sÃo paulo - xxii fevereiro de 2020 - ediÇÃo 258 da penh… · na fidelidade a deus e sua palavra...

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SÃO PAULO - XXII FEVEREIRO DE 2020 - EDIÇÃO 258

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Page 1: SÃO PAULO - XXII FEVEREIRO DE 2020 - EDIÇÃO 258 DA PENH… · na fidelidade a Deus e sua Palavra e firmes no mandamento do amor. No dia 11, a Igreja recorda NOSSA SENHORA DE LOURDES

SÃO PAULO - XXII FEVEREIRO DE 2020 - EDIÇÃO 258

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20202

MISSA DO ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO – 25 Jan 2020

“Queridos irmãos e irmãs, a paz de Cristo Ressuscitado!

Quero destacar, neste mês de fevereiro, algumas celebrações que são importantes para o alimento de nossa fé e caminhada cristã. A pri-meira delas é a APRESENTAÇÃO DO SENHOR, dia 02. Esta celebração nos remete àquele dia em que São José e Maria Santíssima foram ao Templo para apresentar Jesus e para oferece-rem o sacrifício de resgate pelo filho, conforme mandava a lei mosaica. É o verdadeiro Templo de Deus entre os se-res humanos sendo apresentado ao Pai, pois n’Ele Deus habitou entre nós! Esta festa lembra-nos que somos também templos de Deus pelo Espírito e aqui há um chamado a vivermos de tal modo que não contristemos o Espírito Santo que habita em nós (cf. Ef 4,30), isto é, que vivamos segundo o mesmo Espírito na fidelidade a Deus e sua Palavra e firmes no mandamento do amor.

No dia 11, a Igreja recorda NOSSA SENHORA DE LOURDES que se ma-nifestou a Bernadete Soubirous na França do século XIX. Nossa Senhora se manifesta para chamar-nos à con-versão e à oração, para que voltemos nossos corações ao seu Filho Jesus. Ela escolhe uma menina simples e humilde para lhe revelar mistérios tão grandes! De fato, Ela já havia dito que Deus derruba do trono os poderosos e eleva os humildes (cf. Lc 1,52). Deus tem seu olhar de amor e misericórdia voltado para todos, mas de modo especial para os pequenos e pobres, para os que sofrem e precisam de sua graça. Em Lourdes, muitos foram

EDITORIAL / IGREJA

aqueles que alcançaram a cura de seus males físicos, mas maior ainda foi o número daqueles que se converteram e passaram a viver uma vida em comunhão com Cristo. E neste mesmo dia em que celebramos Nossa Senhora de Lourdes, comemoramos também o 28º DIA MUN-DIAL DO ENFERMO. Quero destacar aqui alguns trechos da mensagem do Papa Francisco por ocasião deste dia:

Estas palavras ditas por Jesus – «vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28) – indicam o caminho misterioso da graça, que se revela aos simples e revigora os cansa-dos e exaustos. Tais palavras exprimem a solidariedade do Filho do Homem, Jesus Cristo, com a humanidade aflita e sofredora. Há tantas pessoas que sofrem no corpo e no espírito! A to-das, convida a ir ter com Ele – «vinde a Mim» –, prometendo-lhes alívio e recuperação.

(...) No XXVIII Dia Mundial do Doen-te, Jesus dirige este convite aos doen-tes e oprimidos, aos pobres cientes de dependerem inteiramente de Deus para a cura de que necessitam sob o peso da provação que os atingiu. A quem vive na angústia devido à sua situação de fragilidade, sofrimento e fraqueza, Jesus Cristo não impõe leis, mas, na sua misericórdia, oferece-Se a Si mesmo, isto é, a sua pessoa que dá alívio.

(...) Neste XXVIII Dia Mundial do Do-ente, penso em tantos irmãos e irmãs de todo o mundo sem possibilidades de acesso aos cuidados médicos, porque vivem na pobreza. Por isso, dirijo-me às instituições sanitárias e aos governos

de todos os países do mundo, pedindo-lhes que não sobreponham o aspeto econômico ao da justiça social. Faço votos de que, conciliando os princípios de solidariedade e subsidiariedade, se coopere para que todos tenham acesso a cuidados médicos adequados para salvaguardar e restabelecer a saúde. De coração agradeço aos voluntários que se colocam ao serviço dos doentes, procurando em não poucos casos suprir carências estruturais e refletindo, com gestos de ternura e proximidade, a imagem de Cristo Bom Samaritano.

À Virgem Maria, Saúde dos En-fermos, confio todas as pessoas que carregam o fardo da doença, junta-mente com os seus familiares, bem como todos os profissionais da saúde. Com cordial afeto, asseguro a todos a minha proximidade na oração e envio a Bênção Apostólica .

O início da QUARESMA se dará dia 26, com a celebração da imposição das CINZAS. A Quaresma é um tempo de graça, propício para reavivarmos a chama de nossa fé, renovarmos o nosso compromisso batismal, conver-termo-nos ao Senhor, praticando o jejum, a esmola e a oração. O convite dirigido a nós pelo Senhor, por meio da Igreja, é este: “Convertei-vos e crede no Evangelho!”. Reconhecendo nossa fraqueza e nossa pequenez, nos abrimos à graça salvadora de Deus em Cristo e nos preparamos para celebrar o Mistério Pascal de Cristo. A Páscoa é passagem da morte para a vida, e os que ressuscitaram com Cristo são chamados a buscar as coisas do alto (Cl 3,1) e a viver neste mundo como Cristo

que passou fazendo o bem (cf. At 10,38). Durante a Quaresma, como meio para vivermos melhor a dimen-são social de nossa fé – o testemunho da caridade – a Igreja do Brasil nos propõe a Campanha da Fraternidade, este ano com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e com o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34). No cartaz da Campanha a Ir. Dulce dos pobres evoca aquele tes-temunho esperado de cada cristão que vê no irmão pobre e sofredor o rosto de Cristo que nos pede acolhida. Vale a pena recordar que há já muitas inicia-tivas em nossa paróquia neste sentido, tais como o SASP, o Café da Manhã dos Pobres na Igreja do Rosário, o trabalho social e de evangelização realizado duas vezes no mês na Comunidade Nos-sa Senhora de Fátima, além do trabalho desenvolvido pela Comunidade “Voz dos Pobres” e pela “Missão Belém”, além da Obra Social “Dom Legal” da Comunidade Eucaristós. Que vivamos bem a Quaresma e procuremos pôr em prática o que o refrão do Hino da Campanha nos diz:

“Peregrinos, aprendemos nesta estrada

o que o “bom samaritano” ensinou:Ao passar por uma vida ameaçada,Ele a viu, compadeceu e cuidou”.

(Cf. Lc 10,33-34)

Que a Virgem da Penha, nossa Mãe e Padroeira, nos ajude com sua intercessão a vivermos bem este tempo quaresmal para deixarmos que aconteça a Páscoa de Cristo em nossa vida e a nossa vida esteja mer-gulhada na Páscoa de Cristo!

Fonte: https://www.vatican-news.va/pt/papa/news/2020-01/mensagem-do-papa-francisco-pa-ra-28-dia-mundial-do-doente.html (acessado em 21/01/2020).

Pe. EDILSON DE SOUZA SILVAPároco da Basílica de Nossa

Senhora da Penha

São Paulo acolheu a graça de Cristo, converteu-se e progrediu no amor a Cristo, no anúncio do Evangelho e na busca da santidade. Nossa Senhora da Penha fez surgir este Santuário, operou milagres em nossa cidade no passado, sendo atualmente reconhecida, acla-mada e consagrada como sua Padroei-ra. Juntos intercedem por todos os que residem, trabalham ou passam por esta cidade. SÃO PAULO e NOSSA SENHORA DA PENHA, rogai por nós!

por ROBERTO A. de OLIVEIRAPascom; Terço dos Homens

e Equipe de Acolhida

EDITORIAL

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O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2020 3PUBLICIDADES

“QUEM AMA NÃO JULGA, NÃO ACUSA, NÃO DIVIDE. QUEM AMA CUIDA, ACOLHE, INTEGRA, DIALOGA, SUPORTA E SE COMPADECE.”

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20204PUBLICIDADES

“NOSSA MISSÃO COMO DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO É REVELAR AO MUNDO O ROSTO DA MISERICÓRDIA.”

