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UFV / XVIII SIC / OUTUBRO DE 2008 / ENGENHARIA FLORESTAL CCA AUMENTO DA BASE FLORESTAL DA REGIÃO DO PÓLO MOVELEIRO DE UBÁ E OPORTUNIDADES PARA UMA MAIOR RENDA AOS AGRICULTORES CELSO DOTTA LOPES JUNIOR (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Orientador/UFV), ANGELO CASALI DE MORAES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), VINÍCIUS RESENDE DE CASTRO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ÉDSON FIGUEIREDO DE ANDRADE NETO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARCUS ROCHA SAD (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), FILIPE DEMUNER DA SILVA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ALBERTO LUÍS FERREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JULIANO ROBERTO FERREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV) Apesar de a Zona da Mata mineira apresentar inequívoca vocação florestal, as propriedades rurais da região vêm sofrendo drásticas perdas, devido ao depauperamento dos solos, diminuição das águas e queda constante de produtividade, resultados do mau uso da terra, ao longo dos anos. O projeto objetiva a criação de oportunidades para uma maior renda aos agricultores, através do aumento da base florestal da região. A atividade de extensão florestal empreendida pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – envolve a disponibilização de mudas, insumos e formicida. A assistência técnica e acompanhamento das atividades, sempre consideradas os maiores gargalos, estão sendo viabilizados com as propostas do presente projeto. Em 2007, a meta proposta era implantar mil hectares, com o plantio de dois milhões de mudas, na região do pólo moveleiro de Ubá, envolvendo 13 municípios. Para isso, eram feitos pré- cadastros de agricultores interessados, junto à EMATER. Posteriormente, eram realizadas várias ações, como palestras e dias de campos, com o objetivo de repasse das informações sobre a atividade florestal. Com a participação dos estudantes do curso de Engenharia Florestal da UFV, que atuaram como estagiários, cada agricultor cadastrado, recebeu três visitas, onde se estabelecia uma interação com os 110

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UFV / XVIII SIC / OUTUBRO DE 2008 / ENGENHARIA FLORESTAL CCA

AUMENTO DA BASE FLORESTAL DA REGIÃO DO PÓLO MOVELEIRO DE UBÁ E OPORTUNIDADES PARA UMA MAIOR RENDA AOS AGRICULTORES

CELSO DOTTA LOPES JUNIOR (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Orientador/UFV), ANGELO CASALI DE MORAES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), VINÍCIUS RESENDE DE CASTRO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ÉDSON FIGUEIREDO DE ANDRADE NETO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARCUS ROCHA SAD (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), FILIPE DEMUNER DA SILVA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ALBERTO LUÍS FERREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JULIANO ROBERTO FERREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV)

Apesar de a Zona da Mata mineira apresentar inequívoca vocação florestal, as propriedades rurais da região vêm sofrendo drásticas perdas, devido ao depauperamento dos solos, diminuição das águas e queda constante de produtividade, resultados do mau uso da terra, ao longo dos anos. O projeto objetiva a criação de oportunidades para uma maior renda aos agricultores, através do aumento da base florestal da região. A atividade de extensão florestal empreendida pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – envolve a disponibilização de mudas, insumos e formicida. A assistência técnica e acompanhamento das atividades, sempre consideradas os maiores gargalos, estão sendo viabilizados com as propostas do presente projeto.   Em 2007, a meta proposta era implantar mil hectares, com o plantio de dois milhões de mudas, na região do pólo moveleiro de Ubá, envolvendo 13 municípios. Para isso, eram feitos pré-cadastros de agricultores interessados, junto à EMATER. Posteriormente, eram realizadas várias ações, como palestras e dias de campos, com o objetivo de repasse das informações sobre a atividade florestal. Com a participação dos estudantes do curso de Engenharia Florestal da UFV, que atuaram como estagiários, cada agricultor cadastrado, recebeu três visitas, onde se estabelecia uma interação com os produtores, troca de informações técnicas, doação de cartilhas e georreferenciamento da área a ser plantada. No período de um ano foram ministradas 13 palestras e dias de campo, onde quase 300 agricultores tiveram seus projetos acompanhados. O resultado dos plantios foi considerado satisfatório e animadores.

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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE MUDAS DE Eucalyptus spp. EM BANDEJAS NO VIVEIRO CLONAL

VITOR LEANDRO FONTES (Bolsista IC /projeto/UFV), ACELINO COUTO ALFENAS (Orientador/UFV), SÉRGIO RICARDO SILVA (Coordenador/), JOSÉ HENRIQUE BAZANI (Coordenador/), FLÁVIO LUIZ DE SOUZA (Coordenador/)

 O número de mudas por bandeja influencia simultaneamente a competição por água, luz e a incidência de doenças. Assim no presente trabalho estudou-se a distribuição espacial de mudas de quatro clones híbridos de Eucalyptus grandis x E. urophylla (urograndis) em bandejas com 176 células. O experimento foi instalado no viveiro da Veracel Celulose S.A., em Eunápolis -BA, e conduzido por 120 dias. Na primeira seleção, aos 30 dias, testaram-se dois espaçamentos de 35 e 50% e na segunda, aos 60 dias, três espaçamentos de 27, 35 e 50% de mudas na bandeja. Os tratamentos ficaram assim constituídos: T1 = 50% em ambas as seleções, T2 = 50% na 1ª e 35% na 2ª seleção, T3 = 50% na 1ª e 27% na 2ª seleção, T4 = 35% em ambas as seleções e T5 = 35% na 1ª e 27% na 2ª seleção. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições compostas de três bandejas por tratamento. Avaliou-se a sobrevivência das mudas (SBV) aos 60 e 90 dias, sendo as mudas dominadas consideradas não sobreviventes. Mudas nas densidades mais elevadas diferiram estatisticamente (p≤0,05) das cultivadas nas densidades mais baixas, pelo fato de altas densidades de mudas propiciarem um microclima favorável ao desenvolvimento de doenças fúngicas, como a canela-preta, além de dificultar o molhamento do substrato, levando à morte das plantas. Aos 60 dias, o tratamento T4 obteve a maior taxa de SBV (65,9%) e T1 a menor (52,3%). Aos 90 dias, a maior e menor percentagem de SBV média foram do tratamento T5 (99,2%) e T1 (95%), respectivamente. Concluiu-se que para clones com desenvolvimento rápido, deve-se utilizar o tratamento T5 (35% mudas na 1ª seleção e 27% na 2ª), a fim de se obter mudas de alta qualidade.(VERACEL CELULOSE S.A. )

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A RELAÇÃO ENTRE PRECIPITAÇÃO EFETIVA E VAZÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO SANTA MARIA, VIÇOSA MG

CARLOS EDUARDO LIMA GAZZOLA (Estagiário voluntário/UFV), VITOR HUGO BREDA BARBOSA (Estagiário voluntário/UFV), CAMILA SOARES BRAGA (Estagiário voluntário/UFV), WANDREY DA COSTA CARDOSO (Estagiário voluntário/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV)

O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre a vazão e a precipitação efetiva durante os meses de Janeiro a Abril dos anos de 2006 e 2008. A bacia hidrográfica do córrego Santa Maria é recoberta por um fragmento de Mata Atlântica, localizado no município de Viçosa, MG. A precipitação efetiva foi calculada somando-se a precipitação interna e o escoamento pelo tronco. Para a obtenção dos dados da precipitação interna, foram utilizados 25 pluviômetros distribuídos dentro de cada uma das seis parcelas e para o escoamento pelo tronco foram utilizados coletores confeccionados com espuma de poliuretano. A vazão do córrego foi medida pelo método direto, que consiste no uso de um balde graduado e um cronômetro, tendo como unidade referencial L/s. Durante esse período observou-se uma redução de 57,03% da precipitação efetiva do ano de 2008 em relação ao de 2006, exceto no mês de fevereiro de 2008, que houve um aumento expressivo de 275,32% com relação ao mesmo mês de 2006. Uma significativa redução de 35,29% também pode ser observada na vazão de 2008 quando comparada com a de 2006. Com esses dados pode-se concluir que a diminuição da vazão do córrego Santa Clara pode ser explicada pela diminuição da precipitação efetiva, porém tal decréscimo não segue a mesma proporção da precipitação.

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ESCOLHA DE REVESTIMENTO PARA CANAIS DE RETIFICAÇÃO EM REGIME DE ESCOAMENTO SUPERCRÍTICO

HENRIQUE VIEIRA DE MENDONÇA (Estagiário voluntário/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV)

 Com o crescimento urbano atual, muitas vezes é necessário retificar cursos de água, para que se possa realizar a drenagem do terreno e facilitar a implantação de lotes e estradas. Muitas vezes essas retificações acarretam uma série de problemas, uma vez que as velocidades de escoamento atinjam valores que façam com que ocorra o desprendimento das partículas da parede do canal, ultrapassando a tensão de cisalhamento máxima permissível pelo solo e dando início ao processo de erosão hídrica. O estudo de caso foi contemplado na antiga Escola de Agricultura Arthur Bernardes, onde será implantado o Parque Tecnológico de Viçosa, e teve como objetivo estudar o processo erosivo do canal de retificação a ser implantado na região. A vazão máxima de projeto foi calculada através do método racional e a velocidade de escoamento assim como o número de Froude, foram determinados através do software Canal (GPRH – DEA – UFV). A vazão máxima de projeto com período de retorno de 5 anos tem dimensão de 6,57 m3/s e a velocidade de escoamento 4,5 m/s. O número de Froude apresentou dimensão de 1,6 onde podemos determinar que o escoamento é classificado como supercrítico. O solo da região e classificado com sedimento aluvial e para este é admissível uma velocidade de escoamento máxima de 0,60 m/s. Por tanto se definiu que o canal de retificação deverá apresentar revestimento com uma camada de concreto, assim evitando o processo de arraste das partículas evitando a erosão do mesmo. (CENTEV/UFV)

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QUANTIFICAÇÃO DE BIOMASSA E ANÁLISE ECONÔMICA DA CULTURA DO PINHÃO MANSO

CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), DIEGO DE PAULA TOLÊDO (Bolsista CNPq/UFV), CARLOS PEDRO BOECHAT SOARES (Co-orientador/UFV), MARCIO LOPES DA SILVA (Co-orientador/UFV)

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o estoque de carbono da cultura do pinhão manso e analisar a viabilidade da cultura com e sem a inclusão dos créditos de carbono. A área estudada, de propriedade do produtor Paulo Afonso, apresentava dois anos de idade. Para avaliar o estoque de carbono foi realizada a quantificação da biomassa, utilizando o método direto e destrutivo, aplicado às árvores-amostras que foram selecionadas de acordo com as medidas da altura, do diâmetro das copas e do número de ramos. A determinação da biomassa seca foi obtida pelo método da proporcionalidade. O estoque de carbono foi estimado através da multiplicação da biomassa seca pelo fator 0,5. A estimativa do CO2

estocado foi obtida pela multiplicação do estoque de carbono pelo fator 3,67. A análise econômica foi feita com e sem a inclusão dos créditos de carbono, utilizando um horizonte de planejamento de 10 anos. Os indicadores econômicos utilizados foram VPL, TIR e VAE. A taxa de desconto utilizada neste estudo foi de 10%. Como resultado obteve-se que a quantidade de carbono estocado teve um aumento de 220,60% em relação ao primeiro ano. O estoque de carbono encontrado para o segundo ano da cultura do pinhão manso foi de 2,35 tC.ha-1, correspondendo à 8,61 tCO2(eq.).ha-1 e apresentando um Incremento Médio Anual (IMA) de 1,17 tC. ha-1ano-1. A TIR, VPL e VAE sem créditos de carbono foram de, respectivamente, 19%, R$1.887,23ha-1, R$307,14ha-1; com os créditos de carbono foram, respectivamente, 20%, R$2.097,37ha-1, R$341,34ha-1. Por fim conclui-se que a cultura do pinhão manso possui uma capacidade de estocagem de carbono próxima a outras culturas como cacau e seringueira, entretanto, abaixo de outras como o eucalipto. Em relação aos créditos de carbono o pinhão manso tornou-se economicamente mais atrativo com a inclusão dos créditos de carbono.

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TRATAMENTO ANAERÓBIO DE EFLUENTES DE MÁQUINA DE PAPEL POR BIORREATOR

ISMARLEY LAGE HORTA MORAIS (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANA PAULA SANTANA LOURES (Bolsista CNPq/UFV), MATHEUS RIBEIRO COURA (Estagiário voluntário/UFV), CLAUDIO MUDADO SILVA (Orientador/UFV)

A recuperação da água branca pode reduzir o elevado consumo de água fresca em fábricas de papel. Entretanto, nem sempre é possível recuperar completamente a água branca em um circuito fechado devido à sua qualidade inadequada e aos possíveis problemas causados pelo acúmulo de contaminantes. Este trabalho comparou a eficiência de tratamento e a exeqüibilidade do reuso da água branca de um biorreator anaeróbio de membranas mesofílico (BRAM 35°C) e de um biorreator anaeróbio de membranas termofílico (BRAM 55°C), sendo utilizada a água branca coletada em uma fábrica de papel para imprimir e escrever. O BRAM 35°C alcançou eficiências de remoção de remoção de 70% para DQO, 95% para SST e 68% para turbidez, operando com um TDH de 10,1 h e uma COV de 1,41 kgDQO.m-3.d-1. Já o BRAM 55°C alcançou eficiências de remoção de 55% para DQO, 97% para SST e 77% para turbidez, operando com um TDH de 9,8 h e uma COV de 1,46 kgDQO.m-3.d-1. Ambas as opções apresentaram ligeira remoção de dureza total e aumento na condutividade elétrica e na cor real. Embora o BRAM 55°C tenha alcançado uma menor eficiência de remoção da DQO, ele tem vantagens sobre o tratamento anaeróbio mesofílico, principalmente, por não necessitar do resfriamento da água branca. Com os recentes desenvolvimentos dos materiais para membrana, pode ser possível utilizar membranas poliméricas a uma temperatura de operação de 55°C. A maior desvantagem associada ao uso de membranas de fibras poliméricas ocas submersas é que sua utilização, a longo prazo, em temperaturas elevadas não está documentada.

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ALTERAÇÕES NO TEOR DE UMIDADE E NAS RESERVAS DE CARBOIDRATOS EM SEMENTES DE Schizolobium parahyba (VELL.) BLAKE (LEGUMINOSAE) DURANTE A GERMINAÇÃO

SIMONE RODRIGUES DE MAGALHÃES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), EDUARDO EUCLYDES DE LIMA E BORGES (Orientador/UFV), ANA PAULA AGUIAR BERGER (Estagiário voluntário/)

Os compostos de reservas presentes nas sementes são essenciais tanto na germinação quanto no desenvolvimento da planta, funcionando como fonte de energia nos processos metabólicos. Nesse sentido, objetivou-se quantificar a mobilização das reservas de amido e de carboidratos solúveis totais das sementes de Schizolobium parahyba (Vell.) Blake durante a germinação. As sementes foram escarificadas, na extremidade oposta ao embrião, e colocadas para germinar, sendo coletadas amostras a cada 48 horas por um período de oito dias. O teor de água foi determinado com base no peso úmido. A extração dos açucares solúveis foi feita com etanol 80% (v/v) e a quantificação pelo método colorimétrico. Em seguida as amostras secas em estufa a 45ºC por 24 horas e submetidas à digestão com ácido perclórico para quantificação colorométrica de amido. Utilizou-se o delineamento inteiramente ao acaso, e os resultados analisados pelo programa Sistema de Análise Estatística (SAEG, versão 8.X, Universidade Federal de Viçosa), optando-se pela análise descritiva, pois os dados não atenderam aos pressupostos de normalidade e homogeneidade de variâncias. As sementes apresentaram aumento constante no teor de água, estabilizando-se em torno de 60%. Os teores de amido no eixo embrionário e cotilédones decresceram até 48h, permanecendo estáveis até o final período avaliado. Os carboidratos solúveis foram mobilizados apenas no início da embebição, em ambos os compartimentos, decrescendo mais que o dobro em relação à testemunha. Conclui-se que os carboidratos solúveis foram mais mobilizados que o amido no período de embebição.

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ANÁLISE DA COLHEITA DE MADEIRA DE EUCALIPTO PARA SERRARIAS VISANDO O DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS, MÉTODOS E SISTEMAS APROPRIADOS PARA INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS.

