seminário internacional de propaganda de medicamentos - brasília, 2005 prof. dr. jussara calmon r....
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Seminário Internacional de Propaganda Seminário Internacional de Propaganda de Medicamentos - de Medicamentos - Brasília, 2005Brasília, 2005
Prof. Dr. Prof. Dr. Jussara Calmon R. S. SoaresJussara Calmon R. S. SoaresInstº Saúde da Comunidade – UFFInstº Saúde da Comunidade – UFF
Coordenadora do Projeto MonitorAÇÃO UFF/ANVISACoordenadora do Projeto MonitorAÇÃO UFF/ANVISA
MESA REDONDAMESA REDONDAUso Racional e Propaganda de MedicamentosUso Racional e Propaganda de Medicamentos
O desafio da promoção do uso consciente e responsável de medicamentos frente ao forte apelo de consumo presente nas
mensagens publicitárias e na mídia.
Nos últimos 20 anos, os gastos com medicamentos cresceram mais rapidamente que o PIB (GNP) em todos os países europeus. (Ess et al., 2003)Nos EUA, as vendas apenas com medicamentos de venda sob prescrição, em 2002, chegaram a USD 145 bilhões.No Brasil, o faturamento do setor farmacêutico, em 2003, foi de R$ 16,9 bilhões. (Nascimento, 2003)
Alguns números...
O marketing e a promoção farmacêutica
Envolvem: indústria farmacêutica comércio varejista agências de publicidade veículos de comunicação (TV, rádio, mídia impressa).
Estratégias: Amostras grátis Propagandistas “educação médica” Financiamento de congressos e pesquisas brindes, almoços, etc
Os investimentos em promoção farmacêutica
• mais de US$ 15 bilhões nos EUA (Carrasquillo & Goodman, 2003)• nos EUA, em 2001, US$2.7 bilhões – ca. 2% das vendas domésticas – em DTCA, US$5 bilhões com propagandistas e $11 bilhões com a distribuição de amostras grátis, em geral através de propagandistas (Scherer, 2004)• no Brasil, a publicidade de medicamentos movimenta cerca de R$ 3,4 bilhões anuais (20% do faturamento do setor). (Nascimento, 2003)
Direcionamento da renda média para P&D, lucros e marketing/administração. Fortune 500 drug companies, 2000
Source: Public Citizen, 2001
12%17%
30%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
R&D as % of revenue Profits as % of revenue Marketing &administration as % of
revenue
Main task of drug company employees, 2000
Distribution, Other
2%
Production,Quality Control
26%
R&D22%
Marketing39%
Administration11%
Source: PhRMA Industry Profile 2000; percentages calculated by Sager and Socolar
Drug company jobs in marketing and research, 1995-2000
55,348
87,810
49,409 48,527
0
20,000
40,000
60,000
80,000
100,000
1995 1996 1997 1998 1999 2000
MarketingResearch
Source: PhRMA Industry Profile 2000; % calculated by Sager and Socolar
# Jobs
DTC ads 16%$2.5 billion
Samples 50%$7.9 billion
Detailing to doctors 26%$4 billion
Journal ads 3%$484 million
Hospital detailing 5%$765 million
Promotional spending on prescription drugs, 2000
Total spending: $l5.7 billionSource: IMS Health
Estratégias de marketing utilizadas
55%25%
20% Amostra grátis
Conhecimentomais profundo doprofissionalPatrocínio emcongressos,pesquisas.
Fonte: TCS1/103. A indústria farmacêutica e a prescrição médica. UFF, 2003
Estratégias de promoção farmacêuticaMA et al. A statistical analysis of the magnitude and composition of drug
promotion in the United States in 1998. Clin Ther 25(5): 1503-17, May 2003
Total dos gastos com promoção farmacêutica: USD 12,724 milhões, dos quais 85.9% com os top 250 e 51.6% top 50.
Estratégias mais utilizadas:1º distribuição de amostras grátis ($6602 million)2º Promoção em consultórios médicos ($3537 million)3º DTCA ($1337 million)4º Promoção em hospitais ($705 million)5º anúncios em revistas especializadas ($540 million)
A promoção junto aos profissionais predomina
Influência da promoção farmacêutica na prescrição
“A profissão médica está sendo comprada pela indústria farmacêutica, não apenas em termos da prática médica, mas também em termos de ensino e pesquisa.”
Arnold Relman, Prof. Harvard, ex-editor NEJM (apud MOYNIHAN, R. BMJ 326: 1190, 31 May 2003)
ACP-ASIM* Position Paper: Physician-Industry Relations. Part 1: Individual Physicians.
