setembro/outubro/2013 - ano xviii

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Rua Curitiba, 689 - 12º andar - Centro BH/MG - CEP 30.170-120 Telefone: 0800 283 1033 Telefax: (31) 3270-1100 Impresso Especial 9912294579/DR/MG SINDSEP/MG CORREIOS IMPRESSO FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT PARA USO EXCLUSIVO DOS CORREIOS MUDOU-SE ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE Nº INDICADO DESCONHECIDO/RECUSADO NÃO PROCURADO AUSENTE INFORMAÇÃO DE TERCEIROS OUTROS: REINTEGRADO AO SERV. POSTAL EM: RESPONSÁVEL EM: _____/_____/______ _____/_____/______ SERV DOR Jornal do Informativo do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais - SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII - Nº 127 SINDSEP-MG participa da II Jornada de Debates do Setor Público.........................Página 2 SINDSEP-MG promove Seminário de Municipalização no norte de Minas.............Página 3 Ato público contra o caos na saúde em São Francisco............................................Página 4 Projeto de lei extingue 116 cargos do DNIT ...........................................................Página 5 Mesa de Negociação Permanente da Saúde completa 10 anos .............................Página 6 Novos Critérios para aposentadoria especial .........................................................Página 9 VEJA NESTA EDIÇÃO OUTUBRO ROSA Campanha busca conscientizar mulheres sobre o combate ao câncer de mama O Outubro é o mês de conscientização e combate ao câncer de mama. Durante esse mês, o Ministério da Saúde, juntamente com diversos órgãos e entidades promovem o Outubro Rosa, evento para conscientizar as mulheres brasileiras sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Mas apesar da expansão do grupo de mulheres com acesso à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sem passar por consulta prévia em Minas Gerais a oferta do exame não seguiu a mesma tendência. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou que mulheres a partir dos 40 anos já podem solicitar o exame em qualquer unidade de saúde (anteriormente, a idade mínima era de 45 anos). Mas, com a mesma oferta de mamógrafos, a tendência é que as filas aumentem. Atualmente, muitas mulheres já ficam meses a espera do exame. Para as mulheres que estão encontrando dificuldades para fazer a mamografia, a recomendação é para que procurem a secretaria municipal de saúde da cidade onde moram. O tempo para se conseguir fazer a mamografia vai depender da capacidade de oferta de cada município. O governo de Minas aposta nas Unidades Móveis de Mamografia – dez caminhões equipados que viajam pelo Estado para suprir a falta do equipamento. Atualmente, 170 cidades mineiras não têm mamógrafos.

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JORNAL DO SERVIDOR Nº 127

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Page 1: SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII

Rua Curitiba, 689 - 12º andar - CentroBH/MG - CEP 30.170-120Telefone: 0800 283 1033Telefax: (31) 3270-1100

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SINDSEP/MG

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PODE SER ABERTO PELA ECT

PARA USO EXCLUSIVO DOS CORREIOS

MUDOU-SE

ENDEREÇO INSUFICIENTE

NÃO EXISTE Nº INDICADO

DESCONHECIDO/RECUSADO

NÃO PROCURADO

AUSENTE

INFORMAÇÃO DE TERCEIROS

OUTROS:

REINTEGRADO AO SERV. POSTAL EM:

RESPONSÁVEL

EM:

_____/_____/______

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SERV DOR

Jorn

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais - SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII - Nº 127

SINDSEP-MG participa da II Jornada de Debates do Setor Público.........................Página 2SINDSEP-MG promove Seminário de Municipalização no norte de Minas.............Página 3Ato público contra o caos na saúde em São Francisco............................................Página 4Projeto de lei extingue 116 cargos do DNIT ...........................................................Página 5Mesa de Negociação Permanente da Saúde completa 10 anos .............................Página 6Novos Critérios para aposentadoria especial .........................................................Página 9

VEJA NESTAEDIÇÃO

OUTUBRO

ROSACampanha busca conscientizar mulheres

sobre o combate ao câncer de mamaO Outubro é o mês de conscientização e combate ao

câncer de mama. Durante esse mês, o Ministério da Saúde, juntamente com diversos órgãos e entidades promovem o Outubro Rosa, evento para conscientizar as mulheres brasileiras sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de mama.

Mas apesar da expansão do grupo de mulheres com acesso à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sem passar por consulta prévia em Minas Gerais a oferta do exame não seguiu a mesma tendência.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou que mulheres a partir dos 40 anos já podem solicitar o exame em qualquer unidade de saúde (anteriormente, a idade mínima

era de 45 anos). Mas, com a mesma oferta de mamógrafos, a tendência é que as filas aumentem. Atualmente, muitas mulheres já ficam meses a espera do exame.

Para as mulheres que estão encontrando dificuldades para fazer a mamografia, a recomendação é para que procurem a secretaria municipal de saúde da cidade onde moram. O tempo para se conseguir fazer a mamografia vai depender da capacidade de oferta de cada município. O governo de Minas aposta nas Unidades Móveis de Mamografia – dez caminhões equipados que viajam pelo Estado para suprir a falta do equipamento. Atualmente, 170 cidades mineiras não têm mamógrafos.

Page 2: SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII

SINDSEP-MG participa da II Jornada de Debates do Setor Público

JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG02

Evento promovido pelo Dieese teve como tema “Desafios da Negociação Coletiva – Finanças e Transparências Governamentais”

Após uma grande batalha para enviar a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) ao Congresso e conseguir sua aprovação pelos parlamentares, a categoria está prestes a ver mais uma vez distante o direito à negociação coletiva.

Mesmo a matéria já tendo sido ratificada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o governo ainda não a regulamentou. Se o Executivo não fizer isso até o próximo ano, é bem provável que essa ratificação na valha mais, o que será uma grande perda e, sobretudo, uma falta de respeito com os trabalhadores do setor público.

O governo tinha até junho para enviar a legislação específica para regulamentar a Convenção 151 da OIT. Não existe nenhuma punição para o governo, caso ele não regulamente a

Convenção 151 da OIT. O que pode acontecer é o movimento sindical denunciar o país à OIT, o que é politicamente ruim para o governo.

O compromisso que Dilma assumiu com a CUT e com o serviço público, no ú l t imo dia 6 de março, pe la regulamentação da negociação coletiva, tem que ser cumprido pelo bem da democracia.

Em novembro de 2012, as centrais sindicais entregaram uma minuta de projeto de lei sobre a regulamentação da negociação coletiva ao governo. Até agora não se sabe se o que foi proposto pelos sindicalistas será aproveitado pelo governo, já que foi criado logo em seguida um grupo de trabalho, composto pelos ministérios do Planejamento, do Trabalho, AGU e Casa Civil.

No dia 01/10, aconteceu em Belo Horizonte, no auditório do Sindicato dos Servidores Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), a II Jornada de Debates do Setor Público. O debate contou com a presença da diretora do SINDSEP-MG, Jussara Griffo.

A palestra faz parte de uma sequência de debates em diversas capitais do País com a finalidade de aprofundar os conhecimentos sobre a negociação coletiva para trabalhadores do setor público, com ênfase em finanças e transferências governamentais.

O objetivo da Jornada foi apresentar e discutir as possibilidades e restrições dos reajustes salariais dos servidores públicos e perspectivas para a negociação no setor. A regulamentação da Convenção 151 da OIT, apresentação do Balanço das Greves do Setor Público no Brasil nos últimos anos, e discussão do cenário de terceirização no setor público também estiveram na pauta.

