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Seminário de Daniel 1 AGE: Instituto de Agricultura e Evangelismo Classe: Seminário de Daniel Professor: Silverino Kull Tema: O Cativeiro Babilônico Daniel Capítulo 1. O Cativeiro Babilônico Daniel Capítulo 1:1-4. A Invasão de Jerusalém Daniel Capítulo 1: 5-7. Satanás Tenta Influenciar Daniel e Seus Amigos Daniel Capítulo 1: 8-16. Daniel se Recusa a Comer a Mesa do Rei Daniel Capítulo 1: 17-21. A Superioridade de Daniel e Seus Amigos Introdução Geral ao Livro Nesses últimos dias em que estamos, devemos estudar meticulosamente os livros proféticos, especialmente o de Daniel e Apocalipse, para sabermos em que escala dos eventos finais estamos, e o que nos compete ser diante da crescente apostasia que tem anulado a influência do povo de DEUS. Vejamos algumas declarações do Espirito de Profecia, concernente a relevância do livro de Daniel. Há necessidade de um estudo muito mais aprofundado da Palavra de Deus; especialmente deviam Daniel e Apocalipse receber atenção como nunca antes na história de nossa obra ... Leiam o livro de Daniel. Relembrem, ponto por ponto, a história dos reinos ali representados”. MM CT 334. “No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro uma revelação. O livro que foi selado não é o Apocalipse, mas a porção da profecia de Daniel relativa aos últimos dias. O anjo ordenou: “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo”. AA 585. “Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá”. TPM 116. "Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, as profecias registradas por Daniel demandam nossa especial atenção, visto relacionarem-se com o próprio tempo em que estamos vivendo. PR 457-458. "Fui instruída de que as profecias de Daniel e Apocalipse devem ser impressas em livros pequenos, com as necessárias explicações, e devem ser enviados por todo o mundo." TPM 117. “Grande é a necessidade de examinar o livro de Daniel e o de Apocalipse, e aprender caba lmente os textos, a fim de sabermos o que está escrito”. ME vol. 2. 392. “O livro de Daniel está agora aberto, e a revelação feita por Cristo a João deve vir a todos os habitantes da Terra. Pelo acréscimo do conhecimento deve ser preparado um povo para subsistir nos derradeiros dias”. ME Vol. 2. 105. Terão nossos irmãos em mente que estamos vivendo em meio aos perigos dos últimos dias? Lede Apocalipse em conexão com Daniel. Ensinai essas coisas”. TPM 115. “Deixemos que Daniel fale, que fale o Apocalipse e digam a verdade.” TPM 116. O Livro de Daniel é Dividido em Duas Seções Principais. Divisão Histórica Profética: Estes capítulos contam a história da vida de Daniel, ou de seus companheiros. Ou alguma história literal que ocorreu no período que viveram. Todos estes são histórias que profetizam, pois todos estes acontecimentos novamente se repetirão com o povo de Deus antes da volta de Cristo. Eles também revelam o futuro através da história. Capítulo 1. O Cativeiro Babilônico. Capítulo 3. A Imagem de Ouro e a Fornalha Ardente. Capítulo 4. A Loucura e Conversão de Nabucodonosor.

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Page 1: Seminário de Daniel · Seminário de Daniel 2 Capítulo 5. A Queda de Babilônia. Capítulo 6. Daniel na Cova dos Leões. Divisão Profética Histórica: Estes Capítulos apontam

Seminário de Daniel

1

AGE: Instituto de Agricultura e Evangelismo

Classe: Seminário de Daniel

Professor: Silverino Kull

Tema: O Cativeiro Babilônico

Daniel Capítulo 1. O Cativeiro Babilônico

Daniel Capítulo 1:1-4. A Invasão de Jerusalém

Daniel Capítulo 1: 5-7. Satanás Tenta Influenciar Daniel e Seus Amigos

Daniel Capítulo 1: 8-16. Daniel se Recusa a Comer a Mesa do Rei

Daniel Capítulo 1: 17-21. A Superioridade de Daniel e Seus Amigos

Introdução Geral ao Livro

Nesses últimos dias em que estamos, devemos estudar meticulosamente os livros proféticos,

especialmente o de Daniel e Apocalipse, para sabermos em que escala dos eventos finais estamos, e o que nos

compete ser diante da crescente apostasia que tem anulado a influência do povo de DEUS. Vejamos algumas

declarações do Espirito de Profecia, concernente a relevância do livro de Daniel.

“Há necessidade de um estudo muito mais aprofundado da Palavra de Deus; especialmente deviam Daniel e Apocalipse

receber atenção como nunca antes na história de nossa obra ... Leiam o livro de Daniel. Relembrem, ponto por ponto, a

história dos reinos ali representados”. MM CT 334.

“No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está o complemento do livro de Daniel. Um é uma

profecia; o outro uma revelação. O livro que foi selado não é o Apocalipse, mas a porção da profecia de Daniel relativa aos

últimos dias. O anjo ordenou: “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo”. AA 585.

“Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá”. TPM 116.

"Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, as profecias registradas por Daniel demandam nossa especial atenção,

visto relacionarem-se com o próprio tempo em que estamos vivendo. PR 457-458.

"Fui instruída de que as profecias de Daniel e Apocalipse devem ser impressas em livros pequenos, com as necessárias

explicações, e devem ser enviados por todo o mundo." TPM 117.

“Grande é a necessidade de examinar o livro de Daniel e o de Apocalipse, e aprender cabalmente os textos, a fim de

sabermos o que está escrito”. ME vol. 2. 392.

“O livro de Daniel está agora aberto, e a revelação feita por Cristo a João deve vir a todos os habitantes da Terra. Pelo

acréscimo do conhecimento deve ser preparado um povo para subsistir nos derradeiros dias”. ME Vol. 2. 105.

“Terão nossos irmãos em mente que estamos vivendo em meio aos perigos dos últimos dias? Lede Apocalipse em conexão

com Daniel. Ensinai essas coisas”. TPM 115.