(* American College of Physicians - American Society of Internal Medicine)
“Physicians frequently do not recognize that their decisions have been affected by commercial gifts and services and in
fact deny industry's influence.”“Freqüentemente, médicos não
reconhecem que suas decisões foram influenciadas por brindes e serviços. De fato, negam a influência da indústria.”
Ann Int Med,136(5):397, 5 March 2002
Of principles and pens: attitudes and practices of medicine housestaff toward pharmaceutical promotions
Perceived influence of pharmaceutical reps on Prescribing Practices
16
51
33
61
38
10
102030405060708090
100
None A little Mod. / A lot
"Other Physicians""You"
p <.0001
Am J Med, 110 (7):551-7, May 2001
Encounters with pharmaceutical sales representatives among practicing internists
• Estudo feito com a equipe de internos de um hospital universitário e 2 hospitais comunitários.
• 346 (40%) responderam• 83% haviam recebido PRs no ano
precedente.• 13% haviam encontrado os PRs mais de 10
vezes/mêsAm J Med, 107:149, 1999
The role of commercial sources in the adoption of a new drug
Soc Sci Med, 26:1183, 1988
6860
2835
01020304050607080
FirstInformation
MostInfluential indecision toprescribe
% o
f phy
sici
ans
Commercial Sources
Professional Sources
Pharmaceutical branding of Resident Physicians
• Survey com 181 residentes em atenção primária. 164 responderam.
• 1º preencheram os questionários. A seguir, foi pedido que esvaziassem os bolsos dos jalecos.
• 98% haviam ido a algum jantar patrocinado por um labº farmacêutico no ano anterior
• 97% dos residentes estavam com pelo menos um brinde com logo de empresa farmacêutica no jaleco.
JAMA, 286:1024, 2001
Recebe representantes de laboratório?
80%
20%
88%
12%
SimNão
Público Privado
.
Fonte: TCS1/103. A indústria farmacêutica e a prescrição médica. UFF, 2003
Freqüência da visita
23%
29%
40%
8%32%
22%
22%
24%
1 ou 2 vezes por mês3 ou 4 vezes por mês2 ou 3 vezes por semanaTodo dia
Público Privado
Fonte: TCS1/103. A indústria farmacêutica e a prescrição médica. UFF, 2003
Representantes colaboram com a prática médica ?
40%
60% 56%
44% SimNão
Público Privado
Fonte: TCS1/103. A indústria farmacêutica e a prescrição médica. UFF, 2003
O comprometimento da qualidade da prescrição médica.
““Existem estudos da industria farmacêutica, não é Existem estudos da industria farmacêutica, não é um estudo brasileiro, mas um estudo mundial que um estudo brasileiro, mas um estudo mundial que mostra que:mostra que:(...) (...) 70 %70 % das das prescrições médicasprescrições médicas não têm não têm nenhum embasamento científico.... nenhum embasamento científico.... (...) (...) 20%20% aproximadamente têm aproximadamente têm algum algum embasamentoembasamento científico na prescrição... científico na prescrição...(...) (...) Apenas 10%Apenas 10% das prescrições médicas são das prescrições médicas são efetivamente embasadas cientificamenteefetivamente embasadas cientificamente....”....”
Médico, presta consultoria a um labº farmacêutico transnacional. Em entrevista a alunos de Medicina da UFF, 2002.
RDC nº 102/2000, Art. 2º• PROMOÇÃO - é um conjunto de atividades informativas e de
persuasão procedentes de empresas responsáveis pela produção e/ou manipulação, distribuição, comercialização, órgãos de comunicação e agências de publicidade com o objetivo de induzir a prescrição, dispensação, aquisição e utilização de medicamentos .
• PROPAGANDA/PUBLICIDADE - conjunto de técnicas utilizadas com objetivo de divulgar conhecimentos e/ou promover adesão a princípios, idéias ou teorias, visando exercer influência sobre o público através de ações que objetivem promover determinado medicamento com fins comerciais.
É possível que uma propaganda forneça todas as informações necessárias ao
uso consciente e responsável de
medicamentos, tanto para o profissional de saúde,
quanto para o consumidor leigo?
HEINECK, I. et al. Análise da publicidade de medicamentos veiculada em emissoras de rádio do Rio Grande do Sul, Brasil. Cad.S. Pública, RJ, 14(1):193-8, jan-mar 1998. • Estudo feito como parte do Programa de Análise de Propaganda de Medicamentos da SNVS, criado em 1995.
• mais de 80% das peças com infrações
• omissão de informações fundamentais a respeito de cuidados, reações adversas e contra-indicações.
Estudos no Brasil – AvaIiação das propagandas
PIZZOL, F.D. et al. Análise da adequação das propagandas de medicamentos dirigidas à categoria médica distribuídas no Sul do Brasil. Cad.S. Pública, RJ, 14(1): 85-91, jan-mar 1998. • 127 peças publicitárias distribuídas em consultórios médicos e hospitais no Sul do Brasil.• Cumprimento ou não da legislação e argumentos mais prevalentes.
