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N° 85 - ANO XVIII - JULHO/AGOSTO/SETEMBRO DE 2008 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Allan Kardec A revista VEJA de 3 de setembro passado, nas suas páginas amarelas, entrevistou o pesquisador americano James Roberts, coordenador do índice de liberdade econômica da Heritage Foundation. Indagado se a liberdade econômica é capaz de diminuir a desigualdade social de um país, o entrevistado respondeu: “ É uma satisfação perceber que os cientistas sociais mais lúcidos da atualidade se afinam com os ensinamentos dos Espíritos Superiores. No capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no item “Desigualdade das Riquezas”, Allan Kardec ensina: Em primeiro lugar, é preciso definir o que vem a ser igualdade social. Esse conceito pressupõe que todos sejam forçados a viver em casas idênticas, ganhar os mesmos salários, comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmos valores? Essa abordagem totalitária já foi tentada na União Soviética e está em pleno vigor em Cuba. Os resultados foram e são desastrosos, para não dizer trágicos. Como os fundadores dos Estados Unidos sabiam muito bem, é impossível para um governo arcar com a missão de assegurar igualdade para todos os cidadãos. As pessoas não nascem iguais. Elas possuem habilidades e talentos próprios. Cada uma deve decidir sozinha o que quer fazer da vida: se prefere trabalhar duro ou levar uma existência mansa e tranqüila. O principal papel de um governo não é ir contra essa realidade e forçar algo que não existe nem existirá. O bom governante é aquele que oferece oportunidades iguais para todos buscarem a própria felicidade...” “Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.” “O futuro a todos toca sem exceção e sem favor para quem quer que seja. Os retardatários só de si mesmos se podem queixar. Forçoso é que o homem tenha o merecimento de seus atos, como tem deles a responsabilidade.” Portanto, dada a diversidade pessoal, intelectual e moral, a busca da igualdade material plena é utopia no mundo atual. Seus defensores impuseram preço alto aos cidadãos, como foi possível perceber com as experiências dos países totalitários e socialistas, que hoje começam a buscar alternativas que ofereçam às pessoas mais conforto e vida saudável. O egoísmo, porém, ainda é um entrave para maior progresso social, impedindo que as pessoas tenham os recursos para viver dignamente. O desejo de concentrar bens, por ganância ou medo, não permite que a riqueza cumpra a sua finalidade superior de multiplicar benefícios e gerar o progresso, a paz e a felicidade. De um lado temos o hercúleo trabalho de combater essa chaga humana o egoísmo , tarefa que cabe às religiões. De outro como alerta o citado pesquisador , a necessidade de se oferecer às pessoas oportunidades para que desenvolvam as suas potencialidades e possam conquistar espaço social pelo seu próprio esforço e trabalho, se assim o desejarem. Percebamos que isso é exatamente da Lei de Deus, que estabelece seja dado “a cada um segundo as suas obras”. A meritocracia é sistema do governo divino, pelo qual os espíritos são valorizados e recompensados pelo seu trabalho e dedicação no Bem. A igualdade perante Deus decorre das mesmas oportunidades oferecidas a todos para que possam evoluir, as quais se renovam dia a dia e ao longo das reencarnações. Comentando a questão 199-a de O Livro dos Espíritos, afirma Allan Kardec: Dessa forma, se aqui na Terra muitas vezes queremos vantagens gratuitas, de Deus somente receberemos benefícios conforme os nossos méritos, de nada valendo para Ele súplicas egoístas e promessas vãs. DP “O estudo da Doutrina Espírita só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado ” .

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N° 85 - ANO XVIII - JULHO/AGOSTO/SETEMBRO DE 2008 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Allan Kardec

A revista VEJA de 3 de setembro passado, nas suaspáginas amarelas, entrevistou o pesquisador americano JamesRoberts, coordenador do índice de liberdade econômica daHeritage Foundation.

Indagado se a liberdade econômica é capaz dediminuir a desigualdade social de um país, o entrevistadorespondeu: “

É uma satisfação perceber que os cientistas sociaismais lúcidos da atualidade se afinam com os ensinamentosdos Espíritos Superiores.

No capítulo XVI de “O Evangelho Segundo oEspiritismo”, no item “Desigualdade das Riquezas”, AllanKardec ensina:

Em primeiro lugar, é preciso definir o que vem aser igualdade social. Esse conceito pressupõe que todossejam forçados a viver em casas idênticas, ganhar os mesmossalários, comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmosvalores? Essa abordagem totalitária já foi tentada na UniãoSoviética e está em pleno vigor em Cuba. Os resultados forame são desastrosos, para não dizertrágicos. Como os fundadores dosEstados Unidos sabiam muito bem, éimpossível para um governo arcarcom a missão de assegurar igualdadepara todos os cidadãos. As pessoasnão nascem iguais. Elas possuemhabilidades e talentos próprios. Cadauma deve decidir sozinha o que querfazer da vida: se prefere trabalharduro ou levar uma existência mansa etranqüila. O principal papel de umgoverno não é ir contra essa realidadee forçar algo que não existe nemexistirá. O bom governante é aqueleque oferece oportunidades iguaispara todos buscarem a própriafelicidade...”