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O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2020 5FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

NOS CAMINHOS DE MARIA Nossa Senhora da Penha na Zona Sul: A Capela Penhinha

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020

A partir de nossa Paróquia-San-tuário-Basílica de Nossa Senhora da Penha, a devoção à Padroeira da cidade de São Paulo ecoou, de fato, por toda Capital e fora dela, fazendo jus a esse título que Ela recebeu por aclamação popular e que é reconhecido pelo Papa João Paulo II quando este eleva a nova Matriz da Penha de França à digni-dade de Basílica em 1985. Sabemos que a invocação a Nossa Senhora da Penha em São Paulo tem suas origens, a partir de 1667, com os episódios miraculosos operados pela veneranda imagem trazida, como se narra tradicionalmente, por um viajante francês que per-noitou nos arredores de onde hoje se encontra o antigo Santuário (conhecida como “Igreja Velha”, atual Santuário Eucarístico Dioce-sano de Nossa Senhora da Penha). Daqui a devoção irradiou-se para toda a São Paulo de outrora, onde os prodígios da Virgem foram ganhando cada vez mais fama. Sabe-se que, nos séculos passados, graças a essa expansão do culto à Senhora da Penha, a Câmara de São Paulo, por muitas vezes, solicitou às autoridades eclesi-ásticas que a imagem milagrosa

fosse transladada da Colina Santa da longínqua Freguesia da Penha de França até a Sé Catedral, a fim de que a população paulistana pudesse rezar diante dela pelo fim das secas e epidemias (sobretudo de varíola) que se abatiam sobre a cidade. E Nossa Senhora da Penha, como Mãe intercessora e solícita, infalivelmente atendia às preces dos milhares de devotos que lhe honravam e recorriam a Ela no cen-tro da cidade e que, em setembro, vinham ao seu Santuário em roma-ria participar dos festejos no dia 8 e agradecer as graças recebidas.

O nome da Virgem da Penha era invocado e afamado pela cidade, inclusive na região de Santo Amaro (que foi, até 1935, município autônomo), num bair-ro denominado Jardim São Luiz. Ali foi erguida uma capelinha dedicada a Nossa Senhora da Penha, popularmente chamada de “Penhinha”. A capela era administrada pela Sociedade de São Vicente de Paulo da Paróquia de Santo Amaro. Era o ponto de onde partiam os bandeirantes para desbravar os sertões. Por ela passavam via-jantes, boiadeiros ou romeiros

a caminho de Pirapora do Bom Jesus os quais recorriam à Mãe de Deus, implorando por saúde e sua proteção para a viagem. As Festas em honra da Padroeira da Penhinha aos 8 de setembro eram famosas e atraíam muitos devotos da Vila e de fora dela.

Segundo relatos, após um in-cêndio na capela, foi necessário se adquirir uma nova imagem de Nossa Senhora da Penha. A bela escultura foi confeccionada na década de 1930, num atelier em São Paulo, por Marino Del Favero, renomado artista de origem italiana, responsável por uma série de obras de arte sacra preciosas que embelezavam diversas igrejas nessa época. Curiosamente, a nova imagem confeccionada pelo escultor tem uma iconografia mais semelhan-te à de Nossa Senhora da Penha do Rio de Janeiro, com o jacaré aos pés e outros atributos. Por coincidência, atribui-se a Mari-no também o magnífico conjun-to escultórico do Calvário que se encontra na nave oeste de nossa Basílica da Penha, transferido da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da

Penha de França. A histórica Capela da Pe-

nhinha foi demolida em 1973. Assim, a referida imagem de Nossa Senhora da Penha foi transferida para a Paróquia de São Luiz Gonzaga, próxima dali, onde é venerada até hoje. Nessa Paróquia do Jardim São Luiz existe uma comunidade dedicada à Virgem da Penha.

Como centro de devoção ma-riana, nossa Paróquia da Penha, com seus paroquianos e devotos que visitam a Basílica e o Santu-ário, permanece com a mesma missão dos tempos passados: irradiar o nome da Senhora da Penha a fim de que ressoe em cada canto e recanto da grande cidade, como expressão daquilo que rezam esses versos de um antigo Hino aqui entoado: “Mãe

da Penha, Mãe querida, / Mãe da Pátria Brasileira, / sois da Capital Paulista / a Rainha e Padroeira”.

ILUSTRAÇÕES: foto da extin-ta Capela Penhinha e a imagem confeccionada por Del Favero que ali se venerava, hoje pre-servada na Igreja de São Luiz.

Fontes de pesquisa: painéis da estação Largo Treze do Metrô / Blog de Carlos Fatorelli

LEONARDO CAETANO de

ALMEIDAPastoral da Comunicação e

Associado da Academia Marial de Aparecida

A Campanha da Fraternidade é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu obje-tivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade bra-sileira, buscando caminhos de solução. A campanha, em seus 56 anos de existência, abordou temas e lemas dentro dos prin-cípios permanentes da doutrina social da Igreja que constituem os verdadeiros e próprios gonzos do ensinamento social católico: trata-se do princípio da dignida-de da pessoa humana, que têm fundamento no bem comum, na subsidiariedade e na solidarie-dade. Esses princípios têm um caráter geral e fundamental, pois se referem à realidade

social no seu conjunto: das relações interpessoais, caracte-rizadas pela proximidade e por serem imediatas, às mediadas pela política, pela economia e pelo direito; das relações entre indivíduos ou grupos às relações entre os povos e as nações.

Em sua 1ª fase de 1964 a 1972, tratou de temas e lemas em busca da renovação interna da própria Igreja e do cristão; em sua 2ª Fase, de 1973 a 1984, a CF, com seus temas e lemas, voltou seus olhares para o seu povo, preocupando-se com a realidade social do povo, denunciando o pecado social e pro-movendo a justiça; em sua 3ª Fase, de 1985 aos dias de hoje, a Igreja voltou-se para as situações do povo brasileiro, com temas específicos como: 1985, Fraternidade e Fome - Pão para quem tem fome; 2003, Fraternidade e Pessoas idosas – Vida Dignidade e Esperança; 2006, Fraternidade e Pessoas

com Deficiência – Levanta-te e vem para o meio; 2008, Fraterni-dade e Defesa da Vida – Escolhe, pois a vida; 2009, Fraternidade e Segurança Pública - A Paz é fruto da Justiça; 2012, Fraternidade e saúde pública - Que a saúde se di-funda sobre a terra; 2015, Frater-nidade Igreja e Sociedade - Eu vim para servir; 2019, Fraternidade e Políticas públicas - Serás libertado pelo direito e pela justiça.

Neste ano de 2020, a Campa-nha da Fraternidade nos traz o tema FRATERNIDADE E VIDA: DOM E COMPROMISSO, e o lema “VIU, SEN-TIU COMPAIXÃO E CUIDOU DELE”.

O texto base desta Cam-panha relembra que os temas apresentados no decorrer da história da Campanha da Frater-nidade apontam à conversão. O Santo Padre, o Papa Francisco, em sua carta Encíclica ‘Laudato Si’, sobre o cuidado da Casa Comum, nos fala sobre A fra-

queza das reações “Estas situações provocam os gemidos da irmã terra, que se unem aos gemi-dos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo. Nunca maltratamos e ferimos a nossa casa comum como nos últimos dois séculos. Mas somos chama-dos a tornar-nos os instrumentos de Deus Pai para que o nosso planeta seja o que Ele sonhou ao criá-lo e corresponda ao seu projeto de paz, beleza e pleni-tude.” (LS, n.53).

FRATERNIDADE E VIDA: DOM E COMPROMISSO. Lema “VIU, SENTIU COMPAIXÃO E CUIDOU DELE” (Lc 10.33-34). Este ano, nós somos convidados a olhar de modo mais atento e detalhado para a vida; a refletir sobre o valor mais profundo da vida e descobrir caminhos para que

esse sentido seja fortalecido e algumas vezes até mesmo re-encontrado. Ao proclamar que a vida é Dom e Compromisso, vamos em direção ao ver, so-lidarizar-se e cuidar. A vida é essencialmente samaritana (Lc 10,25-37). Não se pode viver a vida passando ao largo das dores dos irmãos e irmãs!

