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MINISTERIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES SISTEMA DE INSTRUÇÃO MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO (SIMEB) 2012

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  • MINISTERIO DA DEFESAEXRCITO BRASILEIRO

    COMANDO DE OPERAES TERRESTRES

    SISTEMA DE INSTRUOMILITAR DO EXRCITO

    BRASILEIRO

    (SIMEB)

    2012

  • MINISTERIO DA DEFESAEXRCITO BRASILEIRO

    COMANDO DE OPERAES TERRESTRES

    SISTEMA DE INSTRUOMILITAR DO EXRCITO BRASILEIRO

    (SIMEB)

    Edio 2012

  • MINISTRIO DA DEFESAEXRCITO BRASILEIRO

    COMANDO DE OPERAES TERRESTRES

    PORTARIA N 009 - COTER, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2011.

    Aprova o Sistema de Instruo Militar do Exrcito Brasileiro (SIMEB).

    O COMANDANTE DE OPERAES TERRESTRES, no uso da delegao de competncia, conferida pela letra e) do item XI do Art.1 da Portaria n 727, de 8 de outubro de 2007, do Comandante do Exrcito, resolve:

    Art. 1 Aprova o Sistema de Instruo Militar do Exrcito Brasileiro (SIMEB), Edio 2012.

    Art. 2 Determina que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicao.

    Art. 3 Revoga a Portaria n 008 - COTER, de 29 de setembro de 2010.

    Gen Ex AMRICO SALVADOR DE OLIVEIRAComandante de Operaes Terrestres

    n Exxx AAAAAAAAAAAAAAAAAAMRICOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO SALVADOR DE OLComamamamamamamaamaaaaandndddnddnddddndnddnddddndndnddddddddnddddddnnn anteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee de Operaes Terrestre

  • NDICE

    PagCAPTULO 1 - PRESSUPOSTOS BSICOS

    1.1 - Misso do Exrcito .....................................................................................1 - 11.2 - O Ensino Profi ssional no Exrcito ..............................................................1 - 11.3 - Objetivo do Sistema de Instruo Militar do Exrcito Brasileiro ..............1 - 21.4 - Consideraes Gerais .................................................................................1 - 21.5 - Documentos de Referncia .........................................................................1 - 21.6 - Conceitos ....................................................................................................1 - 31.7 - Orientao Geral do SIMEB .......................................................................1 - 31.8 - Direo de Instruo ...................................................................................1 - 31.9 - Observaes de Carter Geral ....................................................................1 - 4

    CAPTULO 2 O ANO DE INSTRUO

    2.1 - Consideraes Iniciais ................................................................................ 2 - 12.2 - O Ano de Instruo ..................................................................................... 2 - 1

    CAPTULO 3 INSTRUO INDIVIDUAL

    3.1 - Instruo Individual .................................................................................... 3 - 13.2 - Objetivos da Instruo Individual ............................................................... 3 - 33.3 - Instruo Individual Bsica (IIB) ............................................................... 3 - 63.4 - Instruo Individual de Qualifi cao (IIQ) ................................................. 3 - 73.5 - Instruo Individual de Requalifi cao e Nivelamento (IIRN) .................. 3 - 83.6 - Curso de Formao de Cabos (CFC) .......................................................... 3 - 93.7 - Curso de Formao de Sargentos Temporrios (CFST) ............................. 3 - 103.8 - Assuntos que Exigem Cuidados Especiais ................................................. 3 - 113.9 - Instruo Religiosa ..................................................................................... 3 - 183.10 - Proteo e Instruo sobre Meio Ambiente .............................................. 3 - 183.11 - Atividades de Instruo em Unidades de Conservao (UC) ................... 3 - 193.12 - Instruo de Mobilizao .......................................................................... 3 - 203.13 - Atividades de Instruo em reas Indgenas ............................................ 3 - 20

    CAPTULO 4 CAPACITAO TCNICA E TTICA DO EFETIVO PROFISSIONAL (CTTEP)

    4.1 - Conceito ......................................................................................................4 - 14.2 - Objetivos da CTTEP ...................................................................................4 - 1

  • 4.3 - Defi nio do Universo ................................................................................4 - 24.4 - Orientao para o Planejamaneto ...............................................................4 - 24.5 - Desenvolvimento da Instruo ...................................................................4 - 34.6 - Prescries Diversas ...................................................................................4 - 4

    CAPTULO 5 ADESTRAMENTO

    5.1 - Finalidade ................................................................................................... 5 - 15.2 - Objetivos ..................................................................................................... 5 - 15.3 - Consideraes Gerais ................................................................................. 5 - 15.4 - Formas de Adestramento ............................................................................ 5 - 25.5 - Execuo do Adestramento ........................................................................ 5 - 35.6 - Adestramento Bsico .................................................................................. 5 - 75.7 - Adestramento Avanado ............................................................................. 5 - 95.8 - Adestramento para Op GLO ....................................................................... 5 - 115.9 - Mapa de Adestramento ............................................................................... 5 - 125.10 - Adestramento na Mobilizao .................................................................. 5 - 145.11 - Adestramento nas OM de Artilharia de Campanha .................................. 5 - 145.12 - Adestramento nas OM de Artilharia Antiarea ......................................... 5 - 145.13 - Exerccio Ttico com Apoio de Sistema de Simulao (ETASS) ............ 5 - 155.14 - Exerccios Conjuntos ................................................................................ 5 - 195.15 - Exerccios Combinados com Naes Amigas .......................................... 5 - 195.16 - Prescries Diversas ................................................................................. 5 - 20

    CAPTULO 6 - INSTRUO MILITAR DE ELEMENTOS DE NATUREZA DIVERSA

    6.1 - Aviao do Exrcito .................................................................................... 6 - 16.2 - Brigada de Operaes Especiais ................................................................. 6 - 76.3 - Artilharia Antiarea ..................................................................................... 6 - 86.4 - OM de Guerra Eletrnica ........................................................................... 6 - 86.5 - Pelotes Especiais de Fronteira .................................................................. 6 - 96.6 - Organizaes Militares No-Operacionais ................................................. 6 - 106.7 - Tiros-de-Guerra e Escolas de Instruo Militar .......................................... 6 - 11

    CAPTULO 7 - PREVENO E SEGURANA

    7.1 - Preveno de Acidentes .............................................................................. 7 - 17.2 - Segurana Orgnica .................................................................................... 7 - 27.3 - Segurana na Instruo ............................................................................... 7 - 3

  • CAPTULO 8 - SISTEMAS DE APOIO INSTRUO MILITAR

    8.1 - Finalidade ................................................................................................... 8 - 18.2 - Sistemas de Apoio Instruo Militar ........................................................ 8 - 18.3 - Sistema de Avaliao das Organizaes Militares Operacionais (SISTAVOP) ........................................................................................................ 8 - 18.4 - Sistema de Lies Aprendidas (SISLA) ..................................................... 8 - 38.5 - Sistema de Validao dos Programas-Padro e Cadernos de Instruo (SIVALI-PP/CI) .................................................................................................. 8 - 4

    CAPTULO 9 PLANEJAMENTO DE RECURSOS PARA A INSTRUO

    9.1 - Finalidade ................................................................................................... 9 - 19.2 - Tipos de Recursos ....................................................................................... 9 - 19.3 - Levantamento e Solicitao das Necessidades ........................................... 9 - 29.4 - Sistema de Apoio ao Planejamento (SAP) ................................................. 9 - 59.5 - Prescries Diversas ................................................................................... 9 - 9

    CAPTULO 10 ESTGIOS

    10.1 - Defi nio ..................................................................................................10 - 110.2 - Generalidades ..........................................................................................10 - 110.3 - Estgios de Orientao ............................................................................10 - 310.4 - Estgios de Instruo ...............................................................................10 - 310.5 - Estgio de Preparao Especfi ca para Cadestes da AMAN ...................10 - 510.6 - Estgio de Preparao Especfi ca para Alunos da EsSA e EsLog ...........10 - 5

    CAPTULO 11 COMPETIES DE INSTRUO MILITAR E DESPORTIVAS

    11.1 - Finalidade ................................................................................................11 - 111.2 - Objetivos ..................................................................................................11 - 111.3 - Competies de Instruo ........................................................................11 - 111.4 - Competies Desportivas ........................................................................11 - 3

    CAPTULO 12 ATIVIDADES CONJUNTAS

    12.1 - Aspecto Doutrinrio .................................................................................12 - 112.2 - Exerccios Conjuntos entre as Foras Armadas .......................................12 - 112.3 - Seminrios sobre Atividades Conjuntas ..................................................12 - 2

  • CAPTULO 13 RELATRIOS

    13.1 - Finalidade ............................................................................................... 13 - 113.2 - Relatrios de Instruo ........................................................................... 13 - 113.3 - Relatrio de Informaes Doutrinrias Operacionais (RIDOP) ............. 13 - 213.4 - Modelos de Relatrio .............................................................................. 13 - 3

    CAPTULO 14 MOBILIZAO E DESMOBILIZAO DE PESSOAL

    14.1 - Finalidade ...............................................................................................14 - 114.2 - Objetivos .................................................................................................14 - 114.3 - Consideraes Iniciais ............................................................................14 - 214.4 - Mobilizao de Recursos Humanos .......................................................14 - 214.5 - Desmobilizao de Pessoal Temporrio .................................................14 - 16

    CAPTULO 15 ORIENTAES GERAIS PARA O APOIO DA MARINHA E DA FORA AREA

    15.1 - Conceituaes Gerais .............................................................................15 - 115.2 - Apoio da Marinha ...................................................................................15 - 115.3 - Apoio da Fora Area .............................................................................15 - 2

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    CAPTULO 1

    PRESSUPOSTOS BSICOS

    1.1 MISSO DO EXRCITO

    a. A misso norteia todas as atividades do EB e est orientada, primordialmente, pela Constituio Federal e pela Lei Complementar n 97, de 9 de junho de 1997, alterada pela Lei Complementar n 117, de 2 de setembro de 2004 e n 136, de 25 de agosto de 2010.

    b. As polticas e as estratgias implementadas pelo Comandante Supremo das Foras Armadas, bem como as estratgias e doutrinas elaboradas pelo Ministrio da Defesa, condicionam o detalhamento da Misso.

    c. Segundo o SIPLEx 1, aprovado pela Portaria n 766 - Cmt Ex, de 7 de dezem-bro de 2011, a misso do Exrcito Defender a Ptria, Garantir os Poderes Consti-tucionais, a Lei e a Ordem. Apoiar a Poltica Exterior do Pas. Cumprir Atribuies Subsidirias.

    d. Dentre as condicionantes para o cumprimento da Misso do Exrcito, confor-me documento supracitado, o Adestramento - capaz de transformar homem, tropa e comando - desde os escales elementares - num conjunto harmnico operativo e determinado no cumprimento de qualquer misso. extremamente dependente do ensino profi ssional no Exrcito.