“Por que não são igualmente ricos todos oshomens? Não o são por uma razão muito simples: por nãoserem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos paraadquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. É, aliás,ponto matematicamente demonstrado que a riqueza,repartida com igualdade, a cada um daria uma parcelamínima e insuficiente; que, supondo efetuada essarepartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, peladiversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-apossível e durável, tendo cada um somente com que viver, oresultado seria o aniquilamento de todos os grandestrabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estarda Humanidade; que, admitido desse ela a cada um onecessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens

às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. SeDeus a concentra em certos pontos, é para que daí se expandaem quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.”

“O futuro a todos toca semexceção e sem favor para quem quer que seja. Osretardatários só de si mesmos se podem queixar. Forçoso éque o homem tenha o merecimento de seus atos, como temdeles a responsabilidade.”

Portanto, dada a diversidade pessoal, intelectual emoral, a busca da igualdade material plena é utopia no mundoatual. Seus defensores impuseram preço alto aos cidadãos,como foi possível perceber com as experiências dos paísestotalitários e socialistas, que hoje começam a buscaralternativas que ofereçam às pessoas mais conforto e vidasaudável.

O egoísmo, porém, ainda é um entrave para maiorprogresso social, impedindo que as pessoas tenham os

recursos para viver dignamente. Odesejo de concentrar bens, porganância ou medo, não permite que ariqueza cumpra a sua finalidadesuperior de multiplicar benefícios egerar o progresso, a paz e a felicidade.

De um lado temos o hercúleotrabalho de combater essa chagahumana o egoísmo , tarefa quecabe às religiões. De outro comoalerta o citado pesquisador , anecessidade de se oferecer às pessoasoportunidades para que desenvolvamas suas potencialidades e possamconquistar espaço social pelo seupróprio esforço e trabalho, se assim odesejarem.

Percebamos que isso é exatamenteda Lei de Deus, que estabelece seja dado “a cada um segundoas suas obras”.

A meritocracia é sistema do governo divino, peloqual os espíritos são valorizados e recompensados pelo seutrabalho e dedicação no Bem. A igualdade perante Deusdecorre das mesmas oportunidades oferecidas a todos paraque possam evoluir, as quais se renovam dia a dia e ao longodas reencarnações.

Comentando a questão 199-a de O Livro dosEspíritos, afirma Allan Kardec:

Dessa forma, se aqui na Terra muitas vezes queremosvantagens gratuitas, de Deus somente receberemosbenefícios conforme os nossos méritos, de nada valendo paraEle súplicas egoístas e promessas vãs.

– –

DP

“O estudo da Doutrina Espírita só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes,livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado ”.

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Edição 85 - página 2

-EXPEDIENTE-

Órgão de Divulgação daDoutrina Espírita

Donizete Pinheiro

Rua Mecenas Pinto Bueno, 905Marília/SP - CEP 17.516-030

(14) [email protected]

Coordenador:

Correspondência:

Telefone:E-mail:

Edson Tomazelli

Eis uma questão para qualdevemos dirigir nossa meditação, casoqueiramos entender o que se passaconosco nos desafios da vida. De início,cumpre-nos compreender o realsignificado da dor e por que ela éinerente a todos. Ela não é senão uminstrumento que Deus, na sua infinitasabedoria, usa para despertar a nossaconsciência, para alcançarmos maisrapidamente a felicidade espiritual, aque mais vale! Somos seus filhos e Ele,no seu imenso amor, nos permite osofrimento como alerta para a correçãonecessária, tal como os pais quecorrigem o filho para educá-lo emelhorá-lo.

É por isso que aqui, semqualquer distinção, todos sofrem. E aonos colocar num mundo onde doresfreqüentes e prolongadas estão ao ladode poucas alegrias, Deus nos fazperceber que aqui é apenas um lugar depassagem e não o local de chegada. Daía necessidade de compreender que Eletem para cada um de nós seu plano, suaobra, seu objetivo, sempre visando obem, que será alcançado por caminhosora estreitos, ora largos, mas sempreapropriados às nossas necessidades.

P o r t a n t o , q u a n d o b e mcompreendidas e trabalhadas, as doresrepercutem em nosso favor. Cientes deque têm por finalidade o nossoaprendizado, deixamos de nosconsiderar eternas vítimas e passamos abuscar a reeducação. As dores, quandobem aceitas, auxiliam-nos a des-vencilhar desse individualismoegocêntrico do cada um por si, queparalisa os movimentos e cerceia odesenvolvimento em busca de vôosmais altos. Então, a dor ainda énecessária para romper esse círculo epermitir que todas as nossas virtudesocultas se expandam à luz.

O s o f r i m e n t o p o s s u i adimensão que cada qual lhe atribui.Assim, as dores que a uns estimula à lutade superação, a outros faz sucumbir.Contudo, faz-se necessário compre-ender a diferença entre a dor e osofrimento. Se aquela é inevitável, pelo

grau de desenvolvimento dos homens,este, muitas vezes, é optativo, pelavaloração excessiva que lhe damos.

