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----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO UM.------------- ----ATA NÚMERO DOIS.----------------------------- ----Aos vinte e dois dias do mês de Novembro de dois mil e treze, nesta cidade de Estarreja e Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte e horas e trinta e cinco minutos, reuniu a Assem- bleia Municipal de Estarreja em sessão extraordi- nária, sob a Presidência do senhor José Eduardo Alves Valente de Matos, Presidente da Assembleia Municipal e com a presença dos membros eleitos: José Gonçalo Sarmento de Rebocho Silva e Costa PS; Carlos Augusto Oliveira Valente - PPD/PSD- CDS-PP; Diamantino Alberto Garrido Correia PS; Arminda Paula Moutela Brandão - PPD/PSD-CDS-PP; António Amador da Silva Esteves CDU (PCP-PEV); Patricia Raquel da Silva Garrido Rodrigues Couto PS; Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-CDS- PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP; Ricardo Jorge Lopes Fernandes PS; Alexandra Adelaide Pires Mortágua - PPD/PSD-CDS-PP; Luís Miguel da Silva Mendonça PS; Carla Sónia de Sá Cabique Martins CDU (PCP-PEV); Hélder Fernando de Matos Rodrigues - PPD/PSD-CDS-PP; Lúcia Maria de Almeida Araújo PS; Miguel Ângelo de Almeida Fragoso Santos - PPD/PSD-CDS-PP; Joana Raquel

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----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO UM.-------------

----ATA NÚMERO DOIS.-----------------------------

----Aos vinte e dois dias do mês de Novembro de

dois mil e treze, nesta cidade de Estarreja e

Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte e

horas e trinta e cinco minutos, reuniu a Assem-

bleia Municipal de Estarreja em sessão extraordi-

nária, sob a Presidência do senhor José Eduardo

Alves Valente de Matos, Presidente da Assembleia

Municipal e com a presença dos membros eleitos:

José Gonçalo Sarmento de Rebocho Silva e Costa –

PS; Carlos Augusto Oliveira Valente - PPD/PSD-

CDS-PP; Diamantino Alberto Garrido Correia – PS;

Arminda Paula Moutela Brandão - PPD/PSD-CDS-PP;

António Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV);

Patricia Raquel da Silva Garrido Rodrigues Couto

– PS; Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-CDS-

PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP;