PEDRO HENRIQUE ALVES DOS SANTOS (Bolsista IC /projeto/UFV), ANDRÉ LUÍS PETEAN SANCHES (Estagiário voluntário/UFV), AMAURY PAULO DE SOUZA (Orientador/UFV), LUCIANO JOSE MINETTE (Co-orientador/UFV)

A colheita é indubitavelmente um dos pontos mais onerosos da cadeia produtiva florestal, podendo ser decisiva nos aspectos da qualidade da madeira serrada, pois durante seus sub-processos (corte, extração, carregamento e descarregamento) podem ocorrer impactos que propiciarão o aparecimento de danos como rachaduras na madeira. O presente trabalho teve como objetivo identificar e analisar os processos de colheita da madeira utilizados no país, avaliando possíveis problemas operacionais que pudessem provocar defeitos, bem como propor soluções. Os sistemas de colheita analisados foram: 1)Árvores inteiras, com Feller-buncher + Skkider; 2)Toras Curtas, com Haverster + Forwarder; 3) e 4)Toras longas, Motosserra + guincho TMO. Os principais defeitos encontrados foram as rachaduras de topo, laterais e problemas relacionados ao corte com determinadas máquinas (Sistemas 1 e 2) o que indica que possivelmente os cabeçotes não estão totalmente adequados à operações de colheita para serraria. Todos os sistemas analisados apresentaram aumento no número, no comprimento e na espessura das rachaduras em cada ponto de contagem (abate, extração e descarregamento). O corte com Harvester ocasionou um tipo específico de rachaduras na base das toras, possivelmente pelo posicionamento das toras no traçamento, pois estando a mesma muito elevada em relação ao solo, esta pesa, quebrando e conseqüentemente, causando rachaduras. O sistema 2 foi o que menos impactou as toras. A extração foi a etapa onde o aumento do comprimento das rachaduras foi mais evidente, onde o Forwarder mostrou-se menos impactante as toras em relação aos outros métodos. Estes aumentos durante a extração possivelmente se devem aos impactos sofridos contra o solo. A principal recomendação para estes tipos de colheita é o de evitar ao máximo o choque da madeira contra solo e com outras madeiras. Certamente futuras pesquisas com as espécies e a secagem no campo podem ajudar a explicar muitos dos defeitos neste processo.

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ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DO MERCADO INTERNACIONAL DE CELULOSE 2000 A 2006

KAIO HENRIQUE ADAME DE CARVALHO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARCIO LOPES DA SILVA (Orientador/UFV), NAISY SILVA SOARES (Bolsista CNPq/UFV)

O segmento de celulose e papel é um dos mais importantes do setor florestal e um dos mais bem sucedidos da economia brasileira contribuindo significativamente com geração de empregos, impostos e divisas no país. A teoria da vantagem comparativa é bastante utilizada pelos economistas para analisar a competitividade de um país, e procura mostrar que a especialização da produção estimula o comércio internacional e favorece o consumidor. O presente trabalho teve como objetivo principal, analisar a competitividade do Brasil no mercado internacional de celulose, confrontando com a de seus principais concorrentes, no período de 2000 a 2006. Utilizaram-se dois métodos como ferramentas de análise. O índice Vantagem Comparativa Revelada (VCR), que demonstra se um país possui vantagem comparativa para determinado produto, confrontando sua participação na pauta exportadora nacional e mundial. E o índice Posição Relativa no Mercado (PMR), que indica a posição de uma nação no mercado internacional de um produto, ou seja, trata-se da competitividade entre países. Pelo índice VCR obteve-se que o Brasil foi o terceiro país mais competitivo, ficando atrás apenas do Chile e Finlândia. Pôde-se também observar que a competitividade do Brasil cresceu ao longo dos anos analisados. Pelo índice PMR observou-se que o Brasil tem a segunda posição no mercado internacional de celulose, ficando atrás apenas do Canadá. Com base nos dados analisados observa-se que mesmo o Brasil sendo um dos países mais competitivos, torna-se necessário adotar políticas que favoreça o setor de celulose para que este continue se destacando no comércio internacional.

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ANÁLISE DE DIFERENTES SISTEMAS DE DESGALHAMENTO DE ÁRVORES DE EUCALIPTO

PEDRO HENRIQUE ALVES DOS SANTOS (Bolsista IC /projeto/UFV), ANDRÉ LUÍS PETEAN SANCHES (Estagiário voluntário/UFV), AMAURY PAULO DE SOUZA (Orientador/UFV), LUCIANO JOSE MINETTE (Co-orientador/UFV) Devido uma crescente demanda mundial, associado com o avançado desenvolvimento silvicultural do país e de características edafoclimáticas que proporcionam uma elevada produtividade florestal, o Brasil tem sido palco de grandes investimentos, tendo o setor de siderurgia a carvão vegetal um importante destaque. Os objetivos desse trabalho foram analisar diferentes métodos de desgalhamento de eucalipto visando avaliar a qualidade e produtividade do trabalho, quantificar a produção de galhada deixada no campo e de “finos” após a produção de carvão. O projeto foi desenvolvido na área de uma empresa do setor de siderurgia a carvão vegetal, em Martinho Campos – MG. Os parâmetros analisados foram a produtividade, o volume de madeira presente entre 3 e 5 cm de diâmetro, peso da galhada após o desgalhamento e destopamento, qualidade do trabalho, consumo de combustível e percentual de finos após a produção de carvão. Foram comparados métodos de desgalhamento e destopamento antes e depois do arraste. Nesta comparação utilizou as ferramentas machado, motosserra e motopoda. Na formação dos métodos foram utilizados somente operadores ou operadores e ajudantes. O método de desgalhamento e destopamento com motosserra sem ajudante foi o mais produtivo. Quando o operador da motosserra apenas realizava o destopamento, sem ajudante, e não movia a copa para um local definido a produtividade foi quatro vezes maior que a do machado. O equipamento que apresentou melhor qualidade do desgalhamento e destopamento baseando-se na presença de galhos ou de parte dos galhos e diâmetro incorreto da árvore no local de destopamento foi a motosserra. Na operação de desgalhamento e destopamento a massa de resíduos deixados no talhão é cerca de duas vezes maior do que na operação de destopamento. O melhor método de desgalhamento e destopamento será definido após a análise da produtividade da carbonização levando-se em conta o teor de carvão e de finos produzidos.

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AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA CERTIFICAÇÃO FLORESTAL NO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E FLORESTAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

VANESSA MARIA BASSO (Bolsista IC /projeto/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), DANIEL BRIANÉZI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), RICARDO RIBEIRO ALVES (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARCIO LOPES DA SILVA (Co-orientador/UFV), SEBASTIAO RENATO VALVERDE (Co-orientador/UFV)

A certificação florestal surgiu no início da década de 90 e está presente no Brasil há mais de dez anos. Entre os sistemas de certificação existentes destaca-se o FSC (Conselho de Manejo Florestal). O FSC é uma Organização Não-Governamental, que estabeleceu o padrão para certificação do manejo florestal, composto por princípios, critérios e indicadores a serem cumpridos na Unidade de Manejo Florestal (UMF). Este possui dez princípios e o primeiro trata da “obediência às leis e princípios do FSC”, exigindo o cumprimento e respeito de todas as leis aplicáveis ao país onde opera. Assim, presume-se que a certificação pode trazer vários benefícios à sociedade ao forçar o cumprimento da legislação, entretanto, carece-se de estudos que possam atestar esta contribuição. Assim, este trabalho teve por objetivo verificar a influência da certificação florestal no cumprimento da legislação ambiental e florestal nas empresas brasileiras, servindo como balizador ao governo no estabelecimento de políticas públicas. Buscaram – se os dados nos relatórios públicos das UMF certificadas até setembro de 2007. A avaliação foi realizada por meio da identificação e análise das principais não-conformidades presentes nas UMF certificadas pelo FSC no Brasil, com relação ao primeiro princípio. Pelos resultados obtidos, verificou-se que as principais não-conformidades estavam relacionadas às legislações ambiental (50,52%) e trabalhista (16,49%). As não-conformidades da legislação ambiental foram, em sua maioria, referentes aos problemas com as áreas de preservação permanente (37,76%) e de reserva legal (37,76%). Já as trabalhistas foram, principalmente, referentes à regularização de funcionários terceirizados. Conclui-se que os principais problemas encontrados nas auditorias de certificação estavam relacionados à questão ambiental e trabalhista. Entretanto, ressalta-se que no processo de certificação é necessário que as não-conformidades sejam corrigidas no prazo estabelecido. Assim, a certificação influenciou positivamente no atendimento da legislação brasileira pelas empresas florestais, pois sem este processo, estas não-conformidades legais continuariam existindo.

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AVALIAÇÃO DA RASTREABILIDADE DO PROCESSO PRODUTIVO DE UMA INDÚSTRIA DO PÓLO MOVELEIRO DE UBÁ COMO BASE PARA A CERTIFICAÇÃO FLORESTAL DE CADEIA DE CUSTÓDIA FSC

DANIEL BRIANÉZI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), NATHÁLIA DE LIMA LOPES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), RICARDO RIBEIRO ALVES (Bolsista FAPEMIG/UFV), VANESSA MARIA BASSO (Bolsista IC /projeto/UFV)

Segundo o Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria de Ubá (INTERSIND), o crescimento das exportações do pólo moveleiro de Ubá, em 2007, comparando-se com 2006, foi de 17,3%, sendo exportado mais de US$ 7,6 milhões e criando um saldo positivo de US$ 1,1 milhão. Porém, o pólo ainda apresenta desvantagens no mercado em relação às indústrias moveleiras do sul do país e de São Paulo. De acordo com Alves (2005), estas indústrias conseguiram avanços nos aspectos econômicos, pois a certificação florestal lhes abriu mercados exigentes quanto à procedência da matéria-prima madeireira. Assim, este trabalho teve o objetivo descrever o processo de fabricação de móveis, da chegada da matéria-prima ao produto final, atestando a rastreabilidade necessária para uma possível certificação florestal de cadeia de custódia (CoC) FSC. Inicialmente, escolheu-se uma empresa do pólo moveleiro de Ubá e fez-se uma explanação do trabalho proposto e sobre a CoC. Foi acompanhado todo o processo de fabricação de móveis e utilizou-se de questionário para coleta das informações, além de consulta a documentos relacionados aos dados da empresa. As chapas (MDF, MDP e fibra de madeira), provenientes de fornecedores certificados e devidamente identificadas, são recebidas no portão da plataforma e estocados no depósito, com controle de entrada e estocagem. Posteriormente, as chapas são levadas por empilhadeira para o setor de corte, recebendo uma ficha cadastral que as acompanharão até a etapa final. Após o corte, há a lixação, furação e colagem das peças que são transportadas, através de trilhos, para a pintura e secagem ultravioleta. Depois da fase de fabricação, os produtos acabados são selecionados e organizados dentro de embalagens específicas, etiquetadas e estocadas até sua expedição por caminhões-baú próprios para o mercado consumidor. Concluiu-se que há um controle efetivo de todo o processo de fabricação, atendendo o importante requisito de rastreabilidade para a CoC.  

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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EM UMA INDÚSTRIA DO PÓLO MOVELEIRO DE UBÁ

DANIEL BRIANÉZI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), NATHÁLIA DE LIMA LOPES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), RICARDO RIBEIRO ALVES (Bolsista FAPEMIG/UFV), VANESSA MARIA BASSO (Bolsista IC /projeto/UFV)

A certificação florestal tem se constituído em um potencial instrumento para legitimar as ações ambientais das empresas. Segundo Alves (2005), na indústria moveleira, apesar da tímida participação da certificação florestal, verifica-se que as empresas que a possuem já conseguem bons resultados, traduzidos por uma imagem institucional positiva e alcance de maiores mercados. Em Minas Gerais, no pólo moveleiro de Ubá, ainda não existem empresas certificadas, embora algumas delas já sejam exportadoras. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo analisar as condições para implantação da certificação florestal no referido pólo. Para sua consecução, foi realizado um levantamento em uma tradicional empresa moveleira do pólo, de porte médio e com experiência exportadora. O levantamento dos dados foi por meio da descrição da rastreabilidade da matéria-prima certificada em todo o processo produtivo, análise dos registros de entrada e saída e verificação, in loco, das condições de saúde e segurança do trabalho. Verificou-se que a empresa possui um sistema de controle de rastreabilidade realizado por meio de fichas que vão acompanhando o lote de produção em cada etapa. Nesta ficha são descritas informações tais como número de peças, tipo de matéria-prima, nome do funcionário responsável e outras. A empresa trabalha com chapas do tipo MDF, MDP e de fibra de madeira, provenientes de fornecedores certificados e devidamente identificados. Estas matérias-primas são recebidas no portão da plataforma e estocadas no depósito. Posteriormente passam pelas etapas de corte, lixação, furação, colagem e pintura. Depois da fase de fabricação, os produtos acabados são selecionados e organizados dentro de embalagens específicas, etiquetadas com o número do respectivo lote de produção e estocadas até sua expedição por caminhões-baú próprios para o mercado consumidor. Conclui-se que a empresa já exerce um controle de rastreabilidade de sua matéria-prima certificada, facilitando uma possível implementação da certificação florestal.

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AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS NACIONAIS DE Eucalyptus globulus PARA PRODUÇÃO DE CELULOSE

THALITA MENDONÇA DE RESENDE (Estagiário voluntário/UFV), FLAVIANA REIS MILAGRES (Bolsista CNPq/UFV), ANTÔNIO MARCOS ROSADO (Colaborador/), JOSE LIVIO GOMIDE (Orientador/UFV)

O gênero Eucalyptus tem considerável importância na produção de celulose no Brasil. Estudos na busca de melhorias na qualidade da madeira vêm aumentando devido à competitividade do mercado neste setor. Objetivou-se neste trabalho a caracterização da madeira do híbrido de Eucalyptus urophylla x E. globulus, comparado ao clone comercial de E. urograndis, aos três anos de idade. A madeira foi transformada em cavacos que foram submetidos ao processo kraft, com número kappa 17. Amostras de cavacos foram também selecionadas para determinação da densidade básica e análises químicas. Os três melhores híbridos de E. globulus e os clones comerciais de E. urograndis apresentaram valores médios de, respectivamente, 478 e 457 kg/m³ de densidade básica, 1,1 e 3,8% de extrativos, 29,3 e 27,4% de lignina, rendimentos depurados de 54,1 e 56,1%, com cargas de álcali ativo de 15,1 e 17,7%. Aos três anos de idade, os híbridos de E. globulus apresentaram densidade básica média superior à dos clones comerciais. Em relação ao teor de extrativos, os híbridos de E. globulus apresentaram os menores teores, o que é vantajoso, pois os extrativos contribuem para maior consumo de reagentes na polpação. Apesar dos rendimentos dos híbridos terem sido inferiores aos dos clones comerciais, os híbridos requereram menor carga de álcali ativo. O alto valor da lignina encontrada para o híbrido deve-se ao fato do E. globulus possuir maior teor de lignina solúvel. Este trabalho contribui para estudos da qualidade da madeira dos híbridos de E. globulus, pois apesar de suas vantagens, essa espécie apresenta grande dificuldade de adaptação às condições climáticas do Brasil. (CNPq).

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AVALIAÇÃO DE INDICADORES BIOLÓGICOS E FÍSICO-QUÍMICOS NO COMPOSTO ORGÂNICO PRODUZIDO A PARTIR DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA DE CELULOSE

ISMARLEY LAGE HORTA MORAIS (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA LIMA GUERRA (Bolsista outra Instituição/UFV), HYGOR ARISTIDES VICTOR ROSSONI (Colaborador/UFV), Ana Augusta Passos Rezende (Colaborador/), CLAUDIO MUDADO SILVA (Orientador/UFV)

O processo de produção de celulose kraft branqueada gera um grande volume de resíduos sólidos que devem ser dispostos corretamente evitando possíveis impactos ambientais. Entre as soluções preconizadas, a compostagem vem sendo largamente utilizada por empresas brasileiras como forma de tratamento dos resíduos sólidos orgânicos, transformando-os em composto que pode ser utilizado diretamente nos plantios florestais como condicionador de solo. O objetivo deste trabalho foi verificar a qualidade do composto orgânico gerado a partir de cascas de eucalipto e lodo biológico de uma indústria de celulose e avaliar o potencial de absorção de PCDD (dibenzodiozinas policloradas), PCDF (dibenzofuranos policlorados) e metais pesados pelo cultivo da planta Brassica juncea em diferentes dosagens de lodo biológico e composto orgânico. Foi verificada a presença de microrganismos patogênicos no lodo biológico e, posteriormente, sua eliminação durante o processo de compostagem. Os resultados obtidos foram: i) as concentrações de dioxinas e furanos no composto orgânico estiveram abaixo dos limites estabelecidos pelo Canadá e Alemanha para uso na agricultura; ii) nenhum traço de dioxinas e furanos foram encontrados nas plantas; iii) as concentrações de OX (organoclorados) no composto orgânico foram abaixo dos limites estabelecidos pela Comunidade Européia; iv) os níveis de OX no lodo biológico apresentaram valores acima do limite da EPA para uso na agricultura, indicando necessidade do tratamento do lodo biológico antes da aplicação; v) as concentrações de metais estiveram abaixo dos limites estabelecidos na legislação brasileira; iv) o processo de compostagem foi eficiente na remoção dos microrganismos patogênicos e seus indicadores.