Com o tema “Desafios da Negociação Coletiva no Setor Público – Finanças e Transferências Governamentais”, o debate teve como palestrante a supervisora do escritório do Dieese da Bahia, a economista Ana Georgina Dias.

Segundo a economista, o maior desafio dos trabalhadores do setor público e suas representações sindicais é a própria falta de regulamentação do direito à negociação, apesar da ratificação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo governo brasileiro.

Debate intensificadoO debate sobre negociação coletiva faz

parte da bandeira de lutas dos servidores públicos há algum tempo. Mas o debate sobre o tema vem se intensificando desde o ano passado. Isso porque o governo sinalizou a intenção de atrelar o debate sobre negociação coletiva à regulamentação do direito de greve do servidor público.

Em janeiro desse ano, o tema foi alvo de discussão durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Em fevereiro, foi realizada uma oficina na Câmara dos Deputados para acumular debate a respeito de negociação coletiva e direito de greve. A diretora do SINDSEP-MG, Jussara Griffo, coordenou a mesa de discussão, que contou com a presença de um número significativo de servidores. Também participaram do debate, representantes do DIAP, Dieese, da AGU e das centrais sindicais.

A oficina ainda contou com a presença de vários parlamentares, entre eles o deputado federal Policarpo, único a apresentar no Congresso um projeto que também trata da regulamentação da negociação coletiva no setor público.

Já no mês de março, uma audiência com a presidente Dilma Roussef, rendeu a assinatura um decreto regulamentando a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O Decreto 7.944 é um recado à OIT de que o governo brasileiro reconhece esse direito dos servidores, mas não aponta nenhum prazo para que a regulamentação efetiva desse direito se dê de fato.

No dia 7 de Junho de 1978 foi adotada pela Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT) na sua 64.ª sessão, ocorrida na cidade de em Genebra na Suíça, a Convenção n.º 151 relativa à proteção do direito de organização e aos processos de fixação das condições de trabalho da função pública. Na mesma data a OIT também aprovou a Recomendação n.º 159 sobre os procedimentos para a definição das condições de emprego no serviço público. A Convenção 151 entrou em vigor na ordem internacional a partir de 25 de Fevereiro de 1981.

Em 7 de abril de 2010, por intermédio do Decreto Legislativo nº. 206, o Congresso Nacional do Brasil aprovou a Convenção no 151 e a Recomendação no 159 da OIT. No dia 15 de junho do mesmo ano o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação referente à Convenção 151 e à Recomendação 159 junto ao Diretor-Geral da OIT, na qualidade de depositário do ato, em 15 de junho de 2010, tendo, na ocasião, apresentado declaração interpretativa das expressões “pessoas empregadas pelas autoridades públicas” e “organizações de trabalhadores” abrangidas pela Convenção, e entraram em vigor para a República Federativa do Brasil, no plano jurídico externo em 15 de junho de 2011, nos termos do item 3 do Artigo 11 da Convenção no 151. Mais um passo foi dado no dia 6 de março de 2013 com publicação do Decreto nº. 7.944, onde a Presidência da República do Brasil promulgou a Convenção nº. 151 e a Recomendação nº. 159 da OIT.

A partir deste Decreto, o Governo Federal pode começar a discutir a regulamentação para colocar em prática os princípios da convenção. Depois de definidas, as regras têm que ser aprovadas pelo Congresso Nacional. Uma vez promulgada a respectiva lei, estas regras, passarão a valer tanto para servidores públicos federais regidos pela Lei 8.112/90 ou pela CLT, quanto para os servidores dos âmbitos estadual e municipal, regidos por suas legislações específicas. Ou seja, todos os trabalhadores dos serviços públicos brasileiros estão aguardando esta regulamentação para terem garantidas suas liberdades sindicais, o pleno direito a greve e a negociação coletiva de trabalho.

Para compreender esta luta de classe, específica dos trabalhadores do serviço público no Brasil, é necessário retroceder um pouco no tempo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada por resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), em 10 de dezembro de 1948, da qual o Brasil é signatário, declara em seu Artigo XXIII que:

1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.

2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.

3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.

A OIT assinou em 1948 a Convenção sobre a Liberdade Sindical e a Proteção do Direito de Sindicalização. Em 1949 a Convenção sobre o Direito de Sindicalização e de Negociação Coletiva. E em 1971 a Convenção e a Recomendação sobre os Representantes dos Trabalhadores.

Entretanto, o direito de sinalização para os trabalhadores dos serviços públicos no Brasil somente passaram a ser garantidos a partir da Constituição brasileira de 1988. Esta carta de princípios, no título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais – em seu Capítulo I – Dos Direitos

e Deveres Individuais e Coletivos – onde está o Artigo 5º declara que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, [...]”.

Já no Artigo 8º, que está no Capítulo II – Dos Direitos Sociais – declara que “É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte”:

[...]III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e

interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

[...]VI - é obrigatória a participação dos

sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;[...]Art. 9º da Constituição brasileira, que

também esta dentro do Capítulo II, “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

Mesmo assim, nenhum destes direitos está garantido, decorridos 25 anos de promulgação da Constituição cidadã. Cabem então duas perguntas:

1. Como os trabalhadores dos serviços públicos brasileiros podem garantir os seus direitos constitucionais sem uma data base, onde os trabalhadores – federais, estaduais e municipais – possam sentar em mesas de negociação para estabelecerem suas legitimas reivindicações?

2. Como estes mesmos trabalhadores podem garantir estes direitos constitucionais sem o legitimo direito de greve?

O SINDSEP-MG, a Condsef e a CUT estão empenhados na regulamentação da Convenção 151 da OIT. Em novembro de 2012, as Centrais Sindicais de Trabalhadores (CUT, CTB, FORÇA SINDICAL, UGT, NCST E CGTB), apresentaram junto à Secretaria-Geral da Presidência da República uma minuta de proposição de Projeto de Lei para a Regulamentação da Convenção 151 da OIT. Foi então criado um grupo de trabalho, composto pelos ministérios do Planejamento, do Trabalho, AGU e Casa Civil. Entende-se que a publicação do Decreto 7.944/13 é uma importante conquista, fruto de uma batalha dentro de uma luta maior pela Regulamentação Efetiva da Convenção 151 da OIT. Mas, a luta pela regulamentação da Convenção 151 da OIT continua.

Esta é uma oportunidade histórica. Como mostrado anteriormente, percebe-se que o debate sobre negociação coletiva faz parte da bandeira de lutas dos servidores públicos há algum tempo. Mas, este debate vem se intensificando desde o ano de 2012, principalmente por dois motivos. O Governo Federal sinalizou a intenção de aprofundar as discussões sobre negociação coletiva atrelando-o à regulamentação do direito de greve do servidor público. O outro motivo é que se o Executivo não regulamentar a Convenção 151 até 2014 é provável que essa ratificação na valha mais. Não podemos, em nenhuma hipótese, aceitar esta perda, considerada uma falta de respeito com a classe dos trabalhadores do setor público e um desserviço à democracia brasileira.

A Convenção 151 é de vital importância para o serviço público porque garante três importantes requisitos para a defesa dos interesses dos servidores: a Liberdade sindical, o direito de greve e a negociação coletiva – incluído o direito a uma data-base.

Neste contexto, o SINDSEP-MG convoca todas e todos para contribuir com esta luta pela regulamentação da Convenção 151 da OIT!

A organização dos trabalhadores é que sempre tem garantido o direito a ter direitos!