Ricardo Jorge Lopes Fernandes – PS; Alexandra

Adelaide Pires Mortágua - PPD/PSD-CDS-PP; Luís

Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá

Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Hélder Fernando

de Matos Rodrigues - PPD/PSD-CDS-PP; Lúcia Maria

de Almeida Araújo – PS; Miguel Ângelo de Almeida

Fragoso Santos - PPD/PSD-CDS-PP; Joana Raquel

Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António

Marques pereira – PS; António Manuel da Silva

Esteves - PPD/PSD-CDS-PP; Rui Jorge de Oliveira

Pinho e Silva – PS; Américo Rodrigues Soares –

CDU (PCP-PEV) e os Presidentes das Juntas de Fre-

guesia de: Avanca, Beduído e Veiros; Canelas e

Fermelã; Pardilhó, Salreu, com a seguinte ordem

do dia:------------------------------------------

----1.- Eco-Parque Empresarial de Estarreja: fi-

xação de preço para alienação de lote – “Inoxan-

tuã – Instalações em Inox, Lda”;-----------------

----2.- Isenção de taxas de ocupação de espaço

público com esplanadas no Município de Estarre-

ja;----------------------------------------------

----3.- Estabelecimento anual da “Taxa Municipal

de Direitos de Passagem” (TMDP), a aplicar no ano

de 2014, sob proposta da Câmara Municipal;-------

----4.- Fixação das Taxas do IMI – Imposto Muni-

cipal sobre Imóveis para vigorar no ano de 2014,

sob proposta da Câmara Municipal;----------------

----5.- Lançamento de Derrama relativa ao exercí-

cio económico de 2013, e fixação da respectiva

taxa, sob proposta da Câmara Municipal;----------

----6.- Fixação da Taxa de participação do Muni-

cípio no IRS – 2014, sob proposta da Câmara Muni-

cipal;-------------------------------------------

----7.- Eleição de Presidente da Junta de Fregue-

sia para integrar a Assembleia Distrital de Avei-

ro, em representação das Juntas de Freguesia;----

----8.- Designação de quatro pessoas para a CPCJ

- Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, na

sua vertente alargada;---------------------------

----9.- Eleição de membro da Assembleia Municipal

para integrar o Conselho da Comunidade do ACeS do

Baixo-Vouga;-------------------------------------

----10.- Designação de um membro da Assembleia

Municipal de cada partido para integrar o Conse-

lho Municipal da Juventude;----------------------

----11.- Eleição de quatro membros da Assembleia

Municipal para integrar a Assembleia Intermunici-

pal da CIRA – Comunidade Intermunicipal da Região

de Aveiro;---------------------------------------

----12.- Eleição de membro da Assembleia Munici-

pal para integrar a Comissão Municipal de Trânsi-

to;----------------------------------------------

----13.- Constituição de Comissões da Assembleia

Municipal de Estarreja;--------------------------

----14.- Conhecimento de compromissos plurianuais

do 2º e 3º trimestre/2013, conforme LCPA - Lei

dos Compromissos e Pagamentos em Atraso;---------

----15.- Conhecimento do Relatório da IGF - Ins-

peção Geral de Finanças.-------------------------

----Estiveram presentes, o Senhor Presidente da

Câmara e os seguintes Vereadores: Adolfo Figuei-

redo Vidal, João Carlos Teixeira Alegria, Rosa

Maria Lopes Bandeira Simão Correia, Catarina

Ascensão Nascimento Rodrigues, Fernando Manuel

Mendonça Albergaria Matos e Madalena Maria Trin-

dade Coelho Balça.-------------------------------

-----

----Declarada aberta a reunião pelo senhor Presi-

dente, acompanhado pelo primeiro e segunda Secre-

tários da Mesa, deu início aos trabalhos para que

esta reunião foi expressamente convocada. -------

----O Presidente da Mesa informa que efectuou uma

reunião preparatória com os líderes eleitos das 3

forças políticas, para organização desta Assem-

bleia Municipal, cuja colaboração agradece. No

início desta sessão, recebeu, nos termos regimen-

tais, a comunicação da constituição de Grupos

Municipais da CDU e da Coligação PPD/PSD-CDS-PP,

ficando apenas a faltar o PS. Refere que o Regi-

mento já está no link e que será bom todos lerem,

no tocante aos direitos e deveres, dado que é

muito importante nos trabalhos, pedindo em nome

da Mesa a colaboração de todos. Pede que todos

actualizem também os seus dados, para que se pos-

sa comunicar via e-mail. Sobre as actas, sua sim-

plificação e cumprimento com o que consta no

Regimento, estas serão o “resumo do essencial”,

sem gravação, tal qual acontece nas reuniões da

Câmara, e quem quiser que a sua intervenção cons-

te deverá de seguida submetê-la à Mesa.----------

-------Continuando, questiona se concordam com a

introdução do Voto de Pesar pelo falecimento do

Eng. António Manuel Oliveira Saramago, ocorrido

enquanto membro desta Assembleia. Dado o unânime

assentimento, foi apresentado o seguinte Voto de

Pesar pela Coligação.----------------------------

----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -

“A Assembleia Municipal de Estarreja, reunida em

22 de novembro de 2013, apresenta um VOTO DE

PESAR, pelo falecimento da ilustre e reputada

figura da sociedade estarrejense, António Manuel

Oliveira Saramago, de 66 anos de idade, falecido

no passado dia 4 de outubro. António Saramago,

nascido em Salreu em 08/02/1947, para além de

reconhecido profissional e conceituada figura

pública, nutria dedicação especial à família, ao

mesmo tempo que na sua atividade profissional,

desenvolveu enorme atividade em prol de muitas

coletividades e instituições do concelho. No

âmbito social e político, ocupou diversos cargos

em várias instituições da comunidade estarrejen-

se. Destacamos as funções de membro desta Assem-

bleia, na qual participou durante três mandatos

sucessivos, tendo falecido ainda enquanto seu

membro efetivo. Na Assembleia Municipal de Estar-

reja, como na vida, deu sempre exemplo de compe-

tência, empenho, seriedade, respeito pelos outros

e rigor na sua atuação. Assim, delibera esta

Assembleia aprovar este voto de pesar e apresenta

sentidas condolências à família e a todos os que

profundamente sentem a sua ausência”. -----------

--------

----Colocado à votação, foi deliberado, por una-

nimidade exarar o Voto de Pesar e dele dar conhe-

cimento à Família enlutada.----------------------

----O Presidente da Mesa informa os Grupos Muni-

cipais sobre os tempos de intervenção previamente

ponderados, sendo 30 minutos para cada ponto,

distribuídos por 15+10+5 (Coligação, PS e CDU) e

10 minutos para a Câmara Municipal, apelando ao

sentido conciso dos oradores. -------------------

----Informa ainda que, dado serem operacionais ou

electivos, propõe que todos os pontos sejam apro-

vados em minuta, para efeitos de execução imedia-

ta, exceto os pontos 14 e 15, que são meramente

informativos. Colhido o unânime assentimento da

Assembleia, ficou deliberado que referidos os

pontos, caso disso, serão aprovados em minuta. --

----1.- Eco-Parque Empresarial de Estarreja:

fixação de preço para alienação de lote – “Ino-

xantuã – Instalações em Inox, Lda”;--------------

---

----ANTONIO AMADOR ESTEVES (CDU): – Em interven-

ção escrita – “Gostaria em meu nome e da CDU cum-

primentar a todos e desejar que a legislatura

decorra num ambiente democrático de participação

livre com propostas de trabalho que levem ao

desenvolvimento do nosso concelho e das suas

populações. Mas...Sr. Presidente... tal como a

Inoxantuã necessita de um novo lote para o seu

crescimento, também a CDU, com mais 2 elementos

eleitos nesta Assembleia necessita de mais tempo

para que os seus eleitos exponham as ideias, as

preocupações e os projectos dos cidadãos que

representam. Tal com a Inoxantuã pretende alargar

o seu espaço de negócio e aumentar o n.º de fun-

cionários e para isso se predispõe a pagar a

quantia de 20,01 €/m2 pelo novo lote, a CDU , não

entende como é possível, numa Assembleia que é

legalmente o fórum de debate democrático do con-

celho de Estarreja, apenas lhe seja atribuída o

ridículo tempo de cinco minutos para o período

de antes da ordem do dia, se a população do con-

celho deu à CDU um grande crescimento em votos e

mandatos. E porque razão se restringe o período

antes da ordem do dia a 40 minutos quando o regi-

mento prevê até 60m.? Sr. Presidente, Tal com a

Câmara Municipal, deliberou, e bem, baixar o pre-

ço do lote à Inoxiantuã, para o seu desenvolvi-

mento e consequentemente trazer mais riqueza e

postos de trabalho para Estarreja, também a CDU

necessita e reivindica o direito à palavra e dar

assim o seu contributo para o crescimento do nos-

so concelho. Sr. Presidente - Concordamos e con-

cordaremos sempre com a baixa do preço da venda

dos lote do Ecoparque e até pensamos que se deve

ir mais longe isto é baixar mais , sempre que uma

empresa que traga emprego, se queira instalar. E

já agora empregos com direitos e justa remunera-

ção aos trabalhadores. Tal como a Câmara munici-

pal, à data presidida por V.Exª, teve audácia e o

bom senso de diminuir o custo do lote, também a

CDU apela agora, ao bom senso e espírito democrá-

tico do presidente e da maioria circunstancial

PPD/CDS para que em futuras reuniões de líderes

parlamentares, se retire a chamada lei da rolha,

e para tanto invocarei pela voz do nosso épico,

ao qual estou certo não renegam admiração e res-

peito, para que tal como ele, invocou às Tágides

para que o seu poema fosse épico e grandioso,

assim também apelo que os seus versos iluminem e

abram a razão à coligação PPD/CDS e dê a esta

assembleia um estatuto de verdadeira democracia.