Por outro lado, precisamosesquecer essa falsa idéia de quereencarnamos para “sofrer” ou de queviemos para este mundo apenas para“pagar dívidas” e “resgatar crimes”,passando um destaque pessimista eaterrorizante da filosofia espírita. Ora,não é a intensidade da dor que educa, esim o aprendizado que conseguimosdela retirar com o nosso esforço.Quantos, ainda na passividade ante osdesafios da vida, fazem da dor umverdadeiro “troféu”, que exibem aomundo, chegando mesmo a se sentiremheróis ao falarem da “quantidade” e“tamanho” de seus sofrimentos!

Essa postura de resignaçãopassiva, como ensina

, é atavismo religioso,proveniente da formação dos últimosmilênios, na qual se estipulou oconceito do “eu pecador”, com adesvalorização do homem peranteDeus e o mundo, inserindo a culpa e aausência de méritos como os valores aserem cultuados, refletindo no estadopsicológico através do perfeccionismo,da autopunição, das cobrançasexacerbadas e da não aceitação de simesmo.

São os tais “carmas imagi-nários” que ampliam, sobremaneira, osofrimento do homem, por total

ErmanceDufaux (1)

ausência de sensatez e de amor a sipróprio. Imaginários, porque nemsempre correspondem aos valores quecultivamos, imaginando, talvez, quetodos os problemas pelos quaispassamos têm origem em deslizescometidos em outras existências.

Ora, pelo menos dois terços dossofrimentos humanos provêm dasimprudências e de escolhas mal feitasnesta vida, não sendo correto atribuir aoutras existências esse mau uso donosso livre-arbítrio. Resignação sim,mas ativa e otimista, e ter sempre emmente que o sofrimento é o “

”, lustrando-nos para poder brilhara verdadeira luz que ilumina nosso ser.

Portanto, vamos deixar de ladoessa valorização e o cultivo incessantedo sofrimento, pois só retarda aindamais o nosso processo de reparação e decrescimento espiritual.

cadinhopurificador que retira as manchas daalma

(1) Mereça ser Feliz, Wanderlei S. de Oliveira, peloespírito Ermance Dufaux, Ed.Inede, pgs.60/61.

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edição 85 - página 3

AORAÇÃO COLETIVA

O MÉDICO ESPIRITUAL

26- Estamos nas esferas espirituais vizinhas da Terra, e o Solque nos ilumina, neste momento, é o mesmo que nosvivificava o corpo físico. Aqui, entretanto, nossa percepçãovisual é muito mais rica. A estrela que o Senhor acendeu paraos nossos trabalhos terrestres é mais preciosa e bela do que asupomos quando no círculo carnal. Nosso Sol é a divinamatriz da vida, e a claridade que irradia provém do Autor daCriação.

27- O organismo espiritual apresenta em si mesmo a históriacompleta das ações praticadas no mundo.

28- Seu modo especial de conviver, muita vez exasperado esombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que oouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial deforças negativas para nós mesmos? A ausência deautodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes,aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-nofreqüentemente à esfera dos seres doentes e inferiores.

29- Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscarasao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, nãopoderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas deepisódios simples, que costumava considerar como fatos semmaior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos,segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimentoinsignificante, estranho aos códigos, entraria na relação defenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outrosistema de verificação das faltas cometidas. Não medefrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiamabismos infernais; contudo, benfeitores sorridentescomentavam-me as fraquezas como quem cuida de umacriança desorientada, longe das vistas paternas.

30- Aproveita os tesouros do arrependimento, guarda abênção do remorso, embora tardio, sem esquecer que a afliçãonão resolve problemas. Confia no Senhor e em nossadedicação fraternal. Sossega a alma perturbada, porquemuitos de nós outros já perambulamos igualmente nos teuscaminhos.

O livro NOSSO LAR foi publicado pela primeira vezem 1944 e se tornou um best-seller, com mais de ummilhão e meio de exemplares vendidos. É o primeirolivro da série deANDRÉ LUIZ, que traz informaçõesimportantíssimas sobre a vida no mundo espiritual.

O 3º ENCONTRO DE PRESIDENTES DE CASASESPÍRITAS, promovido pela USE Marília no dia 20 deagosto, 20 horas, na sede da União Espírita João de Camargo,superou o anterior, com o comparecimento de 17 casas, sendo10 por seus presidentes e as demais por representantes.

Ao todo, estiveram presentes 35 pessoas, incluindo-sediretores da USE e alguns convidados para assuntosespecíficos.

Dentre outros, foram tratados os seguintes assuntos:1) Retomada da proposta de trabalho em relação ao

atendimento fraterno nas casas espíritas.2) Distribuição às casas espíritas das conclusões do 2º

FÓRUM SOBRE MEDIUNIDADE.3) Projeto CASA FRATERNA. Proposta de encontros

de estudo e debate entre duas casas espíritas, sobre assuntosde interesse comum, com a mediação da USE Marília.

