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Como estar certo mesmo estando errado Amanda Figur ICMC - USP sexta-feira, 13 de novembro de 2015 Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 1 / 31

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Como estar certo mesmo estando errado

Amanda Figur

ICMC - USP

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 1 / 31

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Um teorema

O Teorema da Incompletude de Godel

Toda teoria rica o suficiente, axiomatizavel e completa e inconsistente.

O que e uma teoria axiomatizavel? E a existencia de um programaexecutado em tempo finito que verifica se uma sequencia de sımbolos e umademonstracao.

Quando uma teoria e completa? Se para toda afirmacao existe umademonstracao para ela ou para sua negacao.

Quando ela e inconsistente? Quando uma afirmacao e sua negacao podemser ambas demonstradas.

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Um teorema

O Teorema da Incompletude de Godel

Toda teoria rica o suficiente, axiomatizavel e completa e inconsistente.

O que e uma teoria axiomatizavel? E a existencia de um programaexecutado em tempo finito que verifica se uma sequencia de sımbolos e umademonstracao.

Quando uma teoria e completa? Se para toda afirmacao existe umademonstracao para ela ou para sua negacao.

Quando ela e inconsistente? Quando uma afirmacao e sua negacao podemser ambas demonstradas.

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Um teorema

O Teorema da Incompletude de Godel

Toda teoria rica o suficiente, axiomatizavel e completa e inconsistente.

O que e uma teoria axiomatizavel? E a existencia de um programaexecutado em tempo finito que verifica se uma sequencia de sımbolos e umademonstracao.

Quando uma teoria e completa? Se para toda afirmacao existe umademonstracao para ela ou para sua negacao.

Quando ela e inconsistente? Quando uma afirmacao e sua negacao podemser ambas demonstradas.

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Um teorema

O Teorema da Incompletude de Godel

Toda teoria rica o suficiente, axiomatizavel e completa e inconsistente.

O que e uma teoria axiomatizavel? E a existencia de um programaexecutado em tempo finito que verifica se uma sequencia de sımbolos e umademonstracao.

Quando uma teoria e completa? Se para toda afirmacao existe umademonstracao para ela ou para sua negacao.

Quando ela e inconsistente? Quando uma afirmacao e sua negacao podemser ambas demonstradas.

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Um teorema

O Teorema da Incompletude de Godel

Toda teoria rica o suficiente, axiomatizavel e completa e inconsistente.

O que e uma teoria axiomatizavel? E a existencia de um programaexecutado em tempo finito que verifica se uma sequencia de sımbolos e umademonstracao.

Quando uma teoria e completa? Se para toda afirmacao existe umademonstracao para ela ou para sua negacao.

Quando ela e inconsistente? Quando uma afirmacao e sua negacao podemser ambas demonstradas.

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Um pouco de historia

Provado no inıcio de 1930 e publicado no Uber formal unentscheidbare Satze derPrincipia Mathematica und verwandter Systeme,

o teorema acabou com um dosmaiores sonhos de Hilbert.

O Segundo Problema de Hilbert

Demonstrar a consistencia dos axiomasda aritmetica

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Um pouco de historia

Provado no inıcio de 1930 e publicado no Uber formal unentscheidbare Satze derPrincipia Mathematica und verwandter Systeme, o teorema acabou com um dosmaiores sonhos de Hilbert.

O Segundo Problema de Hilbert

Demonstrar a consistencia dos axiomasda aritmetica

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Um pouco de historia

Provado no inıcio de 1930 e publicado no Uber formal unentscheidbare Satze derPrincipia Mathematica und verwandter Systeme, o teorema acabou com um dosmaiores sonhos de Hilbert.

O Segundo Problema de Hilbert

Demonstrar a consistencia dos axiomasda aritmetica

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Um pouco de historia

Provado no inıcio de 1930 e publicado no Uber formal unentscheidbare Satze derPrincipia Mathematica und verwandter Systeme, o teorema acabou com um dosmaiores sonhos de Hilbert.

O Segundo Problema de Hilbert

Demonstrar a consistencia dos axiomasda aritmetica

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Um pouco de historia

Provado no inıcio de 1930 e publicado no Uber formal unentscheidbare Satze derPrincipia Mathematica und verwandter Systeme, o teorema acabou com um dosmaiores sonhos de Hilbert.