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AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS ECOFISIOLÓGICOS EM POVOAMENTO DESRAMADO DE EUCALIPTO EM SISTEMA AGROSSILVIPASTORIL

DIÊGO CORREA RAMOS (Bolsista IC /projeto/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Orientador/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Co-orientador/UFV), FREDERICO DE FREITAS ALVES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), IVAN DA COSTA ILHÉU FONTAN (Não Bolsista/UFV), DELMAR SANTIN (Colaborador/FAPEMIG), FILIPE VALADÃO CACAU (Não Bolsista/UFV) O presente trabalho objetivou avaliar a influência da desrama artificial sobre o índice de área foliar (IAF) e a transmitância da radiação fotossinteticamente ativa (t%) em plantio do clone 58 de eucalipto (híbrido de E. camaldulensis x E. grandis), em sistema agrossilvipastoril. O experimento foi conduzido em Vazante-MG no espaçamento 9,5x4,0m, em Delineamento Inteiramente Casualizado, com seis tratamentos de desrama artificial combinando diferentes alturas de remoção da copa viva (0, 1/3 e 1/4), com ou sem remoção de alguns galhos grossos acima dessa altura, com número variável de intervenções até atingir 6,0 m de altura de fuste livre de galhos. Aos 9 meses de idade, após a primeira intervenção de desrama, o IAF foi significativamente (p≤0,05) menor nos tratamentos desramados em relação à testemunha. Três meses após cada aplicação de desrama, até 30 meses de idade, o IAF e a t% não diferiram (p>0,05) entre os tratamentos, devido à rápida recomposição de copa do clone 58. Essa rápida recomposição de copa possibilita redução do tempo entre operações de desrama, permitindo a elevação da transmitância de radiação no interior do povoamento, o que favorece a implantação de cultura agrícola e, ou, pastagem na entrelinha de plantio do eucalipto sem afetar o seu crescimento. Após aplicação de desrama aos 30 e 33 meses, observou-se diferença significativa no IAF após a desrama, em relação à testemunha e, somente aos 42 meses de idade o IAF destes tratamentos atingiu valores similares aos da testemunha, ou seja, a recomposição de copa após desrama em idades mais avançadas é mais demorada, podendo assim afetar seu crescimento. Estes resultados indicam que a desrama deve ser realizada em plantas mais jovens permitindo pronta recomposição da copa da planta. E, para se obter maior transmitância da radiação para as culturas do consórcio, há necessidade de se realizar desrama em intervalos mais curtos. (FAPEMIG)

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AVALIAÇÃO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL DE ÁGUA DE CHUVA NA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO DE UMA NASCENTE PERTENCENTE À BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TURVO SUJO– MG

ANA PAULA VILELA CARVALHO (Bolsista do PIBEX/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV), MARIANA BARBOSA VILAR (Bolsista CAPES/UFV)

A erosão provoca a perda de nutrientes e carreamento de sedimentos para os cursos d’água comprometendo a qualidade da água e produtividade do sítio. A fim de promover maior infiltração de água no solo e prevenir a erosão, algumas técnicas conservacionistas de água e solo podem ser adotadas. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o coeficiente de escoamento superficial na área de contribuição de uma nascente pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Turvo Sujo – MG onde foram implantadas algumas técnicas como cercamento da nascente, plantio de espécies arbóreas nativas e construção de bacias de captação. A nascente está sendo monitorada por meio da avaliação do coeficiente de escoamento superficial em parcelas com pastagem convencional. As parcelas de 1,5 x 2,0m foram lançadas em encostas de pastagens que cercam a nascente. A água de chuva escoada dentro das parcelas foi direcionada para um galão de 20 l. Auxiliando a análise do escoamento superficial obteve-se a precipitação em aberto da área de contribuição da nascente através de um pluviômetro com diâmetro de 150 mm. Foram realizadas leituras de precipitação em aberto e escoamento superficial no período de dezembro de 2006 a maio de 2007 e leituras no período de novembro de 2007 a abril de 2008. A precipitação total acumulada nos respectivos períodos foi de 785,45 mm e 814 mm. As médias dos coeficientes de escoamento superficial foram respectivamente iguais (3,22%) e (1,34%). Verificou-se que a precipitação de um ano para o outro aumentou, porém a média dos coeficientes de escoamento superficial diminuiu. Provavelmente pelo aumento da vegetação dentro da parcela que por sua vez aumentou a cobertura do solo.

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AVALIÇÃO INICIAL DOS PLANTIOS DE Eucalyptus ssp, ATRAVÉS DO PROJETO DE FOMENTO FLORESTAL PARA PEQUENOS PRODUTORES NA ZONA DA MATA - MG

ALBERTO LUÍS FERREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JOSE DE CASTRO SILVA (Coordenador/UFV), CELSO DOTTA LOPES JUNIOR (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANGELO CASALI DE MORAES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), CECÍLIA SALES BARBOSA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), VINÍCIUS RESENDE DE CASTRO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), FILIPE DEMUNER DA SILVA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARCUS ROCHA SAD (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), JULIANO ROBERTO FERREIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ÉDSON FIGUEIREDO DE ANDRADE NETO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV)

No período de dezembro de 2007 a maio de 2008, cerca de  treze municípios da Zona da Mata Mineira foram contemplados com o Projeto de Fomento Florestal – Transferência de Tecnologia em Plantios e Manejo de Florestas na Zona da Mata- MG. O objetivo deste trabalho foi monitorar os plantios e avaliar vários fatores relacionados com os tratos culturais dispensados às mudas. Um aspecto avaliado foi a influência da matocompetição em relação ao desenvolvimento das mudas. Devido ao menor custo, a capina realizada por enxada foi freqüente entre os produtores, com cerca de 88% do total. Em relação ao controle de ervas daninhas com herbicidas, verificou-se que 15% das propriedades utilizavam herbicidas. As formigas cortadeiras, tanto as saúvas (Atta spp.) quanto as quenquéns (Acromyrmex spp.), constituem-se nas maiores inimigas da cultura do eucalipto. Cerca de 94,6% das propriedades apresentaram controle de formigas. Os formicidas mais utilizados foram o pó (82,0%) e isca (58,0%). Somente 28,9% das propriedades utilizaram formicidadas termonebulizáveis, entretanto, 59,3% das propriedades apresentaram mudas cortadas. Cerca de 32,3% dos plantios apresentaram mudas atacadas por cupins. Quanto ao sistema de preparação do solo houve um predomínio do sistema de plantio direto, em covas, com 81,45% das operações. Cerca de 15,6% das propriedades utilizaram o arado e apenas 3,8% das propriedades utilizaram o sulcador na preparação do solo. 

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BIOMASSA DE COPA E ÁREA FOLIAR REMOVIDAS PELA DESRAMA DE EUCALIPTO E SEU EFEITO SOBRE O CRESCIMENTO DAS PLANTAS

FREDERICO DE FREITAS ALVES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Orientador/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Co-orientador/UFV), HORTÊNSIA NASCIMENTO SANTOS LOPES (Bolsista IC /projeto/UFV), IVAN DA COSTA ILHÉU FONTAN (Não Bolsista/UFV), RONAN SOARES DE FARIA (Estagiário voluntário/UFV)

O objetivo deste trabalho foi avaliar a biomassa e a área foliar da parte basal da copa, removidas pela desrama artificial e o seu efeito sobre o crescimento das plantas do clone 58, híbrido de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus grandis. O experimento foi estabelecido em sistema agrossilvipastoril (eucalipto, arroz, soja e pastagem), no espaçamento 9,5 x 4,0 m, em Vazante, MG. Os tratamentos de desrama incluíram remoção de 0, 1/3 e 1/4 da altura da copa viva, com ou sem remoção de galhos grossos acima do ponto demarcado, em três ou quatro intervenções de desrama. Aos 9 meses de idade, após a primeira intervenção de desrama, houve a remoção de 39,0 e 60,9% da matéria seca total de folhas e galhos, respectivamente, com uma redução média de 49,9% da área foliar da planta. Verificaram-se remoções de área foliar decrescentes com o avançar da idade das árvores, atingindo apenas 6,5% aos 36 meses de idade. As plantas não desramadas, aos 9 meses de idade, apresentaram elevado número de galhos vivos até a altura de 1 m, tendo sido observada redução em idades subseqüentes, decorrente da desrama natural. Na avaliação aos 33 meses, foi detectada a presença de alguns galhos mortos. Aos 9 meses, foi removido, em média, 68,3% da biomassa de galhos com desrama até 1/3 da altura da copa viva. Com a segunda intervenção aos 15 meses, apenas 42,7% dos galhos foram removidos e, aos 18 meses, esse valor foi de 66,8%, em razão do maior crescimento dos galhos. A desrama artificial de um terço da altura da copa viva desse clone, em todas as idades avaliadas, não afetou negativamente o crescimento em diâmetro, altura e volume da planta, indicando que o clone estudado pode suportar remoções mais intensas de altura de copa viva.

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CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DO CAULE DE VASSOURA (Sida spp.)

JULIANA JERASIO BIANCHE (Bolsista CAPES/UFV), BRUNO CÉSAR SILVA PEREIRA (Estagiário voluntário/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV), WESCLEY VIANA EVANGELISTA (Bolsista CNPq/UFV), ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO (Colaborador/UFV)

O gênero Sida, pertencente à família Malvaceae, abriga muitas espécies vulgarmente conhecidas por vassouras, vassourinhas, guaxumas ou guanxumas. Algumas espécies são utilizadas na fitoterapia popular ou substituem a juta na produção de cordas e sacos de aniagem, devido à resistência de suas fibras. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a anatomia do caule de vassoura (Sida spp.). O experimento foi realizado no Laborátorio de Propriedades da Madeira do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa. Foram coletados caules de vassoura (Sida spp.) nas áreas da Silvicultura e Dendrologia, ambos setores do Departamento de Engenharia Florestal da UFV/Viçosa-MG. Para maceração das fibras foram retiradas amostras aleatórias do caule de Sida spp. , transformadas em palitos e colocados em tubo de ensaio com solução de ácido acético glacial e peróxido de hidrogênio na proporção de 1:1 por 48 horas. Após a individualização das fibras, montaram-se lâminas temporárias e mediram-se noventa fibras, individualmente, determinando-lhes o comprimento, largura, diâmetro do lume e espessura da parede celular. Foram feitos cortes anatômicos do caule de Sida spp. em micrótomo, montagem de lâminas permanentes para posterior visualização em microscópio óptico e caracterização anatômica. As fibras apresentaram valores médios correspondentes a: 0,54 mm de comprimento, 13,06 µm de largura, 5,89 µm de diâmetro do lume e 3,59 µm de espessura da parede. Com relação à constituição anatômica o caule de Sida spp. apresenta: anéis de crescimento indistintos, presença de parênquima axial do tipo paratraqueal vasicêntrico e vasos solitários e múltiplos.

 

 

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CORREÇÃO DOS PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS FLORESTAIS

LAURA CARINE PEREIRA RIBEIRO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CARLOS CARDOSO MACHADO (Orientador/UFV), GIOVANI LEVI SANT´ANNA (Bolsista FAPEMIG/UFV), TALES MOREIRA DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV)

 Estradas florestais são as mais importantes vias de acesso às florestas, servindo para viabilizar o tráfego de mão-de-obra e os meios de produção necessários para implantação, proteção, colheita e transporte de madeira e, (ou) produtos florestais. Por serem estradas com um tráfego reduzido, mas de elevado peso, precisam estar em condições de trafegabilidade o ano todo. O objetivo deste trabalho, é mostrar como corrigir os principaisdefeitos encontrados nessas estradas florestais. Os defeitos correspondem a qualquer alteração na superfície da estrada que influencia negativamente as suas condições de rolamento. Uma boa estrada deve ter largura suficiente para acomodar o tráfego e capacidade de suportar as cargas das rodas dos veículos ao longo do tempo e sob diferentes condições climáticas. Deve também apresentar uma boa drenagem para conduzir a água da superfície de rolamento para fora da estrada, e com isso evitar dentre outros, problemas de erosão ou de perda de agregados.Os principais defeitos que atingem as estradas florestais são: seção transversal inadequada, corrugações, buracos,drenagem inadequada, excesso de poeira, trilhas de roda, perda de agregados. Podemos usufruir de vários métodos para amenizar estes defeitos. Estabilizações químicas (cal, cimento, grits, alcatrão de madeira de eucalipto); utilização de redes neurais, etc. Ao utilizarmos os dados das redes neurais, podemos fazer uma melhor compactação, por exemplo, ou uma impermeabilização do solo através das estabilizações químicas. Com isso, esses métodos de correção permitirão aos gerenciadores da malha rodoviária, com o uso de técnicas apropriadas, uma maior manutenção das estradas, diminuindo a deterioração da superfície de rolamento, e com isso aumentando sua longevidade; além de causar uma diminuição no custo operacional dos veículos.(CNPq e FAPEMIG)

 

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CORRELAÇÃO ENTRE TEORES DE LIGNINA E ÁCIDOS URÔNICOS NA MADEIRA DE EUCALIPTO E POLPA CELULÓSICA

ANTONIO JOSÉ VINHA ZANUNCIO (Bolsista UFVCredi/UFV), REGINA MARIA GOMES (Bolsista IC /projeto/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV)

O teor de lignina é uma variável preponderante no processo de fabricação de polpa celulósica, visto que seu teor influencia significativamente na alvura do produto final, sendo assim é fundamental que se estabeleçam métodos que determinem precisamente este valor. Para verificar se os métodos disponíveis de medição de lignina solúvel utilizados atualmente medem também a quantidade de ácidos urônicos na madeira e na polpa celulósica, o que cria um erro na medição, objetivou-se neste trabalho verificar se existe correlação entre esses valores na madeira de eucalipto e polpa celulósica. Foram utilizadas 24 amostras de madeira, provenientes de seis clones distintos, vindos de quatro regiões, sendo que cada região possuía os seis clones. Além das amostras de madeira, 11 amostras de polpa não branqueada e 11 de polpa branqueada foram utilizadas para determinar os teores de lignina e de ácidos urônicos. Os resultados mostraram que nas amostras de madeira, onde a quantidade de lignina é maior, o teor de ácidos urônicos não influenciou de forma significativa nos valores obtidos de lignina. Porém, nas amostras de polpa celulósica, onde a quantidade de lignina presente é menor, observou-se uma grande correlação entre os valores de ácidos urônicos e lignina. Com isso conclui-se que os atuais testes de medição de lignina para polpa celulósica encontram-se equivocados.

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CRITÉRIOS PARA O MANEJO SUSTENTADO DE Maytenus aquifolium EM ECOSSISTEMAS DA MATA ATLÂNTICA

CAMILA BRÁS COSTA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ANDRÉ LUÍS PETEAN SANCHES (Estagiário voluntário/UFV), AGOSTINHO LOPES DE SOUZA (Orientador/UFV)

Maytenus aquifolium Mart. (Celastraceae) é utilizada para diversos fins medicinais, dentre eles o mais conhecido é seu efeito contra úlcera gástrica, a partir da utilização de suas folhas. Porém, são poucos os plantios e cultivo da espécie, havendo assim uma maior pressão sobre as populações naturais. Estima-se que o volume de plantas comercializadas como a espinheira-santa é de 60 toneladas por ano e que 95% do mesmo é obtido por extrativismo. Para que se possa manter a espécie “in situ” e ao mesmo tempo utilizar a Espinheira Santa como fitoterápica, buscou-se promover a domesticação e manejo das populações naturais, promovendo o enriquecimento de matas secundárias bem como a escolha do melhor tipo de propágulo para obtenção de mudas e, posterior análise em pomares, do melhor espaçamento e técnicas de colheita. Dentre as atividades desenvolvidas, tem-se: a localização das populações na Mata da Silvicultura e Agronomia e na Dendrologia; identificação da espécie; experimento com diferentes tipos de propágulo e diferentes quantidades de AIB; monitoramento das populações para coleta de frutos; beneficiamento manual das sementes para posterior utilização na obtenção de dados como melhor tamanho de recipiente. Teste de germinação com o único intuito de observar período e taxa de germinação. Dentre os resultados obtidos, observamos que as estacas da porção intermediária do ramo são as mais indicadas para enraizamento em casa de vegetação (apresentaram maior percentagem de sobrevivência, além de um bom vigor). O período de frutificação de M. aquifolium ocorreu entre os meses de outubro e novembro e a maturação dos mesmos em dezembro. Dentre os que se encontravam em fenofase reprodutiva, houve maior produção pelos indivíduos mais adultos e menor produção pelos indivíduos mais jovens. Quase que a totalidade dos comerciantes não sabe qual a procedência do material de Maytenus aquifolium comercializado.