ARNALDO AUGUSTO RIBEIRO

Equipe de Liturgia da Basílica de Nossa Senhora

da Penha

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20206PUBLICIDADES

“DIANTE DA MALDADE E PROBLEMAS, NOSSAS MÃOS NÃO PODEM SER FECHADAS PARA SOCAR, MAS TÊM QUE, ABERTAS, APOIAR.”

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O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2020 7FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

TUA MISSA DO DOMINGO, TEU TRABALHO DA SEMANA – 8 - A LITURGIA DA PALAVRA - I

TEMPO DA QUARESMA

“A Tua Palavra é uma lâmpada para os meus passos, uma luz para o meu caminho.” (Sl 118). As palavras do salmo nos convidam a considerar a importância da Palavra de Deus na nossa vida. Onde mais encontraremos uma luz que realmente nos conduza por um reto caminhar, senão na Palavra daquele que é a Palavra viva e eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes? Como duvidar dessa eminência da Palavra de Deus, quando Aquele que é a Palavra diz: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”! Assim, sabemos que é pela escuta atenta e amorosa da Palavra de Deus que somos conduzidos pelo Caminho da Verdade até a Vida verdadeira: Jesus Cristo.

Sabendo dessa verdade e sen-do chamada a proclamar a Palavra até os confins do mundo, para que todos sejam salvos, a Igreja desde o seu nascimento em Pentecostes não cessa de anunciar esse Kerig-ma, isto é, verdade que cremos e professamos a cada domingo no Credo Apostólico. Essa Palavra viva é realmente a presença de Cristo que se manifesta naquilo que é ouvido e na assembleia que se reúne. São Paulo VI já ensinava que Cristo está presente realmente na assembleia, na Pa-lavra proclamada e nas espécies eucarísticas. Daí podemos inferir a importância da Palavra de Deus desde sempre na vida da Igreja, que já fora tão bem assimilada pelos primeiros cristãos. Nossos pais na fé sabiam de cor passagens inteiras dos textos sagrados! E os pais do monaquismo oriental e ocidental “ruminavam”, repetindo amiúde ao longo do dia, versículos das leituras ouvidas na Santa Missa.

A reforma empreendida pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), na sua constituição sobre a Palavra de Deus, exorta insisten-temente os cristãos católicos que tenham sempre a Escritura em mãos, em língua vernácula e em boas traduções (Constituição Dei Verbum). Outrossim, a reforma litúrgica levada a efeito pelo mesmo Concílio remodelou de tal forma a Liturgia da Palavra que todo católico de boa vontade pode beber da Palavra de Deus ao longo do ano quase que em toda a sua totalidade. Falaremos dessas dis-posições em artigo subsequente.

Assim, pois, com essa refle-

xão prévia, podemos inferir a importância do preparo que deve ter quem proclama a Palavra na Liturgia. Não apenas os ministros ordenados, mas também aque-les que são escolhidos para esse ministério. Não esqueçamos que a palavra ministério, do latim “minister”, significa: aquele que serve. Por isso, o ministro da Pa-lavra, ordenado ou não, deve ter consciência do serviço ao qual é chamado. Infelizmente, sobretudo em relação ao ministério leigo da Palavra, essa consciência inexiste.

É preciso cada vez mais ter consciência de que quem procla-ma a Palavra DEVE se preparar com bastante antecedência, pois, afinal, não é uma leitura qualquer. Senão vejamos.

Quem vai exercer o ministério da Palavra do domingo seguinte precisa se acercar da Palavra de Deus a ser proclamada com espírito de serviço à comunidade e de oração. Deve ler os textos sagrados, pedindo a luz do Espírito Santo, que é o Autor da Escritura, para que à sua luz possamos não só compreender o que é lido, mas também transformar em vida. Por isso, seria de utilíssima importân-cia que leitores das comunidades católicas tivessem o hábito da Leitura Orante da Bíblia. Cada dia ao se aproximar da Palavra do dia, ler com o coração e a mente aber-tos, para entender simplesmente aquilo que o texto diz. É o passo da leitura (Lectio). Em seguida, o leitor orante vai buscar com a sua inteligência aplicar o texto lido e compreendido à sua vida. Que trecho ou que versículo ou que pa-lavra mais me chamou a atenção? Por que Deus me provocou nesse versículo? O que este versículo ou palavra tem a dizer a MIM especi-ficamente? O que Deus está me falando hoje? Conversar com Ele, em oração sobre os sentimentos suscitados pela leitura. Perceber o que Deus fala ao coração. Agora não tanto pelo que foi lido, mas sobre o que se sente interiormen-te. É o “saborear” interiormente o Senhor num colóquio íntimo, de Amigo para amigo. Este é o passo da oração verdadeira (Oratio). Raramente, mas pode acontecer, o Senhor pode se dignar infundir sentimentos mais profundos e elevados ao orante, onde cessam as palavras e o raciocínio, e fica somente a contemplação do amor,

como que “curtindo” Deus. É o terceiro passo que, quando acon-tece, chama-se contemplação (Con-templatio). Termina-se o encontro com o Senhor agradecendo a sua bondade e amor para conosco. Se quiser, pode-se anotar o que ocorreu durante a oração. Isso é muito útil para quem tem um diretor espiri-tual. Esse mesmo método deve ser aplicado a quem proclama a Palavra. As leituras dominicais devem ser rezadas antes de ser proclamadas. Além disso, o leitor deve buscar a pronúncia correta de palavras que ainda não conhece, sentido de termos desconhecidos para ele, perguntar ao padre ou alguém que o possa orientar. Humildade sobre todas as coisas. Inclusive para se avaliar: Será que tenho perfil para

ser leitor? Tenho voz suficiente? Tenho boa pronúncia? E nunca desprezar as ocasiões de forma-ção oferecidas pelo pároco.

Por fim, consciente do seu papel de quem “empresta” sua voz ao Senhor que falará pesso-almente a cada um reunido em assembleia, o leitor chega bem antes para se ambientar ao espaço sagrado, acomodar seu ser, corpo e alma, pacificar sua mente para retomar uma última vez o texto a ser proclamado. Se estes passos forem seguidos, teremos uma

Liturgia da Palavra bem mais atra-ente, digna, e eficaz para que o alimento da Palavra de Deus possa ser distribuído com frutos.

Em seguida, falaremos das leitu-ras oferecidas na liturgia da Palavra.

Que Maria Santíssima, Senhora da Penha, Mãe do Verbo Encarna-do, nos auxilie sempre a ouvir , meditar no coração e viver tudo aquilo que Ele nos disser.

ATÍLIO MONTEIRO JÚNIORMinistro da Palavra e

do Batismo

Nos tempos atuais, com a rapidez da comunicação e interação social em que os indivíduos têm possibilidade de partilhar cada momento da vida, constatamos que o ano civil passa com muita velocidade. Assim também o Ano Litúrgico, se não cuidarmos, vai passando sem que vivenciemos todos os ensinamentos que ele traz e que aproveitemos a oportunidade de crescimento espiritual, na par-ticipação no mistério da Palavra e de cada momento da vida de Cristo. Passado o período de Natal e Ano Novo, já estamos nos abeirando do tempo quaresmal. Como diz o “Anuncio das Festas Móveis”: “Nos ritmos e nas vicis-situdes do tempo, recordamos e vivemos o mistério da Salvação”. Cada etapa do Ano Litúrgico nos apresenta uma série importante de reflexões e conhecimentos que muito nos ajudam na nossa vida cristã. “Ele constitui um itinerário privilegiado para aprofundamento nos principais mistérios da religião cristã, no conhecimento e medi-tação da Palavra de Deus, e na vivência da fé” (Irmão Nery, FSC, in PÁSCOA: Teologia, Tradição, Símbolos, pág. 13).

O tempo da Quaresma é, especialmente, muito rico nos ensinamentos bíblicos e espiri-tuais para todos nós. No período de quarenta dias (daí o nome quaresma), a iniciar-se na 4ª

Feira de Cinzas (este ano a 26 de fevereiro) vai até o início do Trí-duo Pascal, ou seja, 5ª Feira Santa. É, pois, um longo período em preparação à solene celebração da Páscoa do Senhor. Os 40 dias quaresmais não são aleatórios uma vez que nos transmitem um grande significa-do, como vemos em toda história bíblica: os 40 dias do dilúvio, a caminhada de 40 anos do povo hebreu pelo deserto, os 40 dias e 40 noites de jejum de Cristo no deserto, para citar alguns exemplos.

