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Edição 581 - 17.07.2015 Informativo eletrônico semanal do mandato Na tribuna, Villa afirmou que o constante bombardeio sobre o “caos nas finanças do Estado”, com direito a caravanas pelo interior do RS, não foi mais do que uma artimanha para lastrear as medidas que o governador e o seu partido costumam apresentar aos gaúchos quando estão no governo: arrocho salarial, descomprometer-se com o custeio da máquina pública, cortes em investimentos sociais, paralisações de obras, aumento de impostos e privatizações. Em artigo publicado no jornal eletrônico Sul21 na quinta-feira (16), o deputado voltou a reforçar esta posição. PÁGINA 02 Diogo Baigorra Dilma supera entraves e entrega obras à sociedade A inauguração realizada na quarta-feira (15) pela presidenta Dilma da Ponte Anita Garibaldi sobre a BR 101, em Laguna (SC), é uma significativa mostra da superação dos entraves para realização de obras de infraestrutura no Brasil. PÁGINA 03 Rogério de Melo/PR Senhor governador, não apequene o RS

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Edição 581 - 17.07.2015Informativo eletrônico semanal do mandato

Na tribuna, Villa afirmou que o constante bombardeio sobre o “caos nas finanças do Estado”,com direito a caravanas pelo interior do RS, não foi mais do que uma artimanha para lastrear asmedidas que o governador e o seu partido costumam apresentar aos gaúchos quando estão no

governo: arrocho salarial, descomprometer-se com o custeio da máquina pública, cortes eminvestimentos sociais, paralisações de obras, aumento de impostos e privatizações. Em artigo

publicado no jornal eletrônico Sul21 na quinta-feira (16), o deputado voltou a reforçar esta posição.

PÁGINA 02

Diogo Baigorra

Dilma superaentraves eentrega obrasà sociedadeA inauguração realizada naquarta-feira (15) pela presidentaDilma da Ponte Anita Garibaldisobre a BR 101, em Laguna (SC),é uma significativa mostra dasuperação dos entraves pararealização de obras deinfraestrutura no Brasil. PÁGINA 03

Rogério de Melo/PR

Senhor governador, não apequene o RS

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GRANDE EXPEDIENTE

02

O Estado não pode abdicar de suasfunções públicas e penalizar o servidor

Apoiando o servidor contra oapequenamento do Estado e apenalização dos cidadãos” foi o títulodo Grande Expediente de Villa antece-dendo a votação da Lei Diretrizes Or-çamentárias (LDO) no plenário daAssembleia Legislativa na tarde de ter-ça-feira (14). Inicialmente, Villa asso-ciou data à queda da Bastilha e do ab-solutismo na França, em 1789, com re-percussões “que se estenderam pelomundo e pelo tempo, chegando a nossaera como um ensinamento atualizadoda luta pelos direitos humanos e pelasliberdades dos cidadãos”.

O parlamentar ainda contextualizouo atual momento que, em meio a umaonda conservadora que defende a di-minuição do Estado, “agiganta-se umraivoso ataque ao que chamamos deFunções Públicas de Estado, quem sabepretendendo retomar a tentativa deimplementar o neoliberalismo tardio emsolo riograndense”, disse.

Para Villa, em nosso estado, o cons-tante bombardeio sobre o “caos nas fi-nanças”, com direito a caravanas pelointerior do RS, não foi mais do que umaartimanha para lastrear as medidas queo governador e o seu partido costumamapresentar aos gaúchos quando estãono governo: arrocho salarial,descomprometer-se com o custeio damáquina pública, cortes em investimen-tos sociais, paralisações de obras, au-mento de impostos e privatizações.

Conforme o deputado, o alegado epropalado déficit orçamentário é a ante-sala de que as únicas saídas são as redu-ções de despesas, o aumento de impostose as privatizações. ”Pelo jeito, não existea hipótese do governo trabalhar de modoeficaz e arduamente para buscar fontesalternativas de receita”, criticou.

LDOO parlamentar ressaltou que, muito

mais do que um debate ideológico, aca-dêmico ou de gestão, o tema da LDOimpacta sobremaneira a vida dos cida-dãos. “Enquanto a desconstrução do es-tado rebaixa o patamar de vida das pes-soas e ataca direitos essenciais da cida-dania, o fortalecimento deste trata deuniversalizar direitos para elevar o pa-drão de cidadania de nossa sociedade”.

A capacidade pública de Estado emnosso país é em média 20% inferior aos

países da Organização para a Coopera-ção e Desenvolvimento Econômico(OCDE), ou seja, dos países que com-põem o núcleo orgânico do sistema ca-pitalista, os chamados países centrais.Mas esta informação é muitas vezessonegada para confundir o debate, dei-xando transparecer que aqui é o inver-so, que aqui o Estado é pesado e atra-palha. “Sem o menor respeito por estepatrimônio de propriedade coletiva, queé o Estado, naturalmente tratam desucateá-lo para vender seus bens porvalor baixo, acessível aos detentores depoder econômico”, sustentou Villa.