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DETERMINAÇAO DO PESO MOLECULAR DE ADESIVOS TÂNICOS ATRAVÉS DAQ TÉCNICA DE CROMATROGRAFIA DE PERMEAÇÃO EM GEL

BRUNO GEIKE DE ANDRADE (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV), MÁRCIA APARECIDA PINHEIRO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), SIMONE FEITOSA CHAGAS (Estagiário voluntário/UFV)

A cromatografia de permeação de gel é um dos métodos utilizados para determinar os pesos moleculares dos taninos e a distribuição destes no polímero. A determinação do peso molecular dos taninos é uma variável importante na síntese dos adesivos, uma vez que a viscosidade e o tempo de cura são influenciados. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da hidrólise ácida sobre os pesos moleculares dos taninos, extraídos a partir da casca de Anadenanthera peregrina Speg. Os adesivos foram sintetizados com taninos hidrolisados, empregando-se quatro valores de pH, três tempos de reação e 10% de formaldeído em relação à massa seca de taninos. Para determinar os pesos moleculares dos adesivos de taninos hidrolisados e, ou, sulfitados, selecionaram-se aqueles com viscosidade inferior a 1500 cP. Este procedimento foi adotado porque a viscosidade acima de 1500 cP impede o seu uso na indústria de aglomerados e compensados. Para a determinação do peso molecular, primeiramente, os taninos foram acetilados. Depois, amostras de 3-5 mg de taninos acetilados foram dissolvidas em 1 ml de tetrahidrofurano. As separações cromatográficas foram feitas em um cromatógrafo líquido SHIMADZU LC-10AD, equipado com uma bomba LC10ADvp e detector SPD-10Avp UV a 254 nm. Amostras de 20 µL foram injetadas numa coluna de permeação em gel Shim-pack GPC-802 (8 mm ¢ x 30 mm), empacotada com esferas porosas de gel de copolímeros de estireno-divinilbenzeno. Utilizou-se tetrahidrofurano como fase móvel, à taxa de fluxo de 0,7 mL/min. A temperatura do forno foi mantida a 30 oC. Conclui-se que o peso molecular dos taninos foi reduzido com a hidrólise e sulfitação dos taninos, devido à quebra das ligações interflavonóides e, também, à hidrólise de substâncias não-tânicas. A redução do peso molecular dos taninos teve efeito nas propriedades dos adesivos, principalmente em relação à viscosidade.

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DETERMINAÇÃO DO TEMPO ÓTIMO DE COLETA DE MINIESTACAS DE Eucalyptus spp.

LÍVIA THAÍS MOREIRA DE FIGUEIREDO (Estagiário voluntário/UFV), HAROLDO NOGUEIRA DE PAIVA (Orientador/UFV)

A produção de mudas clonais de Eucalyptus spp. é feita principalmente pela técnica da miniestaquia. O sucesso no enraizamento das miniestacas depende das características do material genético utilizado e das condições ambientais a que as miniestacas forem submetidas. O período entre o preparo das miniestacas e o seu estaqueamento no substrato, deverá ser o mais reduzido possível de modo a evitar que a estaca perca seu vigor devido ao estresse hídrico. O objetivo do presente trabalho foi determinar o tempo ótimo de coleta de miniestacas de oito clones modo a garantir o máximo de enraizamento para cada clone. O experimento foi realizado no viveiro da S&D Florestal, no município de Martinho Campos – MG. Os tratamentos consistiram em tempo contínuo de coleta de miniestacas (10, 15, 20, 25, 30,35 e 40min), período após o qual as miniestacas eram levadas para estaqueamento. Foram usadas seis bandejas (224 miniestacas) para cada clone em cada tratamento. Depois de coletadas e estaqueadas, as miniestacas foram levadas à casa de vegetação onde permaneceram por um período de 23 dias para enraizamento. A seleção e avaliação das mudas foram feitas durante a permanência das mesmas na casa de sombra. De cada bandeja foram retiradas aleatoriamente vinte mudas para serem avaliadas, totalizando 120 mudas por clone em cada tratamento. Essas mudas foram arrancadas e classificadas de acordo com a quantidade de raízes. As estacas que não foram avaliadas foram selecionadas normalmente na casa de sombra e as perdas foram quantificadas. Os clones apresentaram respostas diferentes aos tratamentos, em média os melhores tratamentos foram os de 20 e 30 min (T3 e T5), alguns clones como o SD2002 e SD2005 apresentaram bastante sensibilidade ao estresse hídrico, para esses clones tempos menores de coleta seriam recomendados. Clones como SD2001 e SD2003 se apresentaram pouco sensíveis aos tratamentos. (S&D FLORESTAL)

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EFEITO DA LIXIVIAÇÃO ÁCIDA DE CAVACOS DE EUCALIPTO NO PROCESSO KRAFT

MARCELA FREITAS ANDRADE (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV)

É fato conhecido na área de celulose e papel que certos metais são prejudiciais ao processo de fabricação da celulose. Uma alternativa para remover esses metais antes do processo de polpação é a lixiviação ácida dos cavacos de madeira. Neste estudo foram avaliados os efeitos da lixiviação ácida de cavacos de eucalipto, antes do cozimento kraft convencional, no rendimento do processo, na branqueabilidade da polpa e características físico-mecânicas. Foi feito um estudo preliminar das condições ótimas de lixiviação e realizado um cozimento Kraft convencional, com cargas de álcali ativo de 18 e 18,5% para os cavacos lixiviados e de referência, respectivamente. O objetivo foi alcançar o mesmo grau de deslignificação, isto é, número kappa 17 0,5. As polpas marrons foram deslignificadas com oxigênio e branqueadas utilizando-se as seqüências AZD5P, AZD20P e A/ZEDP. Após o branqueamento as polpas foram refinadas em moinho PFI e suas propriedades físico-mecânicas determinadas. Com base nos resultados obtidos, pode-se inferir que a lixiviação ácida de cavacos antes do cozimento reduziu o conteúdo de metais dos cavacos. O pH e o tempo de reação tiveram grande influência na remoção de metais dos cavacos, ao contrário da temperatura. Para os metais presentes na madeira, o potássio foi o metal removido em maior extensão, e o ferro foi o mais difícil de remover. A lixiviação ácida dos cavacos não causou prejuízos ao rendimento no cozimento kraft. A polpa lixiviada apresentou melhor desempenho na deslignificação com oxigênio. Durante o branqueamento, a alvura e viscosidade da polpa lixiviada mantiveram-se elevadas e o número kappa mais baixo.O consumo de reagentes de branqueamento diminuiu, sendo que a polpa lixiviada consumiu apenas 1/4 do peróxido de hidrogênio gasto pela polpa de referência no último estágio da AZD5P. A lixiviação ácida dos cavacos antes do cozimento não acarretou alterações relevantes nas propriedades da polpa.

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EFEITO DA TEMPERATURA FINAL DE CARBONIZAÇÃO E GEOMETRIA DO ENDOCARPO DE MACAÚBA (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lood. ex Martius) NA PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL

LUCIMARA MARIA BRASIL (Estagiário voluntário/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV), MARCIO AREDES MARTINS (Colaborador/UFV), MARIANA ALMEIDA VILAS BOAS (Não Bolsista/UFV), FÁBIO MACHADO CRUZ (Bolsista IC /projeto/UFV)

Diante da crise do petróleo e sua demanda surgem várias proposições para a utilização de novas e renováveis fontes energéticas, sendo a biomassa florestal uma fonte alternativa devido a seu grande potencial de aproveitamento. Dentre as variedades de palmeiras que se destacam na economia brasileira, a macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Martius) apresenta uso potencial de seus frutos para produção de óleo. Isso gera grandes quantidades de biomassa residual, como o endocarpo que pode ser usado na produção de carvão vegetal que é um insumo energético de grande importância, utilizado principalmente pelo setor industrial brasileiro como termo-redutor. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da temperatura final de carbonização e a geometria do endocarpo de macaúba na produção de carvão vegetal. Utilizaram-se os frutos semi-despolpados da palmeira em duas diferentes geometrias: o endocarpo e o coco (endocarpo + amêndoa). O material foi seco em estufa à 105 ± 3°C e, posteriormente foi realizado as carbonizações em mufla. As temperaturas finais de carbonização foram de 450, 550 e 650°C, com as respectivas taxas de aquecimento 0,94, 1,02 e 1,08 °C/min. Recolheu-se o licor pirolenhoso da carbonização, e determinou-se o rendimento gravimétrico de carvão. As propriedades do carvão foram determinadas por análise química imediata, obtendo-se os teores de materiais voláteis, cinzas e carbono fixo, por meio da Norma NBR 8112. A densidade aparente do carvão vegetal foi determinada utilizando o método do mercúrio. Para determinação do poder calorífico utilizou-se uma bomba calorimétrica adiabática, adotando-se a Norma NBR 8633. Na avaliação do experimento, com seis tratamentos e seis repetições, utilizou-se análise de variância e aplicou-se o teste Tukey ao nível de 5% de significância para verificar a diferença entre os tratamentos. Concluiu-se que o carvão vegetal produzido a partir do endocarpo da macaúba apresenta propriedades consideráveis para fins energéticos e siderúrgicos.

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EFEITO DO AJUSTE LINEAR DA FUNÇÃO WEIBULL SOBRE A EFICIÊNCIA DA MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÕES DE DIÂMETRO

RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Estagiário voluntário/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Estagiário voluntário/UFV), ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Estagiário voluntário/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV) Os modelos de distribuição diamétrica (MDD) estimam o número de árvores por hectare por classe de diâmetro permitindo a simulação de desbaste. Os MDD possuem como característica principal a utilização de uma função de densidade probabilidade, sendo a função Weibull a mais difundida na área florestal atualmente. O método da máxima verossimilhança é considerado como o de maior eficiência para proceder à estimativa dos parâmetros da função Weibull, embora o método de ajuste por aproximação linear ainda seja utilizado em algumas ocasiões. Avaliou-se neste trabalho a influência da forma de ajuste da função Weibull sobre a projeção diamétrica. A função Weibull foi ajustada a dados de 48 parcelas permanentes de eucalipto, pelo método da máxima verossimilhança e aproximação linear. A aderência foi avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnorv (K-S). O modelo de distribuição diamétrica utilizado é composto de equações lineares e não-lineares entre os parâmetros da função Weibull em uma idade futura (γ2 e β2) e os parâmetros em uma idade atual (γ1 e β1), associados a algumas características do povoamento em idades atual e futura. Avaliaram-se os ajustes do MDD através da soma de quadrados dos resíduos e a análises gráficas. Os ajustes por aproximação linear e pela máxima verossimilhança apresentaram médias de soma de quadrados dos resíduos de 1313 e 378, respectivamente. Todos os ajustes apresentaram aderência pelo K-S, a 1% de significância. O MDD ajustado utilizando coeficientes obtidos por aproximação linear apresentou maior soma de quadrados de resíduos e maior dispersão de resíduos. Foi possível concluir que o ajuste por aproximação linear deve ser evitado.

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EFEITO DO DESBASTE SOBRE A FORMA DO FUSTE DE ÁRVORES DE EUCALIPTO

JOSÉ FERREIRA CARDOSO JÚNIOR (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV), FABIANO LOURENÇO DOS SANTOS (Bolsista CNPq/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV)   Este estudo foi conduzido visando avaliar o efeito do peso do desbaste sobre a forma do fuste de árvores de eucalipto. Dados de cubagem de 160 árvores-amostra de híbridos de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, abatidas em uma área experimental, foram utilizados para ajuste do modelo de taper de Demaerschalk. No experimento foram testados quatro tratamentos (remoção de 20%, 35% e 50% da área basal e 35% da área basal mais uma desrama até 6 m de altura, eliminando os indivíduos inferiores). Os desbastes foram aplicados aos cinco anos de idade e as árvores remanescentes foram conduzidas até o corte final, quando as árvores foram abatidas e cubadas em seções de 1 m. O modelo de taper foi ajustado para o conjunto de dados das 160 árvores (modelo reduzido) e individualmente com os dados de cada tratamento (modelo completo). A qualidade destes ajustamentos foi avaliada com base nos coeficientes de correlação entre valores observados e estimados, análise gráfica dos resíduos e soma de quadrados de resíduos (SQR). O modelo completo resultou em maior dispersão de resíduos, quando comparado com o modelo reduzido. As estimativas de diâmetro ao longo do tronco obtidas com os dois modelos foram comparadas sendo rejeitada a hipótese de igualdade entre os mesmos. Com base nos resultados foi possível concluir que o peso do desbaste afetou a forma do fuste das árvores remanescentes.      

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EFICIÊNCIA DAS FUNÇÕES WEIBULL E HIPERBÓLICA PARA DESCRIÇÃO DE DISTRIBUIÇÕES DIAMÉTRICAS DE POVOAMENTOS DE Tectona grandis

DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV), ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Estagiário voluntário/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Estagiário voluntário/UFV), RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Estagiário voluntário/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV)

As funções de densidade probabilidade Weibull e Hiperbólica foram comparadas quanto à eficiência em descrever a estrutura diamétrica de povoamentos de Teca (Tectona grandis L. f.) submetidos a desbaste. As duas funções com três e quatro parâmetros foram ajustadas à dados de 98 parcelas permanentes, retangulares, de área útil de 500 m² instaladas em um povoamento desbastado de Tectona grandis, no Estado do Mato Grosso, e medidas durante 10 anos. Os ajustes foram feitos por máxima verossimilhança e a aderência foi avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnorv (K-S). Os valores do teste K-S, juntamente com as somas de quadrados de desvios e com a análise gráfica de resíduos foram utilizados para comparar as funções ajustadas. Todas as funções apresentaram aderência aos dados pelo teste de K-S (α = 1%). Os valores observados de SQR para a função Hiperbólica de três e quatro parâmetros foram respectivamente 20337,9 e 15906,1. Para a função Weibull de três e quatro foram 20550,7 e 16323. Os valores do teste K-S para as funções Weibull de três e quatro parâmetros e Hiperbólica de três e quatro parâmetros foram respectivamente de 135,5; 114,9; 126,5 e 112,5. Concluiu-se que a função hiperbólica é mais eficiente para a descrição da estrutura diamétrica de povoamentos de Tectona grandis submetidos a desbaste. (SIF )

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EFICIÊNCIA DAS FUNÇÕES WEIBULL E HIPERBÓLICA PARA MODELAGEM DA DISTRIBUIÇÃO DE DIÂMETROS EM POVOAMENTOS DE EUCALIPTO SUBMETIDOS A DESBASTE

DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Estagiário voluntário/UFV), RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Estagiário voluntário/UFV)

Este estudo objetivou comparar as funções de densidade probabilidade Weibull e Hiperbólica quanto à capacidade de descrição da estrutura diamétrica de povoamentos de eucalipto. As funções com quatro e três parâmetros foram ajustadas, pelo método da máxima verossimilhança, a dados de 48 parcelas permanentes instaladas em um povoamento desbastado de um clone híbrido de eucalipto (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla), localizado na região nordeste do estado da Bahia, Brasil. O modelo de distribuição diamétrica é composto a partir de equações lineares e não-lineares entre os parâmetros da função Weibull em uma idade futura (γ2 e β2) e os parâmetros em uma idade atual (γ1 e β1), associados a algumas características do povoamento em idades atual e futura. Os valores estimados pelo MDD foram comparados com os valores observados pelo teste K-S. Todas as funções apresentaram aderência aos dados, a α 1 % de significância. A função Hiperbólica de quatro parâmetros apresentou melhor ajustamento, com valores médios de SQR de 315,2 e dn total 26,07, e função Weibull de quatro parâmetros apresentou 378,2 de SQR médio com um dn total de 27,66. A distribuição projetada com a função Hiperbólica também apresentou menores valores de “dn” para todas as médias de intensidade de desbaste, em cada idade avaliada, sendo os valores de “dn total” para a função Hiperbólica de 39,85 e de 53,44 para o modelo ajustado com a função Weibull. A função Hiperbólica apresentou melhor representabilidade quando comparada com a função Weibull, podendo ser utilizada para a modelagem da distribuição diamétrica em povoamentos de eucalipto submetidos a desbaste. (SIF).

