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Setor retoma crescimento Produtos voltam a registrar índices positivos em 2017. A alta na comercialização foi de 5,6% no mercado interno. As exportações também voltaram a crescer e fecharam o ano com expansão de 17,3% em valor | PÁGINAS 14 E 18 informativo Saca rolhas Ano 9 | Nº 22 | Maio de 2018 Oscar Ló assume a presidência do Conselho Deliberativo do Ibravin | PÁGINAS 4 E 5 Serra Gaúcha sediará Congresso Latino-Americano de Enoturismo | PÁGINA 6 Convênio com Sebrae disponibilizará R$ 5 milhões | PÁGINA 7

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Page 1: Setor retoma crescimento - ibravin.org.br · Umas das novidades no convê-nio entre o Ibravin e o Sebrae é o estímulo ao aumento da formali- ... tributárias para a sustentabilidade

Setor retoma crescimentoProdutos voltam a registrar índices positivos em 2017. A

alta na comercialização foi de 5,6% no mercado interno. As exportações também voltaram a crescer e fecharam o ano

com expansão de 17,3% em valor | páginas 14 e 18

informativo

Saca rolhasAno 9 | Nº 22 | Maio de 2018

Oscar Ló assume a presidência do

Conselho Deliberativo do Ibravin

| páginas 4 e 5

Serra Gaúcha sediará Congresso Latino-Americano

de Enoturismo| página 6

Convênio com Sebrae

disponibilizará R$ 5 milhões

| página 7

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Ano 9 | Nº 22 | Maio de 2018

Presidente: Oscar Ló

Vice-presidente: Marcio Ferrari

Diretor de Relações Institucionais: Carlos Raimundo Paviani

Diretor Técnico: Leocir Bottega

Gerente Administrativo-financeira: Gabriela Poletto

Gerente de Promoção Mercados Interno e Externo: Diego Bertolini

Conselho Deliberativo: Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Federação das Cooperativas Vinícolas do Estado do RS (Fecovinho), Associação Brasileira de Enologia (ABE), Comissão Interestadual da Uva, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi/RS), Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Sindicato Rural de Caxias do Sul (Sindrural-Caxias) e União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra)

Foto da capa: Mateus ViapianaTextos: Camila Ruzzarin, Cassiano Farina, Gabriel Izidoro, Martha Caus e Maria Francisca Canovas de MouraEdição: MCom Ação e ComunicaçãoProjeto gráfico e diagramação: Criar – Design Gráfico

IBRAVINCNPJ: 02.728.155/0001-74Alameda Fenavinho, 481. Edificação 29Bento Gonçalves - RSTelefone e fax: + 55 54 3455.1800 E-mail: [email protected]

www.ibravin.org.br www.vinhosdobrasil.com.br

www.winesofbrasil.comwww.sucodeuvadobrasil.com.br

www.grapejuiceofbrazil.com

Esse impresso é financiado com recursos do Fundovitis

Apoio:

Expediente

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Institucional

Dois mil e dezessete foi um marco no enoturismo brasileiro. Foi o ano em que, efetivamente, o Governo Federal assu-miu este segmento do turismo e, ainda, o ano em que o país passou a presidir, pela primeira vez, a Associação Interna-cional de Enoturismo (Aenotur) – repre-sentando o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Assim, 2018 inicia com um ter-reno mais fértil. Usando a terminologia da vitivinicultura, enfim temos um terroir propício para o desenvolvimento dessa atividade no Brasil.

Importante destacar o apoio da Câ-mara de Deputados e do Ministério do Turismo, que realizaram no ano passa-do a primeira Audiência Pública e que já promoveram alguns encontros sobre o tema. Também contamos com o apoio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do deputado Fre-derico Antunes, que encaminhou projeto de lei para que tenhamos o Dia Estadual do Turismo, a ser celebrado conjuntamen-te com o Dia Mundial do Enoturismo, que adotamos a data da comemoração euro-peia desde o ano passado, aliado ao fun-damental incentivo do Poder Executivo do Rio Grande do Sul e de outras entida-des, como o Sebrae, por exemplo.

Em junho, realizaremos o 7º Congres-so Latino-Americano de Enoturismo, no Vale dos Vinhedos. Será um importante momento para trocarmos experiências com os principais destinos do mundo.

Precisamos garantir que a ativida-de esteja presente na promoção turís-tica nacional e internacional do Brasil.

Precisamos estimular a união dos diver-sos destinos enoturísticos, de norte a sul, fortalecendo a representatividade do segmento.

Há uma grande responsabilidade de todas as entidades que trabalham com a vitivinicultura e com o turismo no Brasil, que é a de garantir retorno aos investi-mentos que o setor privado está fazendo. Claro que isso depende de ambos, seto-res privado e público, mas as entidades devem fomentar este segmento que mo-vimenta desde a cadeia primária, passan-do pela indústria, até comércio e serviços, gerando trabalho, renda e tributos.

É primordial seguir qualificando a ofer-ta e estimulando a inovação na atividade. É preciso que as vinícolas e o composto enoturístico ofereçam experiências dife-renciadas, ligadas à cultura e paisagem local. É necessário adotar novas formas de promoção, entendendo que a presença digital é fundamental.

É chegado o tempo de se trabalhar com profissionalismo. A união com ou-tros países, como a Argentina, Uruguai, Portugal, Itália, França e Espanha, por meio da Aenotur, serve para que perce-bamos que temos qualidade equiparável a esses parceiros internacionais na oferta enoturística. Primeira e fundamentalmen-te é preciso fazer os próprios brasileiros descobrirem isso, e, depois alertar aos turistas internacionais que, além do sol, praia, samba, futebol e selva, o Brasil tem muito mais. Neste país continental cabe também uma importante e diferenciada oferta de destinos enoturísticos.

“Precisamos estimular a união dos diversos destinos enoturísticos, de norte a sul, fortalecendo a representatividade do segmento brasileiro”

Os desafios do enoturismo no Brasil

IVANE FÁVEROPresidente da Associação Internacional de Enoturismo (Aenotur)

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Investimentos auxiliarão na percepção positiva de qualidade e no fortalecimento do setor no mercado interno. Plano de trabalho será executado de 2018 a 2020

Ibravin e Sebrae firmam convênio de RS 5 milhões

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empre-sas (Sebrae) renovaram o convênio para o projeto Valorização dos Vinhos Brasileiros. As entidades destinarão R$ 5 milhões de investimentos em inciativas que terão como foco a qualificação da cadeia, a valorização da produção e o fortalecimento co-mercial do vinho brasileiro no mer-cado interno.

Até março de 2020, o projeto atingirá pequenas vinícolas, agentes comerciais, viticultores, produtores informais e estabelecimentos e pro-fissionais de alimentação fora do lar em sete estados brasileiros e no Dis-trito Federal, somando cerca de seis mil pessoas impactadas diretamen-te. Além disso, as ações contempla-rão também eventos de promoção para consumidores finais. Este é o terceiro convênio firmado entre o Ibravin e o Sebrae Nacional.

Estabelecido em planos de traba-lhos anteriores, o Programa Alimen-tos Seguros (PAS) Uva para Processa-mento consolidará sua atuação para além do Rio Grande do Sul. Durante o ciclo, o PAS objetiva sensibilizar ou-tros três estados para que mais em-presas e produtores adotem o pro-grama. As unidades da federação que receberão a divulgação ainda estão sendo definidas pelas entidades.

Já o Qualidade na Taça, que ca-pacita desde 2014 os profissionais de alimentação fora do lar no traba-lho com rótulos brasileiros, promo-verá neste biênio, além de inciativas nas capitais estaduais, qualificações para os pequenos estabelecimen-tos do setor de bares e restaurantes em municípios do interior com foco em regiões turísticas. Também será realizado um curso online para 3,5 mil potenciais empreendedores interes-sados em ampliar seus conhecimen-tos sobre o vinho.

Umas das novidades no convê-nio entre o Ibravin e o Sebrae é o estímulo ao aumento da formali--zação de produtores informais de vinho através da adesão ao Simples Nacional, que começou a vigorar para o setor neste ano. A expectati-va é que mil vitivinicultores conhe-çam os benefícios do regime por meio de workshops online e pre-senciais e envios de informações.

Outra demanda inédita será o for-talecimento das Indicações Geográfi-cas (IGs) para os vinhos e espumantes nacionais, que atestam a vocação e a qualidade de determinada região para a elaboração de produtos específicos. Serão trabalhadas as seis certificações

existentes no Brasil: as Indicações de Procedência Pinto Bandeira, Altos Montes, Vales da Uva Goethe, Monte Belo e Farroupilha e a Denominação de Origem Vale dos Vinhedos. Cem profissionais de seis regiões vinícolas e outros 100 produtores rurais devem ser mobilizados.

“Esse convênio ajuda toda a ca-deia de pequenos produtores a se desenvolver, desde o produtor de uva que é atendido pelo PAS Uva para Processamento, até o pequeno restaurante que é qualificado pelo programa Qualidade na Taça. Entre uma ponta a outra, as vinícolas de menor porte são beneficiadas atra-vés de ações de acesso ao mercado, de orientação para o Simples Nacio-nal e de iniciativas de promoção para os territórios, como é o caso das Indi-cações Geográficas. É uma proposta que estabelece à toda a cadeia uma relação de ganha-ganha”, acredita o presidente do Ibravin, Oscar Ló.

O gerente de Agronegócio do Sebrae Nacional, Augusto Togni, reforça a importância de parcerias estratégicas, como a realizada entre a entidade e o Ibravin, para que o setor possa avançar com a compe-titividade e a sustentabilidade dos pequenos negócios.

“O Sebrae tem investido, ao longo dos anos, em iniciativas que qualificam a cadeia produtiva vitivi--nícola para melhoria das práticas de gestão, valorização das Indicações Geográficas e promoção comercial para sensibilização do consumo do vinho e suco de uva brasileiros. Alianças estratégicas dinamizam a nossa atuação e promovem a com-petitividade dos pequenos negócios de toda a cadeia, nosso principal objetivo. A parceria com o Ibravin fortalece e dá continuidade ao nos-so apoio com um conjunto de inicia-tivas relacionadas não só a gestão, acesso à mercado, inovação e tec-nologia, mas também de questões tributárias que contribuem com a sustentabilidade do setor. Uma das conquistas recentes refere-se à in-serção da categoria no Simples Na-cional”, avalia Augusto Togni.

Segundo levantamentos do Ibra-vin e da Embrapa Uva e Vinho, esti-ma-se que no Brasil existam 1,1 mil vinícolas, sendo que 90% delas são micro e pequenas empresas, e que cerca de 100 mil pessoas estejam li-gadas ao setor. Só no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do país, são 15 mil famílias envolvidas com a cadeia. Por ano, o setor vitiviníco-la gaúcho movimenta cerca de R$ 4 bilhões.

O CONVÊNIO EM NÚMEROS

R$ 5 milhões destinados para qualificação da cadeia, valorização

da produção e fortalecimento comercial

Sete estados prioritários para atuação (RS, SC, PR, SP, RJ, MG e PE),

além do Distrito Federal

200 estabelecimentos, 600 profissionais

e 3,5 mil potenciais empreendedores de alimentação fora do lar serão capacitados pelo

Qualidade na Taça

Articulação com as unidades estaduais do Sebrae para ampliação do PAS Uva para Processamento

Sensibilização de 1.000 produtores informais de vinho para adesão do Simples Nacional

Mobilização de 60 pequenas vinícolas

e outros 100 produtores rurais em ações de fortalecimento das IGs

Promoção dos vinhos, espumantes e sucos de uva brasileiros em mídias e eventos regionais e nacionais

Foto: Banco de Imagens Ibravin/Dandy Marchetti

Além da qualificação e valorização, projeto contempla questões tributárias para a sustentabilidade dos pequenos negócios

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Ibravin elege Conselho Deliberativo para o biênio 2018/2019

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ettiO advogado e administrador

Oscar Ló foi eleito presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) para o biênio 2018/2019. Ló foi presidente da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho) até maio deste ano e indicado pela entidade para o cargo. O agricultor Marcio Ferrari, presidente do Sindicato dos Agricul-tores Familiares de Farroupilha e coor-denador da Comissão Interestadual da Uva, foi conduzido à vice-presidência para o período. A eleição segue o rodízio de entidades na direção do Instituto e ocorre por consenso dos titulares.

O novo presidente – que ocupou a vice-presidência do Ibravin nos úl-timos dois anos, ao lado de Dirceu Scottá – projeta como uma das princi-pais metas de sua gestão a formaliza-ção de centenas de micro e pequenas vinícolas, que, segundo ele, será pos-sível com a entrada em vigor do Simples Nacional para o setor e com a regulamentação da Lei do Vinho Colonial. “Está no nosso radar o tra-balho de estímulo à inclusão destas empresas, para que também possam acessar novos mercados, gerar receita e estarem devidamente regulariza-das e aptas para atuarem”, antecipa. Oscar Ló cita como desafio a retomada do crescimento das vendas no mer-cado interno, bastante afetado pela crise econômica e pela quebra de safra de 2016. “Para que isso ocorra precisamos investir ainda mais na pro-moção dos produtos, para que a infor-mação sobre a qualidade dos nossos vinhos chegue ao consumidor”, receita.

Como representante das coope-rativas no Conselho Deliberativo do Ibravin, Ló defende este modelo de produção, a busca constante pelo diálogo entre todos os elos da cadeia produtiva e uma valorização do produ-tor que trabalhe para entregar uma matéria-prima de qualidade. “Temos uma preocupação com a sustentabi-lidade do setor. A remuneração justa para o produtor que se preocupa com a qualidade da uva e que se especializa no cultivo de determinadas variedades

ajuda na manutenção dos jovens no campo”, acredita.

Eleito vice-presidente, o agri-cultor Marcio Ferrari enxerga o fo-mento à assistência técnica para os produtores como um dos grandes obje-tivos para o próximo período. Ele acre-dita que a qualificação da produção passa pela consultoria de técnicos jun-to aos viticultores, muitas vezes atendi-dos apenas por vendedores de insumos ou de agroquímicos. “Uma das alterna-tivas para termos recursos é por meio do Programa de Modernização da Viti-vinicultura (Modervitis). É fundamental o acesso a novas tecnologias para pro-duzirmos matéria-prima de qualidade, sermos remunerados de forma justa

por essa entrega e, consequentemente, essa qualidade chega ao produto final que é destinado aos consumidores”, resume.

Ferrari acrescenta a implementação do Cadastro Vitivinícola Nacional e a necessidade de ampliar a fiscalização de vinhos – tanto nacionais quanto importados – como outras prioridades do setor para 2018 e 2019. “Precisamos coibir a entrada de produtos adultera-dos, que não seguem os padrões da legislação brasileira e internacional sobre vinhos, combater o contrabando que acaba colocando produtos em território brasileiro sem pagamento de impostos e, muitas vezes, de baixa qualidade”, propõe.

