sindprevs/sc em pauta nº 8

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JORNAL DO SINDPREVS/SC Maio - 2016 Ano 2 Número 8 PL 257 pode levar a congelamento salarial - pág. 08 Santa Catarina adere à Paralisação chamada pela Fenasps Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT. Assembleia de março debateu demandas da categoria - pág. 03 em o cumprimento na ín- tegra dos acordos de Gre- ve e diante do descaso do Governo Federal, traba- Paralisação do dia 14 mostrou que servidores não estão dispostos a ver seus direitos retirados sem lutar S lhadores do INSS, do Ministério da Saúde e da Anvisa participaram, no dia 14 de abril, da Paralisação Nacional de 24 horas chamada pela Fenasps. Em Santa Catarina, houve adesões em Florianópolis e em demais cidades do Estado. Com faixas contra o PL 257/2016, que prevê a suspensão de concursos públicos, conge- lamento salarial e programa de demissão voluntária de servido- res, os trabalhadores do INSS, do Ministério da Saúde e da Anvisa realizaram um ato em frente ao prédio do Ministério da Saúde no centro de Florianópolis no dia 14. Às 15 horas, eles participaram de Ato Unificado com os demais ser- vidores públicos federais, estaduais e municipais, na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Le- gislativa do Estado, também con- tra o PL 257. Se aprovado o PL, a União passará a figurar como seguradora dos empréstimos e dos financiamentos realizados pelos estados, assegurando novamente todas as garantias ao sistema finan- ceiro em detrimento dos direitos dos trabalhadores e do fortaleci- mento dos serviços públicos ofe- recidos à população. (continua na página 06) Servidores do INSS, Ministério da Saúde e Anvisa reunidos no dia 14 de abril, Dia de Paralisação e Mobilização da categoria.

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Page 1: Sindprevs/SC em Pauta nº 8

Jornal do SindprevS/SC

Maio - 2016ano 2

número 8

PL 257 pode levar a congelamento salarial - pág. 08

Santa Catarina adere à Paralisação chamada pela Fenasps

Fechamento autorizado. pode ser aberto pela eCT.

Assembleia de março debateu demandas da categoria - pág. 03

em o cumprimento na ín-tegra dos acordos de Gre-ve e diante do descaso do Governo Federal, traba-

Paralisação do dia 14 mostrou que servidores não estão dispostos a ver seus direitos retirados sem lutar

S lhadores do INSS, do Ministério da Saúde e da Anvisa participaram, no dia 14 de abril, da Paralisação Nacional de 24 horas chamada

pela Fenasps. Em Santa Catarina, houve adesões em Florianópolis e em demais cidades do Estado.

Com faixas contra o PL 257/2016, que prevê a suspensão de concursos públicos, conge-lamento salarial e programa de demissão voluntária de servido-res, os trabalhadores do INSS, do Ministério da Saúde e da Anvisa realizaram um ato em frente ao prédio do Ministério da Saúde no centro de Florianópolis no dia 14. Às 15 horas, eles participaram de Ato Unificado com os demais ser-vidores públicos federais, estaduais e municipais, na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Le-gislativa do Estado, também con-tra o PL 257. Se aprovado o PL, a União passará a figurar como seguradora dos empréstimos e dos financiamentos realizados pelos estados, assegurando novamente todas as garantias ao sistema finan-ceiro em detrimento dos direitos dos trabalhadores e do fortaleci-mento dos serviços públicos ofe-recidos à população. (continua na página 06)

Servidores do inSS, Ministério da Saúde e anvisa reunidos no dia 14 de abril, dia de paralisação e Mobilização da categoria.

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Sindprevs/SC em Pauta é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina.

Textos, Edição, Fotos e Editoração: Rosangela Bion de Assis (390/SC JP), Marcela Cornelli (921/SC JP) e Clarissa Peixoto (3609/SC JP)

Projeto Gráfico: Cristiane Cardoso

Logotipo e Ilustrações: Frank Maia

Tiragem: 6.000 exemplares. [email protected]

Os textos assinados não correspondem à opinião da Diretoria do Sindprevs/SC.

www.sindprevs-sc.org.br | [email protected] | @sindprevs | Sindprevs/SC

Atendimento externo das 9h às 18h | Rua: Angelo La Porta, 85, Centro, Florianópolis/SC - CEP: 88020-600 | (48) 3224-7899

Diretoria SINDPREVS/SC ExPEDiEnTE

Luciano Wolffenbüttel Véras (Coordenação Geral) • Clarice Ana Pozzo (Diretora da Secretaria-Geral) • Rosi Massignani (Diretora da Secretaria-Geral) • Maria Goreti dos Santos (Diretora do Depto. Administrativo e Financeiro) • Marialva Ribeiro Chies de Moraes (Diretora do Depto. Administrativo e Financeiro) • Giulio Césare da Silva Tártaro (Diretor do Depto. de Política e Organização de Base) • Guilherme Azevedo (Diretor do Depto. de Política e Organização de Base) • Fernando Domingos da Silveira (Diretor do Depto. de Formação Sindical e Estudos Sócio-Econômicos) • Vanderléa Regina de Jesus Ramos (Diretora do Depto. de Formação Sindical e Estudos Sócio-Econômicos) • Viviane de Carvalho Fogaça (Diretora do Depto. de Comunicação) • Maria Lúcia Bittencourt da Silva (Diretora do Depto. de Comunicação) • Roberto Machado de Oliveira (Diretor do Depto. Jurídico) • Rosemeri Nagela de Jesus (Diretora do Depto. Jurídico) • Célia Momm (Diretora do Depto. de Aposentados e Pensionistas) • Eni Marcos de Medeiros (Diretora do Depto. de Aposentados e Pensionistas) • Silvia Mara Mayer Teixeira Furtado (Diretora do Depto. de Política de Seguridade e Saúde do Trabalhador) • Ana Maria Pereira Vieira (Diretora do Depto. de Política de Seguridade e Saúde do Trabalhador) • Rosemary da Silva Neves Destefanis (Diretora do Depto. Sócio-Cultural e Esportivo) • Maria Helena Pedrini Walter (Diretora do Depto. Sócio-Cultural e Esportivo) • Marco Carlos Kohls (Diretor do Depto. de Relações Intersindicais e Relações de Trabalho) • João Paulo Silvestre (Diretor do Depto. de Relações intersindicais e Relações de Trabalho)

“Pauta Jurídica” para ampliar o entendimento sobre osdireitos dos servidores

O

Conselho FiscalTitulares: Luiz Roberto Doneda, Marilda Lima e Ari José Becker • Suplentes: Alvani Borges e Yolanda Medeiros

Agenda

MAIO

10 - Mesa Local de Negociação do MS

10-13 - Força tarefa em Brasília para encaminhar demandas da categoria

12 - Paralisação da enfermagem em SC

17 - Audiência pública da Enfermagem, na Alesc

Sindprevs/SC lançou em abril, no sítio eletrônico e na sua página no Face-book o “Pauta Jurídica”,

apresentado pelo advogado e as-sessor jurídico do Sindicato, Luis Fernando Silva.

