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  • 8/16/2019 Competitividade Sist Agroind

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    CENTRO UNIVERSITARIO UNIVATES

    CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

    IMPLANTAÇÃO DE MANUAL DE QUALIDADE EM UMA AGROINDUSTRIA DE

    EMBUTIDOS

    Cristiane Teresinha Barkert

    Lajeado, novembro de 2014 

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    Cristiane Teresinha Barkert

    IMPLANTAÇÃO DE MANUAL DE QUALIDADE EM UMA AGROINDUSTRIA DE

    EMBUTIDOS

    Artigo apresentado na disciplina

    de Estagio Supervisionado do

    curso Técnico em Química do

    Centro Universitário Univates,

    como exigência para a obtenção

    do título de Técnico em Química.

    Orientadora: Ruthinéia da Luz. 

    Lajeado, novembro de 2014.

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    IMPLANTAÇÃO DE MANUAL DE QUALIDADE EM UMA AGROINDUSTRIA DE

    EMBUTIDOS

    Cristiane T. Barkert1 

    Ruthineia da Luz2 

    Resumo: O objetivo deste artigo é a implantação de um Manual De Autocontrole (MA) baseado nosprogramas de qualidade em uma agroindústria familiar localizada no município de Marques deSouza/RS. Com as exigências legais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)que torna obrigatória a implantação dos Programas de Autocontrole (PAC) emmatadouros/frigoríficos, bem como a finalidade de obter produtos com maior qualidade para forneceraos seus clientes, a agroindústria necessita-se aperfeiçoar-se nas mesmas condições que os grandesfrigoríficos. Com a implantação de um dos métodos de qualidade e como forma de possibilitar maiorcompetitividade no mercado, realizou-se na Agroindústria Angel a implantação dos Programas deAutocontrole (PAC), bem como a aplicação da Lista de Verificação para avaliação das Boas Práticasde Fabricação, mais conhecido como checklist de área. 

    Palavras-chaves: Programa de Autocontrole. Agroindústria. Qualidade. Lingüiça.

    1. INTRODUÇÃO

    Este artigo apresenta a implantação de um Manual da Qualidade através

    dos Autocontroles implantados na Agroindústria Angel, localizada no município de

    Marques de Souza, que produz lingüiças e salame embutidos de carne suína.Optou-se por essa implantação para que se obtenham produtos de qualidade nos

    requisitos microbiológicos, qualidade na higienização dos colaboradores,

    equipamentos, utensílios, preparação e manipulação, embalagem e transporte sob

    condições sanitárias adequadas e dentro da legislação vigente.

    1

     Acadêmica do Curso Técnico em Química, Centro Universitário – UNIVATES, Lajeado/[email protected]

    2 Química Industrial, Professora Centro Universitário – UNIVATES, Lajeado/RS. [email protected]

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    Segundo a definição de Mior (2005, p. 191):

    “A agroindústria familiar rural é uma forma de organização em

    que a família rural produz, processa e\ou transforma parte de

    sua produção agrícola e\ou pecuária, visando sobre tudo àprodução de valor de troca que se realiza na comercialização.

    Enquanto o processamento e a transformação de alimentos

    ocorre geralmente na cozinha das agricultoras, a agroindústria

    familiar rural se constitui num novo espaço e num novo

    empreendimento social e econômico.”

    Nos últimos anos, a “agroindústria rural” obteve crescente reconhecimento

    nos estudos rurais e no âmbito político-institucional, em decorrência da importânciadesta atividade enquanto alternativa econômica aos estabelecimentos rurais. A

    necessidade de novas experiências, como na diversificação dos meios de vida das

    famílias nas zonas rurais que desenvolvem produtos coloniais (Perondi, 2007 e

    Shneider e Niederle, 2010), bem como a criação de linhas específicas de

    financiamento público, sobretudo por meio do PRONAF/Agroindústria (Wesz Junior,

    2009; Raupp, 2005), ressaltam esta como sendo um dos pilares estratégicos à

    novas dinâmicas de desenvolvimento rural e regional.