GOVERNO AINDA NÃO REGULAMENTOU CONVENÇÃO 151 DA OIT E RATIFICAÇÃO PODE PERDER VALIDADE

EDITORIAL

DIREITO A TER DIREITOSA REGULAMENTAÇÃO DA CONVENÇÃO 151 DA OIT

Foto: Sindibel

Essa é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (SINDSEP-MG) – Rua Curitiba, 689 – 12º andar – BH – MG – CEP 30170120 – Tel.: 0800-283-1033 www.sindsepmg.org.br.

Secretaria de Administração e Finanças: Jussara Griffo, Gilberto Almeida Oliveira, Rosângela Nogueira da Silva, Francisco Alves Saldanha. Secretaria de Comunicação e Imprensa: Luiz Roberto dos Santos Azevedo, Wilma Moreira dos Santos, Marizete dos Santos Mendes e Ivone Maria Carvalho Rocha. Secretaria de Assuntos Jurídicos: Waldelino Lopes de Moura, José Humberto Silva Pinto, Alisson Moraes e Zilmar José Petzold. Secretaria de Formação Sindical: Carlos Henrique de Melo, Edilson Alves Coutinho, Vicente Paulo de Freitas e Roselady Soares Gomes. Secretaria de Sindicalização e Promoção Social: Maria Elza Soares Machado, Alfredo Lourenço dos Santos, Luiz Carlos Pereira Santos e Robson Azevedo. Secretaria de Aposentados e Pensionistas: Rosângela Silva Alves, Ana Maria de Moraes, Vera Lúcia Paulino e Maria Donizetti de Paula. Secretaria de Coordenação Política: Ubiratan Nascimento, Fabrício Barbosa, Maria Adelina Brás e Miguel Ladislau. Secretaria de Combate à Discriminação: Vera de Fátima Flausino, Jurandir Santos Oliveira, José Mariano Gomes e Eli Silva Santos. Conselho Fiscal: Lélio Pereira, Assuero Torres de Matos, Dirceu Francisco Mendes. Suplência Conselho Fiscal: Marco Antônio dos Santos, Walter Ferreira Lopes e João Santana Pereira da Silva. Jornalista Responsável: Carla Cruz (MG06486JP) Fotos: SINDSEP-MG - Luiz Fernando - Dalva Souza - Impressão: 9.500 exemplares (Fumarc).

EXPEDIENTE

Page 3: SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII

Seminário no norte de Minas discute a situação dos servidores cedidos ao estado e municípios

No dia 27/09, foi realizado em Montes Claros, o “Seminário Regional de Municipalização, conquistas e desafios”. O evento foi promovido pela Coordenação do Núcleo Regional Norte de Minas em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros, e a Superintendência Regional de Saúde.Participaram do evento, o secretário municipal de Saúde de Montes Claros, Geraldo Edson Guerra, a Superintendente Regional de Saúde, Olívia Loyola, o diretor da Condsef, Gilberto Gomes, os diretores do SINDSEP-MG, Jussara Griffo, Gilberto Almeida, Alfredo Santos, além de servidores das cidades de Montes Claros, Januária, Pirapora e região.

A diretora Jussara Griffo, falou que o debate sobre a municipalização existe há mais de 15 anos, desde que foi

definida a descentralização das ações e serviços de saúde da Funasa, em 1993.Com a descentralização, servidores da Funasa foram cedidos a estados e municípios para trabalhar nas áreas de saneamento, epidemiologia/controle de endemias, assistência à saúde, vigilância ambiental, saúde indígena, educação em saúde, entre outros.

E a partir daí começaram a surgir problemas (veja BOX1). Os servidores reivindicavam a criação de um setor da Funasa, dentro das Coordenações Regionais que atendesse as demandas dos servidores descentralizados tais como questões funcionais, perseguições, condições de trabalho, equipamento proteção individual (EPI). Após diversas reuniões, a pressão dos servidores fez com que a Funasa olhasse para seus trabalhadores. Em 2007, a

Portaria 1.418 criou o Núcleo de Apoio aos Servidores Cedidos (NASCE), no âmbito das Coordenações Regionais.

A Portaria amenizou as dificuldades que ocorriam em vários municípios e estados, mas não resolveu o problema em sua totalidade. Alguns pontos ainda precisam ser discutidos mais profundamente no âmbito do Ministério da Saúde.Após as discussões foram apresentadas as propostas elaboradas pelas comissões de mobilização do Norte de Minas. Foram repassados ainda informes estaduais e o andamento das negociações na Mesa de Negociação do SUS.

Ao final do Seminário foram eleitos os servidores que vão participar do Seminário Estadual, que acontece em novembro, em Belo Horizonte.

- Maioria dos servidores cedidos pela SES está trabalhando nos municípios sem convênios;

- A SES é responsável pelo ponto dos servidores;

- Os servidores lotados nas regionais que trabalham em um município e moram em outra localidade recebem ajuda de custo para deslocamento;

- Há dificuldade em saber a lotação dos servidores;

- Dificuldades de acompanhar a Avaliação de Desempenho;

- Servidores sem laudo de insalubridade;- Dificuldade em realizar perícia;- Servidores sem EPIs;- Servidores sem uniformes;- Condições de trabalho da UBVs;- Não existem exames periódicos;- O Ministério da Saúde não conhece a situação

dos servidores;- O MS não tem estrutura e nem conhecimento

técnico para acompanhar os servidores;- Repassa documentos para municipalizar sem

discutir com o município;- Não existe setor no MS para acompanhar e

negociar a lotação e devolução de servidor;- A Legislação não atende as necessidades dos

servidores cedidos, não existe prazo.- O MS joga responsabilidade de gestão para os

servidores e os municípios e Estado.

- Que o Ministério da Saúde discuta e debata com cada gestor sobre o processo de municipalização dos servidores antes de efetivar o processo;

- Reestruturação do Setor de Gestão de Pessoas;-Criação do Núcleo de Apoio aos Servidores

Cedidos para treinar os gestores das localidades onde os servidores vão ficar lotados a esclarecerem dúvidas sobre a legislação, folha de ponto, etc.

- Capacitar os trabalhadores desse setor sobre como proceder nos casos em que o servidor for devolvido;

- Negociar com a gestão a continuidade do trabalhador naquele local;

- Garantia o servidor de poder optar sobre o local onde quer trabalhar;

- Garantir aos servidores com problemas de saúde, um local de trabalho cujas atividades sejam adequadas à sua necessidade especial;

- Exigir do Ministério da Saúde Exames periódicos de todos os servidores descentralizados e municipalizados;

- Garantia de fornecimento dos EPIs;- Exigir do poder municipal que ao alocar servidores

do Ministério da Saúde descentralizados para assumir cargo de confiança e ou gerenciamento que isto seja feito de forma Oficial (Publicado no Boletim em Serviço).

- Garantia de alteração da Portaria da Gacen sobre aposentadoria, licença prêmio, diárias, etc;

- Lutar pela mudança n Lei da Gacen, com a inclusão de cargos de caráter permanente;

- Garantia de encaminhamentos e tratamento aos trabalhadores com doença ocupacional.

- Fornecimento de uniformes adequados;- Descentralização da perícia médica. Que sejam

garantidos os convênios do SIASS;- Que os servidores não tenham que se deslocar até

Belo Horizonte para fazer perícia, tenho que arcar com os custos do deslocamento ou solicitando favor dos municípios ou da SES. Que a perícia vá até o servidor;

- Que seja criado um escritório do núcleo de Apoio aos servidores cedidos para encaminhamento das demandas dos servidores cedidos e ao Estado e Município, incluindo os aposentados e pensionistas.

- Que os servidores tenham direito de optarem por trabalhar em seu município. Garantindo todos os direitos dos servidores que forem municipalizados sem a necessidade de um novo laudo de insalubridade.

