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recirculação de água em cultivos marinhos

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  • Sistemas de Recirculao para Cultivo de Peixes Marinhos

    - Procedimento Operacional Padro (POP) -

    Venncio Guedes de Azevedo 1, Hugo Gallo Neto 2,

    Henrique Lus de Paula e Silva de Almeida 3 e Eduardo Gomes Sanches 1

    outubro 2014

    1 Ncleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Litoral Norte

    Centro Avanado de Pesquisa Tecnolgica do Agronegcio do Pescado Marinho, Instituto de Pesca, APTA, SAA-SP Estrada Joaquim Lauro de Monte Claro Neto, 2275, Ubatuba, SP - CEP: 11680-000 - [email protected]

    2 Aqurio de Ubatuba Avenida Nove de Julho, 680, Ubatuba, SP CEP: 11680-000 - [email protected]

    3 Terramare: Consultoria, Projetos e Construo de Aqurios Ltda - Rua Guarani, 859

    Bairro Itagu, Ubatuba, SP - CEP: 11680-000 - [email protected]

    Palavras-chave: Sistemas de Recirculao Aqutica, Aquacultura, Sistemas de Suporte Vida

    Key-words: Recirculation Aquatic Systems, Aquaculture, Life Support Systems

    Em razo do alto valor das reas litorneas, a piscicultura marinha na regio

    Sudeste do Brasil vem sendo desenvolvida em tanques-rede (SANCHES, 2006).

    Sistemas de recirculao para o cultivo e manuteno de peixes marinhos so

    considerados como alternativa ao cultivo em tanques-rede, sendo que esforos para o

    desenvolvimento destes sistemas para escala comercial de produo de pescado vm

    aumentando principalmente nos Estados Unidos e em pases da Europa (KATAVIC, 1999).

    Comparativamente aos sistemas tradicionais de cultivo de peixes em viveiros,

    os sistemas de recirculao proporcionam menor consumo de gua por quilo de peixe

    produzido (reduo de mais de 90%) alm de terem a vantagem da praticamente nula

    emisso de efluentes, com a consequentemente reduo do impacto ambiental. A

    aplicao deste sistema de cultivo atende aos conceitos de uma aquicultura

    responsvel e ambientalmente correta (BLANCHETON, 2000).

    Sistemas de recirculao so compostos por tanques para cultivo dos peixes,

    sistemas de bombeamento e filtragem da gua. Exigem ainda estrutura de captao

    de gua, armazenamento, tratamento e descarte, mesmo que em pequenas quantidades.

    O sucesso deste tipo de cultivo depende da implantao de complexos sistemas de

    filtragem que proporcionem adequada qualidade de gua aos organismos aquticos,

    oferta de rao com elevado teor de nutrientes, que possa satisfazer as exigncias

    nutricionais dos organismos mantidos em altas densidades de estocagem, e de pessoal

    devidamente capacitado para operar os equipamentos do sistema.

  • Os elevados custos de implantao e operao tornam os sistemas de

    recirculao mais adequados a espcies com bom valor de mercado e que suportem

    elevadas densidades de cultivo. Sistemas de recirculao possibilitam o emprego

    de densidades de estocagem mais elevadas comparativamente aos sistemas

    tradicionais de cultivo, em razo da possibilidade de maior controle dos fatores

    limitantes (notadamente temperatura, teor de oxignio e amnia). A densidade de

    estocagem ideal pode ser influenciada pelas caractersticas da espcie selecionada,

    do sistema de cultivo e dos equipamentos e estratgias de filtragem, pelo tamanho inicial

    e final dos peixes e, ainda, pelo formato e volume dos tanques. O peso comercial da

    espcie outro importante fator para a definio da densidade de estocagem.