    De acordo com a Instrução Normativa nº 4, de 31 de março de 2000,  do

    Ministério da Agricultura, define-se lingüiça   como sendo um produto cárneo

    industrializado, obtido de carnes de animais de açougue, adicionados ou não de

    tecidos gordurosos, aditivos, embutido em envoltório natural ou artificial, e submetido

    ao processo tecnológico adequado (MAPA, 2000).

    Segundo o MAPA (2000), as lingüiças são classificadas em produto fresco,

    produto seco, curado e/ou maturado, produto cozido entre outros. De acordo com a

    composição da matéria-prima e das técnicas de fabricação, a lingüiça pode ser

    classificada como: Lingüiça Calabresa  um produto obtido apenas de carnes suína,

    curado, adicionado de ingredientes, devendo ter o sabor picante característico da

    pimenta calabresa submetidas ou não ao processo de estufagem ou similar para

    desidratação e ou cozimento, sendo o processo de defumação opcional. Lingüiça

    Portuguesa um produto obtido exclusivamente de carne suína, curado, adicionado

    de ingredientes, submetido a ação do calor com defumação. Sua forma de

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    apresentação é de uma "ferradura", e com sabor marcante de alho. A Lingüiça

    Toscana é um produto cru e curado obtido de carnes suína, adicionada de gordura

    suína e ingredientes. A Lingüiça Paio  é obtido de carnes suína e de no máximo 20%

    de bovina, embutida em tripas natural ou artificial comestível, curado e acrescentado

    de ingredientes, submetida à ação do calor com defumação.

    Na Tabela 1, são apontados os parâmetros físico-químicos das diferentes

    espécies de lingüiças, como as frescais, cozidas e dessecadas.

    TABELA 1: Características Físico-Químicas

    Fonte: MAPA, 2000. 

    Segundo normas do Codex Alimentarius (1994), as práticas de higiene para

    a elaboração do produto recomenda-se estar de acordo com o estabelecido no:

    "Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene para os Produtos

    Cárnicos Elaborados".

    Conforme o Decreto nº 30.691, de 29/03/1952 do MAPA, toda a carne usada

    na elaboração de linguiças deverá ter sido submetida aos processos de inspeção

    prescritos no RIISPOA - "Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de

    Produtos de Origem Animal" e tratadas termicamente conforme as normas

    estabelecidas pelo "Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene para

    Alimentos pouco ácidos e Alimentos acidificados envasados" (MAPA, 1952).

    As carnes para produção de linguiças e após produto acabado deverão ser

    manipuladas, armazenadas e transportadas em locais adequados de forma que as

    mesmas estejam protegidas contra contaminação e deterioração. As linguiças

    curadas e dessecadas, defumadas ou não, poderão apresentar em sua superfície

    PARÂMETRO FRESCAIS COZIDAS DESSECADAS  Umidade (Max.) 70% 60% 55%Gordura (Max.) 30% 35% 30%Proteína (Mín.) 12% 14% 15%Cálcio (base seca) (Max.) 0,1% 0,3% 0,1% 

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    externa "mofos", que deverão ser de gênero, não nocivos a saúde humana (MAPA,

    2000).

    Há algum tempo, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem

    Animal, através do acompanhamento das atividades rotineiras de inspeção nas

    indústrias, inseriu nas suas tarefas rotineiras a avaliação da implantação e da

    execução, por parte da indústria inspecionada, dos chamados programas de

    Autocontrole. As modernas legislações dirigidas ao controle sanitário de alimentos

    tratam esses programas como requisitos básicos para a garantia da inocuidade dos

    produtos (MAPA, 2005). 

    2. PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE

    Segundo o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal

    (DIPOA), optou por um modelo de inspeção sanitária, baseado no que atualmente,

    denomina-se de Controle de Processo. Em resumo, esse procedimento fundamenta-

    se na inspeção contínua e sistemática de todos os fatores que, de alguma forma,podem interferir na qualidade higiênico-sanitária dos produtos expostos ao consumo

    da população (MAPA, 2005).