“É a cantilena da privatização quejá conhecemos. Nos anos 90, o Brasil eo RS já vivenciaram esta traumáticaexperiência. Empresas públicas foramvendidas a preço de banana lá e aqui, enão podemos esquecer que este era umtempo de demissões e arrocho salarialaos servidores públicos quando ocorre-ram drásticas reduções das funções deEstado. Houve, ainda, a explosão dadívida pública, dos juros e da inflação.Aqui em solo gaúcho, com as vendas daCRT, da Caixa Econômica Estadual, departe da CEEE e tentativa do Banrisulque, aliás, segue na mira especulativapara ser vendido se vingar o costumei-ro balão de ensaio que repetidamenteprega esta saída. O Banrisul só não foiprivatizado por que nas eleições de1998, o governador eleito Olívio Dutra

Agiganta-se um raivosoataque ao que chamamos

de Funções Públicas deEstado, quem sabe

pretendendo retomar atentativa de implementar

o neoliberalismo tardioem solo riograndense

Villa

Leia mais em http://goo.gl/1mHgxR

Stephanie Gomes/Agência ALRS

interrompeu a ciranda e o balcãoneoliberal de negócios”, disse Villa.

Privatizações e Demissões

Os recursos com a privatizações nogoverno Britto representaram o equiva-lente ao orçamento do estado de um ano.Mesmo assim a dívida aumentou em 122,3% no período de maior endividamentodo Rio Grande do Sul. Diminuindo os re-cursos humanos do RS, Britto aindaimplementou os Planos de DemissõesVoluntárias (PDV’s) e a não reposição dosservidores. Foram 47.685 matrículas amenos do início ao final do governo, dasquais 19.903 na administração direta e27.782 na administração indireta.

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GOVERNO DILMA

03

presidenta Dilma Rousseff afirmouna quarta-feira (15), que a inauguraçãoda ponte Anita Garibaldi sobre a BR 101,em Laguna (SC), é uma mostra da supe-ração dos entraves para realização deobras de infraestrutura no Brasil.

Localizada a 120 km da capitalFlorianópolis, a ponte, que tem 2.830metros de extensão, levou 38 mesespara ser construída. Ela integra um pro-cesso de duplicação, em Santa Catarina,

A

Nova ponte em Laguna aproximaSanta Catarina e o Rio Grande do Sul

da BR 101, principal corredor de acessoaos países do Cone Sul do Mercosul e amais importante ligação rodoviária en-tre São Paulo e Buenos Aires. Importan-te para a economia da região Sul, foirealizada por meio de uma parceria desucesso entre o governo federal e o es-tado, lembrou a presidenta.

“Nós conseguimos realizar essa pon-te porque superamos todos os entraves,que no Brasil há, para se realizar obras

de infraestrutura. Fizemos um grandeesforço, utilizamos uma sistemáticasimplificada, o RDC [Regime Diferenci-ado de Contratação]. Mas, também,usamos a colaboração entre governofederal e o governo estadual”.

Dilma sustentou que o Brasil precisater infraestrutura de qualidade parapoder desenvolver indústria, garantirempregos e a mobilidade pelo País, comsegurança do tráfego para a população.A presidenta acrescentou que a obrapermitirá que se atravesse o estado emuma estrada de duas mãos.

“É, de fato, uma obra muito bonitae, sem dúvida, vai virar um cartão pos-tal de Santa Catarina, de Laguna e doBrasil”, disse. E será referência inter-nacional também, acrescentou, “porque,por aqui, trafegam todos aqueles que,vindos da Argentina, do Uruguai, ou empasseio por essa região do Brasil, vãover a maravilha dessa realização que,junto com as obras da natureza, adornaa beleza do litoral catarinense”.

A travessia revitalizada vai facilitartambém o fluxo de gaúchos para o lito-ral catarinense que registrou severosengarrafamentos na BR 101 do ladocatarinense, aos fins de semana e noperíodo de veraneio.

Roberto Stuckert Filho/PR

Visita à Europa tem bom resultado e italianos jáquerem comprar avião cargueiro feito no Brasil

O Brasil está fazendo uma política de comércio exteriorforte e ativa para abrir mercados e estimular exportações,de acordo com as informações prestadas pela presidentaDilma Rousseff neste sábado (11), em entrevista coletivaconcedida após visitar o Pavilhão Brasil, na Expo Milão 2015.

“Nesse sentido, a Itália vai representar um grande mer-cado para nós. Assim como a Rússia, que abriu o mercadode leite ao Brasil”, afirmou. Segundo a presidenta, os itali-anos mostraram interesse em comprar o cargueiro giganteKC 390, a maior aeronave desenvolvida e produzida no país.