A Igreja nos ensina e estimu-la, nesse período, à prática da conversão, da oração, do jejum e da esmola. A cor predominante em todas as celebrações é a roxa, assim como a moderação no toque dos sinos e acompanhamentos musicais. Omitem-se também o canto do Aleluia e do Glória nas celebrações.

Entretanto esses sinais exter-nos não devem ser entendidos como manifestação de tristeza e abatimento, mas de recolhimento e forte preparação penitencial para a Páscoa. O profeta Isaias nos indica o verdadeiro sentido da penitência: “O jejum que eu que-ro é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do

jugo, por em liberdade os opri-midos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente” (Is 58,6-7).

É, ainda, neste sentido que a Igreja, no Brasil, nos estimula à prática do amor, por meio da Campanha da Fraternidade, buscando a caridade que liberta, a caridade político-libertadora que além de ser assistencial procura a promoção de cada ser humano.

Vamos estar atentos para que a Quaresma nos possa conduzir nessa trilha preparatória para a PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO, seguindo a palavra orientadora da Igreja e as mensagens que a liturgia nos apresenta.

IDEOVALDO R. ALMEIDAPastoral da Comunicação

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20208FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

FESTA DA APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO E PURIFICAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA

O CELIBATO SACERDOTAL, SEGUNDO O CONCÍLIO

No dia 02 de Fevereiro, a Igreja Católica comemora a Festa da Apresentação de Jesus no templo. Neste dia, quase que são dadas as boas-vindas a Cristo que nasceu no Natal, exaltado como rei da Igreja e das nações. Também é a festa da purificação de Maria Santíssima, como fez seu próprio povo na época: “Ó Sião, enfeita teu quarto nupcial e dá boas-vindas a Cristo Rei; abraça a Maria, porque ela é a verdadeira porta do céu e traz o glorioso Rei da luz nova”. Nesse dia também é dada a benção das velas; sinal do Menino proclamado como “Luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo Israel (Lc 2,32)”.

A antiga lei de Moises (leis mosaicas*) dizia que o primo-gênito de uma família, quando nascesse, havia que ser apre-sentado no templo para a cir-cuncisão, sendo também forma da purificação das mães após o parto. As mulheres, durante

esse tempo, não podiam tocar em nada que fosse sagrado e a apresentação servia como uma forma de redenção da mulher, após quarenta dias do nascimen-to das crianças.

Mesmo Nossa Senhora sendo Imaculada e concebendo sem a mancha do pecado original, não deixou de exercer a virtude da obe-diência, o que fez, inclusive, com que Maria e José ofertassem seu Fi-lho para a obra de Jesus no mundo. Nossa Senhora renunciava a tudo por amor e também a toda preten-são sobre o menino; oferecendo-o à vontade do Pai, cumprindo assim a própria lei. São Bernardo expres-sou muito bem isto: “Oferece teu filho, santa Virgem, e apresenta ao Senhor o fruto bendito de teu ventre. Oferece, para reconciliação de todos nós, a santa Vítima que é agradável a Deus”.

A reforma litúrgica de 1960 deu um sentido ainda maior a esta festa. No Calendário antigo

era dado somente o nome da festa da Purificação de Maria. Após o Concilio Vaticano II, passou-se a valorizar ainda mais o sentido da “apresentação”, sendo a oferta de Jesus ao Pai, para que seu destino se cumprisse, marcando em consequência a aceitação por parte do sim de sua mãe e de sua humilde submissão. É importante compreender que a solenidade não modificou ou inferiorizou a Virgem Santíssima, mas teve um caráter ainda mais acentuado, sen-do comemorada a purificação e a apresentação concomitantemente. Nossa Senhora sempre esteve pres-tes ao serviço integro à vontade do alto, sendo dócil a tudo que o Pai a pedia. Comemorar em um único dia a festa mostra o quão Maria estava unida a Trindade Santa. A Igreja também recorda nesse dia a devoção a Nossa Senhora da Can-delária ou Nossa Senhora da Luz.

A benção das velas é uma devoção antiga, apresentando

a vela como a luz de Cristo no mundo. A benção é um significa-do de transmissão do projeto de salvação que o Mestre deixou na terra e passou para as gerações, fazendo um apelo para que seja-mos sal da terra e luz do mundo. “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situ-ada sobre uma montanha. Nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,14-16).

Possamos, então, recordar que Cristo é o Rei das Nações, se fez homem, habitou entre nós através do sim de sua mãe, foi humilde até o fim e amou o mundo de tal maneira que se entregou na Cruz pelos nossos pecados. Jesus nos deixou uma

missão e, como filhos amados, é preciso ouvi-lo e por em prática seus ensinamentos. Assim, sere-mos obedientes e servos daquele que nos amou por primeiro e não buscou as honras da terra, apenas se entregou para nossa salvação, sem buscar nada em troca. Ele esteve ao lado dos pobres, dos necessitados, dos doentes e dos pe-queninos, para libertá-los do julgo do pecado e para santificá-los. O próprio Mestre já nos deixava essa reflexão: “Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,50)”. Que tenhamos o coração aberto para segui-Lo.

NEYLANA CANDIDO de OLIVEIRA

PASCOM

O Decreto conciliar Pres-byterorum Ordinis fala do “dom precioso do celibato sacerdotal” e afirma que não é exigido “pela própria natureza do sacerdócio”.

Com o tema do celibato no-vamente em debate na mídia, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, reafirmou a posição do Papa Francisco a respeito, recordan-do numa nota uma frase de São Paulo VI repetida pelo Pontífice no voo de regresso do Panamá: “Prefiro dar a vida antes que mudar a lei do celibato”.

Um dom, não um dogma: No debate, foi recordada tam-bém a posição do Concílio Vati-cano II a propósito. O Decreto conciliare Presbyterorum Ordi-nis sobre o ministério e a vida sacerdotal, promulgado por São Paulo VI em 7 de dezembro de 1965, afirma: “A continên-cia perfeita e perpétua por amor do reino dos céus (...) foi sempre tida em grande estima pela Igreja, especialmente na vida sacerdotal. É na verdade

sinal e estímulo da caridade pastoral e fonte singular de fe-cundidade espiritual no mundo (34). De si, não é exigida pela própria natureza do sacerdócio, como se deixa ver pela prática da Igreja primitiva (35) e pela tradição das Igrejas orientais, onde, além daqueles que, com todos os Bispos, escolhem, pelo dom da graça, a observância do celibato, existem meritíssimos presbíteros casados. Recomen-dando o celibato eclesiástico, este sagrado Concílio de forma nenhuma deseja mudar a disci-plina contrária, legitimamente vigente nas Igrejas orientais, e exorta amorosamente a todos os que receberam o presbiterado já no matrimónio, a que, perse-verando na sua santa vocação, continuem a dispensar generosa e plenamente a sua vida pelo rebanho que lhes foi confiado”.

Mais livres para servir a Deus e aos irmãos: O celibato - observa o Decreto - “harmo-niza-se por muitos títulos com o sacerdócio. Na verdade, toda a missão sacerdotal se dedica

totalmente ao serviço da huma-nidade nova, que Cristo, vence-dor da morte, suscita no mundo pelo seu Espírito”. Graças ao celibato, os presbíteros aderem a Deus mais facilmente “com um coração indiviso” e “mais livremente se dedicam ao servi-ço de Deus e dos homens, com mais facilidade servem o seu reino e a obra da regeneração sobrenatural, e tornam-se mais aptos para receberem, de forma mais ampla, a paternidade em Cristo”. “Deste modo, manifes-tam ainda aos homens que de-sejam dedicar-se indivisamente ao múnus que lhes foi confiado, isto é, de desposar os fiéis com um só esposo”, que é Cristo, e “tornam-se sinal vivo do mundo futuro, já presente pela fé e pela caridade, em que os filhos da ressurreição não se casam nem se dão em casamento”.