- Que o SINDSEP-MG elabore um projeto de preparação dos servidores para a aposentadoria, com base nas reais necessidades da categoria;

- Que a capacitação dos servidores públicos federais cedidos ao estado e aos municípios conste no plano anual de capacitação do Ministério da Saúde e também do Setor de Educação Permanente do SUS;

Garantia de Alteração da Portaria 929/MS no que diz respeito à devolução de servidores, que esta seja por questões técnicas com aprovação na CIB e conselhos.

PROPOSTAS APROVADAS NO SEMINÁRIOPROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS SERVIDORES

JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG03

SIMNÃO

Núcleo Regional Norte de Minas e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba participam do Comitê Plebiscito

Popular pela redução das tarifas de energia elétrica

O Núcleo Regional Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba passou a integrar o Comitê do Plebiscito Popular pela redução das tarifas de energia elétrica e do ICMS na conta de luz. O Plebiscito acontece em todo o estado de Minas Gerais, no período de 19 a 27 de outubro de 2013. O Núcleo Norte também integra o comitê, em Montes Claros.

Page 4: SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII

JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG04

SINDSEP-MG APRESENTA PROPOSTA DE ACORDO COLETIVO À DIREÇÃO DA CEASAMINAS

Após quatro de meses de discussões entre SINDSEP-MG e trabalhadores, no dia 09/10, foi apresentada á direção da CEASAMINAS a proposta de Acordo Coletivo 2013/2014.

A diretoria da CEASAMINAS vai analisar a proposta e, posteriormente, o mesmo deverá ser encaminhado ao DEST no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Confira alguns pontos do ACT 2013/2014:• O Acordo Coletivo de Trabalho terá vigência de 01/10/2013 a 30/09/2014;

• A data-base da categoria será em 1º de outubro;• O ACT é extensivo aos trabalhadores da CEASAMINAS das cidades de

Barbacena, Caratinga, Contagem, Governador Valadares, Juiz de Fora e Uberlândia;

• Reajuste salarial de 9,36%;• Vale alimentação no valor de R$872,00;• Vale lanche no valor de R$8,00/dia;• Plano de Saúde, Auxílio creche entre outros benefícios;

A diretoria do SINDSEP-MG solicitou reunião com a representante do DSEI/MG-ES para discutir a programação de trabalho dos servidores. Vários trabalhadores estão sem nenhuma atribuição de trabalho.

Os servidores exigem que a chefia do DSEI/MG-ES lhes dê atribuições referentes aos cargos que ocupam, pois o servidor público tem o dever de cumprir as suas atribuições. Até o fechamento dessa edição, a reunião ainda não havia sido marcada.

No dia 13/09, servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram um ato público em frente à sede do órgão, em Belo Horizonte, em protesto contra a corrupção no Ministério do Trabalho e Emprego.

O ato contou com a presença de servidores do MTE e de representantes de várias categorias como metalúrgicos, rodoviários, trabalhadores sem terra, professores, panificadores. Todos foram unânimes em condenar a corrupção que toma conta de órgãos públicos e de vários setores da sociedade.

Os servidores concursados do MTE e a população em geral assistiram às denúncias que revelaram a prática generalizada de corrupção dentro do MTE, especialmente no que se refere aos convênios com estados e municípios para a implementação de programas de formação e qualificação profissional, construção de cisternas e produção de eventos turísticos e artísticos, entre outros.

Alguns dos envolvidos são pessoas que não fazem parte do quadro de funcionários concursados do MTE. Aliás, os cargos de direção e assessoramento, que detêm competência decisória, são ocupados, em absoluta maioria, por servidores sem vínculo permanente com o Estado.

Em 2010, os servidores do Ministério do Trabalho, realizaram uma greve nacional de cinco meses para denunciar a situação do Órgão. Desde então pouca coisa mudou dentro do Ministério.

Não se investe nenhum recurso em melhoria das

condições de trabalho dos servidores, nas condições de atendimento dos trabalhadores. O funcionamento é precário, em prédios sem as mínimas condições. Não bastasse, a quantidade de servidores é insuficiente para manter o atendimento às demandas da sociedade.

Em 2012, o Ministério do Trabalho e Emprego treinou e criou um grupo de supervisão de convênios, com atuação direta nos Estados, a fim de coibir ações como desvio de recursos públicos, falsificação de documentos e superfaturamento na compra de materiais, além de verificar a real execução dos cursos e atestar a qualidade dos serviços prestados. O grupo atuou por alguns meses e depois foi desativado.

As irregularidades do convênio com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) "Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania", que está sob investigação da PF, foram apontadas pela equipe técnica do MTE, mas mesmo assim os recursos não foram bloqueados nas instâncias superiores do Órgão.

Problemas como a corrupção somente serão solucionados com a reestruturação definitiva da carreira dos servidores administrativos do MTE, o repasse da fiscalização a servidores concursados, condições de trabalho adequadas, descentralização das atividades do MTE e garantia que os cargos comissionadas sejam de exclusiva atribuição aos servidores efetivos e realização de concurso público.

SINDSEP-MG solicita reunião com a representante do DSEI/MG-ES

No dia 14/09, o Movimento das Mulheres de São Francisco, com o apoio do SINDSEP-MG, realizou um ato público, na cidade de São Francisco, no norte de Minas. O objetivo foi chamar a atenção do poder público, para caos que se instalou na área da saúde, não só na cidade de São Francisco, mas em toda a região.

Os administradores parecem não se preocupar com a qualidade e o funcionamento da saúde do município. Não existe um planejamento, e se existe não é colocado em prática.

A situação está tão caótica que o u t r o s m u n i c í p i o s t ê m d e doar/emprestar materiais para o hospital, como luvas, fios cirúrgicos e med icamen tos , pa ra que o s procedimentos possam ser realizados. Fal ta tudo: desde lençóis a medicamentos de uso rotineiro.

Não bastasse, a atenção primária não tem estrutura, falta pessoal, os médicos não cumprem horário.

A atenção secundária praticamente não existe, os médicos não estão atendendo por falta de pagamento e, quando atendem, não dão conta da demanda. Pacientes aguardam muito tempo pelo atendimento e, quando são atendidos, são encaminhados para atenção terciária (hospital).

Todo esse trabalho foi construído pela Comissão de Mobilização do SINDSEP-MG na cidade de São Francisco, em conjunto com a sociedade organizada. Afinal, a agenda do SINDSEP-MG não pode apenas ser pautada por tabelas salariais, mas em defesa do serviço público e de políticas públicas neste país.

SINDSEP-MG realiza ato público contra a Corrupção no Ministério do Trabalho e Emprego

Servidores do MTE e representantes de várias entidades repudiaram a corrupção no MTE

Ato público contra o caos na saúde

em São Francisco

Page 5: SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII

Projeto de lei tratará de assédio moral no serviço público

O assédio moral contra servidores públicos está na pauta da Comissão de Direitos Humanos. O tema foi discutido em audiência pública no dia 09/10 e será tratado em um projeto de lei, a ser apresentado pela Comissão até o fim do ano.

A necessidade de uma legislação específica sobre o assédio moral no serviço público é unânime. U m a l e i f e d e r a l a f a s t a r i a d ú v i d a s e questionamentos em relação ao que é assédio moral, como e a quem devem ser feitas as denúncias, entre

outros pontos.O diretor da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva,

participou da audiência e também defende a urgência de uma lei sobre o tema. O diretor afirmou que os casos de assédio moral se repetem em vários outros órgãos do Executivo e o movimento sindical tem até elaborado cartilhas para orientar os servidores.