O Segundo Problema de Hilbert

Demonstrar a consistencia dos axiomasda aritmetica

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Os ingredientes

Conhecimentos basicos sobre:

acucar Numeros naturais

tempero Funcoes

tudo de bom Uma linguagem de programacao (C, Fortran, Java, Pascal, etc.)

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Os ingredientes

Conhecimentos basicos sobre:

acucar Numeros naturais

tempero Funcoes

tudo de bom Uma linguagem de programacao (C, Fortran, Java, Pascal, etc.)

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Os ingredientes

Conhecimentos basicos sobre:

acucar Numeros naturais

tempero Funcoes

tudo de bom Uma linguagem de programacao (C, Fortran, Java, Pascal, etc.)

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Os ingredientes

Conhecimentos basicos sobre:

acucar Numeros naturais

tempero Funcoes

tudo de bom Uma linguagem de programacao (C, Fortran, Java, Pascal, etc.)

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero. Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero. Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero. Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero. Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero. Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero.

Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero. Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Uma linguagem de programacao

Vamos fixar uma linguagem de programacao, chamamos ela de P:

A linguagem e finita (finitos sımbolos)

Cada programa gerado e finito

A quantidade de programas possıveis e enumeravel (e infinita).

Um conjunto edito enumeravelquando ha entreele e os naturais

uma injecao.

Vamos dar para cada sımbolo da nossa linguagem um numero. Poderıamosassociar entao para cada programa o numero gerado pela concatenacao dosnumeros de cada sımbolo.

Mas como garantir que esse numero seja unico?

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Contando os programas

Veja essa sequencia de sımbolos:

∧ ′ 0 ∼ ¬ ! ) ( = + . ∗100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111

Associamos para cada um sımbolo um numero de tres dıgitos.

Associando um numero de tres dıgitos para cada sımbolo, a concatenacao dosnumeros gera um numero maior unico.

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Contando os programas

Veja essa sequencia de sımbolos:

∧ ′ 0 ∼ ¬ ! ) ( = + . ∗100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111

Associamos para cada um sımbolo um numero de tres dıgitos.

Associando um numero de tres dıgitos para cada sımbolo, a concatenacao dosnumeros gera um numero maior unico.

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Contando os programas

Veja essa sequencia de sımbolos:

∧ ′ 0 ∼ ¬ ! ) ( = + . ∗100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111

Associamos para cada um sımbolo um numero de tres dıgitos.

Associando um numero de tres dıgitos para cada sımbolo, a concatenacao dosnumeros gera um numero maior unico.

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Contando os programas

Veja essa sequencia de sımbolos:

∧ ′ 0 ∼ ¬ ! ) ( = + . ∗100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111

Associamos para cada um sımbolo um numero de tres dıgitos.

Associando um numero de tres dıgitos para cada sımbolo, a concatenacao dosnumeros gera um numero maior unico.

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Contando os programas

Veja essa sequencia de sımbolos:

∧ ′ 0 ∼ ¬ ! ) ( = + . ∗100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111

Associamos para cada um sımbolo um numero de tres dıgitos.

Associando um numero de tres dıgitos para cada sımbolo,

a concatenacao dosnumeros gera um numero maior unico.

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Contando os programas

Veja essa sequencia de sımbolos:

∧ ′ 0 ∼ ¬ ! ) ( = + . ∗100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111

Associamos para cada um sımbolo um numero de tres dıgitos.

Associando um numero de tres dıgitos para cada sımbolo, a concatenacao dosnumeros gera um numero maior unico.

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Uma funcao nao-computavel

Definicao

Seja f : N→ {0, 1}. Vamos dizer que f e uma funcao computavel se existe umprograma feito na linguagem P que, ao receber o valor n, devolve f (n).

Da definicao sabemos entao o que e uma funcao nao computavel:

Uma funcao para a qual nao existe programa feito na linguagem P que aoreceber o valor n, devolve f (n).

Para provar que existem tais funcoes vamos olhar a proxima ilustracao.

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Uma funcao nao-computavel

Definicao

Seja f : N→ {0, 1}. Vamos dizer que f e uma funcao computavel se existe umprograma feito na linguagem P que, ao receber o valor n, devolve f (n).

Da definicao sabemos entao o que e uma funcao nao computavel:

Uma funcao para a qual nao existe programa feito na linguagem P que aoreceber o valor n, devolve f (n).

Para provar que existem tais funcoes vamos olhar a proxima ilustracao.

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Uma funcao nao-computavel

Definicao

Seja f : N→ {0, 1}. Vamos dizer que f e uma funcao computavel se existe umprograma feito na linguagem P que, ao receber o valor n, devolve f (n).