Uma legislação confirmada pela Igreja latina: “Por todas estas razões” - prossegue o Decreto conciliar – “o celibato, que a princípio era apenas reco-mendado aos sacerdotes, depois

foi imposto por lei na Igreja latina a todos aqueles que de-viam ser promovidos às Ordens sacras. Este sagrado Concílio aprova e confirma novamente esta legislação no que respeita àqueles que se destinam ao presbiterado”.

A graça da fidelidade: O Concilio exorta “ainda a todos os presbíteros que aceitaram livremente o santo celibato confiados na graça de Deus segundo o exemplo de Cristo, a que aderindo a ele de cora-ção magnânimo e com toda a alma, e perseverando neste estado fielmente, reconheçam tão insigne dom, que lhes foi dado pelo Pai e tão clara-mente é exaltado pelo Senhor (42), tendo diante dos olhos os grandes mistérios que nele são significados e nele se rea-lizam. Quanto mais, porém, a perfeita continência é tida por impossível por tantos homens no mundo de hoje, tanto mais humildemente e persistente-mente peçam os presbíteros em união com a Igreja a graça

da fidelidade, que nunca é negada aos que a suplicam, empregando ao mesmo tem-po os auxílios sobrenaturais e naturais, que estão à mão de todos. Sobretudo não deixem de seguir as normas ascéticas, aprovadas pela experiência da Igreja e não menos necessárias no mundo de hoje”.

Ter a peito o dom do celiba-to: O Decreto conclui assim o capítulo dedicado ao celibato: “Este sagrado Concílio pede não somente aos sacerdotes, mas também a todos os fiéis, que tenham a peito este dom precioso do celibato sacerdotal e supliquem a Deus que o con-fira sempre abundantemente à Sua Igreja”.

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/

news/2020-01/celibato-sa-cerdotal-segundo-concilio.

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O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2020 9PUBLICIDADES

“PILATOS USOU UMA BACIA PARA LAVAR AS MÃOS, PORÉM JESUS USOU UMA BACIA PARA LAVAR OS PÉS DOS DISCÍPULOS.”

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 202010FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

O BÁLSAMO DO AMOR

S. BattistuzzoCompra e Venda

Locação e AdministraçãoPABX

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Rua Dr. Almeida Nogueira, nº 260 Penha - CEP:03634-050(Esquina com a Rua Betari atrás do Shopping Penha)

“O OLHAR DA COMPAIXÃO PODE FECUNDAR O BEM NO CORAÇÃO HUMANO E CONFERIR UM VERDADEIRO SENTIDO À VIDA.”

Caríssimos filhos e filhas de nossa Paróquia/Santuário Basílica de Nossa senhora da Penha, queridos leitores des-te jornal; estamos chegando ao fim da estrada que trilha-mos na reflexão sobre os 7 Sacramentos. Hoje queremos meditar sobre o da Unção dos Enfermos, que junto com a Penitência, forma os Sacra-mentos da Cura.

Ao pensar sobre esse Sinal visível da Graça de Deus, logo salta aos nossos olhos a triste e dura realidade da dor huma-na; “O sofrimento, de fato, é sempre uma provação – por vezes, uma provação muito dura – à qual a humanidade é submetida” (Papa João Paulo II, Carta Apostólica sobre o sentido cristão do sofrimento humano).

Como bem atestou o Sumo

pontífice, citado acima, o so-frimento humano é algo muito amplo e consequentemente complexo; “o homem sofre de diversas maneiras, que nem sempre são consideradas pela medicina, nem sequer pelos ramos mais avançados” (Idem); por isso, os irmãos doentes precisam ser visita-dos, acolhidos e amados nas suas dores e debilidades: “A Igreja que nasce do mistério da Redenção na Cruz de Cris-to, tem o dever de procurar o encontro com o homem, de modo particular no caminho do seu sofrimento” (Idem).

O próprio Jesus, quando passou entre nós fazendo o bem, acolheu, amou e curou os enfermos, e ainda hoje continua a realiza-lo: “A saúde que Jesus promove não con-siste somente numa melhoria

física. Sua ação vai além do simples fato de fazer retroce-der uma enfermidade ou de eliminar um problema orgâ-nico. A saúde que Ele suscita não é fruto de um tratamento médico destinado a eliminar uma enfermidade, mas trata-se de uma cura mais profunda e total. Jesus liberta os enfermos de sua solidão e de seu isola-mento interior, sua fé num Deus amigo da vida contagia a todos; faz despertar neles a confiança no Pai; perdoa seus pecados” (Pagola. É bom crer em Jesus).

Assim, a Igreja segue o que lhe foi confiado pelo Apóstolo Tiago: “Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; e se

tiver cometido pecados, estes lhe serão per-doados” (Tg 5, 14-15).

Destarte, o Sacramento da Unção dos enfermos é um verdadei-ro bálsamo do Amor de Deus na vida, na alma e no corpo dos enfermos, pois tal Sacra-mento aproxima nossas dores e sofrimentos no mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. É a última das unções e graças que acompanham toda vida cristã: a do Batismo, que nos deu a nova vida; a da Confir-mação, que nos fortificou para o combate desta vida; e esta última Unção fortalece o fim de nossa vida terrestre para enfrentar as duras lutas antes da entrada na casa do Pai.

Vale lembrar que a Un-ção dos Enfermos não é uma sentença de morte para o enfermo, mas o encontro do Coração Bondoso de Deus e a fragilidade do Homem. Tam-bém não se pode banalizar o Sacramento, usando-o como um ‘paliativo’ para qualquer problema. Como nos lembra o código de direito canônico: “A unção dos enfermos pode ser administrada ao fiel que, tendo atingindo o uso da razão

(7 anos), começa a estar em perigo por motivo de doença ou velhice” (Can. 1004).

Por fim, esse Bálsamo Divino também combate a pior de to-das as doenças que é o pecado, pois “este Sacramento propor-ciona, em caso de necessidade, o perdão dos pecados e a con-sumação da penitencia cristã” (Introdução ao Sacramento da Unção dos Enfermos).

Termino essa reflexão com as palavras do Santo Padre, o Papa Francisco: “O sacerdote e aqueles que estão presentes representam toda a comuni-dade cristã, que ao redor do enfermo, alimentam nele e em sua família a fé e a esperança, amparando-os com a oração e o calor fraterno. Na Unção dos enfermos, Jesus nos mostra que pertencemos a Ele e que nem a doença, nem a morte poderão nos separar Dele”.

Pe. DIEGO NASCIMENTO Vigário Paroquial

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O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2020 11FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

SÃO CIRILO E SÃO METÓDIO: Rogai por nós!

GRUPOS DE RUAEm Eclesiástico 6,5-17 po-

demos encontrar uma das mais famosas descrições bíblicas da amizade no antigo testamento: “Sejam numerosas as tuas rela-ções, mas os teus conselheiros, um entre mil”. A Bíblia possui outros sentidos mais profundos que apontam à plenitude da revelação que é Jesus, que chamou os seus discípulos de amigos e deu o exemplo com a sua vida de como se encarna uma autêntica amizade.

Em Eclesiástico 6,6 temos a seguinte passagem: “Se queres um amigo, adquire-o pela prova e não te apresses

No dia 14 de fevereiro, a Igreja Católica Apostólica Romana celebra a memória de São Cirilo e de São Metódio, declarados pelo Papa João Paulo II, em 1980, como “Patronos da Europa”. Eu a ouvi na aula de História da Igreja Medieval, da professora mestre Maria Angélica Franco Moreira, no dia 9 de setembro de 2016, e me encantei pela coragem de ambos. Pouca gente conhece a história bonita e exemplar destes dois irmãos. Por isso, neste mês em que celebramos a memória deles, decidi contá-la.

Cirilo, nascido aproxima-damente em 827, chamava-se Constantino, mudando seu nome antes de sua morte. Metódio, por sua vez, estima-se que nasceu em 825, vindo a falecer em 885. Eram irmãos, filhos de um governador do Império Romano Oriental, o que significava que tinham condi-ções de estudar. Ambos nasceram em Tessalônica, cidade que ficava situada ao norte da Grécia e que tinha uma língua própria, chama-da eslavo. Os irmãos, portanto, falavam dois idiomas: além do eslavo, conheciam bem o grego, língua oficial. Com o falecimento de seu pai em 841, os irmãos foram para Constantinopla, a fim de continuar os estudos. Na Academia Imperial, tornaram-se amigos de Fócio, um dos maiores intelectuais da época que, de-pois, foi eleito patriarca da Igreja de Constantinopla.