Não bastasse o desgaste que o assédio moral traz ao servidor, outro problema apontado na audiência

foi a de se conseguir provas. As vítimas encontram dificuldades em achar pessoas dispostas a testemunhar em favor delas. Isso porque os colegas de trabalho se calam diante do assédio moral, temendo represálias.

A diretoria do SINDSEP-MG vem recebendo várias denúncias de assédio moral na categoria. Enquanto uma lei não disciplina o assunto e prevê punições aos assediadores, a melhor saída é vencer o medo e denunciar.

Tema foi debatido em audiência pública. Representantes de servidores defenderam a urgência de uma lei sobre o assunto.

Servidores das agências reguladoras assinam Termo de Acordo com o governo Representantes dos servidores das agências reguladoras - Condsef Fenasps e CNTSS/CUT - assinaram no dia 10/10, Termo de Acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão aceitando reajuste de 15,8% parcelado até 2015. Pelo acordo assinado, serão incorporados 10,25% do aumento em janeiro de 2014 e 5% em janeiro de 2015. O impacto orçamentário será R$ 226 milhões. Pelo acordo, também será extinta a partir do

próximo ano, a gratificação de qualificação, paga aos servidores de nível superior. A nova remuneração será composta de vencimento básico e gratificação de desempenho. As outras demandas serão pautadas no Grupo de Trabalho. O debate sobre carreira tem ser umas das prioridades pois não dá para as Agências ficarem repartidas com carreiras e quadros com tratamentos diferentes entre eles.

Durante a reunião, ficou decidido que o Grupo de Trabalho criado para o desenvolvimento de estudos sobre a reestruturação das carreiras e cargos das agências será instalado na primeira semana de novembro, com previsão de concluir os trabalhos em março de 2014. O relatório do GT de 2008 será utilizado como base para subsidiar as atividades do atual grupo.

JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG05

Projeto de lei extingue 116 cargos do DNIT

Subseção do Dieese na Condsef analisa Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2014

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou no dia 1º de outubro, o Projeto de Lei nº 6.053/2013, que extingue 634 cargos de função comissionada do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e cria 518.

A votação do projeto gerou grande debate no plenário da Câmara. Apesar de o texto ser de autoria do governo, o d e p u t a d o S i b á M a c h a d o ( P TA C ) apresentou requerimento para que o PL fosse retirado da pauta. Outros deputados

também tentaram aprovar requerimentos para adiar a aprovação, sem sucesso.

O projeto segue agora para o Senado Federal e, se aprovado, precisa ser sancionado pela presidente da República, Dilma Rousseff.

A subseção do Dieese na Condsef promoveu um estudo que analisa o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o ano de 2014. O projeto está no Congresso Nacional e deve ser votado até o final desta legislatura.

O Projeto de Lei Orçamentaria Anual prevê a quantidade de recursos que a União deverá aplicar no próximo ano. Dados do Dieese apontam que o próximo ano deve ser difícil para servidores públicos.

Em 2014, está prevista verba para pagamento da segunda parcela de reajuste negociada com a maioria dos servidores federais em 2012, além de uma previsão orçamentária para contratação de novos servidores, incluindo substituição de terceirizados determinadas pelo Ministério Público.

A possibilidade de continuidade da política de governo de manter desonerações que prejudicam investimentos em áreas sociais

mostra que a luta por melhorias no setor público vai precisar ser intensificada em 2014, ano de Copa do Mundo e eleições presidenciais.

Em 2012, os servidores federais c o n s e g u i r a m r e v e r t e r o c e n á r i o desfavorável imposto pelo governo com uma forte pressão por meio de uma grande greve unificada.

A mobilização da categoria mudou a tendência, que chegou a ser declarada publicamente, de que o governo não concederia qualquer reajuste aos servidores. Da proposta de 0%, o governo recuou e chegou ao percentual de 15,8% que foi dividido em três parcelas (2013, 2014 e 2015).

O aumento da inflação, no entanto, trouxe um novo elemento a este processo. Outro estudo da subseção do Dieese mostrou que a solicitação da antecipação da parcela de reajuste prevista para 2015 também deve fazer parte das bandeiras de luta dos servidores em

sua campanha salarial.Apesar de longe das reivindicações urgentes

da maioria, 99% das categorias que promoveram a greve aceitaram e assinaram acordos com o governo. Evidente que as entidades representativas dos servidores atenderam as deliberações de suas bases, mas com o claro entendimento de que a luta não cessaria ali e que as mobilizações seriam mantidas para obrigar o governo a continuar o processo de negociações.

Por esse motivo, vár ios acordos assinados com o governo sinalizavam para a continuidade das negociações este ano. No entanto, o Ministério do Planejamento e m p u r r o u t o d o s o s p r o c e s s o s d e negociação, processos que ainda não foram retomados, o que evidencia ainda mais a necessidade urgente de mobilização dos servidores em torno da defesa de sua pauta emergencial.

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JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG06

Lei das “mil vagas” traz preocupação aos servidores do MMA, Ibama e ICMBio

Novo projeto de regulamentação do direito de greve em pauta no Senado

No início do mês de setembro, o governo publicou a Lei 12856/2013, conhecida como “lei das mil vagas”, ansiosamente esperada pelos servidores do Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A ansiedade estava na criação de 1000 vagas para os órgãos do meio ambiente, divididas em 800 para analista ambiental e 200 para analista administrativo. No entanto, o artigo 5º da lei gerou preocupação nos servidores. O texto do artigo diz:

“Art. 5º - Os arts. 14 e 16 da Lei nº 10.410, de 11 de janeiro de 2002, passam a vigorar com a

seguinte redação:Art. 14. A movimentação do servidor nas

tabelas constantes dos Anexos I, II e III ocorrerá mediante progressão funcional e promoção, na forma disposta em regulamento.” (NR).A Lei 10410/02 criou e disciplinou a Carreira de Especialista em Meio Ambiente. Antes da referida modificação da redação, não havia e s p e c i f i c a ç ã o d a n e c e s s i d a d e d e regulamentação para progressão e promoção. O próprio Ministério do Meio Ambiente tentou conseguir um veto para o artigo junto à Presidenta Dilma, mas a lei foi publicada sem o veto.

Em reunião com a Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (CGGP) do MMA, os

representantes dos servidores ficaram sabendo que o entendimento é que as progressões e promoções estão interrompidas até que seja assinado o decreto de regulamentação.

A necessidade do decreto é urgente. Mas a aprovação do mesmo sem nenhum debate seria viável? Se havia na referida lei das mil vagas uma implicação tão grave em relação aos servidores por que não houve discussão sobre o tema?

Nos estranha ainda saber que tramita no Congresso um Projeto de Lei (PL 6242/2013) que versaria sobre o mesmo tema do artigo que não foi vetado.

A Assessoria Jurídica da Condsef já está avaliando a situação.

No dia 19/09, foi apresentado um texto pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da Comissão Mista de Consolidação de Leis e de Dispositivos Constitucionais, que analisa, entre outras propostas, a que trata do direito de greve no serviço público.

O texto informa que, pelo menos 50% dos servidores públicos ,vão ter que continuar t r aba lhando em caso de g reve do funcionalismo, independentemente do setor em que atuem.

Este texto ainda é uma prévia do projeto que, segundo o senador, deve ser mudado depois que

receber as sugestões de centrais sindicais, sindicatos e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras entidades.