Da definicao sabemos entao o que e uma funcao nao computavel:

Uma funcao para a qual nao existe programa feito na linguagem P que aoreceber o valor n, devolve f (n).

Para provar que existem tais funcoes vamos olhar a proxima ilustracao.

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Uma funcao nao-computavel

Definicao

Seja f : N→ {0, 1}. Vamos dizer que f e uma funcao computavel se existe umprograma feito na linguagem P que, ao receber o valor n, devolve f (n).

Da definicao sabemos entao o que e uma funcao nao computavel:

Uma funcao para a qual nao existe programa feito na linguagem P que aoreceber o valor n, devolve f (n).

Para provar que existem tais funcoes vamos olhar a proxima ilustracao.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 7 / 31

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

f = 1

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

f = 1, 1

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

f = 1, 1, 0

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

f = 1, 1, 0, 0

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

f = 1, 1, 0, 0, 0

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

f = 1, 1, 0, 0, 0, 1

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Enumerando as funcoes computaveis

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...f0 = 0, 1, 1, 0, 1, 0, 0, ...f1 = 0, 0, 1, 0, 0, 1, 1, ...f2 = 1, 1, 1, 0, 1, 1, 0, ...f3 = 1, 0, 0, 1, 0, 0, 0, ...f4 = 0, 0, 1, 1, 1, 0, 1, ...f5 = 1, 1, 0, 0, 1, 0, 0, ...f6 = 0, 1, 0, 0, 1, 0, 1, ......

......

f = 1, 1, 0, 0, 0, 1, 0, ...

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Fixando uma funcao nao-computavel

Note que esse novo elemento, definido de tal forma, euma funcao nao computavel.

Vamos entao fixar f : N→ {0, 1}, tal funcao naocomputavel.

Note que para podermos explicitar a funcao f , bastadeterminar um metodo de ordenacao para nossas funcoesfn. Estando elas ordenadas, saberemos o valor de f (n)pois sabemos o valor de fn(k)

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Fixando uma funcao nao-computavel

Note que esse novo elemento, definido de tal forma, euma funcao nao computavel.

Vamos entao fixar f : N→ {0, 1}, tal funcao naocomputavel.

Note que para podermos explicitar a funcao f , bastadeterminar um metodo de ordenacao para nossas funcoesfn. Estando elas ordenadas, saberemos o valor de f (n)pois sabemos o valor de fn(k)

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Fixando uma funcao nao-computavel

Note que esse novo elemento, definido de tal forma, euma funcao nao computavel.

Vamos entao fixar f : N→ {0, 1}, tal funcao naocomputavel.

Note que para podermos explicitar a funcao f , bastadeterminar um metodo de ordenacao para nossas funcoesfn. Estando elas ordenadas, saberemos o valor de f (n)pois sabemos o valor de fn(k)

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Fixando uma funcao nao-computavel

Note que esse novo elemento, definido de tal forma, euma funcao nao computavel.

Vamos entao fixar f : N→ {0, 1}, tal funcao naocomputavel.

Note que para podermos explicitar a funcao f , bastadeterminar um metodo de ordenacao para nossas funcoesfn. Estando elas ordenadas, saberemos o valor de f (n)pois sabemos o valor de fn(k)

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 16 / 31

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B”

(modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,

que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f

(porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC),

tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Teoria

Definicao

Vamos chamar de uma teoria uma colecao de axiomas e algumas regras deinferencia.

Uma regra de inferencia e uma maneira de se “obter” afirmacoes a partir deanteriores. Por exemplo:

A partir das afirmacoes “A” e “A→ B”, obtemos a afirmacao “B” (modus ponens)

Se temos “ϕ(x)” e temos que “x = y”, entao temos “ϕ(y)”. Onde ϕ e umapropriedade qualquer.

Ao fixar uma teoria T,que deve ser ”rica o suficiente” para poder definir f (porexemplo, ZFC), tambem estamos fixando os sımbolos que podem ser usados nasafirmacoes (em geral, sao coisas como →, ∀, v , etc.).

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Uma Demonstracao

Definicao

Fixada uma teoria, uma demonstracao nada mais e que umasequencia ϕ1, ..., ϕn onde cada ϕk e um axioma ou existem ϕi ’s comi < k de forma que ϕk e obtida a partir de uma das regras deinferencia da teoria a partir das ϕi ’s.

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Uma breve pausa

Agora vamos comecar a programar.