“É um grande avião de carga que vai substituir osHércules [usados pela FAB], fabricados pelos Estados Uni-dos. Além de ser um avião de transporte de carga pesada, éum jato, o que modifica as oportunidades de transporteque ele tem”. A aeronave realizou o primeiro voo experi-mental em fevereiro e a primeira entrega para a Força Aé-rea Brasileira (FAB) está prevista para o segundo semestrede 2016.

Roberto Stuckert Filho/PR

Atualmente, 1,2 mil empresas italianastêm negócios no Brasil, em diversossetores, como o de automóveis

!

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IPÊ

XVI Jornada da ViticulturaGaúcha destaca potencial do setor

m roteiro pelo município de Ipê, na serra gaúcha, Villa, ao lado da vereadoraGislaine Zilioto, que preside a Câmara Municipal, e do diretor-executivo daFederação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), HelioMarchioro, participou da XVI Jornada Viticultura Gaúcha na manhã desta quar-ta-feira (15). No primeiro momento, foram apresentados dados referentes àsafra 2015 para um público estimado em mais de 600 pessoas.

Segundo Marchioro, a programação desta edição da Jornada nasceudas demandas apresentadas pelos grupos de municípios que participaramdas oficinas pré-Jornada, que contaram com expressiva participação deagricultores, gestores, mulheres e jovens. “A preocupação com a conti-nuidade da agricultura familiar, o uso de novas tecnologias para o desen-volvimento do negócio e a modernização a serviço do produtor foramtemas muito fortes e que se destacaram nesses grupos”, afirmou ele.

Para Villa, que tem uma larga trajetória de apoio ao setor, a viticulturatem grande relevância econômica, cultural e social para o desenvolvimentodo estado e do Brasil. O debate do seminário se centrou em temas como asdificuldades para estabelecer um preço mínimo para a uva, a remuneraçãodos agricultores, o uso da tecnologia no processo e a manutenção da famíliaà frente da produção rural.

Villa defendeu o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao fomen-to das cooperativas e da produção orgânica cooperativada. Também desta-cou que são necessários incentivos para que o jovem deseje permanecer nocampo. Nesse sentido, o deputado falou que é preciso promover uma educa-ção voltada para a agricultura através das escolas agrícolas.

O debate, que também reflete sobre a modernização das práticas docultivo da uva e do vinho, se estende pela tarde, até às 16h, com painéissimultâneos em diferentes espaços, com o objetivo de debater estratégi-as para a racionalização dos custos de produção.

E FOTOS: Jocelito Queiroz

A audiência pública propos-ta por Villa para debater os cor-tes de recursos para a Univer-sidade Estadual do RS (Uergs)foi o tema do encontro com areitora da instituição, Arisa daLuz, na manhã de quinta-feira(16), no gabinete parlamentar.Villa informou à reitora que a

audiência pública, aprovada em junho na Comissão de Educa-ção, provavelmente será realizada no dia 25 de agosto.

Arisa falou ao deputado sobre as necessidades da univer-sidade em termos de infraestrutura e recursos financeirospara financiar bolsas de auxílio acadêmico e disse que a au-diência pública será um importante espaço de debate.

Integrante da comissão de formulação que deu viabilidade àUergs, quando era secretário estadual no governo Olívio Dutra(1999/2002), Villa ressaltou o compromisso do mandato com ainstituição. “A Uergs tem que ser entendida pelo atual governocomo uma universidade que alavanca o desenvolvimento gaú-cho em todas as áreas”, disse. Segundo ele, “a instituição temque puxar o governo e não o governo empurrar a Uergs”.

Audiência pública vai debatercortes de recursos para a Uergs

No encontro, Villa defendeu o fortalecimentodas políticas públicas voltadas ao fomentodas cooperativas e da produção orgânica

cooperativada

Diogo Baigorra

EDUCAÇÃO CAMPANHA SALARIAL

23º Encontro Nacional d@sBanrisulenses ocorre neste sábado

O 23º Encontro Nacionald@s Banrisulenses, marcadopara este sábado (18), foi oassunto da reunião entreVilla e o diretor da FetrafiCarlos Augusto Rocha namanhã desta quinta-feira(16). Convidado a palestrar

na atividade, Villa destacou que os bancários precisam mo-bilizar-se na defesa dos bancos públicos, em particular oBanrisul, ameaçado de privatização pelo governo Sartori.

O evento, preparatório à campanha salarial 2015, é com-posto por painéis sobre conjuntura econômica, análise dobalanço do Banrisul e conjuntura estadual. No final de sema-na passado, Villa já havia participado da 17ª ConferênciaEstadual da categoria, que definiu a pauta de reivindicaçõesdos bancários gaúchos. O principal tema da discussão foi oíndice de em 10% de aumento real, mais a inflação acumula-da até a data base da categoria, em 1º de setembro. Alémdisso, os trabalhadores do setor financeiro no RS queremuma participação nos lucros composta por três salários, adi-cionados da verba fixa de R$ 7.184,35.