“Dai-me uma fúria grande e sonorosa, e não de

agreste avena ou frauta ruda, Mas de tuba canora

e belicosa, Que o peito acende e a cor ao gesto

muda;” Com apelo em verso estou certo que o bom

senso prevalecerá. Quanto à Inoxantuâ, e porque o

comprador deve ter concordado, a CDU vai votar a

favor da proposta da Câmara Municipal”. ---------

------------------

----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Reconhece que está

dentro dos regulamentos e como tal votará a

favor.-------------------------------------------

--

----Passou-se de seguida à votação, obtendo-se o

seguinte resultado: zero votos contra; dezanove

votos a favor e sete abstenções do PS (Diamantino

Correia, Joel Pereira, Rui Silva, Lúcia Araújo,

Ricardo Fernandes, Patrícia Couto e Miguel Men-

donça), num total de 26 Membros presentes.-------

----2.- Isenção de taxas de ocupação de espaço

público com esplanadas no Município de Estarre-

ja;----------------------------------------------

----RICARDO JORGE FERNANDES (PS): – Intervenção

escrita “Duas notas prévias: - Em primeiro lugar,

gostaria de referir que, embora não seja meu apa-

nágio, redigi a presente intervenção. Como se

trata da minha primeira intervenção nesta Assem-

bleia Municipal, tenho o objetivo que a mensagem

esteja imbuída de clareza e objetividade, ultra-

passando redundâncias e atenuando um tipo de dis-

curso mais vago, complexo e, potencialmente, mais

longo. Provavelmente defeito de formação e pro-

fissão. - Em segundo lugar, aproveito a minha

intervenção para, além de saudar os presentes,

apelar para que o presente mandato da Assembleia

Municipal de Estarreja se oriente pela discussão

de ideias e perspetivas com o respeito, elevação

e dignidade que este fórum merece. Com certeza, é

objetivo de todos nós contribuirmos de forma

construtiva para o desenvolvimento do município,

pautando a nossa ação por uma fiscalização res-

ponsável do trabalho do Executivo Camarário e

pela coerência das nossas posições e ideias para

Estarreja. Relativamente ao ponto da ordem de

trabalhos que me traz aqui, referente à Isenção

de taxas de ocupação de espaço público com espla-

nadas no Município de Estarreja, queremos subli-

nhar que, atendendo ao quadro atual de grande

dificuldade que o país vive, é consensual e

importante que se dinamizem medidas de apoio à

economia, especialmente a setores da atividade

económica que sofrem diretamente com a perda de

poder de compra da população, caso dos cafés,

restaurantes, bares, entre outros. Com efeito,

preconizamos a criação de mecanismos que atenuem

as dificuldades destes estabelecimentos comer-

ciais de restauração e similares, quer no campo

da dimensão financeira intrínseca e individual,

quer no que se refere ao papel importante que têm

no prisma da valorização e atração turística e na

dinamização do espaço público do município de

Estarreja. Neste sentido e de uma forma global, é

com agrado que verificamos que a proposta apre-

sentada em reunião de Câmara do dia 9 de Maio de

2013 pelos vereadores do Partido Socialista, foi

integrada no plano de ação do Executivo Camará-

rio.A proposta inicial do Partido Socialista,

agora traduzida parcialmente na proposta em dis-

cussão, é entendida como uma ação evidente de

apoio aos comerciantes, ao comércio local e um

sinal de reconhecimento da importância da dinâmi-

ca económica que pode ser proporcionada por este

tipo de atividades económicas. Contudo, apesar do

nosso parecer global favorável, a proposta agora

apresentada está assente num conjunto de proble-

mas operacionais e funcionais que são importantes

referir. Convém relembrar que a proposta hoje em

discussão foi apresentada inicialmente em reunião

de Câmara do dia 9 de Maio de 2013 pelos vereado-

res eleitos do Partido Socialista. De forma

incompreensível, apenas 3 meses depois foi consi-

derada e votada e, só agora, 7 meses depois, é

colocada à discussão na Assembleia Municipal.

Questionamo-nos seriamente acerca do atraso da

avaliação da referida proposta… Paralelamente,

verificamos que esta proposta distorce parcial-

mente os pressupostos e o espírito da proposta

feita pelo Partido Socialista. Para além das

“operações de cosmética” feitas ao texto inicial,

identificam-se alguns problemas de conteúdo bem

mais importantes. Se a proposta do Partido Socia-

lista tinha na sua génese a preocupação com a

débil situação atual do comércio local no nosso

município, o Executivo Camarário, no texto que

redige, assenta os seus principais pressupostos

num quadro de potencial turístico e de qualidade

de espaço público, disfarçando o real estado das

coisas. Isto, quer pensemos no comércio, quer

olhemos para a dinâmica turística e para o espaço

público! No fundo, o executivo camarário está a

tentar sair “airosamente” de um cenário que não

previu e cujos efeitos receia! Talvez esta ideia

justifique o adiamento da incorporação da propos-

ta inicial de 9 de Maio de 2013… E o facto de,

somente depois do Verão, estarmos a discutir uma

proposta de isenção de taxas para esplanadas em

sede de Assembleia Municipal. O parecer favorável

do Partido Socialista nesta matéria, surge no

intuito do processo não sofrer mais entraves,

redundâncias de protagonismo político e atos

desesperados do executivo para aparecer “alinha-

do” junto dos comerciantes. Porém, os problemas

não se ficam por aqui… São muito mais do que ape-

nas questões meramente políticas… Na nossa pers-

petiva, existe um desajustamento global dos fato-

res de ponderação exigidos aos estabelecimentos,

principalmente quando analisamos o padrão de com-

portamento do poder local e o seu exemplo no quo-

tidiano. Senão vejamos:- Como é que um município

pode exigir aos comerciantes “salvaguarda dos

equilíbrios ambientais, urbanísticos, arquitetó-

nicos e estéticos”, quando permite o estado de

desleixo na limpeza das vias públicas, quando

reduz a capacidade de recolha dos resíduos sóli-

dos urbanos e quando demonstra um conceito esté-

tico variável ao longo do tempo, visível, por

exemplo, na variedade de tipos de passeios cons-

truídos no município? - Como é que um município

pode exigir aos comerciantes que as suas esplana-

das tenham uma “garantia de segurança e fluidez

do tráfego de viaturas e peões”, quando, em

outros casos, tem dois pesos e duas medidas? -

Como é que um município pode exigir aos comer-

ciantes “adoção de mobiliário urbano de qualidade

em termos de desenho e materiais”, quando os

comerciantes já passam por tantas dificuldades

financeira e quando a Câmara coloca adornos,

acrílicos e supostas esculturas de forma aleató-

ria nas rotundas e noutros equipamentos? Em suma,

quem demonstra um conceito de gestão do espaço

público tão distorcido, não dá, certamente, o

melhor exemplo, nem as garantias mínimas para

exigir o que quer que seja aos nossos comercian-

tes. Concomitantemente, gostaria de sublinhar que

este tema em discussão é muito mais complexo que

aparenta. Isto, porque o dinamismo do comércio

local não se fomenta apenas com a isenção das

taxas de esplanada e, muito menos, com eventos

avulsos, feiras, noites brancas, entre outras

iniciativas… Os problemas da competitividade do

comércio local (e neste caso, da atração de novos

estabelecimentos e manutenção dos já existentes)