“Deixemos que Daniel fale, que fale o Apocalipse e digam a verdade.” TPM 116.

O Livro de Daniel é Dividido em Duas Seções Principais.

Divisão Histórica Profética:

Estes capítulos contam a história da vida de Daniel, ou de seus companheiros. Ou alguma história literal

que ocorreu no período que viveram. Todos estes são histórias que profetizam, pois todos estes

acontecimentos novamente se repetirão com o povo de Deus antes da volta de Cristo. Eles também

revelam o futuro através da história.

Capítulo 1. O Cativeiro Babilônico.

Capítulo 3. A Imagem de Ouro e a Fornalha Ardente.

Capítulo 4. A Loucura e Conversão de Nabucodonosor.

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Capítulo 5. A Queda de Babilônia.

Capítulo 6. Daniel na Cova dos Leões.

Divisão Profética Histórica:

Estes Capítulos apontam profecias que se cumpririam ao longo da história. Eles revelam acontecimentos

futuros através de profecias.

Capítulo 2. O Sonho de Nabucodonosor.

Capítulo 7. A Visão das Quatro Bestas.

Capítulo 8. A Visão de Um Carneiro, de Um Bode e os 2300 Dias.

Capítulo 9. A Oração de Daniel e as70 Semanas.

Capítulo 10. Introdução ao Capítulo 11 de Daniel.

Capítulo 11. Guerra Entre o Rei Do Norte e o Rei do Sul.

Capítulo 12. Conclusão do Livro de Daniel e o Fim da História Humana.

A Ordem Correta do Livro de Daniel

Capítulo 1. Capítulo 2. Capítulo 3. Capítulo 4. Capítulo 7. Capítulo 8. Capítulo 5. Capítulo 6.

Capítulo 9. Capítulo 10. Capítulo 11. Capítulo 12.

A Relevância do Livro de Daniel

Primeiro: Em Mateus 24: 15. No contexto de falar sobre os eventos finais e os sinais que mostrariam que Sua vinda estava próxima, Jesus indicou o livro do profeta Daniel como tema para estudo.

Segundo: O livro de Daniel nos revela os tempos em que vivemos. Ele nos mostra o quão perto do fim

estamos de uma forma precisa.

Terceiro: O livro de Daniel nos revela qual a qualidade do caráter que ira subsistir nos últimos dias neste mundo.

Comentário do Capítulo 1

Daniel capítulo 1:1-4. A Invasão de Jerusalém

“No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim,” verso 1

Essa é a primeira invasão de uma série de três. A primeira aconteceu no ano 605 aC. a segunda 597 aC. e a

terceira em 586 aC. a primeira marca o início dos 70 anos, Jer. 25:1. Além do cumprimento da profecia

proferida contra Ezequias em Isa. 39, onde o Senhor disse que os filhos de Judá seriam levados cativos para

Babilônia. N primeira Daniel e seus amigos foram levados, na segunda Ezequiel o profeta e mais alguns do

povo e na terceira o restante do povo e Jerusalém foi destruída completamente.

“ano terceiro” verso 1

Se estudarmos este versículo sem conhecer o sistema de entronização dos reis da época, não conseguiremos

harmonizar este verso com Jer. 25:1, que se refere ao mesmo acontecimento, porém fornece uma data diferente.

Ao lermos estes versos, veremos que Daniel relata que Jerusalém foi invadida: “No ano terceiro do reinado de

Jeoiaquim”. E o profeta Jeremias diz que Jerusalém foi invadida: “No ano quarto do reinado de Jeoiaquim”.

Concluiremos que existe uma discrepância entre os textos. Mas não há com que se preocupar, pois esta

desarmonia é muito simples de se harmonizar.

Quando um rei ascendia-se ao trono, ele deveria esperar até o início do ano seguinte para acontecer a

“entronização oficial”, e este ano seria o ano oficial do rei, porém, o ano que não era considerado oficial, isto é,

o “ano da ascensão”, o poder e autoridade já poderiam ser exercidos livremente, por exemplo: O profeta

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Jeremias se refere ao ano 605 aC. sendo o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor, Jr 25:1. Já o profeta

Daniel referiu-se ao ano 604 aC. Isto aconteceu porque Jeremias iniciou a sua contagem a partir do ano da

ascensão de Nabucodonosor, ao passo Daniel considerou o ano oficial. O mesmo princípio se aplica na

aparente desarmonia das datas do reinado de Jeoiaquim. Quando o profeta Jeremias escreveu sobre a invasão a

Jerusalém, isto acontecendo no quarto ano de Jeoiaquim, ele contou a partir do ano de ascensão de Jeoiaquim II

Cr 36: 4, sendo este o ano 609 aC. Porém, Daniel começou a sua contagem a partir do ano 608 aC. ano oficial

do rei.

“E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá” verso 2

Ao estudarmos este verso, uma pergunta deve ser feita: Por que Deus permitiu o cativeiro e suas danosas

conseqüências? Para responder esta pergunta, não precisaremos ir muito longe. A própria bíblia nos dará

informações conclusivas. A primeira é a profecia de Jer. 25: 11. Em resultado a transgressão de Judá, eles

“deveriam servir ao rei de Babilônia durante setenta anos”. O profeta Isaias cento e dez anos antes havia

profetizado acerca desse acontecimento Is 39: 5-7. Isto é uma profecia e não pode ser mudada ou anulada.

Também foi por causa dos pecados de Judá que Deus permitiu eles serem levados cativos, para aprenderem

uma lição. Eze. 39:23; 28, Isa. 43:14, Jer. 20:4.

“uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar,” verso 2

Foi no ano 605 aC. que Nabucodonosor arregimentou forças para subir contra Jerusalém. Nesta invertida parte

dos tesouros da “casa de Deus” referindo-se ao templo de Salomão foi trazida para Sinar. (Sinar é outro nome

para se referir-se a Babilônia, este nome aparece sete vezes na bíblia, somente no Velho Testamento; Gen. 10:

10; Gen. 11: 2; Gen. 14; 1; Ge.n 14: 9; Isa. 11:11; Dan. 1: 2; Zac. 5: 11). Babilônia localizava-se junto ao riu

Eufrates, próximo a atual localização da cidade de Bagdá, capital do Iraque.