    Segundo Capiotto & Lorenzani (2006), na grande maioria dos países, os

    organismos reguladores, como agências de proteção à saúde, blocos econômicos,

    entidades mundiais, entre outros, editam leis, normas e padrões, visando assegurar

    a qualidade do produto final e forçar a observância de requisitos de higiene esanitização. As ferramentas de qualidade mais utilizadas para garantir um alto

    padrão de qualidade e confiabilidade dos alimentos são as Boas Práticas de

    Fabricação (BPFs) e a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

    Segundo o MAPA (2005), está estabelecido que as empresas devem

    implantar os programas de Autocontrole conforme sua necessidade ou modelo. Para

    isso são existentes os seguintes Programas de Autocontrole: 

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    PAC de Manutenção das Instalações e Equipamentos Industriais  tem como

    objetivo preservar as características originais das instalações e equipamentos, tanto

    no que se refere à estrutura, como acabamento e à funcionalidade.

    O PAC sobre Sanitários e Barreiras Sanitárias   mantém o funcionamento

    eficiente e condições higiênicas dos sanitários e barreiras sanitárias.

    PAC que trata sobre Águas de Abastecimento garante a qualidade da água

    utilizada durante todo o processo de industrialização. A norma que rege os padrões

    para água, é a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914, de 12 de dezembro de

    2011, a mesma dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância daqualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

    PAC que trata sobre Águas Residuais   evita o cruzamento de fluxo ou

    contaminação da água de abastecimento.

    PAC sobre Procedimento Padrão de Higiene Operacional – PPHO garante a

    elaboração de produtos alimentícios de alta qualidade, ostentando completasegurança sanitária, em prol da saúde de nossos consumidores.

    PAC Higiene, Hábitos higiênicos e Saúde dos Colaboradores  objetiva-se na

    realização de uma higiene pessoal adequada a todos os colaboradores afim de

    evitar a contaminação dos alimentos.

    PAC Procedimentos Sanitários Operacionais   trata sobre estabelecer e

    divulgar entre os funcionários, os procedimentos e normas internas da agroindústria

    com relação aos Procedimentos Sanitários Operacionais assegurando, assim, que

    os produtos cheguem aos clientes e consumidores com a qualidade requerida e livre

    de qualquer tipo de contaminação.

    PAC Controle de Matéria-prima, ingredientes e material de embalagens trata

    de proteger os produtos e embalagens contra contaminações causadas por agentesfísicos, químicos ou microbiológicos.

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    PAC Controle de Temperatura tem o objetivo de garantir a inocuidade e

    qualidade dos produtos.

    PAC Calibração de Instrumentos de Controle de Processo possui a

    finalidade de evitar que a produção, incluindo todas as etapas do processo, sejam

    monitoradas de forma imprecisa.

    PAC Análises Laboratoriais   tem por finalidade adotar as precauções

    necessárias para evitar a contaminação dos produtos através das superfícies de

    contato.

    3. LEGISLAÇÕES APLICADAS PARA AGROINDÚSTRIAS 

    Na Portaria nº 368 publicada em 04/09/97, do MAPA, sob Regulamento

    Técnico determina as ideais condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de

    elaboração para estabelecimentos elaboradores/industrializadores de Alimentos.Portanto todas empresas que trabalham com produtos de origem animal, devem

    basear-se nestas normas de qualidade.

    A Circular Nº 175/2005/CGPE/DIPOA publicada em 16 de maio de 2005, do

    MAPA, determina os Procedimentos de Verificação dos Programas de Autocontrole.

    Para que as empresas que trabalham com produtos de origem animal possam

    basear-se nestes Programas de Autocontrole, com o intuito de melhorar o processoprodutivo desde o início até a sua elaboração final, para oferecer um produto com

    maior qualidade aos seus clientes.

    Segundo a ANVISA, através da Portaria n º 1004, publicada em 11 de

    dezembro de 1998, trata exclusivamente sobre o Regulamento Técnico Atribuição

    de Função de Aditivos, Aditivos e seus Limites Máximo de uso para a Categoria 8 –

    Carne e Produtos Cárneos, ou seja para o uso dos aditivos adequados, a

    agroindústria deve basear-se nesta norma.