    1.2 O ENSINO PROFISSIONAL NO EXRCITO

    a. O Ensino Profi ssional no Exrcito realizado por meio de dois sistemas distin-tos, porm integrados: o Sistema de Ensino Militar e o Sistema de Instruo Militar do Exrcito Brasileiro (SIMEB).

    b. O Sistema de Ensino Militar voltado, em sua maior dimenso, para formar, aperfeioar, especializar e ampliar os conhecimentos profi ssionais dos militares de

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    1 - 2carreira. Paralelamente, forma os ofi ciais da reserva das Armas, do Servio de Inten-dncia e do Quadro de Material Blico. Esse sistema possui uma estrutura tcnica especializada na atividade de ensino e coordenado pelo Departamento de Educao e Cultura do Exrcito (DECEx).

    c. O Sistema de Instruo Militar do Exrcito Brasileiro (SIMEB) voltado para o adestramento da Fora Terrestre como instrumento de combate, para a formao das praas temporrias e para a adaptao de tcnicos civis vida militar. Esse sistema coordenado pelo Comando de Operaes Terrestres (COTER).

    1.3 OBJETIVO DO SISTEMA DE INSTRUO MILITAR DO EXRCITO BRASILEIRO

    Regular o desenvolvimento da Instruo Militar (IM), em conformidade com as diretrizes do Comandante do Exrcito e do Estado-Maior do Exrcito.

    1.4 CONSIDERAES GERAIS

    a. O Sistema de Instruo Militar do Exrcito (SIMEB) o documento de alto nvel da atividade de Preparo da Fora Terrestre, de carter normativo e doutrinrio, que estabelece os fundamentos e a sistemtica da Instruo Individual e do Adestramento.

    b. O Programa de Instruo Militar (PIM) o documento decorrente do SIMEB, de periodicidade anual, por meio do qual o Comandante de Operaes Terrestres, observando a realidade da conjuntura, principalmente a oramentria, orienta o planejamento do ano de instruo e assegura a coordenao e a avaliao das atividades.

    c. Os Programas-Padro (PP) constituem-se em instrumentos fundamentais para o acionamento da IM e defi nem o modo ideal de conduzi-la. No entanto, torna-se imperativo promover uma constante otimizao do custo e do benefcio da atividade-fi m, conciliando diversos fatores, tais como: a durao dos perodos de instruo, a evoluo qualitativa dos contingentes incorporados, a racionalizao na aplicao dos recursos fi nanceiros e a reduo do desgaste do material.

    1.5 DOCUMENTOS DE REFERNCIA

    Os conceitos, dados e orientaes constantes do SIMEB originam-se da legislao existente e de outros documentos que tratam do Preparo Operacional da Fora Terrestre e das demais Foras Singulares, com destaque para os seguintes:

    a. Sistema de Planejamento do Exrcito (SIPLEx);b. Diretrizes do Comando do Exrcito;c. Diretrizes do Estado-Maior do Exrcito;

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    1 - 3d. Diretrizes especfi cas do Comando de Operaes Terrestres; ee. Diretrizes e instrues emanadas da Marinha do Brasil e da Fora Area Brasileira

    no que interessa ao adestramento da F Ter.

    1.6 CONCEITOS

    a. Instruo Militar (IM): a parte do preparo militar de carter predominantemente prtico, que visa formao do lder em todos os escales, capacitao dos combatentes e ao adestramento das U e GU. Deve permitir o cumprimento de todos os objetivos previstos na Poltica de Instruo Militar, constantes da Poltica Militar Terrestre.

    b. Operacionalidade: a capacidade que uma OM operacional ou GU adquire para atuar como um todo integrado, a fi m de cumprir as misses previstas em sua base doutrinria e inerentes sua natureza e escalo, para as quais foi organizada, dotada de pessoal, instruda, adestrada e equipada. A operacionalidade da F Ter um dos fatores fundamentais para a Estratgia da Dissuaso.

    c. Adestramento: o conjunto de atividades realizadas para desenvolver ou treinar capacidades individuais ou coletivas que contribuiro para que uma OM atinja a condio de participar de Operaes Militares.

    d. Vrios outros conceitos so encontrados no PPB/1 - Planejamento, Execuo e Controle da Instruo Militar, que um dos documentos que complementam o SIMEB e que deve ser de leitura obrigatria por todos os envolvidos na Instruo.

    1.7 ORIENTAO GERAL DO SIMEB

    A IM visa o adestramento da F Ter e est voltada para:a. Adestramento para as operaes de Defesa Externa

    1) O principal objetivo da Instruo Militar adestrar a Fora Terrestre para cumprir misses de Defesa Externa.

    2) Ao trmino do Ano de Instruo, todas as OM Operacionais devero ter cumprido os objetivos de adestramento previstos para o perodo.

    b. Adestramento para as operaes de Garantia da Lei e da Ordem A IM dever ser conduzida de modo a assegurar, o mais cedo possvel, o

    adestramento da Fora Terrestre para a realizao de Operaes de Garantia da Lei e da Ordem (Op GLO).

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    1 - 41.8 DIREO DE INSTRUO

    a. Os Comandos Militares de rea executam, alm da prpria instruo, a orientao, o acompanhamento e o controle das atividades de instruo dos escales subordinados.

    b. Cabe-lhes, tambm, implementar aes que busquem a racionalizao e simplifi cao de procedimentos, permitindo-lhes, em qualquer situao, atingir os objetivos que caracterizam o adestramento.

    b. A Direo da Instruo de uma OM composta pelo Comandante, Estado-Maior e Comandantes de Subunidade e dever planejar e executar a Instruo Militar da OM, buscando atingir os objetivos estabelecidos. O Comandante o Diretor da Instruo da OM. Cabe-lhe, assessorado pelo Chefe da 3 Seo, orientar o planejamento e fi scalizar a execuo da instruo, corrigindo os erros e as distores que porventura ocorram.

    DIREO DE INSTRUO = COMANDANTE + OF EM + CMT SU

    1.9 OBSERVAES DE CARTER GERAL

    a. Capacitao Individual e Coletiva A efetividade da F Ter, como instrumento de combate, est baseada na

    capacitao de suas tropas. Para uma tropa estar capacitada preciso:1) preparo fsico-mental e esprito de corpo;2) preparo profi ssional;3) preparo logstico e organizacional; e4) busca permanente da excelncia operacional.

    b. Excelncia Operacional Uma tropa que, em face do perigo real, combate em cada centmetro do terreno,

    nunca se amedronta com receios imaginrios, disciplinada, no perde a confi ana em seus chefes nem deixa de respeit-los, conta com poderes fsicos fortalecidos pela privao e pelo exerccio, conhece e segue seus princpios de gesto e possui comandantes criativos, inovadores, ousados, perseverantes e determinados, em todos os nveis, uma tropa imbuda de excelncia operacional.

    c. Padro do Combatente Terrestre O princpio pelo qual se deve conduzir um exrcito estabelecer um padro

    de preparo militar que todos devem atingir. Esse padro ser obtido ao exigirmos dos combatentes elevados ndices de conhecimento profi ssional, preparo fsico, preparo mental, abnegao, vontade de lutar, esprito de corpo, crena na profi sso e paixo pelo que realiza.

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    1 - 5O Padro do Combatente um objetivo a atingir, em permanente desafi o a ser

    superado. Os Comandantes Militares de rea devero estabelecer e padronizar

    procedimentos para controle e acompanhamento da obteno do Padro do Combatente Terrestre, observado o ambiente operacional de atuao e as peculiaridades das OM enquadradas.

    d. Liderana MilitarCom suas caractersticas e peculiaridades especiais, indispensvel, tanto

    na paz como na guerra, devendo ser estabelecida e praticada em todos os escales, aproveitando-se, ao mximo, todas as atividades de instruo, com nfase para o Adestramento Bsico, Marchas e Estacionamentos, TFM, Ordem Unida, Patrulhas e Instruo Peculiar de Qualifi cao.

    e. Cultura MilitarAs atividades culturais no mbito do Exrcito devem ser direcionadas para

    dar suporte atividade fi m, pois o desaparecimento do acervo ou o desinteresse pela cultura militar representam indiscutvel risco para a preservao da identidade da Instituio e do Pas, e portanto para a segurana nacional.

    Para o cumprimento de sua misso constitucional a Fora necessita estar equipada, adestrada, motivada e coesa. As aes culturais devem ser conduzidas para incidir favoravelmente sobre a motivao e unio da tropa, fortalecendo-as, e para consolidar a imagem da Instituio junto populao. Os pblicos interno e externo devem ser estimulados para conhecer os feitos de nossa Histria Militar. Deve ser incentivado o culto aos smbolos da Ptria e aos heris nacionais.

    Alm das aes voltadas para a preservao do patrimnio cultural material, devem ser planejadas e conduzidas atividades que preservem o patrimnio cultural imaterial, entendido o composto pelas tradies, a memria, os valores morais, culturais e histricos, as datas cvicas memorveis, os feitos e as personalidades consagradas na Histria do Brasil, e outras manifestaes da cultura militar, dentre elas o linguajar, a msica, e causos militares.

    f. Cerimonial MilitarTem por objetivo desenvolver a disciplina, a coeso e o esprito de corpo, pela

    execuo de movimentos que exigem energia, preciso e marcialidade. As formaturas gerais permitem aos Comandantes, em todos os nveis, verifi car a apresentao de seus comandados e exercer liderana sobre eles.

    g. ManutenoEssa atividade deve ter sua execuo regulada no Programa Anual de

    Manuteno, constando, obrigatoriamente, nos Quadros de Trabalho durante todo o decorrer do Ano de Instruo.

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    1 - 6h. Segurana na Instruo

    Deve ser obtido o mais alto ndice de segurana na instruo (Preveno de Acidentes de Instruo), evitando-se, porm, que o excesso de zelo prejudique a obteno dos refl exos desejados.

    i. OutrasSomente a fi el observncia, em todos os nveis, das prescries metodolgicas

    do SIMEB conduz aquisio de habilidades e refl exos indispensveis ao militar e ao adestramento dos diversos grupamentos.

    A leitura dos manuais do Exrcito Brasileiro e do Ministrio da Defesa fundamental para o perfeito entendimento do SIMEB e para a confeco de documentos relacionados com a Instruo Militar da Fora Terrestre.

    As propostas de modifi caes, correes e (ou) sugestes a este documento e (ou) aos PP devero ser remetidas ao COTER em qualquer poca.

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    2 - 1

    CAPTULO 2

    O ANO DE INSTRUO

    2.1 CONSIDERAES INICIAIS

    O presente captulo tem por fi nalidade apresentar os fundamentos do Ano de Instruo e seu planejamento.

    2.2 O ANO DE INSTRUO

    a. O Ano de InstruoConsiderando a incorporao anual do contingente de conscritos, o Ano

    de Instruo pode ser considerado como o perodo compreendido entre maro e dezembro, para o Grupamento Alfa; e entre agosto do ano A e maio de A+1, para o Grupamento Bravo.

    O ano de Instruo dividido em duas grandes fases, que so subdividas em perodos e subperodos, como abaixo se oberva:

    1) Fase de Instruo Individuala) Perodo de Instruo Individual Bsica (IIB) - formao do Combatente

    Bsico.b) Perodo de Instruo Individual de Qualifi cao (IIQ) - formao do

    Combatente Mobilizvel. (1) 1 Subperodo Qualifi cao de GLO; e (2) 2 Subperodo Qualifi cao de Defesa Externa.

