sÍndrome de williams e a intervenÇÃo

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 Revista da Católica, Uberlândia, v. 2, n. 3, p. 334-347, 2010 – catolicaonline.com.br/revistadacatolica  334 SÍNDROME DE WILLIAMS E A INTERVENÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE COM AUXÍLIO NA ESCOLARIZAÇÃO 1  Marcela Melo Almeida *  Helenice Maria Tavares **  Resumo O trabalho apresenta um estudo de caso de uma criança com Síndrome de Williams com dificuldades psicomotoras. O objetivo é identificar quais dificuldades e perturbações motoras e cognitivas crianças com Síndrome de Williams apresentam e como isto pode interferir em sua atividade de vida diária. Por meio da técnica psicomotora, verificou-se que é possível educar e reeducar as habilidades psicomotoras e cognitivas, evidenciando a importância e a necessidade da psicomotricidade para um melhor desempenho da criança. Palavras-Chave : Síndrome de Williams. Desenvolvimento Cognitivo. Reeducação. Psicomotricidade. A Psicomotricidade Funcional contribui de forma efetiva para o desenvolvimento das crianças com Síndrome de Williams, facilitando as aprendizagens cognitivas? Diante desta pergunta iremos analisar os achados das dificuldades e perturbações psicomotoras e cognitivas de um portador de Síndrome de Williams e verificar seu desempenho nas atividades escolares e de vida diária. Partimos de um estudo de caso de uma criança de sete anos, sexo masculino, portador de Síndrome de Williams-Beuren (SWB). Este tipo de pesquisa, segundo Gil (1999, p. 72 e 73): “estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamento considerado”. 1  Trabalho apresentado como requisito parcial para conclusão do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicomotricidade da Faculdade Católica de Uberlândia. *  Aluna do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicomotricidade da Faculdade Católica de Uberlândia. Email: [email protected].  **  Professora – orientadora do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicomotricidade da Faculdade Católica de Uberlândia. Email: [email protected]. 

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SÍNDROME DE WILLIAMS E A INTERVENÇÃO DA

PSICOMOTRICIDADE COM AUXÍLIO NA ESCOLARIZAÇÃO

1

 

Marcela Melo Almeida* 

Helenice Maria Tavares** 

Resumo O trabalho apresenta um estudo de caso de uma criança com Síndrome de Williams comdificuldades psicomotoras. O objetivo é identificar quais dificuldades e perturbações motoras ecognitivas crianças com Síndrome de Williams apresentam e como isto pode interferir em sua

atividade de vida diária. Por meio da técnica psicomotora, verificou-se que é possível educar ereeducar as habilidades psicomotoras e cognitivas, evidenciando a importância e a necessidade dapsicomotricidade para um melhor desempenho da criança.Palavras-Chave: Síndrome de Williams. Desenvolvimento Cognitivo. Reeducação.Psicomotricidade.

A Psicomotricidade Funcional contribui de forma efetiva para o desenvolvimento das

crianças com Síndrome de Williams, facilitando as aprendizagens cognitivas? Diante desta

pergunta iremos analisar os achados das dificuldades e perturbações psicomotoras e cognitivas de

um portador de Síndrome de Williams e verificar seu desempenho nas atividades escolares e devida diária.

Partimos de um estudo de caso de uma criança de sete anos, sexo masculino, portador de

Síndrome de Williams-Beuren (SWB). Este tipo de pesquisa, segundo Gil (1999, p. 72 e 73):

“estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de

maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível

mediante os outros tipos de delineamento considerado”.

1  Trabalho apresentado como requisito parcial para conclusão do Curso de Especialização Lato Sensu emPsicomotricidade da Faculdade Católica de Uberlândia. * Aluna do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicomotricidade da Faculdade Católica de Uberlândia. Email:[email protected]. ** Professora – orientadora do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicomotricidade da Faculdade Católica deUberlândia. Email: [email protected]

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SÍNDROME DE WILLIAMS

Caracteriza-se por múltiplas anomalias associadas a retardo mental. Foi descrita pela

primeira vez em 1961 por um médico neozelandez, Dr. J. C. P. Williams , quando verificou que

um grupo de pacientes pediátricos possuía sintomas parecidos: problemas cardiovasculares,

rostos com características semelhantes, atraso mental moderado, dificuldade para ler, escrever e

efetuar operações matemáticas.