E crucial que os programas possam ser executados em tempo finito...

... e antes disso, um aviso:

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Uma breve pausa

Agora vamos comecar a programar.

E crucial que os programas possam ser executados em tempo finito...

... e antes disso, um aviso:

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Uma breve pausa

Agora vamos comecar a programar.

E crucial que os programas possam ser executados em tempo finito...

... e antes disso, um aviso:

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Uma breve pausa

Agora vamos comecar a programar.

E crucial que os programas possam ser executados em tempo finito...

... e antes disso, um aviso:

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Programando

Facamos um programa Provas na linguagem de programacao P o qual gere todasas possıveis demonstracoes da teoria T .

Estabelecamos ele de maneira que receba um n ∈ N e devolva uma sequencia desımbolos presentes em T . Assim para qualquer demonstracao existe n tal quedemonstracao seja Provas aplicado a n.Tal programa Provas pode ser definido da maneira analoga a listagem de todosos programas possıveis que exemplificamos la em cima.

Suponha que nossa linguagem (de T) possui menos que 900 sımbolos

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Programando

Facamos um programa Provas na linguagem de programacao P o qual gere todasas possıveis demonstracoes da teoria T .Estabelecamos ele de maneira que receba um n ∈ N e devolva uma sequencia desımbolos presentes em T .

Assim para qualquer demonstracao existe n tal quedemonstracao seja Provas aplicado a n.Tal programa Provas pode ser definido da maneira analoga a listagem de todosos programas possıveis que exemplificamos la em cima.

Suponha que nossa linguagem (de T) possui menos que 900 sımbolos

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Programando

Facamos um programa Provas na linguagem de programacao P o qual gere todasas possıveis demonstracoes da teoria T .Estabelecamos ele de maneira que receba um n ∈ N e devolva uma sequencia desımbolos presentes em T . Assim para qualquer demonstracao existe n tal quedemonstracao seja Provas aplicado a n.

Tal programa Provas pode ser definido da maneira analoga a listagem de todosos programas possıveis que exemplificamos la em cima.

Suponha que nossa linguagem (de T) possui menos que 900 sımbolos

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Programando

Facamos um programa Provas na linguagem de programacao P o qual gere todasas possıveis demonstracoes da teoria T .Estabelecamos ele de maneira que receba um n ∈ N e devolva uma sequencia desımbolos presentes em T . Assim para qualquer demonstracao existe n tal quedemonstracao seja Provas aplicado a n.Tal programa Provas pode ser definido da maneira analoga a listagem de todosos programas possıveis que exemplificamos la em cima.

Suponha que nossa linguagem (de T) possui menos que 900 sımbolos

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Programando

Facamos um programa Provas na linguagem de programacao P o qual gere todasas possıveis demonstracoes da teoria T .Estabelecamos ele de maneira que receba um n ∈ N e devolva uma sequencia desımbolos presentes em T . Assim para qualquer demonstracao existe n tal quedemonstracao seja Provas aplicado a n.Tal programa Provas pode ser definido da maneira analoga a listagem de todosos programas possıveis que exemplificamos la em cima.

Suponha que nossa linguagem (de T) possui menos que 900 sımbolos

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Programando

Facamos um programa Provas na linguagem de programacao P o qual gere todasas possıveis demonstracoes da teoria T .Estabelecamos ele de maneira que receba um n ∈ N e devolva uma sequencia desımbolos presentes em T . Assim para qualquer demonstracao existe n tal quedemonstracao seja Provas aplicado a n.Tal programa Provas pode ser definido da maneira analoga a listagem de todosos programas possıveis que exemplificamos la em cima.

Suponha que nossa linguagem (de T) possui menos que 900 sımbolos

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Programando

Vamos implementar outro programa chamado EhUmaDemonstracao.

Esse e oprograma que atesta que nossa teoria e axiomatizavel.

EhUmaDemonstracao recebe dois parametros: uma sequencia de sımbolos e umaafirmacao ϕ de T . Daı ele deve

retornar 1 se a sequencia e uma demonstracao para ϕ;

retornar 0 caso nao seja.

Uma demonstracaopara ϕ nada

mais e que umademonstracao cujaultima afirmacao

e a propria ϕ.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 21 / 31

Page 67: sexta-feira, 13 de novembro de 2015 - USPlegal.icmc.usp.br/lib/exe/fetch.php?media=slides:goedel.pdf · 2017. 10. 5. · E a exist^encia de um programa executado em tempo nito que

Programando

Vamos implementar outro programa chamado EhUmaDemonstracao. Esse e oprograma que atesta que nossa teoria e axiomatizavel.

