigA < ICA ≤ 2,0/1000 LigA  Adequado Regular 

ICA < 2,0/1000 LigA  Adequado Satisfatório 

 

O ICA deverá ser inferior a 2,0 reclamações por 1.000 (mil) ligações de água. 

 

Continuidade do sistema de afastamento de esgoto sanitário 

A continuidade do sistema de coleta de esgotos sanitários será medida pelo número de 

desobstruções de  redes  coletoras  e  ramais prediais  que  efetivamente  forem  realizadas 

por solicitação dos usuários. 

O prestador deverá manter registros adequados tanto das solicitações como dos serviços 

realizados. 

Qualquer que seja a causa das obstruções, a responsabilidade pela redução dos  índices 

será do prestador,  seja pela melhoria dos  serviços de operação  e manutenção da  rede 

coletora,  seja  através  de  mecanismos  de  correção  e  campanhas  educativas  por  ela 

promovidos,  de  modo  a  conscientizar  os  usuários  do  correto  uso  das  instalações 

sanitárias de seus imóveis. 

Dois indicadores medirão a eficiência da operadora para neste quesito: 

 

 

Página 198 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

IORD Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares deverá ser apurado mensalmente e 

consistirá  na  relação  entre  a  quantidade  de  desobstruções  de  ramais  realizadas  no 

período por solicitação dos usuários e o número de imóveis ligados à rede, no primeiro 

dia do mês, multiplicada por 10 mil; 

O Quadro 29 seguinte mostra os valores de IORD e sua classificação: 

Quadro 29 ‐ Valores de IORD e sua Classificação 

VALORES DO IORD CLASSIFICAÇÃO 

IORD ≥ 500  Inadequado 

300 < IORD ≤ 500  Adequado Regular 

IORD < 300  Adequado Satisfatório 

 

IORC Índice de obstrução de redes coletoras, será apurado mensalmente e consistirá 

na  relação  entre  a  quantidade  de  desobstruções  de  redes  coletoras  realizadas  por 

solicitação  dos  usuários  e  a  extensão  desta  em  quilômetros,  no  primeiro  dia  do mês, 

multiplicada por mil. 

O Quadro 30 seguinte mostra os valores de IORC e sua classificação: 

Quadro 30 ‐ Valores de IORC e sua Classificação 

VALORES DO IORC CLASSIFICAÇÃO 

IORC ≥ 50  Inadequado 

30 < IORC ≤ 50  Adequado Regular 

IORC < 30  Adequado Satisfatório 

 

Enquanto  existirem  imóveis  lançando  águas  pluviais  na  rede  coletora  de  esgotos 

sanitários e o prestador não  tiver efetivo poder de  controle  sobre  tais casos, não  serão 

considerados, para efeito de cálculo dos  índices  IORD e  IORC, os casos de obstrução e 

extravasamento ocorridos durante e após seis horas da ocorrência de chuvas. 

 

14.3. INDICADORES GERENCIAIS 

Os  indicadores  gerenciais medirão  a  eficiência  e  cortesia na prestação de  serviços, no 

atendimento ao público e no controle de perdas no sistema. 

 

Eficiência na prestação do serviço e no atendimento ao público. 

IESAP Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público. 

 

 

Página 199 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

O IESAP será calculado anualmente com base na média mensal da avaliação de cada um 

dos  fatores  indicativos  do  desempenho  do  prestador  quanto  à  adequação  de  seu 

atendimento às solicitações e necessidades dos usuários, conforme a fórmula: 

IESAP = NOSAT/NOSEM 

Onde: 

NOSEM – Número de OS (ordem de serviços) emitidas  

NOSAT – Número de OS atendidas dentro do prazo  

A Tabela 36 com tabela padrão dos prazos de atendimento dos serviços é apresentada a 

seguir: 