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EFICIÊNCIA DE UM RETARDANTE DE FOGO DE LONGA DURAÇÃO PARA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS FLORESTAIS

CLÁUDIO MACHADO FILHO (Estagiário voluntário/UFV), GUIDO ASSUNCAO RIBEIRO (Orientador/UFV), GUMERCINDO SOUZA LIMA (Co-orientador/UFV), MARIA CRISTINA MARTINS (Bolsista CNPq/UFV)

O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de um retardante de fogo de longa duração em relação ao volume aplicado e ao tempo de aplicação. O experimento foi realizado nas dependências do Laboratório de Incêndios Florestais e de Conservação da Natureza/UFV, com aplicação da solução retardante a 600 e 900 ml/m2 e avaliada sua eficiência ao longo de quatro semanas, empregando-se cinco repetições. Parcelas de 3,0 x 1,0 m foram montadas em uma rampa com 27º de inclinação média, com o maior comprimento no sentido do aclive, espalhando 1,20 kg/m2 de Melinis minutiflora Beauv. uniformemente. O produto retardante, composto de diamônio sulfato, diamônio fosfato, monoamônio fosfato e água, na concentração de 0,134 kg/litro, conforme recomendação do fabricante, foi aplicado no terço superior da parcela, utilizando-se a bomba costal anti-incêndio. A aplicação do produto foi feita em todas as parcelas na primeira semana e o teste de queima iniciou-se na semana seguinte sendo queimadas cinco repetições em cada semana, durante quatro semanas. A eficiência do produto foi avaliada comparando-se as quantidades aplicadas e o tempo de aplicação utilizando-se altura das chamas, velocidade, intensidade e tempo de queima, na porção com e sem o produto. Foi determinada a umidade relativa do ar e do material combustível no momento da queima. Os resultados parciais mostram que o tempo de aplicação parece não influenciar na ação do produto e que o tempo para a linha de fogo percorrer a parte da parcela com o produto foi, em média, 7 vezes mais lento que na parte sem o produto e a intensidade cerca de 8 vezes menor, apesar de o fogo percorrer toda a área. O mesmo aconteceu com a altura das chamas que foram cerca de três vezes mais baixas que na área sem o produto. (LABORATÓRIO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS )

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ENTOMOLOGIA FLORESTAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS  

BRUNA DIAS RODRIGUES (Voluntário/UFV), NORIVALDO DOS ANJOS SILVA (Orientador/UFV)

A necessidade cada vez maior de madeira, tanto no cenário nacional quanto no internacional, fez com que aquelas advindas de plantações florestais fossem muito valorizadas no mercado. A partir da década de 60, o governo criou vários incentivos para implantação de plantios homogêneos. O setor florestal de Minas merece destaque, pois mais da metade das plantações de eucalipto no Brasil (52,6%) está localizada no estado. Este trabalho teve como objetivo conhecer as essências exóticas plantadas para obtenção de madeira e a realidade entomológica de Minas Gerais. Foram realizadas pesquisas em livros, artigos, consultas com professores da área de Silvicultura e em empresas florestais visando obter dados à respeito dos insetos daninhos à estas culturas florestais no estado. No estado de Minas Gerais as principais essências exóticas plantadas para obtenção de madeira são Eucalyptus urophylla, Eucalyptus grandis, Eucalyptus cloeziana, Pinus caribaea var. caribaea, Pinus caribaea var. hodurensis, Pinus oocarpa e Pinus tecunumanii. Com a introdução destas espécies arbóreas, houve também introdução de novas pragas florestais. Pode-se concluir a respeito das espécies Eucalyptus urophylla, Eucalyptus grandis e Eucalyptus cloeziana, que existe uma grande variedade de insetos daninhos nos plantios destas essências no estado de Minas Gerais pois há insetos em viveiros florestais, formigas cortadeiras, lagartas desfolhadoras, besouros desfolhadores, insetos que atacam raízes, insetos sugadores e broqueadores de madeira viva e de produtos de madeira. Nas espécies Pinus caribaea var. caribaea, Pinus caribaea var. hondurensis, Pinus oocarpa e Pinus tecunumani destacam-se as formigas cortadeiras, lagartas desfolhadoras e os insetos broqueadores.

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ENTOMOLOGIA FLORESTAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS

VANESSA MARIA BASSO (Bolsista IC /projeto/UFV), DIOGO ASSIS RESENDE MUNDIM (Estagiário voluntário/UFV), NORIVALDO DOS ANJOS SILVA (Orientador/UFV)

O estado de Minas Gerais tem grande participação no setor florestal brasileiro. Porém, as espécies nativas são cultivadas em pequena escala e de finalidade quase que exclusivamente paisagística. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo o de descobrir as principais espécies nativas cultivadas e conhecer a realidade dos insetos daninhos relacionados a estas no estado e na cidade de Viçosa. Inicialmente, foi feito um estudo sobre quais espécies florestais nativas eram cultivadas no estado e qual a finalidade delas, definindo-se as cinco mais importantes. Com estes dados, fez-se uma revisão bibliográfica sobre os insetos associados às árvores escolhidas. Para reforçar os resultados da revisão, foi-se a campo, no município de Viçosa- MG, coletar os insetos associados aos exemplares das espécies escolhidas. Como resultados, encontraram-se 40 espécies florestais nativas cultivadas no estado e entre elas, as cinco consideradas mais importantes foram Goiabeira (Psidium guajava) de grande importância alimentar, Macaúba (Acrocomia aculeata) por seu cultivo destacável na produção de biodiesel e mais Ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia), Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides) e Quaresmeira (Tibouchina granulosa) como as três principais espécies de árvores usadas na arborização urbana. Devido a ausência de exemplares de macaúba em Viçosa, foi acrescido o Oiti (Licania tomentosa), também de grande importância para a arborização urbana. Com base na bibliografia, o principal inseto daninho à Goiabeira é Conotrachelus psidii; para Macaúba, Pachymerus nucleorum; para Ipê-amarelo, Coccoderus novempunctatus; para Sibipiruna, Coccoderus novempunctatus também, e para Quaresmeira, Pseudococcus spp. Já na pesquisa em campo, encontrou-se grande quantidade de associações destas árvores com insetos da família Formicidae. Conclui-se que estas são as cinco árvores nativas mais importantes para o estado de Minas Gerais e que os insetos da família Formicidae são os principais associados na região de Viçosa. Acrescenta-se o comentário de que há pouca pesquisa sobre a Entomologia Florestal de árvores nativas em Minas Gerais.

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ENTOMOLOGIA FLORESTAL NO ESTADO DO AMAPÁ

BÁRBARA LUISA CORRADI PEREIRA (Estagiário voluntário/UFV), AYLSON COSTA OLIVEIRA (Estagiário voluntário/UFV), NORIVALDO DOS ANJOS SILVA (Orientador/UFV)

O Estado do Amapá está localizado no extremo Norte do Brasil. Por suas características geofísicas, sociais, políticas e econômicas, fazem parte da vasta região Amazônica, ostentando o título de Estado mais preservado do Brasil e contando com menos de 10% de sua área florestal original alterada por ação antrópica. As essências florestais nativas, cultivadas no estado, ocorrem em pequena escala em propriedades rurais, para experimentos e para a produção de bens não-madeireiros. No estado do Amapá, assim como em todo o restante do país, os insetos merecem atenção especial, pois quando atingem o nível de dano econômico podem trazer enormes prejuízos à atividade florestal. Este trabalho teve como objetivo conhecer a realidade dos insetos daninhos às essências florestais nativas mais cultivadas no estado do Amapá e em Viçosa-MG. Foram realizadas pesquisas bibliográficas, consultas às empresas e órgãos do Estado do Amapá, a professores e, ainda, foram examinadas árvores em Viçosa, Minas Gerais. As principais essências nativas cultivadas são a seringueira (Hevea brasiliensis), açaí (Euterpe oleracea), caju (Anacardium occidentale), cupuaçu (Theobroma grandiflorum ), pracaxi (Pentaclethara macroloba), castanheira (Bertholletia excelsa), andiroba (Carapa guianensis), bacaba (Oenocarpus bacaba), piquiá (Caryocar villosum), cajá (Spondias lutea), mangaba (Hancornia speciosa), cedro (Cedrela fissilis) e mogno (Swietenia macrophylla). Em Viçosa-MG foram encontrados cupins atacando cedro; besouro atacando muda de cedro; caruncho e ovos de H. grandella em mogno; ninho de formigas em mogno e seringueira;  cigarrinha e mosquito em mudas de seringueira. Como essências florestais de maior importância para o Amapá, conclui-se que são o mogno, cupuaçu, açaí, seringueira e andiroba. Os principais insetos associados são, respectivamente, Hypsipyla grandella, Carcophilus dimiata, Brassolis sp., Lonomia obliqua e Hypsipyla grandella. Conclui-se afirmando que a Entomologia Florestal no Amapá ainda é incipiente, mas instituições do estado vêm alterando essa realidade, desenvolvendo trabalhos sobre a associação entre os insetos e as árvores de lá.

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ENTOMOLOGIA FLORESTAL NO ESTADO DO TOCANTINS

CLÁUDIO MACHADO FILHO (Estagiário voluntário/UFV), FLÁVIA BARRETO PINTO (Estagiário voluntário/UFV), NORIVALDO DOS ANJOS SILVA (Coordenador/UFV)

Por ser um estado novo, o Tocantins não possui muitos estudos na área florestal, assim como tem poucos investimentos neste sentido. Este trabalho teve como objetivo identificar as cinco essências florestais nativas mais cultivadas no estado e definir a principal praga de cada uma destas, além dos danos causados. Para isto foram realizados contatos com instituições do Estado, revisões bibliográficas e pesquisas pela internet. Observou-se que as espécies nativas são exploradas extrativamente, não havendo grandes plantios. As espécies mais exploradas são o Pequi (Caryocar brasiliense), o Babaçu (Orbignya speciosa), o Açaí (Euterpe oleracea), o Angico-do-cerrado (Anadenanthera falcata) e o Buriti (Mauritia flexuosa), devido ao grande retorno financeiro que cada uma destas espécies proporciona às comunidades. O Pequi, o Babaçu e Açaí sao importante por causa do comércio de seus frutos, o Buriti pelas suas fibras e o Angico-do-cerrado pelo comércio de madeiras. As principais espécies de insetos relacionados a estas árvores foram Carmenta sp. no Pequi, que ataca e se alimenta dos frutos do pequizeiro; Coraliomela brunnea no Babaçu, que ataca as folhas centrais jovens ainda fechadas; Cerataphis lataniae no Açaí e no Buriti, atacando principalmente plantas jovens ainda em viveiro e Atta spp. em Angico-do-cerrado, atacando esta espécie em sua fase inicial e mais drasticamente em viveiros. Com isto, pode-se concluir que o Estado necessita de mais estudos e mais financiamentos para desenvolver, suficientemente, a sua própria Entomologia Florestal.

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ESTABELECIMENTO IN VITRO DE HÍBRIDOS DE Eucalyptus globulus

LEANDRO SILVA DE OLIVEIRA (Bolsista IC /projeto/UFV), SILVANO RODRIGUES BORGES (Bolsista CNPq/UFV), ALOISIO XAVIER (Orientador/UFV), WAGNER CAMPOS OTONI (Colaborador/UFV)

Os híbridos de Eucalyptus grandis x E.globuluseEucalyptus urophylla xE. globulus possuem características de grande interesse para a produção decelulose e papel. No entanto, apresentam dificuldades na sua propagação vegetativa devido ao baixo enraizamento de estacas. Logo, a micropropagação apresenta-se como uma técnica viável para contornar esse problema através do rejuvenescimento e revigoramento de clones selecionados. Este trabalho teve como objetivo avaliar a resposta de diferentes clones híbridos de E. grandisxE. globulus e E.urophyllaxE. globulus e o estabelecimento in vitro. Segmentos caulinares de seis materiais genéticos (três clones de híbridos de E. grandisxE. globulus e três clones deE.urophyllaxE. globulus)contendo um par de gemasaxilares foram coletados em minijardim clonal e levados ao laboratório de cultura de tecidos. Os explantes foram desinfestados e inoculados em meio decultura MS (Murashige&Skoog) suplementado com 0,5 mg/L de BAP(6-benzilaminopurina) e 0,1 mg/L de ANA (ácido naftalenoacético), 100 mg/L demyo-inositol, 800 mg/L de PVP (Polivinilpirrolidona) e 30 g/L de sacarose.Avaliou-se a contaminação por bactérias e fungos, oxidação dos explantes de indução de brotações axilares. Os resultados demonstraram grande heterogeneidade entre os clones quanto aos parâmetros avaliados. A indução de brotações foi satisfatória, sendo baixa apenas em dois clones. A contaminação bacteriana apesar de alta em alguns clones não influenciou decisivamente na indução de brotações, diferentemente da oxidação e contaminação fúngica. Constatou-se que a taxa de explantes não responsivos foi relativamente alta, no entanto foi possível o estabelecimento in vitro de todos os clones. O trabalho demonstrou que os clones dos híbridos de E.grandisxE. globulus e E.urophylla x E. globulus apresentaram boa resposta na fase de estabelecimento in vitro possibilitando o prosseguimento do processo de micropropagação. (SIF/CENIBRA; CNPq).

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ESTIMAÇÃO DO DIÂMETRO SEM CASCA E DO DIÂMETRO DO CERNE AO LONGO DO FUSTE DE ÁRVORES DE Tectona grandis (Linn.) UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS

MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV)

A estimativa do diâmetro sem casca (dsc) e diâmetro do cerne (dcerne) pode ser obtida pelo ajuste dos modelos de Taper, ou seja, de afilamento do fuste. Para ajuste destes modelos são necessárias cubagens periódicas que geram custos e perdas de árvores. A madeira de Tectona grandis Linn. possui elevado valor e procura no mercado. Dessa forma, o abate dessas árvores resulta em custos significativos para o empreendimento florestal. As redes neurais artificiais (RNA’s) surgem como uma alternativa para estimação do dsc e dcerne, pois uma única cubagem seria suficiente para reconhecimento dos padrões dos dados. O objetivo deste trabalho foi obter RNA’s que estimassem de maneira precisa os dsc e dcerne e comparar com os resultados obtidos pelos modelos de Taper. O banco de dados foi consistido e estratificado: dsc mínimo de 4 cm, 6 m e 8 cm e dcerne mínimo de 10 cm, 15 cm e 20 cm. O modelo de Taper ajustado foi o de Kozak. No ajuste das RNA’s foram testadas as variáveis de entrada: dap, altura total (Ht), h (altura do dsc ou dcerne) e diâmetro com casca em h (dcc), espessura da casca a 1,3 m e projeto, e a abrangência a nível de todo o banco ou por projeto. As estimativas obtidas por RNA’s e Kozak foram avaliadas por gráficos de resíduo e gráficos dos valores observados versus estimados. Após este estudo pode-se concluir que: as RNA’s são mais eficientes que o modelo de Kozak; as variáveis de entrada para ajuste das redes são dap, Ht, h e d cc; a abrangência dos dados a nível de projeto resulta em estimativas mais precisas; quanto maior o diâmetro mínimo considerado, melhor a estimação; redes do tipo linear foram mais eficientes. Assim, verifica-se o potencial das RNA’s na mensuração florestal.

