sindprevs/sc em pauta nº 03

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Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT Edição Especial com a cobertura do 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC JORNAL DO SINDPREVS/SC Julho - 2014 Ano 1 Número 3 “Nós estaremos sempre fortes se estivermos sempre juntos!” s que construíram a história até aqui e os que estão chegando precisam se somar à luta”. “Nós estaremos sempre fortes se estiver- mos sempre juntos”, afirmou o Co- ordenador do Sindprevs/SC, Valmir Braz de Souza, durante a abertura do 8º Congresso Estadual, referin- do-se a união que deverá ocorrer entre a geração dos servidores anti- gos e novos. Também prestigiaram a cerimônia Cleuza Maria Faustino e José Campos Ferreira, Diretores da Fenasps, Telesmagno Neves Teles, representante da Anvisa, e Mário Kobus, representante do Ministério da Saúde. Durante a abertura, a Associação Coral Hospital Floria- nópolis saudou os participantes. Entre os dias 28 e 31 de maio, cerca de 350 pessoas entre delega- dos eleitos, Diretoria Executiva Co- legiada, observadores, convidados, trabalhadores do Sindprevs/SC e da organização estiveram reunidos em Bombinhas/SC, na Pousada Vila do Farol. Foram debatidos temas como a conjuntura nacio- nal e internacional, reorganização da classe trabalhadora, Saúde do Trabalhador, auditoria da dívida pública e Plano de Lutas. A íntegra das propostas e mo- ções aprovadas na Plenária final e o resumo das palestras estão reunidos neste jornal para que os servidores ativos, aposentados e pensionistas do INSS, Ministério da Saúde, Anvisa e Receita Federal do Brasil conheçam os rumos que o Sindpre- vs/SC seguirá nos próximos anos. O 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC também abriu espaço para a Comissão Estadual da Verda- de Paulo Stuart Wright, que expôs imagens organizadas pelo Coletivo Catarinense pela Memória, Verdade e Justiça. No primeiro dia do Con- gresso, foi exibido o vídeo da última paralisação realizada pela categoria, no dia 15 de maio. Como forma de democratizar o acesso às informações, os debates realizados dias 29 e 30 de maio, foram transmitidos ao vivo pelo Portal Desacato. “O

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Sindprevs/SC em Pauta nº 03

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Page 1: Sindprevs/SC em Pauta nº 03

Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT

Edição Especial com a cobertura do8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC

Jornal do SindPrEvS/SC

Julho - 2014ano 1

número 3

“Nós estaremos sempre fortes se estivermos sempre juntos!”

s que construíram a história até aqui e os que estão chegando precisam se somar à luta”. “Nós

estaremos sempre fortes se estiver-mos sempre juntos”, afirmou o Co-ordenador do Sindprevs/SC, Valmir Braz de Souza, durante a abertura do 8º Congresso Estadual, referin-do-se a união que deverá ocorrer entre a geração dos servidores anti-gos e novos. Também prestigiaram a cerimônia Cleuza Maria Faustino e José Campos Ferreira, Diretores da Fenasps, Telesmagno Neves Teles, representante da Anvisa, e Mário Kobus, representante do Ministério da Saúde. Durante a abertura, a Associação Coral Hospital Floria-

nópolis saudou os participantes.Entre os dias 28 e 31 de maio,

cerca de 350 pessoas entre delega-dos eleitos, Diretoria Executiva Co-legiada, observadores, convidados, trabalhadores do Sindprevs/SC e da organização estiveram reunidos em Bombinhas/SC, na Pousada Vila do Farol. Foram debatidos temas como a conjuntura nacio-nal e internacional, reorganização da classe trabalhadora, Saúde do Trabalhador, auditoria da dívida pública e Plano de Lutas.

A íntegra das propostas e mo-ções aprovadas na Plenária final e o resumo das palestras estão reunidos neste jornal para que os servidores ativos, aposentados e pensionistas

do INSS, Ministério da Saúde, Anvisa e Receita Federal do Brasil conheçam os rumos que o Sindpre-vs/SC seguirá nos próximos anos.

O 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC também abriu espaço para a Comissão Estadual da Verda-de Paulo Stuart Wright, que expôs imagens organizadas pelo Coletivo Catarinense pela Memória, Verdade e Justiça. No primeiro dia do Con-gresso, foi exibido o vídeo da última paralisação realizada pela categoria, no dia 15 de maio.

Como forma de democratizar o acesso às informações, os debates realizados dias 29 e 30 de maio, foram transmitidos ao vivo pelo Portal Desacato.

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Negociações nacionais

Sindprevs/SC em Pauta é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina.

Textos, Edição, Fotos e Editoração: Rosangela Bion de Assis (390/SC JP), Marcela Cornelli (921/SC JP) e Clarissa Peixoto (3609/SC JP)

Projeto Gráfico: Cristiane Cardoso

Logotipo e Ilustrações: Frank Maia

Tiragem: 6.000 exemplares.

[email protected]

Os textos assinados não correspondem à opinião da Diretoria do Sindprevs/SC.

Valmir Braz de Souza (Coordenação Geral) • Fátima Regina da Silva (Diretora da Secretaria-Geral) • Elaine de Abreu Borges (Diretora da Secretaria-Geral) • Valéria Freitas Pamplona (Diretora do Depto. Administrativo e Financeiro) • Osvaldo Vicente (Diretor do Depto. Administrativo e Financeiro) • Luiz Fernando Machado (Diretor do Depto. de Política e Organização de Base) • Ana Maria Pereira Vieira (Diretora do Depto. de Política e Organização de Base) • Luciano Wolffenbüttel Veras (Diretor do Depto. de Formação Sindical e Estudos Sócio-Econômicos) • Fernando Domingos da Silveira (Diretor do Depto. de Formação Sindical e Estudos Sócio-Econômicos) • Janete Marlene Meneghel (Diretora do Depto. de Comunicação) • Marco Carlos Kohls (Diretor do Depto. de Comunicação) • Vera Lúcia da Silva Santos (Diretora do Depto. Jurídico) • Rosemeri Nagela de Jesus (Diretora do Depto. Jurídico) • Rosi Massignani (Diretora do Depto. de Aposentados e Pensionistas) • Clarice Ana Pozzo (Diretora do Depto. de Aposentados e Pensionistas) • Maria Nilza Oliveira (Diretora do Depto. de Política de Seguridade e Saúde do Trabalhador) • Jane da Rosa Defrein Lindner (Diretora do Depto. de Política de Seguridade e Saúde do Trabalhador) • Teresinha Maria da Silva (Diretora do Depto. Sócio-Cultural e Esportivo) • Terezinha Ivonete de Medeiros (Diretora do Depto. Sócio-Cultural e Esportivo) • Márcio Roberto Fortes (Diretor do Depto. de Relações Intersindicais e Relações de Trabalho) • Giulio Césare da Silva Tártaro (Diretor do Depto. de Relações Intersindicais e Relações de Trabalho)

www.sindprevs-sc.org.br | [email protected] | @sindprevs | Sindprevs Santa Catarina

Atendimento externo das 9h às 18h | Rua: Angelo La Porta, 85, Centro, Florianópolis/SC - CEP: 88020-600 | (48) 3224-7899

Diretoria SINDPREVS/SC ExPEDIEnTE

Chapa Renovar, Unir e Avançar foi a únicainscrita para a eleição do Sindprevs/SC

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Eleições Sindprevs/SC

INSS avalia possibilidade deincorporação da Gdass e da GAE

Agenda

AGOSTO

6, 7 e 8 - 2º Seminário Unificado de Imprensa Sindical, no Hotel Canto da Ilha, Ponta das Canas, Florianópolis.