Tabela 36 ‐ Tabela Padrão dos Prazos de Atendimento 

SERVIÇO  PRAZO PARA ATENDIMENTO 

DA SOLICITAÇÃO 

Nova ligação de água  15 dias úteis 

Reparo de vazamentos na rede ou ramais de água   24 horas 

Regularização de falta d’água local ou geral  24 horas 

Restabelecimento  do  fornecimento  de  água  após 

regularização de débitos – Por corte no cavalete 

48 horas 

Restabelecimento  do  fornecimento  de  água  após 

regularização de débitos – Por supressão 

72 horas 

Ocorrências  relativas à ausência ou má qualidade 

da água  

8 horas 

Nova ligação de esgoto  15 dias úteis 

Desobstrução de redes e ramais de esgotos  48 horas 

Recomposição da pavimentação após serviços  10 dias úteis 

Ocorrências relativas ao atendimento comercial  12 horas 

 

O Quadro 31 a seguir mostra os valores de IESAP e sua classificação: 

Quadro 31 ‐ Valores de IESAP 

VALORES DO IESAP CLASSIFICAÇÃO 

IESAP ≤ 70%  Inadequado  

70% < IESAP ≤ 80%  Adequado Regular 

IESAP > 80%  Adequado Satisfatório 

 

 

 

 

 

Página 200 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Controle de perdas no sistema 

As perdas no sistema de abastecimento de água devem ser medidas e controladas para 

verificar  a  eficiência  do  sistema  de  controle  operacional  implantado  e  garantir  que  o 

desperdício  dos  recursos  naturais  seja  o  menor  possível,  ajudando  a  garantir  o 

cumprimento do requisito da modicidade das tarifas. 

IPD Índice de perdas de água no sistema de distribuição. 

IPD (%) = (VTD ‐ VMM) x 100 / VTD 

onde: 

VTD É o volume total de água potável disponibilizado para abastecimento, em 

metros  cúbicos,  efluente das unidades de produção  em operação no  sistema de 

abastecimento de água, medidos através de macro medidores. 

VMM somatória dos volumes de água micro medido pelos hidrômetros das 

unidades consumidoras, em metros cúbicos. 

 

 

 

Página 201 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

15. MOBILIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL 

A educação ambiental e mobilização social devem ser compreendidas como estratégia de 

ação permanente, para o fortalecimento da participação e controle social, respeitados as 

peculiaridades  locais  e,  assegurando‐se  os  recursos  e  condições  necessárias  para  sua 

viabilização. 

A  educação  ambiental  deve  focar  no  desenvolvimento  de  ações  de  sensibilização  e 

orientação  junto  à  população  beneficiada  pelos  serviços,  e  deve  ocorrer  em  todas  as 

etapas  da  implantação  e  operação  dos  sistemas,  de  forma  processual  e  permanente, 

sendo necessário o desenvolvimento de práticas educativas no ambiente  formal e não‐

formal. 

Nesse  contexto,  fica  evidente  a  importância  da  Educação Ambiental,  a  qual  exerce  o 

papel  fundamental  de  esclarecer  o  que  é  saneamento  e  de  despertar  para  a 

responsabilidade de todos com as questões socioambientais. 

Para  tanto,  torna‐se  necessário  atuar  junto  às  escolas  da  área  de  abrangência  dos 

empreendimentos, visando o apoio à adesão, uso e conservação dos sistemas. As ações 

educativas objetivam sensibilizar a comunidade escolar quanto às perspectivas da região 

em que vivem enfocando o saneamento ambiental e recursos hídricos. 

Da  mesma  forma,  as  comunidades  beneficiadas  pelos  investimentos,  deverão  ser 

envolvidas,  através  de  ações  educativas  em  saneamento  ambiental  com  o  objetivo  de 

minimizar  os  impactos  das  obras,  como  também,  estimular  a  adesão  do  imóvel  ao 

sistema. 

Nos  serviços de esgotamento  sanitário a  resistência da população em conviver com os 

impactos  da  implantação  dos  sistemas,  como  sua  operação  e  tarifação,  tem  sido  um 

problema  constante,  principalmente  por  falta  de  envolvimento  da  população  em  sua 

gestão,  não  compreendendo  a  importância  dos  serviços  e  sua  necessidade  visando 

minimizar os impactos ambientais.  

Para tanto, a metodologia qualitativa se apresenta‐se como uma alternativa para elucidar 

as interações dinâmicas entre as características individuais e comunitárias. 