Estudos realizados em diversos países mostram que a SWB aparece em

diferentes regiões do mundo, sem diferença entre sexo e cor. O número de nascidos com

a essa condição varia em diferentes estudos entre 1:10.000 a 1:25.000. “A Síndrome ocorre em

um a cada 7.500 recém nascidos e sua etiologia está associada a uma microdeleção hemizigótica,

isto é, a perda de uma das cópias dos genes, localizados na região 7 q11.23” (STROMME, 2002,

apud ROSSI; FERREIRA; GIACHETTI, 2006, s.p.)

A síndrome de Williams é uma rara desordem genética freqüentemente não diagnosticada.

Não é transmitida geneticamente e não apresenta causas ambientais, médicas ou influência de

fatores psicossociais. Exercem impactos em diversas áreas do desenvolvimento, incluindo a

cognitiva, comportamental e motores. Aproximadamente estão deletados 20 genes nesta região

cromossômica, dentre os quais se inclui o gene da elastina (ELN).

Ewart et al. (1993, s.p.) diz que “O gene ELN está deletado em aproximadamente 96%

dos casos de SWB, o que justifica a sua investigação para confirmação diagnóstica da SWB”.

Sugayama et al. (2002) e Rossi; Ferreira; Giachetti (2006) comentam sobre a técnica da

citogenética molecular, teste de hibridização por fluorescência (Fish) em 90-95% dos pacientes.

O resultado FISH negativo para a deleção do gene ELN não exclui o diagnóstico da SWB, que

deve considerar a presença de sinais clínicos típicos da síndrome e a investigação por outrastécnicas moleculares mais específicas para identificação de outros genes envolvida.

Na maioria das famílias a ocorrência é esporádica, ou seja, ambos os pais são normais. No

entanto, existem alguns casos familiais descritos. Em todos eles o diagnóstico do genitor afetado

foi feito somente após o diagnóstico da criança afetada. A SWB também foi descrita em gêmeos

monozigóticos concordantes e gêmeos dizigóticos discordantes.

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Ewart et al. (1993, s.p.) apontam que: A SWB a primeira síndrome onde se descobriu um

defeito molecular antes da anormalidade citogenética. Associaram estenose aórtica supra valvular(ESVA)² com o cromossomo 7, mais precisamente ao gene da elastina mapeado na banda

7q11.23.

Os critérios de diagnósticos são características faciais típica dos duendes (fronte larga,

cristas orbitais sobressaltadas, fendas palpebrais curtas, epicanto, abundância de tecido

subcutâneo em torno dos olhos, nariz em sela com sulco nasolabial longo e lábios grossos)

associado às seguintes alterações: problemas cardiovasculares, especialmente a estenose aórtica

supra valvular ou estenose da artéria pulmonar; dificuldade precoce de alimentação/irritabilidade;

dificuldade de aprendizado; baixo desenvolvimento estatal; hipercalcemia; personalidade

excessivamente social; perda dentária/má oclusão.

Moreno; Lacassic (1982, s.p.) diz que na idade adulta, a face modifica-se com formato

alongado e lábios mais espessos. Cabelos grisalhos e enrugamento da pele podem ocorrer

precocemente na idade adulta jovem.

Sugayama et al. (2002, s.p.) diz que as anomalias cardiovasculares ocorrem em

aproximadamente 80% dos afetados, sendo a estenose aórtica supravalvular (EASV) um dos

defeitos cardíacos mais freqüentes ocorrendo em 64% dos pacientes. Sopros cardíacos são

detectados também em torno de 80% dos pacientes com SWB, indicando a possibilidade de

cardiopatia congênita. È diagnosticada nos dois primeiros anos de vida; porém pode não ser

detectada durante muitos anos, até ocorrer aumento no gradiente da pressão sistólica. Os dentes

destas crianças são pequenos, incluindo raízes pequenas e finas, dentes maxilares decíduos, e

atraso na mineralização sendo a má oclusão a complicação mais significativa, levando á mordida

profunda ou aberta, ou mordida cruzada anterior e posterior.