devem ser identificados e corrigidos muito mais a

montante. Paralelamente a todos os problemas

levantados, a dinâmica do comércio local de

Estarreja (ou falta dela), padece de outras ques-

tões centrais que devemos referir, que se encon-

tram posicionadas em temáticas de espectro mais

largo e que refletem comportamentos a médio pra-

zo. Permitam-me que aponte algumas ideias:- Não

se conseguirá dinamizar o comércio local quando

este está enquadrado num espaço público de pouca

qualidade e onde os padrões de exigência nos pro-

cessos de regeneração urbana não quase nulos. A

dinâmica comercial não se coaduna com a persis-

tente falta de limpeza nas nossas ruas, com o

crescente número de edifícios degradados e devo-

lutos, com as lacunas ao nível da gestão dos

espaços verdes e com a falta de visão integrada

para aquilo que se entende como espaço público de

qualidade.-Num segundo momento, é importante

referir que a debilidade do comércio local em

Estarreja não é um problema novo. Mesmo que algu-

mas vozes se levantem e ponham em causa a fiabi-

lidade dos dados dos Anuários Estatísticos e do

Recenseamento Geral da População do Instituto

Nacional de Estatística, que recordo ser a enti-

dade oficial de recolha e divulgação de informa-

ção estatística do país que nos merece o total

respeito, os dados disponíveis reforçam esta lei-

tura.Apesar dessas mesmas vozes também possam

colocar, igualmente e forma momentânea, as dife-

rentes competências dos geógrafos do nosso país,

o que os dados Instituto Nacional de Estatística

nos mostram é um claro decréscimo de 25,79% do

total de empresas no município entre 2001 e 2011,

sendo mais grave na perspetiva isolada da indús-

tria transformadora, com a eliminação de cerca de

31,4% das empresas. Se analisarmos apenas o setor

do comércio por grosso e a retalho, de alojamen-

to, restauração e similares, para o período com-

preendido entre 2004 e 2011, verificamos uma

diminuição destes estabelecimentos de cerca de

906 identificados em 2004 para 782 em 2011, o que

perfaz uma variação negativa de aproximadamente

13,7%. Partindo do pressuposto que os dados do

INE não estão errados como alguns defendem, o

problema é mais complexo e não é, definitivamen-

te, novo. Por último, é também essencial que se

apontem algumas incongruências que surgem no

enquadramento e contexto da proposta em discus-

são.Com efeito, surgem questões de elevada impor-

tância… - Como é que um Executivo Camarário, mes-

mo baseando-se numa proposta da sua oposição

política, “embandeira” a isenção de taxas de

esplanada para os estabelecimentos comerciais do

município e, ao mesmo tempo, compactua com aumen-

tos vertiginosos da eletricidade e água para os

comerciantes? - Como é que uma Câmara Municipal

vem agora em auxílio destes estabelecimentos,

esquecendo-se, quase de forma esquizofrénica, que

num passado recente selou um contrato danoso de

fornecimento de água com a ADRA? Dificultando o

quotidiano de toda a população e dos estabeleci-

mentos comerciais em particular. Se é certo que o

executivo camarário propõe a isenção das referi-

das taxas, também é evidente que são cúmplices

nesta escalada de subida dos custos energéticos

no nosso concelho. Se as opções não tivessem sido

estas, certamente que a fatura energética dos

comerciantes seria bem menor e a competitividade

do comércio local em Estarreja estaria num pata-

mar bem mais favorável. Para terminar e em jeito

de síntese, é importante frisar que a valorização

do comércio dito tradicional e do espaço urbano

associado, deve estar intimamente relacionado

(como defende o meu colega e amigo Professor Dou-

tor José Alberto Rio Fernandes, Professor Cate-

drático da Faculdade de Letras da Universidade do

Porto e especialista em questões associadas ao

comércio local e espaço urbano), à qualidade do

espaço público, aos efetivos processos de regene-

ração urbana e à valorização do turismo de forma

integrada. Neste sentido, Exmo. Sr. Presidente da

Câmara Municipal de Estarreja, para combater o

definhamento do nosso comércio local, deverá ser

incorporada uma visão mais prospetiva e uma lei-

tura mais estratégica dos processos de desenvol-

vimento económico e territorial à escala local. A

medida que hoje discutimos, independentemente do

que ela representa pontualmente para o comércio

local no nosso município, tem vários problemas de

fundo que refletem uma clara falta de planeamento

estratégico. Desta forma, é central que façamos o

exercício de pensar como estes elementos podem

contribuir para a elevação do nome e dinâmica de

Estarreja num contexto de valorização do comércio

local, mas também numa perspetiva mais alargada,

de desenvolvimento local”.-----------------------

----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA

CÂMARA): – Esclarece o percurso da proposta e que

depois da vinda dos técnicos, esta foi aprovada

por unanimidade.---------------------------------

----Passou-se de seguida à votação, tendo o mesmo

sido aprovado, por unanimidade dos presentes.----

----3.- Estabelecimento anual da “Taxa Municipal

de Direitos de Passagem” (TMDP), a aplicar no ano

de 2014, sob proposta da Câmara Municipal; ------

----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Coloca algumas

questões e refere que a redução é populista, aca-

bando por beneficiar os que mais podem. ---------

----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA

CÂMARA): – Refere que a Câmara optou por fazê-lo

na óptica de desagravar os cidadãos onde for pos-

sível. É um sinal positivo.----------------------

----Colocado à votação, foi o mesmo aprovado, por

unanimidade dos presentes.-----------------------

----4.- Fixação das Taxas do IMI – Imposto Muni-

cipal sobre Imóveis para vigorar no ano de

2014,sob proposta da Câmara Municipal;-----------

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES(CDU): – Em interven-

ção escrita – “Começo por desejar a todos os ele-

mentos desta Assembleia, as maiores felicidades e

que o vosso empenhamento resulte na concretização

dos projectos que todos acalentamos para que

Estarreja seja um concelho democrático, próspero

e onde haja justiça social. É meu privilégio

estar nesta Assembleia, mais uma vez, sinal de

que alguma coisa mudou em Estarreja. Mudou o sen-

tido de voto, tendo a Oposição saído reforçada

nestas últimas eleições. Todavia Sr. Presidente,

creio que se começou mal, pois, fazendo minhas as

palavras do meu camarada António Esteves, começou

com atropelos ao Regimento desta Assembleia, ten-

tando tirar o pio à Oposição. Espero que isto

seja sol de pouca dura, como diz o nosso povo e

nunca é tarde para se arrepiar caminho! Passando

ao ponto 4 da Ordem do Dia - Sr. Presidente, a

Fixação de Taxas do IMI aprovada pela coligação,

mais não é do que meter a mão no bolso do contri-

buinte. Com a Taxa IMI de 2013 a pagar em 2014 a

Câmara de Estarreja impõe a taxa de 0,4% sobre o

valor tributável dos prédios urbanos avaliados

conforme o CIMI, sendo de 0,3 a 0,5% os limites

impostos na lei. Para os prédios urbanos não ava-

liados em termos do CIMI, a Câmara propõe a taxa

de 0,8%, sendo de 0,5 a 0,8% os limites impostos

pela lei para estes casos. Não conhecemos ainda o

Orçamento para 2014, mas a manter-se a linha do

último ano, tudo indica que os níveis praticados

para o IMI, são desnecessários. Os valor mínimo

exigido pela lei, ou seja, 0,3 ou 0,5%, conforme

os casos, seria mais que suficiente. Não vai