EhUmaDemonstracao recebe dois parametros: uma sequencia de sımbolos e umaafirmacao ϕ de T . Daı ele deve

retornar 1 se a sequencia e uma demonstracao para ϕ;

retornar 0 caso nao seja.

Uma demonstracaopara ϕ nada

mais e que umademonstracao cujaultima afirmacao

e a propria ϕ.

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Programando

Vamos implementar outro programa chamado EhUmaDemonstracao. Esse e oprograma que atesta que nossa teoria e axiomatizavel.

EhUmaDemonstracao recebe dois parametros: uma sequencia de sımbolos e umaafirmacao ϕ de T .

Daı ele deve

retornar 1 se a sequencia e uma demonstracao para ϕ;

retornar 0 caso nao seja.

Uma demonstracaopara ϕ nada

mais e que umademonstracao cujaultima afirmacao

e a propria ϕ.

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Programando

Vamos implementar outro programa chamado EhUmaDemonstracao. Esse e oprograma que atesta que nossa teoria e axiomatizavel.

EhUmaDemonstracao recebe dois parametros: uma sequencia de sımbolos e umaafirmacao ϕ de T . Daı ele deve

retornar 1 se a sequencia e uma demonstracao para ϕ;

retornar 0 caso nao seja.

Uma demonstracaopara ϕ nada

mais e que umademonstracao cujaultima afirmacao

e a propria ϕ.

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Programando

Vamos implementar outro programa chamado EhUmaDemonstracao. Esse e oprograma que atesta que nossa teoria e axiomatizavel.

EhUmaDemonstracao recebe dois parametros: uma sequencia de sımbolos e umaafirmacao ϕ de T . Daı ele deve

retornar 1 se a sequencia e uma demonstracao para ϕ;

retornar 0 caso nao seja.

Uma demonstracaopara ϕ nada

mais e que umademonstracao cujaultima afirmacao

e a propria ϕ.

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Programando

Vamos implementar outro programa chamado EhUmaDemonstracao. Esse e oprograma que atesta que nossa teoria e axiomatizavel.

EhUmaDemonstracao recebe dois parametros: uma sequencia de sımbolos e umaafirmacao ϕ de T . Daı ele deve

retornar 1 se a sequencia e uma demonstracao para ϕ;

retornar 0 caso nao seja.

Uma demonstracaopara ϕ nada

mais e que umademonstracao cujaultima afirmacao

e a propria ϕ.

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Programando

Vamos implementar outro programa chamado EhUmaDemonstracao. Esse e oprograma que atesta que nossa teoria e axiomatizavel.

EhUmaDemonstracao recebe dois parametros: uma sequencia de sımbolos e umaafirmacao ϕ de T . Daı ele deve

retornar 1 se a sequencia e uma demonstracao para ϕ;

retornar 0 caso nao seja.

Uma demonstracaopara ϕ nada

mais e que umademonstracao cujaultima afirmacao

e a propria ϕ.

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Programando de Verdade

Definicao

Dizemos que uma teoria e completa se, para toda afirmacao ϕ existe umademonstracao para ϕ ou uma para ¬ϕ (negacao de ϕ).

Suponhamos T completa. Existe um programa Provou que recebe uma afirmacaoϕ de T , daı ele deve

retornar 1 se ϕ admite uma demonstracao;

retornar 0 se ¬ϕ admite uma demonstracao.

Podemos explicitar tal programa:

n=0;

FAZER

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ϕ) == 1) RETORNA 1;

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ¬ϕ) == 1) RETORNA 0;

n++;

ENQUANTO(1=1);

Note que o programa so roda em tempo finito porque sabemos que T e completa.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 22 / 31

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Programando de Verdade

Definicao

Dizemos que uma teoria e completa se, para toda afirmacao ϕ existe umademonstracao para ϕ ou uma para ¬ϕ (negacao de ϕ).

Suponhamos T completa. Existe um programa Provou que recebe uma afirmacaoϕ de T , daı ele deve

retornar 1 se ϕ admite uma demonstracao;

retornar 0 se ¬ϕ admite uma demonstracao.

Podemos explicitar tal programa:

n=0;

FAZER

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ϕ) == 1) RETORNA 1;

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ¬ϕ) == 1) RETORNA 0;

n++;

ENQUANTO(1=1);

Note que o programa so roda em tempo finito porque sabemos que T e completa.