São vídeos rápidos que obje-tivam auxiliar na divulgação das informações sobre os direitos dos servidores públicos. Nos primeiros vídeos, Luis Fernando abordou: Acordos de Greve, Incorporação da Gratificação de Desempenho, Pagamento da Gdass, Reforma da Previdência e Déficit social, e Regime Geral e Regimes Próprios de Previdência Social.

São explicações didáticas e breves que vão tornar o mundo jurídico mais acessível para os trabalhadores.

Assista, comente e compartilhe!

JUNHO

17 - Seminário sobre Aposentadoria do Sindprevs/SC

Segundo módulo do Curso de Formação do Sindprevs/SC

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Mobilização

Março foi marcado pela Assembleia Ordináriae Plenária Sindical de Base

N o dia 31 de março, o Sind-prevs/SC realizou Assem-bleia Estadual Geral, rito ordinário previsto estatu-

tariamente. Como primeiro ponto de pauta, a Assessoria Jurídica do Sindicato, através do advogado Luis Fernando Silva, fez uma ex-planação atualizada sobre aposen-tadoria dos trabalhadores do servi-ço público. A iniciativa de incluir este ponto de pauta na Assembleia foi motivada pelas inúmeras dúvi-das da categoria sobre o processo de aposentadorias, principalmente a partir das negociações da última greve. Luis Fernando apresentou as possibilidades de entrar com o pedido de aposentadoria através das emendas 40, 41 e 47. Na opor-tunidade, os servidores puderam também esclarecer suas dúvidas.

Luta pela aprovação do acordoEm sequência, os diretores da

Fenasps fizeram informes sobre os plantões em Brasília e destacaram que a instabilidade política tem dificultado a luta pela aprovação do projeto de lei do acordo de greve. No entanto, os dirigentes sindicais não têm medido esforços para tentar incluir na pauta do Congresso a aprovação do acordo, tanto daquele referente ao MS e INSS, quanto o da Anvisa que também não foi ainda à votação. Na perspectiva de fazer pressão, a Federação convocou paralisação para o dia 14 de abril.

Os locais de trabalho passaram seus informes. Nas falas, ficou explícito o descontentamento

com as condições de trabalho e a reposição do serviço após a Greve, além da pressão sofrida pela exigência de “esforço adicio-nal” para atingir as metas IMA/GDASS, o que gera dificuldades em atender os critérios estipulados e exigidos pela administração para reposição.

As avaliações são de que vi-vemos um momento de muita turbulência política. É papel dos trabalhadores enfrentar as vozes conservadoras da sociedade que tentam aprovar medidas que retiram direitos na mesma medida em que barram os projetos que beneficiam a classe trabalhadora.

Atividades em BrasíliaA Assembleia também defi-

niu os nomes que participaram da delegação do Sindprevs/SC para as atividades da Fenasps que ocorreram em Brasília durante os dias 09 e 10 de abril. Foram eleitos na Assembleia os delega-dos e observadores para a Plenária da Fenasps, no dia 10 e represen-tantes para o Encontro Setorial

de Assistentes Sociais, no dia 09. Nessa mesma data, o Sindprevs/SC também participou do Semi-nário Nacional sobre a Dívida Pública em Brasília.

Referendando as contasAprovada pela Plenária Sindi-

cal de Base, que ocorreu na ma-nhã do dia 30 de março, as contas do Sindicato do último trimestre foram referendadas pela Assem-bleia Estadual Geral do Sindicato.

Novos DBs e recomposição da DECPor último, foram referendados

os novos Delegados de Base do Sindprevs/SC. São eles: André Damaceno (Caçador), Terry Yemi Martins Vargas (Campos Novos), Fábio Pereira Mendes (Fraibur-go), Caren Delfino Pivetta (Cri-ciúma), Maria Angela Ganbone Amancio e Silvia Pereira (Itajaí) e Silvana Silva Rufino Vicente (Tu-barão). Também ficou definido que a recomposição da diretoria será realizada na próxima Assem-bleia, pois há uma vaga em aberto para ser preenchida.

Servidores do inSS, MS e anvisa na assembleia do Sindprevs/SC.

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pós a greve de 2015, uma das primeiras reivindica-ções da Fenasps foi que o INSS prorrogasse para

2017 a avaliação do IMA/GDASS, pois já identificava que as péssimas condições de trabalho, aliadas ao rescaldo da greve dos peritos e as demandas do seguro-defeso, tor-nariam impossível que se fizesse a reposição dos serviços e ainda se atingisse os 45 dias definidos para a meta.

As promessas de realização de reuniões mensais não foram cumpridas pela Direção Central e o novo ministro do Trabalho e Pre-vidência Social, Miguel Rossetto, não dialoga com os trabalhadores, agravando ainda mais os proble-mas no último período.

Após o indicativo de paralisa-ção de 24 horas em 14 de abril, deliberado em Plenária nacional da Fenasps, o Governo recuou e al-terou para 67 a meta que era de 45, aumentando a mesma em 22 dias a partir da publicação das Portarias 369 e 370/MTPS, em 06 de abril no Diário Oficial da União, com-provando novamente que somente a pressão e a luta dos servidores, aliadas à mobilização em todo o País, tem a força de mudar a posição do Governo e conquistar melhorias para a categoria.

Infelizmente, os problemas enfrentados pelos servidores vão além das medições, avaliações e metas, pois ainda não foi aprovado o PL 4250/2015 que altera a forma de pagamento da Gdass em 70% fixo e 30% variável, apesar de todo trabalho desenvolvido pelo Sindi-cato e a Federação em articulação

INSS

Portaria altera os ciclos do IMA/GDASS

A parlamentar junto ao Congresso e pressão junto ao Governo.