Encontros  com  professores,  palestras  em  escolas,  orientação  individual  ao  estudante, 

abordagem domiciliar, eventos em datas alusivas ao meio ambiente, além de visitas às 

ETA e ETE abrangendo a todos os níveis de ensino e a todos os imóveis beneficiados são 

estratégias adotadas. Nesse sentido, é essencial a exploração de temas como: saneamento 

ambiental  e  qualidade  de  vida,  importância  da  água,  poluição  e  contaminação  dos 

recursos hídricos, utilização  inadequada dos poços  freáticos  ou  artesianos,  sistema de 

tratamento de água, uso correto da água tratada, limpeza da caixa dʹágua, tratamento e 

destino adequado dos esgotos domésticos, lançamento indevido de óleo usado nas redes, 

adesão aos sistemas e os benefícios advindos dos mesmos. 

 

 

Página 202 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

Os projetos deverão envolver além de escolares e comunidades, outras instituições e/ou 

organizações não governamentais, engajando a sociedade para garantir a continuidade e 

permanência  no  processo  educativo  estimulando  o  fortalecimento  de  parcerias  na 

formação de equipes que atuem como agentes multiplicadores iniciando e/ou ampliando 

a abordagem de questões relativas ao tema. 

Busca‐se,  através  das  ações  desenvolvidas,  aperfeiçoar  o  uso  dos  sistemas  operados, 

além de possibilitar uma abordagem ambiental, visando à promoção da saúde humana e 

a  conservação  do meio  físico  e  biótico,  além  de  envolver  os  diversos  elementos  que 

participam do processo, contribuindo para maior eficácia dos trabalhos desenvolvidos.  

Compreender as questões ambientais para além de suas dimensões biológicas, químicas 

e  físicas,  enquanto  questões  sociopolíticas  exige  a  formação  de  uma  “consciência 

ambiental” e a preparação para o exercício da cidadania, como processo constituinte de 

novas relações dos seres humanos entre si e deles com a natureza. 

A  efetiva  implementação  do  Plano  Municipal  de  Saneamento,  com  suas  metas  e 

orientações, deve  ser acompanhada pela  sociedade  junto ao  executivo municipal, para 

isso são necessárias ações de mobilização social sempre que um novo  investimento  for 

iniciado.  Quanto  à  efetiva  participação  popular  na  avaliação  dos  serviços  prestados, 

existe um número significativo de entidades de níveis federal, estadual e municipal com 

atribuição de regular e fiscalizar serviços públicos, algumas das quais apresentam certa 

interface com a regulação da prestação de serviços de saneamento, tais como: 

 

‐  Regulação  de  outorga  de  água:  Agência  Nacional  das  Águas  (ANA)  e  Instituto 

Estadual de Meio Ambiente (IEMA); 

‐ Regulação  de Meio Ambiente: Conselho Nacional  de Meio Ambiente  (CONAMA), 

Secretaria  de  Estado  de  Meio  Ambiente  e  Recursos  Hídricos  (SEAMA);  Conselho 

Municipal de Meio Ambiente (COMMAM); 

‐ Qualidade da água: Ministério da Saúde (MS) e Centros de Vigilância Sanitária; 

‐ Aspectos técnicos: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); 

‐ Defesa do consumidor: Ministério Público e PROCON. 

 

No  caso do Estado do Espírito Santo, que possui uma Agência Reguladora, a ARSI, a 

ouvidoria dela é o setor mais indicado para atendimento aos usuários do serviço público 

de saneamento básico, abrangendo abastecimento de água e esgotamento sanitário. É um 

canal  direto  com  o  cidadão  que  tem  como  função  receber,  apurar  e  solucionar  as 

opiniões,  reclamações  e  sugestões  dos  usuários,  buscando  o  aprimoramento  da 

qualidade da prestação dos serviços regulados. 

 

 

Página 203 

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES 

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 

A  articulação  entre  os  diversos  órgãos  e  entidades  envolvidas  com  a  regulação  da 

prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário impõe‐se como 

fundamental para que os resultados sejam conseguidos, buscando o aperfeiçoamento e a 

melhoria qualidade da prestação do serviço.