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    Já o MAPA determina em seu RIISPOA - Regulamento da Inspeção

    Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, sob Decreto nº 30.691,

    publicado em 29 de março de 1952, que todo produto de origem animal deve

    atender as especificações técnicas determinadas perante regulamento.

    4. METODOLOGIA

    O presente trabalho foi realizado baseando-se nas normas técnicas

    estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores de produtos de origem animal o MAPA,bem como utilizando o suporte das normas determinadas pela ANVISA - Agência

    Nacional de Vigilância Sanitária.

    Inicialmente realizou-se uma avaliação técnica, para conhecer melhor o

    processo de produção da agroindústria, aplicando um checklist (conforme figura 01),

    elaborado exclusivamente para esta agroindústria, baseado Resolução RDC nº 275,

    do Ministério da Saúde (2002), que trata sobre a verificação das Boas Práticas DeFabricação em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. O

    presente checklist tem por objetivo avaliar as questões relacionadas à avaliação da

    Edificação e Instalações, Equipamentos, Móveis e Utensílios, Manipuladores e

    Produção e Transporte do Alimento.

    Na Figura 01, evidencia-se o modelo da lista de verificação elaborada para

    aplicar na auditoria de verificação nas instalações da agroindústria.

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    Figura 01: Itens de Avaliação do Checklist

    Fonte: Do Autor, 2014  

    Os itens da lista de verificação foram pontuados como Conforme   (C) para

    todos os parâmetros que encontravam-se de acordo com as normas de qualidade.

    Não Conforme  (NC), para os itens que não respeitavam as regras e especificações

    segundo a legislação e Não Aplicável   (NA) para todos aqueles que não são

    aplicáveis para a agroindústria. Para compor a lista de verificação, foram adotados

    92 itens de controles, os mesmos fizeram-se necessários para que as normas de

    qualidade pudessem ser estabelecidas e atendidas. 

    O MA - Manual de Autocontrole, foi implantado conforme Procedimentos de

    Verificação dos Programas de Autocontrole (Figura 02), segundo Circular Nº

    175/2005/CGPE/DIPOA (MAPA, 2005) e necessidades da agroindústria. Avaliou-se

    individualmente cada Programa de Autocontrole segundo a legislação e adaptou-se

    a realidade da agroindústria, mas atendendo as normas técnicas determinadas pelos

    órgãos fiscalizadores.

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    Figura 02 – Manual de Autocontrole elaborado para a Agroindústria Angel

    Fonte: Do Autor, 2014  

    O Manual de Autocontrole contendo todos os PAC, Registros de Qualidade

    (RQ) e a Instrução de Trabalho (IT), estão disponíveis na Agroindústria Angel, paraque os colaboradores possam consultar e realizar os registros de monitoramento

    necessários. 

    5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Após a aplicação do  checklist através da auditoria percebeu-se que aagroindústria apesar de ser de pequeno porte, obteve resultado positivo na maioria

    dos 92 itens avaliados, resultando em 88,04% de itens “Conformes (C)”. Já para a

    questão de itens “Não conformes (NC)”, o índice foi menor, com aproximadamente

    10,87% e 1,09% para itens “Não Aplicáveis”.

    Para os itens não-conforme, houve a necessidade de elaborar alguns

    documentos que complementasse a ação corretiva, para isso elaborou-se os RQ,considerados Registros de Qualidade, bem como a elaboração de INS – Instruções

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    de Trabalho, com a finalidade de orientar os colaboradores sobre alguns

    procedimentos. Para os itens não-conformes, foram verificados que:

    a) Piso: 

    Item Não conforme : Material que permite fácil e apropriada higienização (liso,

    resistente, drenados com declive, impermeável e outros). Em adequado estado de

    conservação (livre de defeitos, rachaduras, trincas, buracos e outros). 

    Justificativa:   Verificou-se que o piso não era de fácil higienização, pois não

    apresentava-se liso, com presença de rachaduras e pequenos buracos. Isso

    possibilita a aglomeração de sujidades e possível presença de micro-organismos. 

    Ação corretiva: Avaliar o piso de toda estrutura e substituí-lo por material liso,resistente de fácil higienização. Segundo a agroindústria, será realizado um

    orçamento e avaliado para possível troca.

    b) Instalações Sanitárias para os Manipuladores:

    Item Não conforme : Quando localizados isolados da área de produção, acesso

    realizado por passagens cobertas e calçadas. 