Mesmo com todo esse intenso trabalho e pressão dos servidores e da Fenasps, avalia-se que todas as soluções oferecidas são, até então, paliativas, pois não enfrentam de verdade os problemas estruturais da Autarquia. As condições ofere-cidas para atendimento à popula-ção são as piores possíveis e só têm se agravado a cada ciclo. É urgente e necessário enfrentar todos pro-blemas da gestão, considerando que os servidores não suportam mais trabalhar no ritmo exigido, exasperando-se na pressão por metas inalcançáveis e em condi-ções extremamente insalubres, com sistemas ultrapassados e que não funcionam. Soma-se a isso o número insuficiente de servidores, aposentadorias e vagas não repos-tas, além da saída constante de ser-vidores que fazem outro concurso e vão embora por não enxergar pers-pectiva na Carreira do INSS. Vale também lembrar os relatórios ela-borados pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontando os graves problemas estruturais das APSs em todo o país e ratificando todos os argumentos e nego-ciações realizados em Brasília.

Diante de tudo isso e nesse cenário de profunda crise política e econô-mica, novamente o governo busca

soluções atacando conquistas e direitos dos trabalhadores, envian-do ao Congresso em regime de urgência o Projeto de Lei Comple-mentar (PLP) 257/2016, contendo medidas e programas de contin-genciamento fiscal que atingem diretamente o serviço público e os servidores, tais como: Programas de Demissão Voluntária (PDV); au-mento da contribuição ao plano de previdência de 11% para 14%, po-dendo chegar a 28%; autorização ao Poder Executivo para redução de até 30% dos gastos da União, portanto congelando os salários; além da Reforma da Previdên-cia, que aumenta a idade mínima para aposentadoria fixando-a em 65 anos para homens e mulheres, entre outras maldades.

A Fenasps estará, no próximo período, com plantões permanentes e estruturados em forma de forças tarefas dos estados, de modo a tentar impedir tais ataques e, desde já, orienta a todos que permane-çam mobilizados e prontos para os enfrentamentos que virão.

CoM inForMaçõeS da FenaSpS

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iante da atual crise econô-mica, política e institucio-nal que o País atravessa, com profundos ataques

aos direitos e conquistas histó-ricas dos trabalhadores como a Reforma da Previdência; o PLP 257/2016, que aumenta contribui-ção para o regime de Previdência Social dos servidores para 14% e estabelece Programa de Demissão Voluntária (PDV); entre outros projetos para alterar a legislação trabalhista, e o descumprimento dos acordos de Greve, os delega-dos presentes na Plenária Nacio-nal Extraordinária da Fenasps, realizada em 10 de abril, reite-raram a deliberação da Plenária da Fenasps de março, reforçando a paralisação no dia 14 de abril (matéria de Capa desta edição). A Plenária também orientou os trabalhadores a intensificarem o processo de mobilização nos locais de trabalho.

Veja abaixo algumas das de-liberações da Plenária. O texto completo foi divulgado no site do Sindprevs/SC e da Fenasps:- Participar da Campanha Salarial junto com o Fórum dos Servido-res Públicos Federais (Fonasef); - Realizar e fortalecer fóruns de debates sobre o momento crítico da Conjuntura Econômica e Polí-tica do País; - Que a Fenasps e os sindicatos estaduais façam análise detalhada com dados técnicos que possam ser demonstrados em relatório que o governo não vem cumprin-do o acordo da Greve; - Que a Fenasps solicite novamen-te audiência com o Ministério do

Fenasps

É importante reorganizar e intensificar a luta

D

Planejamento (Mpog) para exigir também posição em relação ao envio dos contracheques para os ativos, aposentados/pensionistas e não cadastrados; - Que a Fenasps busque infor-mação junto ao Mpog sobre a diminuição da rubrica no mês de março de alguns servidores apo-sentados do MS; - Solicitar da Assessoria Jurídica Nacional (AJN) da Fenasps que a mesma cobre o cumprimento da liminar que mantém os pais nos planos da Geap/Saúde; - Lutar contra o PLP 257/2016; - Realizar um encontro nacional do Serviço Social em julho de 2016; - Que o Devisa/Fenasps, em con-junto com a Diretoria Colegiada da Federa-ção elabore ofício para a Gestão da Anvisa (GGPES e DICOL), so-licitando agendamento de audiência para tratar da jornada de trabalho, Controle de Frequência dos servidores da Anvi-sa;- Reafirmar para a Di-

retoria Colegiada da Anvisa a ne-cessidade de realizar um Encontro Nacional com servidores de PAFs para discussão de reestruturação desta área; - Exigir da Diretoria Colegiada da Anvisa a defesa para a realização de concurso público perante o Mpog e Casa Civil; e- Retomar estudos e discussão com a categoria da Anvisa en-torno da Carreira Única para o quadro específico com tratamento isonômico de atividades e remu-neração com o quadro efetivo.

XV ConfenaspsFoi aprovado indicativo de rea-

lização até dezembro de 2016. CoM inForMaçõeS da FenaSpS

plenária da Fenasps aprova intensificar a mobilização.

delegação do Sindprevs/SC na plenária da Fenasps.

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Dia de Luta

Luta Unificada com os servidores da Saúde

T

da” e de “vaca” por um policial militar em um explícito ato de repressão e machismo.

A paralisação em outros estadosOs trabalhadores do INSS, da

Anvisa e da Saúde sofrem com os cortes dos ajustes fiscais do gover-no, com a falta de servidores, as terceirizações/precarizações nos serviços públicos e a falta de con-dições de trabalho para melhor atender à população.

Nacionalmente, a Paralisação teve adesão em 19 estados. Em Brasília, foi realizado ato em

ambém no dia 14 de abril, Dia Nacional de Parali-sação dos Servidores do INSS, do Ministério da

Saúde e da Anvisa, os servidores uniram-se à luta dos trabalhadores estaduais da saúde, à tarde, em frente à Secretaria Estadual da Saúde (SES). No pregão realizado no interior do prédio, o estado de Santa Catarina terceirizou o serviço de “gestão e operação lo-gística do fluxo de medicamentos e materiais médico hospitalares” das unidades da SES. Na prática, a empresa contratada vai assumir os sistemas de informatização, transporte e logística – trabalho que hoje é realizado pelo Almoxa-rifado Central, em conjunto com as farmácias dos hospitais públi-cos. O Estado continua responsá-vel pela compra dos medicamen-tos e da estrutura física. A Polícia Militar usou spray de pimenta contra os servidores que pediam passagem para assistir o evento. Durante o protesto, a dirigente do SindSaúde/SC, Simone Hage-mann, foi chamada de “vagabun-

frente ao Ministério da Fazenda, com aproximadamente 700 mili-tantes protestando contra o PLP 257/2016. Foram realizados atos também na Superintendência de São Paulo e nas principais gerên-cias do INSS do País.