    2) Fase de Adestramentoa) Perodo de Adestramento Bsico (PAB)

    (1) Subperodo de Adestramento Bsico de Pelotes (PAB/Pel);(2) Subperodo de Adestramento Bsico de Subunidades (PAB/SU); e

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    2 - 2(3) Subperodo de Adestramento Bsico de Unidades (PAB/U).

    b) Perodo de Adestramento Avanado (PAA).b. Programas executados

    Durante o ano de instruo, so desencadeados, nos corpos de tropa, programas de instruo, que possuem peculiaridades e objetivos bastante diferenciados entre si.

    Os programas podem ser sucessivos ou simultneos, dependendo do grau de necessidade da concluso de um para o incio do outro. Entre os principais programas esto:

    1) Instruo Individual;2) Capacitao Tcnica e Ttica do Efetivo Profi ssional (CTTEP);3) Adestramento;4) Aplicao e Conservao de Padres (PACP);5) Desmobilizao de Militares Temporrios;6) IIRN (SFC); e7) Outros que sejam voltados para a adaptao ou formao de ofi ciais e

    sargentos temporrios.O contedo de cada programa de instruo, normalmente, estar contido em

    documento especfi co denominado Programa-Padro (PP). No caso de tal documento ainda no ter sido editado, diretrizes especfi cas sero emanadas pelos Comandos responsveis.

    c. Programa de Instruo IndividualO Programa de Instruo Individual desenvolve-se durante a Fase de Instruo

    Individual e destina-se a habilitar o conscrito para o desempenho das funes correspondentes ao cargo que vai ocupar no QO da OM, tornando-o capaz de ser integrado aos diversos grupamentos que constituem a Organizao Militar.

    d. Programa de Capacitao Tcnica e Ttica do Efetivo Profi ssional (CTTEP)O Programa da CTTEP desenvolve-se desde o perodo destinado preparao

    intelectual e fsica da OM para o incio do Ano de Instruo, at o incio do PAB. Visa a manuteno e o aprimoramento dos conhecimentos Tcnico e Tticos j adquiridos pelo Efetivo Profi ssional (EP), deixando-o em estado permanente de pronta resposta, assegurando OM um elevado nvel de efi cincia organizacional e tcnica.

    e. Programa de AdestramentoO Programa de Adestramento desenvolve-se durante a Fase de Adestramento

    e destina-se a capacitar a OM ao cumprimento das misses previstas em sua base doutrinria, sejam as de Defesa Externa ou de GLO.

    O foco do Programa deve estar voltado para as fraes constitudas.f. Programa de Aplicao e Conservao de Padres (PACP)

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    2 - 3O PACP realizado nas OM no-operacionais, onde no ocorre o adestramento,

    no perodo que coincide com a Fase do Adestramento nas OM Op. Visa aplicao e conservao de padres pelos militares do EV e do EP, possuindo, assim, um carter eminentemente prtico.

    Seu planejamento e superviso esto a cargo dos C Mil A, que podero delegar esta misso s Regies Militares.

    g. Programa de Desmobilizao de Militares Temporrios (PDMT)A instruo para a desmobilizao de militares temporrios uma atividade de

    vital importncia no processo de preparao do futuro reservista. Esse programa deve ser estabelecido com vistas a proporcionar as melhores condies para o reingresso vida civil.

    Poder ser atendido pelo Programa Soldado-Cidado, Programa de Incluso Digital ou de Multiplicadores de Tecnologias Sociais, ou por outros de iniciativa do Comandante de OM, GU ou G Cmdo.

    h. Programa de Instruo Individual de Requalifi cao e Nivelamento (IIRN)O Programa de IIRN ocorre no mesmo perodo da IIB e destina-se a preparar

    os Cb/Sd que foram transferidos de outras OM ou que mudaram suas funes no QCP.

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    3 - 1

    CAPTULO 3

    INSTRUO INDIVIDUAL

    3.1 INSTRUO INDIVIDUAL

    a. FundamentosInstruo Individual a atividade fundamental do processo de formao do

    combatente, que objetiva a sua habilitao para o desempenho das funes corres-pondentes ao cargo que vai ocupar, tornando-o capaz de ser integrado aos diversos grupamentos que constituem a Organizao Militar. conduzida durante os Perodos de Instruo Individual Bsica (IIB) e de Instruo Individual de Qualificao (IIQ).

    Os Comandantes de OM devem dedicar especial ateno instruo dos re-crutas, particularmente durante a IIB. No obstante, a CTTEP tem prioridade sobre a instruo do Efetivo Varivel.

    A Instruo Individual Bsica destinada, exclusivamente, aos soldados recru-tas.

    O Efetivo Varivel (EV) e os Soldados do NB que realizaro o Curso de For-mao de Cabos (CFC) constituem o universo-alvo da Instruo Individual de Qua-lificao.

    O desenvolvimento da Instruo Individual dever ocorrer o mximo possvel de forma centralizada, considerando os seguintes fatores: efetivo do grupamento de instruendos, as QMG/QMP a serem formadas na qualificao, as instalaes e meios disponveis, o apoio a ser recebido ou a ser dado a outras OM, o nvel de capacitao da equipe de instrutores e outros peculiares Guarnio.

    desejvel, quando possvel, que os recrutas sejam centralizados em uma mes-ma SU, facilitando o desenvolvimento das instrues individuais e permitindo que as

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    3 - 2

    demais SU sejam constitudas somente por efetivo NB, concorrendo para a constante condio de prontido da OM, por meio das SU profissionais, as quais tero maior facilidade para realizar as atividades da CTTEP e do PAB.

    Na IIQ, as instrues comuns devem ser conduzidas, sempre que possvel, de forma centralizada para o CFC e o Curso de Formao de Soldados (CFSd).

    b. GeneralidadesA Instruo Individual deve assegurar a obteno da qualificao do combatente

    mobilizvel e de padres coletivos necessrios ao Adestramento.Por tratar-se de atividade fundamental no processo de formao do soldado, a

    Direo da Instruo dever exercer rigoroso controle da instruo do EV, verificando se os OII previstos esto sendo alcanados e providenciando a recuperao daqueles que no foram atingidos satisfatoriamente.

    As sesses de Instruo Individual devem colocar o soldado em situaes semelhantes s que ocorrero no desempenho de suas atividades. Os exerccios devem simular, sempre que possvel, uma situao de combate ou de apoio ao combate, com uma viso bem prxima da realidade, conforme preconizado nas seguintes publicaes: PPB, PPQ, T 21 250 e CI 20-10/4.

    Os PP das sries BRAVO e QUEBEC apresentam carga horria estimada por matria, cabendo Direo da Instruo distribu-la pelos diversos OII, obedecidas as prescries dos escales superiores. A grade de tempo poder ser alterada em funo de diversos fatores, em particular daqueles que dizem respeito rapidez com que os recrutas atinjam, individualmente, os padres estabelecidos para os OII, bem como a ocorrncia de atividades no previstas no calendrio de instruo.

    O mais importante na instruo o desempenho do instruendo, e no, propriamente, o nmero de horas destinadas ou consumidas em sua execuo.

    Deve-se atentar para o que preconiza o CI 20-10/4 e, em especial, para o seguinte questionamento: Esta instruo, efetivamente, preparar o combatente para a realizao de suas tarefas?.

    A Direo da Instruo dever conduzir, em perodo anterior Seleo Complementar, no contexto da Capacitao Tcnica e Ttica do Efetivo Profissional (CTTEP), um Estgio para os Oficiais, Subtenentes e Sargentos da OM, destinado preparao e nivelamento dos quadros para o Ano de Instruo, com nfase nos fundamentos e metodologia da Instruo Militar.

    O Estgio Bsico de Combatente das FAR (EBCFAR) deve ser realizado, prioritariamente, na Fase de Instruo Individual.

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    3.2 OBJETIVOS DA INSTRUO INDIVIDUAL

    a. Objetivos Gerais So os que devem ser atingidos ao final de cada fase do Perodo de Instruo

    Individual.1) Objetivos Gerais da IIB

    a) Preparar o Soldado para iniciar a instruo em qualquer qualificao mi-litar.

    b) Formar o reservista de segunda categoria, tambm chamado combatente bsico.

    c) Desenvolver o valor moral dos instruendos.d) Iniciar o estabelecimento de vnculos de liderana entre comandantes (em

    todosos nveis) e comandados.2) Objetivos Gerais da IIQ

    a) Capacitar o Soldado a ser empregado em aes de GLO.b) Formar o Cabo e o Soldado, aptos a ocuparem cargos afins, de determina-

    daQMP ou QMG.c) Formar o reservista de primeira categoria.d) Prosseguir no desenvolvimento do valor moral dos instruendos.e) Prosseguir no estabelecimento de vnculos de liderana entre comandantes

    e comandados.b. Objetivos Parciais da Instruo Individual

    So definidos por reas do processo ensino-aprendizagem (cognitiva-psicomo-toraafetiva)e pela natureza didtica dos assuntos.

    Ao ser atingido o conjunto de objetivos parciais, caracteriza-se a consecuo dos Objetivos Gerais.

    Os Objetivos Parciais no so objetivos de matrias, mas relacionam-se a con-juntosde assuntos da mesma natureza.

    1) Objetivos Parciais da IIBa) Ambientar o Soldado vida militar.b) Iniciar a formao do carter militar do Soldado.c) Iniciar a criao de hbitos adequados vida militar.d) Obter padres de procedimento adequados vida militar.e) Adquirir conhecimentos bsicos indispensveis ao Soldado.f) Obter reflexos na execuo de tcnicas e tticas individuais de combate.g) Desenvolver habilitaes tcnicas necessrias ao Soldado.h) Obter padres adequados de ordem unida (OU).

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    i) Iniciar o desenvolvimento da capacidade fsica do Soldado.2) Objetivos Parciais da IIQ

    a) Completar a formao individual do Soldado e formar o Cabo.b) Aprimorar a formao do carter militar do futuro Cabo e do Soldado.c) Prosseguir na formao de hbitos adequados vida militar.d) Prosseguir na obteno de padres de procedimento adequados vida mi-

    litar.e) Adquirir conhecimentos bsicos necessrios ao desempenho de funes

    relativasa cargos especficos.f) Desenvolver habilitaes tcnicas necessrias ao desempenho de funes

    relativasa cargos especficos.g) Aprimorar os reflexos necessrios execuo de tcnicas e tticas indivi-

    duais decombate.h) Aprimorar os padres de OU obtidos na IIB.i) Prosseguir no desenvolvimento da capacidade fsica do futuro Cabo e do

    Soldado.3) Explicao dos Objetivos Parciais da Instruo Individual

    a) Formao do Carter Militar (FC)A formao do carter militar consiste no desenvolvimento de atributos da

    rea afetiva e em atitudes voltadas para a aceitao de valores julgados necessrios para que um indivduo se adapte s exigncias da vida militar, incluindo-se a aquelas peculiares s situaes de combate.

    Essa atuao na rea afetiva se far por meio da contnua ao de coman-do dos oficiais e dos graduados, que devero, em todas as situaes, dar o exemplo daquilo que se deseja, e, ainda, pela Instruo Militar que, conduzida de maneira correta e enrgica, possibilitar aos instruendos vencerem suas naturais limitaes e dificuldades.