4) Feira do Livro Espírita Chico Xavier, a ser realizadaem outubro, no Shopping Esmeralda.

No encerramento, houve confraternizaçãoproporcionada pela diretoria da casa.

3º ENCONTRO DE PRESIDENTES

DE CASAS ESPÍRITAS

DE MARÍLIA

VOCÊ SABIA

* Que Allan Kardec publicou a Revista Espírita(Jornal de Estudos Psicológicos) durante dozeanos – de 1958 a 1969 –, assim iniciando adivulgação do Espiritismo pela imprensa há 150anos?

* Que Allan Kardec foi o nome do Codificador quando viveu nasGálias, região à qual pertencia a França na antiguidade, tendo sidoum druida, espécie de filósofo, mestre e juiz com funções religiosas?

* Que Allan Kardec é a reencarnação de João Huss, famosoreformador que viveu na Boémia e morreu queimado vivo em 1415,a mando da Igreja, porque defendia que qualquer pessoa podiacomunicar-se com Deus sem mediação humana?

* Que Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, vítima deum aneurisma, e que seus despojos estão no cemitério PèreLachaise, em Paris, encimados por um dólmen com a inscrição:“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a lei”?

“Não aspires retificar apressadamente os outros,quando os consideres errados, segundo os teuspontos de vista, porque também nós, quando emerro, nem sempre admitimos corrigendasimediatas.” (Emmanuel)

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edição 85 - página 4

entrevistaA nossa entrevistada desta edição é uma

trabalhadora espírita anônima. Não foi fácil convencê-la, porque preferia ela continuar assim no anonimato.Mas insistimos, pois entendemos que seu trabalho podeser um exemplo para outros. Trata-se de

, conhecida por “Cidinha”, 69 anos, solteira,natural de Marília, que, dentre outras atividades,mantém um bazar beneficente por conta própria,distribuindo a renda para entidades assistenciais epessoas necessitadas.

APARECIDAGENES

QUAL SUAPROFISSÃO?

DESDE QUANDO É ESPÍRITA?

QUAIS SUASATIVIDADES NOS CENTROS ESPÍRITAS?

COMO SURGIUAIDÉIADO BAZAR BENEFICENTE?

Sou assistente social formada, mas sempre trabalhei no comércio,atividade que me era gratificante e na qual me sentia realizada.Trabalhei numa loja bem conceituada, com mercadorias de primeiraqualidade e tinha a satisfação de atender aos amigos e freguesescom honestidade e segurança. Aposentei-me em 1993 e lácontinuei trabalhando até 1994.

Era de outra religião, mas havia algo dentro de mim que me levava abuscar um horizonte maior, sem, contudo, encontrar as respostasque queria. Conheci a Doutrina Espírita por volta de 1975, quandorecebi um livro espírita de meu patrão, que era espírita. Comecei afolheá-lo e senti algo tão bom me envolvendo, sendo despertadapelo patrão, que me disse: “Você gostou? Se gostou, continue, émuito bom”.

Iniciei em 1994 no Centro Espírita Luz, Fé e Caridade,confeccionando roupinhas para bebês, o que fiz por três anos.Nessa época conheci dona Vina e fui convidada a participar de umgrupo de pessoas que estudavam o Evangelho, do qual surgiu oCentro Espírita Fonte de Luz, e fui uma das fundadoras. Para ajudarna construção da sede, começamos a realizar feiras de sobremesa,fazer pizzas, quermesses e bazares. Simultaneamente, procureiestudar, fazendo cursos no Centro Espírita Luz e Verdade e no Luz,Fé e Caridade, assim começando a me sentir espírita. Atualmente,participo do Centro Espírita Chico Xavier e do Centro Espírita Fontede Luz, atuando também como médium de psicofonia e psicografiae expondo sobre o Evangelho.

O Bazar começou mesmo no início de 1996, em prédios localizadosna Rua XV de Novembro, cedidos pela amiga Maria Giometti,quando desocupados. Também era montado em outros salõesemprestados por uma conhecida de bom coração, e chegavam adurar até 11 meses. Nessa época, o bazar era em nome do CentroEspírita Fonte de Luz e o mantive até final de 2003, ano em que oprédio da sede do centro ficou pronto. No entanto, as doaçõescontinuavam a chegar em minha casa, embora eu nunca tenhasolicitado. Já não tinha lugar para guardar todas as coisas e nãoencontrava mais salão para emprestar. Certo dia, uma pessoa mefalou de um salão na Avenida Vicente Ferreira, mas sem maiorinteresse. Contudo, a indicação da avenida me despertou aintuição, porquanto ali há anos possuía um terreno. Resolvi aliconstruir um prédio e, em outubro de 2005, iniciei o BazarBeneficente, localizado no número 785 daquela avenida (próximoda Santa Casa), funcionando de segunda à sexta-feira, das 14 às 18horas. Todas as despesas com água, energia e impostos são pagaspor mim.

COMO É A ARRECADAÇÃO E PREPARAÇÃO DASMERCADORIAS?

QUAL ÉACLIENTELA?

PARAQUEM VOCÊ DESTINAARENDA?