Os servidores do Posto de Vigilância Sanitária no aeroporto de Congonhas, em São Paulo/SP, também paralisaram as atividades. Com adesão de 80% dos trabalha-dores do local, não foi analisado e nem deferido nenhum processo de importação no Siscomex, e o protocolo não recebeu nem emitiu nenhum processo de importação.

Nacionalmente, a categoria demonstrou disposição de ir à luta contra o congelamento de salários, o PLP 257/16 e a Con-trarreforma da Previdência, que está sendo gestada pelo governo e tem como ponto principal aumen-to do tempo de serviço e idade para aposentadoria para homem e mulher.

Vamos nos manter atentos e prontos para irmos à luta sempre que necessário!

a sindicalista Simone Hagemann foi atingida com spray de pimenta. na foto, nereu espezim (SindSaúde) e valmir Braz de Souza (Fenasps).

Sindprevs-SC presta solidariedade aos servidores da saúde de SC em ato conjunto realizado na Secretaria de estado da Saúde.

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Condições insalubres e muito barulho

E

Anvisa

nquanto um grupo de servidores, da equipe de produtos importados, da Anvisa continuam traba-

lhando a poucos metros da pista de pouso e decolagem do Aero-porto Internacional Hercílio Luz, outra parte da equipe, do setor de atendimento aos viajantes e infraestrutura, sofrem com emis-são de gases de carros do lado externo da sala. Ambas equipes chamam a atenção para o barulho e as condições de difícil acesso ao local de trabalho. Essas considera-ções já foram levadas, com apoio do Sindprevs/SC, aos gestores da Anvisa do nível central e, inclu-sive, já foi promovida ação junto ao Ministério Público do Traba-lho para tratar do tema e buscar soluções.

Enquanto isso, o problema se-gue e os trabalhadores continuam enfrentando situações inaceitáveis no local de trabalho. Para acessar a sala é preciso passar por um lo-cal restrito dentro do terminal do aeroporto, sendo que a população não tem permissão para transitar livremente. A sala fica bem ao lado das esteiras de bagagens e de-sembarque, onde também ocorre a inspeção da alfândega e imigra-ção e situada a poucos metros da pista.

Os trabalhadores contam que, quando foram transferidos para esse espaço, foi informado pelas chefias, à época, que seria pro-videnciado um sistema de isola-mento acústico no local, porém, a Infraero, administradora do aero-porto, não cumpriu e segundo os

trabalhadores dá até para “ouvir o cortador de grama em funciona-mento”, quem dirá o ruído cons-tante de turbinas todos os dias.

Os diretores e a assessora do Departamento de Saúde do Traba-lhador do Sindprevs/SC estiveram nos ambientes diversas vezes para levantamentos de dados e averi-guações, bem como conversas com as equipes. No dia 27 de abril, a as-sessora, Elisa Ferreira, esteve parti-cipando do início da reunião entre trabalhadores e a Coordenação Es-tadual da Anvisa em Santa Catari-na. Durante a reunião, os servido-res afirmaram que as dificuldades de acesso, a condição insalubre, a falta de realização de exames peri-ódicos e descuido com a saúde dos trabalhadores e o excesso de ruídos que dificultam a concentração nas atividades de fiscalização sanitária são problemas que precisam ser levados a sério e cobram interven-ção imediata tanto pela Anvisa, quanto pela Infraero, que devem ser responsabilizadas e responder pela situação precária de trabalho dos servidores. Uma trabalhadora contou que teve seu adicional de insalubridade cortado quando fi-cou em casa de atestado médico.

A sala nem banheiro tem, o que contradiz a própria legislação sani-tária, sendo que a fisca-lização cabe à Anvisa. Os servidores utilizam os sanitários públicos do aeroporto. “Ainda não te-mos um local adequado e condições satisfatórias de trabalho”, foram, entre

outras, as colocações dos trabalha-dores.

Servidores com dez anos de casa reclamam da falta de exames periódicos, o que colabora com o quadro de problemas de saúde dos mesmos. Eles se sentem abando-nados pela Instituição, que não os ouve e atende.

O Departamento de Saúde do Trabalhador do Sindprevs/SC disse que continuará buscando todas as formas para a defesa dos trabalhadores dos males causados pelas atuais condições de traba-lho e pelo estresse e sensação de impotência destes trabalhadores. Importante registrar que essa mesma situação afeta igualmente outros órgãos públicos que atuam no aeroporto, conjuntamente com a Anvisa. O Sindprevs/SC estará acompanhando as futuras etapas e cobrando a continuidade das audiências com o Ministério Pú-blico e demais envolvidos. A ação está em andamento e já foram realizadas duas audiências com a Procuradora e as entidades repre-sentantes dos trabalhadores.

O Sindicato pediu para que os trabalhadores se mantenham firmes e unidos.

reunião com servidores da anvisa no aeroporto Hercílio luz.

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A

PL 257 pode levar a congelamento salarial, mais cortes e demissões

pesar de todos os ataques que vem recebendo da oposição de direita, o Go-verno Dilma não deixa

de reafirmar a serviço de quem governa. No dia 21 de março, o ministro da Fazenda, Nelson Bar-bosa, e do Planejamento, Valdir Simão, anunciaram outro pacote de medidas voltado para “con-ter” os gastos públicos e “manter as metas fiscais”. Na verdade, termos pomposos que significam manter o escandaloso pagamento aos banqueiros, que levam mais de 45% do Orçamento Federal, enquanto a Saúde (que é voltada para a grande massa de necessi-tados) não recebe nem 4% deste Orçamento.

A nova proposta de Dilma prevê, entre outras coisas, um possível congelamento salarial do funcionalismo, corte de até 30% com benefícios pagos a servidores e programas de demissões incen-tivadas com o intuito de atingir eventuais metas fiscais.

Essas propostas estão sendo amadurecidas desde o final de 2014 e em fevereiro último houve uma apresentação pelo governo. Mais uma vez as medidas, que buscam manter o pagamento de juros e amortizações da dívida ao sistema financeiro e aumentar a arrecadação da União, atingem diretamente o serviço público e programas sociais.