    Os objetivos estabelecidos nos Programas-Padro (PP), para a atuao na rea afetiva (desenvolvimento de atributos), esto diretamente relacionados com este objetivo parcial.

    b) Criao de Hbitos (CH)Os hbitos significam disposio permanente execuo de determinados

    procedimentos adequados vida militar, adquiridos e consolidados pela freqente repetio.

    Esse trabalho ser executado durante todo o Ano de Instruo.c) Obteno de Padres de Procedimento (OP)

    Os padres de procedimento so definidos pelo conjunto de aes e reaes adequadas ao militar, diante de determinadas situaes.

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    A assimilao destes padres permitir a perfeita integrao do militar s atividades da vida diria do aquartelamento.

    d) Aquisio de conhecimentosDeve ser entendida como a assimilao de conceitos, dados e ideias

    necessrias formao do militar. Esse objetivo ser atingido por meio de efetiva ao dos instrutores e

    monitores, mormente durante as sesses de instruo, devendo ser consolidado pela prtica (o saber fazer).

    e) Desenvolvimento de habilitaes tcnicasAs habilitaes tcnicas correspondem aos conhecimentos e s habilidades

    indispensveis ao manuseio de materiais de emprego militar (MEM), assim como operao dos equipamentos empregados pela Fora Terrestre.

    f) Obteno de reflexos na execuo de tcnicas individuais de combate Uma tcnica individual de combate caracteriza-se por um conjunto de

    habilidades que proporcionam a consecuo de um determinado propsito militar de forma vantajosa para o combatente.

    Para ser desenvolvida ou aprimorada, no h necessidade de se criar uma situao ttica (hiptese do inimigo, variaes do terreno e imposies de tempo).

    g) Obteno de reflexos na execuo de tticas individuais de combate.Uma ttica individual de combate caracteriza-se por um conjunto de

    procedimentos com efeito ttico, ou seja, aqueles que respondem a uma situao em que se tem uma misso a cumprir e um inimigo a combater, sendo consideradas as variaes do terreno e o tempo disponvel.

    As atividades de instruo voltadas para esse objetivo parcial devero aumentar, progressivamente, a capacidade de solucionar os problemas impostos por situaes tticas diferentes e cada vez mais complexas, capacitando o instruendo tomada de decises no nvel que lhe for adequado.

    h) Obteno de padres de Ordem Unida A Ordem Unida (OU), atividade de natureza essencialmente militar,

    constitui importante referncia da situao da disciplina. Por meio da OU, obtm-se padres coletivos de uniformidade, sincronizao e garbo militar, podendo-se, tambm, avaliar o desenvolvimento de alguns atributos dos militares integrantes da tropa que a executa, tais como o entusiasmo profissional, a cooperao e o autocontrole.

    i) Capacidade fsicaO desenvolvimento da capacidade fsica visa a habilitar o indivduo ao

    cumprimento de misses de combate. obtida pela realizao do treinamento fsico militar (TFM) de forma

    sistemtica, gradual e progressiva. Tambm concorrem para esse objetivo atividades como as pistas de aplicaes militares, as marchas a p e os acampamentos e bivaques,

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    que aumentam a rusticidade e a resistncia, qualidades que possibilitam durar na ao em situaes de esforos fsicos prolongados e de estresse.

    c. Objetivos Parciais da IIQ1) Completar a formao individual do Soldado e formar o Cabo.2) Aprimorar a formao do carter militar dos Cb e Sd.3) Prosseguir na criao de hbitos adequados vida militar.4) Prosseguir na obteno de padres de procedimentos necessrios vida

    militar.5) Continuar a aquisio de conhecimentos necessrios formao do militar e

    ao desempenho de funes e cargos especficos das QMG/QMP.6) Aprimorar os reflexos necessrios execuo de tcnicas e tticas individuais

    de combate.7) Desenvolver habilitaes tcnicas que correspondem aos conhecimentos

    e as habilidades indispensveis ao manuseio de materiais blicos e a operaes de equipamentos militares.

    8) Aprimorar os padres de Ordem Unida obtidos na IIB.9) Prosseguir no desenvolvimento da capacidade fsica do combatente.

    10) Aprimorar reflexos na execuo de Tcnicas e Tticas Individuais de Combate.

    3.3 INSTRUO INDIVIDUAL BSICA (IIB)

    Inicia-se, imediatamente, aps a incorporao em todas as OM, podendo ser desenvolvida em SU de EV no mbito do Ncleo de Instruo de Recrutas, de forma centralizada.

    a. OrientaoSer orientada pelos Programas-Padro da srie BRAVO.

    b. OM de Emprego PeculiarNas OM de Emprego Peculiar, ser complementada por instruo adicional,

    caracterstica do tipo da tropa ou do ambiente operacional.c. Planejamento

    A IIB dever ser cuidadosamente planejada, montada e executada, de forma a se alcanarem os Objetivos de Instruo Individual (OII) propostos. importante ressaltar que, nesse perodo, j deve haver grande preocupao com a segurana nas instrues, bem como com a proteo ambiental. H que se buscar elevados padres de rendimento individual.

    As sesses de instruo devero ser planejadas de sorte a privilegiar a presena constante dos combatentes em atividades no campo.

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    Ao trmino da IIB, dever ser realizado um acampamento com cinco jornadas, no qual ser verifi cado se os OII das matrias ministradas foram atingidos pela realizao de pistas e ofi cinas de instruo.

    d. Avaliao Ao longo da IIB, os OII das matrias ministradas devero ser verifi cados em

    atividades no campo (jornadas de servio em campanha), sempre que possvel. Ser tambm o Perodo da Instruo em que a Direo de Instruo iniciar a

    avaliao do carter militar dos soldados recm-incorporados, levando em considerao os atributos da rea afetiva, todos defi nidos no PPB/2.

    Findo o Perodo de Instruo Individual Bsica, caber Direo de Instruo, por intermdio do Cmt do Grupamento de Instruo, publicar em BI a concluso da atividade, garantindo ao conscrito a condio de combatente bsico, apto ao certifi cado de 2 categoria.

    3.4 INSTRUO INDIVIDUAL DE QUALIFICAO (IIQ)

    a. Sistemtica de FuncionamentoOs PP da srie QUEBEC (PPQ) so nicos para os cabos e soldados de uma

    mesma qualifi cao militar. Isto permite o nivelamento da formao de ambos a partir patamar mais elevado. Para otimizar o processo, racionalizar os meios empregados e assegurar as melhores condies possveis de execuo, nas instrues comuns, a IIQ desenvolver-se-, sempre que possvel, centralizadamente.

    b. PlanejamentoO 1 Subperodo da IIQ destina-se formao do Combatente de GLO. A

    segunda parte do atual PPB/2 deve ser compulsada pela Direo da Instruo para planejar o programa especfi co da matria. A IIQ de GLO culmina com a realizao de um exerccio, como parte do Perodo de Adestramento Bsico para Operaes de Garantia da Lei e da Ordem (PAB GLO), de forma antecipada. Esta medida assegura ao Cmt OM a possibilidade de contar, o mais cedo possvel, com todo o efetivo (EP e EV) em operaes desta natureza.

    O 2 Subperodo da IIQ, chamado de IIQ de Defesa Externa, voltado para a formao do combatente mobilizvel, ou seja, para a qualifi cao do conscrito ao desempenho das funes referentes ao cargo que vai ocupar no QO da frao a que pertence.

    As sesses de instruo devero ser planejadas de sorte a privilegiar a presena constante dos combatentes em atividades de campanha.

    A IIQ dever estar vinculada CTTEP, particularmente na conduo da Instruo Peculiar. O soldado recruta obter seus conhecimentos no mbito de uma frao elementar, sendo instrudo e orientado pelo Comandante daquela frao, por outros graduados e tambm pelos soldados antigos.

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    Durante a IIQ, dever, tambm, ser conduzido o Curso de Formao de Cabos (CFC).

    Nos casos das QM de difcil formao ou de pequeno efetivo, a qualifi cao poder ser realizada de forma centralizada (numa SU da OM ou numa OM da guarni-o) e/ou antecipada, de acordo com a Diretriz da Direo de Instruo. A antecipao visa a disponibilizar, o quanto antes, os Recursos Humanos imprescindveis vida administrativa da OM.

    c. DesenvolvimentoA Instruo Comum dever ser conduzida, o mximo possvel, de forma cen-

    tralizada.A IIQ dever ser encerrada com um acampamento de, pelo menos, cinco

    jornadas. Cabe ao Cmt de OM estabelecer, os OII criteriosamente, para este acampamento e a forma como os objetivos sero avaliados. As instrues programadas nesta oportunidade devero ser conduzidas com atividades diurnas e noturnas. Um dos objetivos desse treinamento ser a verifi cao da resistncia e da capacidade de durar na ao alcanada pelos instruendos. A nfase na segurana da instruo e na proteo do meio ambiente dever ser mantida neste perodo.

    O Tiro das Armas Coletivas, conforme as IGTAEx, dever ser realizado, no mbito das fraes constitudas, conjuntamente com a CTTEP. Esta atividade constitui uma oportunidade singular de integrao e prtica das atividades inerentes ao desempenho coletivo das pequenas fraes.

    d. Requalifi caoA Requalifi cao poder ser realizada conforme prescreve a Portaria n 148 -

    EME, de 17 dezembro 1998.

    3.5 INSTRUO INDIVIDUAL DE REQUALIFICAO E NIVELAMENTO (IIRN)

    a. As OM possuidoras, em seus respectivos QCP, de elevados percentuais de cabos e soldados NB podem recompletar seus efetivos com militares remanejados de outras OM. Caso estes militares no estejam qualifi cados para os cargos de destinao, ser necessrio requalifi c-los.

    b. Quando militares da mesma OM mudam suas funes no QCP, faz-se necessrio a realizao de suas requalifi caes.

    c. Mesmo que j qualifi cados, normal que cabos e soldados oriundos de outras OM apresentem diferentes nveis de conhecimentos e habilidades. Disso decorre a necessidade da instruo de nivelamento.

    d. Para solucionar essa situao, as OM realizaro a IIRN na fase da Instruo Individual.

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    e. A Direo de Instruo de cada OM elaborar um programa de instruo, utili-zando os PP das sries BRAVO e QUEBEC, selecionando os OII que melhor atendam s suas necessidades e peculiaridades.