De acordo com o texto, os servidores só vão receber pagamento referente ao período da greve, caso haja acordo que preveja a compensação dos dias não trabalhados. Além disso, só serão permitidas a paralisação parcial dos servidores públicos.

O anteprojeto estabelece que um dos efeitos imediatos da greve será a suspensão do pagamento dos salários dos dias não trabalhados.

O projeto do senador Romero Jucá proíbe a greve de integrantes das Forças Armadas, de policiais militares e de bombeiros. Na área de segurança pública, como a Polícia Civil e Federal, o movimento grevista vai ter que garantir que pelo menos 80% do efetivo continue em serviço.

No caso de serviços considerados essenciais, como na área de saúde, distribuição de energia e transporte coletivo, 60% dos servidores terão que trabalhar durante a greve.

Mesa de Negociação Permanente da Saúde completa 10 anos

Reunião entre Condsef e Casa Civil deve acontecer em outubro

Dia 25/09, a Mesa Nacional de Negociação Permanente da Saúde completou 10 anos de existência. A diretora do SINDSEP-MG, Jussara Griffo, que faz parte da Mesa Nacional esteve presente à reunião. Das Mesas de Negociação que foram criadas pelo governo Lula, a Mesa da Saúde é a única que se mantém ativa na discussão das demandas dos trabalhadores.

Durante a reunião, todos os diretores da

Condsef cobraram resultados nas resoluções d a M e s a j u n t o a o M i n i s t é r i o d o Planejamento tais como: concretizar a resolução da avaliação de desempenho para os servidores cedidos que é de 100 pontos para todos; alteração na lei da Gacen, formular políticas salariais a partir de uma tabela remuneratória que atenda aos servidores; Mandado de Injunção (MI880); Instituição de uma Gratificação para os

trabalhadores da Saúde indígena; Melhores condições de condições de trabalho e saúde do trabalhador.

Logo após a atividade, a representante do MPOG conversou com a direção da Condsef e se comprometeu a marcar as agendas dos temas que estão no acordo assinado com a Condsef: Avaliação de desempenho, Gacen e Gecen e Gratificação da Saúde Indígena.

No dia 17/09, a Condsef recebeu uma informação de que a reunião entre a Entidade e a Casa Civil que está sendo intermediada pelo senador Lindbergh Farias deve acontecer em outubro.

Na reunião a Condsef vai solicitar intervenção

da Casa Civil em busca de soluções para uma série de demandas urgentes que permanecem pendentes. Serão abordados temas como a inclusão de servidores anistiados no Regime Jurídico Único (RJU), o número excessivo de processos administrativos (PAD´s) que podem

caracterizar perseguição injusta a servidores, a busca pela equiparação de tabelas salariais da maioria das categorias do Executivo com a tabela criada pela Lei 12.277/12, a antecipação de parcela de reajuste referente a 2015, baseada em estudo feito pelo Dieese, entre outros assuntos.

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JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG07

Condsef cobra reunião no Planejamento e garantia de que não haverá punições aos servidores do DNIT

Servidores do Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes (DNIT), de todo o Brasil participaram de um encontro nacional da categoria, na sede da Condsef, em Brasília. A avaliação é de que a de greve que terminou sem que o impasse com o governo fosse resolvido. Mesmo não aceitando a proposta do Ministério do Planejamento de reajuste de 15,8%, os trabalhadores ponderaram que a greve deste ano fortaleceu a organização da categoria para as demandas

mais urgentes.Os trabalhos de força-tarefa continuam

para buscar apoio de parlamentares para o fortalecimento do DNIT. A Condsef cobra uma reunião na Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) e quer garantias de que nenhum servidor do DNIT vá sofrer punições de qualquer natureza por ter participado de uma greve legítima.

Foram 74 dias em greve e, apesar do esforço, o governo não alterou a proposta

inicial que concede 15,8% de reajuste para o setor. Proposta distante das necessidades apresentadas pela categoria.

No encontro nacional do setor, os servidores concordaram com a manutenção de comissões para garantir que o debate de mobilização e a construção da unidade permaneçam. Mesmo com o fim da greve a luta dos servidores deve permanecer intensa.

Condsef cobra ações imediatas e debate para assegurar a servidores

seus planos de autogestãoO Diário Oficial da União (DOU) publicou

resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), determinando a alienação da carteira da Fundação Assistencial dos Servidores do Incra (Fassincra).

Uma nota foi divulgada pela direção do plano de autogestão, esclarecendo que estão garantidos aos usuários e seus dependentes todos os atendimentos na rede prestadora de serviços do plano, incluindo hospitais, clínicas, consultórios médicos, odontológicos, laboratórios, urgência e emergência.

A instituição ressalta também que está tomando as providências cabíveis para a manutenção da assistência do plano Fassincra Saúde. A autogestão que atende a maioria dos servidores federais passou por crise, mas ganhou destaque com a intervenção da Geap no inicio de 2013.

A Condsef ressalta que cobra ações do governo, para assegurar a manutenção dos

planos de autogestão. Com a crise na Fassincra, a entidade voltará a pressionar para que medidas emergenciais sejam adotadas e tragam solução e melhorias à saúde suplementar no setor público.

Várias entidades representativas da categoria vêm se reunindo, para levantar soluções e encaminhar ações capazes de sanar a crise instalada no sistema de saúde que atende os servidores.

As entidades defendem, entre outras ações urgentes, a busca pelo aumento da contrapartida que o governo repassa aos planos. Hoje, a média da contribuição dos servidores é de 70% enquanto o governo contribui apenas com 30% do valor do plano. A expectativa é de que este valor seja ao menos equalizado. Outra proposta é de que as indicações para os cargos de diretoria dos planos deixem de ter caráter político e passe a levar em conta o grau de conhecimento dos indicados para assumir questões administrativas

dos planos.O perfil de assistidos pelos planos de

autogestão aponta que dificilmente esses servidores terão condições de arcar com um plano de saúde privado. Muitos estão acima da faixa etária de 60 anos e pelos salários e contrapartida paga pelo governo não teriam condições de assumir as mensalidades cobradas pela esmagadora maioria de planos de saúde privados.

Portanto, faz-se mais que urgente discutir esses temas e buscar soluções definitivas para melhorar os planos de autogestão e assegurar aos servidores o pagamento de valores justos e a segurança de assistência médica para eles e seus dependentes naturais.

Isso até que o SUS (Sistema Único de Saúde) ganhe a atenção fundamental por parte do governo e possa assumir integralmente sua missão de suprir a demanda por saúde da população brasileira.

Planejamento é autorizado a celebrar convênio único com a GEAP

O governo publicou decreto, no Diário Oficial da União (DOU) do dia 08/10, que autoriza a União e suas autarquias e fundações a firmarem convênio com a GEAP Autogestão em Saúde. A finalidade é assegurar a assistência à saúde de servidores ou empregados públicos, de aposentados, de pensionistas e suas famílias que têm vínculo com a GEAP.

Com o decreto, o Ministér io do

Planejamento passa a ter respaldo para firmar convênio único com a GEAP, que abrangerá automaticamente todos os órgãos da Adminis t ração Dire ta (minis tér ios) , eliminando a prática anterior de realização de múltiplos convênios.

Pela nova metodologia, também serão permitidas adesões das autarquias e fundações ao convênio, na condição de patrocinadoras. O

patrocínio centralizado não implicará, para o governo, em arcar com eventuais riscos financeiros de operação de plano de saúde.

Os repasses de contribuição à GEAP permanecem como antes, mensais e correspondentes ao valor per capita já definido para qualquer servidor que tenha plano de saúde independente da operadora do plano.

