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SISMICIDADE E ESTRUTURA INTERNA DA TERRA

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SISMICIDADE E ESTRUTURA

INTERNA DA TERRA

AS PRINCIPAIS CAMADAS DA TERRA

# A maior parte do interior da Terra é inacessível às observações diretas.

Para conhecer sua constituição interna, é necessário recorrer a métodos

indiretos.

# A sismologia fornece-nos estimativas para densidades e outras

propriedades físicas das rochas do interior do planeta.

# A partir das propriedades físicas, e com o apoio de experiências que

simulam as condições de temperatura e pressão do interior da Terra, é

possível inferir as composições mineralógicas das camadas presentes.

# O calor interno da Terra e os processos de sua redistribuição são fatores

importantes para entender os movimentos dentre de e entre as camadas da

Terra.

INVESTIGANDO O INTERIOR DA TERRA

# No séc. XIX, cientistas especulavam sobre a constituição interna da

Terra. Charles Darwin, por exemplo, depois de testemunhar erupções

vulcânicas e terremotos nos Andes, sugeriu que a Terra era composta por

uma fina casca (ao redor de uma massa fundida).

# Para alcançar as partes da crosta atualmente mais profundas, já foram

feitas sondagens tanto nos oceanos como nos continentes.

# A crosta continental apresenta espessura variável – desde cerca de 30-40

Km nas regiões sismicamente estáveis mais antigas (crátons) até 60-80 Km

nas cadeias de montanhas (tais como o Himalaia (na ásia) e os Andes (na

américa do sul)).

INVESTIGANDO O INTERIOR DA TERRA

# Muitas informações sobre o comportamento dinâmico do interior do

nosso planeta resultam do estudo de suas propriedades físicas, tais como a

gravidade e o magnetismo.

• Localização, identificação e avaliação do potencial econômico de jazidas

de minérios, carvão, petróleo, sal, etc.

# O campo magnético terrestre origina-se no núcleo terrestre. A observação

na superfície da Terra da forma e variações desse campo magnético

permite-nos estudar a dinâmica dessa região da Terra.

INVESTIGANDO O INTERIOR DA TERRA

# As rochas da superfície terrestre, ao se formarem, registram as

informações do campo geomagnético da época. A recuperação dessas

informações permite-nos desvendar a história do magnetismo terrestre no

passado geológico.

# Através das propriedades magnéticas das rochas é possível localizar

jazidas minerais e traças os movimentos pretéritos dos blocos litosféricos

durante a evolução da Terra.

INVESTIGANDO O INTERIOR DA TERRA

# Turquia (17 de agosto de 1999) – 15000 mortos (meio milhão de

desabrigados)

# Os terremotos, mais do que qualquer outro fenômeno natural,

demonstram o caráter dinâmico da Terra.

# O registro de milhares de terremotos em todo mundo define e moldura as

várias placas que formam a casca rígida da Terra.

AS PRINCIPAIS CAMADAS DA TERRA

# O Brasil era considerado assísmico até pouco tempo atrás, por não se

conhecerem registros de sismos destrutivos, e os poucos abalos sentidos

eram interpretados como acomodações de camadas.

# Estudos sismológicos a partir da década de 70 mostraram que a atividade

sísmica no Brasil, apesar de baixa, não pode ser desprezada – sendo

resultado de forças geológicas que atuam em toda a placa que contém o

continente sul-americano.

# O lento movimento das placas litosféricas gera tensões em vários pontos

próximos de suas bordas. Quando essas tensões atingem o limite de

resistência das rochas, ocorre uma ruptura.

AS PRINCIPAIS CAMADAS DA TERRA

# O movimento repentino entre os blocos de cada lado da ruptura geram

vibrações que se propagam em todas direções.

# Os terremotos podem ocorrer no contato entre duas placas litosféricas ou

no interior de uma delas.

# Hipocentro – ponto onde se inicia a ruptura e a liberação das tensões

acumuladas.

# Epicentro – projeção do hipocentro na superfície.

# Profundidade focal – distância do hipocentro à superfície.

AS PRINCIPAIS CAMADAS DA TERRA

# O movimento repentino entre os blocos de cada lado da ruptura geram

vibrações que se propagam em todas direções.

ONDAS SÍSMICAS

# Quando ocorre uma ruptura na litosfera, vibrações sísmicas se propagam

em todas as direções na forma de ondas – as quais podem ser sentidas a

grandes distâncias (podendo ser registradas por sismógrafos).

# Vibrações longitudinais (P) – as partículas do meio vibram

paralelamente à direção de propagação (dilatação e propagação).

# Vibrações transversais (S) – o solo é deslocado perpendicularmente à

direção de propagação (como num chicote).

# A velocidade de propagação das ondas P e S dependem essencialmente do

meio por onde elas passam (quanto maior a densidade de uma rocha,

maior a velocidade das ondas sísmicas)

VELOCIDADES DE PROPAGAÇÃO DAS ONDAS “P” E “S”

# No ar, as ondas P tomam a forma de ondas sonoras e propagam-se à

velocidade do som. A velocidade de propagação deste tipo de ondas varia

com o meio em que se propagam. Não são tão destrutivas como as ondas S

ou as ondas de superfície que se lhes seguem.

# As ondas S propagam-se apenas em corpos sólidos, uma vez que os

fluidos (gases e líquidos) não suportam forças de cisalhamento. A sua

velocidade de propagação é cerca de 60% daquela das ondas P, para um

dado material. A amplitude destas ondas é várias vezes maior que a das

ondas P.

ONDA RAYLEIGH (R)

ONDA LOVE (L)

# Resultante das ondas P e S, mostra-se caracterizada por se propagar

gerando uma vibração no sentido contrário à propagação da onda, ou seja,

um movimento de rolamento (descrevendo uma órbita elíptica). Sua

amplitude diminui rapidamente com a profundidade.

# Correspondem a ondas de superfície que produzem cisalhamento

horizontal do solo. São ligeiramente mais rápidas que as ondas de Rayleigh

e altamente destrutivas

VELOCIDADES DE PROPAGAÇÃO DAS ONDAS “P” E “S”

# Vibrações provocadas por explosões artificiais são importantes

ferramentas na obtenção de informações sobre estruturas geológicas, na

exploração de petróleo e na busca de água subterrânea.

ESTRUTURA INTERNA DA TERRA

# Não é possível ter a cesso direto às partes mais profundas da Terra

devido às limitações tecnológicas de enfrentar as altas pressões e

temperaturas.

# O furo de sondagem mais profundo feito até hoje (Kola, Rússia) atingiu

apenas 12 Km (uma fração insignificante quando comparada ao raio da

Terra).

# A estrutura interna do planeta só pode ser analisada de modo indireto. A

análise das ondas sísmicas permite-nos deduzir várias características das

partes internas da Terra.