Na segunda invasão 597 aC. outra parte foi trazida dos utensílios e pessoas, inclusive o Profeta Ezequiel. Eze.

33: 21. Na segunda invasão o rei era Jeoiaquim, o mesmo que estivera reinando na primeira invasão.

E na terceira a cidade foi destruída e todo o povo transportado para Babilônia, com exceção de uns poucos

pobres que ficaram na terra. Esta invasão aconteceu em 586 aC. E o rei em vigência era Zedequias. II Cr 36:

11-20.

“pós os utensílios na casa do tesouro do seu deus.” Verso 2

Temos também no verso 2 utensílios santos que eram usados para o serviço no Templo de Deus, sendo levados

para a casa de deuses pagãos de Babilônia. Vemos também duas casas de adoração. Vejam bem. É muito

importante esse ponto! Nós temos a casa de Deus e também a casa de deuses pagãos. Outros termos para

descrever casa de Deus é Templo ou Santuário. Santuário aqui é a palavra-chave. Então no verso 2 nós temos

dois santuários: temos o Santuário de Deus e o santuário pagão. O que eu deveria esperar de outras partes do

livro de Daniel? Devemos ver no livro de Daniel um conflito entre dois sistemas de adoração: Santuário de

Deus e santuário pagão, verdadeiro e falso, santo e profano; devemos esperar a vindicação do Santuário real;

Deus está dando um vislumbre do que vai acontecer no livro de Daniel. É um fundamento, uma base. Os

utensílios da casa de Deus sendo levados para casa dos deuses de Babilônia, nos apresenta um vislumbre do

grande conflito. A adoração ao Deus verdadeiro sendo sobreposta por um “falso sistema de adoração,”

Babilônia. A primeira impressão é que a verdadeira Adoração está sendo devastada, mas tudo isto é parte do

grande plano idealizado por Deus, que o fim é a salvação do homem.

“E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos” verso 3

Aspenaz era um homem de confiança na corte de Nabucodonosor, ele era provavelmente um cativo de guerras

anteriores contra outras nações, pois era costume destes reinos colocarem cativos de confiança responsáveis

por cargos de responsabilidade.

“que trouxesse alguns dos filhos de Israel” verso 3

Neste verso vemos uma profecia de Isaias se cumprindo Isa. 39: 7, depois do fracasso do rei Ezequias, o profeta

Isaias profetizou acerca dos seus descendentes, que seriam levados para servir em Babilônia, e cento e dez anos

depois temos este triste comprimento.

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Isaías profetizou acerca destes acontecimentos sete anos depois da destruição de Samaria capital de Israel no

ano 722 aC. II Rs 18: 10. No ano 931aC. as doze tribos foram dividida I Rs 12: 19-21. Judá e Benjamim

constituíram o reino do sul, cuja capital era Jerusalém, e Israel o reino do norte, a sua capital era Samaria.

Contudo a profecia era para os descendentes de Ezequias ou seja seria pertinente ao reino de Judá.

“A viagem de Jerusalém à Babilônia durava cerca de dois meses, transcorrendo aproximadamente 1, 500 km”. Uma Nova Era

Segundo as Profecias de Daniel. C. Mervyn Maxwell. Pag. 18.

“Jovens em quem não houvesse defeito algum” verso 4

Os jovens a serem transportados para Babilônia deveriam ser escolhidos. A saúde física e uma aparência

formosa eram consideradas qualidades indispensáveis para um magistrado de alta linhagem entre os antigos, e

ainda hoje estas características são muito bem cotadas no Oriente.

“que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus” verso 4

Esses jovens iriam se tornar homens de posição no império Babilônico, por isso deveriam ser instruídos a falar

o idioma predominante na capital do mundo da época. Porém não é algo definido entre os tradutores o que seria

a língua dos caldeus, poderia aplicar-se a uma classe de eruditos da corte babilônico que eram os principais

astrônomos de seu tempo. Estes sábios eram igualmente peritos em outras ciências exatas, como matemática,

embora incluíam em suas atividades magia e astrologia. Os comentadores não estiveram de acordo em seus

interpretações da frase "as letras e a língua dos caldeus". O ponto de vista mais antigo, encontrado entre os pais

da igreja, interpreta esta frase como um estudo do idioma e a literatura dos aramaicos, enquanto que muitos dos

comentadores modernos pensam que significa a combinação do conhecimento científico e lingüístico dos

caldeus.

Em Babilônia os quatro jovens estudaram Matemática, Astronomia, a língua caldeia (acádio - idioma nacional

de Babilônia), o sumeriano (idioma religioso tradicional) e o aramaico (idioma do comércio e diplomacia

internacional da região). Ficaram estudando na escola de Babilônia; foram, aprovados e puderam então, assumir

como representantes do governo. Deus os acompanhava em todos os momentos de suas vidas.

O verso nos deixa claro que eles já eram dotados de grande conhecimento e sabedoria em ciências e demais

qualidades que o rei destacou que deveriam ter.

Deus também selecionou testemunhas para serem Seu representante.

“Entre os filhos de Israel que foram levados cativos para Babilônia no início dos setenta anos do cativeiro havia

cristãos patriotas, homens que eram tão fiéis ao princípio como o aço, e que se não deixariam corromper pelo

egoísmo, mas honrariam a Deus com prejuízo de tudo para si”. PR 479.

"Na terra de seu cativeiro esses homens deviam levar avante o propósito de Deus de dar às nações pagãs as

bênçãos que vêm pelo conhecimento de Jeová. Deviam eles ser Seus representantes." PR 479.

