seminÁrio socioambiental

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UM RISCO A SOBREVIVÊNICA DE NOSSA REGIÃO aso a Veracel compre, como preten- de, as terras mais planas e úmidas da região sudoeste, ela afetará negativa- mente todo setor agropecuário, reduzindo sua produtividade. A transferência das me- lhores áreas para os eucaliptais diminuirá a produção de leite, carne, cerais e outros alimentos, provocando o aumento de seus preços ao consumidor. Consequentemen- te, a redução da produção no campo dimi- nuiria a quantidade de empregos ofereci- dos na cidade, sobretudo, nos laticínios e na comercialização da produ- ç ã o local. Nas bacias dos rios Água Preta, Catolé, Jundiá, Mangerona, Maiquinique, Córrego d’Água, Córrego do Nado, dentre outros afluente do Rio Pardo, além da diminuição do volume de água, em todos eles haverá contaminação química com o glifosato, princípio ativo do Roundup, e a sulforami- da (formicida), substâncias usadas em lar- ga escala nas plantações de eucaliptos e que podem causar graves consequências à saúde, inclusive câncer de rins e até de- formação de embriões, conforme tem aler- tado vários estudos científicos. C APOIO: ITARANTIM, dia 25/11, das 18:00 às 21:00 horas, no Centro Paroquial MAIQUINIQUE, dia 26/11, das 18:00 às 21:00 horas, na 1ª Igreja Batista ORGANIZAÇÃO: PROGRAMAÇÃO: Abertura: Apresentando a Proposta, Dinâmica e Objetivos do Seminário (Centro de Estu dos e Ação Social - Ceas); - Chamada aos Representantes da Sociedade Local para compor a Tribuna do Seminário e aos palestrantes para integrar a Mesa (Cerimonial); - Vídeo sobre o Tema; - Falas de representantes da comunidade; - Intervalo musical (artistas locais); - Tribuna Popular; - Cena teatral (grupo local); - Falas dos assessores: Prof. Jacson T. Oliveira, Prof. de Geografia e Climatologia do IFBA (Vit. da Conquista); Ivonete Gonçalves, do Centro de Est. e Pes- quisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia (Eunápolis); Eng. Agrônomo Maicon L. de Andrade (Sindicato dos Engenheiros, Bahia, e Campa- nha Contra os Agrotóxicos e pela Vida - Salvador); - Debate e encaminhamentos, - (Lanche). Arte e Diagramação: Rafael de Jesus. Fone: (77) 9117 8584

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Folder do seminário socioambiental que acontecerá no dia 26 de novembro nas cidades de Maiquinique e Itarantim

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Page 1: SEMINÁRIO SOCIOAMBIENTAL

UM RISCO A SOBREVIVÊNICA DE NOSSA

REGIÃO

aso a Veracel compre, como preten-de, as terras mais planas e úmidas

da região sudoeste, ela afetará negativa-mente todo setor agropecuário, reduzindo sua produtividade. A transferência das me-lhores áreas para os eucaliptais diminuirá a produção de leite, carne, cerais e outros alimentos, provocando o aumento de seus preços ao consumidor. Consequentemen-te, a redução da produção no campo dimi-nuiria a quantidade de empregos ofereci-dos na cidade, sobretudo, nos laticínios e na comercialização da produ-ç ã o local.

Nas bacias dos rios Água Preta, Catolé, Jundiá, Mangerona, Maiquinique, Córrego d’Água, Córrego do Nado, dentre outros afluente do Rio Pardo, além da diminuição do volume de água, em todos eles haverá contaminação química com o glifosato, princípio ativo do Roundup, e a sulforami-da (formicida), substâncias usadas em lar-ga escala nas plantações de eucaliptos e que podem causar graves consequências à saúde, inclusive câncer de rins e até de-formação de embriões, conforme tem aler-tado vários estudos científicos.

C

APOIO:

ITARANTIM, dia 25/11, das 18:00 às

21:00 horas, no Centro Paroquial

MAIQUINIQUE, dia 26/11, das 18:00 às

21:00 horas, na 1ª Igreja Batista

ORGANIZAÇÃO:

PROGRAMAÇÃO:

Abertura: Apresentando a Proposta, Dinâmica e Objetivos do Seminário (Centro de Estu dos e Ação Social - Ceas);

- Chamada aos Representantes da Sociedade Local para compor a Tribuna do Seminário e aos palestrantes para integrar a Mesa (Cerimonial);

- Vídeo sobre o Tema;

- Falas de representantes da comunidade;

- Intervalo musical (artistas locais);

- Tribuna Popular;

- Cena teatral (grupo local);

- Falas dos assessores:

Prof. Jacson T. Oliveira, Prof. de Geografia e Climatologia do IFBA (Vit. da Conquista);

Ivonete Gonçalves, do Centro de Est. e Pes-quisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia (Eunápolis);

Eng. Agrônomo Maicon L. de Andrade (Sindicato dos Engenheiros, Bahia, e Campa-nha Contra os Agrotóxicos e pela Vida - Salvador);

- Debate e encaminhamentos,

- (Lanche).

Arte e Diagramação: Rafael de Jesus. Fone: (77) 9117 8584

Page 2: SEMINÁRIO SOCIOAMBIENTAL

OS RISCOS DA MONOCULTURA

DO EUCALIPTO monocultura do eucalipto tem tido um impactos devastadores sobre as pes-

soas e o planeta. No Extremo Sul da Ba-hia a introdução da cultura do eucalipto vem trazendo sérios riscos para os recur-sos hídricos, o solo, a fauna e a flora lo-cais, contribuindo também para a inviabili-dade da agricultura familiar na região, ocu-pando todas as terras agricultáveis, inclu-sive em áreas que seriam destinadas a reforma agrária, terras indígenas e no en-torno de Unidades de Conservação com importantes reservas de Mata Atlântica.

A Veracel Celulose é uma empresa que vem causando este processo de des-truição.

Esta empresa já possui 120 mil hec-tares de eucaliptos plantados no sul e ex-tremo sul da Bahia, e pretende plantar mais 107 mil hectares de eucalipto. Para isso está pretendendo adquirir terras nos municípios da região sudoeste (Encruzilhada, Itapetinga, Macarani, Mai-quinique, Itarantim e Potiraguá).

s pequenos agricultores que são 50,4% da população rural do sudoeste;

As propriedades vizinhas que terão suas aguadas reduzidas;

A biodiversidade (Animais e plantas sil-vestres).

Os trabalhadores rurais, que perderiam seus empregos. Afinal, para se criar uma vaga com eucaliptos são necessários 183 hectares de terra, enquanto a agropecuária gera, em média, um emprego com 37 hecta-res, e a agricultura familiar com menos de sete hectares;

O comércio, pois a monocultura reduz o emprego, enfraquece o comércio, aumenta a violência, e problemas como o alcoolismo, a desagregação familiar, etc.

É uma firma controlada pelo capital sue-co-finlandês associado a grandes em-

presas e bancos nacionais (Votorantim, Su-zano, Camargo Correia, BNDES). 98% de sua produção é destinada à exportação.

QUEM PERDE COM A VERACEL?

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