haver investimento e o acréscimo de receita é

para pagar a dívida. Isto meus senhores, mais não

é do que uma nova tributação do poder central,

mas desta vez, da iniciativa da Câmara Municipal

de Estarreja. Já não basta os assaltos do gover-

no! Enquanto em muitas autarquias, por exemplo em

Lisboa e Porto, vão adoptar a taxas mínimas para

o IMI, para assim ajudarem as famílias a sobrevi-

ver à barbárie do governo Coelho & Portas, Estar-

reja faz o que sempre fez, mantém os níveis de

IMI a um nível que na actual situação, se torna

incomportável, metendo a cabeça na areia, como o

avestruz, prosseguindo a sua política autista e

de desrespeito por aqueles que sofrem. Sr. Presi-

dente, se se quisesse ser solidário com os muní-

cipes de Estarreja, tinha-se proposto o valor de

0,3% para a taxa urbana IMI e mesmo assim, aumen-

tava a receita de 2013. Todos sabemos que os pré-

dios urbanos ou já foram ou vão ser reavaliados

nos termos do CIMI e que dessa avaliação resulta

um aumento brutal do valor patrimonial tributá-

vel. Isto quer dizer, que mesmo que a Câmara

aprovasse o valor de 0,3% para a Taxa Urbana do

IMI, a receita a cobrar em 2014, seria maior do

que a receita cobrada em 2012. Poderei fazer con-

tas que demonstram a veracidade das minhas afir-

mações, se o desejarem. Muito rapidamente… se o

valor patrimonial aumentar para o dobro, os 0,3%

passam a representar 0,6% tendo como referência

os valores de 2011. É por decisões destas que

Estarreja se despovoa e envelhece. Só cá ficam os

velhos e aqueles que de tão débeis que estão, já

não conseguem fugir! Durante a recente campanha

eleitoral, a CDU abordou este tema e então dizía-

mos: O nosso objectivo é evitar o definhar de

Estarreja, é evitar que Estarreja se despovoe e

envelheça. Com grande pesar, constamos que Estar-

reja vem seguindo um rumo de esvaziamento e enve-

lhecimento, o rumo da morte lenta, e isto devido

a uma política autárquica errada. O IMI de 0,4%,

mais elevado que nos restantes concelhos do dis-

trito de Aveiro, é uma das causas do êxodo que se

verifica. Com base nos sensos de 2001 e de 2011,

conclui-se: - A população do concelho passou de

28 182 para 27 119, decresceu portanto. - O índi-

ce de envelhecimento (número de pessoas com mais

de 65 anos por cada 100 pessoas com menos de 15

anos) aumentou, passando para 126,1, valor que

apenas é ultrapassado nos concelhos do distrito

de Aveiro mais próximos de Estarreja, por Sever

de Vouga e Oliveira do Bairro. Isto mostra clara-

mente que a gente nova foge de Estarreja! Porquê?

Porque Estarreja é um concelho caro para se

viver, não oferece emprego nem condições que

fixem a população. Sr. Presidente, o povo de

Estarreja na situação actual de crise que o

governo lhe criou com a sua política ultralibe-

ral, não tem possibilidade de defesa, não tem

possibilidade de pagar tantos impostos e a Câma-

ra, que na campanha eleitoral prometeu “Querer

Mais na reabilitação urbana da cidade, fixando

moradores e rejuvenescendo o comércio local”, tem

a obrigação de os ajudar. Para meter a mão nos

bolsos, já temos o governo. À Câmara não se exige

que lhe siga o exemplo. Antes pelo contrário! É

por tudo isto, que a CDU votará contra esta fixa-

ção das Taxas do IMI”. --------------------------

----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Questionou

sobre os proprietários dos prédios rústicos em

área florestal e defende que a taxa de prédios

urbanos deverá ser a mínima, em especial dos rea-

valiados neste ano. -----------------------------

----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -

Em intervenção escrita – “Antes de mais, e na

sequência dos comentários que têm surgido acerca

da distribuição de tempos, gostaria apenas de

referir, que a Coligação venceu as últimas elei-

ções autárquicas, elegendo 4 de 7 vereadores e 13

dos 26 membros desta assembleia. Em próxima ses-

são, o executivo trará a esta Assembleia, para

aprovação, o orçamento e as GOP para 2014. Nessa

altura, legitimamente, muitos irão levantar a voz

para exigir investimentos importantes nas suas

freguesias, ou a realização de investimentos

estruturantes para o Município. Neste cenário de

crise instalada, para além de critério na reali-

zação de investimentos, é necessário assegurar

que o Município possui os meios financeiros

necessários para pagar esses investimentos. Daí

que as receitas do IMI, da Derrama, da participa-

ção do IRS … sejam importantes para constituir a

almofada financeira necessária. Num quadro de

rigor financeiro, num quadro de crise que a todos

toca, o município, sabendo da intenção do governo

em efetuar cortes nas transferências do Estado

para as autarquias (para Estarreja, pensa-se que

sejam cerca de 185.000 €), tenta manter o nível

de receitas por forma a assegurar a realização de

investimentos e a manter a boa saúde financeira.

Nesse sentido, prudentemente, o Município opta

por manter as taxas de IMI ao nível do ano ante-

rior, o que SALIENTE-SE, não corresponde a taxas

máximas, mas a uma taxa intermédia. No caso dos

prédios avaliados, como sabemos, a lei permite

cobrar entre 0.3 e 0.5 e a taxa que nos é propos-

ta é de 0.4. Depois, através de um conjunto de

decisões politicas, o município tenta incentivar

o arrendamento (com a redução das taxas em 20%),

ou penalizar, majorando, a taxa aos proprietários

de prédios degradados, de prédios devolutos, e de

prédios em ruína ou ainda prédios rústicos com

áreas florestais ao abandono. Pese o expectável

aumento da receita a arrecadar, saliento que, de

acordo com a lei, o aumento da receita associada

a este imposto está alocada ao abatimento da

divida. Por outro lado, estando o Orçamento de

Estado ainda em discussão, admite-se que as nego-

ciações em sede de especialidade possam introdu-

zir alterações que provoquem a queda desta recei-

ta dos Municípios. Saliento, finalmente, que ao

contrário do que se refere, nem todos os prédios

estão, infelizmente, avaliados pelo que a propos-

ta do Município, parece-nos uma proposta equili-

brada, sensata e prudente. A terminar, lamentar o

tom utilizado pela oposição para justificar o

voto contra, tendo optado por utilizar termos

pouco apropriados para classificar a decisão

política do executivo”.--------------------------

----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Referiu sobre a

competitividade do concelho, comparando com

outros concelhos. -------------------------------

--

----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA

CÂMARA): – Reconhece que o IMI é sempre uma ques-

tão sensível, o município para se desenvolver

precisa de ter verbas e dá alguns esclarecimentos

sobre as sucessivas e crescentes diminuições das

receitas. ---------------------------------------

----Passou-se de seguida à votação, obtendo-se o

seguinte resultado: treze votos contra do PS e

CDU e treze votos a favor da COLIGAÇÃO PPD/PSD-

CDS-PP, tendo o Presidente, nos termos do artº 44

do Regimento da Assembleia Municipal, usado o

voto de qualidade face ao empate, sendo o ponto

aprovado. ---------------------------------------

----5.- Lançamento de Derrama relativa ao exercí-

cio económico de 2013, e fixação da respectiva

taxa, sob proposta da Câmara Municipal;----------

----LUIS MIGUEL MENDONÇA (PS): – Refere que o PS

sempre propôs que houvesse isenção para valores

inferiores a 150.000€ e só lamenta o sinal ser

dado só às empresas e não às famílias. ----------

----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-PP):