Daniel Capítulo 1: 5-7. Satanás Tenta Influenciar Daniel e Seus Amigos

“o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia” verso 5

Quando o rei determinou uma porção diária do seu melhor alimento para os jovens, ele deu prova de seu caráter

indefinido, pois mais tarde ele se converteu ao Deus verdadeiro depois de passar por várias oscilações. Também

pelo fato dos jovens serem alunos da escola real de cortesãos, eles deveriam receber alimentação da casa real. Mas o principal objetivo era através da alimentação os influenciar aos costumes pagãos de Babilônia.

“fossem mantidos por três anos” verso 5

Este período de preparação deveria durar três anos, sendo tempo suficiente para instrução necessária para

assistir diante do rei na corte.

Já nos primeiros versos deste capítulo, podemos detectar os dois principais estratagemas de satanás: A

PERSEGUIÇÃO E A TRANSIGÊNCIA. Dos versos um a três, vemos satanás valendo-se da “perseguição”. Já

no verso cinco ele usa a “transigência”, de forma sutil e sorrateira ele tenta comprometer a fidelidade dos

jovens hebreus dando-lhes um regime inadequado, pois as carnes não seguiam as especificações exigidas pelos

Judeus quanto aos procedimentos de purificação, sem contar que eram carnes sacrificadas a ídolos. Ele

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esperava exercer influência sobre os jovens. Deus nos envia a lugares onde devemos testemunhar, e satanás

sabe qual é a melhor forma de nos enredar: Perseguição ou a Transigência.

“E entre eles se achavam, dos filhos de Judá” verso 6

Este texto nas da margem para pressupormos que outros jovens foram levados cativos, mas não tiveram o

destaque que teve Daniel e seus companheiros.

“E o chefe dos eunucos lhes pós outros nomes” verso 7

Assim que chegaram a Babilônia os jovens tiveram os seus nomes mudados. Seus nomes representavam traços

de caráter que os pais desejavam ver nos filhos, mas agora receberam nomes que homenageavam entidades

pagãs. O objetivo era familiariza-los com essas divindades e aos poucos conquistar sua confiança.

“O rei não compeliu os jovens hebreus a renunciarem sua fé em favor da idolatria, mas esperava alcançar isto gradualmente”.

PR 481.

“Os nomes de Daniel e seus companheiros foram mudados para nomes que representavam divindades caldéias. Grande

significação era atribuída aos nomes dados pelos pais hebreus a seus filhos. Freqüentemente representavam traços de caráter

que os pais desejavam ver desenvolvidos no filho”. PR 480-481.

Daniel que significa “Deus é meu Juiz” foi chamado de Beltessazar – príncipe de Bel (deus Baal).

Hananias que significa “Jeová é Misericordioso” foi chamado de Sadraque – amigo do rei.

Misael que significa “Quem é como Deus?” Foi chamado de Mesaque – quem é como Akú?(deus da lua).

Azarias que significa “Jeová é meu Socorro” foi chamado de Abedenego – servo de Nego ou Nabú – deus

mercúrio.

Daniel Capítulo 1: 8-16. Daniel se Recusa a Comer a Mesa do Rei

“E Daniel.” Verso 8

Quanto à idade dos jovens, não temos muitas informações, excerto Daniel que tinha quinze anos.

A irmã White, revela que Daniel tinha 18 anos quando foi levado para servir, isto logicamente após os três anos

de preparação. Dan. 1:5. “Daniel tinha senão dezoito anos quando foi levado para servir na corte pagã”. TPI vol. 4, 570. Já em

outro lugar, ela diz que ele foi levado cativo com 15 ou 16 anos. “Daniel não era mais que um jovem ao ser levado cativo

para a Babilônia. Tinha cerca de quinze ou dezesseis anos de idade”. CT 172. Logo, podemos definir que ele foi com 15

anos, pois 18 menos 3 seria 15.

Quanto a idade dos demais jovens, alguma luz podemos ter, ao checarmos Dan. 1:10, onde se diz que Daniel

ficaria mais abatido que os outros jovens da “vossa mesma idade.”

“propôs no seu coração” verso 8

Não fora meramente um ato emocional, pois essa decisão perdurou sua vida inteira. Mesmo em face de toda

violência que ele sofrera, não se rebelou contra Deus, antes, fez mais firme seu propósito de servi-Lo a qualquer

custo. Ainda que ele tenha sido mesmo castrado, pois fora feito eunuco, entre outras atrocidades, ele decidiu

permanecer firme.

“propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei” verso 8

O rei ofereceu o que havia de melhor em seu palácio.

“Logo no princípio de sua carreira veio-lhes uma decisiva prova de caráter. Fora determinado que eles comessem o alimento e

bebessem o vinho que se servia na mesa do rei. Nisto o rei pensava dar-lhes uma expressão do seu favor e sua solicitude pelo bem-

estar deles”. PR 481.

Havia várias razões pelas quais um judeu piedoso evitaria comer da comida real que era oferecida.

Primeira: Os babilônios, como outras nações pagãs, comiam carnes imundas.

Segunda: Os animais não tinham sido mortos de acordo com a lei levítica Lev. 17: 12, 14-15.

Terceira: Uma porção dos animais destinados ao alimento primeiro era oferecida como sacrifício aos deuses

pagãos Atos. 15: 29.

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Quarta: O consumo de mantimentos e bebidas fortes e insalubres estava contra os princípios da estrita

temperança praticada por judeus piedosos.

Quinta: Por todas estas razões Daniel e seus companheiros preferiram abster-se de comer carnes e as demais

iguarias. Eles decidiram não fazer nada que prejudicasse seu desenvolvimento físico, mental e espiritual,

adotaram uma dieta totalmente vegetariana.

Sesta: O simples ato de participar das comidas oferecidas à mesa do rei seria senão uma conformação com a

ideologia pagã.