COMO VOCÊ SE SENTE REALIZANDO ESSE TRABALHO?

Como eu disse, eu nada peço ou arrecado. As pessoas meprocuram e espontaneamente fazem as doações, às vezes até depeças novas. As roupas são por mim lavadas, costuradas epassadas, para só depois serem expostas e vendidas. Também sãovendidas outras mercadorias, como bolsas e calçados. Asmercadorias não vendidas são doadas em sítios ou em outrascidades, por intermédio de amigos.

Aclientela é boa e normalmente são pessoas que se consultam comos vários médicos existentes no bairro, inclusive vindo de outrascidades. Muitas se tornam freguesas e amigas. Uma chegou a dizerque ali é o “cantinho da amizade”.

A renda não tem uma destinação específica, mas já foi entregue aoCentro Espírita Chico Xavier, ao CARI, à Comunidade EurípedesBarsanulfo e ao Centro Espírita Fonte de Luz. Também serviu para acompra de fraldas geriátricas, de roupinhas para bebês, alimentos ebrinquedos para o Natal. Essa renda é contabilizada edocumentada, para demonstrar que os valores são destinadosefetivamente à assistência.

Sinto uma satisfação muito grande, porque sempre procurei colocaramor e dedicação no trabalho, embora me exija renúncia,determinação e boa vontade. Mas quando isso ocorre o trabalhoflui, prospera e gratifica. Agradeço ao Criador pelo dom da vida epelas oportunidades concedidas, pelas lições novas e pelas lutas,que nos permite passarpela Terra e colocar emprática os ensinamen-tos do Mestre Jesus.Um amigo espiritualdisse que “o Evangelhoé a luz que desamarraos laços que unem oshomens às trevas e queprecisamos continuar atrabalhar incessan-temente por essa luzque se irradia em nossaplaneta”. Então, temosessa grande opor-tunidade de servir, cadaqual com a sua missão,a caminho da luz e doamor.

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edição 85 - página 5

NÚCLEO ESPÍRITA AMANTES DAPOBREZA HOMENAGEIA

PIONEIROS DA INSTITUIÇÃOProsseguindo nas comemorações de seus 70 anos de

fundação, o Núcleo Espírita Amantes da Pobreza fez home-nagem àqueles que construíram a história da casa.

A Noite Festiva ocorreu na quarta-feira 13 de agosto,20 horas, e foi de rara alegria e emoção para os presentes, cercade 80 pessoas.

Após a palavra emocionada do pioneiro HÉLIOTAVARES COSTA, atualmente residindo em São Paulo, ondefundou dois centros espíritas, os antigos trabalhadores ou seusfamiliares receberam um vídeo comemorativo e um chaveiroalusivo ao ano.

Ao final, houve uma confraternização entre ospresentes.

* Dia 04 de outubro, sábado, 20 horas, a ComunidadeEurípedes Barsanulfo, de Marília, promoverá PALESTRAMUSICADA, com o cantor WANYR CACCIA, que participado movimento espírita da Capital, tem CDs com músicas desua autoria com temática espírita e vem fazendo palestrasdessa natureza em várias cidades do país.

*A 2a Prévia da Comenoesp de 2009 será realizada na cidadede Assis, nos dias o . A Comenoesp-Confraternização de Mocidades Espíritas do Noroeste doEstado de São Paulo tem como tema “O Mundo Novo: AMinha Regeneração”, e na segunda prévia serão iniciadosestudos sobre o tema: “AConsciência”

* De 8 a 13 de setembro, o Centro Espírita Luz e Verdaderealizou ciclo de palestra em comemoração aos seus 72 anosde fundação. Falaram José Benevides Cavalcante (Garça-SP)sobre o tema: Mágoas e Culpas; José Maria Souto Netto(Marília-SP), sobre o tema: Aprendendo a Amar-se;Leondeniz de Oliveira Borges (Franca-SP), sobre o tema:Vencendo as Batalhas Mentais; Alexandre Perez (Marília-SP), sobre o tema: Fixações Mentais;Antonio Braojos Dantas(Marília-SP), com o tema: Violência e Espiritismo; eDonizete Aparecido Pinheiro da Silveira (Marília-SP), com otema: Terapia da Paz.

12 e 13 de utubro

O QUE VOCÊ ACHA DA ATITUDE DO PASSISTA QUEPRECISA TOCAR NO PACIENTE DURANTE ATRANSMISSÃO DAS ENERGIAS?

DIVALDO P. FRANCO - Parece-me uma atitude descortês edesnecessária. Tal atitude faculta ocorrências que nãocondizem com a ética da aplicação do passe. Principalmentequando se trata de aplicá-los em indivíduos do sexo oposto.Devemos ter muito respeito pela pessoa humana e pelo seucorpo. Não se aplica passe na massa, mas sim nos chacras,nos plexos, no perispirito, que captam a energia e a canalizampara os departamentos correspondentes, necessitados.