20 - Eleição da nova diretoria do Sindprevs/SC.

20 e 21 - Eleição da nova diretoria do Sindprevs/SC no Hospital Florianópolis.

OUTUBRO

17 - Posse da nova diretoria do Sindprevs/SC para o triênio 2014/2017

INSS, com base em estu-do realizado pelo Comitê Gestor Nacional de Ava-liação de Desempenho

(CGNAD), divulgou Nota Técnica apresentando tabelas salariais com a incorporação de parte da Grati-ficação de Desempenho de Ati-vidade do Seguro Social (Gdass) e da Gratificação de Atividade Executiva (GAE) ao vencimento

básico dos servidores do órgão.Para os servidores do nível su-

perior, por exemplo, sem os efeitos desta Nota Técnica, o vencimento básico representa apenas 20% da parcela fixa da remuneração total. Já com a Nota Técnica apresentada, as tabelas têm a incorporação do valor total da GAE e em média 60% do valor correspondente da Gdass ao vencimento básico, aumentando a

parcela fixa do salário dos servidores do INSS para cerca de 70%, ainda usando o exemplo do servidor de nível superior.

O documento da Fenasps e Nota Técnica nº3 da DGP/INSS, estão no site do Sindprevs/SC, em Todas as notícias, Últimas de Brasília, 30/05/2014, INSS apre-senta tabelas com incorporação da Gdass e da GAE.

o dia 9 de junho, a Comis-são Eleitoral enviou ofício circular 004/2014 divul-gando a nominata da chapa

Renovar, Unir e Avançar, inscrita durante o 8º Congresso Estadual para concorrer as eleições do Sind-prevs/SC para o triênio 2014/2017. A eleição acontecerá dia 20 de agosto e dias 20 e 21 de agosto no Hospital Florianópolis.

Fazem parte da Comissão Eleitoral aprovada no 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC: Ká-tia Mara Silva de Jesus, Catarina Cesconetto, João Nichelatti, Cleuza Moretto Emmert, Maria Nilza da Silva, Fátima Regina da Silva,

Maria Magui Schlikmann.Nominata da chapa: Ana Maria

Pereira Vieira; Celia Momm; Clarice Ana Pozzo; Eni Marcos de Medei-ros; Fernando Domingos da Silvei-ra; Giulio Cesare da Silva Tartaro; Guilherme Azevedo; Jane da Rosa Defrein Lindner; Luciano Wolffen-buttel Veras; Marco Carlos Kohls; Maria Goreti dos Santos; Maria Helena Pedrini Walter; Maria Lucia Bittencourt da Silva; Marialva Ribeiro Chies de Moraes; Roberto Machado de Oliveira; Rosemary da Silva Neves Destefanis; Rosemeri Nagela de Jesus; Rosi Massignani; Silvia Mara Mayer Teixeira; Vanderlea Regina de Jesus Ramos; Viviane de Carvalho Fogaça.

s componentes do GT Fe-nasps definiram na reunião realizada em 13 de maio que a prioridade do Gru-

po de Trabalho será a discussão da Carreira da Seguridade Social. Em 2002, foi publicada a Lei nº 10.483, que criou a Gratificação de Desempenho de Atividade da Seguridade Social e do Trabalho - Gdasst, que o governo intitulou de Carreira. Desde então, a Fenasps em todos os espaços de negociação vem cobrando insistentemente a composição do Grupo de Trabalho (GT) que teria a tarefa de elaborar a proposta de Carreira para os tra-balhadores da base da Seguridade Social.

Quando a Mesa Setorial do Ministério da Saúde completou 10 anos, os representantes da Fenasps, no evento de comemoração do governo, aproveitaram a presença

de representantes do Ministério do Planejamento para cobrar os Acordos de Greve assinados em 2002, 2005, 2006 que indicaram a instalação do GT de Carreira da Seguridade Social.

No início de 2014, a representa-ção da Mesa Setorial realizou um planejamento estratégico em que a Fenasps, novamente, exigiu dos representantes do Ministério do Planejamento e do Ministério da Saúde o compromisso de efetivar o Grupo de Trabalho que, apesar de existir, ainda não havia se reunido para elaborar uma proposta de Plano de Carreira.

O Grupo de Trabalho da Car-reira, instituído pela MSNP/MS, só foi reinstalado em março de 2014, com a realização da primeira reunião em 8 de abril e da segunda no dia 13 de maio. Após levanta-mentos, a atual estrutura foi agluti-

nada em no máximo três ou quatro cargos, de acordo com as funções exercidas no Ministério da Saúde.

No Grupo de Trabalho, os representantes do governo apre-sentaram para discussão a criação das gratificações de titulação e de qualificação. Ainda neste Grupo é debatida a Avaliação de Desempe-nho, que hoje é prioridade na polí-tica de gestão do governo federal, os 100 pontos da Gratificação para os servidores cedidos e a paridade para os trabalhadores aposentados e pensionistas.

Os representantes da Fenasps na Mesa Setorial em 2011 constru-íram uma proposta de reestrutura-ção das tabelas que não foi aceita pela Ministra do Planejamento. A proposta da Fenasps inclui os trabalhadores aposentados na Carreira.

Com informações da Fenasps

GT da Seguridade (MS) da Fenaspsdefine a carreira como prioridade

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INSS

Vem aí o 2º Seminário Unificado de Imprensa

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a tarde do dia 4 de junho, diretores do Sindprevs/SC participaram de reu-nião com os gestores do

Ministério da Saúde de Brasília e de Santa Catarina para organi-zar a instalação da Mesa Local de Negociação Permanente do Ministério da Saúde no Esta-do. A previsão de instalação da Mesa é para o dia 24 de agosto. Para isso, um protocolo deverá ser assinado até o final de junho entre governo e entidades sindi-cais. Até lá, os sindicatos de-verão indicar os nomes de seus representantes para participar da Mesa. Assessora em Saúde do Trabalhador do Sindicato, Elisa Ferreira, também esteve presente na reunião. Representantes do Sintrafesc também comparece-ram.