“Mas como uma porção do alimento era oferecida aos ídolos, o alimento da mesa do rei era consagrado à idolatria; e quem deles

participasse seria considerado como estando a oferecer homenagens aos deuses de Babilônia. A tal homenagem a lealdade de Daniel e

seus companheiros a Jeová lhes proibiu de participar. A simples simulação de haver comido o alimento ou bebido o vinho seria uma

negação de sua fé. Proceder assim era enfileirar-se ao lado do paganismo e desonrar os princípios da lei de Deus”. PR 482.

“Quando Daniel e seus companheiros foram colocados em prova, se colocaram plenamente ao lado da retidão e verdade. Não

procederam de forma caprichosa senão inteligentemente. Decidiram que como a carne, não havia feito parte de seu regime no passado,

não deveriam comê-la no futuro”. Yi 18-8-1898.

“Tivessem eles se comprometido com o erro neste caso rendendo-se à pressão das circunstâncias, e este abandono do princípio ter-

lhes-ia enfraquecido o senso do direito e sua capacidade de aborrecer o erro. O primeiro passo errado tê-los-ia levado a outros, de

maneira que, cortada sua ligação com o Céu, eles seriam varridos pela tentação”. PR 483.

Exemplo disso foi Eva. Ela abriu uma pequena fresta, a não pode fechar mais.

“Os pais de Daniel haviam-no educado na meninice nos hábitos de estrita temperança. ...que o comer ou beber exerciam influência

direta sobre sua natureza física, mental e moral, e que ele era responsável diante de Deus por sua capacidade”. OC 166.

“Daniel e seus companheiros tinham sido educados por seus pais nos hábitos da estrita temperança”. PR 482.

Nos momentos de provas, não desenvolvemos o caráter, mas sim revelamos. Daniel tinha somente quinze anos

de idade, mas a sua pouca idade não o impediu de ter vitória sobre o pecado no tocante a alimentação, o seu

caráter não foi formado naquele momento de prova, mas era o resultado de uma educação segundo o padrão de

Deus.

A alimentação sempre é empregada em momentos difíceis do povo de Deus. No deserto a alimentação foi

mudada, pois eles teriam uma experiência singular. Aqui o mesmo iria acontecer, e o mesmo acontecera nos

últimos dias. Ecle. 1:9 e 3:15, Rom. 15:4, I Cor. 10:6 e 11.

Em momentos delicados, a primeira coisa que Deus faz é mudar a dieta do Seu povo. Isso podemos identificar

na experiência de Israel. Assim que saíram do Egito, Deus forneceu uma dieta mais própria a missão que eles

tinham a frente de si.

Qual era o propósito do mana? Para humilhar o povo. Mas humilhar no sentido de trazer humildade. Deut. 8:

14-16.

De onde vinha o maná? Do céu. Qual seria o alimento do céu? Pão e não carne. João 6: 31.

Como os israelitas consideravam o pão do céu? Alimento “vil” Núm. 21: 1.

“Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos” verso 9

Deus recompensou Daniel por sua fidelidade, mesmo em uma corte pagã este jovem alcançou o favor de seus

superiores. O mesmo aconteceu com Jose no Egito quando foi levado para casa de Potifar. “José achou graça

em seus olhos, e servia-o; e ele o pós sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha”. Gên. 39: 4. E

muitos outros exemplos de homens que “ataram ao pescoço a benignidade e a fidelidade, e as escreveram nas

tabuas do seu coração. E acharam graça aos olhos de Deus e dos homens”. Prov. 3: 3-4.

“Tenho medo do meu senhor” verso 10

Aspenaz não disse que não faria, mas que ele iria correr risco de perder a vida. Se ele acatasse o pedido do

jovem Daniel ele estaria contrariando uma ordem direta do rei. Porém ele achava que a comida do rei era a

melhor, e que os jovens deveriam participar dela como todos os outros, assim não ficariam debilitados

fisicamente.

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“Tivesse Daniel desejado e teria encontrado em torno de si escusas plausíveis para afastar-se dos estritos hábitos de temperança”. PR

482.

“jovens da vossa idade” verso 10

Este verso lança alguma luz sobre a idade dos outros jovens que foram cativos com Daniel, pois Aspenaz disse

que eles ficariam mais tristes que o jovens da mesma idade que eles.

“Então disse Daniel ao despenseiro” verso 11

Daniel não procurou alguém superior a Aspenaz, mas descansou na perfeita segurança de que Deus estava

conduzindo a sua vida e procurou uma pessoa de posição inferior ao primeiro.

Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber. Verso 12.

Daniel pediu ao despenseiro dez dias, mas ele sabia que por mais nutritiva que fosse sua alimentação em dez

dias seria muito difícil ter algum resultado visível e favorável.

A palavra “legumes” vem do hebraico que significa “zeroin” da raiz zera "semente"; mantimentos vegetais, de

novelo que produzem sementes. De acordo com a tradição judia, os bagos e as tâmaras estavam também

compreendidos neste término. Já que as tâmaras são parte do regime básico na Mesopotâmia, é provável que os

tivesse incluído aqui. A mesma raiz e utilizada para traduzir a palavra “semente” em Gên. 1: 29. Ou seja, eles

estavam aderindo uma dieta muito similar à do Jardim Éden.

“conforme vires, procederás para com os teus servos.” Verso 13

Daniel estava pedindo algo que humanamente era impossível, pois o chefe do despenseiro, mesmo gostando de

Daniel não atendeu o seu pedido. O próprio teste de dez dias só poderia dar resultado se Deus interviesse, do

contrário, Daniel e os seus amigos seriam vergonhosamente derrotados. Daniel estava mantendo os seus olhos

no invisível.

“E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.” Verso 14

Daniel depositou toda sua confiança em Deus, se não ele teria cedido às provas, pois o que estava ao seu

alcance ele tinha feito, no entanto, Deus aprecia quando persistimos tendo fé no invisível.

Contudo esta era somente a primeira parte de sua prova no tocante a alimentação. Ele pela graça de Deus

deveria sobressair a todos os jovens no decurso de dez dias.

“estavam mais gordos de carne” verso 15

Eles não estavam mais gordos, senão de músculos.