    Justificativa:  Não evidenciou-se a presença de passagens cobertas e com calçadas,para acessos a outras áreas. Verificou-se que neste local havia passagens de chão

    batido. 

    Ação corretiva:  Sugere-se para a agroindústria que seja construída uma passagem

    com cobertura e calçada de fácil higienização. 

    Item Não conforme : Instalações sanitárias servidas de água corrente, dotadas

    preferencialmente de torneira com acionamento automático e conectadas à rede deesgoto ou fossa séptica. Portas com fechamento automático (mola, sistema

    eletrônico ou outro).

    Justificativa: Não evidenciou-se a presença de torneiras com acionamento

    automático nas instalações sanitárias, bem como não verificou-se a presença de

    portas com acionamento automático nas instalações. Esta necessidade é importante

    para evitar a contaminação humana com o utensílio (torneira) e ou com as portas, e

    vice-versa. 

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    Ação corretiva:   Realizar a substituição da torneira manual para acionamento

    automático, bem como a necessidade de instalar portas com fechamento

    automático, para que não haja o contato do manipulador com a porta.

    c) Ventilação e Climatização: 

    Item Não conforme : Existência de registro periódico dos procedimentos de limpeza e

    manutenção dos componentes do sistema de climatização (conforme legislação

    específica) afixado em local visível. 

    Justificativa:  Não há a presença de registros que evidenciem os procedimentos de

    limpeza e manutenção. É necessário documentar todas as ações realizadas durante

    a rotina de processo, para justificar e rastrear possíveis falhas. Ação corretiva: Implantação da RQ001, evidenciando, a data, climatizador, janelas,

    portas, paredes, teto, forro, ação corretiva e responsável pela ação, conforme Anexo

    01.

    d) Higienização Das Instalações: 

    Item Não conforme : Existência de registro da higienização. 

    Justificativa:   Não evidenciado a presença de registros que justifiquem osprocedimentos de higienização das instalações. O documento de controle de

    higienização das instalações são necessárias, para evidenciar o controle sanitário da

    indústria. 

    Ação corretiva: Implantação da RQ001, evidenciando, a data, climatizador, janelas,

    portas, paredes, teto, forro, ação corretiva e responsável pela ação, conforme Anexo

    01. 

    e) Equipamentos, Móveis e Utensílio 

    Item Não conforme : Existência de planilhas de registro da temperatura, conservadas

    durante período adequado.

    Justificativa:  Não verificado a presença de registros de controle das temperaturas da

    câmara fria. Este registro é necessário para ter a evidência do controle diário da

    temperatura de conservação dos produtos no sistema de refrigeração, para que não

    haja proliferação de micro-organismos indesejáveis.

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    Ação corretiva:   Implantação da RQ005, evidenciando, a data, temperatura, ação

    corretiva, responsável pela ação, conforme Anexo 02.

    Item Não conforme : Existência de registros que comprovem que os equipamentos e

    maquinários passam por manutenção preventiva. 

    Justificativa:  Não há a presença de registro que comprove a manutenção preventiva

    de equipamentos e maquinários utilizados no processo. Faz-se necessária a

    manutenção preventiva, para que o equipamento não pare durante a elaboração dos

    produtos e interfira na qualidade do mesmo. 

    Ação corretiva:  A agroindústria não tem condições de realizar um trabalho junto à

    empresa terceirizada, portanto a mesma realiza manutenções corretivas quandonecessárias. 

    f) Hábitos Higiênicos: 

    Item Não conforme : Cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta

    lavagem das mãos e demais hábitos de higiene, afixados em locais apropriados. 

    Justificativa: Não verificada a presença de cartazes de orientação aos

    manipuladores quanto às instruções de higienização das mãos, fixados em locaisapropriados. Esse folhetim faz-se necessário, para instruir os colaboradores quanto

    às normas de boas práticas de fabricação. 

    Ação corretiva:  Elaboração do cartaz de orientação aos manipuladores, denominado

    de INS – Instrução de Trabalho, conforme Anexo 03. 