Pankau et al. (1994, s.p.) e Souza (2003, s.p.) concordam que o baixo peso costuma serpersistente nos primeiros meses de vida, devido às dificuldades na alimentação e problemas

gastrintestinais.

A maioria destas crianças tem dificuldades importantes de alimentação no primeiro ano

de vida, incluindo vômitos, recusa de alimentação e refluxo gastroesofágico. Também se observa

que no primeiro ano de vida a hipotonia muscular é muito freqüente, levando ao atraso no

desenvolvimento motor prejudicando na deambulação andando por volta de 21 meses de idade.

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Gejão et al. (2007, p. 205) relata que o tônus muscular melhora com a idade, porém, em

alguns casos, pode ocorrer hipertonia. Além “disso, a incoordenação motora e reflexos tendinososprofundos hiperativos podem estar presentes”.

Contraturas articulares, especialmente dos membros inferiores, são descritos em 50% das

crianças e 90% dos adultos afetados. A limitação à supinação do antebraço com ou sem sinostose

rádio-ulnar pode estar presente em 10% dos pacientes com SWB. A limitação resulta da sinostose

é variável, podendo afetar a escrita. A correção cirúrgica está indicada quando ocorre uma

limitação significativa. A fisioterapia pode auxiliar na melhora das contraturas articulares se for

iniciada em fase precoce e mantida por período prolongado. Se os pacientes não recebem

tratamento, as contraturas agravam-se com a idade.

Sugayama et al. (2002, s.p.) aponta que:

A hipercalcemia é documentada em somente 15% dos afetados e desaparece até o finaldo segundo ano de vida. A ocorrência na lactância pode ser até de 40%, porém namaioria dos pacientes, a hipercalcemia não é documentada. As principais manifestaçõesconsistem em dificuldade de crescimento, vômitos excessivo, anorexia, irritabilidade,cólicas, abstipação ou acometimento renal. Em alguns casos, a hipercalcemia pode surgirnovamente na infância e na adolescência.

As anomalias oculares mais freqüentes na SWB incluem íris de padrão estrelado,

estrabismo e tortuosidade dos vasos retinianos. A íris estrelada é clinicamente visível nos

afetados de olhos azuis e detectada somente através da biomicroscopia nos pacientes de olhos

escuros. A incidência de estrabismo na SWB varia de 29 a 74%, sendo mais freqüente em

lactentes e crianças jovens. O estrabismo deve ser tratado cuidadosamente para prevenir

ambliopia, incluindo uso de tampão ocular, lentes corretivas ou cirurgia com ressecção do

músculo reto medial.

Geralmente, o peso permanece baixo durante a lactância devido à dificuldade na

alimentação e problemas gastrintestinais, porém melhora durante a infância e permanece dentro

dos limites normais nos adultos.

A causa da redução no ganho de estatura é desconhecida. Os estudos hormonais revelam

que os níveis do fator de crescimento insulina-like (IGF1) estão normais na maioria dos

indivíduos com SWB. Esses achados sugerem que a deficiência do hormônio de crescimento não

seria a causa da baixa estatura.

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Apesar dos pacientes com SWB apresentarem uma seqüência normal de desenvolvimento

pubertário, o início da puberdade geralmente ocorre mais cedo do que na população normal. Odesenvolvimento sexual em meninos também ocorre mais cedo do que o esperado.

Pankau et al. (1994, s.p.) diz:

O perímetro cefálico (PC) dos pacientes com SWB é inferior ao da população normal.Apesar da velocidade de crescimento do PC nas crianças com SWB ser baixa, o padrãode crescimento é semelhante ao da população normal. A microcefalia foi observada emum terço dos afetados pela SWB e pode persistir em alguns pacientes.

A deficiência mental (DM) citada por Rossi; Ferreira; Giachetti (2006, s.p.), está presente

em todos os pacientes. O coeficiente de inteligência (QI) varia de 41 a 80. Algumas crianças sãomais afetadas que outras, porem a maioria encontra-se na faixa de DM leve e moderado. As

deficiências em tarefas não verbais como cognição visio - espacial, manipulação de números,

solução de problemas e planejamento motor tornam-se mais evidentes posteriormente e não

melhoram com a idade . As crianças afetadas apresentam dificuldade na compreensão de

conceitos matemáticos, temporais, de distância e de velocidade. Vicari (2004, s.p.), relata que a

deficiência mental na SW está associada a um perfil cognitivo e lingüístico distinto, caracterizado

por dificuldades lingüísticas e déficit visio - espacial. Algumas crianças podem ainda apresentar

distúrbios de comportamento como impulsividade.