Diogo Baigorra

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DESENVOLVIMENTO DO RS

05

IV Congresso da UEE/RS reforça posiçãocontrária à redução da maioridade penal

m reuniões com o diretor do BancoNacional do Desenvolvimento (BNDES),José Henrique Paim, na segunda-feira(13), no Rio de Janeiro, Villa tratou dediversos assuntos de interesse de co-munidades gaúchas que contam com oapoio financeiro da instituição fede-ral, onde possuem projetos em análi-se final.

Um dos temas foi a chamada Estra-da dos Aterrados de Taquari. Villa re-forçou a solicitação do prefeito,Emanuel Hassen de Jesus (Maneco), deretomada das obras desta demandahistórica da região do Vale do Taquari.

O trajeto de 7,22 quilômetros ligaráo acesso municipal de Taquari, no en-troncamento com a RSC-287, à cidadede Paverama, no encontro com a BR-386,em Tabaí, unindo os três municípios.

E Atualmente, o banco procede umaavaliação da documentação para libe-rar o pagamento da obra. ConformeVilla, a ligação “é mais uma obra dosgovernos Dilma e Tarso que reflete aparceria com os municípios”.

Outro assunto abordado com Paimforam as vias de Alvorada. O vereadorJuliano Marinho pediu a Villa que res-saltasse a importância da retomada dasobras de quatro ruas no município deAlvorada. A Metroplan emitiu ordem deinício para obras em outubro de 2014e agora o estado aguarda aprovaçãodo BNDES para retomá-las. O deputa-do também informou que a comunida-de alvoradense está temerosa de queo processo de licitação tenha que serrealizado novamente.

Villa ainda acompanhou audiência

de Paim com dirigentes da Central deCooperativas da Serra Gaúcha(CENECOOP), que reúne entidades co-operativas Garibaldi, Pradense, SãoJoão e Nova Aliança, que tem projetopara construção de uma concentradorade sucos de uva e frutas. Para Villa,que tem uma larga trajetória de apoioao setor da vitivinicultura, o trabalhodas cooperativas do setor estimula odesenvolvimento e a valorização dacadeia vinícola, especialmente a deorigem familiar. “As cooperativasvitivinícolas aliam infraestruturatecnológica, capacidade de investi-mentos e luta por uma melhor remu-neração do trabalho e da qualidade devida dos envolvidos no processo deprodução, inserindo-se de maneira efe-tiva no mercado”, pontua o deputado.

Fotos: Divulgação BNDES

a manhã de sábado (11), Villa participei da abertura do IVCongresso da União Estadual de Estudantes Livres do RS (UEE/RS). Na saudação, o deputado alertou para os perigos que ron-dam a democracia, lembrando dos ataques que a juventude bra-sileira, em especial, vem sofrendo com o crescimento doconservadorismo da Câmara dos Deputados na gestão de Eduar-do Cunha.

Na avaliação de Villa, foi um importante momento para de-bater temas como a redução da maioridade penal, os ataquesaos planos de educação e a terceirização

Ele ressalta que o momento exige uma constante presença dos movimentos sociais nas ruas mobilizadoscontras” os retrocessos. Só a pressão, a unidade e a mobilização serão capazes de resistir a esta onda conserva-dora e golpista em curso no Brasil”.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, afirmou que só uma reorientação na política econômica do governo,para recompor nossa base social, e as mobilizações de rua podem barrar o retrocesso, a austeridade e o golpismo.

Também estavam presente na atividade, o secretário nacional de juventude do governo Dilma, Gabriel Medina;Amarildo Pedro Cenci, do Sinpro; e muitos jovens representando os movimentos estudantis e sociais.

Deputado cumpre agendas no BNDES no RJ

N Anderson Nunes

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ALEGRETE

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CONVITE

Ao lado doc o m p a n h e i r oMarcola, Villaparticipou da ple-nária do mandatodo vereadorpelotense, quereuniu um gran-de público na noi-te de quinta-feira(16) no TeresinhaFoot Bool Club e também contou com a presença da deputadaestadual Miriam Marroni.

No encontro, o deputado reafirmou o compromisso do man-dato com o desenvolvimento do município da metade do Sul doestado e reforçamos a necessidade da unidade do Partido dosTrabalhadores na defesa dos avanços sociais e contra os retro-cessos conservadores.

Plenária do vereadorMarcola, de Pelotas

BALANÇO DO MANDATO

Jocelito Queiroz

Na sexta-feira (29), os mi-nistérios da Educação e daSaúde autorizaram a abertu-ra de 2.290 vagas para alu-nos de medicina em institui-ções particulares de dez es-tados do país.