Carga horária e carreira napauta de discussão

A representante da Coor-denadoria Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saú-de, Iara Cremonesi Endo, disse que a implantação da Mesa é uma forma de aproximar mais governo e trabalhadores nas negociações. Ela disse ainda que a Mesa tem caráter deliberativo, porém somente sobre questões mais localizadas como Saúde do Trabalhador. Questões como carga horária de trabalho, Car-reira, avaliação de desempenho e interface com as Organizações

Sociais serão tratados na Mesa Nacional.

A representante do Ministério da Saúde informou ainda que o governo pretende realizar um curso de capacitação e especiali-zação sobre negociação coletiva para os integrantes da Mesa. Além disso, será realizada uma oficina nacional de trabalho em Brasília com os integrantes das mesas estaduais.

Sindicato vai cobrar asdemandas dos trabalhadores

Cada entidade, no caso o Sin-dprevs/SC e o Sintrafesc, terão direito a três representes titula-res na Mesa e três suplentes.

O Coordenador do Sindpre-vs/SC, Valmir Braz de Souza disse que vê como positiva a instalação da Mesa. Lembrou que foi uma reivindicação da Fenasps junto à Mesa Nacional. Disse que o Sindicato irá priori-

zar o diálogo sem deixar de levar para a Mesa as reivindicações e demandas dos trabalhadores. “Vamos cobrar o que tem que ser cobrado”, disse Valmir.

A Diretora do Sindprevs/SC Maria Nilza lembrou que o Sindicato realizou um estudo de campo no Núcleo do Ministé-rio da Saúde, em Florianópolis, sobre condições de trabalho e o relatório final será apresentado primeiramente aos trabalhado-res, o que deve acontecer ainda no mês de junho, e, posterior-mente, os dados serão levados para a Mesa pelo Sindprevs/SC.

Os sindicalistas chamaram atenção também para problemas como a situação dos cedidos, a fal-ta de servidores, investimentos em capacitação e equipamentos nos locais de trabalho. Além de apon-tar a necessidade do retorno às 6 horas como forma de valorizar e cuidar da saúde dos servidores.

e 6 a 8 de agosto de 2014, será realizado em Floria-nópolis, pelo Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora (FCCT), o 2º

Seminário Unificado de Imprensa Sindical. O tema dessa edição será “A Democratização da Comunica-ção e a luta contra a Criminaliza-ção dos Movimentos”.

Na programação, estão previs-tos debates sobre a Lei de meios: realidade e perspectivas no Brasil e na América Latina; o jornalismo sindical e as condições de traba-lho nas assessorias de imprensa; a importância da mídia alternativa

na luta contra a criminalização dos movimentos e a disputa de hegemonia; e a aplicação das redes sociais no jornalismo sindical.

O Seminário é voltado para jornalistas, assessores de comunica-

ção, dirigentes sindicais e estudantes na área de comunicação. As inscri-ções encerram-se dia 23 de julho. Inscrição e informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

Sindprevs/SC participa de reunião parainstalação de Mesa Local de Negociação do MS

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Ministério da Saúde

Sindicato trata de turno estendido e decodificações do ponto com Superintendente

Sindprevs/SC reuniu-se no dia 11 de junho, às 17 ho-ras, com a Superintendente Regional Sul do INSS, Ra-

quel Marshall Gadea, para tratar de assuntos de interesse dos servidores.

Em relação à codificação dos dias faltados devido à greve de ônibus em Florianópolis, a Superintendente disse que é contrária a compensação de horas pelos trabalhadores que recebem vale transporte. Em relação à Paralisação do dia 15 de maio, Ra-quel disse que a negociação do des-conto é em Brasília e que o código de greve não impede o desconto do dia. Ela enviou mensagem ao INSS, em Brasília, para saber se havia algum modo de reversão, como a compen-sação de horas.

Congresso e CopaA Superintendente garantiu que

as horas não trabalhadas durante os

jogos do Brasil não serão compen-sadas. Em relação à participação no Congresso do Sindprevs/SC, ela disse que não orientou a compensa-ção de horas, que sempre defendeu a participação dos servidores nas atividades sindicais. O Sindicato foi enfático na necessidade de reverter à compensação, sendo que a libe-ração dos servidores já havia sido acordada com a Administração.

Turno estendidoO Sindicato falou sobre a pre-

ocupação dos servidores da APS São Francisco do Sul que perderam o turno estendido; da APS Canoi-nhas, que tem todos os requisitos para o turno estendido, mas teve o pedido vetado pela Superinten-dência; além da situação da APS Blumenau que, com a renúncia da chefia, fica ameaçada de perder o turno estendido.

Os diretores do Sindprevs/SC afirmaram que a instituição estabe-leceu metas irreais que dificultam a conquista do turno estendido e que os trabalhadores não podem pagar pelas condições abusivas impostas pelos gestores.

O Sindicato afirmou que os servidores não estão sendo cha-mados à participação nas reuniões para debater as metas e o plano de ação. A Superintendente disse que a orientação é para que haja reuniões mensais.

O Sindprevs/SC, a Fenasps e os demais sindicatos estaduais cansa-ram de avisar sobre os problemas que o turno estendido e a Gdass, da maneira como foram impostos aos servidores, iriam causar.

O Sindprevs/SC pediu agilidade no pagamento do PCCS e informou que marcará nova reunião com o procurador do INSS sobre o PCCS.

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Nacional e Internacional

Debate sobre a conjuntura apontou a necessidade de organização da classe trabalhadora

a s discussões do 8º Con-gresso do Sindprevs/SC iniciaram, na manhã do dia 29 de maio, com a

Análise de Conjuntura Nacional e Internacional.

O primeiro convidado a falar sobre o tema foi Luiz Fernando Rodrigues, diretor da Fenasps e do Sindsprev/RJ. De acordo com Fer-nando, a crise do capital, instalada a partir de 2008, refletiu no Brasil e promoveu as manifestações de junho. “O Brasil vive uma situação em que o processo inflacionário tende a crescer, na medida que não há investimento na economia, com empregos mal pagos e precariza-dos. Junho foi a manifestação des-sas contradições encontradas aqui no Brasil. Os trabalhadores querem lutar, mas não acreditam mais nas organizações políticas”, afirma.

Segunda palestrante, Cleuza Maria Faustino, diretora da Fenasps e do Sindprevs/MG, falou sobre a política do de-sempenho no serviço público federal que retira direitos dos aposentados. “O governo, que quando era oposição dizia que a política de gratificação era ruim para a catego-ria, agora atua no sentindo de man-tê-las. Há quantos anos a gente não vê a CUT chamar mobilizações para pressionar pela ampliação de direitos? Isso interfere na unidade da classe trabalhadora para a ga-rantia de conquistas”, reforça.