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ESTIMATIVAS DE VOLUME DO TRONCO E DA COPA DE UMA POPULAÇÃO DE Eucalyptus spp. DE GRANDE PORTE

JULIANO ROBERTO FERREIRA (Estagiário voluntário/UFV), HUMBERTO GUIMARÃES QUIOSSA (Estagiário voluntário/UFV), HEITOR URIAS LEITE JUNIOR (Estagiário voluntário/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV)

Indivíduos do gênero Eucalyptus, principalmente os de grande porte, são de grande importância para a indústria madeireira e como são raros, agregam elevado valor à madeira. O objetivo do trabalho foi determinar o estoque volumétrico de madeira dos troncos e copas de uma população remanescente de eucaliptos em uma área de aproximadamente 1,5 hectare no município de Viçosa-MG. Para execução deste trabalho, foram realizadas picadas no sentido perpendicular à estrada, entrando na mata até ser encontrada a última árvore. Estas picadas foram abertas a cada 25 metros ao longo da borda da área e resultou em 10 parcelas. Foram mensuradas todas as árvores existentes na área. Para mensuração das árvores utilizou fita métrica graduada em milímetros, que servia para medir o DAP (Diâmetro a 1,30 metros do solo) e para determinar a altura recorreu-se ao hipsômetro eletrônico (Vertex), que permite uma medição muito mais ágil e precisa do que instrumentos analógicos. Para isto, calibra-se o aparelho e obtêm as alturas desejadas apenas apontando o laser do hipsómetro para o topo da árvore (altura total) e para o começo da copa (altura da copa).De acordo com os dados encontrados e analisados, montou-se quadro de estimativas de volume de madeira do Tronco e Copa dos eucaliptos mensurados. Foram usadas as equações de volume encontradas na tese de mestrado de Josuel Arcanjo da Silva, desenvolvida com dados de uma população semelhante localizada no mesmo municipio. A exatidão das equações utilizadas está ao nível de 5% de probabilidade, foi confirmada pelo teste de Qui-quadrado. Com os valores dos DAPs e Alturas dos 76 indivíduos encontrados e mensurados na área, encontrou-se uma volume total de madeira de 282,13 m³ referente aos troncos e copas. O volume de copa estimado foi de 1,92 m³. A metodologia seguida neste trabalho pode ser utilizada em áreas semelhantes quando o objetivo for a quantificação do volume das árvores de grande porte.

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ESTRUTURA HORIZONTAL DE POPULAÇÕES ARBÓREAS EM UM PERÍODO DE 12 ANOS EM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL, EM VIÇOSA, MG

HORTÊNSIA NASCIMENTO SANTOS LOPES (Bolsista IC /projeto/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Orientador/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Co-orientador/UFV), FELIPPE COELHO DE SOUZA (Bolsista IC /projeto/UFV), MARCO ANTONIO MONTE (Não Bolsista/UFV), CRISTINA CUNHA GARCIA (Bolsista CNPq/UFV)

O presente trabalho teve por objetivo analisar a dinâmica da estrutura horizontal de uma Floresta Estacional Semidecidual, considerando as espécies arbóreas adultas de maior valor de importância (VI), em dez locais, em um período de 12 anos. O levantamento foi realizado em um fragmento florestal de 193 ha, em Viçosa, MG (Latitude = 20o 45’ Sul e Longitude = 42o 55’ Oeste, a uma altitude média de 689,73 m). Apenas os indivíduos com diâmetro maior ou igual a cinco centímetros foram incluídos no trabalho. As taxas de ingresso foram calculadas para as dez espécies que apresentavam o maior VI em cada local, nos anos de 1992 e 2004. As espécies, nos locais 4 e 7, que apresentavam o maior VI em 1992, foram superadas por outras em 2004, em razão do aumento da dominância relativa das espécies de menor VI. Alophilus edulis, Euterpe edulis, Hieronyma alchorneoides, Ocotea laxa, Virola oleifera e Villaresia megaphylla apresentaram-se entre as 10 espécies de maior VI somente no local 5 (baixada). Estas espécies apresentam elevada exigência por sítios com alta fertilidade natural e umidade, comumente encontrados nas baixadas. No local 2, as pioneiras Cecropia hololeuca e Senna macranthera, amostradas no primeiro levantamento, desapareceram em 2004, devido à redução da densidade relativa em conseqüência da baixa intensidade da radiação solar permeando todos os estratos do dossel, naquele sítio. Foram verificadas expressivas taxas de ingressos em sete locais, para Siparuna guianensis, os quais apresentaram diferentes condições de luminosidade, evidenciando a ampla adaptação da espécie a vários ambientes. Ao longo dos 12 anos de estudo, analisando-se as 10 espécies de maior VI do fragmento de floresta semidecidual estudado, foram observadas mudanças na estrutura horizontal associada às características de sítio, favorecendo o ingresso de diversas espécies.

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INFLUÊNCIA DA CITOCININA 2-iP NA GERMINAÇÃO in vitro DE EMBRIÕES ZIGÓTICOS MADUROS DE MACAÚBA

THIAGO PETERMANN HODECKER (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ALOISIO XAVIER (Orientador/UFV), FABIANA SCHMIDT BANDEIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV), ELISONETE RIBEIRO GARCIA LANI (Colaborador/UFV), WAGNER CAMPOS OTONI (Colaborador/UFV)

A macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira oleaginosa com grande potencial para a produção de biodiesel. Suas sementes apresentam forte dormência, o que torna sua germinação lenta e desuniforme. O objetivo deste trabalho foi testar os efeitos de cinco concentrações (0, 1, 2, 3 e 4 mg L-1) da citocinina 2-iP sobre a germinação in vitro de embriões zigóticos maduros de macaúba. O experimento foi conduzido no Laboratório de Cultura de Tecidos do BIOAGRO - UFV. Foram utilizados embriões de frutos maduros, colhidos em populações naturais de macaúba existentes em Florestal – MG. Os embriões foram extraídos com o auxílio de navalha e bisturi, desinfestados assepticamente, e em seguida inoculados em meio básico de MS, com pH ajustado para 5,7. Experimentalmente utilizou cinco repetições, sendo cada placa de Petri uma repetição contendo cinco embriões. Os embriões permaneceram por 30 dias em estufa incubadora em regime de escuro, e a seguir foram avaliados o percentual de germinação normal, germinação anormal e embriões que não germinaram. Logo após os embriões foram transferidos para tubos de ensaio nos mesmos tratamentos que se encontravam, onde foram mantidos em sala de crescimento por mais 30 dias, sendo avaliado a altura da parte aérea, comprimento da raiz, presença de raízes secundárias e de folhas expandidas. O tratamento sem adição de 2-iP apresentou melhores resultados para germinação normal (68%), embriões que não germinaram (8%), plântulas que emitiram raízes secundárias (34,8%) e comprimento de raiz (52,2% com raízes maiores que 1 cm). O pior resultado de germinação anormal foi observado para o tratamento com 3 mg L -1

(40%). No tratamento com 1 mg L-1 obteve-se bons resultados para plântulas com folhas expandidas (63,2%), e o tratamento com 2 mg L-1 apresentou melhores resultados para altura da parte aérea (66,7% das plântulas com mais de 1,5 cm).

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INFLUÊNCIA DO POTÁSSIO NO CRESCIMENTO E QUALIDADE DE MUDAS DE Cariniana legalis

KARINE FERNANDES CAIAFA (Bolsista IC /projeto/UFV), HAROLDO NOGUEIRA DE PAIVA (Orientador/UFV)

O jequitibá-rosa (Cariniana legalis) é uma espécie em vias de extinção e que possui várias utilidades, como fornecimento de madeira para móveis, construções, ente outros. O conhecimento da nutrição dessa espécie é muito importante para que se possa cultivá-la garantindo uma maior qualidade e produtividade. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do potássio no crescimento e qualidade de mudas de jequitibá-rosa determinando a dose adequada desse nutriente. Para isso foram utilizadas sacolas plásticas de 0,6 dm3 de capacidade tendo como substrato um Latossolo Vermelho-Amarelo. O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos casualizados, com três repetições e oito plantas por repetição. O solo antes de ser colocado nos recipientes recebeu a aplicação de calcário nas formas de CaCO3 e MgCO3 na proporção de 4:1, elevando a saturação por bases para 60%, ficando incubado por um período de 30 dias. Em seguida foram aplicados 4 kg/m3 de superfosfato simples. Os tratamentos utilizados foram 0; 50; 100; 150; 200; 250 e 300 mg de K2O/dm³ de solo, doses estas que foram parceladas em cinco aplicações. Cento e vinte dias após a semeadura foram colhidos dados de altura, do diâmetro do coleto, da matéria seca da parte aérea e de raiz, além das relações altura/diâmetro do coleto, altura/massa seca parte aérea, massa seca parte aérea/massa seca de raiz e o índice de qualidade de Dickson (IQD). No experimento observou-se que houve influência significativa a aplicação de potássio apenas para os parâmetros diâmetro do coleto e massa seca da parte aérea, entretanto, ainda assim se justifica a utilização de fertilizantes potássicos no início do desenvolvimento dessas mudas, uma vez que estes são importantes parâmetros de avaliação de crescimento de mudas. As doses ótimas ficaram dentro do intervalo de 260 à 300 mg de K2O/dm³, para um Latossolo Vermelho-Amarelo como substrato, sendo recomendada essas doses para produção das mudas.

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INFLUÊNCIA DO POTÁSSIO NO CRESCIMENTO E QUALIDADE DE MUDAS DE Cedrela fissilis

KARINE FERNANDES CAIAFA (Bolsista IC /projeto/UFV), HAROLDO NOGUEIRA DE PAIVA (Orientador/UFV)

Muitas espécies nativas brasileiras possuem grande potencial para serem utilizadas de diversas formas, entretanto, para que essas e outras espécies sejam cultivadas é necessário um maior conhecimento sobre sua silvicultura, com vistas no aperfeiçoamento do sistema de produção de mudas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do potássio no crescimento e qualidade de mudas de cedro-rosa (Cedrela fissilis). Para isso, foram utilizadas sacolas plásticas de 0,6 dm3 de capacidade tendo como substrato um Latossolo Vermelho-Amarelo. O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos casualizados, com três repetições e oito plantas por repetição. O solo antes de ser colocado nos recipientes recebeu uma aplicação de calcário nas formas de CaCO3 e MgCO3 na proporção de 4:1, elevando a saturação por bases para 60%, ficando incubado por um período de 30 dias. Em seguida foram aplicados 4 kg/m3 de superfosfato simples. Os tratamentos utilizados foram 0; 50; 100; 150; 200; 250 e 300 mg de K2O/dm³ de solo, doses estas que foram parceladas em cinco aplicações. Cento e vinte dias após a semeadura foram colhidos dados de altura, do diâmetro do coleto, da matéria seca da parte aérea e de raiz, além das relações altura/diâmetro do coleto, altura/massa seca parte aérea, massa seca parte aérea/massa seca de raiz e o índice de qualidade de Dickson (IQD). Observou-se que o cedro-rosa respondeu de forma positiva a todos os parâmetros e índices de qualidade de mudas analisados sendo que o melhor tratamento, considerando o parâmetro diâmetro do coleto, foi de 430 mg de K2O/dm³ de solo. Pode-se concluir que a aplicação de fertilizantes potássicos na produção de mudas desta espécie é justificada auxiliando no bom crescimento, rustificação e qualidade das mesmas.

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INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES DE COZIMENTO E BRANQUEAMENTO NO CONTEÚDO DE XILANAS EM POLPAS KRAFT DE EUCALIPTO

MARCELO COELHO DOS SANTOS MUGUET SOARES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CRISTIANE PEDRAZZI (Bolsista CNPq/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV)

Estudos de laboratório e experiências em fábricas no Brasil têm indicado que certas fibras de eucalipto são mais adequadas à produção de papel tissue enquanto que outras a produção de papel de imprimir e escrever (P&W). A estrutura da polpa e sua composição química podem ser algumas das razões para tais resultados, porém, ainda não são encontradas na literatura conclusões decisivas para tais especulações. Assim, o objetivo deste estudo foi o de buscar através das características químicas da fibra, com ênfase no conteúdo de xilanas na polpa, quais as principais causas da variação entre as fibras de eucalipto para a sua classificação na produção de papel tissue e P&W. Uma grande variedade de amostras de polpa de eucalipto, contendo fibras de morfologia, ultra-estrutura e composições químicas extremamente diferentes foi preparada com os seguintes procedimentos: (1) cozimento de cavacos de madeira de duas densidades básicas diferentes com suaves e drásticas condições de cozimento, (2) pré-hidrólise na polpação kraft, (3) polpação com adição de xilanas no licor de cozimento, (4) branqueamento com o processo CCE. Dois tipos diferentes de cavacos de madeira industrial, incluindo Eucalyptus grandis de baixa densidade (416 kg/m3) e um híbrido de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis (“Eucalyptus urograndis”) de alta densidade (528 kg/m3) foram utilizados. Os resultados indicam que pela alteração das condições do cozimento é possível produzir polpas de 8-17% de conteúdo de xilanas com rendimento na faixa de 46-57% e 42-54% para madeiras de baixa e alta densidade, respectivamente. O número kappa variou na faixa de 17-24 e 17-20 para madeira de baixa e alta densidade, respectivamente. Alto conteúdo de xilanas só foi possível alcançar pelo aumento do número kappa para valores na faixa de 20-24, para ambas as madeiras. No branqueamento foi possível obter amostras com 3 e 8% de xilanas pelo processo CCE.

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O USO DA MATÉRIA-PRIMA MADEIREIRA PELAS EMPRESAS EXPOSITORAS DA FEIRA DE MÓVEIS DE MINAS GERAIS

NATHÁLIA DE LIMA LOPES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), DANIEL BRIANÉZI (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), RICARDO RIBEIRO ALVES (Não Bolsista/UFV)

    A Feira de Móveis de Minas Gerais (FEMUR), realizada no Pólo Moveleiro de Ubá, é considerada uma das mais importantes feiras da indústria moveleira nacional. Este pólo conta com mais de 400 empresas, constituindo-se no maior produtor de móveis de Minas Gerais e um dos sete maiores do Brasil, destacando-se também na geração de empregos e no consumo de matéria-prima. Assim, o presente trabalho teve por objetivo fazer um levantamento do tipo da matéria-prima utilizada nos móveis expostos na FEMUR. Para a consecução do trabalho foi elaborada uma ficha para cada empresa, contendo o nome da mesma, o tipo de móvel exposto bem como sua matéria-prima. Os dados foram coletados na 8ª edição da FEMUR, realizada em abril de 2008, na cidade de Ubá. Foi analisada uma amostra de 76 empresas das 130 que estavam expondo na feira. Verificou-se que o tipo de móvel era bastante diversificado, variando do estilo clássico até o mais popular. Algumas empresas, devido à sua experiência exportadora, apresentavam designs próprios e maiores variedades de produtos. Quanto ao tipo de matéria-prima, observou-se que 68,42% utilizavam MDF, 40,79% usavam madeira maciça e cerca de 5,26% usavam tubulares. O principal uso do MDF era em guarda-roupas, armários e móveis para quarto de criança. A madeira maciça era utilizada principalmente em conjunto de estofados como poltronas e sofás, e também em cadeiras e mesas de sala de jantar. Conclui-se que o MDF se destaca como a principal matéria-prima usada nos móveis expostos na FEMUR, sinalizando uma nova tendência da indústria moveleira em utilizar chapas feitas a partir de madeira oriunda de florestas plantadas.

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OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE POLPAÇÃO KRAFT DE Eucalyptus PELA ADSORÇÃO DE XILANAS NAS FIBRAS

ANTONIO JOSÉ VINHA ZANUNCIO (Bolsista UFVCredi/UFV), REGINA MARIA GOMES (Bolsista IC /projeto/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV)

O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto da remoção de hemiceluloses da madeira de eucalipto, por lixiviação alcalina e auto-hidrólise dos cavacos no processo kraft e no branqueamento da polpa. Na lixiviação alcalina, os cavacos foram saturados com água e tratados com solução de NaOH. Avaliou-se os tempos de reação de 3, 8, 14 e 18 horas, aos 70, 84 e 90°C nas concentrações de NaOH a 60, 80, 90, 120 e 156 g/L. Nos tratamentos pressurizados, avaliou-se os tempos de reação de 30, 60 e 120 minutos, a 100C nas concentrações de 100, 150 e 200 g/L de NaOH. Cavacos normais e lixiviados com NaOH, foram cozidos pelo processo kraft até kappa 16 – 18. A máxima remoção do acetato de 4-O-metil-glicuronoxilanas foi de 42% a 100°C, 60 minutos, 200 g/L NaOH e 300 kPa de pressão. O rendimento do cozimento kraft dos cavacos lixiviados com álcali foi 7% inferior ao da referência. A auto-hidrólise foi realizada a 152°C (30, 45 e 60 minutos); 160°C (15, 30 e 45 minutos) e 170°C (5, 10, 15, 20 e 30 minutos. Cavacos normais e auto-hidrolisados a 170°C por 5, 15 e 30 min foram cozidos pelo processo kraft até kappa 16 – 18 e a polpa resultante branqueada pela seqüência O/OD(EPO)DD. A auto-hidrólise por 30 minutos a 170 °C remove até 60% de hemiceluloses e o rendimento dos cozimentos por 30 minutos foi 6% menor que dos cavacos normais. A deslignificação da polpa de cavacos auto-hidrolisados foi de 75%, contra 43,6% da polpa-referência, e branqueamento custando US$ 7/tas de polpa. O efluente do branqueamento da polpa de cavacos auto-hidrolisados apresentou menores valores de DQO (39,6%), cor (21,3%) e AOX (51,6%), em relação à referência. As propriedades físico-mecânicas das polpas de cavacos auto-hidrolisados foram inferiores às polpas dos normais, inviabilizando aplicações industriais.