• Nenhuma peça publicitária analisada cumpriu na íntegra as exigências da legislação
• Conclusão: necessidade de instrumentos efetivos de controle visando a uma melhor qualidade nas informações distribuídas aos prescritores.
Estudos no Brasil – AvaIiação das propagandas
BARROS, JAC; JOANY, S. Anúncios de medicamentos em revistas médicas: ajudando a promover a boa prescrição? Ciência & Saúde Coletiva, 7(4):891-8, 2002.
• Todos os anúncios contidos nas edições de agosto/2000 – fevereiro/ 2001 do Jornal de Pediatria, RBM e JBM. • Em um total de 1.774 p., 30,4% se destinavam a anúncios.• Nenhum dos critérios propostos pela OMS esteve presente em todas as propagandas, e apenas em cerca de 20% delas há referência a reações adversas, contra-indicações e interações.• Conclusão: os anúncios são tendenciosos, atendendo a propósitos mercadológicos, não sendo um meio que subsidie a prescrição e a utilização correta e segura dos produtos anunciados.
.
Estudos no Brasil – AvaIiação das propagandas
MASTROIANNI; GALDURÓZ; CARLINI. Influence of the legislation on the advertisement of psychoactive medications in Brazil. Rev. Bras Psiquiatr, 25 (3): 146-55, 2003.
• Os dados sugerem que houve pouca influência dos regulamentos (Export Act - 1986; Critérios da OMS - 1988; RDC 102/2000) sobre 199 propagandas de psicoativos no Brasil;
• Necessidade de outras medidas de controle, além de regulamentos.
Estudos no Brasil – AvaIiação das propagandas
NASCIMENTO, A. “A persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”. Isto é regulação? IMS/UERJ, 2003.
• Amplo debate para aprimorar o atual modelo regulatório;
• Considerar a possibilidade de se suspender a prática da propaganda de medicamentos no País;
• Priorizar o risco sanitário e o princípio da prevenção (regulação sanitária x econômica)
Estudos no Brasil – AvaIiação das propagandas
O Projeto MonitorAÇÃO UFF/ANVISA
Alguns resultados preliminares
Ca. 80% das peças publicitárias de MVSP apresentam pelo menos alguma irregularidade em relação às informações divulgadas aos profissionais.
O Projeto MonitorAÇÃO UFF/ANVISA
Alguns resultados preliminares
Ca. 90% das peças publicitárias MVIP induzem e/ou estimulam o uso indiscriminado de medicamentos pela população.
MEJÍA, R.; AVALOS, A. Material informativo entregado por los agentes de propaganda médica. Medicina (Bs As), 61:315-8, 2001. • Em nenhum exemplar, menção aos efeitos adversos e precauções.• 60% com referências bibliográficas. Destas, 45.8% citadas incorretamente. Das 71 referências corretas, 69% inacessíveis.
• no total, apenas 16.7% referências puderam ser analisadas. Em 54.5% delas, o objetivo do trabalho concordava com a informação do material entregue.• Conclusão: “El material provisto por los APMs no puede ser utilizado como fundamento para realizar una prescripción racional.”
Estudo na Argentina – AvaIiação das propagandas
COOPER et al. The quantity and quality of scientific graphs in pharmaceutical advertisements. JGIM, 18: 294-7, April 2003.
• apenas 13% das propagandas apresentavam gráficos.
• 1/3 dos gráficos com distorção dos dados
• os gráficos freqüentemente não continham informações suficientes para a interpretação dos dados apresentados.
Estudo nos EUA – AvaIiação dos gráficos nas propagandas
Propagandas• NÃO SÃO FONTES CONFIÁVEIS DE INFORMAÇÃO• BASICAMENTE ENFATIZAM VANTAGENS DOS MEDICAMENTOS, OMITEM CUIDADOS, RISCOS, ETC.• TRAZEM SÉRIAS CONSEQÜÊNCIAS PARA A SAÚDE DA POPULAÇÃO• VÃO DE ENCONTRO AO USO CONSCIENTE E RESPONSÁVEL DOS MEDICAMENTOS
Conclusões
É possível que uma propaganda forneça todas as informações
necessárias ao uso consciente e responsável de medicamentos, tanto para o profissional de saúde, quanto
para o consumidor leigo?
NÃO!
The New England Journal of Medicine, editorial de 14 fevereiro 2002
“A educação de pacientes – e médicos – é importante demais para ser deixada para a indústria farmacêutica, com suas campanhas pseudo-educacionais elaboradas, acima de tudo, para a promoção dos medicamentos.”