As crianças apresentam atraso no aparecimento da linguagem e começam a produzir

frases usualmente após os três anos de idade, já a memória auditiva e o processamento verbal

estão freqüentemente desenvolvidos.

Em comparação a outros pacientes portadores de DM com QI semelhantes, as crianças

com SWB falam com maior fluência, possuem vocabulário mais extenso e são bons

conversadores. O grau de compreensão pode ser limitado e o conteúdo do discurso pode

apresentar-se comprometido.Antonell et al. (2006, s.p.) dizem que:

Algumas características de personalidade são particularmente comuns nas crianças comSW: grande sociabilidade; entusiasmo exuberante; sensibilidade com as emoçõesalheias; sentem-se excessivamente á vontade com estranhos; pequeno intervalo deatenção; medo de altura, escadas e superfícies irregulares; preocupação excessiva comdeterminados assuntos ou objetos.

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A hibridização in situ é uma técnica citogenética que permite a localização de uma

seqüência específica de ácido desoxirribonucléico (DNA) numa banda cromossômica. Isto podeser realizado somente se a seqüência clonada de DNA, ou seja, uma sonda estiver disponível. A

técnica consiste na hibridização de uma sonda marcada com corantes fluorescentes ou

radioativas, para identificar o seu segmento complementar dentro de uma metáfase cromossômica

espalhada numa lâmina. O DNA dos cromossomos metafásicos é desnaturado na própria lâmina

(daí a técnica ser denominada de insitu), iniciando-se, a seguir a hibridização com a sonda

marcada. A sonda é visualizada por fluorescência, no caso da técnica de FISH, ou por filme de

raios-X. O teste de FISH ( que utiliza as sondas do gene da elastina e da LIM Kinasa 1), é

positivo em cerca de 90 a 96% dos pacientes com SWB confirmando o diagnóstico. Acreditamos

que nos pacientes com quadro típico de SWB, o teste de FISH não seria imprescindível,

principalmente nos hospitais da rede pública, uma vez que o custo do teste é muito elevado no

nosso meio.

A suspeita diagnóstica da SWB é essencialmente clínica baseada nos achados de exame

física, já descritos no quadro clínico, e nos exames complementares.

A PSICOMOTRICIDADE

Dentre as muitas possibilidades de atuação com pessoas portadoras de Síndrome de

Williams apontamos a Psicomotricidade por ser uma ciência que estuda, analisa e orienta o

indivíduo desde a infância até a fase adulta, estimulando suas diversas condutas como: motora,

afetiva, emocional e cognitiva. O objetivo desta área de conhecimento é estimular a percepção e a

consciência do corpo, ganhar harmonia nos segmentos corporais e na realização dos movimentos,

trabalhar a relação com o tempo e com o espaço, para um melhor comportamento geral doindivíduo.

Monilari et al. (2003, p. 87); ressalta que:

A psicomotricidade relaciona-se através da ação, como um meio de tomada deconsciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o sersociedade. A psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade,porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoacom problemas motores passa apresentar problemas de expressão.

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Historicamente o termo psicomotricidade aparece a partir do discurso médico, que

encontrou seu principal impulso no começo do século XX sendo a França o país onde surgiam asdiversas linhas de pensamento bio-médico, psicopedagogico e pscicanalítico. Levin (1995, p. 21)

ressalta: [...] “na realidade, sua pré-história, começa desde que o homem é homem, quer dizer,

desde que o homem fala, já que a partir desse instante falará de seu corpo”.

De acordo com Negrine (1995, p. 33) a Psicomotricidade tem sua origem no termo grego

psyché, que significa alma, e no verbo latino moto, que significa mover frequentemente. Sendo

também vinculado aos estudos da neuropsiquiatria infantil sobre a Síndrome de debilidade

motriz, e a Síndrome debilidade mental, que despertaram mais tarde, interesse de psicólogos,

pedagogos e professores de educação física.