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PROJEÇÃO DE COPA DE PLANTAS DE CLONE DESRAMADO DE EUCALIPTO EM UMA SEQUÊNCIA DE IDADE

FELIPPE COELHO DE SOUZA (Bolsista IC /projeto/UFV), GERALDO GONCALVES DOS REIS (Orientador/UFV), MARIA DAS GRACAS FERREIRA REIS (Co-orientador/UFV), DIÊGO CORREA RAMOS (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), IVAN DA COSTA ILHÉU FONTAN (Bolsista CAPES/UFV), ATHILA LEANDRO DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARCO ANTONIO MONTE (Não Bolsista/UFV)

A dinâmica de copa de povoamentos desramados de clone de eucalipto, em sistema agroflorestal, foi avaliada através da projeção de copa. Este parâmetro permite inferir sobre as alterações da copa como resultado da aplicação da desrama. O estudo foi desenvolvido com o clone 58 do híbrido de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus grandis, no espaçamento 9,5 x 4,0 m, em área da empresa Votorantim Metais Zinco S.A, no município de Vazante, MG. O experimento foi estabelecido em Delineamento Inteiramente Casualizado e constituído de seis tratamentos de desrama artificial, com três repetições, combinando diferentes intensidades e freqüências de desrama. A projeção da copa das árvores sobre o solo foi avaliada trimestralmente de 9 a 36 meses de idade e aos 48 meses de idade. Aos 9 meses de idade, após a primeira intervenção de desrama, verificou-se redução média de 19,4% no raio médio de copa nas plantas desramadas, embora tenham sido estatisticamente iguais (p>0,05) àquelas não-desramadas. Entre 9 e 12 meses de idade foi observado, nos tratamentos cujas plantas foram desramadas, um aumento médio de 19,6% no raio médio de copa, enquanto as plantas não desramadas apresentaram aumento de apenas 9,5 %. O desenvolvimento da copa das árvores não desramadas foi similar ao de plantas desramadas após 33 meses de idade, indicando que a intervenção da desrama não tem mais influência sobre o crescimento da copa das plantas após esta idade. Baseando-se na projeção de copa, pode-se concluir que o clone 58 apresenta elevada capacidade de recomposição de copa após redução de área foliar pela aplicação da desrama, permitindo utilizar intervalo reduzido entre as operações de desrama, visando obter madeira de qualidade para serraria. (CNPq).

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QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DA COLHEITA FLORESTAL  

ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Estagiário voluntário/UFV), RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Estagiário voluntário/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV)

Em muitas empresas florestais, observam-se nas áreas recém colhidas, quantidades de madeira que poderiam ser aproveitadas nas fábricas ou por residueiros. O resíduo é definido como sendo todo material lenhoso existente na área, após a colheita e extração da madeira, com diâmetro acima do limite comercial, incluindo tocos com altura acima da altura definida pela colheita, toras ou pedaço de tora comercial e ponteiro de árvores que serviriam para algum uso definido previamente. Este trabalho teve o objetivo de caracterizar e quantificar os resíduos da colheita mecanizada em um povoamento de eucalipto. Foram lançadas 31 parcelas de 900 m2 (30 x 30 m) para espaçamento inicial de 3 x 3 m, numa intensidade de 1 parcela para cada 4 ha, em seis talhões escolhidos aleatoriamente e seguindo o sentido contrário ao do enleiramento da madeira. Foram utilizadas estacas e trenas para medição das parcelas onde foram medidos os diâmetros nas duas extremidades e o seu comprimento. Foram mensurados também os volumes de tocos com altura acima do especificado pela colheita. Em toras maiores de 2 m os diâmetros foram medidos de 2 em 2 m.  Foram calculados os volumes por hectare para cada tipo de resíduo, sendo estimados, em média, 9,86 m3.ha-1, com um coeficiente de variação de 51,5% e um erro de amostragem de 18,6%, a 95% de probabilidade. Considerando uma produção de 250 m3.ha-1, que era a média dos talhões amostrados, esses resíduos correspondem a 3,94%, que é um valor relativamente baixo, uma vez que o volume de 9,86 m3.ha-1 inclui todos os tipos de resíduos, ou seja, resíduos de toco, ponta de árvores e toras que poderiam ser aproveitadas para processamento. (SIF )

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RELAÇÃO ENTRE ÁREA BASAL E A PRECIPITAÇÃO EFETIVA EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA

CAMILA SOARES BRAGA (Estagiário voluntário/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV), VITOR HUGO BREDA BARBOSA (Estagiário voluntário/UFV), CARLOS EDUARDO LIMA GAZZOLA (Estagiário voluntário/UFV), WANDREY DA COSTA CARDOSO (Estagiário voluntário/UFV)

O objetivo desta pesquisa foi analisar relação entre a área basal e precipitação efetiva de água de chuva, de uma área localizada no fragmento florestal remanescente de Mata Atlântica, Reserva Florestal e Ecológica Mata do Paraíso, localizada no Município de Viçosa, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais. No período de um ano foram medidos os escoamentos pelo tronco das árvores e da precipitação interna, totalizando 15 coletas no período chuvoso que compreendeu de Janeiro à Maio e Outubro a Dezembro de 2007 e quatro coletas no período de estiagem que compreenderam 19 coletas. No interior da floresta foram demarcadas três parcelas experimentais, com 625 m² de área, a qual se encontra em estagio inicial de regeneração. Para determinação do escoamento pelo tronco foram instalados dispositivos de espuma de poliuretano em 18 árvores localizadas dentro da parcelas, e para a quantificação da precipitação interna, foram utilizados 25 pluviômetros em cada parcela. A precipitação efetiva foi calculada somando-se a precipitação interna e escoamento pelo tronco. Calculando-se a media da precipitação efetiva das chuvas nesse período, verificou-se que não há relação direta entre a área basal das parcelas e a precipitação efetiva. Para as parcelas 1, 2, 3 foi encontrada uma área basal de 2,2087 m2; 1,3293m2; 3,7721m2 respectivamente, e a precipitação efetiva nas três parcelas foram: 62,5mm; 58,8mm; 61,1mm respectivamente. De acordo com os resultados observados conclui-se que não existe relação direta entre a precipitação efetiva e a área basal das parcelas.  

 

 

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RELAÇÃO ENTRE O DAP E O ESCOAMENTO DE AGUA DE CHUVA PELO TRONCO DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA

VITOR HUGO BREDA BARBOSA (Estagiário voluntário/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV), CAMILA SOARES BRAGA (Estagiário voluntário/UFV), WANDREY DA COSTA CARDOSO (Estagiário voluntário/UFV), CARLOS EDUARDO LIMA GAZZOLA (Estagiário voluntário/UFV)

O objetivo desta pesquisa foi analisar relação entre o diâmetro do tronco e o volume de escoamento de água de chuva interceptada pelo dossel da arvore, de uma área localizada no fragmento florestal remanescente de Mata Atlântica, Reserva Florestal e Ecológica Mata do Paraíso, localizada no Município de Viçosa, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais. No período de um ano foram medidos os escoamentos pelo tronco das árvores, totalizando 15 coletas no período chuvoso que compreendeu de janeiro à maio e outubro a dezembro de 2007 e 4 coletas no período de estiagem que compreenderam 19 coletas, junho a setembro de 2007. No interior da floresta foi demarcada 1 parcela experimental, com 625 m² de área, a qual se encontra em estagio inicial de regeneração. Para determinação do escoamento pelo tronco foram instalados dispositivos de espuma de poliuretano em 18 árvores localizadas dentro da parcela. Calculando-se a média dos escoamentos provenientes das chuvas interceptadas nesse período, verificou-se que não há  uma relação direta entre os diâmetros das árvores e o volume de água coletado do escoamento pelo tronco. Para a espécie Casearia aculeata Jacq., com 7,01 cm, 7,32 cm; 7,73 cm de DAP, foram obtidos 0,0064 mm, 0,0053 mm, 0,0052 mm de escoamento pelo tronco, respectivamente. E para as espécies Terminalia phaeocarpa eichler, Annona coriaceae, Kielmeyera variabilis e Nectandra rígida com diâmetros médio da espécie de 6,37 cm; 11,15 cm; 9,24 cm e 14,87 cm, foram obtidos 0,0177 mm, 0,0036 mm, 0,0097 mm e 0,0156 mm respectivamente. Com esses resultados podemos concluir que não existe relação interespecífica e intra-especificas entre DAP e escoamento de água de chuva pelo tronco das arvores.

 

 

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REVITALIZAÇÃO DA BACIA DE CONTRIBUIÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE TRÊS MARIAS: PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E QUALIDADE DE VIDA

LUIZ AUGUSTO MUNIZ DE PAULA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), CARLOS ANTONIO ALVARES SOARES RIBEIRO (Orientador/UFV)

Por suas características intrínsecas, as zonas de proteção ao longo dos corpos d’água são, talvez, a categoria mais importante de áreas de preservação permanente (APPs). A dificuldade de se proceder à delimitação das APPs pela abordagem tradicional, torna visível a necessidade da criação de métodos automatizados para essa tarefa. O objetivo dessa pesquisa foi a criação de rotinas robustas que automatizassem e aprimorassem os procedimentos para delimitação de APPs ripárias. A proposta originalmente contemplava a seleção de uma sub-bacia da área de drenagem da hidrelétrica de Três Marias, mas a necessidade adicional de se digitalizar as bases de dados fez com que optássemos por trabalhar com outra bacia hidrográfica, cuja base digital encontrava-se já disponível. Foi selecionada a bacia do Rio Crepori (um afluente do Rio Tapajós localizado no oeste do estado do Pará), que drena uma superfície de aproximadamente 13.600km² como área piloto. Neste trabalho foi utilizado o sistema de informação geográfica (SIG) ArcGIS para manipular os dados, e gerar os procedimentos através do ambiente de programação deste SIG chamado ModelBuilder. Através desses recursos de programação, foram criados procedimentos automáticos para determinação de APPs ripárias e estes foram aplicados a uma determinada bacia hidrográfica. Os recentes avanços tecnológicos nas áreas de sistemas de informações geográficas e de imageamento topográfico global de alta-resolução por satélites, como por exemplo, a Shuttle Radar Topography Mission, aliada à tecnologia de geração de modelos digitais de elevação hidrograficamente consistentes, desenvolvida na Universidade Nacional da Austrália e adaptada às nossas condições topográficas por pesquisadores do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, criaram as condições para que rotinas, como as criadas nesse trabalho, pudessem proceder à delimitação automática das áreas de preservação permanente para grandes extensões, eliminando-se a subjetividade, a morosidade e os altos custos inerentes aos procedimentos manuais.

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SELEÇÃO DE ISOLADOS FÚNGICOS DE PODRIDÃO-BRANCA COM POTENCIAL ENZIMÁTICO EM BIOBRANQUEAMENTO DE POLPA

FERNANDO JOSÉ BORGES GOMES (Bolsista IC /projeto/UFV), JORGE LUIZ COLODETTE (Orientador/UFV), ACELINO COUTO ALFENAS (Co-orientador/UFV), AKIHIKO MANABE (Colaborador/UFV), JOSÉ MAURICIO LINO (Colaborador/UFV)

Historicamente, os reagentes à base de cloro têm sido utilizados para o branqueamento de polpa Kraft, porém hoje a preocupação pública com o ambiente tem crescido enormemente, legislações ambientais mais restritivas e demandas crescentes por polpas branqueadas, de alta qualidade e um mínimo impacto ambiental, têm levado à busca de processos alternativos de branqueamento. Uma nova técnica de branqueamento que está mostrando um rápido avanço é o processo utilizando enzimas, tendo mais de vinte plantas operando com estes sistemas de produção em todo o mundo. O objetivo deste trabalho foi de selecionar isolados fúngicos que possam sintetizar enzimas de interesse para a área de biobranqueamento. Para este estudo foram utilizados três isolados assim denominados J2, J5 e PC, sendo os mesmos inoculados em polpa celulósica Kraft de Eucalyptus spp. de número kappa 14 , oriunda de uma empresa do setor Florestal Brasileiro e avaliados a cada 7 dias por 45 dias e após cada período de avaliação procedeu-se as análises de alvura (% ISO), Kappa e viscosidade (cP) das polpas. Os resultados indicaram que o tratamento da polpa com o isolado J5 apresentou melhores ganhos de alvura (28%) e eficiência de deslignificação (57,96%), e o tratamento com o isolado PC apresentou menores ganhos sendo estes 8% e 36% respectivamente. Todos os tratamentos apresentaram considerável perda da viscosidade a cada período de avaliação. O tratamento da polpa com os isolados J2 e J5 apresentou maiores perdas de viscosidade, provavelmente devido a maior eficiência na degradação da lignina, o que provavelmente ocasionou também uma maior degradação da holocelulose. Pode-se concluir que os fungos J2 e J5 têm maior potencial de fornecimento de enzimas que degradem a lignina, comparado ao fungo PC, sendo indicados, para mais estudos a fim de se obter um extrato enzimático, que seja útil no processo de biobranqueamento.

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SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE Euterpe edulis Mart. TRANSPLANTADAS PARA CLAREIRAS E SUB-BOSQUE EM UMA FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA,MG.

TIAGO MACIEL RIBEIRO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), SEBASTIAO VENANCIO MARTINS (Orientador/UFV)

 No Brasil, várias espécies de palmeiras produzem palmito. Entre elas, a espécie que mais se destaca é  Euterpe edulis Mart., pela qualidade e rendimento. Este trabalho teve como objetivos avaliar a sobrevivência e crescimento inicial de plântulas de Euterpe edulis Mart. transplantadas para duas condições de luz: clareira e sub-bosque; e propor um modelo de manejo ecológico da espécie visando acelerar a restauração de florestas secundárias. Foram transplantadas 90 plântulas de E. edulis com altura entre 5 cm e 25 cm.O plantio adotado foi em linha com espaçamento 2x2 m, sendo plantadas três linhas com cinco plântulas cada, em três clareiras e três áreas de sub-bosque. Avaliaram-se mensalmente, durante 7 meses, a sobrevivência e crescimento inicial das plântulas transplantadas. Marcaram-se também no sub-bosque, 6 parcelas de 2x1 m contendo banco agregado de plântulas de E. edulis, para comparar a sobrevivência nessas parcelas com a das mudas transplantadas. A porcentagem de sobrevivência (geral) no período de estudo foi de 74,4%. Em média, a porcentagem de sobrevivência no ambiente de clareira foi de 82,2% e para o sub-bosque de 66,6%. Este fato explica-se pelo excesso de sombreamento do sub-bosque, causada pela baixíssima porcentagem de abertura do dossel (4,78% em média), enquanto que as clareiras selecionadas  apresentaram 15,23% de abertura do dossel, em média, oferecendo sombreamento mais adequado à espécie. Considerando apenas as plântulas sobreviventes, a média de altura foi de 17,8 cm, sendo que na ocasião do resgate a média éra de 16,3 cm, demonstrando um crescimento inicial bastante lento. Confrontando a porcentagem geral de sobrevivência das plântulas transplantadas com aquelas mantidas intactas nas 6  parcelas de banco de plântulas (46,9%), verificou-se diferença significativa entre elas, indicando ser a técnica de transplante de plântulas viável e válida para promover a propagação da espécie com maiores taxas de sobrevivência, sendo uma ferramenta útil em projetos de restauração florestal visando acelerar a sucessão secundária.  