Sob o argumento de controlar os gastos, o governo poderá sus-pender o aumento real do salário mínimo e reduzir o quadro de

pessoal do funcionalismo público por meio de programas de demis-sões voluntárias.

Quem decidirá o quanto pode-rá ser gasto pelo governo será o Congresso. Sim, esse Congresso Nacional. Posteriormente, o go-verno deverá aplicar as medidas aprovadas.

Das quatro medidas anuncia-das, a que impõe limite para o crescimento do gasto da União terá impacto direto sobre os servidores públicos. Pela pro-posta, a LRF (Lei de Responsa-bilidade Fiscal) estipulará um limite plurianual para as despesas primárias federais em percentual do PIB (Produto Interno Bruto) fixado no PPA (Plano Plurianu-al). Já a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) fixará um valor

nominal do limite de gasto para cada ano e se, na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), houver previsão de que o teto pode ser descumprido, serão acio-nadas automaticamente medidas de redução das despesas que esta-rão divididas em três fases.

Essas três fases envolvem as esferas federal, estadual e munici-pal, e propõem um programa de demissão voluntária, redução de benefícios, entre outros, voltados principalmente para retirar direi-tos dos servidores públicos.

O ataque passo a passo

Primeira faseA primeira restringe a amplia-

ção do quadro de pessoal, do re-ajuste real de salários do funcio-

PL 257

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nalismo, além de cortes de gastos discricionários, administrativos e com cargos de confiança.

Segunda faseA segunda medida é a proi-

bição de aumentos nominais de salários de servidores e concessão de novos subsídios e desonera-ções; também seriam adotados mais cortes de gastos discricioná-rios, administrativos e dos cargos comissionados.

Terceira faseSuspende-se reajustes reais

do salário mínimo, benefícios de servidores são cortados em até 30% e implantado programa de desligamento voluntário ou licen-ça temporária no funcionalismo federal.

Servidores públicos na mira Esse plano apresentado pelo

governo é ainda pior do que foi apresentado em fevereiro. Não só porque limita benefícios ou reajustes salariais, mas porque efetivamente seu detalhamen-to aponta para cortar salários,

direitos e emprego, mostrando o descaso repugnante desse gover-no e da oposição de direita com os serviços públicos no Brasil, porque atacar o servidor é atacar os próprios serviços públicos dos quais dependem a população.

Na realidade reafirma que conforme se agravam a crise eco-nômica e a política, os governos federal seguidos pelos estados e municípios, independente de ser do PT, PMDB, PSDB, DEM e outros de direita, terão como alvo amenizar a crise tirando o couro do trabalhador.

Neste momento são os servi-dores públicos que estão na linha de frente e os que têm reajuste de acordo com o salário mínimo. E, breve, o ataque será generalizado.

Dilma pediu urgência na tramitação

O governo federal pisou no acelerador para aprovar o projeto de lei (PL 257/16), que ganhou pedido de urgência ao chegar, no dia 23/03, no plenário da Câma-ra dos Deputados. Enquanto isso, todos os projetos salariais do fun-

cionalismo, a maioria acordados durante as greve do ano passado, seguem paralisados nas comis-sões, sem previsão de votação.

Embora em tese os trabalhos do Congresso Nacional este-jam paralisados em função da crise política e da instalação da comissão que analisa o pedido de impedimento da presidente Dilma, analistas políticos ouvi-dos pela reportagem dão como certa a colocação do projeto em votação em breve, provavelmente em maio. Isto porque o governo federal incluiu um atrativo na proposta para seduzir os par-lamentares: o refinanciamento das dívidas públicas de estados e municípios.

Algumas medidas provisó-rias trancam a pauta, mas esses obstáculos podem ser contorna-dos caso o presidente da Câmara convoque sessão extraordinária. Essa possibilidade existe porque se trata de um projeto de lei com-plementar.

FonTe: Blog do Servidor púBliCo CoM SindSeF-Sp, CSp-ConluTaS e luTa FenaJuFe

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10

Jurídico

Plantão advogados: segundas e terças das 9h às 12h e das 13h às 18h | [email protected] do Jurídico: segunda, terça, quinta e sexta das 9h às 18h.

Quarta-feira, não há atendimento externo para encaminhamento das demandas internas.

A administração não pode cobrar reposições ao erárioO Tribunal Regional Federal

da 4ª Região vem consolidando jurisprudência contrária à possibi-lidade da administração proceder à inscrição em Dívida Ativa de valores que entende devidos por servidores, aposentados e/ou pensionistas. A matéria interessa sobretudo aos servidores oriundos do INSS, hoje lotados na Recei-ta Federal do Brasil, aos quais a administração havia decidido

proceder à reposição ao erário dos valores por eles recebidos como “URP de fevereiro de 1989”, me-diante inscrição em Dívida Ativa, o que acarreta sérias consequên-cias negativas, como a inscrição no Cadin e a impossibilidade de contraírem financiamentos.

A 3ª Turma do TRF da 4ª Re-gião já vinha dando provimento a recursos anteriores do Sindprevs/SC contra decisões judiciais de

Administração pública quer revisar pensões concedidas a partir de janeiro de 2004

Diversos pensionistas de ex-ser-vidores, ligados aos mais variados órgãos públicos, estão recebendo correspondências enviadas pelas áreas de recursos humanos, comu-nicando que o Tribunal de Contas da União teria avaliado a atual situação de seus proventos, con-cluindo estarem errados e determi-nando que a administração proce-da à respectiva correção, alterando para menor o seu valor.

A situação decorre do fato das pensões haverem sido concedi-das com fundamento na Emenda Constitucional nº 41, de 2003, que estabelece como forma de cálcu-lo da pensão a média das 80% maiores contribuições feitas pelo servidor falecido desde julho de 1994. Assim, calculado o valor da pensão, ela passaria a ser reajusta-da anualmente, na mesma data e percentuais aplicados aos reajustes do Regime Geral de Previdência Social, não se aplicando o direito à paridade, ou seja, eventuais mo-dificações futuras na remuneração dos servidores em atividade (inclu-sive quando decorrentes de reclas-sificação de cargo ou carreira) não se aplicariam a estas pensões.