    3.6 CURSO DE FORMAO DE CABOS

    a. A seleo para matrcula no CFC, alm de se basear na sistemtica legal prevista, deve considerar os seguintes parmetros:

    1) avaliao do nvel de conhecimento;2) avaliao da capacidade fsica;3) avaliao do carter militar; e4) responsabilidade e liderana evidenciadas.

    b. No caso de QMG com pequeno efetivo a ser formado, entre cabos e soldados, ad-mite-se que todos os militares sejam matriculados no CFC desta QMG, no funcionando a IIQ para os soldados. Ao trmino do curso, aqueles que atingirem os nveis estipulados sero considerados aprovados e aqueles que no estiverem aptos promoo, devero ter publicado a inaptido para a promoo e a qualificao na respectiva QM como soldado.

    c. Ao final do CFC, ser declarado apto promoo a cabo o soldado que tiver alcan-ado Nota Final de Curso (NFC) superior a 5,0.

    d. A formao dos cabos dever, tambm, observar os seguintes aspectos:1) dever ser efetivada a triagem dos candidatos correspondentes aos claros

    existentes, mais um acrscimo de 20%. Isso permitir uma judiciosa seleo daqueles que sero promovidos;

    2) em princpio, os candidatos devero ser voluntrios;3) alm dos soldados do EV, podero ser matriculados soldados do NB, considerando

    o previsto na letra a. do N 3.4 deste Captulo.4) os selecionados constituiro um grupamento especial denominado Curso de

    Formao de Cabos (CFC);5) o nvel de conhecimento dos candidatos, entre os que atingiram todos os OII na

    fase anterior, dever ser avaliado pela Direo de Instruo , de forma equnime e objetiva;6) dever ser atribuda maior importncia avaliao dos conhecimentos de natureza

    profissional-militar auferidos durante a IIB, atribuindo-se uma segunda prioridade aos conhecimentos gerais;

    7) a avaliao da capacidade fsica dever ser realizada conforme o previsto no Manual C 20-20 - Treinamento Fsico Militar;

    8) a avaliao do carter militar do candidato far-se- mediante a conceituao dos atributos da rea afetiva. Entre tais atributos, a cooperao, a disciplina, o entusiasmo profissional e a responsabilidade, de modo geral, podero ser mais facilmente avaliados nos trabalhos dirios. Quanto aos demais, dever-se-o criar situaes em que seja possvel

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    observar o militar e, assim, levar a efeito as avaliaes decorrentes; e9) em toda oportunidade em que houver um destaque, positivo ou negativo, que

    caracterize a manifestao ou a falta de algum dos atributos que se quer avaliar, o oficial ou sargento que presenciar ou tomar conhecimento do fato dever transmiti-lo Direo de Instruo.

    e. Classificao O PPQ/2 estabelece normas a serem observadas para fins de Classificao Final de

    curso, devendo ser respeitadas as prescries abaixo: 1) Os instruendos do CFC sero, tambm, avaliados por meio de uma Ficha de

    Conceito (FC), a ser preenchida com as observaes realizadas durante o curso, contendo os atributos da rea afetiva estabelecidos no PPB/2. A avaliao de cada atributo ser expressa em um grau que deve variar de 0 (zero) a 10 (dez), sendo que o grau abaixo de 4 (quatro), em quaisquer dos atributos avaliados da rea afetiva, inabilitar o militar promoo a cabo.

    2) A Nota de Conceito (NC) ser obtida por meio da mdia aritmtica de todos os atributos da FC com aproximao decimal.

    3) O resultado final do CFC ser expresso pela Nota Final de Curso (NFC), obtida por meio de mdia aritmtica da Nota de Verificao Final (NVF) e da Nota de Conceito (NC), com aproximao centesimal [NFC = (NVF + NC) / 2]. As NFC, dessa forma ela-boradas, sero submetidas aprovao da Direo de Instruo e publicadas em Boletim Interno, devendo constar a classificao individual dentro de cada QMG/QMP.

    4) Para fins de promoo, a Direo da Instruo providenciar a publicao em BI de uma relao geral, contendo a classificao de todos os concludentes, com aproveita-mento, dos CFC realizados no corrente Ano de Instruo e nos anos anteriores.

    5) Por ocasio do licenciamento, os concluintes considerados aptos promoo cabo sero promovidos a cabo da reserva, conforme o n 33 da Portaria n 148 - EME, de 17 de dezembro de 1998.

    3.7 CURSO DE FORMAO DE SARGENTOS TEMPORRIOS (CFST)

    a. O CFST tem como objetivos:1) Formar o 3 Sgt Temporrio.2) Habilitar o aluno a ocupar cargos de 3 Sgt que no exijam habilitao especial.3) Proporcionar a iniciao e o treinamento para o desempenho das funes de

    instrutor e de monitor de tropa.b. Consideraes Gerais

    Deve ser considerada a Portaria n 148 - EME de 17 de dezembro de 1998.Cada OM formar os seus prprios sargentos temporrios, selecionando os can-

    didatos entre os cabos e soldados engajados que tenham frequentado o CFC com apro-veitamento, conforme as normas em vigor. Quando a relao de custo benefcio indicar,

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    observadas as diretrizes do EME e dos C Mil A, admite-se a centralizao da formao dos sargentos temporrios de determinadas especializaes, em OM diferente daquela onde o militar serve.

    Na primeira fase dos CFST, Preparo Tcnico-Profi ssional, devero ser acrescidos, na matria fundamental METODOLOGIA DA INSTRUO, os seguintes assuntos:

    ASSUNTO N DE HORAS OBSERVAES

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    Concepo, objetivos e estrutura da IM, o ano de instruo, perodos, princpios metodolgicos, assim como as aes de carter permanente e de curto prazo.

    PROCESSOS DE ENSINO 5

    nfase em exerccios individuais, demonstraes, palestras e ao contido no CI 20-10/4 (Instrutor de Corpo de Tropa).

    DOCUMENTOS DE INSTRUO 1

    Quadro de trabalho, registros e fi chas de avaliao.

    PREVENO DE ACIDENTES DE

    INSTRUO6

    CI 32/1 Preveno de Acidentes de Instruo e o CI 32/2 Gerenciamento de Risco Aplicado s Atividades Militares.

    3.8 ASSUNTOS QUE EXIGEM CUIDADOS ESPECIAIS

    a. Armamento, Munio e Tiro1) A documentao bsica que regula o assunto o C 23-1 TIRO DAS ARMAS

    PORTTEIS e as INSTRUES GERAIS DE TIRO COM O ARMAMENTO DO EXRCITO (IGTAEx).

    2) Os recrutas s estaro habilitados a executar o servio de escala, armados de fuzil, aps terem realizado a quarta sesso do Tiro de Instruo Bsico (TIB).

    3) Devem ser observadas as prescries contidas nos seguintes documentos:a) CI 32/1 (PREVENO DE ACIDENTES DE INSTRUO);b) CI 32/2 (GERENCIAMENTO DE RISCO APLICADO S ATIVIDADES

    MILITARES);c) Portaria n 009 - COTER (Preveno de Acidentes na Instruo por

    efeito das condies climticas), de 16 de dezembro de 2009, Pub no BE n 52, de 31 de dezembro de 2009;

    d) Port n 011 - COTER, de 16 de dezembro de 2009 (Diretriz para o Atendimento Pr-Hospitalar no mbito da Fora Terrestre), Pub no BE n 08, de 26 de fevereiro de 2010; e

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    e) Portarias n 057 e 058 - EME, de 17 de maro de 2010, (alteram dispositivos dos manuais C 23-1 - Tiro das Armas Portteis e C 20-20 Treinamento Fsico Militar, e regulam a utilizao da Equipe de Atendimento Pr-Hospitalar (APH) nas atividades de Tiro, TFM, TAF e Treinamento de Equipes Desportivas, dispensando a obrigatoriedade da presena do Ofi cial Mdico nestas atividades), Pub no Boletim do Exrcito n 20, de 21 de maio de 2010; e

    4) A instruo de tiro com simuladores e com subcalibres deve ser intensifi cada.5) A Dotao de Munio Anual (DMA) a quantidade de munio necessria

    para a OM desenvolver as atividades de instruo e de adestramento, conforme previsto nas IGTAEx e diretrizes especfi cas. Ao fi nal do Ano de Instruo, o total da DMA deve ter sido consumida.

    6) O COTER, a partir de 2007, em virtude dos baixos nveis dos estoques de munio, emitiu uma Diretriz de Consumo de Munio, estabelecendo alteraes nas IGTAEx, necessrias ao ajustamento DMA. Convencionou-se chamar de DMA Reduzida (DMA-R) o clculo de munio necessria para cumprir a diretriz supracitada.

    7) Para a defesa do aquartelamento, utilizar-se- parte da munio da DMA-R existente na OM.

    8) A validade da munio deve ser sempre verifi cada, de forma que no haja desperdcio por destruio devido a sua inequabilidade para o consumo. Dessa forma, a munio mais antiga deve ter prioridade.

    9) conveniente que as OM analisem, com ateno, os relatrios de munio, comparando os com os clculos da prpria OM e com inspees nos paiis, em face das possveis diferenas que possam existir.

    10) A Instruo Preparatria para o Tiro (IPT) deve ser ministrada, obedecendo-se sequncia lgica das ofi cinas, do mais simples para o mais complexo, do conhecimento elementar para o integrado. Assim, a primeira ofi cina dever ser referente tomada da linha de mira e de visada; e a ltima, a de controle do gatilho, antecedendo o Tiro de Instruo Preparatrio (TIP). Para possibilitar o desenvolvimento da IPT nessas condies, a turma de instruo deve ser dividida em um nmero de equipes igual ao nmero de Instrutores disponveis. Cada Instrutor dever conduzir os trabalhos da sua equipe gradualmente e, ao fi nal, acompanh-la no estande, durante os exerccios de tiro real. Os atiradores que no demonstrarem desempenho satisfatrio devero ser, imediatamente, alvo de instruo de recuperao, a ser conduzida pelo Instrutor da respectiva equipe.

    11) O Teste de Aptido de Tiro (TAT) dever ser realizado aps a execuo do TIA.

    12) Os Comandantes de todas as OM, que possuam espingarda calibre 12, podero autorizar a sua utilizao nas aes de proteo e segurana de instalaes, devendo observar o previsto no PPB/2 e nas IGTAEx. fundamental o controle da

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    habilitao dos usurios para o emprego deste armamento.b. Ordem Unida (OU)

    1) recomendada a observncia irrestrita do manual C 22-5 (ORDEM UNIDA) e das IG 10-60 (INSTRUES GERAIS PARA A APLICAO DO REGULAMENTO DE CONTINNCIAS, HONRAS, SINAIS DE RESPEITO E CERIMONIAL DAS FORAS ARMADAS).

    2) No incio da instruo, o processo monitor-instruendo o que melhor motiva o recruta para as mincias dos diferentes movimentos que precisam ser executados com absoluta correo.

    3) A cadncia deve ser atentamente observada. Os passos e os movimentos no regulamentares devem ser abolidos, mesmo nos deslocamentos de pequenos grupos ou das guarda-bandeiras.

    4) conveniente que as OM, por ocasio de suas formaturas gerais, desfilem por fraes, durante a IIB, e por subunidade, durante a IIQ.

    5) Os comandantes, em todos os nveis, devem exigir a correta execuo dos movimentos com arma e com espada.

    c. Preveno Contra Vcios e Doenas Sexualmente Transmissveis (DST)1) As instituies e as secretarias de sade estaduais e municipais so

    importantes veiculadores dessas prevenes, por intermdio de visitas realizadas s OM, exercendo infl uncia, tanto na tropa como na famlia militar. As OM podero fazer uso de material grfi co e didtico de campanhas pblicas, como forma de incentivar a criao de hbitos saudveis e responsveis.

    2) O MD possui o Programa de Preveno e Controle das DST/AIDS das FA, cuja gerncia cabe ao Departamento de Sade e Assistncia Social (DESAS). A participao das OM da F Ter no programa deve ser coordenada pelos C Mil A, mediante contato com os Gestores Regionais do Programa designados pelo MD. O Cmdo do Exrcito autorizou o contato direto dos C Mil A com o DESAS/MD responsvel pela conduo do programa.