José Campos Ferreira, diretor

da Fenasps e do Sindsprevs/RS, apontou as contradições do atual governo. “A ideia de bem-estar social está sendo esfarelada e no Brasil ela nunca foi real. Que edu-cação é essa que damos as crian-ças com professores recebendo um salário mínimo? Tudo que os países europeus garantiram para os trabalhadores está se desmontando e aqui nem conseguimos construir. Na sociedade em que a gente vive, crescer não é viver bem e educar os filhos, o que interessa é crescimen-to do PIB, que nada mais é que o crescimento do capital. Quem tem dinheiro, terá mais dinheiro. Em junho, as pessoas demonstraram essa insatisfação e exigiram, nas ruas, o estado de bem-estar social”.

José Rubens Decares (Rubão),

diretor da Fenasps e do Sinsprev/SP, falou da exacerbação do siste-ma capitalista e suas formas de se renovar através da diminuição de direitos. “O sistema capitalista vem criando recessão e desemprego em todo o mundo. Uma minoria con-centra as grandes fortunas, sendo cada vez mais beneficiada, explo-rando e acabando com os direitos

dos trabalhadores. Na Europa e nos EUA, milhões têm saído às ruas para garantir seus direitos”.

Rubão lembrou a expectativa vivida em 2002 com a eleição de Lula. “Esse governo criou a pro-dutividade, gerando por parte das chefias o assédio moral, que leva os trabalhadores ao esgotamento das suas forças físicas e mentais. Os aposentados não têm sequer condições de continuar na Geap, por conta dos aumentos abusivos.”, finaliza.

Recuperar a autonomiados trabalhadores

Rita de Cássia Pinto, diretora da Fenasps e do Sinsprev/SP, falou sobre a criminalização dos movimentos sociais e o clima de

repressão que as entidades têm sofrido. “Existe um descontentamento geral que leva as pessoas às ruas. Isso se dá por conta do recrudescimento dos direitos da classe trabalha-dora”. Rita destacou que esse governo se molda ao capital e tenta criar um ambiente de desarticula-ção da luta dos trabalha-

dores. “É preciso discutir a reor-ganização da classe trabalhadora, mas reorganizando os locais de trabalho, retomando a iniciativa dos trabalhadores, para que tam-bém a gente recupere a autono-mia do trabalhador, para que ele participe da luta, da organização e das decisões, pois a representação causa distorções”, finaliza Rita.

iretores do Sindprevs/SC, membros do Devisa/Fe-nasps, servidores, gestores da Anvisa e parlamentares

participaram entre os dias 19 e 21 de maio, em Florianópolis, na Assembleia Legislativa, da 1ª Se-mana de Vigilância Sanitária, que teve como tema: Avanços, Desa-fios e Perspectivas da Vigilância Sanitária em Santa Catarina.

No dia 20 de maio, o repre-sentante da Anvisa, Dr. Norberto Rech, reconheceu as limitações para o funcionamento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária dentro do âmbito do SUS. Os trabalhadores das três esferas enfatizaram os obstáculos que impedem a prestação de serviços de qualidade à população.

Giulio Cesare Tartaro, diretor do Sindprevs/SC e representante do Devisa/Fenasps, protestou pela não menção da área de PAF (Portos, Aeroportos e Fronteiras) pelo representante da Anvisa. Giulio sugeriu que fosse aberta uma mesa específica, compos-ta pelos trabalhadores das três esferas, para não limitar o debate somente a gestão.

No dia 21 de maio foi realizada

uma audiência pública sobre co-mércio e consumo de suplementos nutricionais e esteróides anaboli-zantes, com a presença de especia-listas e da representante do Minis-tério Público de Santa Catarina, Dra. Sônia Maria Piardi. A audi-ência demonstrou a fragilidade do sistema de controle e fiscalização sanitária para proteção da saúde pública e individual dos consumi-dores. Até pouco tempo, sequer a análise laboratorial era feita pela Anvisa, por falta de rede de labo-ratórios na entrada dos produtos no país, que aqui não necessitam de registro para comercialização.

Muito trabalho,poucos trabalhadores

Na parte da tarde, o tema debatido foi a elevada carga de trabalho na rotina de inspeções de produtos importados pelos portos, aeroportos e fronteiras em todo o país.

Atualmente a equipe da Coor-denação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras de Santa Catarina - Anvisa é compos-ta por 60 servidores, distribuídos entre a sede administrativa, dois aeroportos (Joinville e Florianó-

polis), quatro portos (Imbituba, Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul) e a fronteira de Dionísio Cerqueira, que movimenta um volume de quase 35 mil processos de importação de medicamentos, alimentos, cosméticos, produtos de saúde médica, hospitalares e odontológicos, reagentes para exa-mes de laboratório, entre outros, sujeitos ao controle da Anvisa antes de serem comercializados e consumidos pela população.

A direção da Anvisa afirma, durante as negociações, que a gestão pretende repassar várias atividades para os estados e mu-nicípios, no entanto, os servidores dessas esferas também declaram sofrer com a falta de pessoal e de estrutura, demonstrando que essa não é uma solução viável.

O coordenador da Anvisa em Santa Catarina, Telesmagno Ne-ves Teles, apresentou um estudo de distribuição de trabalho per capita com dados assustadores e prejudiciais aos trabalhadores e a própria sociedade, pois compro-mete a saúde de ambos na medida em que provoca o afastamento dos servidores, agravando ainda mais o quadro deficitário.

Os presentes foram unânimes no reconhecimento da necessida-de de contratação de servidores por concurso público. Em 2013, no último concurso realizado para a Anvisa, foram direciona-das para Brasília todas as 314 va-gas preenchidas e não há previsão de concurso público para a área de PAFs.

Servidores da Anvisa apontam dificuldades durante 1ª semana da Vigilância Sanitária

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Anvisa

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Plano de lutas da categoria• Pela incorporação das gratifi-

cações produtivistas ao salário base e por paridade entre aposentados e ativos.

• Jornada de 30 horas para to-dos, sem redução salarial.

• Contra as gratificações produ-tivistas que adoecem os trabalha-dores.

• Pelo fim do assédio moral.• Por melhores condições de

trabalho.• Valorização dos servidores

públicos e melhores salários com aumento real.

• Concurso público já! Levando em consideração a necessidade de vagas para cada local de trabalho do estado.

• Equidade e isonomia salarial entre a base da categoria.

• Retirar do serviço público a gestão com lógica da iniciativa pri-vada (índices de produtividade).

• Desmistificar a lógica da ges-tão atual imposta aos servidores, conscientizando-os sobre a mesma.

• Exigir melhores condições de trabalho ao servidor público e saú-de do trabalhador “padrão FIFA”.

• O servidor tem todo o direito de valorização e não sabe disso. Devemos usar nossos direitos de servidor dentro de nossa repartição e fora dela nos impor sobre aquilo que nos é imposto.