No entanto, o corpo humano nos finais do século XIX do século XX, foi descrito de

forma vaga, reforçando a visão dualista que dominava na época, sendo que a visão cartesiana

predominava entre os cientistas, mas ainda que houvesse outras tendências minoritárias que não

compartiam dessa forma de pensar.

Levin (1995, p. 23) relata que:

O dualismo corpo-alma marca, por um lado, a separação, mas, ao mesmo tempo econtraditoriamente, sua união. Separações e uniões que formam uma continuidade e aolongo da história, tentando encontrar explicações do corpo e da “alma” do sujeito.

Negrine (1995, p. 35) diz que, decididamente foi por meio dos estudos de Freud, Wallon,

Piaget que a psicomotricidade passou a ter uma identidade própria e os que mais influenciaram os

psicomotricistas, sendo que os estudos de Vygotisky ainda não influenciavam os psicomotricistas

europeus, ou por um desconhecimento de suas obras ou por não dimensionarem a profundidade

de seu pensamento. E com os rastreamentos nos estudos de Wallon (1941), ficaram evidentes que

seus estudos são referentes ao movimento humano, gestos, problemas das emoções, evolução do

ato ao pensamento e ao estudo das Síndromes psicomotoras. E com Piaget (1969), a contribuição

de seus estudos nos jogos infantis analisados a partir do desenvolvimento das estruturas mentais.

Negrine (1995, p.35) ressalta também:

[...] Psicomotricidade uma técnica que implica e pressupõe conhecimentos de disciplinasbásicas, de metodologia que enfatiza a importância da vivência e da tomada deconsciência corporal e dos aspectos relacionais básicos oriundos da interação pessoalcom o meio ambiente, o que não seria um objetivo em si mesmo, e sim uma metodologiade trabalho par conseguir metas educativas ou terapêuticas.

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Segundo Lapierre (2002, p.53) a partir dos anos 70, a psicomotricidade assume umsignificado todo especial, ocorrendo a inovação da prática pedagógica, sendo assim a

psicomotricidade registrou a existência de três grandes vertentes: a reeducação, segundo, Meur

(1991, p. 6), “é dirigida as crianças que sofrem perturbações instrumentais (dificuldades ou

atrasos psicomotores)”; a terapia citado por Mello (1993, p. 37), “sendo indicado especialmente

para crianças com grandes perturbações e cuja adaptação e de origem neurológica”; e a educação

que tem como objetivo o desenvolvimento psicomotor da criança com finalidade de levá-la a

dominar o próprio corpo e a adquirir movimentos voluntários.

Dentro destas vertentes existem duas concepções: a funcional e vivenciada. A funcional

busca melhorar o desenvolvimento corporal e físico, tanto quanto se colocou como pré requisito

para o aprendizado da escrita e da leitura, recomendando testes de avaliação, diagnósticos e

prescrição de exercícios para desenvolvimento das diferentes habilidades corporais, e o trabalho

da concepção funcional se baseia nos fundamentos psicomotores.

Segundo Meur (1991, p. 9):

Esquema corporal é um elemento básico indispensável para formação da personalidadeda criança [...]. E esta se percebe os seres e as coisas que a cercam, em função de suapessoa [...]. A criança se sentirá bem à medida que seu corpo lhe obedece, que oconhece bem, em que pode utilizá-lo não somente para movimentar-se mas também paraagir .

A lateralidade baseada em Meur (1991, p. 11), [...] “corresponde a dados neurológicos,

mas também é influenciada por certos hábitos sociais. E não devemos confundir lateralidade

(dominância de um lado em relação ao outro, em nível da força e da precisão) e conhecimento

esquerda-direita (domínio dos termos esquerda e direita)”.

A organização espacial citado por Mello (1993, p. 38) “e a capacidade de orientar-se

diante de um espaço físico e de perceber a relação de proximidade de coisas entre si”. E Meur

(1991, p. 13) diz que “e a orientação do mundo exterior referindo-se primeiro ao eu referencial,

depois a outros objetos ou pessoas em posição estática ou em movimento”.