    3) A legislao brasileira probe o fumo em ambientes pblicos, desta forma as OM devem caracterizar esta proibio nas instalaes militares e estabelecer locais apropriados para a prtica em tela, permitindo assim a melhoria da limpeza e da segurana no aquartelamento. Vale ressaltar, ainda, a restrio do cigarro nos servios de escala e nos exerccios no terreno.

    4) Os Cmt de OM devero paralelamente prever outras atividades fora da instruo militar que permitam o desenvolvimento de atitudes voltadas para a melhoria das condies de sade dos militares.

    d. Minas e Armadilhas1) A Conveno sobre a Proibio do Uso, Armazenamento, Produo,

    Transferncia e Distribuio de Minas Antipessoal (Conveno de Otawa e Protocolo

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    de Bruxelas) estabelece srias restries ao emprego de minas e armadilhas. O Brasil, como pas-membro, comprometeu- se a:

    a) no usar minas antipessoal (AP), exceto para desenvolver tcnicas de desminagem, deteco ou destruio de minas; e

    b) observar as demais prescries quanto ao emprego de minas anticarro (AC) e armadilhas, as quais no podem ser empregadas onde haja ou possa haver presena de civis.

    2) O Manual de Campanha C 5-37, MINAS E ARMADILHAS, adapta o assunto aos protocolos internacionais e aos novos meios de lanamento, deteco, remoo e destruio de minas.

    3) Deve ser enfatizada a instruo individual do EP e do EV, visando:a) ao lanamento de minas AC (enterradas ou na superfcie), ativadas e (ou)

    armadilhadas e com dispositivos de antimanipulao;b) s tcnicas de desminagem, deteco e destruio de minas para abertura de

    trilhas e brechas, em campos com minas AC e AP, empregando todos os equipamentos disponveis;

    c) demarcao de reas minadas; ed) sinalizao de trilhas e brechas.

    4) Para o lanamento de campos de minas mistos, deve-se substituir as minas antipessoal por Dispositivos de Segurana e Alarme (DSA), que podem ser de efeito Acstico (DSAA) ou Visual (DSAV). Esses dispositivos substituiro as minas sem causar seus efeitos. Enquanto esse tipo de equipamento no constar das dotaes das OM, deve ser incentivada a utilizao de sistemas de alarme improvisados.

    5) Como no h norma ou manual tcnico que regule a distncia de segurana para a detonao das minas de sinalizao, elas no devem ser utilizadas em exerccios com tropa.

    e. Explosivos e Destruies1) Por sua natureza essencialmente tcnica, pela exigncia de rigorosas

    medidas de segurana e em virtude da limitada dotao anual de material, a instruo de explosivos e destruies deve ser conduzida por pessoal habilitado e experiente, primando pela segurana e execuo com objetividade.

    2) As prescries sobre a segurana no transporte, no manuseio e na manipulao devem ser objeto do fiel cumprimento do contido no manual especfico e no CI 32/1 - PREVENO DE ACIDENTES DE INSTRUO.

    f. Instruo de Motoristas1) Deve fazer parte da formao do motorista militar o aprendizado das matrias

    Direo Defensiva e Primeiros Socorros para Acidentados no Trnsito.2) Na formao do motorista militar, deve ser observado o contido no Cdigo

    de Trnsito Brasileiro.

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    3) As OM, sob coordenao dos G Cmdo/GU enquadrantes, devero envidar esforos no sentido de estruturar um Centro de Formao de Condutores, empregando militares credenciados pelo rgo ou entidade executiva de trnsito do Estado ou do DF, como Instrutores de Trnsito, Diretor Geral e de Ensino, e Examinadores, e meios prprios ou a serem adjudicados.

    4) A resoluo N 358, de 13 de agosto de 2010, do CONTRAN, regulamenta o credenciamento de instituies ou entidades pblicas para o processo de capacitao, qualificao e atualizao de profissionais para o funcionamento dos Cursos de Formao de Condutores (CFC) em Unidades das Foras Armadas.

    g. Tcnicas Especiais1) O objetivo principal dos exerccios realizados na IIB e IIQ observar e

    avaliar se os instruendos atingiram ou no os OII ligados s necessidades mnimas para o soldado sobreviver e combater em situaes desfavorveis.

    2) O Cmt de OM deve:a) ministrar instruo especfica, antes da realizao dos exerccios,

    ressaltando suas diretrizes sobre os objetivos, finalidades e condies de execuo e, principalmente, enfatizando aspectos de segurana;

    b) proibir, terminantemente, maus tratos e castigos fsicos, bem como a prtica de aes que atinjam a honra pessoal;

    c) controlar a presso psicolgica, para que no haja exageros, aplicando apenas a que for necessria para simular as condies de combate;

    d) exigir sempre o fiel cumprimento da hierarquia e da disciplina, bem como dos princpios morais e ticos, a fim de preservar a dignidade dos militares;

    e) considerar a sua presena e participao nos exerccios, como Diretor da Instruo, ou, se impossibilitado, a do SCmt ou S3 da Unidade;

    f) proibir, expressamente, a reproduo de imagens desse tipo de instruo por meio de filmagens e fotografias, mesmo quando realizadas pelos instruendos, instrutores e monitores, com o intuito ou no de recordao. Somente por sua determinao direta, qualquer tipo de reproduo poder ser realizado e, mesmo assim, a ttulo de meio auxiliar para a realizao de Anlise Ps-Ao (APA), ficando responsvel por seu uso;

    g) proibir o uso de qualquer meio eletrnico pelos participantes do exerccio, particularmente aparelhos celulares, de forma a proteger a Direo de Instruo contra o uso indevido de imagens e udios; e

    h) instaurar sindicncia ou IPM, sempre que constatar alguma irregularidade com relao ao anteriormente exposto.

    h. Comunicaes1) O Manual de Campanha, C 242 ADMINISTRAO DE

    RADIOFREQUNCIAS, regula os planejamentos e o emprego dos equipamentos de

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    comunicaes e no-comunicaes.2) Considerando que a matria Comunicaes consta dos PP que tratam da

    instruo individual bsica, nos diversos nveis de formao, todos os militares do EV e, particularmente, os do EP devem ser instrudos sobre as condies de emprego de emissores de radiofrequncias e cientifi cados da existncia de penalidades decorrentes do uso indevido do espectro eletromagntico.

    i. Segurana Orgnica1) Logo aps a incorporao, noes elementares sobre o assunto devem ser

    transmitidas ao EV, de modo a, gradativamente, capacit-lo a preservar e contribuir com a segurana do aquartelamento, em todos os aspectos que lhe so pertinentes.

    2) Ao fi nal da Instruo Individual Bsica (IIB), o EV dever estar apto, no seu nvel, a participar da segurana orgnica da OM, contribuindo positivamente para a segurana do pessoal, da documentao, do material, das comunicaes, das reas e instalaes e da informtica.

    3) A Direo de Instruo deve prever uma sesso na Fase de Instruo Individual para toda a OM, abordando aspectos prticos, no nvel considerado, que atendam ao Plano de Segurana Orgnica da OM.

    4) O Manual de Contra-Inteligncia (C 30-3, 2 Ed 2009) e a cartilha de Segurana Orgnica do CIEx so ferramentas importantes que orientam as OM para o aperfeioamento da atividade no mbito da Fora Terrestre.

    j. Segurana dos Aquartelamentos1) Especial ateno deve ser dada segurana dos aquartelamentos.2) A ao de comando, em todos os nveis, de vital importncia para se evitar

    a ocorrncia de incidentes nessa rea sensvel.3) O COTER emitiu, em maro de 2009, uma Diretriz para a Conduta na Defesa

    dos Aquartelamentos contra Incurses de Grupos Criminosos Armados, remetida aos C Mil A com o Of n 0679 S Cmt-Circ, de 10 de maro de 2009, orientando o procedimentos a serem adotados nas OM para intensificar as medidas de proteo das instalaes militares.

    k. Treinamento Fsico Militar (TFM)1) A preparao fsica do militar deve levar em conta a destinao do emprego

    de sua OM.2) Observar, fi elmente, as prescries do C 20-20 - Manual de Campanha do

    Treinamento Fsico Militar, aprovado pela Portaria n 089 - EME, de 07 de novembro de 2002, e da Diretriz para o Treinamento Fsico Militar do Exrcito e sua Avaliao, aprovada pela Portaria n 032 - EME, de 31 de maro de 2008.

    3) O TFM do EP, durante a Instruo Individual, dever buscar os melhores ndices de desempenho, respeitando-se a faixa estria e o condicionamento fsico de cada militar. O objetivo do EV de atingir os ndices mnimos necessrios para

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    desempenhar as funes previstas em QCP.Assim sendo, indicado que as sees de TFM sejam realizadas em grupamentos

    destintos, visando desenvolver o condicionamento de forma crescente e homognia.l. Preveno da Prtica de Crimes Militares

    1) A instruo sobre Justia e Disciplina ministrada aos soldados deve ser orientada, prioritariamente, transmisso de informaes que auxiliem a preveno da prtica dos crimes militares.

    2) O assunto deve ser abordado, ainda, em matrias correlatas, como Boas maneiras e Conduta do Militar, Conhecimentos Diversos e Hierarquia e Disciplina Militar.

    3) Dever ser utilizado, como meio auxiliar de instruo, o Manual do Soldado, publicao produzida pela Justia Militar da Unio e disponibilizada no portal do COTER (endereo eletrnico: www.coter. eb.mil.br).

    4) A referida publicao dever ser utilizada, ainda, como subsdio para as instrues da CTTEP e para palestras destinadas aos quadros das OM.

    m. Marchas e Estacionamentos1) Entre outras finalidades, as marchas e os estacionamentos visam a

    desenvolver rusticidade, liderana, resistncia fadiga e ao desconforto e esprito de corpo.

    2) As marchas devem ser encaradas como excelente oportunidade para desenvolver a liderana nos diversos nveis, devendo, para tal, ser realizada por fraes constitudas, reunindo o EV e o EP, dentro de um quadro ttico.

    3) Quando da realizao em reas urbanas, devero ser adotadas, de acordo com a rea, medidas de segurana para evitar aes de Foras Adversas contra o pessoal e o roubo de material, em particular armamento.

    4) Os estacionamentos, em particular os acampamentos, devero ser meticulosamente planejados, com destaque para a segurana orgnica das instalaes. As atividades da tropa estacionada devero ser realizadas nas mesmas condies de uma tropa empregada em campanha, principalmente no que concerne ao uso do material. Portanto, no aceitvel a utilizao de meios que visam a privilegiar o conforto em detrimento da rusticidade, tais como: material de alojamento, pratos e talheres, etc.

    n. ContraintelignciaPor ocasio dos exerccios de campanha, o uso de meios eletrnicos de

    comunicao, particularmente celulares, por parte dos executantes, dever ser objeto de controle rigoroso, de forma a evitar-se a divulgao indevida de imagens e udios, restringindo o uso desses equipamentos ao envolvido no Comando e Controle.

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    3.9 INSTRUO RELIGIOSA

    a. Devero ser observadas:1) a liberdade religiosa prevista na Constituio Federal; e2) as orientaes contidas na IG 10-50 (Instrues Gerais para Funcionamento

    do Servio de Assistncia Religiosa do Exrcito).