 

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USO DA FUNÇÃO WEIBULL DE TRÊS PARÂMETROS EM UM MODELO DE DISTRIBUIÇÃO DE DIÂMETROS AJUSTADO PARA  UM POVOAMENTO DE EUCALIPTO SUBMETIDO A DESBASTE

DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Coordenador/UFV), MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), RICARDO RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO (Estagiário voluntário/UFV), ALINE EDWIGES MAZON DE ALCÂNTARA (Estagiário voluntário/UFV)

Os modelos de distribuição diamétrica permitem estimar o número de árvores por hectare por classe diamétrica. Isso permite proceder à avaliações econômicas de conversão de árvores em multiprodutos, e também simular desbastes. Objetivou-se neste trabalho propor um modelo de distribuição diamétrica para povoamentos de eucalipto submetidos ao desbaste incluindo o parâmetro de locação da função Weibull. A função weibull, foi ajustada a dados de 48 parcelas permanentes instaladas em um povoamento desbastado de um clone híbrido de eucalipto (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla), localizado na região nordeste do estado da Bahia, Brasil. O ajuste da função foi feito pelo método da máxima verossimilhança e a aderência foi avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnorv. A redistribuição teórica dos diâmetros foi feita a partir de equações lineares e não-lineares entre os parâmetros da função Weibull em uma idade futura e os parâmetros em uma idade atual, associados a algumas características do povoamento em idades atual e futura. O sistema de equações obtido foi avaliado utilizando o coeficiente de determinação ajustado, o coeficiente de correlação e a análise gráfica dos resíduos. Todos os ajustes apresentaram aderência aos dados, α 1% de significância. O sistema proposto resultou em estimativas precisas e consistentes de crescimento e da produção por classe de diâmetro.

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USO DE REDES NEURAIS ARTIFICIAIS PARA PROGNOSE DA PRODUÇÃO DE POVOAMENTOS EQUIÂNEOS

MAYRA LUIZA MARQUES DA SILVA (Bolsista CNPq/UFV), HELIO GARCIA LEITE (Orientador/UFV), DANIEL HENRIQUE BREDA BINOTI (Estagiário voluntário/UFV)

 Redes Neurais Artificiais (RNA’s) são sistemas computacionais com processamento altamente paralelo e distribuído e que apresentam a capacidade de aprender e armazenar conhecimento experimental. Prognose refere-se à predição, projeção ou qualquer outro procedimento que permita prever estoques de crescimento e, ou, de colheita em idades futuras. Considerando que em muitos casos é impossível realizar predição ou projeção de crescimento, devido a ausência ou limitação da base de dados, e que qualquer aplicação em manejo florestal exige a prognose da produção futura, foi idealizado este trabalho que visa desenvolver, treinar e aplicar uma rede neural artificial, para realizar a prognose da produção de povoamentos equiâneos de eucalipto. O trabalho foi realizado nas seguites etapas: complementação e atualização da revisão bibliográfica sobre o uso de redes neurais artificiais em ciência florestal; utilização do sistema de modelagem e prognose SifProg versão 5.0, para modelar o crescimento e a produção dos povoamentos selecionados; e construção, treino, aplicação e avaliação da eficiência de uma rede neural artificial para prognose da produção de povoamentos de eucalipto, no software Statistica 7.0. Os dados utilizados foram obtidos de inventários florestais contínuos conduzidos em povoamentos de eucaliptos no Estado de Minas Gerais, com diversos clones, idades, espaçamentos, municípios, altitudes, rotações, ciclos e regimes de corte. A rede selecionada neste estudo estimou os estoques de madeira com precisão de ±20%. Considerando que as estimações foram feitas em nível de parcela está faixa de erro é admissível no setor florestal. Em termos de projeção da produtividade média aos sete anos, na maioria das vezes, as redes construídas e treinadas resultaram em subestimações em relação aos resultados do SifProg, que é a referência de prognose. Os resultados apontam para a necessidade de construção de outros tipos de redes e de aplicação em maior escala.

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USO DE TALCO NO CONTROLE DO INTUMESCIMENTO FILAMENTOSO NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FÁBRICA DE PAPEL RECICLADO

WILIAM GOMES NUNES (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), HYGOR ARISTIDES VICTOR ROSSONI (Co-orientador/UFV), MATEUS SALOMÉ DO AMARAL (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CLAUDIO MUDADO SILVA (Orientador/UFV)

O processo de lodos ativados é o mais usado para o tratamento biológico de efluentes. Sua eficiência depende da separação do lodo do efluente tratado no decantador. Diversas fábricas de celulose e papel têm enfrentado problemas nas estações de tratamento devido à má sedimentabilidade do lodo biológico, acarretando perda de eficiência. A má sedimentabilidade do lodo biológico geralmente está associada ao crescimento excessivo das bactérias filamentosas, ocasionando o intumescimento do lodo (bulking filamentoso). A adição de agentes que aumentem a densidade dos flocos pode proporcionar melhoria na separação do lodo. O objetivo deste estudo foi testar o uso de talco para o controle de perdas de sólidos no processo de lodo ativado com problemas de bulking. O lodo biológico utilizado foi obtido em uma fábrica de papel reciclado e possuía um alto teor de bactérias filamentosas da espécie TIPO 021N. O experimento consistiu de um sistema em batelada, operado com uma idade de lodo de 10 dias. Foram construídos cinco reatores biológicos e dosadas diferentes concentrações de talco: 0%, 25%, 50%, 75% e 100% em relação aos SSTTA (sólidos suspensos totais no tanque de aeração). As análises realizadas foram o IVL, sólidos e demanda química de oxigênio (DQO). Observou-se que adições sucessivas de talco contribuem para a redução do IVL, sendo que as dosagens de 75% e 100% em relação à concentração de sólidos no reator foram as mais eficientes. A presença do talco não interferiu na atividade biológica. No entanto, um dos problemas observados foi um elevado aumento na concentração de SSTTA, necessitando um maior descarte de lodo para a manutenção das condições operacionais. A adição do talco teve um efeito temporário, sendo necessárias adições repetidas para a manutenção de um IVL baixo.

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  PROPRIEDADES DE BRIQUETES FABRICADOS COM FINOS DE CARVÃO DE Eucalyptus sp. E Schizolobium amazonium (PARICÁ)  

FÁBIO MACHADO CRUZ (Bolsista IC /projeto/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Co-orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Orientador/UFV), FLÁVIA ALVES PEREIRA (Não Bolsista/UFV), MARCIO AREDES MARTINS (Colaborador/UFV)

A fabricação de briquetes é uma forma de aproveitar os finos de carvão do processo de produção, processamento e transporte de carvão vegetal, transformando-os em matéria-prima, que associados ao adesivo adequado, dão origem a um produto de qualidade e com energia concentrada, aumentando a conversão energética do carvão. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade técnica de briquetes produzidos a partir de finos de carvão vegetal, provenientes de Eucalyptus sp e Schizolobium amazonium (Paricá), e adesivos à base de silicato de sódio e amido de milho, para geração de energia. Avaliaram-se as seguintes propriedades: densidade aparente (g/cm³), poder calorífico superior (kcal/kg), materiais voláteis (%), teor de cinzas (%) e carbono fixo (%) dos briquetes produzidos, de acordo com as normas da ABNT. O experimento foi montado no sistema de fatorial tendo como variáveis: finos de carvão vegetal provenientes de S. amazonium, adicionado nas proporções de 0, 5, 10, 15 e 20%, aos finos de carvão de Eucalyptus sp., tipo de adesivo (amido de milho e silicato de sódio) e as granulometrias de 35 e 60 mesh. Para a produção dos finos, primeiramente procedeu-se a carbonização da madeira em mufla de laboratório. Posteriormente, o carvão produzido foi moído e peneirado até obter as granulometrias desejadas. As misturas de finos de carvão e adesivo foram homogeneizadas manualmente e prensadas, aplicando-se 9 toneladas por 1 minuto. De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que os briquetes com adesivo de amido de milho e finos de carvão com granulometria de 35 mesh apresentaram o maior valor médio do poder calorífico, 6922.85 kcal/kg. O maior percentual médio de carbono fixo, de 62,68%, foi obtido pelos briquetes produzidos com adesivo de amido de milho e 5% de finos de carvão de S. amazonium.

 

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  ENRAIZAMENTO DE MICROESTACAS DE CLONES DE Eucalyptus cloeziana F. Muell.

LÍVIA MARA LIMA GOULART (Estagiário voluntário/UFV), ALOISIO XAVIER (Orientador/UFV), LUCAS AMARAL DE MELO (Bolsista CNPq/UFV), SILVANO RODRIGUES BORGES (Bolsista CNPq/UFV)

 Eucalyptus cloeziana é uma espécie de grande importância para vários segmentos da atividade florestal, como na produção energética e para utilização como postes e mourões. Porém, seus plantios clonais são restringidos pela baixa predisposição ao enraizamento na propagação vegetativa desta espécie. Dessa forma, este trabalho objetivou avaliar o desempenho e o efeito da aplicação do AIB (ácido indolbutírico) no enraizamento de microestacas de três clones de Eucalyptus cloeziana na produção clonal de mudas. Foram utilizadas microestacas de três diferentes clones de E. cloeziana (M3, M5 e M14), obtidas a partir de microcepas de mudas micropropagadas estabelecidas em microjardim clonal. As microestacas de cada clone foram submetidas a quatro diferentes tratamentos com solução de AIB (0 mg.L-1, 1500 mg.L-1, 3000 mg.L-1 e 6000 mg.L-1). Aos 30 dias, foram avaliados o percentual de enraizamento das microestacas e, aos 70 dias, a sobrevivência e a altura das mudas obtidas. Os resultados obtidos para os três clones indicaram comportamentos semelhantes, aonde o maior percentual de enraizamento foi obtido com as microestacas sem utilização de AIB, com 91,7 % de enraizamento para o clone M3, 83,3% para o clone M5 e 91,7 % para o clone M14. Quanto à altura das mudas, maiores valores foram observados para as microestacas submetidas ao tratamento com 1.500 mg. L-1 de AIB, com 15,6 cm para o clone M3, 15,8 cm para o clone M5 e 15,8 para o clone M14. O percentual de sobrevivência, para os três clones, foi igual ao percentual de enraizamento. Assim, podemos concluir que devido ao fato das microestacas utilizadas serem provenientes de microcepas obtidas a partir de mudas micropropagadas, os clones apresentaram boa habilidade de enraizamento, decorrente do rejuvenescimento in vitro obtido.

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  ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DA PLANTA PILOTO DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS DAS INDÚSTRIAS MOVELEIRAS DO PÓLO DE UBÁ, MG, EM VIÇOSA, MG, PARA A CONFECÇÃO E VENDA DE BRIQUETES

DANIELLE BIAJOLI VIEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CLEUBER LÚCIO SILVA RODRIGUES (Estagiário voluntário/UFV), Wiliam Gomes Nunes (Colaborador/), Rogério Pinto Farage (Estagiário voluntário/), CLAUDIO MUDADO SILVA (Co-orientador/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Orientador/UFV), ANA AUGUSTA PASSOS REZENDE (Co-orientador/)

Os resíduos gerados no Pólo Moveleiro de Ubá, MG, tem sido caracterizados para subsidiar uma unidade piloto de reciclagem em Viçosa, MG, analisando a possibilidade de se briquetar os resíduos. Buscou-se conhecer as características dos resíduos otimizando as condições de queima do briquete. Realizaram-se análises de poder calorífico, densidade básica e composição química das cinzas, de acordo com as Normas técnicas ASTM (American Society for Testing Materials) D-2015-66 e ABNT-7190 /1997. Os resultados para poder calorífico para os grupos de resíduos variaram de valores de 4258,58 a 4596,91 Kcal/Kg, sugerindo influência dos adesivos usados na constituição dos painéis. A densidade básica variou dentre 424,21 para madeira maciça a 111,10 Kg/m3 MDF cru. Os resultados, de modo geral, apresentaram-se favoráveis à confecção de briquetes. Na briquetagem, as cargas transportadas são limitadas por peso a não por volume, utilizando-se a capacidade integral dos meios de transporte. Foram realizados estudos de viabilidade econômica para implantação da unidade piloto com: uma investigação das distâncias entre a cidade de Ubá, Viçosa e as principais metrópoles do país com potenciais mercados consumidores (Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória), uma pesquisa de preços de briquetes e dos custos do transporte. As distâncias consideradas foram: entre Ubá e Viçosa 58Km, e entre Viçosa e o mercado consumidor o máximo foi 625Km com custo máximo de transporte de R$ 2100,00. A análise do preço de frete foi realizada tomando-se a densidade média do briquete 1300 Kg/m³ e considerando transporte em um caminhão baú de 15m³ contendo 19500 Kg de briquetes a um preço médio de R$ 300,00 a tonelada de briquete, o que totalizaria um “preço de nota” de R$ 5850,00. O balanço realizado inferiu acerca da viabilidade da implantação da planta piloto até mesmo pra a situação mais desfavorável, com lucro mínimo de R$ 3750,00.

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  INFLUENCIA DO NÚMERO DE FOLHAS DE MINIESTACAS DE Eucalyptus spp. SOBRE A SOBREVIVÊNCIA E O ENRAIZAMENTO

VITOR LEANDRO FONTES (Bolsista IC /projeto/UFV), ACELINO COUTO ALFENAS (Orientador/UFV), SÉRGIO RICARDO SILVA (Coordenador/), JOSÉ HENRIQUE BAZANI (Coordenador/), FLÁVIO LUIZ DE SOUZA (Coordenador/)

 

Na produção de mudas clonais de eucalipto por estaquia, durante a coleta é fundamental a padronização dos propágulos vegetativos, sendo o número de folhas um dos fatores que mais influencia o enraizamento. Este trabalho teve como objetivo determinar a influência do número de folhas de miniestacas sobre o enraizamento e a sobrevivência de mudas de Eucalyptus spp. O experimento foi conduzido no viveiro da Veracel Celulose S.A., em Eunápolis – BA, durante 45 dias. Foram utilizados dois clones híbridos “urograndis” e dois tratamentos, sendo T1 miniestacas contendo dois pares de folhas e T2 com um par de folhas. Empregou-se o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, onde cada tratamento foi composto por duas bandejas com capacidade para 176 tubetes, perfazendo um total de 16 bandejas. A sobrevivência das mudas foi avaliada aos 30 dias, após a primeira seleção, sendo avaliado também o tempo gasto para enraizamento das estacas. Para os dois clones, estacas com dois pares de folhas (T1) tiveram um ganho de 20% na sobrevivência e enraizaram mais precocemente que estacas com apenas um par de folhas (T2). Isto ocorre porque as folhas, especialmente as mais jovens, constituem fontes de carboidratos, reguladores de crescimento e outros compostos essenciais para a rizogênese. Concluiu-se que a sobrevivência foi influenciada pela quantidade de folhas por estaca e as miniestacas com dois pares de folhas foram superiores quando comparadas com àquelas com um par de folhas.

(VERACEL CELULOSE S.A. )

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  POTENCIAL ENERGÉTICO DE RESÍDUOS DE MACAÚBA (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd ex. Mart)  

FÁBIO MACHADO CRUZ (Bolsista IC /projeto/UFV), LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE (Orientador/UFV), DIEGO DE PAULA TOLÊDO (Bolsista CNPq/UFV), ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO (Co-orientador/UFV), BENEDITO ROCHA VITAL (Co-orientador/UFV)

A emissão de Gases de Efeito Estufa pode ser minimizada com a substituição de combustíveis fósseis por combustíveis renováveis, como os biocombustíveis que têm reduzidas gerações de materiais particulados, monóxidos de carbono e óxidos de enxofre. Este trabalho teve como objetivo determinar a densidade básica e o poder calorífico de resíduos de epicarpo e endocarpo de Macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd ex. Mart), usada na produção de óleo para produção de biodiesel, para avaliar o seu potencial energético para geração de energia. A densidade básica foi obtida tomando como base a norma NBR 7190:1997. O poder calorífico foi determinado através de uma bomba calorimétrica adiabática, de acordo com a metodologia descrita pela norma da ABNT NBR 8633:1984 e pelas normas complementares NBR 5734 e NBR 6923.A densidade básica obtida no epicarpo foi de 0,456 g.cm-3 e do endocarpo de 1,077 g.cm-3. O poder calorífico do epicarpo foi de 4.942,73 Kcal.Kg-1 e do endocarpo de 5.048,83 Kcal.Kg-1. AUGUSTUS et al (2002), encontraram valores de poder calorífico de 4.980,3 Kcal.Kg-1 em sementes de Pinhão-manso (Jatropha curcas L.), RAGEL et al (2004) obtiveram um poder calorífico de 3.834,91 Kcal.Kg-1 em resíduos de mamona (Ricinus communis). Estes valores mostram que tanto o epicarpo quanto o endocarpo de Macaúba são fontes de geração de energia potencialmente utilizáveis, seja através da queima direta ou incorporação destes resíduos em briquetes para queima em caldeiras ou fornos para geração de calor.

 

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