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Programando de Verdade

Definicao

Dizemos que uma teoria e completa se, para toda afirmacao ϕ existe umademonstracao para ϕ ou uma para ¬ϕ (negacao de ϕ).

Suponhamos T completa. Existe um programa Provou que recebe uma afirmacaoϕ de T , daı ele deve

retornar 1 se ϕ admite uma demonstracao;

retornar 0 se ¬ϕ admite uma demonstracao.

Podemos explicitar tal programa:

n=0;

FAZER

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ϕ) == 1) RETORNA 1;

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ¬ϕ) == 1) RETORNA 0;

n++;

ENQUANTO(1=1);

Note que o programa so roda em tempo finito porque sabemos que T e completa.

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Programando de Verdade

Definicao

Dizemos que uma teoria e completa se, para toda afirmacao ϕ existe umademonstracao para ϕ ou uma para ¬ϕ (negacao de ϕ).

Suponhamos T completa. Existe um programa Provou que recebe uma afirmacaoϕ de T , daı ele deve

retornar 1 se ϕ admite uma demonstracao;

retornar 0 se ¬ϕ admite uma demonstracao.

Podemos explicitar tal programa:

n=0;

FAZER

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ϕ) == 1) RETORNA 1;

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ¬ϕ) == 1) RETORNA 0;

n++;

ENQUANTO(1=1);

Note que o programa so roda em tempo finito porque sabemos que T e completa.

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Programando de Verdade

Definicao

Dizemos que uma teoria e completa se, para toda afirmacao ϕ existe umademonstracao para ϕ ou uma para ¬ϕ (negacao de ϕ).

Suponhamos T completa. Existe um programa Provou que recebe uma afirmacaoϕ de T , daı ele deve

retornar 1 se ϕ admite uma demonstracao;

retornar 0 se ¬ϕ admite uma demonstracao.

Podemos explicitar tal programa:

n=0;

FAZER

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ϕ) == 1) RETORNA 1;

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ¬ϕ) == 1) RETORNA 0;

n++;

ENQUANTO(1=1);

Note que o programa so roda em tempo finito porque sabemos que T e completa.

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Programando de Verdade

Definicao

Dizemos que uma teoria e completa se, para toda afirmacao ϕ existe umademonstracao para ϕ ou uma para ¬ϕ (negacao de ϕ).

Suponhamos T completa. Existe um programa Provou que recebe uma afirmacaoϕ de T , daı ele deve

retornar 1 se ϕ admite uma demonstracao;

retornar 0 se ¬ϕ admite uma demonstracao.

Podemos explicitar tal programa:

n=0;

FAZER

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ϕ) == 1) RETORNA 1;

SE(EhUmaDemonstracao(Provas(n), ¬ϕ) == 1) RETORNA 0;

n++;

ENQUANTO(1=1);

Note que o programa so roda em tempo finito porque sabemos que T e completa.Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 22 / 31

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De volta a funcao f

Notamos que se T e completa, para cada afirmacao dotipo “f (n) = 1” ou “f (n) = 0”, existe uma demonstracaopara “f (n) = 1” ou uma para “f (n) = 0”.

Como nossa teoria e completa, se nao existe umademonstracao para “f (n) = 1”, existe uma demonstracaopara “f (n) 6= 1”, que e justamente “f (n) = 0”, pois ocontra domınio da nossa funcao possui somente essesdois elementos, 0 e 1.

Definicao

Dizemos que uma teoria e consistente se nao existe umaafirmacao ϕ tal que existam provas para ϕ e para ¬ϕ.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 23 / 31

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De volta a funcao f

Notamos que se T e completa, para cada afirmacao dotipo “f (n) = 1” ou “f (n) = 0”, existe uma demonstracaopara “f (n) = 1” ou uma para “f (n) = 0”.

Como nossa teoria e completa, se nao existe umademonstracao para “f (n) = 1”, existe uma demonstracaopara “f (n) 6= 1”, que e justamente “f (n) = 0”, pois ocontra domınio da nossa funcao possui somente essesdois elementos, 0 e 1.

Definicao

Dizemos que uma teoria e consistente se nao existe umaafirmacao ϕ tal que existam provas para ϕ e para ¬ϕ.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 23 / 31

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De volta a funcao f

Notamos que se T e completa, para cada afirmacao dotipo “f (n) = 1” ou “f (n) = 0”, existe uma demonstracaopara “f (n) = 1” ou uma para “f (n) = 0”.