Em 2004 e 2006 ocorreram mo-dificações importantes em diversas carreiras aplicáveis ao serviço público federal, gerando incremen-tos remuneratórios em favor destes

servidores, vantagens que, segun-do a EC nº 41/2003, não deve-riam ter sido estendidas às pensões concedidas a partir de janeiro de 2004, como o foram, segundo a interpretação agora emprestada ao caso pelo Tribunal de Contas da União, que vem determinando que a administração reveja as pensões e altere seus valores, normalmente para menor.

Os pensionistas que receberem essas cartas devem se dirigir ao Sindicato, para análise da situação pela Assessoria Jurídica, e trazer os seguintes documentos: carta re-cebida da administração; cópia do ato de concessão da pensão; cópia dos contra-recibos de pagamento (contra-cheques) relativos à pen-são desde a sua concessão original (se posterior a janeiro de 2004), ou desde janeiro de 2004 (se a pensão for anterior).

FonTe: aSSeSSoria JurídiCa do SindprevS/SC

Primeira Instância, que vinham admitindo esta forma grave de cobrança. A 4ª Turma daquela Corte ainda mantinha posição contrária à defendida pelo Sin-dicato e a alterou radicalmente no dia 6 de abril, ao julgar dar provimento aos pedidos formula-dos nos Agravos de Instrumento nºs 5047501-85.2015.4.04.0000, 5052289-45.2015.4.04.0000, e 5052286-90.2015.4.04.0000.

FonTe: aSSeSSoria JurídiCa do SindprevS/SC

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Ação Coletiva assegura o pagamento do auxílio transporte

No ano passado havíamos divulgado o ajuizamento de ações coletivas, movidas pelo Sindprevs/SC, objetivando o pagamento do auxílio transporte independente do meio utilizado pelo servidor para o deslocamento e sem a exi-gência da apresentação de bilhetes.

De início, já haviam sido con-cedidas liminares favoráveis ao Sindicato em todos os processos ajuizados, de modo que no Minis-tério da Saúde os servidores que declararam que tinham despesas para o deslocamento passaram a receber o auxílio independente da

apresentação dos bilhetes ou do meio de transporte utilizado.

No INSS, essa liminar foi inicialmente descumprida, o que levou a Assessoria Jurídica do Sin-dicato a pedir ao juiz que adotasse as medidas cabíveis para obrigar o cumprimento.

Agora chegou ao final a ação movida em favor dos servidores do Ministério da Saúde e os servido-res que haviam tido seus pedidos de pagamento do auxílio negados, seja porque não apresentaram bilhetes ou porque utilizavam o ve-ículo particular para se deslocar de

casa ao trabalho, poderão receber os valores que à época não lhes foram pagos.

Por enquanto, os servidores não precisam fazer absolutamente nada, pois o Sindprevs/SC já re-quereu que o Ministério da Saúde junte ao processo judicial todos os requerimentos cujos pagamentos haviam sido inicialmente indeferi-dos, para elaborar as contas res-pectivas. Logo essas contas sejam elaboradas, identificando-se os beneficiários, o Sindicato prestará as informações cabíveis.

FonTe: aSSeSSoria JurídiCa do SindprevS/SC

Ação Coletiva sobre progressão funcional no inSS aguarda julgamento pelo STJ

Além de dezenas de processos individuais buscando ver reco-nhecido o direito dos servidores do INSS à progressão funcional a cada 12 meses (e não a cada 18 meses, como vem sendo praticado pela administração) o Sindprevs/SC ajuizou também, em março de 2014, uma Ação Coletiva, com o mesmo objetivo.

Essa ação foi julgada procedente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em agosto de 2015, e aguarda agora julgamento de um Recurso Especial, interposto pelo INSS, junto ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

Diante disso, todos os servido-res do INSS, associados ao Sin-dprevs/SC, que tinham direito a progressões funcionais a cada 12 meses (no período entre março de

2009 até hoje), e que tiveram estas progressões equivocadamente con-cedidas, segundo o interstício de 18 meses, estão cobertos pela ação, sendo desnecessário o ajuizamento de ações individuais. Cabe ressal-tar que a Ação Coletiva ajuizada pelo Sindicato (em março de 2014) tem juros de mora correndo des-de aquela data, o que aumenta o valor final a ser recebido pelos seus beneficiários.

Já em relação aos servidores que chegaram a ajuizar ações individu-ais no próprio Sindprevs/SC, a As-sessoria Jurídica da entidade está analisando a situação de cada caso, pois há alguns em que as decisões judiciais foram favoráveis, permi-tindo o prosseguimento da ação e sua execução, e outros em que as decisões vêm sendo desfavoráveis,

o que indica que o melhor cami-nho é suspender a tramitação do processo individual para o servidor beneficiar-se do coletivo.

Destaca-se, ainda, que um dos itens constantes do Acordo firma-do para encerramento da greve de 2015 envolvia o reconhecimento, em lei, de que o interstício deve ser de 12 meses, e não de 18, obrigan-do-se a administração a atualizar estas progressões para o período de 12 meses. Se o Projeto de Lei relativo ao mencionado Acordo vier mesmo a ser aprovado pelo Congresso Nacional, procedendo--se às revisões mencionadas acima, as ações individuais ou coletivas tratando do tema terão prossegui-mento apenas para cobrança das diferenças passadas.

FonTe: aSSeSSoria JurídiCa do SindprevS/SC

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GEAPJustiça autoriza Geap a aumentar suas contribuições em apenas 20%, a partir de fevereiro de 2016, considerando abusivos aumentos superiores a este patamar

A Justiça Federal de Brasília deferiu liminar à Fenasps deter-minando que o aumento máximo das contribuições à Geap seja de 20%, considerando abusivos os re-ajustes que a Fundação pretendia aplicar, em percentuais acima de 40%. Esta decisão foi registrada nos autos da Ação Civil Pública nº 0008217-90.2016.4.01.3400, de abrangência nacional, movido pela Assessoria Jurídica da Fe-deração, de modo que, em Santa Catarina, ela protege os servi-dores filiados ao Sindprevs/SC, lotados no Ministério da Saúde, na Anvisa e no INSS.

O cumprimento da liminar deveria ocorrer na folha de pa-gamento do mês de abril, a ser quitada no mês de maio. A partir dela os servidores já teriam adap-tados os valores das contribuições à Geap ao patamar de reajuste máximo autorizado pela Justiça Federal de Brasília.

A decisão alcança os paga-mentos realizados por meio de “boletos”, inclusive aqueles relacionados às contribuições

dos chamados “agregados”e, se a partir dos boletos com vigência em abril os valores cobrados não estiverem adaptados à referida decisão judicial (valor de janeiro + 20%). Assim que houver uma orientação de como proceder, o Sindprevs/SC passará orienta-ções através do sítio eletrônico e demais veículos de comunicação do Sindicato.