No Rio Grande do Sul, foramcontempladas instituições detrês municípios: UniversidadeIntegrada do Alto Uruguai dasMissões (Erechim); FaculdadeEstácio de Ijuí (Ijuí); e Univer-sidade Feevale (Novo Hambur-go). Juntas, as três universida-de oferecerão 165 vagas.

A abertura destes cursos re-força a valorização da saúde,que sempre foi uma marca dogoverno Dilma, e vai ao encon-tro do programa Mais Médicos,que completou dois anos naquarta passada. Também res-salta o lema “Pátria Educado-ra” do segundo governo deDilma.

Novos cursosde medicina

esta sexta-feira (17), foi inaugurada mais uma unidade da Estratégiada Saúde da Família (ESF) em Alegrete, no bairro Boa Vista. A unidadeatende, também, os bairros Restinga, Vila Isabel e Joaquim Fonseca Milano,além dos quilombolas da localidade do Angico.

Ao todo, o investimento na reforma e ampliação do espaço do antigoCentro Odontológico é de R$ 101 mil, com recursos do programa federalde Requalificação de Unidades Básicas de Saúde.

N

Município inaugura ESF Boa Vista

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ARTIGO

07

Apoiando o servidor contra oapequenamento do Estado e apenalização dos cidadãos” foi o título doGrande Expediente que promovi antece-dendo a votação da Lei Diretrizes Orça-mentárias (LDO) no plenário daAssembleia Legislativa na tarde de ter-ça-feira, dia 14 de julho.

Inicialmente, associei a data à quedada Bastilha e do absolutismo na França,em 1789, com repercussões que se es-tenderam pelo mundo e pelo tempo, che-gando a nossa era como um ensinamentoatualizado da luta pelos direitos huma-nos e pelas liberdades dos cidadãos.

Ainda contextualizei o atual momen-to em que, meio a uma onda conserva-dora que defende a diminuição do Esta-do, agiganta-se um raivoso ataque aoque chamamos de Funções Públicas deEstado, quem sabe pretendendo retomara tentativa de implementar oneoliberalismo tardio em soloriograndense.

Em nosso estado, o constante bombar-deio sobre o “caos nas finanças”, com di-reito a caravanas pelo interior do RS, nãofoi mais do que uma artimanha paralastrear as medidas que o governador e oseu partido costumam apresentar aos gaú-chos, quando estão no governo: arrochosalarial, descomprometer-se com o cus-teio da máquina pública, cortes em inves-timentos sociais, paralisações de obras,aumento de impostos e privatizações. Oalegado e propalado déficit orçamentárioé a ante-sala de que as únicas saídas sãoas reduções de despesas, o aumento deimpostos e as privatizações. Pelo jeito,não existe a hipótese do governo traba-lhar de modo eficaz e arduamente parabuscar fontes alternativas de receita.

Muito mais do que um debate ideoló-gico, acadêmico ou de gestão, o tema daLDO impacta sobremaneira a vida doscidadãos. Enquanto a desconstrução doestado rebaixa o patamar de vida daspessoas e ataca direitos essenciais dacidadania, o fortalecimento deste tratade universalizar direitos para elevar opadrão de cidadania de nossa sociedade.

A capacidade pública de Estado emnosso país é em média 20% inferior aospaíses da OCDE, ou seja, dos países quecompõem o núcleo orgânico do sistemacapitalista, os chamados países centrais.Mas esta informação é muitas vezessonegada para confundir o debate, dei-xando transparecer que aqui é o inver-

Senhor governador: não apequene o Estado*

so, que aqui o Estado é pesado e atra-palha. Sem o menor respeito por estepatrimônio de propriedade coletiva, queé o Estado, naturalmente tratam desucateá-lo para vender seus bens porvalor baixo, acessível aos detentores depoder econômico.

É a cantilena da privatização que jáconhecemos. Nos anos 90, o Brasil e o RSjá vivenciaram esta traumática experi-ência. Empresas públicas foram vendidasa preço de banana lá e aqui, e não pode-mos esquecer que este era um tempo dedemissões e arrocho salarial aos servido-res públicos quando ocorreram drásticasreduções das funções de Estado. Houve,ainda, a explosão da dívida pública, dosjuros e da inflação. Aqui em solo gaúcho,com as vendas da CRT, da Caixa Econô-mica Estadual, de parte da CEEE e tenta-tiva do Banrisul que, aliás, segue na miraespeculativa para ser vendido se vingaro costumeiro balão de ensaio que repeti-damente prega esta saída. O Banrisul sónão foi privatizado por que nas eleiçõesde 1998, o governador eleito Olívio Dutrainterrompeu a ciranda e o balcãoneoliberal de negócios.