- Refere que esta medida é um sinal para as

pequenas empresas e embora seja simbólico, esta

taxa não terá um impacto muito significativo, mas

é um sinal positivo. ----------------------------

----Colocado à votação, o mesmo foi aprovado por

unanimidade dos presentes.-----------------------

----6.- Fixação da Taxa de participação do Muni-

cípio no IRS – 2014, sob proposta da Câmara Muni-

cipal;-------------------------------------------

----CARLA CABIQUE MARTINS (CDU): – Em intervenção

escrita – “Em relação à taxa de IRS proposta pela

Câmara Municipal e por motivo de coerência com o

que defende o nosso partido, não poderemos votar

a favor da referida proposta. Quando, na campanha

eleitoral a coligação se tentou demarcar das

políticas de austeridade do governo da mesma

coligação, e da mesma forma ia apregoando que o

importante, são as pessoas e não os partidos, nós

sempre defendemos que as pessoas encabeçam listas

que representam os partidos que as apoiam, aqui,

mais uma vez, temos a prova de que as ditas pes-

soas não estão desligadas dos seus partidos nem

das suas políticas, pois o aumento de impostos

por parte do governo, é aqui defendido e agrava-

do. O ataque efetuado por este governo PSD/CDS a

todos os trabalhadores portugueses é uma constan-

te, as politicas cegas de austeridade, são com-

pletamente desfasadas das necessidades do nosso

país, e verificamos aqui, que a coligação que

governa a nossa autarquia corrobora com esse ata-

que. A fixação da taxa de 5% de participação do

Município no IRS, vem acentuar os motivos de

abandono da população do concelho. Somos, segundo

os Censos, o concelho que mais população perdeu,

assim, perguntamos como poderemos atrair popula-

ção, tendo as taxas máximas permitidas por lei.

Considerando que as populações de muitos conce-

lhos, tomando como exemplo, Almada, Setúbal, Sei-

xal, Lisboa, beneficiam de um desconto de 2,5% no

IRS, e tendo ao seu dispor, ainda assim, serviços

públicos mais abrangentes e de melhor qualidade,

questionamos a necessidade de agravar ainda mais

as contribuições dos Munícipes de Estarreja. Mais

uma vez é uma questão de harmonia com as políti-

cas deste governo, se o primeiro-ministro apela à

emigração dos nossos jovens, Estarreja tem polí-

ticas coincidentes com os princípios do governo,

levando assim ao êxodo da nossa população e à

penalização daqueles que aqui vivem. A nossa

posição de coerência na defesa de quem nos ele-

geu, é o nosso Voto Contra”. --------------------

-------

----RUI JORGE SILVA (PS): – Em intervenção escri-

ta – “Os membros da AM do Partido Socialista nes-

te caso da taxa de IRS só podem votar contra. A

Câmara Municipal devia dar aos munícipes que ain-

da recentemente os escolheram, um sinal de claro

apoio e compreensão face às dificuldades porque

passam os cidadãos, na atual conjuntura económi-

ca. A justificação alegada pela atual vereação da

coligação sobre a preocupação com a «saúde finan-

ceira do município», e que levou à opção pelo

valor máximo permitido por lei daquilo que pode

“retirar” aos cidadãos do município em sede de

IRS não pode ser invocada quando, tendo por base

um plano “ambicioso” se nomeiam mais vereadores a

tempo inteiro ou quando se nomeiam membros para o

gabinete da presidência. Numa breve análise pode-

mos constatar que por exemplo a exemplo de outras

questões tão fulcrais como as que os dados dos

censos podem demonstrar, este executivo mantêm a

tendência contrária da maioria dos concelhos

vizinhos e infelizmente não é só no IRS: - Águeda

– 2%|Ovar-3%|Albergaria à Velha – 4%| Aveiro –

4,3% com a Lei das Finanças Locais, em vigor des-

de 2007, os municípios passaram a beneficiar de

uma fatia de 5% da receita do IRS cobrado pelo

Estado central. A legislação permite que as

autarquias abdiquem desse dinheiro, ou de parte,

a favor dos contribuintes do concelho. Desta for-

ma, a câmara municipal deixa de ter receita para

o seu orçamento anual, mas a fatura fiscal das

famílias é aliviada nessa mesma proporção. Vários

municípios têm usado o mecanismo – conjugado com

outros apoios a famílias –, em políticas de fixa-

ção de residentes, por exemplo. Como os vereado-

res do Partido Socialista já tinham referido em

reunião de Câmara e que tem vindo a ser referido

em anos anteriores: “a Câmara perde aqui, uma vez

mais, uma extraordinária oportunidade de demons-

trar que está ao lado das pessoas e que os muní-

cipes – já de si massacrados pelas políticas do

governo que tanto lhes tem tirado – é que estão

no centro das suas preocupações”.Infelizmente em

Estarreja tal não acontece. Quando se opta por

aplicar uma taxa máxima sobre o IRS dos seus

munícipes, a atual Câmara só dá um sinal, um

sinal de que se preocupa mais com os meios do que

com a forma, e assim serão os munícipes que vota-

ram neste executivo, tal como os que não votaram,

a “dar” 5% do seu IRS para que as ambições de

outros sejam suportadas”.------------------------

----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-

PP): - Em intervenção escrita – “Como referi em

anterior intervenção, no atual cenário de crise,

para além de rigor na realização da despesa, é

necessário assegurar a disponibilização dos meios

financeiros necessários para pagar os investimen-

tos que se pretendem realizar. Daí que a correta

fixação dos impostos e taxas municipais seja

importante para constituir uma boa almofada

financeira. A lei 02/2007 de 15 de Janeiro, assi-

nada pelo ex-primeiro ministro José Sócrates,

aprova a lei das Finanças locais, permite aos

municípios participarem até 5% do IRS apurado a

cada contribuinte. A informação que nos é presen-

te diz-nos que, grosso modo, os munícipes estar-

rejenses em 2013 pagaram IRS (referente a 2012)