No dia 15 de abril, verificou--se que a Geap não cumpriu a referida liminar, tanto para Santa Catarina, quanto para Minas Gerais. Nesse sentido, houve uma interpelação à Geap, no dia 20 de abril, que reconheceu o equívo-co e determinou o cumprimento total da liminar deferida à Fe-nasps. No entanto, o fechamento da folha ocorreu anteriormente ao dia 20. A assessoria da Federa-ção está estudando a viabilidade jurídica de um pedido de multa à Geap, em razão ao desrespeito da decisão judicial no mês de abril corrente.

Em Santa Catarina, existem tramitando outras ações sobre o

mesmo assunto, incluindo aquela ajuizada pelo Sindprevs/SC, que correm independente da ação da Fenasps. Também, cumpre lem-brar que se a Ação Civil Pública em questão vier a ser vitoriosa ao seu final, todos os valores que a Geap houver cobrado a mais dos servidores a partir do mês de fe-vereiro passado serão devolvidos, acrescidos de juros e correção monetária.

FonTe: aSSeSSoria JurídiCa

Recursos Humanos da Anvisa lança Termo de Notificação sobre Tempo Especial

O Sindprevs/SC informa que a Assessoria Jurídica do Sindi-cato já está ciente do Termo de Notificação enviado pelo setor de Recursos Humanos da Anvisa aos trabalhadores sobre a questão do Tempo Especial e que, em bre-ve, publicará uma análise jurídica

detalhada do ocorrido, além de tomar todas as medidas judiciais cabíveis para evitar perdas aos trabalhadores. O Sindprevs/SC pede aos servidores que aguar-dem as orientações jurídicas que serão amplamente divulgadas aos seus filiados.

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Seminário da Fenasps debateu Auditoria da Dívida e Reforma da Previdência

O Sindprevs/SC partici-pou, no dia 9 de abril em Brasília, do “Seminário Nacional em Defesa

da Previdência Social Pública e Contra a Reforma da Previdência e debate sobre a Auditoria Cidadã da Dívida”. O Seminário foi rea-lizado pela Fenasps. Participaram como palestrantes Gisella Colares, servidora do IBGE e representante da Auditoria Cidadã da Dívida, e Floriano Martins de Sá, vice-pre-sidente do Conselho de Política de Classe da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da receita Federal do Brasil (Anfip).

Gisella falou sobre o paradoxo que é um país rico como o Bra-sil não ter dinheiro para setores fundamentais como saúde, educa-ção, previdência e segurança. Ela lembrou que, em 2014, 45,11% do Orçamento da União foram dire-cionados ao pagamento de juros e amortizações da dívida.

“O Brasil é a terceira maior reserva de petróleo do mundo, maior reserva de água potável, maior área agriculturável, tem riquezas diversas e terras raras, riquezas biológicas e potencial energético, industrial e comercial, clima favorável, além da riqueza humana e cultural”, frisou a pales-trante. “Por outro lado, temos um cenário nestes anos de 2015/2016 de escassez, de crise econômica, desemprego, perdas salariais, privatizações e encolhimento do PIB”, disse a palestrante.

Gisella também apontou sobre o corte de investimentos e gastos sociais, aumento de tributos para

a classe média e pobre e as privati-zações, promovido pelos governos federal e estaduais.

“A auditoria tem verificado nos últimos anos que se inverteu a lógica que seria tirar dos ricos para dar aos pobres. A dívida está tirando dos pobres para dar para os ricos. “Os beneficiários da dívida são os bancos interna-cionais e estrangeiros. Os investi-dores estrangeiros enriquecem as nossas custas. O cenário é de crise e ao mesmo tempo de avanço às concessões ao capital financeiro”, afirmou. “A dívida impede uma vida digna e o acesso aos direitos humanos. É preciso fazer um tra-balho formiguinha e usar as redes sociais como instrumento para levar ao maior número de pesso-as possíveis esta discussão, bem como a campanha pela derrubada do veto à auditoria da Dívida no Plano Plurianual de 2016/2019”, finalizou.

O palestrante Floriano Martins de Sá, da Anfip, apresentou dados de estudos da entidade defenden-do que a Previdência é superavi-tária, ao contrário que governo e mídia dizem à população.

“Só um lado ganha com esta crise econômica sem precedentes. Os trabalhadores perdem e os ban-cos continuam ganhando”.

Ele falou também sobre a nova reforma da Previdência do gover-no que vem por aí. “É uma refor-ma que vai atingir de imediato às mulheres, porque acabará com cinco anos de diferença em rela-ção aos homens e também atingirá os trabalhadores rurais”.

“A Previdência Social é hoje, efetivamente, o único sistema de distribuição de renda, tornando-se um poderoso instrumento de for-talecimento da economia interna, responsável por gerar empregos, renda e lucros”, apontou o pales-trante.

“O Sistema de Seguridade Social é viável por ser superavitá-rio. Os benefícios da Seguridade Social não devem ser encarados como despesa e sim como investi-mentos. A Previdência Social é do trabalhador e do segurado e cabe a toda sociedade defendê-la. Seja com o governo Dilma ou com ou-tro que vem por aí, não será fácil para os trabalhadores”, alertou Floriano.

Fenasps realizou o evento no dia 9 de abril, em Brasília.

Auditoria

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Fenasps questiona Mpog sobre envio de contracheques de aposentados e pensionistas

A

Seminário sobre aposentadoria do Sindprevs/SC

Fenasps reuniu-se no dia 27 de abril com a Ges-tão de Sistema Pessoal do Mpog para tratar das

dificuldades que os servidores, principalmente aposentados e pen-sionistas, estão passando devido ao cancelamento do envio dos contracheques via correios. Esta reclamação já foi protocolada na Secretaria de Relações de Traba-lho/Mpog. O Diretor Interino informou que, por decisão da Por-taria 73/2015, que regulamenta o acesso por meio de autenticação, por senha individual, no Portal do Servidor e determina que o Mpog não envie mais os contracheques para as residências, foi planejado um calendário de cancelamento de envio, conforme data de reca-dastramento, iniciando em junho/

de 2015. Ele informou que até agosto deste ano vão encerrar os envios. Segundo ele, o governo gastava R$ 40 milhões somente com os três maiores órgãos, o que estava inviabilizando a manu-tenção do envio. Ele disse ainda que o governo criou o portal do SIGEPE para facilitar o acesso e impressão dos contracheques.