Dirceu Scottá, representante da indústria, passou o cargo de presidente do Conselho Deliberativo para Oscar Ló, que representa as cooperativas, tendo como vice-presidente Marcio Ferrari, que fala pelos viticultores

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Oscar Ló, ex-presidente da Fecovinho, e Marcio Ferrari, representando os sindicatos de trabalhadores rurais, foram conduzidos aos cargos de presidente e vice-presidente. Dirceu Scottá avalia sua gestão marcada por safras históricas e conquista do Simples Nacional para o setor

Anos marcados por safras históricas e Simples Nacional

CONFIRA COMO FICOU A COMPOSIÇÃO DOCONSELHO DELIBERATIVO

Comissão Interestadual da Uvaz Titulares: Marcio Ferrari e Mércia Fugalliz Suplentes: Cedenir Postal e Moacir Mazzarollo

Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul

(Fecovinho)z Titulares: Oscar Ló e Helio Marchioroz Suplentes: Hermínio Ficagna e Ismar Pasini

União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra)

z Titular: Deunir Argenta z Suplente: Gregório Salton

Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi)

z Titular: João Carlos Zanottoz Suplente: Leocir Luvison

Associação Brasileira de Enologia (ABE)

z Titular: Carlos Abarzúaz Suplente: Dirceu Scottá

Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos

Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho do Estado

do Rio Grande do Sul (Sindivinho/RS)

z Titular: Gilberto Pedrucciz Suplente: Eurico Benedetti

Sindicato Rural de Caxias do Sul (Sindrural-Caxias)

z Titular: Renato Antônio Formoloz Suplente: Antônio Pedro Michelon

Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do

Rio Grande do Sul (Seapi/RS)

z Titular: Ricardo do Nascimentoz Suplente: Adoralvo Schio

Conselho Consultivoz Titular: Daniel Panizzi (representando a Associação de Produtores de Vinhos de Pinto Bandeira – Asprovinho) z Suplente: René Ormazabal Moura (representando a Associação de Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha)

Os anos de 2016 e 2017 ficarão regis-trados na história em função de duas safras atípicas, com quebra de 57% no primeiro e recorde no segundo período. O enólogo Dirceu Scottá, que ocupou a presidência do Ibravin nos últimos dois anos, ao fazer um balanço de sua gestão, concorda com a avaliação do novo presi-dente, Oscar Ló, e aponta a oficialização do Simples Nacional para o setor como uma das grandes conquistas do biênio.

Scottá acrescenta o crescimento do enoturismo, os ganhos de imagem do vinho brasileiro nos mercados interno e externo e a consolidação dos espuman-tes e do suco de uva 100% como itens que podem ser comemorados. O diri-gente também cita os grandes eventos que foram realizados no período, o 39º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho e o III Simpósio Internacional Vinho e Saúde, como fundamentais tanto para a divulgação do Brasil como um impor-tante país produtor e para a propagação dos benefícios dos produtos vitivinícolas para a saúde.

“Tivemos grandes vitórias, mas pre-cisamos avançar quando pensamos em competividade. Temos uma carga tribu-tária que representa mais da metade do valor do produto e entraves com a logística por estarmos num país de dimensões continentais. Também pre-cisamos estimular ainda mais o acesso a novas tecnologias e a qualificação da matéria-prima”, sugere.

O dirigente também menciona como avanços a criação dos Comitês de Eno-turismo, de Indicações Geográficas, de Espumantes e de Logística Reversa, importantes para o debate e encami-nhamento de ações para o desenvolvi-mento setorial. Scottá destaca, ainda, a presença de vinhos brasileiros na mídia nacional, seja em programas jornalísticos ou de entretenimento, a ampliação das ações de qualificação setorial através do Programa Alimentos Seguros (PAS) Uva para Processamento, em parceria com Senar (para viticultores) e Sebrae (para as micro e pequenas vinícolas).

“Encerramos nossa gestão com um trabalho fundamental de revisão do posicionamento estratégico das marcas coletivas Vinhos do Brasil, 100% Suco de Uva do Brasil e Wines of Brasil, buscando um alinhamento para a comunicação setorial e a retomada do crescimento nas comercializações no mercado interno”, conclui.

Como funciona os Conselhos Gestores

O Conselho Deliberativo do Ibravin é formado 11 titulares e 11 suplentes indicados por oito entidades representantes da indústria, das cooperativas e dos produtores rurais – que se revezam na presidência –, mais o governo do Rio Grande do Sul. O grupo se reúne pelo menos uma vez por mês para discutir as demandas do setor e as ações do Ibravin. A cada dois anos ocorre a eleição para a presidência e vice-presidência do Conselho. A administração das verbas do Ibravin é acompanhada pelo Conselho Fiscal, formado por três membros, indicados pelo Conselho Deliberativo. Os Conselhos Fiscal e Deliberativo são eleitos em Assembleia Geral.

ENTENDA

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Eumar Novacki, ministro interino, se reuniu com dirigentes do setor no dia 10 de abril e ouviu pleitos como a implantação do cadastro nacional e pedido de recursos para financiamento da safra com juros reduzidos

Plano de Desenvolvimento da Vitivinicultura Nacional em debate

A implantação de um Plano de Desenvolvimento da Vitivinicultura Nacional e do Cadastro Vitivinícola Nacional, a busca de recursos com juros reduzidos para o custeio da safra da uva e necessidade de maior fiscalização de vinhos, em especial os importados, foram alguns dos assuntos apresentados por dirigentes do setor vitivinícola ao secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki. O encontro ocorreu no dia 10 de abril, em agenda que incluiu visita à sede da Embrapa Uva e Vinho e vinícolas do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS).

Novacki, que no período havia assumido interinamente a titularidade da pasta em função de viagem do ministro Blairo Maggi à Bélgica, foi quem propôs a criação de um Plano de Desenvolvimento da Vitivinicultura Nacional que integre todos os estados produtores de uva e vinho e que ajude na promoção do vinho brasileiro. “Para isso é fundamental que tenhamos dados da produção e da comercialização de todo o país, para pensarmos em estratégicas setoriais mais amplas e, por isso, reforço o compromisso de darmos continuidade a esse processo de implementação de um cadastro nacional”, garantiu.

O secretário executivo adiantou que o ministério também defenderá junto ao governo que se viabilize o financiamento da safra e mecanismos para o escoamento de excedentes de produção, demandas

Ministro interino se reuniu com dirigentes e empresários no auditório da Embrapa Uva e Vinho, em Bento

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Ibravin promove seminário sobre mercado de vinhos mundialO português Luis Osório e o brasileiro

Rodrigo Lanari, da Wine Intelligence, apresentaram no dia 5 de março, em Ben-to Gonçalves, o seminário “Brand Power, inovação e tendência de consumo 2018”, viabilizado no Rio Grande do Sul pelo Ibravin. O evento, que já passou pela Eu-ropa, Oceania, África e Ásia, reuniu cerca de 100 profissionais das áreas de enolo-gia, comercial e marketing das vinícolas gaúchas. Considerada líder mundial em pesquisa, consultoria de estratégia de branding e marketing para o setor vitivi-nícola, a Wine Intelligence compartilhou

suas novas descobertas, associados aos 15 anos de experiência junto a consumi-dores de vinho. Foram apresentadas as tendências que impulsionam o compor-tamento do público e como elas afetarão a categoria, além de informações estra-tégicas dos mercados internacionais, as formas como grandes marcas abrangem inovação e desenvolvimento de novos produtos, além de princípios de branding aplicados ao mundo dos vinhos.

Entre os dados mundiais apresenta-dos, destaque para a preferência dos con-sumidores pelos vinhos rosés, que prati-

camente dobrou em 10 anos – no Brasil, 28% dos entrevistados colocam o rosé entre os preferidos –; e pelos espuman-tes que, em alguns países, cresceu 50%. O seminário também mostrou que 26% das compras de vinho no Brasil são em canais online; que 7% dos brasileiros consomem vinho praticamente todos os dias; e que 53% dos clientes brasileiros são homens. No país, as variedades de vinhos brancos Chardonnay, Sauvignon Blanc e Moscato são as preferidas e, entre as tintas, estão a Merlot, Malbec e Caber-net Sauvignon.

apontadas como prioritárias pelos dirigentes durante a reunião.

Oscar Ló, presidente do Ibravin, lembrou que os últimos dois anos foram de dificuldades para o setor, com uma quebra de safra de 57% em 2016, seguida de colheita recorde em 2017, e com entraves na comercialização. “Precisamos de medidas para destravar esse ciclo e voltarmos a crescer no mercado. Temos problemas de competividade com os vinhos importados, especialmente do Chile e de outros países do Mercosul, que têm um custo de produção mais baixo e que entram no Brasil livres de taxas de importação”, disse.

Para o custeio da safra, os dirigentes solicitaram a disponibilização de R$

400 milhões para o financiamento de estocagem e comercialização, além da redução das taxas dos créditos agrícolas em índices compatíveis com a redução da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

Também estiveram presentes na agenda o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, o diretor de Relações Institucionais do Ibravin, Carlos Paviani, o vice-presidente do Ibravin, Marcio Ferrari, o deputado estadual e ex-secretário estadual da Agricultura Ernani Polo, o secretário de Administração e Governo de Bento Gonçalves, Ênio de Paris, o superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, além de dirigentes e empresários do setor vitivinícola.

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Em março, durante pronunciamento no lançamento do evento, Oscar Ló, presidente do Ibravin, valorizou a importância da realização de uma feira internacional no Brasil

Único encontro de negócios na agenda nacional da cadeia da uva e vinho acontece em setembro, na Serra Gaúcha. Evento com apoio do Ibravin tem a expectativa de reunir 250 expositores e 10 mil visitantes

Wine South America ocorre pela primeira vez no Brasil

O setor vitivinícola brasileiro conhecerá uma nova alternativa em busca da geração de oportunidades de negócios e fortalecimento do segmento no cenário mundial. A primeira edição da Wine South America – Feira Internacional do Vinho ocorrerá de 26 a 29 de setembro, no Parque de Eventos e Desenvolvimento (Fundaparque) de Bento Gonçalves (RS), com o apoio do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Esse é o único encontro de negócios setorizado agendado para ocorrer neste ano em âmbito nacional.

Promovida pela Milanez & Milaneze – empresa do grupo Veronafiere, da Itália, especializado há mais de 50 anos em eventos de negócios no setor de vinhos –, a Wine South America tem a expectativa de reunir 250 expositores, entre empresas produtoras nacionais e internacionais de vinho, fabricantes de máquinas e equipamentos, prestadoras de serviços e fornecedores de acessórios para o segmento, e cerca de 10 mil visitantes.

Além da exposição de produtos e serviços da indústria vitivinícola, a Wine South América terá uma grade de conteúdos voltada à valorização da produção de vinhos e da formação profissional do setor, com degustações, premiações, treinamentos e palestras conduzidas por profissionais que são referência no mercado nacional e internacional. Outro destaque serão as rodadas de negócios com compradores internacionais, em parceria com o Ibravin.

O turismo é um viés que deve movimentar também a economia durante a realização da feira, já que ela ocorrerá no principal destino enoturístico do país, a Serra Gaúcha. “Acreditamos que a Wine South America irá fortalecer todo o universo do vinho no Brasil, possibilitando novos contatos e soluções em prol do desenvolvimento coletivo”, explica Alberto Piz, diretor da Milanez & Milaneze.

O otimismo é compartilhado pelo poder público. O Governo do Estado do Rio Grande do Sul foi um dos mentores para a realização do encontro no Brasil. “A escolha do Rio Grande do Sul pela Veronafiere para sediar a Wine South

America nos sinaliza para o grande potencial do setor vitivinícola gaúcho. O Governo do Estado participou ativamente na atração deste evento por entender que haverá um impacto econômico positivo em toda cadeia produtiva, com reflexos importantes para o turismo”, assinala o secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT/RS), Evandro Fontana.

Na opinião do presidente do Ibravin, Oscar Ló, a realização de uma feira de abrangência internacional na Serra Gaúcha é muito importante para o setor vitivinícola brasileiro, pois se configura uma oportunidade de aproximação com compradores de outras regiões e até mesmo de outros países, tendo em vista a expertise, a rede de contatos

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SERVIÇO

z O que: Wine South America 2018 – Feira Internacional do Vinho

z Quando: 26 a 29 de setembro de 2018

z Onde: Parque de Eventos e Desenvolvimento (Fundaparque), em Bento Gonçalves (RS)

z Informações: www.winesa.com.br

e o renome dos organizadores da Wine South America. “Com a feira sendo realizada em um dos nossos principais polos de produção, teremos a possibilidade de não só apresentarmos nossos produtos como de mostrar o potencial, a qualidade, a estrutura da cadeia produtiva como um todo. Muitos que conhecem as empresas somente pelo nome ou pela garrafa poderão conhecer o local onde são cultivadas as uvas, a forma como são elaborados os vinhos e as pessoas que estão envolvidas no negócio. Isso é uma boa vantagem competitiva”, pontua Ló.

Além de gerar negócios, uma significativa contribuição da Wine South America é a difusão do conhecimento sobre o mundo dos vinhos, no ponto de vista do presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), Edegar Scortegagna. “Para os vitivinicultores, a feira terá grande importância no objetivo de fomentar o consumo de vinhos brasileiros e aproximar o setor do nosso consumidor. O encerramento da edição será no dia 29 de setembro, data da 26ª Avaliação Nacional de Vinhos, combinação que deve fortalecer os dois eventos, visto que essa tradicional promoção da ABE atrai muitos sommeliers, compradores e enófilos, ressaltando tudo o que há de positivo no setor da vitivinicultura brasileira”, diz Scortegagna.

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Regina Vanderlinde, que já ocupa o cargo de secretária Científica da Subcomissão de Métodos de Análises da organização, é a indicada pelo Mapa com o apoio do Ibravin

Brasileira é candidata à presidência da OIV

O Governo Federal publicou no dia 18 de abril um decreto que restabe-lece o índice de 3% para a correção de vinhos por meio de álcool vínico, mosto concentrado ou sacarose. A medida atende ao pedido do setor vitivinícola para que este item fosse alterado no De-creto 8198/2014, que previa os percen-tuais de 1% para vinhos elaborados com uvas viníferas e de 2% para produtos re-sultantes de uvas americanas e híbridas.