de aproximadamente 13 M €. Desses, 12,3 M € caí-

ram nos cofres do estado, e um pouco menos de

700.000 € vieram para o Município. Tudo isto para

dizer que embora 1 € seja 1 €, o certo é que em

cada 100 € de IRS pago, 95 € ficam nos cofres do

Estado e apenas 5 € caiem nos cofres do Municí-

pio. Baixar a taxa em 1%, no exemplo referido,

era manter nos bolsos dos contribuintes 1 € e só

“sacar”, como gosta de dizer a oposição 4 €. Num

período em que o OE cada vez transfere menos

dinheiro para os Municípios, o executivo não

deve, de ânimo leve, abrir mão das receitas que a

LEI lhe permite arrecadar. A prudência, particu-

larmente nesta fase de incerteza, aconselha a

ponderar muito bem todas as decisões. Mais uma

vez lamentar o tom que a oposição teima em utili-

zar, nomeadamente a tal palavra “sacar”. A pala-

vra só poderia ser utilizada, se a decisão não

estivesse de acordo com a lei. Lamentar também o

facto de o PS, mais uma vez, teimar em não acei-

tar democraticamente a vontade popular. Permita-

me, Sr. presidente, ler o último parágrafo da

declaração de voto do PS:”Ao aplicar o valor

máximo que pode ir buscar ao IRS dos seus muníci-

pes, a atual Câmara demonstra que a sua preocupa-

ção é mais por si própria e pelos seus políticos

no poder, do que pelos cidadãos que – ironia da

democracia! - ainda recentemente os escolheram.

Ainda há um mês os Estarrejenses se pronunciaram

e já se questiona a sua sapiência. Os Estarrejen-

ses não são ignorantes, o que se passa é que a

população confiou, confia na coligação QUERER

MAIS – PSD/CDS-PP, ou como alguém disse, “prefe-

riu, prefere MAIS … do mesmo”!!! ----------------

------------------------------DIAMANTINO MANUEL

SABINA (PRESIDENTE DA CÂMARA): – Refere que é a

prudência face aos encargos que transitam para

2014 que faz com que não se mexa nesta taxa. ----

-------------------------Passou-se de seguida à

votação obtendo-se o seguinte resultado: treze

votos contra do PS e CDU e treze votos a favor da

COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-PP, tendo o Presidente, nos