• Pela continuidade de um sindi-cato atuante e permanente.

• Valorização das mídias da classe trabalhadora (revistas e site), principalmente às realizadas pelo Sindprevs/SC, que tem muitas pu-blicações de qualidade e recheadas de boas ideias.

• Campanha de desfiliação da Anasps.

• Campanha de filiação dos servidores novos ao Sindprevs/SC, esclarecendo sobre as lutas através de mídias sociais.

• Pela implementação de carrei-ras para todas as categorias do Ser-viço Público Federal, com fixação de uma data-base.

Plano de lutas gerais• Contra a privatização dos servi-

ços públicos através das OSs, Oscips, Ebserh e toda forma de privatiza-ção, terceirização e precarização do trabalho.

• Pela Auditoria Cidadã da Dívida.

• Incluir no Orçamento da União garantia de recursos para a política salarial dos servidores públicos.

• Contra os absurdos gastos e as remoções de moradores devido a Copa.

• Chega de dinheiro aos banquei-ros.

• 10% do PIB para a educação pública.

• 10% do Orçamento para a saú-de pública.

• Fim do fator previdenciário.• Pelo aumento do valor das

aposentadorias e pela anulação da Reforma da Previdência de 2003 e do Funpresp (Fundação de Previ-dência Complementar do Servidor Público Federal).

• Contra a criminalização dos movimentos sociais.

• Em defesa dos povos originá-rios, quilombolas e indígenas.

• Pela Reforma Agrária e valori-zação dos trabalhadores do campo e da cidade.

• Em defesa da luta por moradia digna para todos.

• Serviços públicos de qualidade e gratuitos (saúde, educação, seguran-ça, previdência social).

• Mais empregos regulamenta-dos.

Propostas aprovadas no 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC

Moções Aprovadas• Moção de repúdio à direção da

Anvisa e demais gestores contra o fechamento de unidades descentra-lizadas na área de portos, aeropor-tos, fronteiras e recintos alfandega-dos em todo o país.

• Moção de apoio aos servidores da Anvisa do estado de São Pau-lo, Santa Catarina e de todo país, que estão sendo vítimas dos atos praticados pela gestão da Anvisa e sofrendo ameaças nos locais de trabalho e tendo seus locais e ativi-dades de fiscalização extintos.

• Moção solicitando às Centrais Sindicais presentes no 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC que su-perem as suas diferenças e busquem a unificação.

Plenária Final

Gênero, Raça e Etnia• Que os filiados mantenham-se

atentos às políticas implementadas de gênero, raça/etnia e orientação sexual, pessoas com deficiência, denunciando discriminações.

• Que o Sindicato implemente programas, por meio dos GTs, que visem alertar a base sobre as discri-minações sofridas.

• Que o Sindicato combata todo e qualquer tipo de discriminação de gênero, identidade, raça/etnia e orientação sexual nos órgãos públicos, no emprego e nos está-gios (quer em relação aos que estão sendo atendidos, quer em relação aos funcionários).

• Que o Sindicato auxilie seus filiados a compreender e aceitar a emancipação de gênero, raça e classe.

• Que o Sindicato auxilie seus filiados no combate às discrimina-ções de gênero, identidade, raça/etnia e orientação sexual nos órgãos públicos, no emprego e nos estágios.

• Divulgar campanha informati-va sobre as cotas.

• Divulgar lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana-na das séries iniciais até o ensino médio.

Auditoria Cidadã da Dívida• Socializar em todas as formas

de mídia (televisão, internet e ou-tros) informações sobre a Auditoria Cidadã da Dívida.

• Levar para os locais de tra-balho a proposta de criação da comissão da Auditoria da Dívida Pública.

• Levar ao conhecimento do assunto para a população (definir estratégias).

• Realizar uma campanha de conscientização da população e um grande plesbicito para o debate nacional.

• Levar para o Orçamento da União proposta de política salarial para os servidores públicos.

• Provocar os poderes legislati-vos (municipal, estadual e federal) da necessidade de realização da Auditoria da Dívida Pública, em cumprimento a Constituição Art. 26 do ADCT, requerendo o envio de moções ao Congresso Nacional.

• Cobrar dos órgãos de fiscaliza-ção como o Tribunal de Contas da União e do Ministério Público, o engajamento na fiscalização da Au-ditoria da Dívida Pública, através de audiências públicas e fóruns de debate.

Saúde do Trabalhador• Cobrar a efetivação do SIASS

(Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor) e a interlocu-ção com o Renast (Rede Nacional

de Atenção à Saúde do Trabalha-dor) e os RHs das Instituições.

• Cobrar ações de fiscalização dos fatores geradores de adoeci-mento, de prevenção dos agravos, de promoção e recuperação da saúde, através de exames periódi-cos, avaliação ergonômica, ginásti-ca laboral, e Plano de Preparação para Aposentadoria com exames médicos.

• Construção e defesa de pro-postas de um plano de carreira que valorize o trabalhador do serviço público tanto no aspecto pessoal quanto do ponto de vista financei-ro.

• Realizar um levantamento dos aspectos e impactos ambientais de trabalho junto aos servidores do INSS, MS, Anvisa e Receita Federal, observando os riscos que envolvem suas atividades e pro-pondo melhorias nas condições e organização do trabalho, entre elas ampliação do quadro de servidores através de concurso público haja vista o excesso de trabalho decor-rente da falta de servidores, que é um dos grandes causadores de adoecimento.

• Instituir e formar CISSPs (Comissão Interna de Saúde do Servidor Público), compostas por ativos, aposentados e pensionistas nos locais de trabalho para identi-ficar e monitorar os riscos físicos, mentais e ambientais presentes na atividade do trabalho e na vida social do trabalhador, bem como valorizar e estimular a participação dos servidores.

• Ações conjuntas entre os Departamentos de Formação e de Saúde do Trabalhador do Sind-

(continua na próxima página)

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prevs/SC na realização de cursos de formação na área de Saúde do Trabalhador e na instrumentaliza-ção dos membros das Comissões de Saúde em suas ações no local de trabalho.

• Construir propostas de re-formulação dos instrumentos de notificação de acidentes e doenças do trabalho no setor público.

• Articulação com o sistema público de saúde na notificação dos agravos e acidentes de trabalho junto ao Sinan (Sistema de Infor-mação de Agravos de Notificação).

• Subsidiar e orientar os traba-lhadores quanto aos direitos da notificação dos agravos junto a gestão, que deverá estruturar os RHs nesse sentido.

• Discutir propostas de avanços legais e normativos que contem-plem as ações de atenção integral à saúde dos servidores públicos fe-

derais, ou seja, construção de ações de promoção de saúde, prevenção dos agravos, recuperação da saúde e fiscalização dos fatores geradores de adoecimento.