    Para BLANCHETON (2000), a recria de formas jovens de peixes marinhos

    em sistemas de recirculao at que atinjam peso adequado para serem

    estocados em tanques-rede pode ser uma importante soluo para diminuio da

    taxa de mortalidade, quando se faz estocagem direta para os tanques-rede. Formas

    jovens de peixes marinhos so sensveis e pouco resistentes aos efeitos das

    correntes marinhas e de outras variveis oceanogrficas, sendo comum o registro

    de mortalidades quando se estocam peixes com peso inferior a 10 gramas em

    tanques-rede.

    Informaes sobre produo de peixes marinhos em sistemas de recirculao

    so escassas, sendo a maioria composta por relatos de caso sem maiores

    detalhamentos, dificultando a ampliao do conhecimento sobre esta alternativa

    de cultivo (LOSORDO et al., 1998; BLANCHETON, 2000; WATSON e Hill, 2006;

    WEBB JR. et al., 2007).

    Dentre as vantagens deste tipo de sistema esto: requerimento de reduzido

    espao e gua; alto nvel de controle ambiental, que permite cultivos anuais com

    elevados ndices de crescimento; e possibilidade de controle de efluentes e de

    localizao dos cultivos prximos aos grandes centros de comercializao. Como

    principais desvantagens podem-se citar: elevado custo de instalao e operao e

    complexidade do funcionamento dos sistemas de filtragem. Outra desvantagem,

    segundo LOSORDO et al. (1999), reside em que a manuteno dos sistemas de

    recirculao ainda pouco conhecida, constituindo-se em grande dificuldade para a

    obteno de bons resultados.

    Segundo KUBITZA (2006), os principais fatores de insucesso em sistemas de

    recirculao decorrem do desconhecimento dos princpios bsicos que regem o

    sistema e seu inadequado dimensionamento.

  • Quadro comparativo das vantagens e desvantagens da utilizao de sistemas de recirculao marinhos

    Vantagens Desvantagens

    Menor consumo de gua Alto custo de implantao e operao

    Menor risco sanitrio Complexidade de operao

    Menor demanda de rea

    Menor descarte de efluentes

    Menor impacto ambiental

    Produo prxima dos mercados consumidores

    Maior controle da produo

    Os sistemas de recirculao podem ser de vrios tamanhos, desde sistemas

    em larga escala de produo a pequenos sistemas. Podem ser utilizados como

    sistemas de crescimento e engorda ou como incubadoras para produzir ovos e

    alevinos de peixes, tanto para alimentao humana como para aquariofilia (HELFRICH

    e LIBEY, 1991)

    Sistemas de recirculao podem ser utilizados para cultivo de diversos

    organismos aquticos, tais como camares, caranguejos, ostras, dentre outros.

    A Figura 1 apresenta os principais componentes de um sistema de recirculao

    para a criao de peixes marinhos.

    Figura 1. Estrutura de um sistema de recirculao para peixes marinhos

  • Componentes do sistema

    1. Tanques para cultivo de peixes

    Os tanques podem apresentar diferentes volumes, entretanto os formatos

    ideais so o circular e o octogonal, para facilitar a circulao da gua, mas que

    sejam equipados com um dreno de fundo central, a fim de proporcionar a remoo dos

    slidos decantveis (Figura 2). Os tanques podem ser construdos em concreto,

    fibra, lona plstica ou outro material, dependendo de sua dimenso. Para tanques de

    concreto, a execuo de uma boa impermeabilizao fundamental.

    Um adequado planejamento dos pontos de entrada e sada de gua tambm

    se faz fundamental para garantir uma boa circulao de gua nos tanques, evitando-

    se zonas mortas.

    Figura 2. Tanques de lona utilizados em sistema de recirculao. Fonte: Instituto de Pesca

    2. Sistemas de filtragem

    2.1. Filtragem fsica

    A filtragem fsica retira da gua os slidos que so gerados no cultivo,

    provenientes dos resduos de rao e fezes dos peixes. Tais resduos consomem

    oxignio e geram amnia, constituindo-se em um problema para sistemas de

  • recirculao. Segundo KUBITZA (2006), os slidos podem ser divididos em trs

    grupos: slidos decantveis (partculas maiores que 100 m), slidos suspensos

    (partculas entre 40 e 100 m) e slidos dissolvidos (partculas menores que 40 m).