Representantes do segmento estiveram em Brasília no dia ante-rior à publicação, em audiência com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, agendada pelo suplente de deputado federal Mauro Pereira, para

solicitar urgência na publicação do de-creto que atualiza os limites de chapta-lização de mostos. No dia 16 de abril estiveram com o chefe de gabinete do ministro da Agricultura Blairo Maggi, Coaraci Nogueira de Castilho. No en-contro, os dirigentes explicaram que o estado do Rio Grande do Sul, que res-ponde por cerca de 90% da produção de vinhos no Brasil, tem sofrido com problemas climáticos que prejudicam a maturação das uvas e, por isso, é ne-cessário que a legislação restabeleça o índice de 3% de correção ou chapta-lização, como é denominada tecnica-mente. Este limite estava em vigor até 2014, tendo sido alterado com a publi-

cação do Decreto 8198/2014.“É importante deixar claro que não

serão todos os vinhos que precisarão de chaptalização. De qualquer forma, é necessário o estabelecimento de um limite e que seja adequado ao clima e características das principais regiões produtoras do país”, esclarece o dire-tor técnico do Ibravin, Leocir Bottega. Ele acrescenta que o teor de açúcar nas uvas é um dos fatores que determi-nam a qualidade da matéria-prima. Há, ainda, segundo ele, o teor de acidez, a maturação fenólica e a sanidade das uvas como importantes fatores qualita-tivos da fruta, que podem refletir-se no produto final.

Governo publica decreto que altera limite de chaptalização

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) definiu o apoio à enóloga e pesquisa-dora Regina Vanderlinde para a presidência da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Regina foi ge-rente geral do Laboratório de Referência Enológica (Laren), é secretária Científica da Subcomissão de Métodos de Análises e Apreciação de Vinhos e membro do Comitê Técnico e Científico da OIV. Atualmente, integra o corpo docente da Universidade de Caxias do Sul. É formada em Farmácia Bioquímica – Tecno-logia de Alimentos, pela Uni-versidade Federal de Santa Catarina e doutora em Enolo-gia pela Universidade de Bor-deaux, na França.

A indicação da candida-tura da brasileira partiu da coordenação de Vinhos e Bebidas do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para dar maior visi-bilidade à produção nacional junto ao principal fórum mun-dial sobre o setor vitivinícola.

Regina defende a cons-trução de um modelo de co-mércio internacional baseado na legalidade e na transpa-rência. Segundo a candidata, o objetivo é obter a adesão de novos membros para a enti-dade a fim de que cresça mais. “Vou trabalhar para inspirar a

confiança do consumidor, va-lorizar o vinho e aumentar o retorno econômico de quem vive da atividade”, propõe.

Uma das principais linhas de trabalho de Regina na presidência da OIV, em caso de confirmação da sua eleição, é o trabalho de regulamenta-ção de produtos não fermen-tados, mais especificamente o suco de uva 100% – integral ou reconstituído –, já que o Brasil é um dos principais produtores destas bebidas e desenvolve pesquisas nesta área com pioneirismo. Outro objetivo da futura gestão é o apoio a projetos de viticultura sustentável e a aproximação da legislação brasileira ao Co-dex Alimentarius, programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricul-tura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A eleição da OIV está agendada para o dia 6 de julho, em Paris (França).

Atualmente, a organiza-ção científica e técnica inter-governamental conta com 46 países membros (entre os quais o Brasil, desde 1996) e 12 organismos internacio-nais como observadores. Foi fundada em 1924, com com-petência no campo da vinha, vinho, bebidas à base de vinho, uvas de mesa, passas e outros produtos de videira, atuando em todos os domí-nios referentes à uva e ao vinho no mundo.

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Regina Vanderlinde foi gerente geral do Laboratório de Referência Enológica (Laren) por mais de uma década

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Institucional

Entidade integra a Coalização Empresarial Brasileira nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia para evitar a invasão de produtos vinícolas de baixo preço no Brasil

Ibravin atua para que acordo não prejudique o setor

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e demais entidades do setor têm trabalhado junto aos órgãos governamentais brasileiros para que o Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia não prejudique a vitivinicultura brasileira. No dia 16 de abril, uma comitiva levou essa preocupação ao ministro de Relações Exteriores, Aloisio Nunes Ferreira, em reunião realizada em Brasília (DF).

No encontro, que foi intermediado pelo suplente de deputado federal Mauro Pereira, foram apresentados os dados de produção e comercialização nacionais, com ênfase para o aumento de 36% registrado nas importações de vinhos no país, sendo que 72% delas vieram dos países da União Europeia em 2017.

“Mostramos a importância de que o Brasil defenda junto à União Europeia a produção brasileira, que preserve a identidade dos nossos vinhos e que as condições para a abertura do mercado não venham a prejudicar o segmento”, explicou o diretor de Relações Institucionais do Ibravin, Carlos Paviani.

O vice-presidente do Ibravin, Marcio Ferrari; o diretor executivo do Sindivinho/RS, Gilberto Pedrucci; o dirigente da Associação Brasileira dos Produtores e Envasadores de Néctares e Sucos (Asbrasuco), Mario Sergio Cardoso; e o negociador-chefe do Acordo União Europeia e Mercosul, embaixador Ronaldo Costa, também participaram do encontro.

“A União Europeia subsidia a viticultura com mais de 1,2 bilhão de euros por ano, detém 60% da produção mundial, além da tradição de mais de dois mil anos na atividade. Por tudo isso, defendemos que a concorrência não pode ser dada nas mesmas condições”, explica Paviani. O dirigente do Ibravin acrescenta que o setor não pode ser considerado moeda de troca, evitando acordos semelhante ao realizado entre o Mercosul e o Chile, que eliminou as tarifas de importação e estabeleceu uma concorrência desleal que se mantém até os dias atuais.

No ano passado ocorreram reuniões em Bruxelas, na Bélgica, e em Brasília (DF). Além de membros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), representam o Brasil nas negociações dirigentes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e da Secretaria de Agricultura Familiar, vinculada à Casa Civil.

Entre os principais itens que estão sendo discutidos está o acordo sobre bens e acesso a mercados, regras de origem, barreiras não tarifárias, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual, onde se encontra o tema das Indicações Geográficas.

Depois de um trabalho de mais de cinco anos, envolvendo diversas entidades, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha protocolou em 14 de dezembro o pedido de reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) para os vinhos finos da região, no escritório do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em Porto Alegre (RS). Os vinhos finos tranquilos e espumantes serão os produtos autorizados a receberem o selo da Indicação de Procedência (IP), cujos vinhedos são cultivados em espaldeiras. A expectativa da Associação é que o reconhecimento seja publicado ao longo deste ano.

“A Indicação de Procedência será um marco para a região. Ela vai trazer um selo de qualidade aos nossos produtos. Hoje, temos todo um conjunto de informações da vitivinicultura da região que poderão auxiliar o produtor na tomada de decisão”, avaliou o presidente da Associação, René Ormazabal Moura.

“A originalidade destes vinhos amplia e valoriza a qualidade e a di-versidade da vitivinicultura brasileira”, complementou Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, que coordenou os trabalhos de estruturação da IP atendendo a demanda da Associação de Produto-res dos Vinhos da Campanha Gaúcha. Ele comenta que esta é a pri-meira Indicação Geográfica de vinhos finos brasileira a ser reconhecida fora da tradicional região produtora da Serra Gaúcha.

Com uma vitivinicultura jovem, a produção na Campanha Gaúcha teve início a partir de investimentos nos anos 1970. Tonietto comenta que a região é a que apresenta o clima mais quente dentre os polos vitícolas do Sul do país, com chuvas bem distribuídas e boa insolação, além de áreas de planície com encostas de baixa declividade, facili-tando o uso da mecanização nos vinhedos. Atualmente, a Campanha Gaúcha conta com mais de 1,5 mil hectares de vinhedos e diversas vi-nícolas elaborando vinhos finos de qualidade.

A solicitação do reconhecimento da Indicação de Procedência no INPI ocorreu com a entrega de um completo dossiê técnico que foi ela-borado ao longo de meia década por uma equipe interdisciplinar de diferentes instituições, com a coordenação da Embrapa Uva e Vinho. A documentação inclui, dentre outros, a delimitação da área geográfica de IP, o Regulamento de Uso para os vinhos da IP, o plano de contro-le dos produtos, a caracterização geográfica – incluindo a geologia, o solo, o relevo e o clima –, a viticultura e as vinícolas produtoras, as carac-terísticas dos vinhos, os processos de produção vitícolas e enológicos, além do descritivo histórico e do renome da região.

Além do presidente da Associação, René Ormazabal Moura, também participam da entrega integrantes do projeto que estruturou a Indicação de Procedência – Jorge Tonietto e Samar V. da Silveira (Embrapa Uva e Vinho); José Fernando Protas (Recivitis), que financiou o projeto; a advogada Kelly Lissandra Bruch, do escritório que organizou a documentação do pedido; os produtores Julio Gostisa, Victória Zara Mércio e Thomaz Mércio; e Julieta Macedo, chefe substituta do escritório regional do INPI no Rio Grande do Sul, que recebeu o pedido de registro da IP.

Foto: Francisca Canovas Moura

INPI recebe pedido de IG dos Vinhos Finos da Campanha Gaúcha

Representantes do setor vitivinícola entregaram pedido ao INPI para obtenção de selo de Indicação Geográfica para vinhos e espumantes

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Institucional

Evento oficial do Rio Grande do Sul foi realizado em Nova Pádua e contou com a presença de representantes dos governos estadual e nacional, além de entidades setoriais

Abertura da safra marca a regularização dos primeiros produtores de vinho colonial

Cartilha do Vinho Colonial foi lançada durante o evento. Primeiros produtores

enquadrados na lei receberam o material das mãos do governador do

Estado e de representantes do setor

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Com aproximadamente 2,5 mil habitantes, Nova Pádua possui praticamente uma vinícola para cada 110 moradores. A região que, junto com Flores da Cunha, compõe, desde 2012, a Indicação Geográfica (IG) de Altos Montes para vinhos e espumantes foi escolhida como palco do Ato Oficial de Abertura da Colheita da Uva no Estado do Rio Grande do Sul - Safra 2018.

A solenidade ocorreu no dia 27 de janeiro, nos vinhedos da Boscato Vinhos Finos, e contou com as presenças do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori; do então secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi/RS) Ernani Polo; do secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR/RS), Tarcísio José Minetto; do Chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Fernando Werlang; do prefeito municipal de Nova Pádua, Ronaldo Boniatti; do presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Oscar Ló; além de parlamentares estaduais e federais e de outros representantes de entidades setoriais. A abertura oficial da vindima segue um rodízio entre as regiões vitivinícolas do Estado.

Durante o evento, o presidente do Ibravin, Oscar Ló, falou sobre a expectativa do setor para esta safra,

que deve contabilizar entre 600 e 650 mil toneladas de uvas destinadas ao processamento, cerca de 15% a menos que na anterior (até o fechamento desta edição os resultados finais não haviam sido finalizados. Os números serão divulgados na próxima publicação do Saca-Rolhas). O dirigente também lembrou das dificuldades encontradas pela cadeia produtiva vitivinícola ao longo de 2017

“Tivemos um ano cujas as comercializações foram as mais difíceis, devido ao crescimento nas importações. Isso deixa o setor em alerta e pressiona para que tenhamos um desempenho melhor em 2018. Por isso a necessidade de revermos o tema da Substituição Tributária, que é, hoje, o principal elemento de diminuição da competitividade do setor vinícola. Na base da produção de uvas há uma preocupação crescente com as reduções dos custos de produção, com a qualificação da produção e com manutenção da rentabilidade dos nossos produtores. Diferente de outros países, que contam com altos subsídios, como os europeus, temos falta de crédito, assistência técnica e até mesmo carência de tecnologias para ampliarmos a competitividade”,

pontuou em seu discurso o presidente do Ibravin.

Durante a abertura oficial da safra de uva também foram entregues pelo governo do Rio Grande do Sul os primeiros números de registro aos empreendimentos de vinho colonial, enquadrados na lei nº 12.959/2014. Aldo Lazzari, de Garibaldi, e Auri Flâmia, de

Bento Gonçalves, poderão comercializar vinhos, espumantes e sucos de uvas em feiras, cooperativas ou na propriedade sem a necessidade de abrir uma empresa, utilizando apenas o talão de produtor rural para emissão de notas.

Podem se enquadrar na Lei do Vinho Colonial agricultores familiares que elaboram até 20 mil

litros por ano com uvas próprias. Uma cartilha explicativa para auxiliar os produtores nas etapas de formalização também foi lançada na solenidade e está à disposição, gratuitamente, nos Sindicatos Rurais, nas Ematers, em entidades setoriais e também online, no site do Ibravin (www.ibravin.org.br), na aba Downloads.

O presidente do Ibravin também valorizou o empenho de atores públicos e de entidades setoriais para que os primeiros produtores de vinho colonial

“O setor é muito importante para economia e para

geração de emprego do nosso Estado. A

certificação do Vinho C0lonial abre um novo horizonte”

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Isabel

PRODUÇÃO VITIVINÍCOLA NO

RIO GRANDE DO SUL

RS

O Estado elabora

do vinho brasileiro,

do espumante

variedades de uvas cultivadas

Dos vinhos gaúchoscomercializados

Exportação para

Hectares de vinhedos

90%77,5% dos vinhedos são

de uvas tintas

22,4%

15 milfamílias

51 países

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são de variedadesbrancas e rosadas

Bordô

Concord

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CabernetSauvignon

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Principais variedadescultivadas

envolvidas diretamentecom o setor

de uvas processadasno Rio Grande do Sul

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mil toneladas

85%

17,5hectares

O tamanho médio das propriedades é de

do suco de uva90%

90% da produção nacional de uvas para processamento está no Rio Grande do Sul

Mais de

º Serra Gaúchaº Campanhaº Serra do Sudesteº Campos de Cima da Serraº Vale Central

Principais regiõesvitivinícolas

Merlot Riesling Itálico Trebbiano

Institucional

do Estado fossem regularizados. Ló aproveitou a oportunidade para agradecer ao governo estadual do Rio Grande do Sul pelo recurso disponibilizado através do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis), que recentemente viabilizou a compra de um novo equipamento para o Laboratório de Referência Enólogica (Laren). Com investimento de R$ 2 milhões, o cromatógrafo líquido acoplado a um espectrômetro de massa oferece análises mais complexas, permitindo monitoramento e controle ainda mais precisos da produção vinícola nacional e das amostras de vinhos e derivados importados que forem encaminhadas para verificação.

“O setor vitivinícola nacional vem se expandindo expressivamente, aliado à alta qualidade dos seus produtos. Essa aquisição atende uma demanda de longa data do setor. Representa uma atualização tecnológica, que auxiliará no controle e fiscalização dos produtos através de uma avaliação mais criteriosa quanto à composição química dos vinhos e derivados, proporcionando ao consumidor mais informações e garantindo segurança alimentar. Contribuirá também para a imagem do vinho brasileiro no mercado interno e externo”, reforça Ló.

O então secretário estadual da agricultura, Ernani Polo, destacou também os esforços do setor vitivinícola e reiterou a parceria do governo com o Ibravin, citando o Fundovitis como fundamental para a qualificação e promoção do vinho gaúcho.