Os recursos com a privatizações no

governo Britto representaram o equiva-lente ao orçamento do estado de um ano.Mesmo assim a dívida aumentou em 122,3% no período de maior endividamentodo Rio Grande do Sul. Diminuindo os re-cursos humanos do RS, Britto aindaimplementou os PDV’s e a não reposiçãodos servidores. Foram 47.685 matrículasa menos do início ao final do governo,das quais 19.903 na administração dire-ta e 27.782 na administração indireta.Agora, no governo peemedebista deSartori, o PDV reaparece com nova rou-pagem na não nomeação dos servidoresda Segurança, na não reposição de pro-fessores e na redução de técnicos daEmater, através do PDI, um certo Progra-ma de Desligamento Incentivado. É oapequenamento da Emater, da Secreta-ria de Desenvolvimento Rural (SDR), da

Muito mais do que umdebate ideológico,

acadêmico ou de gestão,o tema da LDO impactasobremaneira a vida dos

cidadãos

própria agricultura familiar, assim como,infelizmente diminuídas estão também asáreas da saúde, da educação e da segu-rança pública em nosso estado.

Além disso, Britto negociou, em condi-ções desvantajosas para o estado, a dívi-da do RS com a União, que até hoje se re-fletem na nossa economia. De que serviu avenda do patrimônio e a drástica diminui-ção de servidores se o endividamento doestado cresceu mais de 122% no governoBritto? Por onde escoou o volumoso resul-tado financeiro das privatizações?. Estadofrágil é feito de desconstruções sistemáti-cas como estas, que se somam para geraro diagnóstico do caos, da crise e da inse-gurança, que aterroriza os servidores pú-blicos, atemoriza os gaúchos e espanta in-vestimentos. Uma visão que caminha ace-lerada para o apequenamento estrutural doRS com arrocho salarial, não cumprimentodas correções aprovadas aqui na casa, nãoprevisão de recursos para o custeio, para-lisação de obras, cortes nos investimentosnas políticas sociais e ainda o risco do au-mento de impostos e mais o retorno dasprivatizações. Isto é decorrência da visãoque trata o Estado como empecilho ao de-senvolvimento e usa um discurso, que éum subterfúgio para implementar um mo-delo de gestão que concede todas asbenesses à iniciativa particular, como, demodo inverso, sugere reservar ao estadoapenas as tarefas mínimas nas áreas desaúde, segurança e educação, e ainda as-sim precarizadas. Como se as outras nãotivessem a mesma importância na políticaadministrativa e institucional do governo,colocando outros serviços tão somente àexposição ao lucro. Além de atribuir aosservidores as causas dos problemas e dasdificuldades, ele é o primeiro a pagar a con-ta alta, exagerada, da “incompetência”gerencial”. Esta é a concepção que leva àsubtração de recursos da segurança, im-pondo a falta de policiais civis e militaresnas ruas, para proteger uma sociedade cadavez mais escandalizada e temerosa peloavanço do crime organizado que diariamen-te exibe o seu poder crescente nos assal-tos, nos roubos e nos assassinatos.

Leia mais em http://goo.gl/TOJrkz

*Artigo publicado no jornal eletrônico em 16

de julho de 2015

**Professor, engenheiro e deputado estadual

(PT-RS)

ADÃO VILLAVERDE**

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Mais trapalhadas do Executivo estadual

(DES)GOVERNO SARTORI

1. A perspectiva de que os servido-res poderão receber, no máximo, R$ 2mil líquidos no fim de julho – com paga-mento do restante dos salários entre 20e 25 de agosto – é encarada por sindi-catos de servidores públicos como mo-tivo para uma greve generalizada.

2. Uma assembleia geral extraordi-nária conjunta de servidores de todasas áreas está agendada para 18 de agos-to, conforme a Federação Sindical dosServidores Públicos no Estado(Fessergs). Em caso do parcelamento dossalários do funcionalismo ser confirma-do, a reunião até poderá ser antecipa-da.” O governador, como autoridademáxima, não pode ser a primeira adescumprir a lei, que obriga o pagamen-to dos salários até o último dia do mês.

3. Os servidores contabilizam que areceita do governo é maior que a des-pesa. A arrecadação líquida previstapara julho é de R$ 2 bilhões já com osrepasses às prefeituras descontados. Afolha de pagamento é de R$ 1,1 bilhão.Somando-se R$ 84,2 milhões de consig-nações e mais R$ 300 milhões de re-passes a outros poderes ainda há sobrano caixa, conforme os funcionários pú-blicos que querem saber, bem direiti-nho, quanto entra no Tesouro, contan-do quatro pontos: aumento da tarifa deenergia, inflação que impacta o ICMS,Cide e a movimentação financeira de-corrente da safra recorde de grãos.

4. O professor de Direito Adminis-trativo da PUCRS e da UFRGS, JuarezFreitas, faz um alerta: descumprir de-cisão judicial sem provar a absolutainviabilidade do caixa pode levar, emtese, a desdobramentos drásticos.

5. Em sentido similar, odesembargador Tulio Martins, do Tribu-nal de Justiça, afirma que Sartori tem queprovar a alardeada falta de recursos. ”O

estado precisa honrar com todos os seuscompromissos”, destaca Martins.