• Construção de ações que orga-nizem os trabalhadores em saúde do trabalhador.

Geap• Fiscalização mais rigorosa dos

gestores da Geap.• Lutar pelo aumento da per

capta paga pelos patrocinadores.• Retornar a forma solidária

das contribuições, com contribui-ções baseadas em percentual do salário, considerando piso e teto, retomando a solidariedade entre as gerações.

• Reivindicar que o Mpog (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) desenvolva campanha nacional para trazer de

volta setores do funcionalismo pú-blico ao Plano da Geap autogestão em saúde, bem como atrair novos trabalhadores que ingressaram no serviço público.

• Realização de uma auditoria independente nos gastos feitos pelos gestores indicados pelo governo.

Comunicação• Continuar participando e

apoiando as iniciativas do Fórum de Comunicação da Classe Traba-lhadora, em especial a realização do Seminário Unificado de Im-prensa Sindical, realizado pelas entidades que fazem parte do Fórum.

• Manter a Revista Previsão com seu projeto editorial, pautan-do temas que extrapolam a reali-dade dos servidores do Ministério da Saúde, INSS e Anvisa.

Jurídico

Plantão advogados: segundas e terças das 9h às 12h e das 13h às 18h | [email protected]

O golpe da ação ganha

Atendimento do Jurídico: segunda, terça, quinta e sexta das 9h às 18h. quarta-feira, não há atendimento para encaminhamento das demandas internas

Comissão da Verdade busca justiça e reparaçãoO 8º Congresso Estadual abriu

espaço, no dia 29 de maio, para a Comissão da Verdade Paulo Stu-art Wright, criada em 2013 para examinar e esclarecer as viola-ções de direitos humanos pratica-das por motivação exclusivamen-te política entre 1946 e 1988 e auxiliar a Comissão Nacional da Verdade (CNV). A representan-te da Comissão e coordenadora do Coletivo Catarinense pela Memória, Verdade e Justiça, Derlei de Luca, falou da impor-tância de resgatar informações que possam ajudar a reparar simbolicamente as vítimas das violências praticadas durante a ditadura militar.

Ao lado, Derlei de Luca.Abaixo, exposição realizada durante o Congresso sobre os desaparecidos políticos, organizada pelo Coletivo Catarinense pela MemóriaVerdade e Justiça.

PCCS/InSSPCCS/MS

Alguns advogados, que dizem fazer parte de uma “Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas”, estão entrando em contato com os filiados do Sind-prevs/SC oferecendo o pagamento de ações ganhas, pedindo contra-cheques e documentos pessoais, sob o argumento de prescrição imediata. Na verdade, o escritório responsável utiliza a “roupagem” de Associação, e pede documentos para encaminhar ações suposta-mente novas, que os servidores já possuem no Sindicato, gerando grande prejuízo justificado pelos processos do Sindicato englobarem períodos maiores, lembrando não há cobrança por parte do Sindicato

de honorários contratuais para os filiados.

O Sindprevs/SC não pede docu-mentos para ajuizar a maior parte dos seus processos, pois são coleti-vos, e quando os solicita, o faz por meio de ofícios ou emails “oficiais”. O Sindicato também não telefona para casa dos filiados nos fins de se-mana e à noite. É importante que os servidores desconfiem de qualquer contato que envolva ajuizamento ou pagamento de ações. As liberações decorrentes de ações ajuizadas pelo Sindicato, serão sempre informadas por oficio. Estes profissionais con-trariam o código de ética da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e lesarão os servidores, principalmen-

te pelo fato de os processos coletivos do Sindicato já encontram-se em fase adiantada de tramitação.

Os servidores que optarem por outorgar procuração a advogados particulares, serão obrigatoriamente excluídos dos processos coletivos do Sindprevs/SC, uma vez que a Justi-ça vem entendendo que a decisão de ajuizar processo individual explicita o desejo do servidor de não contar com a ação coletiva e agir por conta própria.

O Sindprevs/SC pede que os ser-vidores que venham a sofrer assédio por parte dos referidos profissionais, entrem em contato com o Sindicato e se informem.

FonTE: aSSESSoria JurídiCa do SindPrEvS/SC

Atendendo às inúmeras co-branças realizadas pelo Sindprevs/SC, pela sua assessoria jurídica e pela categoria, o Desembargador e Presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Santa Catarina, Edson Mendes de Oliveira, enca-minhou ofício para a presidência do Conselho Superior da Justiça do Trabalho em Brasília, órgão respon-sável pela liberação dos recursos do requisitório do PCCS do Ministério da Saúde, solicitando informações sobre a “previsão de repasse dos re-cursos financeiros para a quitação da requisição de pequeno valor referen-te à ação trabalhista nº 08157-1997-036-12-00”.

O Ministro Antônio José de

O processo dos servidores do INSS encontra-se no Tribunal Regional do Trabalho 12ª Região, onde o juiz nomeou um perito para atualizar os valores devidos. Como o perito devolveu o proces-so por não possuir os elementos de cálculo, o juiz determinou ao INSS que realize a atualização. No dia 3 de junho, o INSS pediu mais 60 dias de prazo para apre-sentar os novos cálculos.

Esse prazo encerra-se em 7 de agosto. Após essa data, o Sindica-to se manifestará sobre os cálcu-los apresentados pelo INSS.

Barros Levenhagem, presidente do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, respondeu que acatou o pedido de crédito suplementar referente à Requisição de Pequeno Valor (RPV) extraída do Processo 08157-1997-036-12-00, estando no aguardo da liberação do recurso financeiro por parte da Secretaria do Tesouro Nacional (STN/MF).

O sindicato já obteve o ganho dessa ação, que diz respeito ao pagamento do requisitório do PCCS do Ministério da Saúde, e tem realizado incansavelmente as ações necessárias para que a verba seja liberada.

Quanto ao pagamento dos valores inscritos no precatório da mesma ação, a previsão é de liberação de recursos no segundo semestre de 2014.

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Repasse para o pagamento da dívida ficacom 42% do Orçamento Geral da União

economista e coordenador nacional da Auditoria da Dívida Pública, Rodrigo Vieira de Ávila, falou

sobre as consequências para os trabalhadores da Dívida Pública, no dia 30 de maio, durante o 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC. Rodrigo alertou que o paga-mento da dívida interna e externa é o motivo para o não atendimen-to das reivindicações dos servido-res públicos.

O palestrante relembrou que, em junho de 2013, as pessoas fo-ram às ruas reivindicando melho-res serviços públicos em centenas de cidades, em manifestações iné-ditas, por mais e melhores serviços públicos. “Para que isso aconteça são necessários mais recursos para contratar e valorizar os servidores. Inclusive, a campanha salarial desse ano pede serviços públicos padrão Fifa.’’ A maioria da po-pulação não sabe que, enquanto reivindicações básicas não são atendidas, o Orçamento Geral da União (OGU) de 2013, destinou 718 bilhões, ou 40,30% do total, para a amortização da dívida pública.