“apareceram os seus semblantes melhores” verso 15

Estar em conformidade com o mundo, não é sinônimo de estar em harmonia com Deus. Daniel e seus

companheiros tiveram a sua primeira grande vitória, resultado da atuação direta de Deus.

Estes jovens não demonstraram somente poder intelectual superior, mas ao fim dos dez dias estavam mais

gordos que os outros jovens que comiam das iguarias reais.

Os jovens estarem com um semblante melhor que dos demais, é uma prova indubitável da resoluta fé em Deus,

pois, eles estavam submetidos a uma prova decisiva, mas mesmo assim não ficaram angustiados ou depressivos,

esta é a perfeita segurança no poder de Deus.

“Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias” verso 16

A grande prova que estes jovens hebreus foram submetidos foi coroada com glorioso êxito. Qual o segredo da

vitória desses jovens? A união do “poder divino com o esforço humano”. PR 248.

Deus havia delineado todos os passos para Daniel e seus companheiros serem bem sucedidos, mas a cooperação

humana iria determinar se eles seriam vitoriosos ou derrotados.

Crendo que Deus daria a vitória, eles uniram o esforço humano ao poder divino. Podemos extrair seis pontos

que foram preponderantes na vitória dos jovens;

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Seminário de Daniel

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Primeiro: “Firme resolução de permanecer fiel a Deus”. Eles tinham mais que um desejo ou uma esperança de

ser bons. Tinham vontade de fazer o que é reto e apartar-se do mal. A vitória é possível só pelo correto

exercício da vontade;

Segundo: “Dependência do poder de Deus”. Embora valorizassem as aptidões humanas e reconheciam a

necessidade do esforço humano, sabiam que estas coisas por si mesmas não os garantiriam o êxito.

Reconheciam que, além disto, deve haver uma humilde dependência e completa confiança no poder de Deus;

Terceiro: “temperança”. Negaram a danificar sua natureza espiritual e moral mediante a complacência do

apetite. Davam-se conta de que o deixar de lado os princípios uma só vez teria debilitado seus sentidos, o que

provavelmente os teria levado a outros maus atos e finalmente à apostasia completa;

Quarta: “Benignidade”. Eles terem alcançado o favor de alguns em Babilônia, foi-lhes de grande auxilia para

vitória. Não devemos esperar favores de ímpios, mas devemos exercer influência sobre eles;

Quinta: “Constante vida de oração”. Daniel e seus jovens companheiros se davam conta de que a oração era

uma necessidade especial, em função da atmosfera maléfica que continuamente os rodeava.

Sexto: Prudência. Em meio as mais sutis circunstancias, eles avaliavam com muito cuidado cada passo dado,

para não entrar em terreno minado.

Daniel Capítulo 1: 17-21. A Superioridade de Daniel e Seus Amigos

“mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos” verso 17

Todos os jovens que foram levados cativos para Babilônia eram jovens selecionados. Quando uma nação era

destruída, os melhores jovens eram escolhidos para servir a nação vitoriosa, e este jovens poderiam chegar a um

cargo de confiança, a história dos quatro hebreus evidencia isto claramente. Mas de todos os jovens que foram

deportados de Jerusalém para Sinar, Daniel, Hananias, Misael e Azarias foram superiores aos demais. Porem

Daniel teve destaque especial, sobressaindo até mesmo os seus três amigos.

“ao fim dos dias” verso 18

Daniel e seus companheiros tiveram grande êxito no seu período escolar. Durante três anos Dan. 1: 5 foram

submetidos aos ensinamentos pagãos e expostos a influencias idólatras, mas não se contaminaram, em meio as

influencias corruptoras mantiveram-se irrepreensíveis e incontaminados.

“E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel” verso 19

Os jovens foram levados diante do rei o qual os avaliou pessoalmente. Os que estiveram na presença da realeza,

não foi somente Daniel e seus companheiros, outros jovens hebreus, que foram cativos com eles, e bem

provável que havia jovens de outras nações e inclusive jovens babilônicos, que por sinal eram peritos em

matemática e astronomia. Porém Daniel e seus companheiros foram achados muito superiores a estes rapazes,

em todos os aspectos, inclusive aparência física, pois para assistir diante do rei o aspecto físico era importante.

“Na corte de Babilônia estavam reunidos representantes de todas as terras, homens do mais alto talento e mais ricamente dotados com

dons naturais, e possuidores da cultura mais vasta que o mundo poderia oferecer; não obstante entre todos eles os jovens hebreus não

tiveram competidor. Em força e beleza física, em vigor mental e dotes literários, não tinham rival”. PR 485.

“achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos” verso 20

Daniel e os seus companheiros foram achados dez vezes mais entendidos que todos os sábios de Babilônia, não

somente os alunos, mas todos os sábios. Subtende-se que eles superaram ate os seus próprios instrutores. Os

magos e astrólogos éramos professores desses jovens.

“Igualmente ao caso de Daniel, na exata proporção que se desenvolve o caráter espiritual, aumenta as faculdades intelectuais”. RH

22-3-1898.

Algo muito forte nessa história, é que tiveram que aprender toda uma cultura pagã e idolatra, mas isto não os

corrompeu.

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Seminário de Daniel

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“E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.” Verso 21

Quando Daniel disse que ele permaneceria até o primeiro ano de Ciro, ele não está falando que morreria, pois

no reinado dos Persas ele teve participações muito significativas. E em Dan. 10: 1, diz que no terceiro ano de

Ciro Daniel recebeu visões. Na verdade Daniel está se referindo ao termino dos setenta anos de cativeiro que o

povo Judeu teria que passar segundo Jer. 25:1. Daniel foi levado cativo na primeira invasão em 605 aC. Porém

outras duas invasões foram efetuadas por Nabucodonosor. A segunda em 597 aC. quando o rei Joaquim, o

profeta Ezequiel, 10.000 pessoas e muitos outros judeus foram trazidos para Babilônia, inclusive mais uma

significativa quantidade de utensílios do templo. Eze. 1: 1-2. E a terceira e última culminando no desterro final

de Jerusalém com sua destruição total no ano 587 aC. Nesta invasão o rei Zedequias veio cativo. A profecia de

Jer. 25:1; de que Judá ficaria cativo durante setenta anos teve início na primeira invasão no ano 605 aC. O

termino seria por volta do ano 535 aC.

