ser poeta - florbela espanca
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Ser PoetaSer PoetaFlorbela Espanca
Semana Aberta – Recital de Poesia
Ser poeta é ser mais alto, é ser maiorDo que os homens! Morder como quem beija!É ser mendigo e dar como quem sejaRei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendorE não saber sequer que se deseja!É ter cá dentro um astro que flameja,É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de infinito!Por elmo, as manhãs de ouro e de cetim…É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…É seres alma e sangue e vida em mimE dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Biografia
1894 - 1930
Poetisa portuguesa, de nome completo Florbela de Alma da Conceição Espanca, nasceu a 8 de Dezembro de 1894, em Vila Viçosa, Alentejo. Depois de concluir o Liceu em Évora, frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa.
Editou o seu primeiro livro em 1919 cujo título é “Livro de mágoas”.
A sua vida de trinta e seis anos foi agitada, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.
Os seus três casamentos falhados, as desilusões amorosas e a morte prematura do seu irmão, marcaram profundamente a sua obra. Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, a poetisa suicidou-se em Matosinhos.
Fim
Ana Rita Bastos – 7º D