Como nossa teoria e completa, se nao existe umademonstracao para “f (n) = 1”, existe uma demonstracaopara “f (n) 6= 1”, que e justamente “f (n) = 0”, pois ocontra domınio da nossa funcao possui somente essesdois elementos, 0 e 1.

Definicao

Dizemos que uma teoria e consistente se nao existe umaafirmacao ϕ tal que existam provas para ϕ e para ¬ϕ.

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De volta a funcao f

Notamos que se T e completa, para cada afirmacao dotipo “f (n) = 1” ou “f (n) = 0”, existe uma demonstracaopara “f (n) = 1” ou uma para “f (n) = 0”.

Como nossa teoria e completa, se nao existe umademonstracao para “f (n) = 1”, existe uma demonstracaopara “f (n) 6= 1”, que e justamente “f (n) = 0”, pois ocontra domınio da nossa funcao possui somente essesdois elementos, 0 e 1.

Definicao

Dizemos que uma teoria e consistente se nao existe umaafirmacao ϕ tal que existam provas para ϕ e para ¬ϕ.

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O Programa Final

Suponhamos T completa e consistente. Notamos entao que, para cada afirmacaodo tipo “f (n) = 1”, ou existe uma demonstracao para ela,

ou existe umademonstracao para “f (n) = 0”, mas nao ambos os casos simultaneamente.

Faca um programa chamado String que recebe n e retorna a string “f (n) = 1”.Feito isso, basta olhar para o seguinte programa:

SE(Provou(String(n)) == 1)

RETORNA 1;

SE NAO

RETORNA 0;

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O Programa Final

Suponhamos T completa e consistente. Notamos entao que, para cada afirmacaodo tipo “f (n) = 1”, ou existe uma demonstracao para ela, ou existe umademonstracao para “f (n) = 0”,

mas nao ambos os casos simultaneamente.

Faca um programa chamado String que recebe n e retorna a string “f (n) = 1”.Feito isso, basta olhar para o seguinte programa:

SE(Provou(String(n)) == 1)

RETORNA 1;

SE NAO

RETORNA 0;

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O Programa Final

Suponhamos T completa e consistente. Notamos entao que, para cada afirmacaodo tipo “f (n) = 1”, ou existe uma demonstracao para ela, ou existe umademonstracao para “f (n) = 0”, mas nao ambos os casos simultaneamente.

Faca um programa chamado String que recebe n e retorna a string “f (n) = 1”.Feito isso, basta olhar para o seguinte programa:

SE(Provou(String(n)) == 1)

RETORNA 1;

SE NAO

RETORNA 0;

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O Programa Final

Suponhamos T completa e consistente. Notamos entao que, para cada afirmacaodo tipo “f (n) = 1”, ou existe uma demonstracao para ela, ou existe umademonstracao para “f (n) = 0”, mas nao ambos os casos simultaneamente.

Faca um programa chamado String que recebe n e retorna a string “f (n) = 1”.

Feito isso, basta olhar para o seguinte programa:

SE(Provou(String(n)) == 1)

RETORNA 1;

SE NAO

RETORNA 0;

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O Programa Final

Suponhamos T completa e consistente. Notamos entao que, para cada afirmacaodo tipo “f (n) = 1”, ou existe uma demonstracao para ela, ou existe umademonstracao para “f (n) = 0”, mas nao ambos os casos simultaneamente.

Faca um programa chamado String que recebe n e retorna a string “f (n) = 1”.Feito isso, basta olhar para o seguinte programa:

SE(Provou(String(n)) == 1)

RETORNA 1;

SE NAO

RETORNA 0;

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Entendendo o Programa Final

Existe dem.

f (n) = 1 ?

Seq. dem.f (n) = 1 ?

Provou = 1

Seq. dem.

f (n) = 0 ?Provou = 0

ProgFinal

retorna 1

ProgFinal

retorna 0

sim

nao

sim

nao

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 26 / 31

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 26 / 31

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n)

, um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 26 / 31

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo

, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 26 / 31

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel.

Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 26 / 31

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 26 / 31

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,

provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

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Entendendo o Programa Final

Quando a afirmacao “f (n) = 1” e demonstravel o programa retorna o valor 1;

Quando a afirmacao “f (n) = 0” e demonstravel o programa retorna o valor 0.