Portanto, Daniel deixou bem clara que Babilônia seria destruída, isto aconteceu em 539 aC. mas que ele

permaneceria. Essa é a mensagem desse verso: Caiu, Caiu Babilônia, mas Daniel não cairia.

“Supõe-se que Daniel tenha morrido em Susã, capital da Pérsia, por volta do ano 530 aC., na idade aproximada de noventa e quatro

anos”. Urias Smith pag. 8 Tomo 1.

Citações Complementares “Sua aguda compreensão, seu conhecimento amplo, sua linguagem escolhida e adequada, davam testemunho da inalterada força e

vigor de suas faculdades mentais”. PR 485.

“Em força e beleza física, em vigor mental e dotes literários, não tinham rival. A forma ereta, o passo firme e elástico, a fisionomia

agradável, os sentidos lúcidos, o hábito puro - eram todos certificados mais que suficientes de bons hábitos, insígnia da nobreza com

que a natureza honra aos que são obedientes a suas leis”. PR 485.

“Oraram com fé por sabedoria, e viveram as suas orações. Puseram-se onde Deus poderia abençoá-los. Evitaram o que lhes poderia

enfraquecer as faculdades, e aproveitaram toda oportunidade de se tornarem versados em todo ramo do saber. Seguiram as regras da

vida que não poderiam falhar em dar-lhes força de intelecto. Procuraram adquirir conhecimento para um determinado propósito - para

que pudessem honrar a Deus. Compreenderam que para poderem permanecer como representantes da verdadeira religião em meio das

religiões falsas do paganismo, deviam possuir clareza de intelecto e aperfeiçoar o caráter cristão. E o próprio Deus era o seu professor.

Orando constantemente, estudando conscienciosamente e mantendo-se em contato com o Invisível, andavam com Deus como andou

Enoque”. PR 486.

“O verdadeiro sucesso em cada setor de trabalho não é o resultado do acaso, ou acidente ou destino. É a operação da providência de

Deus, a recompensa da fé e a prudência, da virtude e perseverança. Superiores qualidades mentais e elevado caráter moral não se

adquirem por casualidade. Deus dá oportunidades; o êxito depende do uso que delas se fizer”. PR 486.

“As faculdades não usadas são postas na conta da mesma forma que as utilizadas. Seremos julgados por aquilo que devíamos ter feito

e não fizemos porque não usamos nossas faculdades para glória de Deus”. PR 488.

“Um caráter nobre não é resultado de acidente; não é devido a favores especiais ou dotações da Providência. É o resultado da

autodisciplina, da sujeição da natureza mais baixa à mais alta, da entrega do eu ao serviço de Deus e do homem”. PR 488.

“Através da fidelidade aos princípios de temperança mostrados pelos jovens hebreus, Deus está falando à juventude de hoje. Há

necessidade de homens que, como Daniel, procedam com ousadia pela causa do direito. Coração puro, mãos fortes, coragem

destemerosa, são necessários; pois a luta entre os vícios e a virtude reclama incessante vigilância. A cada alma Satanás vem com

tentação de formas variadas e sedutoras no ponto da condescendência para com o apetite”. PR 488.

O Papel dos Pais na Educação dos Filhos.

“Se as mães cristãs apresentarem à sociedade filhos que tenham integridade de caráter, com princípios firmes e moral sã, terão

realizado o mais importante de todos os trabalhos missionários”. OC 163.

“Pais, por amor de Cristo não cometais um erro em vossa obra mais importante, a de moldar o caráter de vossos filhos para o tempo e

para a eternidade. Um erro de vossa parte negligenciando a instrução fiel, ou na condescendência daquele afeto insensato que vos

cega os olhos para os seus defeitos e vos impede de lhes aplicar a restrição apropriada, demonstrar-se-á sua ruína. (...) O futuro de

vossos filhos testificará do caráter de vossa obra. A fidelidade de vossa parte para com Cristo melhor se pode exprimir no caráter

simétrico de vossos filhos que em qualquer outra maneira.(...) Se negligenciardes a obra que vos foi confiada por Deus, vossa atitude

insensata de disciplina colocá-los-á na classe dos que se afastam de Cristo e fortalecem o reino das trevas”. OC 170-171.

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“O Senhor não justificará o desgoverno dos pais. Centenas de filhos, hoje, enchem as fileiras do inimigo vivendo e trabalhando longe

do propósito de Deus. São desobedientes, ingratos, não santificados; mas o pecado jaz à porta de seus pais”. OC 182-183.

“Se a mãe não tem tato e habilidade, se ela não sabe como lidar com mentes humanas, ela deve colocá-los sob a tutela de alguém que

os discipline, e molde e modele sua mente.” ME vol. 3, pág.220.

O Primeiro Passo na Direção Certa.

“Se os pais quiserem ver um estado de coisas diferente na família, consagrem-se eles inteiramente a Deus, e o Senhor lhes mostrará

meios e maneiras pelas quais se possa operar uma transformação em sua casa”. OC 172.

“Não deixeis passar nem um dia mais sem confessar a vossos filhos a vossa negligência. ...Dizei-lhes que pretendeis agora fazer a

obra designada por Deus. Pedi-lhes que convosco lancem mão da reforma. ...Fazei esforços diligentes para remir o passado. Não

permaneçais por mais tempo no estado da igreja de Laodicéia”. TS Vol. 3, 106.

“Os pais devem refletir, e orar ... a Deus por sabedoria e auxílio divino... Sua preocupação não deve ser como poderão educar os

filhos para que possam ser louvados e honrados pelo mundo, mas como poderão educá-los para formar belo caráter, que Deus possa

aprovar”. OC 189.