A Fenasps disse que a grande maioria dos servidores aposenta-dos e pensionistas não tem acesso à informática e que, em relação aos servidores da Saúde, ainda há maior dificuldade pois, além de somente existir um Núcleo, o mesmo fica muito distante das cidades do interior.

O Diretor disse que o Mpog está conveniando com os bancos a retirada de contracheques como era feito anteriormente. Para isso, o servidor deverá ter conta em um dos bancos: Banco do Brasil; Ban-coob/Sicoob; Banrisul; Bradesco: Caixa Econômica Federal; HSBC; Itaú; Santander e Sicredi.

Se o servidor tiver conta em um banco que não esteja na rela-ção, mas não quiser sair do banco, deverá abrir conta-salário em um desses bancos. Quem abrir nova

conta deve levar o comprovante para o RH. O Mpog informou que a liberação dos contracheques via bancos deverá levar em torno de mais três meses.

Os representantes da Fenasps falaram sobre a ordem de priori-dade da rubrica de desconto dos planos de saúde. O governo infor-mou que, no Decreto 8690/2016 de 11.03.2016, está relacionada a ordem de desconto e a Portaria do Mpog 110, de 13.04.2016, que estabelece as condições das con-signatárias. Além da prioridade, há a ordem de anterioridade, que, se uma rubrica é excluída, ela não volta mais na ordem de priorida-de.

A Fenasps questionou por que os servidores aposentados e pen-sionistas não estão no Portal da Transparência. O diretor respon-deu que o Mpog não os incluiu para segurança dos mesmos, tendo em vista o grande número de golpes que estão sendo aplica-dos a eles. Quando estiver solucio-nada a questão da liberação dos contracheques via banco, o gover-no se comprometeu em divulgar no SIGEPE.

FonTe: FenaSpS

No intuito de orientar a cate-goria sobre questões referentes à aposentadoria, o Sindicato rea-lizará o “Seminário sobre apo-sentadoria do Sindprevs/SC”. O evento ocorrerá no dia 17 de junho, em Florianópolis. O local,

a programação e o prazo para as inscrições serão divulgados em breve nos meios de comunicação do Sindprevs/SC. Fique atento às orientações em nosso sítio eletrô-nico e na página do Sindprevs no Facebook.

Aposentadoria

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Demonstrativo do resultado do exercício 2015

Receita Bruta R$Receitas de Mensalidades 3.993.954,69Receita Fundo de Greve 610.286,85Processos servidores - ações judiciais 1.440.852,63Receitas eventuais 35.723,74Receitas financeiras 68.586,38Subtotal 6.149.404,29

Despesas OperacionaisDirigentes liberados 246.063,31Pessoal contratado 1.724.714,17Encargos sociais 458.470,26Despesas com pessoal terceirizado (assessorias) 328.995,06Impostos e taxas 4.633,36Manutenção da sede (telefone, luz, água, seguros,correio, manutenção, reparos etc.) 579.577,03Despesas com veículos próprios 11.675,18Despesas com publicidade 96.080,70Transferências e contribuições 368.096,31Movimento popular e sindical 15.830,22Despesas com formação (cursos, seminários) 12.461,68Despesas financeiras 9.719,24Despesas com Eventos - Encontro dos Aposentados 399.488,31Despesas com o Jurídico 290.948,68Manutenção do Camping 295.794,64Despesas com eventos - congressos 0,00Subtotal 6.016.618,70

Total da Despesas Operacionais 6.016.618,70Déficit/Superavit líquido do exercício 132.785,59

Os números do Sindprevs/SC são analisados pelo Conselho Fiscal, submetidos à aprovação da Plenária Sindical de Base e referendados em Assembleia Esta-

dual Geral Ordinária, conforme determina o Estatuto do Sindicato.

Toda documentação está à disposição dos sindicali-zados na sede do Sindicato.

O Conselho Fiscal é composto por: Luiz Roberto Doneda, Ari José Becker e Marilda Lima. Alvani Bor-ges e Yolanda Medeiros são as suplentes do Conselho.

Ativo R$Ativo Circulante 720.157,03Disponibilidade 659.380,99Caixa 418,58Depósitos Bancários 7.915,89Aplicação de liquidez imediata 651.046,52Outros créditos 60.776,04Empréstimos a entidades 15.000,00Adiantamentos a colaborados/Diretores 26.711,40Adiantamentos a funcionários 6.586,84Impostos/contribuições a recuperar 12.477,80Ativo não Circulante 4.052.212,58Realizável a longo prazo 0,00Permanente 4.052.212,58Imobilizado móveis 772.542,45Imobilizado imóveis 3.279.670,13Imobilizado em andamento 0,00Total do ativo 4.772.369,61

Passivo R$Passivo circulante 344.319,92Fornecedores 30.933,92Obrigações fiscais a recolher 22.802,80Obrigações sociais a recolher 64.167,33Obrigações trabalhistas a pagar 16.349,19Provisões de férias e encargos 205.066,68Empréstimos e financiamentos 5.000,00Passivo não circulante 0,00Exigível a longo prazo 0,00Patrimônio líquido 4.428.049,69Patrimônio social 57,63Superávit/Déficit acumulado 4.295.206,47Resultado do exercício 132.785,59Total do passivo 4.772.369,61

Conselho Fiscal aprova os números de 2015 sem restrições

A Plenária Sindical de Base (PSB), que ocorreu na manhã do dia 30 de março, aprovou as contas do Sindicato relativas ao

último trimestre. Na sequência, os filiados presentes na Assembleia Estadual Geral, ocorrida na tarde do dia 31 de março, referendaram

as contas, em consonância com a orientação da PSB. Dessa forma, foram aprovados os número do exercício de 2015.

Prestação de contas

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o dia 30 de abril, o Sin-dprevs/SC

realizou uma confra-ternização com seus filiados, no Camping, em Ponta das Canas. A intenção do evento foi celebrar a união da categoria e promo-ver um reencontro de quem esteve junto na greve de 2015. Nas fotos, alguns momen-tos que marcaram o evento.

Fotos: dieine andrade

Registro

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Mais imagens da Confraternização no sítio eletrônico do Sindprevs/SC e na página do sindicato no Facebook

Sindprevs/SC celebra união da categoria em confraternização no Camping

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