Metódio decidiu seguir a car-reira do pai e se tornou governa-dor de uma região chamada Ma-

cedônia. Constantino permaneceu nos seus estudos e, ao conclui-los, tornou-se professor, o que o fez ainda mais próximo de Fócio. Metódio, porém, no decorrer dos anos, desencantou-se com o fardo de ser funcionário imperial e deci-diu entrar para o mosteiro, onde, depois, tornou-se abade.

Em 858, Fócio foi eleito pa-triarca de Constantinopla. Em 860, pediu aos irmãos que fizessem uma embaixada político-religiosa para, na verdade, fazer uma espécie de “propaganda” do Império nas áreas ainda não dominadas (ainda não era, aqui, com o intuito mis-sionário). Os dois irmãos foram para Crimeia, onde moravam os cásaros. Ali, Constantino e Metódio descobriram que aquele povo tinha consigo os ossos de Clemente, um dos primeiros bispos da igreja de Roma. Imediatamente, recolheram as relíquias e levaram-nas para Constantinopla.

Em 862, porém, Fócio quis aproveitar melhor dos irmãos. Por isso, enviou-os como missionários para Morávia – onde hoje está a República Tcheca -, na qual mo-rava um povo chamado eslavo. A escolha se deu, inclusive, pelo fato de os irmãos conhecerem bem o idioma. Chegando ao local, Constantino e Metódio constata-ram que o povo tinha uma língua, mas não uma escrita. Povo sem escrita é sinônimo da impossibi-lidade da registrar a sua história! Os irmãos, então, segundo consta, teriam criado uma escrita, a qual chamaram de glagolítica. Depois de codificá-la, ambos também

decidiram traduzir alguns livros da Escritura e litúrgicos para essa escrita. Além disso, naquele tempo só se rezava missa em hebraico, grego ou latim – logo, o povo es-lavo nada entendia. Constantino e Metódio decidiram celebrar a liturgia na língua eslava, já no século IX. Esse fato é marcante, se pensarmos que a celebração na língua de cada povo só foi sancio-nada no século XX, com o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965).

No entanto, alguns missio-nários latinos, de outras regiões próximas, denunciaram o fato ao bispo de Roma (=Papa). Em 867, ambos foram convocados para Roma, tendo chegado somente em 869, onde estava o Papa Adriano II (867-872). Os irmãos levaram de presente ao bispo de Roma as relíquias que haviam encontrado de São Clemente e, no fim, após explicar o trabalho de evange-lização que faziam no local e a realidade que ali encontraram, tiveram o consentimento do Papa para prosseguir com a sua missão.

Constantino teria ficado do-ente em Roma e decidido entrar para a vida religiosa, quando seu nome passou a ser Cirilo, em 869. Conta-se que, ao se revestir das vestes da cerimônia, disse: “A partir de agora, já não sou servo nem do imperador nem de homem algum na terra, mas uni-camente do Deus todo-poderoso. Eu não existia, mas agora existo e existirei para sempre. Amém”. 50 dias depois, no dia 14 de fe-vereiro daquele mesmo ano, com 42 anos de idade, Cirilo faleceu.

O Sumo Pontífice ordenou que todos os gregos que estavam em Roma, juntamente aos romanos, se reunissem junto de seu corpo com velas acesas e cantando; e que suas exéquias fossem cele-bradas do mesmo modo como se celebram as do próprio Papa. E assim foi feito. Antes de morrer, Cirilo rezava:

“Senhor meu Deus, que crias-tes todos os anjos e os espíritos incorpóreos, estendestes o céu, fixastes a terra e formastes do nada todas as coisas que existem; vós que sempre ouvis aqueles que fazem vossa vontade, vos temem e observam vossos pre-ceitos, atendei a minha oração e conservai na fidelidade o vosso rebanho, a cuja frente me colo-castes, apesar de incompetente e indigno servo. Livrai-o da malícia ímpia e pagã dos que blasfemam contra vós; fazei crescer a vossa Igreja e a todos reuni na unidade. Tornai o povo perfeito, concorde na verdadeira fé e no reto teste-munho; inspirai aos seus corações a palavra da vossa doutrina; por-que é dom que vem de vós ter-nos escolhido para pregar o Evangelho de vosso Cristo, encorajando-nos a praticar as boas obras e a fazer o que é de vosso agrado. Aqueles que me destes, a vós entrego, por-que são vossos; governai-os com vossa mão poderosa e protegei-os à sombra de vossas asas, para que todos louvem e glorifiquem o vosso nome, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém”.

Metódio, com a morte do irmão, retornou a Morávia. Ao

chegar, fez uma nova mudança no código da língua e a denominou escrita cirílica, em homenagem ao irmão. Até hoje, essa escrita é usada na Sérvia, na Bulgária, na Ucrânia e na Rússia. Conta-se que Metódio sofreu muito por causa de pessoas invejosas, mas sempre teve o apoio dos Pontífices Romanos.

Ambos são venerados na Igreja Católica no dia 14 de fevereiro; na Igreja Ortodoxa, no dia 11 de maio. Os irmãos foram declarados pela Igreja como “apóstolos dos eslavos” e, em 1980, o Papa João Paulo II os proclamou, com São Bento, patronos da Europa. Cirilo e Metódio são altamente respeitados não só pela sua vida, mas principal-mente pela sua árdua contribuição à cultura daqueles povos.

São Cirilo e São Metódio, rogai por nós e ajudai-nos a sermos fiéis ao Evangelho!

Pe. TIAGO COSMO da S. DIASVigário Paroquial e Coorde-nador Diocesano da PASCOM

em nele confiar”. Através desta meditação podemos concluir que é preciso estar atento para não escutar conselhos de quem não deve dar. “Amigo fiel é poderoso refúgio, quem o descobriu, des-cobriu um tesouro”. A Palavra de Deus parece sugerir que um bom amigo precisa ser provado, assim como o ouro se prova no crisol.

É preciso ser desconfiado? Talvez a melhor palavra seja que é preciso ser prudente. Não se deixar enganar facilmente pelas aparências. Uma vez provado, de verdade, um amigo que se mostra fiel, é realmente um porto seguro, onde podemos

descansar das lutas da vida, compartilhar o peso que esta-mos carregando e as alegrias que vamos vivendo. É um tesou-ro, e muito raro.

Não sou jovem, mas fiquei realmente satisfeita e como-vida com a definição que aqui foi dada de amizade e de quem devemos escolher como amigos. Isto nos leva a refletir também na questão de sermos nós mes-mos melhores amigos dos nossos amigos. Seguros e inspirados sempre em Cristo Jesus, nosso maior e principal amigo; um amigo que doa sua vida em favor da nossa, fiel até a morte

e morte de cruz. Que grande amigo é Jesus!

Quero aproveitar a oportu-nidade para agradecer, como também minha mãe a nonna Ma-ddalena, das orações feitas pe-los padres de nossa Igreja e pela Comunidade amiga, em razão da cirurgia realizada em 05/12 que ocorreu positivamente. Somos

também muito gratas à nossa mãe querida Nossa Senhora da Penha que sempre nos ampara e nos carrega em seus braços como carrega seu Filho Jesus.

MARILENA ALFANO TEIXEIRA LIMA

Coordenadora dos Grupos de Rua da Basílica

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 202012PUBLICIDADES

“A BACIA DE PILATOS É A DA INDIFERENÇA À DOR DO OUTRO. A DE JESUS É SINAL DE CUIDADO E COMPROMISSO COM O SERVIÇO.”

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O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2020 13

POR QUE ESTUDAR A RELIGIÃO?

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

Há algum tempo li o artigo abaixo, cujo teor entendo seja bastante oportuno conhecer-se, face à displicência com que mui-tos católicos mantêm face ao estudo da nossa Santa Doutrina.

“Religião é o conjunto dos deveres do homem para com Deus”. O homem deve a seu Criador a homenagem de suas diversas faculdades. Deve em-pregar sua inteligência em conhecê-Lo, sua vontade em observar suas leis, seu coração e seu corpo em honrá-Lo com um culto conveniente. Tal é a razão íntima destes três elementos essenciais de toda Religião.