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JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG08

PL com reajuste para DNPM, empregados públicos e corrige erros em tabela do HFA aguarda votação na Câmara dos Deputados

PEC que propõe isonomia entre os Três Poderes aguarda parecer na CCJ

PL DA TERCEIRIZAÇÃO CONTINUA EM TRAMITAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Está na Câmara dos Deputados o projeto de lei (PL) 6.245/13 que trata dos reajustes negociados com servidores do DNPM, empregados públicos, além da correção de erro em tabela salarial do HFA e no nível auxiliar dos servidores da Funai.

O processo que levou a consolidação do PL 6.245/13 foi marcado por muitas dificuldades. Uma demonstração clara da inabilidade do

governo em conduzir um processo de negociações eficaz com os servidores públicos.

Para a Confederação, muitas pendências contidas nos termos de acordo assinados, no ano passado, deveriam ter seguido nesse novo PL que aguarda votação no Congresso.

Entre as principais demandas aprovadas pelos setores da base da Condsef está a busca pela equiparação das tabelas salariais do Executivo

com a tabela criada pela Lei 12.277/10, Racionalização de cargos, regulamentação e criação de gratificação de qualificação para carreiras que ainda não possuem, além da incorporação na aposentadoria do valor da média de gratificação de desempenho recebida nos últimos cinco anos, também estão entre os pontos de destaque da pauta de reivindicações da maioria dos servidores da base da Condsef.

A Condsef e o SINDSEP-MG estão acompanhando todo o andamento da PEC 271/13 no Congresso Nacional. A PEC que propõe igualdade de benefícios entre servidores dos Três Poderes como auxílio alimentação, auxílio creche, transporte, saúde suplementar e outros, aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados.

A Condsef busca continuamente uma reunião com Augusto Carvalho, deputado federal e propositor da matéria. A aprovação da proposta seria uma importante conquista e traria justiça para servidores do Executivo que hoje, recebem os benefícios com

valor mais baixo da Administração Pública. O valor pago aos servidores do Executivo, em

todo Brasil para auxílio alimentação é de R$ 373,00, o menor valor entre os Três Poderes. Um recurso que questiona a equiparação do auxílio-alimentação do Executivo com os demais poderes continua aguardando julgamento no Supremo.

Em dezembro de 2012, a Confederação atuou na condição de amicus curiae (parte interessada), deste processo, fazendo a defesa dos servidores para obter a equiparação do referido auxílio.

A Condsef informa que não há necessidade de o servidor contratar advogados particulares. Os

servidores devem aguardar o julgamento do processo que deve ocorrer no Plenário do STF, ainda sem data determinada.

Um trabalho de corpo-a-corpo junto aos parlamentares deve ser feito para buscar aprovação da PEC 271/13. A Assessoria da Condsef continua acompanhando todos os movimentos deste processo. A equiparação dos benefícios, como o auxílio-alimentação e saúde suplementar, continuam como bandeiras de luta que unificam as entidades que compõem o fórum em defesa dos servidores e serviços públicos e faz parte também da Campanha Salarial 2013.

Apesar do apelo do movimento sindical para que o PL 4330/2004 seja arquivado, ele continua tramitando na Câmara dos Deputados. No dia 08/10, o projeto chegou à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O Projeto de Lei 4.330/2004, em tramitação na Câmara dos Deputados, pretende acabar com os limites à terceirização, incitando sua prática de forma indiscriminada.

A terceirização precariza as condições de trabalho, dispersa a organização dos trabalhadores e rebaixa profundamente os níveis de efetividade dos direitos dos trabalhadores, seja no setor público ou privado.

A aprovação do PL 4.330/2004 significará a terceirização desmedida e sem responsabilidade social, esvaziando a eficácia dos direitos dos trabalhadores e constituindo, assim, a mais rigorosa reforma flexibilizadora de direitos trabalhistas após à Constituição de 1988.

Serviço públicoPara a CUT é terceirização “zero” no

serviço público. Segundo dados do Ministério do Planejamento, de 100 a 200 mil vagas do serviço público federal são ocupadas por terceirizados, quando deviam ser ocupadas por servidores de carreira.

E, de acordo com o PL, só quatro carreiras públicas seriam ocupadas por concursados: policial Federal, auditor fiscal, diplomata e militar das forças armadas. Ou seja, os demais trabalhadores do serviço público poderiam ser terceirizados.

Na mesma medida em que é prejudicial ao setor privado, a terceirização é fortemente combatida no setor público pela Condsef e outras entidades representativas dos servidores.

O próprio Tribunal de Contas da União (TCU) já determinou inúmeras vezes a s u b s t i t u i ç ã o d e t r a b a l h a d o r e s tercei r izados por concursados na administração pública. Um problema que agrava as distorções no setor público e prejudica diretamente a população que necessita de atendimento.

E por retirar direitos tão duramente conquistados pela sociedade brasileira, o PL 4.330/2004 deve ser integralmente rejeitado.

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JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG09

Novos Critérios para aposentadoria especial

Câmara aprova 474 novos cargos para o Iphan

Os servidores com deficiência que se aposentarem depois de 08 de novembro seguirão os requisitos da Lei Complementar 142/2013 para obter a aposentadoria especial. A Lei Complementar 142/2013 regulamenta a aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime Geral da Previdência Social

A decisão é do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal que entendeu que a até a lei complementar entrar em vigor, será aplicado o disposto no artigo 57 da Lei 8.213/1991 — que dispõe sobre os benefícios da Previdência Social.

Após a vigência da lei complementar, a

aferição será feita nos moldes ali previstos. O ministro analisou um agravo regimental em Mandado de Injunção impetrado por um servidor público.

Na primeira análise, o ministro Luiz Fux julgou procedente o pedido para conceder parcialmente a ordem, determinando a aplicação, no que coubesse, do artigo 57 da Lei Federal 8.213/1991, para os fins de verificação do preenchimento dos requisitos para a aposentadoria especial do servidor.O ministro Luiz Fux apontou que o STF já reconheceu a mora legislativa relativamente à disciplina da aposentadoria especial de servidores públicos, prevista no artigo 40,

parágrafo 4º, da Constituição Federal. O dispositivo estabelece que lei complementar irá definir a aposentadoria especial dos servidores portadores de deficiência.

No entanto, com a regulamentação da aposentadoria da pessoa com deficiência naquele regime, o ministro reconsiderou parcialmente a decisão anterior e determinou a aplicação da LC 142/2013 a partir da data em que entrar em vigor (seis meses após sua publicação) e até que o direito dos servidores públicos na mesma condição seja objeto de regulamentação. Ressalvou, porém, que, até a sua entrada em vigor, mantém-se a aplicação do artigo 57 da Lei 8.213/1991.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, no dia 08/10, em caráter conclusivo, proposta que transforma 474 cargos vagos do Plano Especial de Cargos da Cultura em postos de trabalho no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

De acordo com o texto, serão 107 novos cargos de analista, 119 de técnicos e 248 de auxiliares institucionais. A medida está prevista no Projeto de Lei 5381/13, do Poder Executivo, que já havia sido aprovado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Finanças e Tributação. A proposta seguirá

agora para o Senado. O p r o j e t o o b j e t i v a a t e n d e r à s

necess idades de pessoal do Iphan, contr ibuindo para o for ta lecimento institucional do Órgão. De acordo com o projeto, a transformação dos cargos ocorrerá sem aumento de despesas.

O Dia da Consciência Negra é comemorado no mês de novembro. Mas datas comemorativas a parte, todo dia é dia de valorizarmos aqueles cuja cultura foi e é fundamental para a formação do povo brasileiro.

