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CESAR AUGUSTO RISSOLI [email protected] SISTEMA CONDOMINIAL DE ESGOTO : INSTRUMENTO DE DEMOCRATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO Seminário: Materializando o Direito à água e aos Serviços de Saneamento Básico Brasília, 09 setembro de 2015

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CAUSAS DA DESATENDIMENTO

58 milhões domicílios

TRAÇADO

RÍGIDO

DA REDE

●maximização da

extensão da rede

● maximização da

profundidade

● elementos de

inspeção de

grande porte

Sistemas Caros

●dificuldade de

conexão da casa

SEM ENVOLVER

O PRINCIPAL

ATOR:

A COMUNIDADE●desinteresse ou

inércia

DESATENDIMENTO

E/OU BAIXO NIVEL

DE ADESÃO

LÓGICA DA

IMPLANTAÇÃO

● para quem pode

pagar

O QUÊ SE BUSCOU NO NOVO SISTEMA?

NA COMPONENTE TÉCNICA: UMA ENGENHARIA QUE FAVOREÇA A

CONEXÃO DA RESIDENCIA

Que a rede seja mais flexível, enxergando a

realidade existente, garantindo o

atendimento de todos;

Que a rede coletora seja otimizada, com

traçado mais racional;

Que o novo sistema seja simples, de fácil

aplicação em qualquer contexto;

Que tenha performance igual ou melhor

que o sistema convencional.

PROPOSTA DA COMPONENTE TÉCNICA

DO NOVO SISTEMA

1- QUE A REDE COLETORA PÚBLICA SEJA OTIMIZADA : seu

traçado só oferece um ponto de conexão por quadra (ponto mais

baixo). Isso produz uma redução de cerca de 2/3 de sua extensão.

Além disso, muda sua localização para a calçada.

2-A CONEXÃO PASSA A SER COLETIVA: por meio do ramal

condominial que recolhe o esgoto de cada casa e conduz à rede

publica no ponto mais baixo da quadra

O QUÊ SE BUSCOU NO NOVO SISTEMA?

NA COMPONENTE SOCIAL

Envolver a população na busca de soluções em cada quadra,

establecendo un canal de participação;

Fornecer informação completa aos beneficiários;

Sensibilizar os beneficiários sobre a importância do sistema de

esgoto e de sua adesão para a qualidade de vida e do meio

ambiente, com a meta de adesão consciente de todos;

Estabelecer uma regra justa da relação cliente-agente gestor,

baseado no compartilhamento de responsabilidades;

Não deixar nenhuma família sem capacidade de acesso ao sistema.

A PROPOSTA DO NOVO MODELONA COMPONENTE SOCIAL

1-PRATICAR ENGENHARIA COM ENFOQUE SOCIAL : projeto,

levantamentos, etc

2-PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA : por meio de uma Mobilização

Técnico-Social

-Objetiva com foco na adesão (exercício de cidadania)

-Não é um tratado sociológico, é uma prática nas ações

3-REGRAS DE ACESSO JUSTAS: direitos e deveres

- isonomia

-Igual para todos, mas respeitando as diferenças existentes na

comunidade;

-Ser coerente com as regras vigentes para outros tipos de serviços;

-Levar em conta as populações mais vulnenáveis;

-Induzir ao atendimento de todos (universalização);

-Basear-se na divisão de responsabilidades entre a população e o

poder público;

-Buscar a sustentabilidade do sistema.

NO DISTRITO FEDERAL

1-DESDE 1991 SÓ SE UTILIZA O SISTEMA CONDOMINIAL

(24 ANOS DE APLICAÇÃO COM SUCESSO) : talvez a

principal razão do sucesso

2-POPULAÇÃO DE MAIS DE 1.300.000 PESSOAS

UTILIZANDO O SISTEMA (+ DE 350.000 LIGAÇÕES)

3-CAESB TORNOU-SE REFERÊNCIA INTERNACIONAL NA

APLICAÇÃO DE SISTEMAS CONDOMINIAIS :convênios de

cooperação técnica com COMPESA, Haití, Nicaragua, entre

outros.

ERROS DE INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA CONDOMINIAL

1-Utilizar o sistema como discriminação: para ricos o sistema

convencional, para a periferia o sistema condominial

2-Mutirão não é sinônimo de Sistema Condominial

3-Adoção somente da solução física da rede, dispensando a

componente social.