    Os slidos decantveis so removidos do sistema pelos drenos de fundo e

    retidos em tanques de decantao. Os slidos suspensos podem ser removidos por

    drenos e por coletores superficiais ou de meia gua, sendo retidos por filtros de areia

    (tipo filtro de piscina, Figura 3), filtros de disco (Figura 4), filtros de cartucho, filtros de

    bolsa e filtros rotativos, dentre outros.

    Figura 3. Bateria de filtros de areia (filtragem fsica). Fonte: Terramare

    Figura 4. Filtros de disco (filtragem fsica). Fonte: Instituto de Pesca

  • Os filtros de areia, cartucho e bolsa tambm podem retirar os slidos

    dissolvidos, removendo partculas de 1 a 20 micrmetros. Estes slidos tambm so

    removidos atravs do uso de fracionadores de protena (skimmer).

    2.2. Skimmer

    O skimmer, tambm conhecido como desnatador ou fracionador de protenas,

    consiste em um equipamento de filtragem da gua, muito eficiente em sistemas de

    recirculao de gua salgada (Figura 5). Bem conhecido por aquaristas marinhos e

    utilizado em praticamente todos os Aqurios Marinhos de Visitao Pblica, o skimmer

    composto de uma cmara de reao ou de contato, cilndrica, onde uma grande

    quantidade de gua e ar ou uma mistura de ar mais oznio (injetado por um sistema

    venturi ou por difusor de ar) so misturados. Na extremidade superior deste tubo

    (cilindro) existe um estreitamento atravs do qual a espuma formada expulsa, sendo

    acumulada em um copo coletor para ser descartada (Figura 6). O processo de

    filtragem realizado pelo efeito da atrao eletrosttica na superfcie das bolhas e

    pelo aprisionamento da matria particulada na espuma. Alm das partculas orgnicas

    e inorgnicas removidas, o processo de microfloculao tambm promove a remoo

    de coliformes e outras bactrias, de forma que este tipo de equipamento tambm

    proporciona a desinfeco da gua via remoo de micro-organismos (AIKEN, 2004).

    Figura 5. Skimmer em sistema de recirculao de 32.000 litros

    para criao de peixes marinhos. Fonte: Instituto de Pesca

  • Figura 6. Espuma sendo descartada em skimmer. Fonte: Aqurio de Ubatuba

    Segundo ESCOBAL (1996), os parmetros bsicos a serem observados no projeto

    destes equipamentos so dimetro e altura do cilindro (cmara de contato), vazo de

    gua (que determina o tempo de contato) e taxa de bombardeamento (injeo de ar).

    Atravs da injeo de oznio (ao invs de ar) em doses muito pequenas

    possvel o incremento da microfloculao, o que aumenta ainda mais a eficincia do

    skimmer (AIKEN, 2004).

    No Brasil j existem empresas que dimensionam, projetam e constroem este

    equipamento de acordo com as necessidades de cada sistema de recirculao (Figura 7).

    Figura 7. Skimmer para tanques de grandes dimenses. Fonte: Terramare

  • 2.3. Filtragem biolgica

    A filtragem biolgica consiste na transformao da matria orgnica presente

    na gua (principalmente os compostos nitrogenados) atravs de processos biolgicos

    em meio aerbico ou anaerbico. Em sistemas de gua salgada, pode ser realizada

    por bactrias ou macroalgas. Bactrias aerbicas transformam a amnia em nitrito e

    posteriormente em nitrato; j bactrias anaerbicas so capazes de transformar o

    nitrato em nitrognio gasoso. Macroalgas so organismos capazes de absorver

    nitrognio e fsforo do ambiente aqutico e incorpor-los sua biomassa.