A Religião não é uma ciência puramente teórica. Não basta reconhecer a grandeza de Deus e os laços que nos unem a Ele. Deve haver, da parte do homem, uma homenagem real de adora-ção, de respeito e de amor para com Deus: esse é o culto.

Sem o culto público, Deus não recebe a devida honra, e os homens não compreendem a importância da Religião. Poderá o homem negar-Lhe as home-nagens públicas e solenes que rende a seus representantes na Terra? Não, o culto público é necessário.

As cerimônias dão aos ho-mens uma elevada ideia da majestade divina; estimulam e despertam a piedade debilitada ou adormecida, e simbolizam nossos deveres para com Deus e para com nossos semelhantes.

Para isso são necessários sacerdotes, isto é, presbíteros eleitos por Deus entre os homens para velar pelo exercício do cul-to. O sacerdote instrui, dirige, admoesta e preside os aconte-cimentos mais importantes da vida. É ele quem, em nome de todos, oferece o sacrifício, ato mais importante do culto.

Podeis passar sem Religião, como podeis passar sem Céu. Mas se não vais ao Céu, tendes que ir ao inferno, não há meio termo. Ao Céu vão os fiéis ser-vidores de Deus, e ao inferno os que se negam a servi-Lo. O serviço de Deus consiste na prática da Religião. Podeis pro-testar quanto vos apraza, mas não lograreis mudar os eternos decretos de Deus, vosso Criador e Senhor.

Assim como o homem deve

Os bispos católicos somam 5.524 no mundo. No Brasil, se-gundo dados sistematizados pelo setor de Organização de dados da Igreja no Brasil da Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), até dezembro de 2019 constavam 479 bispos vivos, sen-do 310 na ativa e 169 eméritos. Dos 310 bispos na ativa, 79 são arcebispos, 18 bispos prelados e 51 auxiliares. Administrado-res apostólicos e diocesanos, arcebispo Eparca e Arcieparca metropolitano somam juntos 16.

Dos bispos do Brasil, até 31 de dezembro, segundo levan-tamento feito pelo professor Fernando Altemeyer Júnior, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 32 foram nomea-dos por São Paulo VI, 216 bispos nomeados por São João Paulo II, 125 nomeados durante o ponti-ficado do Papa Bento XVI, hoje Papa emérito, e 105 nomeados pelo atual Papa Francisco.

O sênior no episcopado é, em idade, dom Aldo Mongiano, emé-rito da diocese de Roraima, com 100 anos. Ele nasceu em 1º de novembro de 1919. Em tempo de ordenação presbiteral, dom

a Deus uma porção de espaço, que Lhe consagra edificando templos, também Lhe deve uma porção do seu tempo, que Lhe dá consagrando ao culto alguns dias de festa. Se não houvesse domingo, o homem olvidaria que há um Céu eterno que de-vemos alcançar, uma alma que devemos salvar, um inferno que devemos evitar...

O domingo traz coordenadas, outras vantagens:

1) É necessário para o corpo humano, porque sem um dia de repouso por semana este se abateria logo.

2) É necessário para a famí-lia, cujos membros não podem reunir-se mais que esse dia para gozar as vantagens e as doçuras da vida.

3) É necessário à felicidade social, porque a Igreja é a úni-ca escola da fraternidade, da concórdia e da união de classes.

Conclusão: A Religião é boa e necessária para todos. Ela nos ensina a conhecer, amar e servir a Deus, que é o Deus de todos. Ela assegura a salvação de nossa alma, que é o objetivo de todos. Ela nos conduz ao Céu, que é a pátria de todos. E posto que no universo criado para o gênero humano o homem ocupa sempre o primeiro lugar, deve ele ser também o primeiro na prática da Religião.

FONTE: Tradução de tre-chos do livro La Religión

Demostrada, do Padre P.A. Hillaire,

Editorial Difusión, Buenos Aires, 8ª edição, 1956, in CATOLICISMO- janeiro 2010

RALPH ROSÁRIO SOLIMEO

DESTAQUE: Dados Atualizados Sobre a Igreja no Brasil

Aldo também tem mais tempo com 76 anos. Sua ordenação foi em 3 de junho de 1943. O que tem mais tempo de ordenação episcopal é dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto, com 53 anos, emérito de Curitiba (PA).

Já os mais novos no episco-pado são, em idade, dom Val-demir Vicente Andrade Santos, bispo auxiliar de Fortaleza (CE), com 46 anos. Ele nasceu em 5 de janeiro de 1973. O mais novo em ordenação presbiteral é dom Walter Jorge Pinto, bispo de União da Vitória (PR). Ele foi consagrado sacerdote em 1º de junho de 2002, tem, portanto, 17 anos como padre. Em orde-nação episcopal, o mais recente é dom Dilmo Franco de Campos, cuja ordenação estava marcada para 25 de janeiro de 2020. Ele será bispo auxiliar da diocese de Anápolis (GO).

Circunscrições Eclesiásticas no Brasil: A Igreja no Brasil termina 2019 com 278 circuns-crições eclesiásticas, sendo 217 dioceses, 45 arquidioceses, 3 eparquias, 8 prelazias, 1 exar-cado, 1 ordinariado para os fiéis de Rito Oriental sem ordinário

próprio, 1 ordinariado Militar, 1 administração apostólica pesso-al e 1 arquieparquia.

Dioceses vacantes no Brasil: 2019 terminou com nove dioce-ses brasileiras vacantes:

•Diocese de Barreiras (BA), va-cante desde 9 de outubro de 2019.

•Diocese de Erexim (RS), vacante desde 26 de junho de 2019.

•Arquidiocese de Maringá (PR), vacante desde 20 de no-vembro de 2019.

•Diocese de Cachoeira do Itapemirim (ES), vacante desde 7 de novembro de 2018.

•Diocese de Jequié (BA), vacante desde 10 de julho de 2019.

•Diocese de Rubiataba-Mo-zarlândia (GO), vacante desde 27 de fevereiro de 2019.

•Diocese de Ji-Paraná (RO), vacante desde 5 de junho de 2019.

•Diocese de Lorena (SP), va-cante desde 15 de maio de 2019.

•Diocese de Uruaçu (GO), vacante desde 14 de novembro de 2018.

FONTE: CNBB (13/01/2020)

SASP – Serviço Social da Penha“DEUS é o nosso reforço

e a nossa fortaleza, auxílio presente na adversidade.” (Salmo 46,1)

Estamos começando uma nova caminhada, quando precisamos manter Deus em nosso coração para ter muita força no nosso compromisso. Ao mesmo tempo, sintamos gratidão por termos a opor-tunidade de retomar nossas atividades. Somos todos os voluntários, imbuídos da mis-são nada fácil, e ao mesmo tempo tão sublime: trabalhar em favor de nossos irmãos em situação de rua, não só com alimentação, mas com evan-gelização e com carinhosa recepção. Por isso, nossa gra-tidão a Deus por nos dar essa oportunidade, compreender tudo o que nos acontece. Gratidão é agradecer pelos

momentos difíceis e colo-car sempre um sorriso nos lábios. Gratidão é colocar Jesus em nossa vida, é união com nossos irmãos. Lembrar que nada acon-tece por acaso e colocar um amor sincero em tudo que fazemos. Gratidão é reconhecimento ao Pai pela vida maravilhosa que nos deu. Gratidão é verdade e principalmente humildade em reconhecermos que sozinhos não teremos o verdadeiro crescimento e aprendizado da vida. Gratidão é reconhecer a presença do poder e da vontade de Deus atuando em tudo. Que todos recomecem sua jornada com muita fé, esperança, fortes na vontade divina e agradecendo todos os momentos, bons ou ruins, para que possamos cres-

cer, cada um naquilo que nos foi confiado.

“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo seu entendimento e ame o seu próximo como a si mesmo.” (Lucas 10,27)

SOLEIMAR MARIA ROSSI

Equipe do SASP

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 202014PUBLICIDADES

“FECHAR OS OLHOS AO PRÓXIMO NOS TORNA CEGOS DIANTE DE DEUS: HÁ MAIS FELICIDADE EM DAR DO QUE EM RECEBER.”

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O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2020 15PUBLICIDADES

“A IGREJA E OS CRISTÃOS SÃO CONVIDADOS A CULTIVAR NA ORAÇÃO E NA FRATERNIDADE UMA ESPERANÇA PARA O PRÓXIMO.”