6. Com sua característica falta decompetência administrativa que impe-de o planejamento da gestão, o gover-no vai esperar até os últimos dias domês para confirmar como vai pagar afolha do funcionalismo de julho. OPiratini divulgou uma nota em que nãoconfirma - mas também não nega – ainformação e sustenta apenas que osdados citados não são oficiais.

7. O próprio pagamento do 13º salá-rio do funcionalismo público deverá serfeito por empréstimos tomados pelo go-verno junto ao Banrisul, repetindo asaída empregada pelo governo do PMDBrepresentado por Germano Rigotto.

8. A comentarista política do Correiodo Povo, Taline Oppitz, prevê temposdifíceis para a relação de Sartori comsua base. Segundo ela, “a aprovação doprojeto original da LDO nem de longe re-presenta garantia de que a união da basealiada seguirá convicta e inabalável”.

9. A jornalista informa que tambémestão na lista propostas vedando a servi-dores públicos a incorporação de funçãogratificada entre diferentes poderes parafins de aposentadoria e a de revisão elimitação da concessão de benefícios fis-cais para os anos de 2016, 2017 e 2018.

10. A falta de repasses à Saúde pelogoverno Sartori caracteriza uma situa-ção que preocupa uma série de entida-des do setor e o vice-presidente do Par-lamento. “Os hospitais não têm maisde onde tirar recursos para se mante-rem. São empresas falidas que não con-seguem mais pagar salários, fornece-dores e outros compromissos. Somen-te neste semestre de 2015 foram maisde 5,6 mil profissionais de saúde queperderam seus empregos”, assinala odeputado Ronaldo Santini (PTB).

11. O plebiscito para privatizaçõesno RS, segundo jornalista especializadoem Economia, Affonso Ritter, vai mes-mo acontecer devendo ser marcada adata para o próximo dia 15 de novem-bro, ou nas eleições municipais do anovindouro. De acordo com ele, estão namira da venda que precisa legalmentepassar pela consulta da população esta-tais como Banrisul, CEEE, Corsan, CRM,Sulgás, Cesa, Procergs e Corag.

12. O RS é um estado congelado pelaLDO na opinião do presidente da Asso-ciação do Ministério Público do Rio Gran-de do Sul (AMP-RS) Sérgio Hiane Harris,expressa em artigo publicado nesta sex-ta-feira (17) em jornal da capital. “Apostura do governo de impor o conge-lamento orçamentário a si e aos demaispoderes e instituições por meio da Leide Diretrizes Orçamentárias (LDO) con-figura inevitável prejuízo aos serviçose servidores públicos, especialmente osvinculados ao Executivo”.

13. Como entender a ojeriza estraté-gica do governo Sartori em buscar em-préstimos para financiar as políticas pú-blicas se os setores da cadeia produtivado estado e do país movimentam-se comrecursos financeiros emprestados? Paraque existem bancos privados e públicosde fomento à produção se não é para pro-porcionar valores para investimentos?Sartori recorre apenas à receita caseirada sua mama, que deve ter empregadocomo prefeito, gastando só o que arre-cada? Elegeu-se, afinal, um governadordos gaúchos ou um contador doméstico?

14. A nota extremamente dura doUgeirm (Sindicato dos Escrivães, Ins-petores e Investigadores de Polícia doRS) sobre a morte do policial civilValdecir Machado definindo o que cha-ma de política assassina do governoSartori reflete o sentimento de insegu-rança de policiais e cidadãos.

15. Em discurso no dia 14 de julho natribuna, e em artigo no Sul21, Villa pe-diu para o governador e sua base aliadanão apequenarem o estado, jogando acrise financeira para os servidores pa-gar, precarizando os serviços públicos epenalizando os cidadãos. Na sessão, comgalerias lotadas, que aprovou a LDO con-gelando os salários, 32 deputados vota-ram com o governo e sem subir à tribu-na para defender a legislação encami-nhada por Sartori, permaneceram cala-dos, como se tivessem uma venda fixa-da nos lábios proibindo-os de falar.

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Arte de João Paulo Hassen

Page 9: Senhor governador, não apequene o RS - adaovillaverde.com.br · rea Brasileir a (FAB) está prev ista par a o segundo semestre de 2016. Roberto Stuckert Filho/PR Atualmente, 1,2

MEMÓRIA POLÍTICA

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A falta que fazem a coragem ea sensibilidade de Zezinho Oliveira

m apelido simplório e comum, comoZezinho, merecia uma adjetivação paralivrá-lo da singeleza. Então inventavam:Zezinho Coragem, Zezinho Coração,Zezinho do PT. A imprensa conservado-ra, cúmplice da terminologia da dita-dura, chamava-o de Zezinho Guerrilha.Pelas costas, é claro, por que taissabujos careciam de coragem para di-zer-lhe o pejorativo cara a cara.