    Segundo Oliveira & Silva (2006), ao elaborar o Manual de Procedimento

    para o setor de expedição da Editora Ultimato, a empresa criou a possibilidade demelhorar a visualização de seus processos e definir claramente as atividades. Bem

    como agilizar a tomada de decisões em relação as modificações dos processos,

    padronizando de forma a atender as exigências do mercado.

    Já segundo Veloso & Pizo (2006), durante a adequação da organização as

    normas estabelecidas, o mesmo salienta que o período de implantação acaba sendo

    turbulento, em decorrência das mudanças, que são necessárias, mas possibilita um

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    período enriquecedor e benéfico alcançando todos os setores, desde quem fiscaliza,

    passando por quem fábrica e principalmente chegando até quem recebe.

    No estudo realizado por Silva et al (2012), informa que a implantação de

    sistema de qualidade do produto no processo produtivo industrial, serve de

    instrumento multiplicador na área empresarial, para elaborar produtos com melhor

    qualidade, menores custos e incrementar a inovação tecnológica. O processo de

    implantação desses sistemas, agregam maior valor à cultura da empresa,

    desenvolve competências relacionadas com o planejamento, atuação pró-ativa,

    capacidade de trabalho em equipe, melhoria da confiabilidade dos sistemas

    produtivos.

    6. CONCLUSÃO

    O Manual da Qualidade é o primeiro passo para se garantir o cumprimento

    das tarefas de forma prevista e padronizada, sendo de fundamental importância para

    o funcionamento da agroindústria. A padronização dos processos torna mais fácil ogerenciamento das rotinas e é de grande importância para garantir a estabilidade e a

    regularidade do processo e produto final. A atribuição de funções e as formas

    adequadas de exercê-las serão sempre asseguradas pelo Manual de Autocontrole,

    RQ e INS. Sendo todos disponíveis na Agroindústria Angel para garantir que as

    tarefas serão de responsabilidade do (s) funcionário (s). 

    Apesar da elaboração de todos os documentos, serem realizados em

    conjunto com a direção da agroindústria, verifica-se a necessidade da implantação

    de treinamentos específicos para as áreas de Controle de Qualidade, abordando

    detalhadamente todos os PAC implantados, bem como todos os processos que

    envolvam cuidados específicos quanto a conhecimentos técnicos dos assuntos

    abordados no manual, para melhorar o conhecimento com ênfase na segurança

    alimentar. Para isso faz-se necessário à continuidade deste trabalho junto à

    agroindústria. 

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    Ao término do trabalho, mesmo sendo uma agroindústria, de pequeno porte,

    situada em um município pequeno, demonstrou-se ser bem ministrada, pois nos 92

    itens avaliados entre Edificação e Instalações, Equipamentos, Móveis e Utensílios,

    Manipuladores e Produção e Transporte do Alimento no checklist, 88,04% dos itens

    foram “Conformes (C)”, atendendo satisfatoriamente os requisitos de qualidade.

    Junto com as implantações dos PAC, RQ e INS e avaliando as Ações Corretivas a

    agroindústria tem possibilidade de ser um grande exemplo a ser seguido na região. 

    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

    MIOR, Luis Carlos. Agricultores familiares, agroindústrias e redes de

    desenvolvimento rural. Chapecó: Argos, 2005.

    PERONDI, M. A. Diversificação dos meios de vida e mercantilização da

    agricultura familiar. Tese (Doutorado) – Desenvolvimento Rural, Programa de Pós-

    Graduação em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,Porto Alegre, 2007. 

    SCHNEIDER, S.; NIEDERLE, P. A. Resistance strategies and

    diversification of rural livelihoods:the construction of autonomy among

    Brazilian family farmers. Journal of peasant studies, v. 37, p. 379-405, 2010.

    WESZ JUNIOR, V. J. As políticas públicas de agroindustrialização na

    agricultura familiar: análise e avaliação da experiência brasileira. Dissertação

    (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em

    Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Universidade Federal Rural do Rio de

    Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

    RAUPP, A. K. Políticas públicas e agroindústrias de pequeno porte da

    agricultura familiar: considerações de experiências do Rio Grande do Sul.  