Mas isso e um programa que recebe o valor n e retorna f (n), um absurdo, jaque nossa f e nao computavel. Para entender melhor:

Como esse programa depende que nossa teoria seja consistente,provamos que umateoria rica o suficiente para definir f e completa nao pode ser consistente semgerar contradicoes.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao.

Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel,

podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma.

Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f ,

assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Consideracoes finais

Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente.

Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.

Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao

enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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Resumindo, assumimos T uma teoria, tal que:

e suficientemente rica para podermos definir f ;

e consistente;

e completa;

E chegamos a uma contradicao. Desta forma, nao existe uma teoria rica osuficiente para definir f , que:

nao prove contradicoes... (consistencia)

...e que prove ou refute qualquer afirmacao. (completude)

Como uma consequencia do Teorema da Incompletude de Godel, podemos pensarentao que dada uma afirmacao ϕ que nao possui demonstracao para ϕ nem ¬ϕ,bastaria acrescentar ϕ como um axioma. Assim, T continuaria rica o suficientepara definir f , assim como consistente. Mas, se ela for completa, entaopoderıamos aplicar o teorema novamente e chegar a uma nova contradicao.Concluımos que T e tal que podemos aplicar o teorema feito nessa apresentacao enao adianta acrescentarmos algum axioma que ela continuara sendo incompleta.

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A Hipotese do Continuum

A Hipotese do Continuum (ou CH paraos ıntimos) diz que nao existe X tal que

|N| < |X | < |R|

Ela foi formulada por Cantor

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A Hipotese do Continuum

A Hipotese do Continuum (ou CH paraos ıntimos) diz que nao existe X tal que

|N| < |X | < |R|

Ela foi formulada por Cantor

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A Hipotese do Continuum

A Hipotese do Continuum (ou CH paraos ıntimos) diz que nao existe X tal que

|N| < |X | < |R|

Ela foi formulada por Cantor

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A Hipotese do Continuum

A Hipotese do Continuum (ou CH paraos ıntimos) diz que nao existe X tal que

|N| < |X | < |R|

Ela foi formulada por Cantor

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A Hipotese do Continuum

O Primeiro Problema de Hilbert

Provar a Hipotese do Continuum (CH)de Cantor.

Godel provou em 1940 que a CH naopode ser refutada utilizando ZFC...

...Paul Cohen provou em 1963 que a CHnao pode ser provada tambem utilizandoos mesmos axiomas.

Dizemos assim que a Hipotesedo Continuum e independentede ZFC.

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A Hipotese do Continuum

O Primeiro Problema de Hilbert

Provar a Hipotese do Continuum (CH)de Cantor.

Godel provou em 1940 que a CH naopode ser refutada utilizando ZFC...

...Paul Cohen provou em 1963 que a CHnao pode ser provada tambem utilizandoos mesmos axiomas.

Dizemos assim que a Hipotesedo Continuum e independentede ZFC.

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A Hipotese do Continuum

O Primeiro Problema de Hilbert

Provar a Hipotese do Continuum (CH)de Cantor.

Godel provou em 1940 que a CH naopode ser refutada utilizando ZFC...

...Paul Cohen provou em 1963 que a CHnao pode ser provada tambem utilizandoos mesmos axiomas.

Dizemos assim que a Hipotesedo Continuum e independentede ZFC.

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A Hipotese do Continuum

O Primeiro Problema de Hilbert

Provar a Hipotese do Continuum (CH)de Cantor.

Godel provou em 1940 que a CH naopode ser refutada utilizando ZFC...

...Paul Cohen provou em 1963 que a CHnao pode ser provada tambem utilizandoos mesmos axiomas.

Dizemos assim que a Hipotesedo Continuum e independentede ZFC.

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A Hipotese do Continuum

O Primeiro Problema de Hilbert

Provar a Hipotese do Continuum (CH)de Cantor.

Godel provou em 1940 que a CH naopode ser refutada utilizando ZFC...

...Paul Cohen provou em 1963 que a CHnao pode ser provada tambem utilizandoos mesmos axiomas.

Dizemos assim que a Hipotesedo Continuum e independentede ZFC.

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Como ganhar uma discussao

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Como ganhar uma discussao

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Bibliografia

Gusfield, D. (2014).Godel for Goldilocks: A Rigorous, Streamlined Proof of Godel’s FirstIncompleteness Theorem, Requiring Minimal Background.Department of Computer Science, UC Davis.

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Amanda Figur (ICMC - USP) Como estar certo mesmo estando errado sexta-feira, 13 de novembro de 2015 31 / 31