A organização temporal e a compreensão do tempo em relação aos acontecimentos do

passado, presente e futuro, segundo Meur (1991, p. 15) [...] “a sucessão dos acontecimentos

antes, após, durante, da duração dos intervalos, da renovação cíclica de certos períodos e do

caráter irreversível do tempo [...]”.

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A capacidade perceptiva é a percepção das impressões sensoriais do mundo exterior e do

próprio corpo. A coordenação motora global e grandes movimentos com todo o corpo, utilizandograndes massas musculares que envolvem o trabalho de membros superiores, inferiores e tronco.

A coordenação motora fina é a realização de movimentos muitíssimo refinadas sendo atividades

manuais, digitais, oculares, labial e lingual que utiliza pequenos grupos musculares. A

coordenação viso motora-manual e pedal é a capacidade de coordenar o campo visual com a

motricidade de partes do corpo.

A vertente vivenciada é uma prática baseada no jogo livre, que é visto como expressões

emocionais e de conflitos, estimulando a representação, a imaginação e a criação, favorecendo

que está possa se desenvolver cada vez mais, buscando suas potencialidades e trabalhando

sempre sua totalidade.

Cabral (2001, p. 35): “Define tecnicamente pelo jogo livre e espontâneo que ela utiliza

para abordar a vida fantasmática, privilegiando as expressões lúdicas corporais tônica-motoras,

há que se enfoca um longotrajeto da utilização do jogo em terapia”.

Lapierre (2002), precursor da psicomotricidade relacional, propõe uma prática que

favorece à criança a descarrega de suas dificuldades, frustrações e suas emoções através do jogo

espontâneo, levando esta a construir e conservar seu equilíbrio pessoal. Na prática psicomotriz, o

adulto deve implicar-se corporalmente, sendo que só o contato físico não é suficiente. O potencial

do jogo é simbólico e todo ato tem um significado simbólico, mesmo inconscientemente, sendo

que o mais importante para a criança é vivenciar o prazer do movimento.

Sanchez; Martinez; Penalver (2003) dizem que a psicomotricidade surge como um meio

de combater a inadaptação psicomotora, pois apresenta uma finalidade reorganizadora nos

processos de aprendizagem de gestos motores e como um alicerce sensório-perceptivo-motor

indispensável na contribuição do processo de educação e reeducação psicomotoras, pois atuadiretamente na organização das sensações, das percepções e nas cognições, visando a sua

utilização em respostas adaptativas previamente planificadas e programadas.

ATUAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NA SÍNDROME DE WILLIAMS

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O presente estudo propõe a intervenção da Psicomotricidade como meio de educação e

reeducação da M.A com Síndrome de Williams, de sete anos de idade, cursando o 1º ano doensino fundamental, que apresenta hipermobilidade articular em membros superiores, habilidades

manuais inadequadas principalmente na coordenação motora fina, afetando a escrita e as

atividades de vida diária; dificuldades na motricidade ampla; déficit de equilíbrio e

propriocepção; dificuldades em tarefas não verbais com cognição viso-espacial; manipulações de

números; soluções de problemas e planejamento motor e dificuldades e raciocínio lógico.

Frente a estas características A proposta de tratamento é educar e reeducar está criança

com a intervenção da psicomotricidade, baseando na vertente funcional, priorizando o trabalho

dos fundamentos psicomotor.

Tratando-se do esquema corporal, o M.A neste estudo encontra-se com bom domínio e

conhecimento do seu corpo, nomeia e reconhece as diferentes partes dele, e é capaz de situar seus

membros uns em relação aos outros. Em relação à lateralidade o M.A apresenta um

conhecimento estável de esquerda - direita, dominância de um lado em relação ao outro e sabe

escolher bem a mão e o pé dominante durante as atividades.

Diante de suas perturbações de organização espacial, esta apresenta dificuldades na escola

como diferenciar letras e números, escrever frases ditadas, discriminar noção em cima-embaixo e

dificuldades em jogos coletivos, tornando-se então necessário o trabalho da estruturação espacial,

instrumentalizando-a corporalmente, na sua organização no macro-espaço, internalizando os

conceitos, para que no processo de escolarização ela consiga perceber as diferenças espaciais nos

desenhos gráficos das letras e números, bem como se organizar no micro-espaço e nas relações

existentes nele.