    3.10 PROTEO E INSTRUO SOBRE MEIO AMBIENTE

    a. Os integrantes da F Ter so levados a tomar precaues adicionais para no incidirem no descumprimento das normas e das leis sobre proteo ambiental.

    b. Os responsveis pelas atividades nas reas de instruo devero orientar todos os participantes sobre a conservao do meio ambiente, principalmente no tocante fl ora, fauna e aos recursos hdricos (cursos dgua, lagos e lagoas), e fi scalizar o rigoroso cumprimento da legislao ambiental.

    c. A instruo de sobrevivncia ser realizada nas seguintes condies:1) restrita a utilizao de animais e vegetais de consumo comercial ou silvestres

    permitidos. A Direo da Instruo dever guardar as notas fi scais de compra para apresentar em caso de fi scalizao. Nos casos em que no for possvel adquirir no comrcio animais ou plantas silvestres, a Direo da Instruo dever solicitar autorizao ao IBAMA, para manuseio e abate, e seguir as orientaes daquele rgo.

    2) a atividade dever ser desenvolvida empregando, preferencialmente, a demonstrao como tcnica de ensino, de sorte a minimizar os efeitos danosos ao meio ambiente. As OM do CMA e do CMO, o 72 BI Mtz e o 11 BI Mth podero executar prtica supervisionada de sobrevivncia nos respectivos ambientes operacionais.

    3) proibido o consumo de carne, sangue e vsceras in natura.d. Os instrutores devem estar conscientes de que a proteo ambiental no deve

    impedir as operaes militares. Em tempo de paz, deve ser despertada a conscincia dos instruendos no sentido da preservao dos recursos no-renovveis, especialmente nas reas destinadas instruo, sem desconsiderar aquelas onde a F Ter realizar o seu necessrio adestramento.

    e. Devido ao seu carter transdisciplinar, o assunto MEIO AMBIENTE no dever ser abordado como matria isolada, devendo constar em todas as instrues militares.

    f. O RISG (R-1), em seu Ttulo IV, Captulo IX - Do Controle Ambiental, especifi ca providncias e responsabilidades que as OM devem cumprir.

    g. A Direo de Instruo deve ter conhecimento da seguinte legislao:1) Portaria n 1.138-CmtEx, de 22 de novembro de 2010, que dispe sobre a

    Poltica de Gesto Ambiental do Exrcito;2) Portaria n 386-CmtEx, de 9 de junho de 2008, que aprova as Instrues

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    Gerais para o Sistema deGesto Ambiental no mbito do Exrcito (IG 20-10); e3) Portaria n 001 - DEC, de 26 de setembro de 2011, que aprova as Instrues

    Reguladoras para o Sistema deGesto Ambiental no mbito do Exrcito (IR 50 - 20), especialmente o disposto no Captulo VII Dos Cuidados Ambientai no Preparo e Emprego da Fora.

    3.11. ATIVIDADES DE INSTRUO EM UNIDADES DE CONSERVAO (UC)

    a. Quando houver atividade de tropa em unidade de conservao (Parques Nacionais, Reservas Biolgicas e Extrativistas, etc), a Direo de Instruo das OM dever observar a legislao pertinente e, sempre que possvel, estar acompanhada de integrantes da Polcia Federal e do IBAMA.

    b. Normas de gesto ambiental a serem obedecidas1) Recolher os resduos slidos decorrentes das atividades militares.2) Identificar as reas degradadas para posterior recuperao, se for o caso.3) No caar animais silvestres.4) Cuidados especiais com as latrinas e aterros sanitrios.5) No abandonar materiais que possam causar focos de incndio.6) Evitar danos ao meio ambiente, exercendo o controle das seguintes aes:

    - corte de rvores;- realizao de trabalhos de Organizao do Terreno (OT);- realizao de tiros de armas de qualquer calibre com munies que

    possam provocar incndios ou outros danos ambientais;- limpeza de campos de tiro;- controle da instruo de defesa qumica, bacteriolgica e nuclear, quanto

    ao uso adequado de artefatos blicos lesivos ao meio ambiente e quanto ao seu grau de poluio;

    - uso de reas para estacionamento de tropas; e- uso de cursos dgua.

    7) Fazer a coleta seletiva de lixo (plstico, papelo, papel, alumnio, vidro, etc).

    8) Aprimorar a coleta do lixo de material de sade.9) Cuidados com os mananciais e com as nascentes dos cursos de gua.10) Fazer o controle de incndios, empregando turma especfica para tal fim.11) Fazer a divulgao dessas normas e fiscalizar seu cumprimento.

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    3.12 INSTRUO DE MOBILIZAO

    a. O Brasil e suas Foras Armadas devem estar prontos para tomar medidas de resguardo do territrio, devendo, para tanto, estar aptas a aumentar rapidamente os meios humanos e materiais disponveis para a defesa, por intermdio da capacidade de mobilizao nacional e militar.

    b. A mobilizao militar demanda a organizao de uma fora de reserva, mobilizvel em tais circunstncias, com base na Lei do Servio Militar.

    c. O conhecimento da legislao e dos encargos da mobilizao por parte das Organizaes Militares fundamental para o efetivo funcionamento do Sistema de Mobilizao do Exrcito (SIMOBE). Assim, todas as OM, desde o escalo SU, devem incluir o tema Mobilizao no Programa de Instruo, de maneira que todos militares conheam os seguintes assuntos:

    1) Lei e regulamentao do Sistema Nacional de Mobilizao (SINAMOB);2) SIMOBE e suas instrues reguladoras; e3) Encargos da OM e da Se Mob Gu na mobilizao e na Defesa Territorial.

    d. Antes do licenciamento do EV, as OM devero realizar palestras enfocando a Mobilizao de Recursos Humanos e os direitos e deveres do Reservista. Na oportunidade, dever, tambm, ressaltar a possibilidade de participao nos Exerccios de Adestramento da Reserva Mobilizvel.

    3.13 ATIVIDADES DE INSTRUO EM REAS INDGENAS

    Quando houver atividade de tropa em rea indgena, a Direo de Instruo da OM dever tomar todas as medidas administrativas e cautelares na rea, assim como observar a Portaria n 020 - EME, de 02 de abril de 2003, que aprova a diretriz para o relacionamento do Exrcito Brasileiro com as comunidades indgenas. Especial ateno deve ser dada aos aspectos abaixo transcritos:

    4. ORIENTAO GERAL..........................................................................................................................................

    b. importante que todos os militares, especialmente aqueles que tero contato direto com as comunidades indgenas, conheam e respeitem os hbitos, os costumes e as tradies, de forma a tornar harmnica e proveitosa para a Fora Terrestre a convivncia com os indgenas em o todo territrio nacional.

    c. Por conhecer melhor a regio onde vive e estar a ela perfeitamente adaptado, o ndio pode constituir-se em um valioso aliado na obteno de dados sobre a regio, nas operaes e nas aes rotineiras da tropa...........................................................................................................................................

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    3 - 215. ATRIBUIES

    g. Comandos Militares de rea (C Mil A)1) Estabelecer normas prprias de convivncia, quando for o caso, com vistas a

    orientar a conduta de militares ao tratar com os silvcolas, considerando as caractersticas e diversidade de cada grupo indgena.

    2) Programar estgios para todos os militares que possam vir a ter contato com as comunidades indgenas, sempre que possvel, com a participao de antroplogos, representantes da FUNAI e de outras autoridades no assunto.

    3.14 TICA PROFISSIONAL MILITAR

    a. Os Comandantes, Chefes e Diretores, em todos os nveis e escales da hierar-quia, devero ministrar a todos os seus subordinados sesses de instruo de tica Profi ssional Militar, com carga horria de 20 (vinte) horas, com nfase na temtica dos Direitos Humanos.

    b. A tica profi ssional militar, conforme expresso no Estatuto dos Militares, deve ser debatida e exemplifi cada da forma mais direta e franca possvel. Meios auxiliares como o Vade-Mcum de Cerimonial Militar do Exrcito - Valores, Deveres e tica Militares (VM 10), aprovado pela Portaria n 156, de 23 abril 2002, devero ser uti-lizados. O PPQ/1 (QUALIFICAO DO CABO E DO SOLDADO - INSTRUO COMUM, 4 Edio - 2006), por meio da matria Nr 8 - Valores, Deveres e tica Militares, estabelece os Objetivos Individuais de Instruo (OII) a serem alcanados e orienta as condies de desenvolvimento dos assuntos.

    c. Ademais, as OM devero compartimentar as informaes dentro dos respecti-vos crculos hierrquicos. As instrues tero o carter obrigatrio para todos os mili-tares que estejam designados para Misses de Paz e de GLO. Para o cumprimento da carga horria, os Cmt devero conciliar as atividades normais e os tempos destinados ao Cmdo para a execuo do programa de palestras, abordando os seguintes assuntos:

    1) Convenes, Acordos e Tratados Internacionais dos quais o Brasil signa-trio;

    2) Legislao Brasileira sobre Direitos Humanos; e3) Direito Internacional dos Confl itos Armados (DICA), com base no Manual

    de Emprego do DICA nas Foras Armadas MD 34-M-03 (1 Ed/2011), Portaria Normativa n 1.069 - MD, de 5 de maio de 2011.

    d. O COTER emitir uma Diretriz regulando a execuo do Programa de tica Profi ssional Militar, com nfase nos Direitos Humanos, para todas as OM, a ser rea-lizado a partir de 2012.

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    CAPTULO 4

    CAPACITAO TCNICA E TTICA DO EFETIVO PROFISSIONAL (CTTEP)

    4.1 CONCEITO

    a. A CTTEP to importante quanto a IIB, cabendo ao Cmt OM programar asinstrues de modo a aprimorar e manter os padres do EP e, concomitantemente,formar o recruta da OM.

    b. O Programa da CTTEP desenvolve-se desde o ms de fevereiro, perodo destinado preparao intelectual e fsica de seus integrantes, com vistas preparaoda OM para o Ano de Instruo, at o incio do PAB.

    c. Deve ser estimulada a liderana no mbito das pequenas fraes. Para tanto,nas instrues previstas para a CTTEP, deve-se preservar ao mximo a integridadedas fraes e conduzi-las sob a responsabilidade de seus Comandantes. Nas demaisatividades de rotina, essa integridade deve, igualmente, ser observada.

    4.2 OBJETIVOS DA CTTEP

    a. Objetivos Gerais1) Aperfeioar e manter os padres individuais do EP.2) Manter a instruo do EP da OM durante todo o ano de instruo.3) Sanar deficincias na instruo individual e no adestramento do EP em

    qualquer poca do ano de instruo.4) Participar do desenvolvimento e da consolidao do valor profissional dos

    Comandantes em todos os nveis.5) Manter parcela da tropa em condies de ser empregada em qualquer poca

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    do ano, quer em operaes de Defesa Externa, quer em operaes de GLO.6) Realizar o treinamento especfico.

    b. Objetivos Parciais1) Aprimorar habilitaes tcnicas e capacitar o EP a operar corretamente todo

    o armamento e o material de comunicaes existentes na OM.2) Proporcionar aos quadros oportunidades e situaes para exercitarem os

    atributos da rea afetiva que favoream o desenvolvimento da liderana militar.3) Desenvolver em todos os integrantes do EP a autoconfiana, a disciplina, a

    persistncia, a combatividade e o entusiasmo profissional.4) Manter e aprimorar a capacidade fsica.5) Ampliar a cultura geral e profissional.6) Preparar o instrutor e o monitor de corpo de tropa.