“A colheita é um momento muito especial para todos aqueles envolvidos na produção de uvas, vinhos, espumantes, sucos e derivados. Mais uma vez, estamos celebrando um momento que é muito simbólico. É o resultado da dedicação, do esforço de muitas famílias gaúchas que se dedicam a produção. O setor é muito importante para economia e para geração de empregos do nosso Estado. A certificação do vinho colonial abre um novo horizonte a essa produção que é importante no Rio Grande do Sul e está espalhada em diversas regiões”, afirmou Polo.

“Participar da colheita de uva é uma satisfação pessoal. O Rio Grande do Sul produz cerca de 90% dos vinhos, espumantes e sucos do Brasil e a região da Serra é o maior polo deste setor. E pelo jeito que vai, o setor tende a evoluir cada vez mais”, finalizou o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, lembrando, ainda, que o ato oficial da colheita da uva no Estado foi realizado pela primeira vez em 2012.

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Vinhos Suco de uvaEspumantes

2,19% 15,91%88,72% 5,67%2,57%Total geral**Total vinhos*

2016/2017

Vinhos do Brasil

Último trimestre do ano consolidou recuperação comercial, com destaque para o suco de uva 100%, que fechou o ano com crescimento de 16%

Setor vinícola retoma vendas e encerra 2017 com alta de 5,6%

Com uma retomada iniciada no terceiro trimestre e que ganhou fôlego nos últimos três meses do ano, o setor vitivinícola terminou 2017 com dados positivos, apresentando crescimento de 5,67% nas vendas no mercado interno. No total, foram comercializados 363.184.941 litros de vinhos, espumantes, sucos e outros derivados da uva.

Nos vinhos tranquilos, as vendas ficaram positivas em 2,19%, com 189,3 milhões de litros comercializados. Os vinhos espumantes ampliaram o volume em 3,22%, com 17,4 milhões de litros, e os sucos de uva 100% prontos para consumo foram os itens que mostraram melhor desempenho, com expansão de praticamente 16% ante o ano anterior, com 109 milhões de litros vendidos.

“O início do ano foi bem difícil, pois vínhamos de uma quebra de safra recorde (ocorrida em 2016), que aumentou os custos de produção, diminuiu a oferta de produtos, junto com uma crise econômica e política que deixou o mercado bastante retraído. Essa conjuntura começou a se dissipar no terceiro trimestre”, observa o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Oscar Ló. “A partir daí, os espumantes e os sucos, produtos em que temos maior competitividade, já estavam com vendas melhores que em 2016, mas foram nos últimos três meses do ano que recuperamos os resultados de fato”, complementa o dirigente.

No ano passado, 32% do total das comercializações foram efetivadas entre outubro e dezembro. Marcio Ferrari, vice-presidente do Ibravin, observa que, a partir da metade do ano, com o ingresso dos produtos elaborados a partir da nova safra – recorde histórico no Rio Grande do Sul, com 753 milhões de quilos – houve um arrefecimento nos custos e, por consequência, nos preços ofertados ao consumidor, assim como uma melhoria na perspectiva econômica no país. Com o resultado, no mercado doméstico, os rótulos nacionais mantiveram a participação de 61,5% nas vendas de vinhos e de 71% nos espumantes.

Somando as vendas dos produtos brasileiros com os volumes de importação, o mercado de vinhos ampliou em 13%. No ano passado, ingressaram no país aproximadamente 125,8 milhões de litros de vinhos e espumantes, representando alta de 36,6% ante 2016. O suco de uva, por sua vez, recuou 18,7%, com o ingresso de 226,5 mil litros.

Para esse ano, a perspectiva é de ampliação dos resultados positivos iniciados no último trimestre de 2017 devido à normalização dos estoques e aos produtos elaborados a partir da safra 2018, considerada de excelência em qualidade. Entretanto, para ampliar a competitividade mercadológica, o setor trabalha pela retirada do vinho do regime de Substituição Tributária (ST).

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Vinhos Suco de uvaEspumantes

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2016/2017

20162017

Legenda

20162017

Legenda

DESEMPENHO COMERCIAL EM LITROS

IMPORTAÇÕES EM LITROS

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - AliceWeb

* Vinhos finos, de mesa, espumantes e outras categorias** Incluindo vinhos, sucos e outras bebidas derivadas da uva

Fonte: Cadastro Vinícola, mantido em parceria entre Ibravin, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio

Grande do Sul (Seapi/RS). Números referentes as vinícolas gaúchas, em litros.

Setor pleiteia retirada da ST para ampliar participação do vinho brasileiro no mercado

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Vinhos do Brasil

Iniciativas promoveram os vinhos, espumantes e sucos de uva 100% em canais digitais, mídias tradicionais e em ações de relacionamento, entre os meses de outubro e dezembro de 2017

Campanha de verão impacta mais de 9 milhões de pessoas

Os vinhos brancos e rosés, os espumantes e os sucos de uva 100% foram os destaques da campanha de verão promovida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) entre os meses de outubro e dezembro de 2017. Publiedito- riais, anúncios e ações de relacionamento nortearam as iniciativas e impactaram, aproximadamente, 9,5 milhões de pessoas.

Influenciadores brasileiros de diferen-tes segmentos foram contratados para fazerem postagens sobre os espumantes e os sucos de uva 100% em seus canais. O objetivo foi atingir os seguidores destes profissionais, com afinidades variadas. Par-ticiparam as instragramers Isadora Becker (gastronomia), Jéssica Dantas (maquia-gem), Shantal Verdelho (fit), Karen Jonz (família), Mariah Barcelos (família), Lú Fer-reira (receitas saudáveis) e Gabriela Pugliesi (fit); e os youtubers Wendell Lira (games), Luisa Accorsi (viagem e lifestyle) e Flavia Ferrari (decoração e dicas para o dia-a-dia). Mais de 3,2 milhões pessoas visualizaram as publicações.

Além da campanha nas mídias digitais, o projeto setorial 100% Suco de Uva do Brasil ganhou sua primeira ação publicitária exclusiva. A iden-tidade visual destacou os benefícios da bebida à saúde, passando a men-sagem de forma bem direta: Viva 100%, fazendo referência a forma de se aproveitar a vida e também ao 100% uva. A mídia tradicional foi contemplada com publieditoriais, spots e merchan em jornal, rádio e televisão, além de um conteúdo de oito páginas na revista de bordo da companhia aérea Azul, com veiculação em dezem-bro, lida por quase 200 mil pas-sageiros. Buscando otimizar os resultados, 150 kits promocionais com produtos das empresas que integram o projeto 100% Suco de Uva do Brasil foram enviados para jornalistas, blogueiros, digital influencers, nutricionistas, médicos e formadores de opinião, e outros 50, em parceria com a Tetra Pak, foram encaminhadas para pais e mães blogueiras .

“O suco de uva 100% é um dos prin-cipais produtos do setor, representando 50% do volume de uvas gaúcha. É uma bebida que chama a atenção do consumi-dor pelo sabor, qualidade e pelos atributos

de saudabilidade. Nesta campanha inédi-ta, focamos no público que se preocupa com a saúde e a família, mostrando os diferenciais e reforçando a categoria 100%”, explica o gerente de Pro-moção do Ibravin, Diego Bertolini.

No último trimestre do ano, o Ibravin veiculou em diversas mídias a campanha Brasil Espumantes, com o objetivo de pro-mover e estimular o consumo consciente nos jovens socialmente ativos (geração millennial), com idade entre 25 e 40 anos.

Para transmitir a mensagem de jovialidade e leveza dos vinhos brasileiros, a iden-tidade fez referência às diferentes formas de viver o verão, reforçando a mensagem de que existem espumantes para acom-panhar todos os momentos da estação. O maior foco desta campanha foi através das mídias digitais. Além das peças publici-tárias, conteúdos publieditoriais em mídia tradicional foram contemplados em jornal, site e rádios. Mais de três milhões de pes-soas foram impactadas nos veículos de co-municação convencionais.

O espumante foi o grande destaque em um publieditorial da revista de bor-do da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, de dezembro. Em parceria com três vinícolas cotistas, o material de oito páginas valori-zava, ainda, o enoturismo gaúcho. Cerca de 335 mil leitores foram impactados. A comunicação envolveu também uma ação dentro do avião, com sorteio de 96 garrafas de espumantes para passageiros em voos da ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo, e degustação de produtos de quatro viníco-

las nas salas VIPs da Gol, no aeroporto de Guarulhos (SP).

Muito consumidos no verão, os vinhos brancos e rosés fizeram suces-so nos canais digitais da principal rede de vídeos de gastronomia e turismo criada para a geração móvel, a Tastemade Brasil. Com grande envolvimento dos mille-

nials no Facebook e Instagram, dois minidocumentários com dicas de harmonização e informações sobre a elabo-ração dos vinhos brancos e rosés foram divulgados nas redes sociais da mar-

ca, além de publipost nas plataformas. As duas produções

visuais impactaram mais de 2,2 milhões de internautas.

“A campanha de verão foi muito as-sertiva. As iniciativas estiveram alinhadas às novas estratégias do posicionamento das marcas coletivas setoriais, investindo no consumidor millennial, um público muito presente, especialmente, nas mí-dias digitais. O período escolhido para a realização das ações foi tático, pois o fi-nal do ano representa o maior volume comercializado dos produtos vinícolas”, avalia o gerente de Promoção do Ibravin.

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Evento que celebra o enoturismo e a gastronomia do país oferece programação e descontos especiais em mais de 200 empreendimentos de cinco polos produtores de vinho e uma capital estadual

Dia do Vinho terá mais de 300 atrações em três regiões do Brasil

De 18 de maio a 3 de junho, o estado do Rio Grande do Sul, o roteiro de São Roque, a 60 quilômetros de São Paulo, e a região do Vale do São Francisco, no nor-deste brasileiro, se unem para celebrar, com mais de 300 atrações simultâneas, o Dia do Vinho 2018. A apresentação oficial da nona edição será no dia 9 de maio, às 17h, no Ho-tel Don Rafael Cerrito, em Santa Maria, no Vale Central Gaúcho.

Neste ano, o Dia do Vinho terá atrações espalhadas por Itaara, Santa Maria, Silveira Martins e São João do Polêsine (Vale Cen-tral Gaúcho), Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Itaqui e Santana do Livramento (Campanha Gaúcha), Antônio Prado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Pinto Bandei-ra, Veranópolis e Vila Flores (Serra Gaúcha - Região Uva e Vinho), na capital gaúcha, Porto Alegre (RS), além de Casa Nova (BA), no Vale do São Francisco, e São Roque (SP).

As atividades abrangem degustações, refeições harmonizadas, feiras de vinho, festivais culturais, visita aos vinhedos, piqueniques, trilhas, cavalgadas, cinema ao ar livre, entre uma infinidade de atra-ções. As experiências oferecidas ao longo da programação também contemplam ações promocionais para abastecer a adega, além de tarifas com descontos e

cardápios com pratos especiais em hotéis e restaurantes.

“O Dia do Vinho, desde a origem, celebra a cultura, a história e a produção vitivinícola de maneira integrada por todo o Brasil. Ele foge da ideia de evento real-izado em único local. Pelo contrário: são duas semanas de atividades voltadas ao enoturismo e à gastronomia, para se apro-veitar em dezenas de municípios com as mais variadas características e atrações, todos os dias. Além disso, é um período estratégico para se abastecer as adegas de casa com excelente custo-benefício”, explica o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Oscar Ló.

Segundo o presidente do Sindicato Em-presarial de Gastronomia e Hotelaria (Segh) da Região Uva e Vinho, Vicente Perini, os feriados de Nossa Senhora de Caravaggio (festejado apenas na Serra Gaúcha) e Cor-pus Christi, celebrados nos dias 26 e 31 de maio, respectivamente, devem ser um atrativo extra para incentivar o turismo nas regiões. “Ao longo das duas semanas de Dia do Vinho, a expectativa é de um in-cremento de 10% na geração de negócios ligados ao enoturismo e à gastronomia nos mais de 200 empreendimentos inte-grados à programação. Ainda assim, trata-se de um impacto difícil de se mensurar,

justamente em função do alcance nacio-nal do evento, que envolve características muito particulares de cada território e co-munidade”, avalia Perini.

Para saber o que, quando e onde fazer, basta acessar www.diadovinho.com.br e conferir a programação completa do evento. Pelos mecanismos de busca da fer-ramenta, também é possível filtrar as ativi-dades por município e data.

A edição 2018 tem o apoio das pre-feituras municipais de Antônio Prado, Bento Gonçalves, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, Veranópolis e Vila Flores, além de Associação de Turismo da Serra Nor-deste (Atuaserra), Associação Internacio-nal de Enoturismo (Aenotur), Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), Associação de Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha, Associação dos Produtores de Vinhos de Pinto Bandeira (Asprovinho), Associação dos Vitivinicul-tores do Vale Central Gaúcho (Vinhos do Coração do Rio Grande), Roteiro do Vinho de São Roque (SP), Sindicato da Indústria do Vinho de São Roque (Sindusvinho São Roque) e Instituto do Vinho Vale do São Francisco (Vinho VASF). O patrocínio é de Oxford, Strauss e Sebrae.

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Santa Maria, no Vale Central Gaúcho, será palco do lançamento oficial da programação do 9º Dia do Vinho

Vinhos do Brasil

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Dia do Vinho terá mais de 300 atrações em três regiões do Brasil

Vinhos do Brasil

Treze ações voltadas para consumidores finais ocorrem no primeiro semestre nos estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Valor apoiado por edital público é proveniente do Fundovitis

Ibravin destina recursos para projetos de promoção nacional

Para estimular o consumo consci-ente de vinhos, espumantes e sucos de uvas nacionais, disseminar a cul-tura do vinho e fortalecer o posicio-namento e a imagem setorial, o Insti-tuto Brasileiro do Vinho (Ibravin) está apoiando neste primeiro semestre, por meio de editais públicos, 13 ações voltadas a consumidores finais. A ex-pectativa é que mais de 400 mil pes-soas prestigiem os eventos, que vão desde peças teatrais, passando por feiras e degustações, até corrida em meio aos vinhedos.

Nesta primeira chamada públi-ca, o repasse total de apoio foi R$ 245.600,00. O valor aprovado pelo Comitê de Mercado e pelo Conselho Deliberativo do Instituto é provenien-te do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis), destinado ao Ibravin por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi/RS).

As inscrições para a segunda chamada pública de apoio à ações para consumidores, bem como as ori-entações para a candidatura, estão abertas até o dia 11 de junho, no site www.ibravin.org.br/Editais.