(Do livro Palavras de Luz)

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edição 85 - página 6

Todos os dias, a mídia nos coloca a par do queacontece no meio científico, sobre novas descobertas einvenções, que nos proporcionam mais recursos e facilidades.No passado não muito distante, principalmente antes datelevisão, o saber ficava restrito a poucos e o povo ignoravapor completo o mundo da ciência, jamais participando de suasconquistas.

Hoje, a maioria das notícias vem da Biologia,principalmente da área médica: pesquisas sobre causas dasenfermidades e busca de meios para evitá-las ou curá-las.

Com o grande progresso da Genética ciência queestuda a transmissão de caracteres hereditários de uma paraoutra geração uma tendência vem se impondo: osgeneticistas querem reduzir a problemática humana aosmecanismos genéticos, como se todas as doenças fossemhereditárias; e não apenas as doenças, mas até mesmo ocomportamento humano.

Se aceitarmos tal entendimento como definitivo,teremos de concluir, necessariamente, que cada um de nós nãopassa de uma máquina construída pela natureza, e que,portanto, a vontade humana depende somente do corpo e nãodo espírito. Se o fato de uma pessoa ser honesta, por exemplo,se deve ao seu D.N.A., que mérito ela tem? Foi a natureza quea fez assim... Se alguém é desonesto, violento ou criminosonesse caso, não deveríamos lhe imputar culpa alguma, umavez que foi sua carga genética que determinou esse tipo decomportamento.

Assim, podemos perceber como a doutrinamaterialista pode, se assim quiser, justificar todo o mal queexiste no mundo e colocar a ética de cabeça para baixo.

Não estamos negando o valor da Genética e muitomenos desprezando o papel dos genes na determinação doscaracteres humanos. Estamos apenas considerando que nãopodemos reduzir tudo, única e exclusivamente, ao fatorgenético, como se nele estivesse definitivamente a causa dosproblemas humanos.

Sobre isso, existe uma velha contenda entre os quedefendem a preponderância da hereditariedade e os quepropugnam pela dominância do meio. Meio, aqui, refere-setanto ao ambiente físico, quanto à influência da família e dasociedade.

Recentemente, um pesquisador norte-americano que,inclusive, tem atuado em experiências de clonagem, escreveuum livro que começa demonstrando que a influência do meioem nossa formação é maior do que a da genética. Trata-se deBruce H. Lipton, biólogo celular e professor de medicina.

Nessa obra, “Biologia da Crença”, Lipton mostraque, de uns 20 anos para cá, o conhecimento sobre a célulasofreu profundas mudanças. A principal delas é de que onúcleo celular justamente onde se concentram os genes e,portanto, as moléculas de D.N.A. não é o condutor da célula,como se pensava. Quem administra a célula, na verdade, é suamembrana. Ele compara a membrana celular ao teclado docomputador e o núcleo à CPU. CPU é a peça onde seprocessam os dados; teclado é a peça em que o digitadorcomanda esse processamento.

O que tem isso a ver com a influência do ambiente? Ésimples: o que realmente comanda a célula é o que está foradela. O que está dentro é o patrimônio genético que oindividuo herdou de seus ancestrais, à disposição de forças

José Benevides Cavalcante

externas. A influência externa vai trabalhar o que está dentro,dando-lhe uma direção como, por exemplo, a educação. Ospais é que dirigem a educação dos filhos: eles participam doprocesso de digitação. Certamente, encontrarão maior oumenor resistência nessa educação, segundo o potencial decada filho, mas são eles que estarão no seu comando. Liptonvaloriza, assim, o poder da educação.

Mas ele vai mais longe ao considerar que, naessência, o ser humano não é nem mesmo o corpo, mas, sim, oEspírito. Descobre (ou redescobre) que há um mundoenergético que exerce grande influência sobre nós e que é oEspírito, no processo de reencarnar, o primeiro a selecionar osgenes e a direcioná-lo de acordo com suas próprias tendênciase aptidões.Atese que Lipton apresenta nessa obra, lançada noano passado nos Estados Unidos, vem corroborar a versãoque André Luiz apresentou, por exemplo, em “Missionáriosda Luz”, pelo médium Chico Xavier, no ano de 1946, quandotratou especificamente da reencarnação do personagemSegismundo.

Vale a pena conferir.

1) “ABiologia da Crença”, Bruce H. Lipton, Editora Butterfly.2) “Missionários da Luz”, F.C. Xavier/André Luiz, FEB.

O 2º FÓRUM SOBRE MEDIUNIDADE, promovidopela USE Marília, foi realizado no domingo, 27 de julho, naFundação Eurípides, com a participação de 79 pessoas.

O tema central foi Reuniões Mediúnicas. Osparticipantes foram divididos em 7 grupos e analisaram 7 sub-itens: ; ;

; ; ; ;e . As conclusões foram apresentadas naassembléia final, seguindo-se comentários da comissãoorganizadora. O relatório do evento foi encaminhado às casasespíritas.

O resultado foi positivo, servindo aos presentes parauma reflexão mais aprofundada sobre como as casas espíritasestão trabalhando com a mediunidade.

instrumentação física componentes e qualificaçãofuncionamento manifestações doutrinação intercorrências

encerramento

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edição 85 - página 7

EmmanuelEmmanuel

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Os discípulos sinceros do Evangelho, à maneira dePaulo de Tarso, encontram grande conflito na própria nature-za.