termos do artº 44 do Regimento da Assembleia

Municipal, usado o voto de qualidade face ao

empate, sendo o ponto aprovado. -----------------

--------------------------7.- Eleição de Presi-

dente da Junta de Freguesia para integrar a

Assembleia Distrital de Aveiro, em representação

das Juntas de Freguesia; -------Os cinco Presi-

dentes de Junta de Freguesia apresentaram como

candidato José Gabriel Tavares, Presidente da

Freguesia de Canelas e Fermelã. -------Passou-se

de seguida à votação secreta, obtendo-se o

seguinte resultado: zero votos contra; 18 votos a

favor e oito votos brancos, tendo sido eleito por

maioria José Gabriel Tavares. ------------8.-

Designação de quatro pessoas para a CPCJ - Comis-

são de Protecção de Crianças e Jovens, na sua

vertente alargada;-------------------------------

Apresentada uma lista com dois elementos da Coli-

gação PPD/PSD-CDS-PP: – Alexandra Pires Mortágua

e Manuel do Nascimento Valente de Almeida e Sil-

va; um elemento do PS – Lúcia Maria de Almeida

Araújo e um elemento da CDU – Carla Sónia Cabique

Martins. ----------------------------------------

----Dado o unânime assentimento à designação. ---

----9.- Eleição de membro da Assembleia Municipal

para integrar o Conselho da Comunidade do ACeS do

Baixo-Vouga;-------------------------------------

----ANTONIO AMADOR ESTEVES (CDU): – Refere que

houve consenso que ficasse o Dr. Hélder Rodri-

gues. -------------------------------------------

----Passou-se de seguida à votação por voto

secreto, obtendo-se o seguinte resultado: onze

votos contra e 15 votos a favor, tendo sido elei-

to por maioria, Hélder Fernando de Matos Rodri-

gues.--------------------------------------------

----10.- Designação de um membro da Assembleia

Municipal de cada partido para integrar o Conse-

lho Municipal da Juventude; ---------------------

----Indicados os seguintes elementos: PPD/PSD:-

Joana Raquel Figueiredo Líbano; CDS-PP:– Carlos

Augusto Oliveira Valente; PS:– Joel António Mar-

ques Pereira; CDU:– Carla Sónia Cabique Martins.-

----Dado o unânime assentimento à designação.----

----JOSE GONÇALO COSTA (PS): - Refere que ante-

riormente o Conselho nunca reunia a tempo e horas

e que este seja constituído o quanto antes. -----

----11.- Eleição de quatro membros da Assembleia

Municipal para integrar a Assembleia Intermunici-

pal da CIRA – Comunidade Intermunicipal da Região

de Aveiro;---------------------------------------

----Apresentada uma lista com dois elementos da

coligação PSD/PSD-CDS-PP:– Carlos Albérico Alves

e José da Luz Matos; um elemento do PS – Ricardo

Jorge Fernandes e um elemento da CDU – António

Amador da Silva Esteves.-------------------------

----Colocada a referida lista à votação, a mesma

foi aprovada, por unanimidade.-------------------

----12.- Eleição de membro da Assembleia Munici-

pal para integrar a Comissão Municipal de Trânsi-

to;----------------------------------------------

----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PSD-CDS-

PP):- Sugere José António Pereira Marques, Presi-

dente da Freguesia de Beduído e Veiros. ---------

----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Sugere José Jorge

Valente Borges, Presidente da Junta de Freguesia

de Avanca.---------------------------------------

----Fica designado como lista A – José António

Pereira Marques e como lista B – José Jorge

Valente Borges.----------------------------------

------Passou-se de seguida à votação por voto

secreto, obtendo-se o seguinte resultado: Lista

A: - treze votos; Lista B:– doze votos; um em

branco. Foi eleito por maioria o José António

Pereira Marques. O eleito propõe que fique como

suplente José Jorge Borges. Foi unanimemente

aceite o proposto.-------------------------------

----------------13.- Constituição de Comissões da

Assembleia Municipal de Estarreja; --------------

---------------Sobre a composição das Comissões a

constituir, o Presidente da Mesa explicou o acor-

do prévio e que presidirá às Comissões a criar e

estas integrarão mais 6 elementos, sendo 3 da

Coligação PSD/PSD-CDS-PP, 2 do PS e 1 da CDU.----

--------------Dado o unânime assentimento à com-

posição.--------Sobre a criação de Comissões,

comunicou o consenso prévio sobre duas, assim a

constituir: -

----COMISSÃO PERMANENTE:-------------------------

----Pela Coligação PSD/PSD-CDS-PP:- Membros efec-

tivos:- Carlos Augusto Oliveira Valente, Carlos

Albérico de Amorim Alves e José Augusto da Luz

Matos. Membros Suplentes:- Joana Raquel Figueire-

do Líbano e Helder Fernando de Matos Rodrigues;—

----Pelo PS:- Membros Efectivos: Diamantino Cor-

reia e Patrícia Couto. Membro Suplente:- Lúcia

Maria Araújo;------------------------------------

----Pela CDU:- Membros Efectivos:- Américo Soa-

res. Membro suplente:- Carla Cabique Martins.----

----COMISSÃO DE ECONOMIA E FINANÇAS:-------------

----Pela Coligação PSD/PSD-CDS-PP: Membros efec-

tivos:- Arminda Paula Moutela Brandão, Carlos

Albérico de Amorim Alves e Miguel Ângelo de

Almeida Fragosos Santos. Membros Suplentes:- Ale-

xandra Adelaide Pires Mortágua e António Manuel

da Silva Esteves;--------------------------------

----Pelo PS: Membros efectivos:- Miguel Mendonça

e Rui Jorge Silva. Membro suplente:- Joel Marques

Pereira;-----------------------------------------

----Pela CDU:- Membro efectivo:- António da Silva

Esteves. Suplente:- Carla Cabique Martins.-------

----Estas Comissões foram constituídas por unani-

midade. -----------------------------------------

----JOSÉ GONÇALO COSTA apresenta uma proposta da

criação da Comissão do Associativismo. ----------

----Pelas vinte e três horas os trabalhos são

interrompidos, para os Grupos Municipais analisa-

rem a referida proposta.-------------------------

----Retomados os trabalhos, é posta à votação

para a criação, com a seguinte constituição:-----

------COMISSÃO DE ASSOCIATIVISMO:----------------

-- ----Coligação PPD/PSD-CDS-PP: – Alexandra

Pires Mortágua, António Manuel Esteves e Hélder

de Matos Rodrigues;------------------------------

---------PS – José Gonçalo Costa e Patrícia Cou-

to;--------CDU – Carla Cabique Martins. ---------

-----------Dado o unânime assentimento à consti-

tuição.------14.- Conhecimento de compromissos

plurianuais do 2º e 3º trimestre/2013, conforme

LCPA - Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atra-

so;-------------Não havendo intervenções, a

Assembleia Municipal tomou conhecimento das lis-

tagens apresentadas pela Câmara Municipal, con-

forme deliberações nºs 200, 230 e 277, de 11 de

Julho/13, 8 de Agosto/13 e 10 de Outubro/13. ----

-----------------------15.- Conhecimento do Rela-

tório da IGF - Inspeção Geral de Finanças.-------

------------------ ----JOSE GONÇALO COSTA (PS):-

Refere que a lei não foi cumprida, dando-se a

conhecer só depois das eleições autárquicas. Faz

alguns comentários sobre o relatório, referindo

que deve haver responsabilidades políticas. -----

----------------------JOSÉ DA LUZ MATOS

(COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-PP): - Comenta que o rela-

tório é de 2008/2011 e não vê como isso iria

influenciar as eleições. Refere que estes relató-

rios são comuns e servem para detectar e corrigir

problemas. Do prazo, a Chefe de Divisão assumiu o

lapso. ------------------------CARLOS ALBÉRICO

ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): - Em intervenção escri-

ta – “Acho que já foi QUASE tudo dito!!! Só gos-

taria de referir que o PS em declaração de voto

refere que “o anterior executivo se AUTO-ELOGIOU”

(relativamente à situação financeira da câmara).

No entanto, não foi só o anterior executivo a se

AUTO-ELOGIAR. Publicamente, o GM do PS nesta

assembleia e os vereadores do PS no último execu-

tivo fizeram o mesmo. Vereadores que tinham aces-

so privilegiado às contas do Município e apesar

de oposição não hesitaram em elogiar o executivo.

Efetivamente, aquando da discussão nesta Assem-

bleia em 30/04/2013, das contas do exercício de

2012, o grupo Municipal do Partido Socialista,

através de Guilherme de Pinho Ferreira, apresen-

tou uma declaração de voto que subscrevia e cor-

roborava a declaração de voto do PS na Câmara

Municipal. Nessa declaração de voto, gostaria de

salientar o seguinte: “Registar como aspetos

positivos a diminuição global da divida e do ser-

viço da dívida e, nesse particular, destacar o

esforço de rigor e dedicação que o vereador Abí-

lio Silveira tem destacado à gestão financeira da

Câmara Municipal. As contas apresentadas … permi-

tem pensar que não obstarão e poderão ser mesmo,

nalguns aspetos, um ponto de partida para novas

conquistas. E é por isso justo, neste particular,

enaltecer o papel do vereador do pelouro.” Fica

pois a minha SURPRESA. Este documento, não con-

traria nada. Mas a contrariar, contraria não só o

AUTO-ELOGIO do anterior executivo, mas também os

ELOGIOS feitos pela própria oposição ao anterior

executivo. Isto é, as contas não mudaram porque

houve um relatório da IGF. Continuam a ser boas!

Apenas mudou o PS de atitude, contrariando-se e

desdizendo-se. Pior, mostrando oportunismo sem

memória, nem fundamento. É assim que querem ser

alternativa?”--------------------------------

----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Propõe que

se veja numa próxima Assembleia o que foi dito

pela Câmara para corrigir. Faz entretanto algumas

comparações entre o que diz a Câmara e o que diz

o relatório. ------------------------------------

----JOSÉ EDUARDO DE MATOS (Presidente da AM): - A

Câmara tem sempre um responsável máximo, mesmo

delegando competências, que também neste caso é o

Presidente. De 2002 a 2013 é ele próprio. A Câma-

ra recebe inúmeras notificações com prazos, que

os Serviços controlam e informam, sendo este um

desses casos. As contas são conhecidas e elogia-

das. Inspecionar é diferente de gerir. Aconselha

a ler o artigo no Jornal de Estarreja de Abílio

Silveira e apresenta dados sobre a gestão e os

bons resultados da Câmara. ----------------------

----RICARDO JORGE FERNANDES(PS):– Questiona se o

relatório foi dado a conhecer nos 10 dias de lei.

----LUIS MIGUEL MENDONÇA (PS): – Questiona se

José Eduardo Matos teve conhecimento do relató-

rio. --------------------------------------------

----JOSÉ EDUARDO DE MATOS (Presidente da AM):-

Respondeu a ambos, sendo o circuito interno

conhecido. Não faz sentido a teoria de que o

anterior executivo adiou o dar a conhecer, pois

procedeu como nos anteriores relatórios ou pra-

zos.---------------------------------------------

----Não havendo mais assuntos a analisar ou deci-

dir, o Presidente da Assembleia deu por encerra-

dos os trabalhos, eram zero horas e cinco minu-

tos. --------------------------------------------

----Para constar e devidos efeitos, se lavrou a

presente ata que, depois de submetida a aprovação

da Assembleia, vai ser assinada pelos membros da

Mesa. -------------------------------------------

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