1º Festival Enogastronômico

Italiano, um dos eventos contemplados

pelo edital, reuniu 11 vinícolas brasileiras e 11 expositores de

produtos coloniais em Porto Alegre

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AÇÃO

9ª Mostra Flores e 6ª Feira Agroindustrial

Circuito Mesa: Mesa ao Vivo Espírito Santo

Festival Enogastronômico Italiano

Peça teatral "Abre a boca e fecha os olhos"

Peça teatral "Abre a boca e fecha os olhos"

Vinho na Vila Rio de Janeiro

Vinho na Praça - Edição Dia do Vinho

Caixa Wine Run - Vale dos Vinhedos

8º Brinda Brasil - Salão do Espumante Brasileiro

Salão Vinícola ExpoBento 2018

Premiação Melhores do Ano - 15ª Edição

Workshop: Benefícios do suco de uva para a saúde

Feira do Vinho

DATA DE REALIZAÇÃO

24/02 a 25/03/2018

22 e 23/03/2018

29/03 a 01/04/2018

18 e 19/04/2018 (três sessões)

24 e 25/04/2018 (três sessões)

18 a 20/05/2018

19/05/2018

25 e 26/05/2018

14 e 15/06/2018

17/06/2018

18/06/2018

30/06/2018

04 a 08/07/2018

LOCAL

Parque da Vindima Elói Kunz - Flores da Cunha/RS

Faculdade Novo Milênio - Vila Velha/ES

Centro de Eventos BarraShoppingSul - Porto Alegre/RS

Escolas particulares - Farroupilha/RS

Escolas particulares - Canoas/RS

Píer Mauá/Armazém 1 - Rio de Janeiro/RJ

Praça Dr. Maurício Cardoso - Porto Alegre/RS

Vale dos Vinhedos - Bento Gonçalves/RS

Brasília Palace Hotel - Brasília/DF

Fundaparque - Bento Gonçalves/RS

Espaço Casa Bossa - São Paulo/SP

Hotel Intecity - Caxias do Sul/RS

Centro de Eventos do BarraShoppingSul - Porto Alegre/RS

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Passeios por roteiros de enoturismo da Serra Gaúcha também estão na programação do Congresso

Foto: Banco de Imagens Ibravin/Dandy Marchetti

Abertas as inscrições para o 7º Congresso de Enoturismo

Estão abertas as inscrições para o 7º Congresso Latino-Americano de Enoturis-mo, que será realizado de 27 a 30 de junho, no Hotel e Spa do Vinho, no Vale dos Vi-nhedos, em Bento Gonçalves (RS). As ade-sões devem ser feitas no site do evento, em www.congressoenoturismo.com.br, até o dia 8 de junho, com vagas limitadas para 250 participantes. O tema desta edi-ção é “Território, vinho e turismo: harmo-nização que dá certo”.

Os ingressos para a programação de palestras e painéis custam R$ 250 e estu-dantes têm 50% de desconto. Grupos de 10 pessoas ganham como cortesia a 11ª inscrição. As matrículas coletivas devem ser feitas através do e-mail [email protected]. Além das ex-planações, o Congresso conta com visitas técnicas por adesão em cinco roteiros enoturísticos da Serra Gaúcha. Os valores variam de R$ 120 a R$ 155.

Promovido pela Associação Interna-cional de Enoturismo (Aenotur), pelo Ins-tituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com patrocínio do Hotel e Spa do Vinho, o Congresso contará com seis palestras, três painéis e apresentações de seis cases, que terão tradução simultânea para as línguas portuguesa e espanhola.

Estão confirmadas as palestras inter-nacionais da norte-americana Liz Thach, Master of Wine e professora da Sonoma State University, no Wine Business Institu-te; do argentino Gabriel Fidel, especialista

SERVIÇO7º Congresso Latino-Americano de Enoturismo

z Quando: 27 a 30 de junho de 2018z Onde: Hotel e Spa do Vinho (Rodovia RS-444, km 21), em Bento Gonçalves (RS) z Inscrições: até o dia 8 de junho, pelo site www.congressoenoturismo.com.br. Grupos acima de 10 participantes devem se inscrever através do e-mail [email protected] para obtenção de cortesia. Vagas limitadasz Valores: R$ 250 (estudantes têm 50% de desconto). Visitas técnico-turísticas custam R$ 120 (quinta e sexta-feira) e R$ 155 (sábado), cada z Informações: [email protected]

Encontro latino-americano ocorre em junho, no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Matrículas paraa sétima edição devem ser feitas no site do evento. Investimento é de R$ 250, com vagas limitadas

em enoturismo e presidente da Funda-ción ProMendoza; e dos europeus José Calixto, presidente da Rede Europeia das Cidades do Vinho (Recevin), e José Arru-da, diretor da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Também estão previstos painéis sobre as regiões enoturísticas da América Latina, com re-presentantes do Brasil, Chile e Uruguai, e sobre as políticas e projetos para o de-senvolvimento do setor no Brasil, com Mi-nistério do Turismo, Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), Sebrae e Frente Parla-mentar de Defesa da Valorização da Pro-dução Nacional da Uva, Vinho, Espumante e Derivados. As programações ocorrerão pela manhã, com exceção da abertura ofi-cial, que será no turno da tarde.

“O Ibravin, além de promover os pro-dutos vinícolas, tem um compromisso muito grande com o enoturismo. Para o setor, é muito importante que o evento

ocorra aqui, pois fomentará o turismo da região e ajudará na consolidação da ca-deia junto aos formadores de opinião de diferentes países que estarão durante a realização do evento”, acredita Oscar Ló, presidente do Ibravin.

O encerramento oficial do Congresso Latino-Americano de Enoturismo será no dia 29 de junho, com a realização da 3ª edição do Wine Festival. A iniciativa pro-movida pelo Ibravin será aberta ao público, na Rua Coberta, próxima à Casa das Artes, também na cidade de Bento Gonçalves. Haverá shows, food trucks e venda vinhos e sucos em taça e garrafa. No sábado (30), será realizada a última visita a um dos ro-teiros enoturísticos da programação. Os destinos que receberão os congressistas são o Vale dos Vinhedos, os distritos bento--gonçalvenses de Tuiuty e Faria Lemos e os municípios de Pinto Bandeira, Garibaldi, Farroupilha e Flores da Cunha.

Vinhos do Brasil

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Suco de Uva

Estudos realizados com corredores de meia maratona e judocas atestam os benefícios da bebida na redução de gordura, no combate aos radicais livres e, consequentemente, no desempenho dos competidores

Suco de uva melhora rendimento de atletas

Foto: Banco de Imagens Ibravin/Dandy Marchetti

Depois de comprovar os benefícios do consumo de suco de uva 100% ao coração, na prevenção ao Alzheimer e até na perda de gordura abdominal, está confirmado que a bebida também é importante aliada no rendimento de esportistas. É o que mostraram duas pesquisas com atletas de meia maratona e de judô, realizadas entre os meses de maio e dezembro de 2017.

No estudo realizado com 22 atletas de meia maratona na faixa etária dos 20 aos 50 anos, os participantes foram divididos em dois grupos denominados pelos pesquisadores como intervenção e controle. O primeiro ingeriu 400ml de suco de uva tinto e o grupo controle consumiu uma bebida isocalórica com sabor e aroma similar ao suco de uva, ambos no período de 14 dias. Foi realizada a chamada avaliação antropométrica, com medições de peso, altura, circunferências abdominais, cálculos dos percentuais de massas gorda e magra, antes e após o consumo das bebidas. Também foi feita uma avaliação após a prova.

A equipe da pesquisadora Caroline Dani, do Centro Universitário Metodista (IPA) – responsável pelo estudo, observou uma diminuição no percentual de massa gorda e de circunferência abdominal no grupo que bebeu suco de uva (intervenção) na comparação pré e pós-tratamento.

“Verificamos um aumento na massa

magra nos corredores que consumiram suco de uva na comparação com o outro grupo de atletas. Este dado é bastante relevante, visto que o percentual de gordura magra é decisivo no desempenho do atleta e no seu metabolismo. Entretanto, não foram verificadas diferenças significativas no peso, por exemplo, na comparação entre os atletas que ingeriram suco de uva e o placebo”, garante. Os dados finais ainda estão sendo analisados e em breve serão disponibilizados para o público.

Além da biomédica Caroline Dani, conduziram o estudo – denominado “Efeitos do consumo de suco de uva tinto em parâmetros antropométricos de homens hígidos participantes de uma meia-maratona” – os pesquisadores Greice Arraes, Isabel Cristina Teixeira Proença, Jéssica Pereira Marinho, Luiz Fernando Lopes Silva, Manuela Santos, Mariana Kras Borges Russo, Daniela Pochmann e Claudia Funchal.

A segunda pesquisa que relaciona o rendimento de esportistas com a ingestão de suco de uva foi realizada com 19 judocas da equipe de competição do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre (RS). Ingerindo a mesma quantidade dos corredores – 400ml por dia, pelo mesmo período –, foi observado um melhor rendimento do grupo que consumiu o suco de uva 100% em relação aos outros

atletas. “Verificamos um aumento na força dos membros inferiores e superiores dos judocas que consumiram o suco em relação aos demais que beberam o placebo e, consequentemente, uma melhora na performance e nos resultados destes atletas”, afirma Caroline, que dividiu o estudo com a nutricionista e pesquisadora Cláudia Schneider, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). “Também pudemos comprovar que o suco de uva reduziu o dano aos lipídeos e proteínas e aumentou os níveis de defesa antioxidante. Isso significa uma melhora na condição física dos atletas após os treinos e competições”, reforça.

As pesquisas foram apoiadas pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com o objetivo de continuar difundindo os ganhos à saúde proporcionados pelo suco de uva 100%.

“Temos muito claro no nosso posicionamento que é importante fomentar o consumo da bebida como um produto funcional, tanto para consumidores, como foi comprovado que é para atletas. O suco de uva também é um importante produto para o desenvolvimento da cadeia produtiva, já que metade da produção de uva é destinada à sua elaboração”, resume o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini.

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Wines of Brasil

ESTANDE COLETIVOz Aurora z Casa Periniz Casa Valdugaz Don Guerinoz Góesz Lidio Carraroz Mioloz Mioranzaz Peterlongoz Pizzato z Salton

As 11 empresas que participaram da maior feira de vinhos do mundo, na Alemanha, deverão comercializar o volume nos próximos 12 meses. Após o evento, profissionais do setor embarcaram para missão técnica na Itália

Vinícolas fecham negócios de USS 1,6 milhão na ProWein

Estande coletivo recebeu compradores de 12 países e mais de 500 visitantes no Sparkling Brasil Lounge

Pela primeira vez, produtores brasileiros estiveram representados no ProWein Forum

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dré

Beze

rraOs mais de 500 atendimentos realiza-

dos apenas no Sparkling Brasil Lounge nos três dias de realização da ProWein, maior feira mundial de vinhos, encer-rada dia 20 março, em Düsseldorf, na Alemanha, e a sala cheia durante a pa-lestra realizada no fórum do evento de-monstram que a estratégia de focar no espumante como carro-chefe do setor vitivinícola nacional foi acertada.

As 11 vinícolas brasileiras brindaram os resultados na 14ª participação do pro-jeto na feira. Contabilizaram um aumento de, aproximadamente, 30% nos atendi-mentos comerciais, com visitantes de 17 países e uma projeção de negócios para os próximos 12 meses 60% maior em relação à edição do ano passado, podendo chegar a US$ 1,6 milhão. A participação das em-presas foi viabilizada pelo projeto setorial Wines of Brasil, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) – por meio do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicul-tura do Rio Grande do Sul (Fundovitis) –, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-tos (Apex-Brasil). O estande também foi apoiado pela Secretaria do Desenvolvi- mento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SDECT/RS).

“O mercado tem demonstrado um reconhecimento cada vez maior do Bra-sil como referência na elaboração de espumantes dentre os países do Hemis-fério Sul”, explica o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini. “A feira foi um sucesso. Além das empresas terem acertado parcerias com novos importa-

A FEIRA EM NÚMEROS

Em 2018, a ProWein contou com

6.870 expositores de

64 países, mais de

300 regiões vitivinícolas representadas e cerca de

500 eventos, incluindo sessões de degustações guiadas,

seminários e apresentações.

Mais de 60 mil visitantes

de 133 países prestigiaram o evento.

dores, fecharam boas vendas durante o próprio evento”, comemora.

Além de compradores dos países-alvo do projeto – Estados Unidos, Reino Unido e China – o estande recebeu visitantes da Irlanda, Suíça, Holanda, Suécia, Portugal, Bélgica, Emirados Árabes, Israel e França. Sobre esse último território, Bertolini in-forma que algumas vinícolas brasileiras fecharam com importadores para esse concorrido mercado. “O interesse no espumante brasileiro tem sido cada vez maior e acaba surpreendendo positiva-mente os compradores e também os con-sumidores”, analisa o gerente. No ano pas-sado, apenas uma das empresas exposito-ras exportou 12 mil garrafas para a França.

O dirigente também cita o destaque do trade e da imprensa internacional para o espumante brasileiro, afirmando que ‘the next great bubbles comes from Brazil’ (em tradução livre, as próximas grandes borbulhas vêm do Brasil).

Após a participação na ProWein, um grupo de 14 pessoas, de sete vinícolas brasileiras, realizou uma missão técnica na Itália, nas regiões de Conegliano e Treviso. De 21 a 23 de março, fizeram visitas em vinícolas, em roteiros enoturísticos e na Es-cola de Enologia de Conegliano. O objetivo foi conhecer a produção das empresas, as experiências dos empreendimentos com o turismo e as formas para atrair visitantes para os roteiros de vinhos no Brasil.

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Suco de UvaWines of Brasil

Com mais de US$ 15 milhões comerciali-zados no mercado internacional em sucos, vinhos e espumantes, o setor vitivinícola brasileiro obteve crescimento de 17,3% nas exportações em 2017. No ano passado, o destaque das vendas ficou com a categoria de vinhos e espumantes, que representa quase 60% do total exportado, registrando uma expansão de 47,5% no valor comerciali-zado, somando US$ 8,77 milhões. Os sucos, por sua vez, tiveram uma retração de 8,6% na contabilização das vendas, atingindo US$ 6,32 milhões.

Os produtos foram remetidos para 51 países, com ranking dos principais destinos sendo liderado por Japão, Paraguai, Estados Unidos, China, Reino Unido, México, Chile, Colômbia, Equador e República Dominicana.

As 42 empresas participantes dos projetos setoriais Wines of Brasil e 100% Grape Juice of Brazil, realizados em parceria entre o Insti-tuto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e In-vestimentos (Apex-Brasil) para a promoção comercial no mercado externo, responderam por, aproximadamente, 95% do resultado ob-tido em 2017 na exportação. O desempenho do grupo foi ainda mais expressivo, obtendo incremento de 55,6% nas vendas ao Exterior.