Quase sempre são defrontados por enormesdificuldades nos testemunhos. No instante justo, quando lhescabe revelar a presença do Divino Companheiro no coração,eis que uma palavra, uma atitude ligeira os traem, diante daprópria consciência, indicando-lhes a continuidade dasantigas fraquezas.

Amaioria experimenta sensações de vergonha e dor.Alguns atribuem as quedas à influenciação de

espíritos maléficos e, geralmente, procuram o inimigo no planoexterior, quando deveriam sanar em si mesmos a causaindesejável de sintonia com o mal.

É indubitável que ainda nos achamos em regiãomuito distante daquela em que possamos viver isentos devibrações adversas, todavia, é necessário verificar a observa-ção de Paulo, em nós próprios.

Enquanto o homem se mantém no gelo da indiferen-ça ou na inquietação da teimosia, não é chamado à análisepura; entretanto, tão logo desperta para a renovação, conver-te-se o campo íntimo em zona de batalha.

Contra a aspiração bruxuleante do bem, no dia quepassa, levanta-se a pesada bagagem de sombras acumula-das em nossas almas desde os séculos transcorridos.Indispensável, portanto, grande serenidade e resistência denossa parte, a fim de que o progresso alcançado não se perca.

O Senhor concede-nos a claridade de Hoje paraesquecermos as trevas de Ontem, preparando-nos para oAmanhã, no rumo da luz imperecível.

“Acho então esta lei em mim: quando quero fazer obem, o mal está comigo.” - Paulo (Romanos, 7:21)

do livro “PÃO NOSSO”psicografia de Francisco Cândido Xavier

Estávamos todos atentos, no Auditório da Paz doCentro deAprimoramento Espiritual.

Após as palavras iniciais do dirigente da reunião e aprece de preparação espiritual dos presentes, foi dada apalavra ao expositorAntonyl.

Nesta noite, analisaremos temas sobre as paixões eas emoções.

Iniciaremos nossas considerações sobre a questão nº907 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Indagou ele:

Fala, assim, de um ânimo intenso, acompanhado deestado emocional que pode levar-nos a realizações de coisasboas ou más.

Dessa maneira, Allan Kardec, na questão seguinte,sobre o mesmo assunto, esclarece:

( O Livro dosEspíritos, Ed. FEB)

Por mais de uma hora, o orador discorreu não só sobreas paixões, como, também, sobre as emoções que produzimose que agem e reagem em nós.

À medida que ouvia, eu tentava fazer algumasanotações para posterior meditação.

Sim. É muito importante que procuremos entender oque essas emoções querem nos dizer, sob os aspectos positivoou negativo.

Vamos pensar: o que a inveja quer me dizer?Se ela me mostra minhas necessidades e deficiências

ante o outro, ela é boa no sentido de informar que precisomelhorar-me, dentro do possível, naquele aspecto. Então setransforma em admiração.

Se ela se manifesta no sentido de que eu devo“destruir” o outro, ela é profundamente negativa, revelandomanifestação mais primária do egoísmo. Se concretizada,poderei lesar o próximo, porém, poderei sofrer os efeitospunitivos da lei humana e educativos da lei Divina.

Outra anotação:

Se você sente saudade de um amigo e o encontra, qualé a sua emoção? De alegria e de satisfação, porque a suanecessidade de revê-lo foi satisfeita.

Reiterou a necessidade de analisarmos as emoções,especialmente as negativas, que revelam nossosdesequilíbrios em atitudes e comportamentos.

Coube, também, este alerta:

“Será substancialmente mau o princípio originário daspaixões, embora esteja na natureza?

“Não: a paixão está no excesso de que se acresceu avontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto nohomem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo àrealização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é quecausa o mal.”

“As paixões são alavancasque decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execuçãodos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir,deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e aprópria força que manejada pelas suas mãos poderiaproduzir o bem, contra ele se volta e o esmaga.”

“Muitas pessoas sentem inveja, ódio, medo epreferem reprimir tais emoções ao invés de encontrarsoluções através delas.”

“É importante explorar suas emoções para descobrirsuas reais necessidades.”

“Fingir que não sente raiva, tristeza e inveja éreprimir essas emoções; e isso não é psicológica e

espiritualmente bom.”

“A maior parte de nossas falhas é mais perdoável doque os meios que usamos para disfarçá-las (Rochefoucaul).”

Sem dúvida, temos que aprimorar nossas emoções.Elas precisam se constituir e em estados emocionais que nostragam o bem-estar, a euforia, expressos na indignação, naadmiração, na alegria, na coragem, no amor.

Quase finalizando a palestra, fiz este registro:

Inquestionavelmente, para nos aprimorarmosprecisamos entender a “linguagem” das nossas emoções, aforça das nossas paixões e agirmos de forma justa e amorosacom relação ao nosso próximo e a nós mesmos.