    Dissertação (Mestrado) – Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Universidade

    Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.

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    MAPA, Instrução Normativa nº 4 - Regulamentos Técnicos de Identidade

    e Qualidade de Carne Mecanicamente Separada, de Mortadela, de Linguiça e

    de Salsicha, 31 de março de 2000.

    Codex Alimentarius - Programa conjunto FAO/ OMS sobre Normas

    Alimentarias, Comisión del Codex Alimentarius, Roma, 1994, Volume 10.

    MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária: RIISPOA - Regulamento da

    Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal,  Decreto nº

    30.691, de 29 de março de 1952.

    MAPA, Circular Nº 175/DIPOA, Determina os Procedimentos de

    Verificação dos Programas de Autocontrole, publicada em 16 de maio de 2005.

    CAPIOTTO, Gisele.; LOURENZANI, Wagner. Sistema de gestão de

    qualidade na indústria de alimentos: caracterização da norma ABNT NBR ISO

    22.000:2006, UNESP, TUPÃ - SP - BRASIL.

    MAPA, Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997 – Regulamento

    Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de

    Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de

    Alimentos - Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Brasil.

    ANVISA, Portaria n º 1004 de 11 de dezembro de 1998 – RegulamentoTécnico Atribuição de Função de Aditivos, Aditivos e seus Limites Máximo de

    uso para a Categoria 8 – Carne e Produtos Cárneos – Ministério da Saúde, Brasil

    ANVISA, Resolução RDC nº 275, Dispõe sobre o Regulamento Técnico

    de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos

    Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas

    Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de

    Alimentos, de 21 de outubro de 2002.

  • 8/16/2019 Competitividade Sist Agroind

    18/21

     

    OLIVEIRA, Elmo Pereira.; SILVA, Henrique Dione. Elaboração de normas e

    procedimentos operacionais no setor de expedição da Editora Ultimato,

    VIÇOSA MINAS GERAIS - BRASIL 2006

    VELOSO, Elizangela.; PIZO, Carlos Antonio. Elaboração do manual da

    qualidade: Experiência em uma indústria de produtos de limpeza, BAURU, SP,

    BRASIL, 06 A 08 DE NOVEMBRO DE 2006.

    SILVA, ET AL. Gestão da qualidade do produto no processo de

    produção industrial: um estudo de caso em uma indústria de bebidas, Abril de2012.

  • 8/16/2019 Competitividade Sist Agroind

    19/21

     

    ANEXOS

    Anexo 01

    PRODUTOS ANGELRQ 001

    Revisão: Minuta

    LIMPEZA PREDIAL– PAC 01Página 1 de1

    Data: 07/10/14

    Periodicidade: Mensal

    C: Conforme NC: Não conforme

    Ação Corretiva:  Agendar a limpeza do mesmo para que seja feita o mais breve

    possível.

    Elaborado: Cristiane Barkert Aprovado: Darcy Irani Maurer

       D  a   t  a

     

    Climatizador

    Janelas Portas Parede TetoForro

    AçãoCorretiva

       V   i  s   t  o

     

    C NC C NC C NC C NC C NC C NC

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    Anexo 02

    PRODUTOS ANGELRQ 005

    Revisão: Minuta

    VERIFICAÇÃODA TEMPERATURA DACÂMARA FRIA – PAC09

    Página 1 de1

    Data: 07/10/14

    Data Temperatura Ação Corretiva Visto

    C NC

    Periodicidade: Diário Padrão: 0 a 8°C

    C: Conforme (0 a 8°C) NC: Não conforme ( 8°C)

    Ação Corretiva: Ajustar a temperatura para ficar dentro do padrão estabelecido.

    Elaborado: Cristiane Barkert Aprovado: Darcy Irani Maurer

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    Anexo 03

    PRODUTOS ANGEL INS 02

    HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EANTEBRAÇOS

    Página 1 de 1Data: 07/10/14

    Fonte: dc365.4shared.com/doc/Tw0evrwn/preview.html

    Elaborado: Cristiane Barkert Aprovado: Darcy Irani Maurer