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 202016FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

PARA VOCÊ LEMBRAR!

CONFISSÕES INDIVIDUAIS

MISSAS NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:2ª feira às 15:00 h, no Ossário.4ª feira às 15:00 h (Novena Perpétua) 6ª feira às 15:00 h. (Pelos Enfermos)DOMINGO às 07:30 h, 10:30 h e 19:00 h.MISSA DO DIA 08: Missa de Nossa Senhora da Penha na Basílica às 07:30 h; 15:00 h e 19:30 h.MISSAS NO SANTUÁRIO EUCARÍSTICO:3ª a 6ª feira às 07:15 h e 17:00 h.Sábado às 07:15 h e 16:00 h.DOMINGO às 9:30 h.

MISSAS NA IGREJA DO ROSÁRIO: 2ª feira às 11:00 h.CELEBRAÇÃO DA PALAVRA NA IGREJA DO ROSÁRIO:Todo primeiro domingo do mês às 10:00 hMISSA NA CAPELA DO CLUBE ESP.DA PENHA:2° e 4° Domingo do Mês às 09:00 h.MISSAS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORADE FÁTIMA: Todos os Domingos às 9h00.(*) Todos os dias 13 do mês às 20h00 (exceto no domingo)

GRUPO DE ORAÇÃO – MISERICÓRDIA DIVINA:6ª feira às 19h30 (exceto a segunda sexta do mês) na Igreja do RosárioGRUPO DE ORAÇÃO – RENOVADOS PELO ESPÍRITO:Sábado às 19:30 h na Igreja do Rosário.CATEQUESE: Sábado das 09:00 h às 11:00 h.

TERÇO DOS HOMENS: 5ª feira as 19:00 h, na Capela do Santíssimo da BasílicaBATIZADOS e CASAMENTOS: Marcar de 2ª à 6ª feira das 08:30 h às 11:30 h e das 14:00 h às 17:00 h e Sábado das 08:30 h às 11:30 h e das 14:00 h às 15:30 h na secretaria da Basílica.

SANTUÁRIO EUCARÍSTICO DIOCESANO:Terça à Sexta: das 09:00 h às 11:00 h e das 15:00 h às 16:00 h

Sábado: das 09:00 h às 11:00 h.BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:

Sexta: das 16:00 h às 17:30 h. - Sábado: das 9:00 às 11:00 e das 14:00 h às 15:00 h.

NOTAS!O SANTÍSSIMO SACRAMENTOFica exposto durante o dia (exceto às 2ª feiras) no Santuário Eucarístico Diocesano (Igreja Velha da Penha).

VISITA AOS DOENTES:Para receber a visita do Padre ou de Ministros (as) para comunhão, necessário agendar na livraria ou na secretaria (deixando: en-dereço, telefone e horários mais

convenientes).

CAMPANHA DOS ALIMENTOS PARA AS

FAMÍLIAS CARENTES:Trazer como ofertório

nas missas do dia 08 de cada mês, na Basílica.

SECRETARIA DA BASÍLICASegunda à Sexta-Feira das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 17:30 h

Sábado das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 16:00h. A secretaria está fechada aos Domingos e Feriados

Dízimo do mês de Janeiro 2020 R$ 8.020,25

PASTORAL DO DÍZIMO

ÓRGÃO INFORMATIVO E FORMATIVO DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA PADROEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO DIOCESE DE SÃO MIGUEL PAULISTA | RUA SANTO AFONSO, 199 – FONES: 2295-4462 – SÃO PAULO.

Site: www.basilicadapenha.com.br / e-mail: [email protected]://facebook.com/basilicansradapenhasp

• DIRETOR:Pe. Edilson de Souza Silva •EDITOR:Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias• JORNALISTARESPONSÁVEL: Ricardo Bigi - Mtb 39.450 •DIGITAÇÃOeMONTAGEM: Roberto A. de Oliveira •REVISÃO:Eduardo Mazzocatto •RELAÇÕESPÚBLICAS/COMERCIAIS:Elvis R. Bertola e Roberto A. de Oliveira •ASSINATURAS:José Pinfildi Filho •COLABORADORES:Pe. Edilson de Souza Silva, Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias, Pe. Diego Nascimento Silva, Atílio Monteiro Junior, Ideo-valdo Ribeiro de Almeida, Leonardo C. de Almeida, Marilena A. T. Lima, Neylana Cândido de Oliveira, Heraldo Martins Silva, Ralph Rosário Solimeo, Roberto A. de Oliveira e Soleimar M. Rossi e Arnaldo Augusto Ribeiro. •ILUSTRAÇÕESeFOTOS:: Pascom, Inventy Soluções Criativas, site da Diocese de São Miguel Paulista, (Pascom Diocesana).•MURAL:Juliana A. Pinfildi •SITEeFACEBOOK:Emerson Pinfildi, Lécia Braz Bittencourt e João “Vatapᔕ TIRAGEM:3.000 exemplares• EDITORAÇÃOELETRÔNICA:José Hildegardo – Fone: (88) 99974-9086• FOTOLITOeIMPRESSÃO: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. – Fone: (11) 4615-4680Asmatériasassinadassãodetotalresponsabilidadedeseusautores.

02/fev Celebração do Batis-mo às 09h00, na Basílica.02/fev Encontro de Espiritua-lidade e Confraternização das 14h00 às 17h00, no Salão de Festas da Basílica03/fev Retorno das atividades do SASP.06/fev Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.08/fev Missas em louvor à Nossa Senhora da Penha às 07h30; 15h00 e 19h30, na Basílica.08/fev Reinício da Cate-quese para o ano letivo de 2019/2020.08/fev Preparação para pais e padrinhos do Batismo às 18h00, no Salão Paroquial da Basílica.11/fev Missas de Nossa Se-nhora de Lourdes e bênção dos enfermos às 15h00, na Basílica.11/fev Reunião do Conselho para Assuntos Econômicos às 20h00 na Basílica.13/fev Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.14/fev Reunião com todas as Pastorais sobre a Festa da Penha às 20h00, no Salão Pa-roquial da Basílica.16/fev Celebração do Batis-mo às 09h00, na Basílica.16/fev Encontro dos Coorde-nadores Paroquiais de Ministros às 15h00, no Salão Pe. Aleixo da Catedral de São Miguel.16/fev Formação para Equipe de Acolhida às 16h00, no Salão Paroquial da Basílica.17/fev Formação para Equipe de Noivos às 19h30, no Salão Paroquial da Basílica.18/fev Reunião com todos os que atuam em obras sociais na Paróquia, às 09h30 no Salão Paroquial da Basílica (SASP; MISSÃO BELÉM; MISSÃO VOZ DOS POBRES; EUCARISTÒS;

SANTUÁRIO EUCARÍSTICO; N. SRA. DO ROSÁRIO e COM. N. SRA. DE FÁTIMA).20/fev Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.22/fev Vigília da Canção Nova a partir das 21h00, na Basílica.26/fev Missas de Cinzas - Dia de jejum e abstinência - Missas às 08h00; 15h00 e 19h30, na Basílica.27/fev Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.28/fev Conselho Episcopal às 09h00, na Residência Episcopal.28/fev Início da VIA SACRA às 16h00 e às 20h00, na Basílica.29/fev Formação para Minis-tros às 09h30, no Salão Paro-quial da Basílica.01/mar Celebração do Batis-mo às 09h00, na Basílica.01/mar Abertura da Campa-nha da Fraternidade 2020 às 15h00, na Catedral de São Miguel Paulista.03/mar Reunião do Clero das 09h00 às 13h30, no Seminário Diocesano.05/mar Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.06/mar VIA SACRA às 16h00 e às 20h00, na Basílica.07/mar BINGO BENEFICENTE às 18h00, no Salão de Festas da Basílica.08/mar Dia Internacional da Mulher Missas em louvor à Nossa Senhora da Penha às 07h30; 10h30 e 19h00, na Ba-sílica.08/mar Reunião da Liturgia para preparar a SEMANA SANTA às 15h30, na Basílica. (partici-pação dos coordenadores dos ministros, música e acolhida)11/mar Missa pelo aniversário da morte do Padre Carlinhos às 15h00, na Basílica.