O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, explica que o Japão aparece como principal destino das exportações em função de operações com suco concentrado. Entretanto, a Terra do Sol Nascente também figura na quarta colocação na importação de espumantes e em sétima em vinhos, devido a contratos de fornecimento com grandes

Empresas dos projetos setoriais Wines of Brasil e 100% Grape Juice of Brazil responderam por 95% do total comercializado pelo país no Exterior, somando US$ 15 milhões. Volume foi 10% maior

Exportações brasileiras crescem 17,3% em valor em 2017

PRINCIPAIS DESTINOS

z 1º Japãoz 2º Paraguaiz 3º Estados Unidosz 4º Chinaz 5º Reino Unido

z 6º Méxicoz 7º Chilez 8º Colômbiaz 9º Equadorz 10º República Dominicana

Resultado em volume 2016/2017

45,64% 47,51%

-19,08%

9,96%

Vinhos

3.064.705

Suco de uva

2.273.136

Espumantes

256.746

Total5.594.587 Em litros

TOTAIS EXPORTADOS

45% 65,70%

-8,60%

17,30%

Vinhos

7.576.872,00

2,47

Suco de uva

6.329.797,00

2,78

Espumantes

1.179.471,00

4,59

Total15.086.140,00

2,69

Em US$

US$/litro

Resultado em valor 2016/2017

players de venda online de vinhos e redes varejistas. O país ampliou em 34% o valor adquirido em relação à 2016.

Outro destaque no ano passado foi a América Latina. De forma agrupada, os países da região despontaram como grandes par-ceiros comerciais, absorvendo 41,3% do valor global negociado. Entretanto, os Estados Uni-dos, Reino Unido e China, por serem merca-dos maduros, formadores de opinião e com-pradores de rótulos de maior valor agregado, continuam entre os mercados-alvo do proje-to. O valor médio por garrafa exportada para os Estados Unidos gira em torno de US$ 10, cinco vezes maior que o Paraguai.

“A partir de 2018 teremos ações voltadas para a América Latina em função de van-tagens competitivas, como proximidade geográfica e também de perfil de produto. Os consumidores possuem paladar semelhante ao que temos no nosso mercado interno, que aprecia vinhos mais leves e frutados”, observa Bertolini, acrescentando que nessa região há um bom potencial para o suco 100%.

“Desde o ano passado estamos focando no que somos mais competitivos, que é o espumante, mas calibrando estratégias para cada país, trabalhando também vinhos e o suco de uva”, informa o gerente. A estraté-gia está embasada no fato dos espumantes responderem por quase 8% da receita com exportações, apesar de somar 4,6% em volume, o produto apresenta uma melhor rentabilidade, com média de US$ 4,59 por li-tro, e também por estar ampliando sua partici-pação nas vendas. Em 2017, o volume cresceu 47,5%, ante 45,6% dos vinhos.

Em valor

50,2%Vinhos

7,8%Espumantes

42%Suco

Em volume

54,8%Vinhos

4,6%Espumantes

40,6%Suco

COMPOSIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES

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Wines of Brasil

Vinte e nove alunos de duas turmas do curso de mestrado da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) estiveram no Rio Grande do Sul para conhecer de forma mais aprofundada os vinhos brasileiros. As visitas ocor-reram durante os meses de fevereiro e março, em vinícolas da Serra Gaúcha. Os grupos também foram recepcio-nados por representantes do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), na sala de Análises Sensoriais da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS), para uma apresentação institucional, com degustações temática de diferentes

regiões produtoras do país. Foram des-tacadas as Indicações Geográficas (IGs) e a história vitivinícola do país.

O estudante italiano Riccardo Cecchi elogiou a qualidade dos vinhos degus-tados, frisando a diversidades de estilos e também o potencial das diferentes regiões para atrair novos consumidores.

“Fui surpreendido por alguns vinhos como o Tannat e o Sauvignon Blanc, que são produtos com boa aceita-ção no mercado”, resumiu, após provar sete vinhos, sendo dois bran-cos, dois tintos e três espumantes. Já o francês Jordi Roig destacou a simpli-

cidade e leveza dos rótulos degustados, com ênfase para os espumantes.

Os dois mestrandos faziam parte do segundo grupo de 13 estudantes que esteve no Brasil nos dias 16 e 17 de março. Além de França e Itália, haviam representantes da Grécia, Bulgária, Bélgica, Hungria, Suíça e Méxi-co. A primeira turma, que esteve na Serra Gaúcha nos dias 19 e 20 de fe-vereiro, era composta por 12 alunos da França, dois da China e um da Inglaterra. Nas passagens pela região, os dois gru-pos visitaram vinícolas de Garibaldi e Bento Gonçalves.

Profissionais da Europa, Ásia e América Latina conheceram vinícolas da região em fevereiro e março

Alunos da OIV visitam à Serra Gaúcha e elogiam vinhos brasileiros

Representantes das vinícolas gaúchas e da embaixada brasileira em Bogotá brindaram o sucesso das rodadas de negócios

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Missão comercial é realizada pela primeira vez na ColômbiaOs projetos setoriais Wines

of Brasil e 100% Grape Juice of Brazil promoveram, pela primeira vez, ações para a promoção dos rótulos verde--amarelos no mercado co-lombiano. Nos dias 27 e 28 de fevereiro, representantes de quatro vinícolas brasilei-ras integrantes das iniciativas desenvolvidas pelo Ibravin e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) es-tiveram na capital Bogotá em uma missão comercial reali-zada em conjunto com a em-baixada brasileira no país. O objetivo foi conquistar novos negócios em um mercado em expansão. Para os 12 meses subsequentes, a expectativa é atingir US$ 170 mil em vendas.

As vinícolas Aurora, Ar-bugeri, Salton e Santini par-ticiparam de palestra exclu-siva com a embaixada sobre o mercado local e de jantar com profissionais de merca-do e formadores de opinião. Durante a passagem pela Colômbia, os projetos Wines of Brasil e 100% Grape Juice of Brazil promoveram, ainda, o Walk Around Tasting. O cir-cuito de degustação com rodada de negócio teve foco

nos espumantes e nos sucos de uva 100%. Estiveram no encontro importadores, distri-buidores, redes de varejo, res-taurantes, jornalistas e forma-dores de opinião convidados.

“Nosso objetivo foi mostrar a qualidade e o potencial de uma indústria especialista em espumantes, reconhecida e premiada internacionalmente. O suco de uva 100% brasileiro se diferencia dos que são ela-borados nos demais países por seu sabor único. É um produto funcional, elaborado apenas com uvas, sem adição de açú-

car, conservantes, corantes ou aromatizantes, tendo um diferencial em relação a outras bebidas à base de frutas”, enfa-tiza o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini.

O executivo destaca, ain-da, o suporte do Ministério de Relações Exteriores nas ações encampadas pelos projetos setoriais. “O Ministério está fornecendo apoio dos pos-tos diplomáticos para atuarem como escritórios promocio-nais dos produtos brasileiros. Isso amplia nossa capacidade de atuação em mercados

até então pouco explorados, como a Colômbia”, pontua.

Ainda de acordo com Bertolini, a partir deste ano, o Wines of Brasil e o 100% Grape Juice of Brazil passaram a focar também em países da Améri-ca Latina. “São mercados em potencial. Temos alguns bene-fícios como a logística, que é muito mais próxima que, por exemplo, a Europa e o conti-nente asiático, e a qualidade e competividade dos espuman-tes e sucos de uva 100% na-cionais frente a outros países”, adianta.

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Wines of Brasil

Jornalistas e compradores vieram conhecer a produção brasileira. Paralelamente, projeto setorial participou de evento no Reino Unido

Vinho e suco de uva atraem americanos no mês do Carnaval

Compradores de redes gastronômicas e varejistas visitaram 11 vinícolas, de seis

zonas vitivinícolas da Serra Gaúcha

Rótulos nacionais são apresentados no SITT Spring

O QUE OS VISITANTES DISSERAM

“A qualidade dos espumantes e dos tintos de variedades portuguesas e italianas é crescente. Queria ver mais vinhos sustentáveis, orgânicos ou naturais, porque é uma tendência mundial e porque, principalmente para os pequenos, é uma oportunidade de diferenciação em relação à concorrência com grandes produtores.”

Mika Bulmash, importadora da Wines for the World

“Já tinha ouvido bastante sobre a caipirinha brasileira, mas não sobre os vinhos. Estou aqui fascinada. As vinícolas são impressionantes e gosto da filosofia e da abordagem que os produtores imprimem em seus rótulos. Não tinha ideia do potencial dos espumantes e mesmo dos vinhos tranquilos em função do equilíbrio entre corpo e acidez. O paladar dos americanos está evoluindo para bebidas com menor teor de açúcar e menos presença de madeira e os vinhos brasileiros são assim, legítimos, puros e com frescor. Os americanos gostam de ser apresentados a novidades e, por isso, os produtos daqui serão muito bem-vindos.”

Nichelle Ritter, compradora da Consolidated

Restaurant Operations, Inc.

“Estou encantada com tudo o que estou vendo. A região me lembra muito o Napa Valley há alguns anos, quando estava se consolidando. Mas a paisagem tropical, com as florestas, a torna única. Os vinhos e, principalmente, os espumantes trazem essa alegria e a vivacidade dos brasileiros. Há uma grande oportunidade de mercado nos Estados Unidos para os vinhos brasileiros, mas é preciso adotar uma boa estratégia de divulgação, pois a concorrência é forte e o Brasil não é conhecido como produtor nesse segmento.”

Kelly Ann Mitchell, jornalista do The Wine Siren

Em fevereiro, visitantes americanos vieram ao país motivados por outras de nossas especialidades além do Carnaval: o vinho e o suco de uva 100%. Dois grupos compostos por jornalistas e compradores de redes varejistas e restaurantes dos Esta-dos Unidos (EUA) circularam pela Serra Gaú-cha trazidos pelos projetos setoriais Wines of Brasil e 100% Grape Juice of Brazil – reali-zados em parceria entre o Ibravin e a Apex-Brasil – para conhecer e fazer negócios.

Entre os dias 6 e 9 de fevereiro, oito jor-nalistas e relações públicas de veículos de grande circulação na terra do Tio Sam, como Vogue, Condé Nast Traveler, Harper’s Bazaar, USA Today, Napa Valley Register, Eater, The Manual, Modern Farmer e The Wine Siren, fizeram tours enogastronômicos pela Serra Gaúcha, além de participarem de palestras técnicas sobre a produção nacional e as In-dicações Geográficas brasileiras.

“Os EUA estão entre nossos mercados--alvo. Já conseguimos chamar a atenção dos críticos e da mídia especializada, que querem saber cada vez mais sobre a nossa produção. E, assim como vamos trabalhando com a formação de imagem com a imprensa, paralelamente vamos construindo os canais de venda e distri-buição”, observa o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini.

De 18 a 23 de fevereiro foi a vez de compradores de redes gastronômicas e varejistas descobrirem as potencialidades das bebidas verde-amarelas. Os repre-sentantes da Full Circle Wine Solutions, Del Frisco’s Restaurant Group, Consoli-dated Restaurant Operations Inc. e Grand Cata visitaram 11 vinícolas de seis diferen-tes zonas vitivinícolas da Serra. Na taça, os visitantes buscaram a tipicidade brasileira para ofertarem no diversificado e concor-rido mercado norte-americano.

“Não acreditei no que vi aqui: vinhos excelentes com bom manejo das uvas e uma indústria desenvolvida e moderna. Os espumantes são extraordinários, pare-cem vivos, alegres, com um frescor que faz com que queiramos continuar bebendo. Não se vê produtos assim nos EUA”, obser-va o jornalista chileno Julio Robledo, com-prador da loja Grand Cata, especializada em vinhos da América Latina.

“Aqui percebi que o Brasil oferece mais do que bons vinhos. Os rótulos têm história, tradição, gastronomia, paixão e as pessoas são acolhedoras. O Brasil definitivamente tem que estar disponível (no mercado ameri-cano), além de ser um destino de enoturis-mo sensacional”, declarou David O’Day, dire-tor de vinhos dos restaurantes Del Frisco’s, com mais de 50 unidades no país.

Foto: Martha Caus

Ainda em fevereiro, o Wines of Brasil apresentou rótulos nacionais no Reino Unido, durante o Specialist Importers Trade Tastings – SITT Spring 2018, reali-zado no dia 26, em Manchester, e no dia

28, em Londres. Voltado exclusivamente para compradores, importadores, do-nos de lojas, sommeliers e jornalistas, o evento é uma grande oportunidade de prospectar parceiros locais, abrir novos

pontos de venda e conversar direta-mente com formadores de opinião nesse mercado. No total, 15 rótulos foram apre-sentados pela JK Marketing, agência de relações públicas do projeto no país.

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Wines of Brasil

Quatro vinícolas do projeto setorial Wines of Brasil participaram do NYC Winter Wine Festival, considerado um dos maiores do mundo

Brasil marca presença em festival de vinhos na Times Square

Estados Unidos é o segundo principal mercado, em volume,

dos vinhos e espumantes brasileiros. País lidera o ranking

de maior consumidor mundial

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No dia 23 de abril, o projeto setorial Wines of Brasil levou ao In-ternational House, em Londres (In-glaterra), no Reino Unido, a primeira edição da Discover Brazilian Wines - Take a tour of Brazil’s diverse wine regions at this exciting tasting (em tradução livre, Descubra os vinhos brasileiros – Faça um tour pelas di-versas regiões vinícolas do Brasil nesta degustação empolgante).

Em parceria com a Eno Cultura, responsável pelos cursos da Wine and Spirits Education Trust (WSET) no Brasil, foram degustados oito ró-tulos. A apresentação ficou a cargo do educador especialista em vinhos Thiago Mendes, que já atuou du-rante uma década na Inglaterra e é fundador e diretor da Eno Cultura.

O workshop contou com o apoio da Embaixada do Brasil em Londres, importante parceiro na promoção no Reino Unido, que tem orga-nizado a participação em eventos gastronômicos locais, bem como em atividades voltadas para forma-dores de opinião e especialistas do setor. “Nossa expectativa é de que as degustações e workshops de vinhos brasileiros passem a fazer parte do calendário de eventos da WSET”, co-mentou o Embaixador Eduardo dos Santos.

“Termos esgotado os ingressos em um curto período mostra o in-teresse do público consumidor pelos nossos rótulos e todos os vinhos de-gustados são encontrados no Reino Unido”, sinalizou o gerente de Pro-moção do Ibravin, Diego Bertolini.

Na ação foram apresentados os espumantes Cave Geisse Extra Brut 2014, Salton Lucia Canei Rosé, Aracuri Brut Rosé, Aurora Moscatel, Miolo Cuvée Giuseppe Chardonnay, além dos vinhos tranquilos Guaspari Vista do Chá Syrah, Pizzato DNA 99 e Raizes Gran Assemblage.

O Reino Unido é um dos três mercados-alvo do Wines of Bra-sil. Em 2017, as vendas de vinhos brasileiros para o país resultaram em cerca de US$ 350 mil. Esse valor de-verá ser superado em 2018, já que apenas no primeiro trimestre deste ano foram negociados quase US$ 130 mil em produtos vitivinícolas para a Terra da Rainha.

WSET realiza degustação em Londres

Buscando conquistar novos consumi-dores em um mercado em ascensão, o projeto setorial Wines of Brasil, desen-volvido pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), participou pela primeira vez do NYC Winter Wine Fes-tival, no dia 10 de março, na The PlaySta-tion Theater, em plena Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos. O evento é considerado um dos maiores festivais de vinhos do mundo.