A palestra estava encerrada, as emoções boas forammuitas, as reflexões também, mas ainda restava em minhamão o papel com as anotações, agora compartilhadas comvocê.

Façamos bom proveito!

Aylton Guido Coimbra Paiva

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edição 85 - página 8

Histórias deTiamara

DEVOLUÇÃO PELO CORREIO PARA

Rua Mecenas Pinto Bueno, 905 - Marília/SP- CEP 17.516-030

Dona Coruja acordou cedinho e correu para a caixa decorreio, para ver se tinha correspondência de sua primaAlaíde, poisaguardava a confirmação de sua visita.

E lá realmente estava a cartinha, que ela abriuimediatamente. A prima, no entanto, pedia desculpas e dizia dagrande dificuldade de encontrar tempo para visitá-la.

Dona Coruja chorou,decepcionada. Afinal, haviapassado a semana toda nospreparativos para receber aconvidada. Olhava para as geléiasque havia feito, para as colchasnovas que havia comprado paraajeitar com elegância o quarto dehóspedes, e chorava. Choroutanto e se deixou abater por umatristeza muito grande.

A semana iniciava e Dona Coruja não queria sair da cama,nem mesmo para molhar suas plantinhas. Às vezes, abria umafresta na janelinha, mas logo fechava, voltando para suamelancolia.

Dona Arara, sua vizinha, ficou preocupada e resolveuprocurar Dona Coruja, que a atendeu pela janela.

O que deseja,Arara?Estou preocupada com a senhora. Não a tenho visto

molhar sua horta, seu jardim...Não tenho andado muito bem.Deixe-me entrar?Não,Arara, prefiro ficar sozinha!Como deseja, então, vizinha.

Assim, Dona Arara voltou para sua casa e Dona Coruja

voltou para sua tristeza.Uma semana se passou, até que o carteiro Sabiá bateu à

sua porta. Dona Coruja abriu a janelinha e perguntou-lhe o que

queria.Dona Coruja, trago-lhe um telegrama urgente! Não

consegui colocar na caixa de correspondência, pois ela está muito

cheia.Dona Coruja estranhou e disse:

Não me diga que eu tenho correspondência?!Claro que sim! Pegue esta, por favor!

Dona Coruja abriu a porta e olhou para o seu jardim

abandonado, para sua horta cheia de mato. Voou para a caixinha de

correspondência e ao abri-la encontrou muitas cartas: da dona

Borboleta, do seu Besouro e da Libélula.Começou a ler as mensagens, que diziam:“Amiguinha querida, como gosto de pousar em seu jardim

florido!”Assinado: BorboletaAzul.“Adoro quando você deixa aquela poça d'água para que eu

possa me refrescar!”Assinado: Libélula.“Me divirto muito brincando de pique-esconde com os meus

filhotes no seu roseiral!”Assinado: Besouro.Dona Coruja não continha as lágrimas e, finalmente, abriu o

telegrama da prima, que dizia assim:“Querida prima”! Espere-me neste final de semana; estarei

aí no sábado pela manhã.Assinado:Alaíde. “ps: TEAMO!”Dona Coruja, emocionada, olhou para o céu e agradeceu a

Deus pelas bênçãos que havia recebido, e logo tratou de ajeitar

tudo.No dia seguinte, tudo era alegria. Dona Coruja abriu a janela

e a porta de sua casa, e gritou para que todos pudessem ouvi-la.Obrigada, amigos, pelo amor que sentem por mim.

Obrigada, Pai Criador!

Mandem a tristeza embora, não se deixem abater por

acontecimentos pequenos. Busquem, no silêncio, o Pai Maior.

Orem agradecendo e tenham sempre a fé de que dias melhores

virão.Sorriam! Sejam felizes!

Crianças:

Em homenagem a FranciscoCândido Xavier, o maior médium dostempos modernos, a USE Marília farárealizar a

,oferecendo ao público a maior partedos livros por ele psicografados etambém as obras deAllan Kardec.

A feira será instalada noEsmeralda Shopping, de Marília, e

funcionará das 10 às 22 horas, no período de 25 de outubroa 2 de novembro.

Os livros serão repassados com desconto emrelação ao preço de capa.

1ª. FEIRA DO LIVROESPÍRITA CHICO XAVIER

A USE Regional de Marília fará realizar, nodomingo dia 19 de outubro, na cidade de Garça, o seu 23o.Encontro de Dirigentes e Trabalhadores Espíritas, com aparticipação especial do professor RODRIGUESFERREIRA, da cidade de São José do Rio Preto, o qualdesenvolverá o tema “A PRÁTICA MEDIÚNICA NOCENTRO ESPÍRITA”.

O encontro será no período das 9 às 17 horas, comintervalo para almoço, em local que ainda será definido.

Deverão participar espíritas de Garça, Vera Cruz,Marília, Pompéia, Oriente, Padre Nóbrega, Herculândia,Tupã, Bastos e Rinópolis.

23º ENCONTRO DETRABALHADORES E DIRIGENTES

ESPÍRITAS DA REGIÃO DE MARÍLIA

PARTICIPEM!