Exemplos da Verdadeira Educação.

“Segundo a ordem natural, o filho de Zacarias teria sido educado para o sacerdócio. A educação das escolas dos rabis, no entanto, tê-

lo-ia incapacitado para sua obra. Deus não o mandou aos mestres de teologia para aprender a interpretar as Escrituras. Chamou-o ao

deserto, a fim de aprender acerca da natureza, e do Deus da natureza. Foi numa região isolada que encontrou seu lar, em meio de

despidas colinas, ásperos barrancos e cavernas das rochas. Preferiu, porém, renunciar às diversões e luxos da vida pela rigorosa

disciplina do deserto. Ali, o ambiente era propício aos hábitos de simplicidade e abnegação. Não perturbado pela agitação do mundo,

poderia estudar as lições da natureza, da revelação e da Providência”. DTN 101.

“A base de um caráter reto no futuro homem é firmada nos hábitos de estrita temperança da parte da mãe antes do nascimento do

filho. ... Esta lição não deve ser considerada com indiferença. LA 258.

“Tal foi a educação recebida por Moisés na humilde cabana que era o seu lar em Gósen; por Samuel, ministrada pela fiel Ana; por

Davi, na sua morada nas colinas de Belém; por Daniel, antes que as cenas do cativeiro o separassem do lar de seus pais. Tal foi

também o princípio da vida de Cristo, em Nazaré; tal o ensino pelo qual o menino Timóteo, dos lábios de sua "avó Lóide" (II Tim.

1:5), e sua "mãe Eunice" (II Tim. 3:15), aprendeu as verdades das Santas Escrituras. PP 592.

Comentários Extras

Durante a estadia de Daniel em Babilônia ele teve a infeliz oportunidade de por duas vezes ver o seu país ser

assolado pelo funesto Nabucodonosor. Para ter uma compreensão mais clara destes eventos, é de primordial

importância fazermos um assíduo estudo das três investidas de Babilônia contra Jerusalém.

Primeiro temos que conhecer os reis de Judá que estiveram envolvidos nestes acontecimentos

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Seminário de Daniel

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O próximo passo é conhecer a vida destes reis com um pouco mais de detalhes.

Josias: Este foi o progenitor desta extirpe. Acendeu-se ao trono de Judá aos oito anos de idade, reinando

durante trinta e um anos. II Cro. 34: 1; II Rs 22:1. Foi durante o seu prospero reinado que o livro da lei foi

achado e, por conseguinte grande reforma deu-se em toda à Judá. II Cro. 34: 14. Porém no último ano de seu

reinado acendeu-se-lhe o desejo no coração de participar de uma guerra a qual não estava nos planos de Deus, o

resultado foi a sua morte. II Cro. 35: 22-24. O reinado de Josias estendeu-se de 640 a 609 a.C.

Jeoacaz: Jeoacaz foi quem assumiu o trono após a morte de seu pai Josias. Seu curto reinado de três meses foi

marcado de inconstância e desequilíbrio. II Reis. 23: 30-31. Foi durante o seu reinado que Neco, o rei do Egito

exigiu ouro e prata de Judá. II Reis. 23: 33. Jeoacaz é chamado pelo profeta Jeremias de “Salum”. Jer. 22: 11.

Quanto a este rei, ele foi levado para o Egito cativo, e ali permaneceu até a sua morte. II Reis. 23: 34. O seu

reinado foi dentro do ano de 609, a.C.

Jeoiaquim: Este foi o terceiro rei desta extirpe, sendo que no seu reinado ocorreu a primeira invasão a cidade

de Jerusalém. Foi durante seu reinado que Nabucodonosor sitiou Judá por três anos e ao termino destes a

invadiu. II Reis. 24: 1. Jeoiaquim é chamado também de “Eliaquim”. II Crô. 36: 4. O reinado de Jeoiaquim

estendeu-se de 609 a 597, a.C.

Joaquim: Neto de Josias e filho de Jeoiaquim. Este foi o terceiro rei em Judá e reinou três messes. II Reis. 24:

8. O profeta Jeremias chama-o de dois nomes diferentes: “Jaconias” Jer. 27: 20, e “ Conias” Jer. 22: 24 e 37: 1.

Joaquim foi levado para Babilônia na segunda invertida de Nabucodonosor contra Jerusalém, isto em 597 a.C.

II Reis. 24: 15. Ele permaneceu preso em Babilônia até o reinado de Evil-Merodaque, que reinou de 562-560,

ele era filho de Nabucodonosor, II Reis. 25: 27-29. O reinado de Joaquim foi dentro do ano de 597. A.C.

Zedequias: Filho de Josias e último rei de Judá. Foi durante o seu reinado que Jerusalém foi completamente

destruída em 586 aC. II Reis. 24: 17. Ele também teve outro nome: “Matanias”. Foi levado cativo para

Babilônia e sofreu a dura pena de ver os seus filhos serem degolados e depois ter os olhos furados. Jer. 52: 10-

11. Seu reinado estendeu-se de 597-586, a.C.

Josias rei de Judá.

Reinou de 640 a 609

a.C.

Rei Jeoacaz: Filho

de Josias. Este

assumiu o trono

após a morte de seu

pai. Reinou em 609

a.C. por três meses.

Rei Jeoiaquim: Filho

de Josias. Este foi o

segundo a reinar.

Reinou de 608 a 597

a.C. onze anos

reinou em Judá.

Rei Joaquim: Filho

de Jeoiaquim. Este

foi o terceiro a

reinar. Reinou três

meses em Judá no

ano de 597 a.C.

Rei Zedequias: Filho

de Josias. Este foi o

último rei em Judá.

Reinou de 597 a

586, a.C.

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Seminário de Daniel

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Notas Complementares:

Nesse capítulo, temos dois poderes em conflito.

Duas religiões;

Dois deuses;

Dois templos;

Dois povos;

Dois sistemas de adoração;

Dois sistemas de educação;

Duas classes de cristãos;

Duas dietas diferentes

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