    4.3 DEFINIO DO UNIVERSO

    Denomina-se Efetivo Profi ssional (EP) o grupamento composto pelos quadros de ofi ciais, subtenentes, sargentos e pelos Cb/Sd do Ncleo-Base (NB).

    4.4 ORIENTAO PARA O PLANEJAMENTO

    a. ResponsabilidadeA responsabilidade pelo planejamento, coordenao e execuo da CTTEP

    do Cmt OM. b. Participantes

    Participam das instrues da CTTEP todos os integrantes do EP.c. Instrues Previstas

    O PP Capacitao Tcnica e Ttica do Efetivo Profi ssional, edio 2009, baliza o planejamento do Programa do CTTEP (Assuntos Comuns), por meio de sugestes a serem adequadas s necessidades operacionais e conjuntura de cada OM.

    O Cmt da OM dever participar, diretamente, dos temas da atualidade para compor o bloco de assuntos Conjuntura Geral.

    d. Capacitao Tcnica Os Assuntos Peculiares devero ser estabelecidos pela Direo da Instruo,

    observando as diretrizes do escalo superior e as caractersticas da OM.O tiro das Armas Coletivas, conforme a IGTAEx, dever ser realizado no mbito

    das fraes constitudas, sendo uma oportunidade de convergncia da Instruo Individual e a CTTEP.

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    Devem ser praticados os fundamentos da instruo individual do combatente (orientao, avaliao de distncia, designao de alvos e objetivos, utilizao do terreno para progredir, etc).

    e. Capacitao TticaOs exerccios tticos, a serem planejados pela Direo da Instruo, visam

    prtica da doutrina e podero ser desenvolvidos sem tropa no terreno (exerccio na carta, exerccio de PC, ETTAS, etc). Os reconhecimentos so fundamentais para o planejamento e a conduo das operaes, e se caracterizam como uma excelente oportunidade para a consolidao dos conhecimentos doutrinrios. Cabe ressaltar que o PAB, valor Pel e SU, uma excelente oportunidade, no terreno, para a consolidao dos conhecimentos sobre o emprego ttico das fraes, relembrados e praticados na CTTEP.

    4.5 DESENVOLVIMENTO DA INSTRUO

    a. Marcando o incio do ano de instruo, dever ser conduzido um programa de atividades voltadas para a preparao fsica e organizacional das OM para o Ano de Instruo e para o nivelamento dos instrutores e monitores, com destaque para os assuntos referentes metodologia da Instruo Militar, IPT, Tiro das armas portteis e estudo das IGTAEx, TFM, OU, Segurana e Preveno de Acidentes na Instruo, Planejamento do Ano de Instruo, Diretrizes do Cmt OM e do Escalo Superior, PIM e SIMEB, entre outras, a critrio do Cmt OM.

    b. O Programa da CTTEP desenvolve-se desde o perodo destinado preparao intelectual e fsica da OM, com vistas ao incio do Ano de Instruo, at o incio do PAB. Portanto, no h CTTEP durante a Fase de Adestramento, que assinala o momento em que o EV e o EP atuaro de forma coletiva, para cumprir misses de combate previstas na base doutrinria da OM. a oportunidade para consolidao, prtica e avaliao de conhecimentos adquiridos na CTTEP.

    c. A CTTEP dever ser desenvolvida paralelamente s atividades da Instruo Individual. As formaturas e as marchas devem ser exploradas como uma oportunidade para o enquadramento do EV.

    d. O TFM deve ser mantido como parte da CTTEP, realizada por um grupamento de EP, de modo a possibilitar a melhoria do desempenho fsico dos militares profi ssionais.

    e. Durante o Perodo de Instruo Individual de Qualifi cao, a CTTEP dever se desenvolver, alternando as seguintes condies de execuo: ora nas mesmas condies anteriores, ora se engrazando na IIQ, particularmente durante o 1 Subperodo IIQ GLO e na Instruo Peculiar do 2 Subperodo, quando a formao tcnica do recruta, direcionada para o desempenho das funes inerentes ao cargo que vai ocupar, conduzida no mbito da frao em que se enquadra.

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    4.6 PRESCRIES DIVERSAS

    a. desejvel, desde que possvel, que as SU operacionais de uma OM sejam constitudas somente por EP, e que o EV se concentre em uma ou mais SU, facilitando os perodos de instruo individual, bem como as atividades da CTTEP.

    b. Para que isso seja vivel, estando o EP instrudo e atualizado pela CTTEP, ser sufi ciente que o Cmdo saiba quais elementos comporo estas SU ou Fraes, bem como quais Subunidades fornecero o material necessrio constituio desta organizao temporria.

    c. Especial ateno deve ser dada aos assuntos Preveno de Acidentes de Instruo e Gerenciamento de Risco Aplicado s Atividades Militares, contidos no CI 32/1 e no CI 32/2, respectivamente.

    d. Os novos armamentos e equipamentos que chegarem s OM devero ser objeto de instruo e estudo para todo o EP, de modo que a OM fi que em condies de empreg-los no mais curto prazo.

    e. A capacitao tcnica e ttica do EP para atuar nas misses da base doutrinria da OM deve ser priorizada em relao ao emprego em GLO.

    f. O desempenho individual na instruo dever ser registrado e aproveitado para servir de subsdio na Avaliao de Pessoal. A sistematizao do processo de registro da avaliao do desempenho atribuio da Direo da Instruo.

    g. A programao peridica da CTTEP deve ser expedida em Quadro de Trabalho Semanal (QTS), elaborado pela 3 Seo do EMG/OM, ser aprovada pelo Cmt OM e encaminhada ao escalo superior, para conhecimento e acompanhamento.

    h. Para o sucesso da CTTEP, fundamental a observao constante dos seguintes procedimentos:

    1) planejamento antecipado e disponibilizado para toda a OM, de modo a possibilitar o agendamento de eventos administrativos (sindicncia, licitao, SFPC, etc) em perodos sem instruo, evitando eventos sobrepostos e liberando o mximo efetivo possvel para a instruo;

    2) centralizao das instrues da IIB e IIQ, reduzindo o efetivo de instrutores e monitores nas atividades com o recruta, possibilitando uma presena maior do EP na instruo; e

    3) implantar o sistema de rodzio, de forma a possibilitar que os militares envolvidos com a vida vegetativa da OM tambm participem da CTTEP.

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    CAPTULO 5

    ADESTRAMENTO

    5.1 FINALIDADE

    Orientar o planejamento, a execuo, o controle e a avaliao do adestramento da Fora Terrestre.

    5.2 OBJETIVOS

    a. Padronizar o desenvolvimento das atividades de adestramento no mbito da F Ter, com o intuito de otimizar:

    1) a distribuio de recursos para o Adestramento;2) a coordenao de aes que envolvam mais de um C Mil A; e3) a avaliao da operacionalidade das GU e U.

    b. Priorizar objetivos de adestramento (OA) compatveis com os Planos de Campanha e com a disponibilidade de recursos.

    5.3 CONSIDERAES GERAIS

    a. O Adestramento visa capacitar a tropa a ser empregada em duas situaes: a primeira, identifi cada com a misso precpua do Exrcito, em misses clssicas de sua base doutrinria, chamadas de Defesa Externa, e a segunda, em misses relacionadas Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

    b. O adestramento desenvolvido em dois perodos:1) Bsico: capacitar fraces, SU e U ao emprego em Op de Def Ext.

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    2) Avanado: capacitar GU e Cmdos superiores ao emprego em Op Def Ext.c. O Adestramento Bsico em GLO antecipado, seguindo-se imediatamente

    aps o 1 subperodo da IIQ, objetivando capacitar a tropa para ser empregada neste tipo de operao o mais cedo possvel.

    d. Considerando, ainda, a preparao da tropa para ser empregada em Operaes de GLO, no perodo que se estende do licenciamento do EV incorporado no ano anterior at o Adestramento em GLO do ano corrente, h necessidade de que todas as OM Operacionais disponham de um planejamento para organizar uma frao constituda com elementos do efetivo profi ssional, apta a cumprir esse tipo de misso, sendo desejvel a dosagem de uma SU por OM valor U e um Pel por OM valor SU, conforme previsto no Cap 4, item 4.6.

    e. O Adestramento em Operaes de Defesa Externa deve ser priorizado em relao ao Adestramento em GLO, em que pese a nfase recebida pelo segundo.

    f. O Adestramento ocupa parcela importante do Ano de Instruo e, diferentemente da Instruo Individual que o precede, no deve estar voltado para os soldados. Deve, entretanto, consider-los indispensveis participantes.

    g. O PPB/1 e os PP da srie Alfa contm importantes conceitos e orientaes sobre o planejamento e execuo do Adestramento.

    5.4 FORMAS DE ADESTRAMENTO

    O adestramento visa a capacitar a F Ter como um instrumento de combate em consonncia com a concepo estratgica do Exrcito. A sua execuo baseada em simulaes e exerccios no terreno.

    O adestramento pode ser executado de uma das seguintes modalidades:a. Adestramento por Escalo

    1) Procura-se capacitar, gradualmente, as fraes, Subunidades, Unidades, Grandes Unidades e Grandes Comandos Operacionais.

    2) Cumpre esclarecer que no adestramento de cada escalo, todos os Sistemas Operacionais que o integram tm de ser adestrados simultaneamente.

    b. Adestramento por Sistema Operacionais (S Op)O foco do adestramento est voltado para a interao, integrao e capacitao

    efi ciente, efi caz e efetiva dos sistemas operacionais. Para tal, procura-se adestrar, concomitantemente, os integrantes dos S Op articulados nos diferentes escales (Exc PC, Exc Ap F, Exc de C, Exc Log, etc).

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    5 - 35.5 EXECUO DO ADESTRAMENTO

    O Adestramento ser desenvolvido em Mdulos Didticos de Adestramento. a. Mdulo Didtico de Adestramento (MDA)

    O MDA, que corresponde a cada exerccio ttico programado, se compe das seguintes etapas: Instruo Preliminar, Exerccio Propriamente Dito e Anlise Ps-Ao.

    1) Instruo Preliminar a parte integrante do adestramento que visa preparao dos comandantes,

    dos quadros e grupamentos para a realizao de determinado exerccio de campanha.A instruo preliminar ser executada imediatamente antes do exerccio de

    campanha, de acordo com a orientao contida em cada OA.O desempenho coletivo e as tarefas crticas estabelecidos nos OA constituem

    os padres para os quais a Instruo Preliminar deve ser orientada.Dever ser desenvolvida por meio das seguintes atividades:a) Reviso Doutrinria

    Reviso dos fundamentos doutrinrios referentes operao de combate que objeto do exerccio de campanha a se realizar.

    Essa reviso destina-se, principalmente, aos Quadros e ser fundamentada nos manuais de campanha e em outras publicaes ofi ciais que contenham a doutrina em vigor.

    Parte dessa instruo poder ser ministrada para toda a tropa com o auxlio de um caixo de areia.

    b) Estudo de Caso EsquemticoAps a reviso dou