sindrome brown 2

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Hospital de Olhos Leiria de Andrade Fundação Leiria de Andrade Departamento de Estrabismo Síndrome de Brown Dr. ALEXIS GALENO MATOS TITULO DE OFTALMOLOGIA PELO CBO ESPECIALISTA EM GLAUCOMA - HCRP DOUTORANDO FMRP PRECEPTOR FLA, FUNCIPE E ECO

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Page 1: Sindrome brown 2

Hospital de Olhos Leiria de AndradeFundação Leiria de Andrade

Departamento de Estrabismo

Síndrome de Brown

Dr. ALEXIS GALENO MATOSTITULO DE OFTALMOLOGIA PELO CBOESPECIALISTA EM GLAUCOMA - HCRP

DOUTORANDO FMRPPRECEPTOR FLA, FUNCIPE E ECO

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Síndrome de BrownHistória e epidemiologia

• Descrita por Harold W. Brown em 1950 como síndrome da bainha do obliquo superior;

• Descreveu a bainha do OS como muito espessa, rígida e pouco elástica, sugerindo ser essa a causa.

• Ocorre com freqüência de 1 para 500 pacientes estrábicos;

• Em 90% é unilateral, maior incidência nas mulheres (55%), maior envolvimento do olho direito (55%), olho esquerdo(35%) e bilateral (10%).

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Síndrome de BrownDefinição

“A síndrome de Brown ocorre por um tendão do músculo oblíquo superior inelástico, curto ou

contido por sua bainha.”

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Revisão de Literatura Músculo obliquo superior

• Origina-se do anulo tendíneo comum supero-medialmente ao canal óptico;

• É o mais longo dos músculos extra-oculares;

• Possui 2 porções: direta (até o final da tróclea) e reflexa.

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Revisão de Literatura Músculo obliquo superior

• Seu trajeto vai do vértice da orbita penetra na tróclea( no ângulo superior medial da orbita) e se reflete inferior, posterior e lateralmente formando um ângulo de 51 graus com eixo visual;

• Insere-se na porção póstero-superior do olho, passando sob o reto superior;

• O local da inserção é variável e forma uma linha curva de convexidade posterior e lateral e concavidade em direção a tróclea.

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Revisão de Literatura Músculo obliquo superior

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Revisão de Literatura Músculo obliquo superior

Músculo Primária Secundária Terciária

Reto Medial Adução --- ---

Reto Lateral Abdução --- ---

Reto Superior Elevação Inciclodução Adução

Reto Inferior Depressão Exciclodução Adução

Oblíquo Sup. Inciclodução Depressão Abdução

Oblíquo Inf. Exciclodução Elevação Abdução

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Síndrome de BrownEtiopatogenia

• Causas congênitas;

• Causas adquiridas;

• Causas iatrogênicas.

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Síndrome de BrownEtiopatogenia

• Causas Congênitas:

-Inelasticidade do obliquo superior, que seria um músculo anomalamente curto;-Tendão espessado;-Tróclea estreitada.

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Síndrome de BrownEtiopatogenia

• Causas adquiridas:

-Inflamações ou cirurgias(induzem aderências entre tendão e tróclea);-Doenças autoimune (artrite reumatóide);-Colagenoses;-Oftalmopatia de graves( músculo contraturado ou inelástico);-Massa orbitária nasal superior; -Sinusites.

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Síndrome de BrownEtiopatogenia

• Causas Iatrogênicas

-Tucking do obliquo superior;-Cirurgia retiniana com banda escleral;-Cirurgia nos seios da face.

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Síndrome de BrownDiagnóstico – Quadro Clinico

• Limitação da elevação do olho em adução;• Elevação em abdução pode ser normal(tipico) ou

limitação discreta a acentuada;• Discreto aumento da rima palpebral no olhar em

adução;• Depressão em adução(downshoot);• Obliquo superior ipsilateral normal ou com

discreta hiperfunção;

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Síndrome de BrownDiagnóstico - Quadro Clinico

• Ortotropia ou hipotropia do olho afetado em posição primaria do olhar

• Divergência em supraversão com anisotropia em Y ou V

• Teste da durção forçada positivo: há resistência a elevação do olho em adução

• Quando há hipotropia em frente, o paciente geralmente assume posição eletiva de cabeça com elevação do mento para manter a viso binocular normal.

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Síndrome de Brown

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Síndrome de BrownSintomas

• Diplopia: o paciente pode queixar-se principalmente no olhar para cima ou para o lado contralateral do olho afetado.

• Dor: na SB adquirida de caráter inflamatório podem se queixar de dor ou aumento da sensibilidade na movimentação dos olhos em supradução.

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Síndrome de BrownSintomas

• A visão binocular é geralmente normal nos pacientes que apresentam ortotropia na posição primaria do olhar ou com torcicolo;

• Pacientes com hipotropia em frente podem ter estrabismo horizontal associado e risco aumentado de ambliopia.

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Síndrome de BrownGraduação

• Leve: não existe hipotropia nem downshoot a adução

• Moderada: encontra-se downshoot a adução, mas não existe hipotropia na posição primaria do olhar

• Grave: existe tanto o downshoot a adução quanto a hipotropia na posição primaria do olhar

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SÍNDROME DE BROWN NO OLHO ESQUERDO COM FALHA NA ELEVAÇÃO NA ADUÇÃO

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Síndrome de BrownExames

• Laboratoriais (doenças autoimunes);• Exames de imagem (TC ou RM) em associação

com dor, desconforto, sinais inflamatórios, patologias na região da tróclea( tumores, sinusite ou aderências.).

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Síndrome de BrownDiagnóstico diferencial

• Paralisia do obliquo inferior (teste da dução forçada => + na SB);

• Anisotropia;• Fibrose do reto inferior;• Fratura do assoalho da órbita com

encarceramento do reto inferior;• Hiperfunção primária do obliquo superior*;• Paresia do músculo obliquo inferior*.

*Apenas esses foram citados pela Unifesp

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Síndrome de BrownTratamento Clínico

• Casos adquiridos por inflamação do tendão do nervo troclear – AINE oral ou injeção de corticóide (triacinolona) na região da tróclea;

• Em casos de SB intermitente: exercícios passivos;

• Avaliação sistêmica.

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Síndrome de BrownTratamento Cirúrgico

• Grande maioria dos casos, mas nem sempre oferece resultados satisfatórios;

• Não se indica: visão binocular é normal e o paciente sente-se confortável, com o olho em ortotropia em posição primaria e ausência de posição compensadora de cabeça;

• Indicações: pacientes que apresentam hipotropia em posição primária , torcicolo e acentuada depressão (downshoot) em adução.

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Síndrome de BrownTécnica cirúrgica

• Tenotomia ou tenectomia do tendão do músculo oblíquo superior;

• Dissecção da bainha do tendão do músculo oblíquo superior;

• Expansão do tendão do músculo oblíquo inferior através de uma banda de silicone;

• Luxação do tendão do oblíquo superior da tróclea.

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Obrigado!!