    Em geral, os filtros biolgicos possuem um substrato no qual as bactrias se

    fixam. Existe uma grande variedade de filtros biolgicos que podem ser utilizados em

    sistemas de recirculao, tais como, filtro percolador aerbio (Trickling filter), tambor

    rotativo, filtros de areia e areia fluidizada. Para HOVANEC (2004), o filtro biolgico

    ideal aquele que possui grande rea para assentamento das bactrias nitrificantes

    por volume geral, mantendo um fino biofilme de bactrias, no sofre comatao,

    sufocando assim as bactrias e que apresenta baixa necessidade de manuteno e

    baixo custo de operao.

    O processo de filtragem biolgica implica grandes alteraes na qualidade da

    gua, pois as bactrias consomem oxignio, produzem gs carbnico e elevam a

    acidez da gua. Desta maneira, fundamental a aerao da gua, a eliminao do

    gs carbnico e o controle da alcalinidade aps a filtragem biolgica, sendo

    necessrias aplicaes peridicas de calcrio para controlar o pH.

    Embora o nitrato seja menos txico para a vida aqutica, a acumulao dessa

    substncia deve ser controlada nos sistemas de aquacultura. Este controle pode ser

    feito atravs da troca parcial da gua ou da instalao de filtros denitrificadores. Estes

    filtros se tornam especialmente importantes para a manuteno de elasmobrnquios

    em sistemas de recirculao, uma vez que altos nveis de nitratos na gua tm

    influncia negativa no metabolismo de iodo, causando o aparecimento de bcio neste

    grupo de animais (CROW, 2004).

    Atravs da denitrificao, compostos nitrogenados inorgnicos oxidados, tais

    como, nitrito e nitrato, so reduzidos a nitrognio elementar (N2), sendo este processo

    conduzido por micro-organismos anaerbios facultativos em processos autotrficos ou

    heterotrficos (RIJN et al., 2006). O uso de filtros denitrificadores, alm de reduzir a

    necessidade de gua, diminui o descarte de compostos nitrogenados no meio

    ambiente. No Brasil, poucas empresas projetam e fabricam filtros denitrificadores

    (Figura 8).

  • Figura 8. Filtro denitrificador. Fonte: Aqurio de Ubatuba.

    2.4. Filtros de esterilizao (UV/Oznio)

    Em razo do reuso da gua e da elevada densidade de estocagem, bastante

    frequente o aparecimento de patologias nos organismos cultivados em sistemas de

    recirculao. Dois mtodos so comumente empregados para o controle de

    patgenos: aplicao de raios ultravioleta (UV) e ozonizao (gs oznio). Filtros

    ultravioleta (Figura 9) so compostos de pequenas cmaras tubulares, onde a gua

    entra em contato com raios ultravioleta, emitidos por lmpadas especiais. A luz ultravioleta

    uma energia eletromagntica. As energias eletromagnticas so classificadas de

    acordo com seu comprimento de onda. A ao germicida da luz ultravioleta se d na

    regio UV-C e no comprimento de onda de 254 nm (nanmetro). Fora dessa regio, a

    ao germicida diminuda. Os filtros UV devem ser dimensionados de acordo com a

    velocidade de passagem da gua e a voltagem da lmpada. As lmpadas devem ser

    trocadas aps um ano de funcionamento para que o filtro no perca eficincia.

    Figura 9. Sistema de esterilizao com lmpadas ultravioleta. Fonte: Instituto de Pesca

  • A ozonizao realizada por aparelhos que produzem oznio (O3) e o

    injetam na gua, normalmente atravs de venturis e de cmaras de contato

    (Figura 10). O oznio apresenta alto poder de oxidao, sendo eficiente na

    quebra de compostos orgnicos e na eliminao de bactrias, vrus e partculas

    em suspenso na gua e, em razo disso, muitas vezes injetado em skimmers

    para aumentar sua eficincia. Contudo, se administrados em doses excessivas,

    tanto o oznio quanto agentes oxidantes gerados atravs de sua ao podem

    ser extremamente txicos para os organismos cultivados. Deste modo, o

    dimensionamento do equipamento deve ser bastante cauteloso, bem como seu

    monitoramento e controle da dosagem atravs de sensores e medidores ORP

    (potencial de oxirreduo). O carvo ativado retira o excesso de oznio da

    gua e, por este motivo, filtros com este tipo de substrato so comumente

    adicionados aps a injeo de oznio. Tambm os filtros de ultravioleta podem

    ser utilizados para reduo do excesso de oznio. Em algumas situaes,

    dependendo da configurao do sistema, cmaras de desgaseificao (semelhantes

    aos filtros percoladores aerbios) tambm podem ser utilizadas para controlar

    o excesso de oznio.