Em relação à orientação temporal o M.A apresenta capacidade de se situar-se no tempo

como: noção dos dias da semana, a ordem de antes - depois, percebe o que é rápido e devagar,noções de tempo decorrido e diferença entre manhã, tarde e noite e noções de ritmo.

Tratando-se também das perturbações da coordenação motora global, podemos descrever

algumas dificuldades da criança tais como: pular na cama elástica, saltar degraus de escada, subir

escadas correndo e andar de joelhos dobrados. Para amenizar estas questões é preciso exercícios

que tenham maior amplitude das articulações como: arrastar-se no chão passando de baixo das

cadeiras, rolar de lado, corridas com obstáculos, saltos por cima de cordas ou objetos pequenos e

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 jogos com bolas para lançar e apanhar. Frente a este trabalho a criança irá readquirir confiança

em suas possibilidades motoras, melhorando assim os movimentos de coordenação.Em relação à coordenação motora fina apresenta limitação em manipular objetos

pequenos, ou seja, habilidades manuais inadequadas tais como: cortar papel, fazer bolinhas de

papel, amarrar cadarço, se vestir sozinho, manusear talheres e dificuldades em manipular lápis.

Para amenizar esta perturbação é necessário exercícios com maior precisão dos gestos,

exercícios de destreza e de motricidade delicada como: embrulhar objetos pequenos, torcer papel

de balas, brincadeiras de fechar e abrir garrafas, colocar cadarço em sapatos, abotoar roupas e

amassar massinhas. A criança irá ganhar mobilidade nas articulações favorecendo um melhor

domínio na escrita escolar.

Com relação às perturbações do equilíbrio o M.A apresenta dificuldades de se manter-se e

de pular com um pé só, andar sobre blocos de madeira e andar com os pés afastados. As

dificuldades poderão ser minimizadas a partir do momento que ele tomar consciência de como

reage a situações que exigem equilíbrio corporal. Imediatamente poderá ser iniciados exercícios

de propriocepção, exercícios de impulso os quais a criança deve reagir para não cair, vários

exercícios que envolva o equilíbrio, ajudando com que ela restabeleça seu próprio equilíbrio. A

partir disso apresentará mais confiança em si mesmo, maior possibilidade de se movimentar-se

tranquilamente e um maior domínio da coordenação motora.

Como relatado acima, todos os elementos básicos da psicomotricidade são alternativas

positivas no tratamento das dificuldades apresentadas por portadores da Síndrome de Williams.

Meur (1991, p.8) ressalta que:

[...] dificuldades de escolaridade, a causa do problema não está no nível da classe a que

chegaram, mas bem antes, no nível das bases. Os elementos básicos ou “pré-requisito”,

condições mínimas necessárias para uma boa aprendizagem, constituem a estrutura da

educação psicomotora.

O M.A cujo esquema corporal, lateralidade, percepção espacial, orientação temporal e

espacial e a organização espacial ou temporal se encontram com dificuldades de execução,

podendo refletir na escolarização, com a importância de compreender que a psicomotricidade é

fundamental no conceito escolar, sendo que além de todos estes elementos básicos, a força

muscular, agilidade nas articulações, flexibilidade e noções de esquerda e direita, em cima e

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embaixo e antes e depois são também conceitos importantes a ser trabalhados. Todos estes

aspectos são fundamentais para a criança ter um bom desenvolvimento em sua vida escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Referente à observação de uma criança portadora de Síndrome de Williams verificou-se

vários comprometimentos de desempenho psicomotor, tornando-se necessária elaboração de um

programa de trabalho, visando inclusive resultado cognitivo.

Por se tratar de uma Síndrome rara, de pouca expressão e registrada a cerca de cinco

décadas, estudos iniciais demonstram que a psicomotricidade é uma ferramenta importante e

eficiente no tratamento dos pacientes que têm como objetivo minimizar as dificuldades

específicas da SWB.

Portanto, o grande desafio dos profissionais que trabalham com a psicomotricidade é

mostrar a criança a inúmeras possibilidades de movimentos e jogos que poderão melhorar a

qualidade de vida do paciente no âmbito familiar, social e escolar.

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