“Esse tipo de iniciativa dá suporte promocional aos importadores e distri-buidores das vinícolas brasileiras no país, ajudando-os a promover e elevar as ven-das dos produtos nacionais diretamente ao consumidor final”, resume o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini. Além do Brasil, participaram do festival empresas de outros países do Novo Mun-do e da Europa.

As vinícolas brasileiras Casa Perini, Cave Geisse, Miolo e Salton estiveram com 20 ró-tulos para degustação do público. Duas mil pessoas participaram no evento.

Um dos principais mercados-alvos das exportações vinícolas brasileiras e se-

gundo destino em volume de comerciali-zação de vinhos e espumantes verde- -amarelos, com 155,3 mil litros vendidos em 2017, os Estados Unidos vêm regis-trando, ano após ano, aumento no con-sumo de produtos vinícolas, abocanhan-do 13% da produção mundial. Segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o país lidera o ranking de maior consumidor dos cinco continentes – posição que ocupa desde 2011 –, com 3,26 bilhões de litros por ano, além de ocupar a primeira colocação como maior importador em valor e a ter-ceira em volume.

“Boa parte da população americana faz parte da geração millenial, ou seja, são jovens socialmente ativos, que es-tão sempre em busca de novidades. Esse público é o que possui maior poder de compra neste mercado. E isso contribui, também, para que os Estados Unidos seja um importante player para as exportações brasileiras. O país é nosso segundo princi-pal mercado de espumantes, categoria que apresentou maior rentabilidade em 2017. A garrafa exportada para lá tem um dos maiores valores de venda, em torno de US$ 10”, conclui Bertolini.

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Suco de UvaImprensa

Simples Nacional e vinho colonial

Novo Conselho Deliberativo do Ibravin

Destaques da mídia

A entrada em vigor do Simples Nacional para as vinícolas a partir de janeiro deste ano foi pauta de dezenas de matérias em veículos de comunicação de todo o país. Destaque para as rádios Gaúcha, São Francisco e Difusora, jornal Pioneiro, portal da Revista Amanhã, Revista Adega e Canal Rural. Os veículos repercutiram de forma positiva a mudança que deverá auxiliar na formalização de centenas de produtores e reduzirá custos tributários para as optantes

pelo regime simplificado. A regularização dos primeiros

produtores de vinho colonial também esteve na agenda da mídia entre os meses de dezembro de 2017 e abril deste ano. O ápice da divulgação dos vitivinicultores foi na semana em que ocorreu a abertura oficial da safra da uva no Estado. A repercussão esteve em emissoras de rádio como Band FM, Gaúcha, TV Band, Jornal Zero Hora, Jornal VS, entre outras.

A eleição do novo Conselho Deliberativo do Ibravin foi assunto recorrente entre o final de 2017 e início deste ano. Entrevistas com o novo presidente Oscar Ló e com o vice-presidente Marcio Ferrari deram o tom

de como será a gestão da entidade para o biênio 2018/2019. Entre os destaques, publicações em revistas como Adega e Bon Vivant, emissoras de rádio estaduais e jornais do Rio Grande do Sul e do centro do país.

7|ECONOMIA

Estande coletivo recebeu compradores de 12 países

QUINTA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2018

Vinícolas fecham negócios de US$ 1,6 milhão na ProWeinEmpresas brasileiras deverão comercializar o volume nos próximos 12 meses

Os mais de 500 atendimen-tos realizados apenas no Spakling Brasil Lounge

nos três dias de realização da Pro-Wein, maior feira mundial em vi-nhos, encerrada na terça (20), em Düsseldorf, na Alemanha, e a sala cheia durante a palestra realizada no fórum do evento demonstram que a estratégia de focar no espu-mante como carro-chefe do setor vitivinícola nacional foi acertada. As 11 vinícolas contabilizaram au-mento de, aproximadamente, 30% nos atendimentos comerciais, com

visitantes de 17 países, e projeção de negócios para os próximos 12 meses 60% maior em relação à edi-ção do ano passado, podendo che-gar a US$ 1,6 milhão.

A participação das empresas foi viabilizada pelo projeto seto-rial Wines of Brasil, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) – por meio do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicul-tura do Rio Grande do Sul –, em parceria com a Agência Brasilei-ra de Promoção de Exportações e Investimentos. O estande também

foi apoiado pela Secretaria do De-senvolvimento Econômico, Ciên-cia e Tecnologia do Rio Grande do Sul. “O mercado tem demonstrado reconhecimento cada vez maior ao Brasil como referência na ela-boração de espumantes dentre os países do Hemisfério Sul”, explica o gerente de promoção do Ibra-vin, Diego Bertolini. “Além das empresas terem acertado parcerias com novos importadores, fecharam boas vendas durante o evento”, co-memorou.

Além de compradores dos

Mariani Artefatos de Couro S/ACNPJ nº 88.612.189/0001-14 – NIRE nº 43 3 0003118 7

Caxias do Sul - RS

RELATÓRIO DA DIRETORIA - Senhores Acionistas: Cumprindo disposições le-gais e estatutárias, submetemos à sua apreciação o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017. Permanecemos ao inteiro dispor para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Caxias do Sul, 12 de março de 2018. A DIRETORIA

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 – R$A T I V O 31/12/2017 31/12/2016CIRCULANTE ............................................... 4.794.604,38 5.163.889,99 DISPONIBILIDADES ................................... 453.257,42 615.382,31 Caixa e Bancos .......................................... 453.257,42 615.382,31 CRÉDITOS .................................................. 811.822,73 837.818,30 Créditos a Receber de Clientes ................. 782.252,07 790.916,25 Cheques em Cobrança .............................. 29.570,66 46.902,05 OUTROS CRÉDITOS .................................. 18.585,81 331.387,76 Impostos e Contribuições a Recuperar ...... 4.334,93 2.022,50 Conta Corrente Acionista .......................... 0,00 308.289,00 Outros Créditos a Receber ........................ 14.250,88 21.076,26 ESTOQUES ................................................. 3.499.811,69 3.370.843,26 Mercadorias para Revenda ........................ 3.499.811,69 3.370.843,26 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE ... 11.126,73 8.458,36NÃO CIRCULANTE ..................................... 235.127,44 262.312,75 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................. 0,00 1.388,40 IMOBILIZADO .............................................. 225.650,15 246.345,59 INTANGÍVEL ................................................ 9.477,29 14.578,76TOTAL DO ATIVO ........................................ 5.029.731,82 5.426.202,74 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

31/12/2017 31/12/2016RECEITA BRUTA ........................................... 10.527.525,57 10.820.173,94 Venda de Mercadoria ..................................... 10.527.525,57 10.820.173,94IMPOSTOS E DEVOLUÇÕES ....................... (3.159.998,95) (3.496.394,44)RECEITA LÍQUIDA ........................................ 7.367.526,62 7.323.779,50CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ... (4.302.677,44) (4.500.155,62)LUCRO BRUTO ............................................. 3.064.849,18 2.823.623,88RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS .. (2.657.837,06) (2.458.063,91) Despesas Com Vendas .................................. (1.769.905,39) (1.572.325,93) Despesas Financeiras Líquidas ..................... (152.192,45) (146.035,24) Despesas Gerais e Administrativas ................ (793.867,36) (852.435,28) Outras Receitas ............................................. 81.158,02 112.936,84 Outras Despesas ............................................ (23.029,88) (204,30)RESULTADO OPERACIONAL ....................... 407.012,12 365.559,97PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (37.096,21) (34.239,35)PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA ..... (79.045,03) (71.109,30)LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ................. 290.870,88 260.211,32LUCRO POR AÇÃO....................................... 73,69 65,93

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 – R$

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 – R$

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 - R$

NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ENCERRADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

José Aldo Mariani - Diretor Presidente - CIC 068.929.300-34 Ronei Mariani - Diretor Superintendente - CIC 328.048.900-82 Silvio Anselmo Mariani - Diretor - CIC 117.763.900-91 Ernani de Nápoli Velho - Contador CRC/RS - TC 14290 - CIC 009.178.500-68

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31/12/2017 31/12/2016CIRCULANTE .............................................. 1.848.505,70 1.894.795,34 Fornecedores ............................................. 1.122.308,40 1.164.297,56 Ordenados e Salários a Pagar ................... 202.037,32 186.415,24 Impostos e Contribuições a Pagar ............. 467.648,86 493.444,71 Outras Obrigações a Pagar ....................... 42.694,76 38.277,79 Dividendos a Pagar .................................... 13.816,36 12.360,04NÃO CIRCULANTE ...................................... 0,00 0,00 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................... 0,00 0,00PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................... 3.181.226,12 3.531.407,40 CAPITAL SOCIAL REALIZADO ................... 2.890.000,00 2.890.000,00 RESERVAS .................................................. 291.226,12 641.407,40TOTAL DO PASSIVO E PATRIM. LÍQUIDO 5.029.731,82 5.426.202,74 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

31/12/2017 31/12/2016SALDO NO INÍCIO DO EXERCÍCIO ............... 0,00 0,00AJUSTE DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ..... 0,00 0,00LUCRO DO EXERCÍCIO ................................. 290.870,88 260.211,32RESERVA LEGAL ........................................... (14.543,54) (13.010,57)DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS ...................... (13.816,36) (12.360,04)RESERVA ESTATUTÁRIA ............................... (262.510,98) (234.840,71)SALDO A DISPOSIÇÃO DA AGO ................... 0,00 0,00SALDO NO FIM DO EXERCÍCIO .................... 0,00 0,00

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

FLUXO DE CAIXA DAS ATIV. OPERACIONAIS 31/12/2017 31/12/2016Lucro Líquido do Exercício ........................................ 290.870,88 260.211,32AJUSTESDepreciação e Amortização....................................... 31.738,82 34.013,35VARIAÇÕES NOS ATIVOS E PASSIVOS(Aumento)/Redução de Clientes ............................... 8.664,18 88.304,36(Aumento)/Redução de Estoques ............................. (128.968,43) (81.473,15)Aumento/(Redução) de Fornecedores ...................... (41.989,16) 47.982,33Aumento/(Red.) das Obrig. Sociais e Trabalhistas.... 32.029,09 (10.228,46)Aumento/(Redução) das Obrigações Tributárias ...... (55.946,61) (10.191,69)(Aumento)/Redução das Demais Contas do Ativo .... 328.841,57 (226.742,07)Aumento/(Redução) das Demais Contas do Passivo 19.617,04 (24.402,03)CAIXA LÍQUIDO DA ATIVIDADE OPERACIONAL . 484.857,38 77.473,96FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOAquisições de Ativo Imobilizado ................................ (5.930,11) (2.590,62)Aquisições de Ativo Intangível ................................... 0,00 0,00CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. DE INVESTIMENTO ... (5.930,11) (2.590,62)FLUXO DE CAIXA DAS ATIV. DE FINANCIAMENTOPagamento de Lucros e Dividendos.......................... (641.052,16) (12.349,58)CAIXA LÍQUIDO DA ATIVIDADE FINANCEIRA ...... (641.052,16) (12.349,58)AUMENTO/REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES (162.124,89) 62.533,76DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADESNo Inicio do Exercício ................................................ 615.382,31 552.848,55No Fim do Exercício .................................................. 453.257,42 615.382,31AUMENTO/REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES (162.124,89) 62.533,76

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

7. RESERVA LEGAL: À reserva legal foi desti-nada a importância de R$ 14.543,54 em 2017 e R$ 13.010,57, em 2016, que é calculada com base em 5% do lucro líquido anual até o limite de 20% do capital social realizado ou 30% do capital acrescido das reservas de capital. 8. DIS-TRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS: A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstra-ções financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do di-videndo mínimo obrigatório somente é provisio-nado na data em que são aprovados pelos acio-nistas, em assembleia geral. 9. AUTORIZAÇÃO PARA EMISSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: Conforme determina o CPC 24, em 12/03/2018, foi autorizada pela administra-ção a emissão das demonstrações contábeis.

4. IMOBILIZADO Taxa Valor Corrigido Depreciação Acumulada Total Líquido Espécie de Bens 2017 2016 2017 2016 2017 2016Terrenos................. - 115.121,27 115.121,27 0,00 0,00 115.121,27 115.121,27Prédios .................. 4% 181.892,81 181.892,81 154.737,84 154.284,12 27.154,97 27.608,69Instal. Comerciais .. 10% 338.968,73 338.968,73 289.686,40 280.437,99 49.282,33 58.530,74Veículos ................. 20% 22.440,98 22.440,98 22.440,98 22.440,98 0,00 0,00Móveis e Utensílios 10% 207.274,93 207.274,93 194.967,87 189.362,15 12.307,06 17.912,78Equip. Informática.. 20% 245.621,74 239.691,63 223.837,22 212.519,52 21.784,52 27.172,11Total ...................... -1.111.320,46 1.105.390,35 885.670,31 859.044,76 225.650,15 246.345,595. INTANGÍVEL Taxa Valor Corrigido Depreciação Acumulada Total Líquido Espécie de Bens - 2017 2016 2017 2016 2017 2016Marcas e Patentes 10% 16.247,14 16.247,14 16.231,45 15.998,41 15,69 248,73Softwares............... 20% 92.853,55 92.853,55 83.403,75 78.523,52 9.449,80 14.330,03Total ...................... - 109.100,69 109.100,69 99.635,20 94.521,93 9.465,49 14.578,766. CAPITAL SOCIAL: O Capital Social de R$ 2.890.000,00 é dividido em 3.947 ações, sendo 1.667 ações ordinárias nominativas e 2.280 ações preferenciais, ambas sem valor nominal.