Rodrigo citou que 595 estádios do Maracanã poderiam ser cons-truídos com os recursos gastos em 2013 com o pagamento da dívida. “Esses dados não são divulgados. O Governo oculta que a previsão em 2014 é aumentar esse gasto para 42,04%. Segundo o dividô-metro da Auditoria Cidadã da Dívida, até 14 de maio de 2014, 460 bilhões foram gastos com o

pagamento dos juros das dívidas interna e externa.

Quem perde, quem ganha“Para os servidores públicos, o

governo não garante nem a reposi-ção da inflação anual, mas para os aplicadores ele paga a atualização pela taxa Selic em 11% ao ano, com alguns títulos vendi-dos à taxa de 13% ao ano. Enquanto a tabela do imposto de renda acu-mula uma defasagem de 61,42%, para os ban-queiros são oferecidas isenções fiscais e anistias de dívi-das,” declarou o palestrante.

A lei de responsabilidade fiscal determina que ocorram cortes no orçamento social se não estive-rem garantidos recursos para o pagamento da dívida. Ou seja, o sistema da dívida opera baseado em privilégios financeiros. Rodrigo ainda destacou o papel nefasto da grande mídia, mostrando um edito-rial da Folha que cita que ‘ordem e contenção nos gastos são medidas que o governo deveria adotar a fim de interromper ciclo de expectati-vas negativas.’.

A Auditoria Cidadã da Dívi-da questiona a origem da dívida pública brasileira e se ela já não foi paga. A Constituição de 1988

previu a realização de uma audi-toria que nunca foi realizada. Em 2000, a Auditoria, com o apoio de diversas entidades, realizou um plebiscito que teve mais de seis mi-lhões de votos pedindo a auditoria da dívida.

“É preciso desmistificar que uma auditoria criaria o caos”.

Rodrigo falou do precedente criado pelo Equador, que realizou uma auditoria, abriu os arquivos e veri-ficou muitas irregularidades. 95% dos detentores de títulos da dívida aceitaram a anulação de 70% da dívida com bancos privados inter-nacionais. Devido às provas levan-tadas, só 30% da dívida continua sendo paga, aumentando os recur-sos que podem ser destinados para educação e saúde.

Em 2000, a Auditoria Cidadã da Dívida passou a criar Núcleos Es-taduais. O primeiro a ser fundado foi o de Minas Gerais. Atualmente são dez, o último criado foi em Santa Catarina. Aqui no estado, o Núcleo terá sede e será coordenado pelo Sindprevs/SC.

AuditoriaCidadã

o

Reorganização da Classe Trabalhadora em debate

n a tarde do segundo dia do 8º Congresso, os trabalhos abriram com o debate sobre a Reorganização da

Classe Trabalhadora. Participaram da mesa, Paulo Barella da Conlu-tas e Edson Carneiro (Índio) da Intersindical - Central da Classe Trabalhadora.

Paulo Barella, iniciou falando sobre a conjuntura de luta interna-cional da classe trabalhadora. Na opinião do palestrante, a discussão da reorganização da classe tra-balhadora não está acontecendo somente no Brasil. “No cenário internacional rebeliões se transfor-maram em verdadeiras revoluções, destituindo ditadores, enfrentando o capital e a burguesia”. Ele citou processos como o Occupy Wall Street, nos Estados Unidos, o qual veio quebrar a ordem dos sindica-tos vinculados aos patrões e aos estados; na Espanha a ação dos indignados; na América Latina e no Chile as mobilizações dos estu-dantes, a greve dos mineiros, dos ferroviários e de outros setores.

“Com a entrada de Lula no poder em 2002, houve uma ex-pectativa muito grande de que o governo faria mais políticas volta-das para a classe trabalhadora. Em 2004, nós realizamos um Encon-tro Nacional contra as reformas sindical e trabalhista do Governo Lula em Luziânia, Goiás. Neste encontro, buscou-se criar uma entidade para aglutinar todos os que lutam. Infelizmente, não foi possível unificar todo o conjunto. A partir daí, nasceu a organização Conlutas que veio com um espec-tro político totalmente diferente,

com independência frente aos go-vernos e patrões, autonomia frente aos partidos políticos, com fóruns democráticos que garantem a representação da base e combatem à burocratização das entidades sindicais. Em 2006, foi realizado outro encontro nacional e então é fundada a CSP-Conlutas enquan-to central sindical”, resgatou o palestrante.

A diversidade representada“A CSP-Conlutas surge para

mudar a aparência física e política da organização da classe traba-lhadora, para representar a diver-sidade da classe trabalhadora. No último período, a Central esteve envolvida nos principais debates da classe trabalhadora, como as manifestações de junho. Só a luta muda a vida, podemos fazer uma luta linda agora, ganhar direitos, mas eles (o governo) vão fazer outras medidas para retirar direi-tos, por isso, é preciso romper com a estrutura do sistema”, apontou Barella.

“Uma central sindical é uma intersecção das lutas do conjunto da nossa classe. Precisamos avan-çar. Não podemos achar que se ficarmos somente na nossa base vai resolver os problemas. Os problemas dos servidores são os mesmos dos trabalhadores do campo e do setor privado. Saímos da CUT porque achamos que

era necessário mudar e construí-mos a opção que é a Conlutas”, finalizou.

“Este não é um debate novo, é um debate que fazemos há pelo menos 10 anos”, disse Índio, da Intersindical. “Vivemos hoje um período de muita fragmentação. Fragmentação esta que deu um salto de qualidade. A classe já vinha passando por uma fragmen-tação dos processos de trabalho. A CUT surge no início da déca-da de 80 e ela é quase que uma janela de unidade de grande parte do movimento. Infelizmente, o processo da CUT se esgotou com a chegada do Lula ao poder. A fragmentação, mais a chegada do Lula ao poder e o esgotamento da CUT, deu um salto de qualida-de das forças sociais. Nós temos clareza de que é necessário fazer o caminho de volta. Ao invés de fragmentar temos que juntar e se não é possível juntar todos vamos juntando aos pouco”, disse. “No dia 30 de março deste ano fun-damos a Intersindical Central da Classe Trabalhadora. Na nossa opinião, não havia nenhuma outra opção que atendesse as de-mandas da classe trabalhadora”, encerrou.

Centrais Sindicais

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Plano de Lutas

Política de gratificações do governoarrocha salário dos servidores

n

Paralisação

s servidores do INSS, Mi-nistério da Saúde e An-visa em Santa Catarina aderiram à paralisação de

24 horas em todo o País, convo-cada pela Fenasps, no dia 15 de maio. Os trabalhadores, como parte da Campanha Salarial 2014, realizaram um Ato Público entre os prédios da Superinten-dência Regional Sul do INSS e do Ministério da Saúde, no Cen-tro de Florianópolis. Os trabalha-dores avaliaram positivamente a Paralisação: foi a primeira gran-de mobilização do ano.