A bandeira de luta que o os negros ergues cotidianamente em nosso país é o resultado de séculos de muita resistência. Essa bandeira é símbolo da oposição que fazemos a um Estado que nunca atendeu às demandas não só dos negros, mas de tantos outros excluídos.

Devemos comemorar os avanços conquistados, como a criação do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e a implementação da Lei 10.639 de 2003, que incluiu a comemoração da data no calendário escolar. Essa lei foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Também vale lembrar que em 1971

ativistas do Grupo Palmares, do Rio Grande do Sul, chegaram à conclusão de que a execução de Zumbi, símbolo de resistência e da luta contra a escravidão, foi realizada no dia 20 de novembro de 1695.

Por isso devemos sempre nos lembrar da condição social do negro na data. Entretanto, a consciência negra é fenômeno efêmero e se perde nas várias manias adotadas pela sociedade.

Hoje é chique ser black. É moderno cultivar os valores da cultura black, enquanto o fosso social entre brancos e negros (incluindo pretos e pardos) aumenta cada dia mais.

No Brasil vivemos o mito da democrac i a r ac i a l . A r ea l idade socialmente perversa e os indicadores sociais comprovavam que negro, no Brasil, está associado à miséria e à exclusão social.

Somente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) calcula que precisaremos de pelo menos 20 anos de políticas voltadas para as ações afirmativas para colocar brancos e negros em níveis mínimos de igualdade.

O Movimento Negro, hoje, luta pelo cumprimento do plano de ação assumido na Conferência da ONU Contra o Racismo, Discr iminação Racia l , Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em 2001, e pelas propostas das Conferências Nacionais de Promoção de Igualdade Racial, organizadas em 2005 e 2009 pelo governo brasileiro.

Queremos justiça social para os negros, sim. Mas também para os povos indígenas e para os demais grupos que tem seus direitos violados. Afinal, o Brasil não é formado só por negros. Mas por b rancos , pa rdos , amare los , vermelhos. O nosso Brasil é multirracial!

Todo o dia é Dia da Consciência Negra

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JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG10

O SINDSEP-MG informa aos seus filiados que já tomou as medidas judiciais cabíveis para resguardar os direitos dos servidores quanto ao correto pagamento das Gratificações de Desempenho (GDATA, GDPGTAS, GDATEM, GDPGPE, etc).

Portanto, pede-se muita cautela aos servidores que porventura estejam recebendo correspondências de terceiros, que não possuem nenhuma relação com o Sindicato, e estão enviando cartas solicitando documentos para ingressarem com mesmas ações já existentes.

Nosso Ordenamento veda a duplicidade de ações sobre a mesma

matéria, de modo que a entrega de documentação para outros escritórios pode acarretar em um maior atraso na tramitação dos processos, ou até mesmo a extinção dos mesmos. Alguns juízes inclusive já fixaram multa por litigância de má-fé para servidores que possuíam duas ações idênticas (uma pelo sindicato e uma por escritório particular).

Dessa forma, recomendamos que desconsiderem correspondências enviadas por terceiros ou que em caso de qualquer dúvida, entrem em contato com o departamento jurídico do SINDSEP-MG.

ATENÇÃO, FILIADOS (AS)!

28 de outubro - Dia do Servidor PúblicoSEMPRE HÁ O QUE COMEMORAR

No dia do servidor público, muitos podem achar que não temos nada a comemorar. Se a conjuntura está desfavorável, se os ataques do governo federal são constantes, se existe assédio, se falta condições de trabalho, temos de comemorar a nossa resistência! Porque não nos furtamos de lutar por melhores condições de vida,

trabalho e por um serviço público de qualidade!Na data em que comemoramos o Dia do

Servidor Público, a diretoria do SINDSEP-MG parabeniza todos os servidores, reconhecendo a luta diária que cada um empreende para poder realizar seu trabalho com o compromisso e dedicação que a função de servidor exige.

Aproveitamos para reafirmar nosso compromisso de lutar sempre em defesa dos direitos dos servidores. Só assim vamos conquistar melhores condições de trabalho, respeito e valorização pelos serviços prestados à população e em prol do desenvolvimento desse país.

Elogio da DialéticaA injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.Só a força os garante.Tudo ficará como está.Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.No mercado da exploração se diz em voz alta:Agora acaba de começar:

E entre os oprimidos muitos dizem:Não se realizará jamais o que queremos!O que ainda vive não diga: jamais!O seguro não é seguro. Como está não ficará.Quando os dominadores falaremfalarão também os dominados.Quem se atreve a dizer: jamais?De quem depende a continuação desse domínio?

De quem depende a sua destruição?Igualmente de nós.Os caídos que se levantem!Os que estão perdidos que lutem!Quem reconhece a situação como pode calar-se?Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.E o "hoje" nascerá do "jamais". (Bertold Brecht)

Marcha a Brasília contra Reforma da Previdência (2013) Marcha a Brasília (2013) SINDSEP-MG na RIO+20

Manifestação em Juiz de Fora (2012) Manifestação em frente ao Incra em BH (2012) Ato em frente ao Ministério da Fazenda durante a Campanha Salarial 2012

Manifestação na Praça Sete contra a MP 520 (2012) Servidores do Incra exigem avanço nas negociações Paralisação da Força tarefa (2013)

Page 11: SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII

OUTUBRO

ROSA

JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG11

O movimento popular conhecido internacio-nalmente é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama.

Neste mês de Outubro serão 31 dias dedicados a conscientização e ações sobre o tema, mostrando os avanços já conquistados e também o desafio para vencer o câncer que atinge um grande número de brasileiras por ano e é a quinta maior causa de mortalidade e o segundo tipo de câncer mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele.

No Brasil, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que a doença será responsável por 52.680 novos casos até o fim do ano.

Doença também atinge homensConhecido como um mal que tem como alvo

as mulheres, o câncer de mama também pode castigar os homens. Mais raro entre o sexo masculino, a doença atinge 1 homem para cada 100 mulheres.

A incidência do câncer de mama é mais comum em homens acima dos 35 anos de idade e pode aumentar conforme a idade avança. Apesar de ter pontos em comum com a doença que atinge as mulheres, como histórico familiar correspondente, no homem a doença está mais ligada a fatores hormonais e pode ser desenvolvida a partir de uma dieta rica em gorduras ou mesmo o excesso de álcool ingerido.

Assim como as mulheres, os homens também podem se autoexaminar como forma de rastrear alguma irregularidade na mama. O tratamento do câncer de mama em homens é semelhante ao das mulheres.

As dicas de prevenção que os médicos dão para os homens são: praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação equilibrada com pouca gordura e reduzir o consumo de bebida alcóolica. Vencer o preconceito e fazer o autoexame também entra na lista de ações para prevenir o desenvolvimento da doença.

Page 12: SETEMBRO/OUTUBRO/2013 - ANO XVIII

JORNAL DO SERVIDOR - SINDSEP-MG12

- Assembleias sobre o tema municipalização;20/10 a 10/11 – Reunião do Comité Nacional Interinstitucional de Desprecarização do Trabalho no SUS; 23/10

- Capacitações no Sul de Minas e Encontro Regional;31/10 a 03/11 - Capacitações na Zona da Mata e Encontro Regional;08 a 10/11

– Seminário Estadual de Saúde;22/11 – reunião do CDS e Assembleia Estadual do SINDSEP-MG;23 e 24/11

– Reunião da Mesa da Saúde/MG;29/11 – Congresso da Condsef.11 a 15/12

Calendário de Atividades