1. CONTEXTO OPERACIONAL: A Companhia atua primordialmente no ramo do comércio de calçados, material esportivo e artefatos de couro. 2. APRESEN-TAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações – Lei 6.404/76, atualizada pela Lei 11.638/2007 e Lei 11.941/2009, pelas normas contábeis emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC – e os pronunciamentos, orientações e interpretações do Comitê de Pronuncia-mentos Contábeis – CPC. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: 3.1. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA: Compreendem os saldos de caixa e equivalentes de caixa, depósitos bancários a vista e aplicações financeiras de curto prazo com liquidez imediata e vencimento original de 90 dias ou menos e com baixo risco de variação no mercado, sendo demonstrados pelo custo acrescido de juros auferi-dos. 3.2. ATIVOS FINANCEIROS NÃO DERIVATIVOS: A Companhia reconhece os recebíveis inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. A companhia possui aplicações financeiras e recebíveis como ativos financei-ros, como pagamentos fixos ou calculáveis que não cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os recebíveis são medidos pelo custo amortizado pelo método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. Os recebíveis abrangem as contas a receber de clientes e outros créditos. 3.3. PASSIVOS FINANCEIROS NÃO DERIVATIVOS: A Companhia reconhece passivos financeiros inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros são reco-nhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia baixa um passi-vo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou vencidas. A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: fornecedores, empréstimos e financiamentos, limite de cheque especial bancário, e outras contas a pagar. Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos. 3.4. ESTOQUES: Os estoques são demonstrados pelo custo médio das compras, líquidos dos impostos compensáveis quando aplicáveis, sendo inferior aos valores de realização líquidos dos custos de venda. 3.5. DESPESAS ANTECIPADAS: As despesas e dispêndios antecipados foram registrados no Ativo Circulante, sendo apropriados mensalmente pelo regime de competência. 3.6. AJUSTE AO VALOR PRESENTE: Foi efetuada análise específica, quanto aos efeitos em ajuste a valor presente das contas do ativo e passivo, decorrentes de operações em curto prazo, não sendo apurado efeito significativo ou relevante. 3.7. IMOBILIZADO: O ativo imobilizado é demonstrado pelo custo de aquisição ou construção, deduzido dos impostos compensáveis, quando aplicável, e da depreciação acumulada. A Companhia utiliza o método de depreciação linear definida com base na avaliação da vida útil estimada de cada ativo, estimados com base na expectativa de geração de benefícios econômicos futuros. As taxas anuais de depreciação estão mencionadas na nota explicativa nº 4. 3.8. ATIVOS INTANGÍVEIS: Os ativos intangíveis compreendem marcas e patentes e direitos de uso de software. São demonstrados ao custo de aquisição deduzido da amortização no período, apurado de forma linear com base na vida útil definida. As taxas anuais de amortização estão mencionadas na nota explicativa nº 5. 3.9. VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS: O saldo de imobilizado e outros ativos são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. 3.10. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL: A Companhia calcula o imposto de renda (IRPJ) e a Contribuição Social (CSLL), corrente e diferido com base nas alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável auferido. Os saldos são reconhecidos no resultado da Companhia pelo regime de competência. 3.11. RECONHECIMENTO DAS RECEITAS: A receita de vendas está apresentada líquida, ou seja, não inclui os impostos e os descontos incidentes sobre as mesmas. A receita líquida é reconhecida no resultado quando: a) seu valor pode ser mensurado de forma confiável; b) todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador; c) a Companhia não detém mais o controle ou responsabilidade sobre a mercadoria vendida; d) é provável que os benefícios econômicos sejam gera-dos ao seu favor. O resultado, apurado pelo regime de competência inclui os rendimentos, encargos e variações monetárias calculadas a índices ou taxas oficiais, incidentes sobre ativos e passivos circulantes e não circulantes.

CLUBE DO FOTÓGRAFOPOR RODRIGO ROSSI

Você já viu fotografi as de uma cachoeira aveludada ou imagens com o rastro dos faróis dos carros e não sabe o que é? Para que a técnica possa ser bem executada, é necessário cuidado especial com alguns pontos. O primeiro deles é a compreensão do que é longa exposição. Em essência, trata-se da captura de uma enorme quantidade de luz através da câmera. Desta forma, cria-se uma narrativa visual.

Na maioria das câmeras fo-tográfi cas disponíveis no merca-do, existe a função “M”, ou ma-nual. Através dela, você poderá mexer nos três principais eixos de confi guração do equipamen-to para realizar uma fotografi a de longa exposição: o ISO, que deve fi car bem baixo; a abertu-ra do diafragma, que deve estar bem fechada; e a velocidade, que preferencialmente também deve

ser baixa. Além disso, um tripé é bem vindo, mas não obrigatório! O que é preciso é que o equipa-mento fi que parado sobre uma superfície durante toda a captura de luminosidade. Filtros de den-sidade neutra também podem ser uma boa alternativa.

A fotografi a que ilustra a coluna foi capturada no estacio-namento de um shopping e re-vela a trajetória percorrida por um brinquedo kamikaze num parque de diversões. A base do brinquedo permanece está-tica – como era de se esperar, para segurança de todos – mas os pontos luminosos por todo o brinquedo percorreram a órbita de 360º capturada na imagem fi nal.

Na próxima semana, falare-mos sobre ideias criativas para iluminação em retratos. Não perca!

As reuniões do Clube do Fotógrafo acontecem todas as terças-feiras, a partir das 19h30, na Rua Coronel Flores, nº 810, no Moinho da Estação, atrás da FSG.

Mais informações em www.clubedofotografodecaxias.com.br.

CLUBE DO FOTÓGRAFOCLUBE DO FOTÓGRAFOPOR RODRIGO ROSSI

ILUSTRAR COM O ARQUIVO BIENAL

países-alvo do projeto – Estados Unidos, Reino Unido e China – o estande recebeu visitantes da Irlan-da, Suíça, Holanda, Suécia, Por-tugal, Bélgica, Emirados Árabes, Israel e França. Sobre esse último território, Bertolini informa que algumas vinícolas fecharam com

importadores. “O interesse no es-pumante brasileiro tem sido cada vez maior e acaba surpreendendo positivamente os compradores e também os consumidores”, analisa o gerente. No ano passado, uma das empresas expositoras exportou 12 mil garrafas para a França.

ANDRÉ BEZERRA, DIVULGAÇÃO

15

Jornal do Comércio - Porto Alegre

Economia

Quarta-feira

14 de março de 2018

Seusproje

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um lugar esp

ecial.

Conversecom o se

u gerente e conq

uiste

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ara o seular ou em

presa.

AGRONEGÓCIOS

Setor vinícola retoma vendas e

encerra 2017 com alta de 5,6%

Último trimestre do ano consolidou recuperação, com destaque para o suco de uva

Com uma retomada iniciada no terceiro

trimestre e que ganhou fôlego nos últimos

três meses do ano, o setor vitivinícola termi-

nou 2017 com dados positivos, apresentando

crescimento de 5,67% nas vendas no merca-

do interno. No total, foram comercializados

363.184.941 litros de vinhos, espumantes, su-

cos e outros derivados da uva.

Nos vinhos, as vendas ficaram positi-

vas em 2,19%, com 189,3 milhões de litros

comercializados. Os espumantes amplia-

ram o volume em 3,22%, com 17,4 milhões

de litros, e os sucos de uva 100% prontos

para consumo foram os itens que mostra-

ram melhor desempenho, com expansão de

praticamente 16% ante o ano anterior, com

109 milhões de litros vendidos.

“O início do ano foi bem difícil, pois

vínhamos de uma quebra de safra recorde

(ocorrida em 2016), que aumentou os cus-

tos de produção, diminuiu a oferta de produ-

tos, junto com uma crise econômica e políti-

ca que deixou o mercado bastante retraído.

Essa conjuntura começou a se dissipar ape-

nas a partir do terceiro trimestre”, observa

o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho

(Ibravin), Oscar Ló.

No ano passado, 32% do total das co-

mercializações foram efetivadas entre outu-

bro e dezembro. Marcio Ferrari, vice-presi-

dente do Ibravin, observa que, a partir da

metade do ano, com o ingresso dos produ-

tos elaborados a partir da nova safra – re-

corde histórico no Rio Grande do Sul, com

753 milhões de quilos –, houve um arrefe-

cimento nos custos e, por consequência,

nos preços ofertados ao consumidor, assim

como uma melhoria na perspectiva econô-

mica no País. Com o resultado, no mercado

doméstico, os rótulos nacionais mantive-

ram a participação de 61,5% nas vendas de

vinhos e de 71% nos espumantes.

Somando as vendas dos produtos bra-

sileiros com os volumes de importação, o

mercado de vinhos ampliou em 13%. No

ano passado, ingressaram, no País, apro-

ximadamente 125,8 milhões de litros de vi-

nhos e espumantes, representando alta de

36,6% ante 2016. O suco de uva, por sua

vez, recuou 18,7%, com o ingresso de 226,5

mil litros.

Para este ano, a perspectiva é de am-

pliação dos resultados positivos iniciados

no último trimestre de 2017 devido à norma-

lização dos estoques e aos produtos elabo-

rados a partir da safra 2018, considerada de

excelência em qualidade. Entretanto, para

ampliar a competitividade mercadológica, o

setor trabalha pela retirada do vinho do regi-

me de Substituição Tributária (ST).Nos vinhos, comercialização foi 2,19% maior

MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC

Valor da produção deve ter queda de 5,2% em 2018

A estimativa para o valor da

produção agropecuária brasileira

(VBP, na sigla utilizada) de 2018

está em R$ 515,9 bilhões. A pro-

jeção foi divulgada pelo Minis-

tério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa) ontem. O

total é 5,2% menor do que o re-

gistrado em 2017, consolidado em

R$ 544,2 bilhões.

No detalhamento por segmen-

tos, o valor das lavouras deve fe-

char o ano em R$ 346,1 bilhões,

5,7% abaixo do desempenho do

ano passado. Já a estimativa de

VBP para a agropecuária é de

R$ 169,8 bilhões, 4,1% menor do

que o consolidado de 2017.

Se considerados os produtos

das lavouras, nove vêm seguindo

Proposta de alteração na lei do

Susaf-RS é pauta de reunião

Representantes do setor produ-

tivo de proteína animal do Estado

debateram ontem, no gabinete da

Secretaria Estadual da Agricultu-

ra (Seapi), possíveis modificações

na Lei nº 13.825, que regulamen-

ta o Sistema Unificado Estadual

de Sanidade Agroindustrial Fami-

liar, Artesanal e de Pequeno Por-

te (Susaf-RS). O esboço do decreto

diz respeito à auditoria da adesão

ao sistema pelos estabelecimen-

tos regulamentados pelo Serviço

de Inspeção Municipal (SIM), que,

atualmente, é responsabilidade do

Estado. Com a proposta, os muni-

cípios teriam autonomia nesse pro-

cesso, fiscalizando as agroindús-

trias familiares do seu território.

Coordenador da reunião, o

secretário da Agricultura, Ernani

Polo, iniciou a discussão afirman-

do que, atualmente, o sistema não

tem agilidade em razão dos recur-

sos limitados do Estado. “A falta de

estrutura acaba afetando todos os

níveis de fiscalização que o Estado

não consegue atender”, declarou.

A proposta de alteração, segundo

Polo, é uma forma de buscar alter-

nativas para aqueles que “produ-

zem bem” trabalharem com qua-

lidade, fazendo com que o Estado

dê atenção maior à ponta final

de produção, que é o que chega à

mesa do consumidor.

Entre os pontos levantados pe-

las entidades, o que mais preocu-

pa o setor lácteo, neste momento, é

o cumprimento da Lei do Leite. É o

que afirma o secretário executivo

do Sindicato da Indústria de Lati-

cínios do Rio Grande do Sul (Sin-

dilat), Darlan Palharini, que levan-

tou a questão durante a reunião.

“Viemos fazendo um trabalho vi-

sando à sanidade e à transparên-

cia ao longo desse tempo. O básico,

que eu entendo, é que temos que

cumprir a lei”, afirmou, destacan-

do que possíveis mudanças não

devem se sobrepor à lei estadual.

a tendência de redução do valor,

sendo as maiores baixas verifica-

das em arroz (-7,9%), cana-de-açú-

car (-11,9%), feijão (-26,4%), laran-

ja (-21,5%), milho (-12,2%) e uva

(-30%). Já oito apresentam aumen-

to de faturamento: algodão (15,4%),

batata-inglesa (8,1%), cacau (8%),

café (3,6%), mamona (68,7%),

soja (0,8%), tomate (35,1%) e trigo

(48,9%).Já na produção agropecuária,

a queda projetada de 4,1% no fa-

turamento se deve, principalmen-

te, ao desempenho pior do frango,

da carne suína, de leite e de ovos.

A diminuição do preço de aves já

vem de um processo de mais de

dois anos, segundo o ministério.

Entre as regiões, o Centro-Oes-

te ocupa a liderança do ranking do

VBP, seguido de Sul, Sudeste, Nor-

deste e Norte. Até 2017, o Sul ocu-

pava a primeira colocação. Entre

os estados, o melhor desempenho

está, até o momento, com Mato

Grosso, superando o líder até en-

tão, São Paulo.

Arroz é um dos produtos com tendência de redução para este ano

CAMILA DOMINGUES/PALÁCIO PIRATINI/JC

Retomada nas vendas

O ano de 2017 marcou a retomada das vendas de vinho brasileiro no mercado interno e também a recuperação do fôlego nas exportações. O crescimento de 5,6% nas comercializações de produtos vitivinícolas, com destaque para o suco de uva, que voltou a superar a marca dos 100 milhões de litros vendidos, e do espumante moscatel, que atingiu um incremento de 22,7%, foi destacado em publicações como as dos jornais O Globo, Zero Hora e Jornal do Comércio.

Mercado externoNas exportações, o cresci-

mento de 17,3% em valor pau-tou matérias em veículos como Folha de S.Paulo e Pioneiro. A par-ticipação das vinícolas brasileiras na ProWein, que gerou negócios de US$ 1,6 milhão, foi tema de reportagens em jornais como Zero Hora e NH, além de ter sido publicada em blogs especializa-dos, como Falando em Vinhos, Vinho Capital, Eu-Gourmet, Veja Rio, entre outros.

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Page 24: Setor retoma crescimento - ibravin.org.br · Umas das novidades no convê-nio entre o Ibravin e o Sebrae é o estímulo ao aumento da formali- ... tributárias para a sustentabilidade

Acervo de fotos e vídeos está sendo desenvolvido nas principais regiões vitivinícolas do país. Produções deverão ser concluídas no segundo semestre deste ano

Ibravin renova banco de imagens para promoção setorial

AS REGIÕES CONTEMPLADASz Serra Gaúcha (RS)z Campanha Gaúcha (RS)z Vale Central Gaúcho (RS)z Serra do Sudeste (RS)z Campos de Cima da Serra (RS)z Serra Catarinense (SC)z Vales da Uva Goethe (SC)z São Paulo - Roteiro do Vinho de São Roque e Espírito Santo do Pinhal (SP)z Vale do São Francisco (PE)

Desde dezembro do ano passado, um novo banco de fotografias e vídeos de nove regiões produtoras, de quatro estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Pernambuco), está sendo construído para o acervo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). As coberturas estão sendo realizadas pela empresa Alba Arte, com produção e direção executadas pelas equipes de Promoção e Comunicação do Instituto. Até abril, foram percorridos cerca de 14 mil quilômetros, divididos em 37 vinícolas e oito empreendimentos.

O objetivo é demonstrar imagens de consumo e compra de vinhos, espumantes e sucos de uva, cenas em roteiros enoturísticos brasileiros, bem como situações da atividade enoturística, registros da produção industrial e da colheita de uvas. O material ficará disponível para uso em divulgações, feiras, materiais promocionais, entre outras demandas. A previsão de conclusão da produção é para o segundo semestre de 2018. O último banco de imagens desenvolvido pelo Ibravin foi realizado há quase 10 anos.

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Fotos: Banco de Imagens Ibravin/Michel Marchetti

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