Os trabalhadores usaram um adesivo com os dizeres “NEGO-CIAÇÃO JÁ” e distribuíram uma carta à população. Repre-sentantes de outras cidades vie-ram para o Ato na Capital, quem não veio ficou mobilizando no seu local de trabalho, dialogando com a população, explicando o porquê do dia de luta.

Os servidores se mobilizaram tendo como principais pontos de luta a jornada de 30 horas sema-nais, paridade salarial entre os

Servidores do INSS, Ministério da Saúdee Anvisa paralisaram em 15 de maio

o

Quadro da paralisação em Santa Catarina

No INSS paralisaram as APSs: Araranguá; Biguaçu; Braço do Norte; Brusque; Chapecó (Agên-cia e ADJ); Florianópolis Con-tinente, Florianópolis Centro; Içara; Joinville; Lages; Lauro Müller; Mafra; Orleans; Pinhal-zinho; Porto União; Rio do Sul; São Francisco do Sul; São José; São Lourenço do Oeste; São Mi-guel do Oeste e Xaxim. Também aderiu a Gerência do INSS de Florianópolis

Na Anvisa houve adesão no posto do Aeroporto Hercílio Luz

e os servidores também participa-ram do Ato Público no centro de Florianópolis.

O Ministério da Saúde de Curitibanos aderiu. Houve ade-são à mobilização no prédio do Ministério da Saúde e no Hospi-tal Florianópolis.

Em Xanxerê, os servidores usaram camisetas pretas, o adesi-vo com os dizeres “NEGOCIA-ÇÃO JÁ” e distribuíram panfleto à população. Em Canoinhas, os trabalhadores também usaram camisetas pretas de luta.

a tarde do terceiro dia do 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC foi debati-do o Plano de Lutas e as

reinvindicações dos servidores do INSS, Ministério da Saúde e Anvisa. Na mesa, Cleuza Maria Faustino, diretora da Fenasps e do Sindprevs/MG, Giulio Césare da Silva Tártaro, diretor do Sindpre-vs/SC e representante do Devisa/Fenasps e José Campos Ferreira, diretor da Fenasps e do Sindspre-vs/RS. Os palestrantes realizaram um histórico das reivindicações dos segmentos, das bandeiras de luta, perspectivas e prioridades para o próximo período. Entre as mais importantes estão a incorpo-ração das gratificações e a parida-de entre ativos e aposentados.

“O governo em 2008 regu-lamentou a gratificação no Mi-nistério da Saúde e em 2010 no INSS. O governo chama a Gdass e a Gdpst de Carreira”, disse Cleuza. Ela lembrou que a Mesa Setorial Nacional de Negociação do MS apesar de não ter grandes avanços, discute algumas ques-tões como os 100 pontos para os cedidos. Na greve de 2012, foi solicitado o não desconto dos ser-vidores das Saúde. “Nós sabemos com qual governo estamos nego-ciando. É um governo que não preserva os direitos dos servido-res”.

“O governo federal divide as categorias e não valoriza os servi-dores ativos, nem os aposentados. O governo deve apresentar uma proposta nova de tabela salarial

logo após à Copa. Mas, a concre-tização desta tabela só vira com mobilização e luta”, finalizou.

Giulio Césare da Silva Tártaro disse que a Fenasps é única enti-dade que entende que a Anvisa tem que ter uma Carreira. Outras entidades priorizavam somente as tabelas. “O nosso vencimen-to está artificial. Quando nos aposentarmos não vamos levar nada”.

Carreira, concurso e capacitação“Depois do acordo de 2013 o

governo formou mais um grupo de trabalho que não avança na discussão da Carreira. Faltam servidores e agora com a Copa do Mundo tudo está um caos no país. Com este efetivo não con-seguimos fazer o nosso trabalho. Agora, na Copa, o governo quer formar um grupo para emergên-cia em caso de epidemias com pessoas que nunca trabalharam na área. Nós vamos denunciar no Ministério Público Federal o risco que a população está correndo”,

disse Giulio.“O que nos aflige mais é não

termos concurso, a falta de servido-res e de capacitação dos trabalha-dores e as distorções na Carreira. Nosso plano de lutas hoje tem como prioridade a Carreira”.

José Campos Ferreira lembrou que tiraram o Fundo de Garantia dos servidores porque eles tinham estabilidade e integralidade. Mas agora não há mais paridade e a estabilidade é relativa. Além disso, os novos servidores terão que pagar Previdência Complementar. “A pulverização no Ministério da Saú-de e o ritmo de trabalho no INSS dificultam a nossa organização nos locais de trabalho. Precisamos nos reorganizar nos locais de trabalho. As mesas nacionais são mesas de enrolação. É muito fácil falar com este governo. Eles nos recebem, nos ouvem e nos dão razão, mas nada acontece. Precisamos encon-trar um caminho para ficar mais próximos dos locais de trabalho e reorganizar a luta. Não existe caminho sem luta.”

Ao lado, Ato Unificado em Florianópolis. Acima, foto enviada

pelos servidores de Joinville.

servidores ativos e aposentados, incorporação das gratificações aos salários, melhores condições de trabalho, contra o assédio mo-ral e por concurso público.

Os servidores do Ministério da Saúde têm um dos meno-res salários do funcionalismo público federal e os servidores

do INSS têm 70% de salário composto por uma gratificação que eles não podem levar para a aposentadoria.

Já os trabalhadores da Anvi-sa, além da defasagem salarial, sofrem com a falta de servidores para fiscalizar fronteiras, portos e aeroportos.

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8º CONGRESSO ESTADUAL DO SINDPREVS/SC:muitas emoções e importantes debates

Registro

Delegados e observadores durante o credenciamento Fortes emoções

Seis grupos debateram a tese e elaboraram propostas

Coral do Hospital Florianópolis, durante a abertura Comissão Eleitoral recebe a inscrição da Chapa

Comissão OrganizadoraFizeram parte da Comissão Organizado-

ra do 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC: Valmir Braz de Souza, Fátima Regina da Silva, Elaine de Abreu Borges, Osvaldo Vicente, Valéria Freitas Pamplona, Luiz Fernando Machado, Ana Maria P. Vieira, Clarice Ana Pozzo, Rosi Massignani, Ma-rialva Ribeiro C. de Moraes, Ivanete Maria Rech, Viviane de Carvalho Fogaça, Tânia Mara Anastácia, Sullyvan Eduardo da S. Vieira, Departamento de Comunicação do Sindprevs/SC, Luciano Marcondes e Heloí-sa Karoline Cabral de Souza.