    Figura 10. Sistema de esterilizao com oznio. Fonte: Terramare

  • 3. Sistemas Complementares

    3.1. Sistemas de aerao (ar/oxignio)

    Formados por sopradores de ar e sistemas de injeo de oxignio puro,

    garantem adequados nveis de oxignio para os peixes e para as bactrias do

    sistema de filtragem. Linhas de distribuio de oxignio a partir de cilindros

    podem constituir importante alternativa em momentos de interrupo de energia

    eltrica.

    3.2. Sistemas de aquecimento/resfriamento

    So sistemas que possibilitam o aquecimento ou o resfriamento da gua,

    tendo como objetivo a manuteno da temperatura da mesma dentro dos limites

    considerados ideais para a espcie cultivada. Quando se trabalha com gua salgada,

    cabe lembrar a forte ao corrosiva do sal; diante disso, so empregados materiais

    resistentes a este processo, tal como o titnio, os quais, no entanto, encarecem

    bastante o custo destes equipamentos.

    3.3. Sistemas de iluminao

    Um adequado controle da incidncia luminosa e do fotoperodo (quantidade de

    horas de luz por dia) essencial para sistemas de recirculao marinhos, pois permite

    simular as diferentes intensidades luminosas, possibilitando antecipar os processos de

    maturao reprodutiva dos peixes.

    3.4. Sistemas de segurana

    Interrupes do fornecimento de energia eltrica podem provocar

    mortalidades massivas em sistemas de recirculao. A utilizao de geradores,

    acionados automaticamente em caso de interrupo de energia, essencial para

    a implantao de cultivos de peixes em sistemas de recirculao.

    Importncia do monitoramento da qualidade da gua

    O monitoramento da qualidade da gua fundamental para o sucesso da

    operao dos sistemas de recirculao marinhos, podendo ser realizado por

    sistemas automticos ou manuais. Os seguintes parmetros devem ser medidos:

    temperatura (C), oxignio dissolvido (OD), gs carbnico (CO2), slidos em

    suspenso (turbidez), amnia (NH3), nitrito (NO2), nitrato (NO3), pH, salinidade,

    potencial de oxirreduo (ORP).

  • Parmetros ideais para cultivo de peixes em sistemas de recirculao marinhos*

    Parmetro Valor ideal

    Temperatura (C) 24 27 C

    Oxignio dissolvido (OD) > 4,0 mg/L

    Gs carbnico (CO2) < 5,0 mg/L

    Slidos em suspenso (turbidez) < 20,0 mg/L

    Amnia (NH3) < 0,1 mg/L

    Nitrito (NO2) < 0,1 mg/L

    Nitrato (NO3) < 20,0 mg/L

    pH 8,0 - 8,5

    Salinidade 30 - 35

    Potencial de oxirreduo (ORP) > 350 mV

    * Estes parmetros podem variar dependendo da espcie cultivada.

    Consideraes finais

    Sistemas de recirculao podem constituir uma interessante alternativa para a

    criao de peixes marinhos. Considerando o elevado custo de aquisio e

    manuteno dos equipamentos que os integram, torna-se essencial um adequado

    conhecimento cientfico e tcnico no momento de elaborao de um projeto desta

    natureza, pois tal conhecimento dever nortear o processo desde o estudo de

    viabilidade econmica at a escolha e calibragem dos equipamentos, alm do

    treinamento do pessoal envolvido nas operaes do sistema.

    Referncias Bibliogrficas

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