Zezinho, que era doce com os ami-gos e muito duro com os adversários,daria uma resposta devastadora a quemse atrevesse a confrontá-lo.

Zezinho não deixou livros publica-dos, como outros jovens pensadoresgaúchos que perdemos precocemente(entre os quais, Daniel Herz, SergioJacaré Metz, Adelmo Genro Filho...).Mas seu legado é lembrado por muitos,passados 24 anos desde sua morte pre-matura, em 15 de julho de 1991 – seisdias antes de completar 33 anos, em21 de julho.

O deputado Adão Villaverde é dos querecorre a citações de Zezinho para ca-racterizar situações cotidianas.Jaqueline Ferreira, que estudava Psi-cologia quando trabalhou na livraria depropriedade de Zezinho, no inicio dosanos 1980, conta que muitas das fra-ses de autoria do Zezinho estão escri-tas em versos de fotografias ou emdedicatórias de livros com os quais pre-senteava os amigos. Às vezes, mesmoem livros que vendia, se lhe ocorria umpensamento significativo, Zezinho es-crevia a ideia, com letra desenhada, àguiza de lembrança daquela aquisição.

No verso de um retrato datado doseu natalício de 23 anos, em 21 de ju-lho de 1982, em que aparece discursan-do com líderes do nascente Partido dos

Trabalhadores, Zezinho escreveu ende-reçando a dedicatória aos pais: “Ma-ria, Jaurí. Quem acredita no que faz eno que constrói tem mais que esperan-ças: tem certeza na vitória. O verme-lho desta bandeira é uma esperança euma certeza num mar de amor e liber-dade”. E por onde andariam escritos le-gados por ele?

Talvez guardados pelo ex-deputadoRaul Pont de quem foi chefe de gabinete?

O amigo Rualdo Menegat lembra queum álbum de fotografias foi feito quan-do houve uma sessão em sua memória,um mês depois de seu passamento.“Esse álbum, até onde me lembro, esta-va sob a guarda da então vereadora He-lena Bonumá. Por ocasião dessa sessão,foi passado um vídeo com vários depoi-mentos de pessoas que o conheciam.Esse vídeo teve como realizadora aLetícia (amiga da Luciane Fagundes) e/ou Beto Rodrigues. Sobre o espólio dele– manuscritos, escritos, etc. – acho queficou com a mãe dele. Não acredito quehouvesse muito material escrito, masnão saberia informar com mais precisãose ele teria ou não algum livro ou textoem preparação”. Onde andará estevídeo, Beto Rodrigues?

A psicóloga lembra com carinho dasprincipais qualidades do amigo. “Eramuito carismático e principalmenteagregador. Sempre havia pessoas em suavolta interessadas em suas ideias. Eramuito maduro para a idade que tinha.Ninguém acreditava que ele tinha 21anos quando falava em um mesmo am-biente que Lula e Olívio Dutra no iníciodo PT”, depõe ela. “Todos respeitavamsua opinião e o ouviam como uma refe-rência, política, filosófica, de vida até”.

Era inteligente e culto. Lia muito e

fazia questão de compartilharensinamentos tanto com amigos comocom estranhos. Por isso, abriu a livrariaCombate, que foi atacada durante a di-tadura por supostos grupos paramilitares.

Jaqueline acredita que hoje, vivo ecinquentão amadurecido, certamenteZezinho teria uma contribuição signifi-cativa a dar à sociedade. Podia, quemsabe, ser um pensador brilhante, umgestor inovador, um parlamentar atu-ante, um professor vibrante...

Em 3 de julho de 2010, o jornalistaOlides Canton escreveu no blog “Deolhos e ouvidos” o que chamou de “Asaga do militante José Carlos Dias deOliveira”. E acrescentava, por malícia,o ‘Guerrilha’ por conta e já sem riscode deparar-se com um irado e furibun-do Zezinho.

À época, Canton conta que ouviu amãe de Zezinho, dona Maria, em suacasa na rua Tomás Flores no Bomfim,recordar com orgulho do filho que cur-sou quatro faculdades na PUC e na UFRGS(Economia, Direito, Jornalismo e Histó-ria) sem concluir nenhuma, porque di-zia que os professores não contempla-vam a necessidade de conhecimentosaprofundados que ele precisava.

“Dona Maria lembra que o filho via-java muito e ela guarda num álbum defamília muitos fotos que o filho fez emParis, quando esteve num congresso so-cialista. Sobre a doença que o matou,ela não comenta nada. Só disse que oamigo dele, Gerson Almeida, que depoisfoi vereador do PT em Porto Alegre, foimuito solidário ao filho, tendo ficadocom ele no hospital até o falecimento.

U

Com 23 anos, Zezinhodiscursa em ato do PTcom Olívio e Lula emjulho de 1982

Reprodução álbum de família

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Placa com onome da tra-vessa no cen-tro de PortoAlegre