Sidney M. Wolfe, MD
American College of Physicians-American Society of Internal Medicine - Position Paper, 2002.
• Os médicos têm o dever de eliminar os vieses potenciais nas informações médicas vindas de quaisquer fontes.
• As informações fornecidas pelas indústrias farmacêuticas são promocionais e, portanto, enviesadas, agravando-se a situação quando as informações vêm acompanhadas de presentes...
Ann Int Med,136(5):396-402, 5 March 2002
Resolução CFM nº 1.595/ 2000Art. 1º - Proibir a vinculação da prescrição médica ao recebimento de vantagens materiais oferecidas por agentes econômicos interessados na produção ou comercialização de produtos farmacêuticos ou equipamentos de uso na área médica.Art. 2º - Determinar que os médicos, ao proferir palestras ou escrever artigos divulgando ou promovendo produtos farmacêuticos ou equipamentos para uso na medicina, declarem os agentes financeiros que patrocinam suas pesquisas e/ou apresentações, cabendo-lhes ainda indicar a metodologia empregada em suas pesquisas – quando for o caso – ou referir a literatura e bibliografia que serviram de base à apresentação, quando essa tiver por natureza a transmissão de conhecimento proveniente de fontes alheias. § Único – Os editores médicos de periódicos, os responsáveis pelos eventos científicos em que artigos, mensagens e matérias promocionais forem apresentados são co-responsáveis pelo cumprimento das formalidades prescritas no caput deste artigo.
Resolução CFM nº 1.633/2002
RESOLVE:
Art. 1º - Proibir a inserção de matéria publicitária, vinculada à área médico-hospitalar e afim, em jornais e revistas editadas pelo Conselho Federal de Medicina e Conselhos Regionais de Medicina, como também em sítios na internet;
Art. 2º - Esta resolução entra em vigor a partir de sua publicação
Como enfrentar o desafio?
PROPAGANDA X
Formação de profissionais menos dependentes, mais críticos
Produção e divulgação de informações idôneas, independentes
Políticas restritivas e normatizadoras, regulamentação e fiscalização eficazes
Ações da sociedade civil, cidadania, controle social
Legislação brasileira
RDC ANVISA 102/2000• Art. 2º - PROPAGANDA/PUBLICIDADE/PROMOÇÃO
ENGANOSA: qualquer modalidade de informação ou
comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, que seja capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre medicamentos.
Código de Defesa do ConsumidorLei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
ART. 37 – É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1º – É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2º – É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3º – Para os efeitos deste Código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
Código de Defesa do ConsumidorLei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
ART. 60 – A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às expensas do infrator.§ 1º – A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da mesma forma, freqüência e dimensão e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.
Código de Defesa do ConsumidorLei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
TÍTULO II - Das Infrações PenaisART. 63 – Omitir dizeres ou sinais ostensivos
sobre a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
Pena – Detenção de seis meses a dois anos e multa.
Encarando o desafio... Aplicar a legislação, fiscalizar seu
cumprimento
Para MVSP, proibir propaganda impressa; divulgação de informações técnicas e científicas
Autorização prévia pela ANVISA para as campanhas publicitárias de MVIP
Não permitir DTCA
Gerente de Produto de um Labº Farmacêutico Transnacional. Em entrevista a alunos de Medicina da UFF, 2002.
“ “ .....Quando o representante chega diante do .....Quando o representante chega diante do médico existe uma relação de afinidade entre médico existe uma relação de afinidade entre eles.....”eles.....”
“ “ ....O representante é uma ferramenta de ....O representante é uma ferramenta de marketing,marketing, é uma mídia, é uma mídia pensante é uma mídia, é uma mídia pensante mas é uma mídia.....”mas é uma mídia.....”
Os Propagandistas
Iniciativas fundamentais
Redes de profissionais contra a propaganda enganosa
• SOBRAVIME
•Healthy Skepticism
• No free lunch
• “Pharmfree” – AMSA
Políticas Restritivas em Programas de Residência Médica
Iniciativas fundamentais
The effect on resident attitudes of regulatory policies regarding pharmaceutical representative activities.
• Amostra aleatória de 14 programas de formação em medicina de família nos EUA.
• Foram comparadas as respostas dos residentes em programs “restricted” (com políticas estabelecidas, n=7) com as respostas daqueles de programas “unrestricted” (sem políticas, n=7).
• 70% resposta; 378 residentes.
JGIM 1993;8:130-4
The effect on resident attitudes of regulatory policies regarding pharmaceutical representative activities
15
32 2739
6154
0
20
40
60
80
100
Info of goodquality
Socialactivitiesbeneficial
PR contactsbeneficial to
residencyexperience
% r
esid
ents
agr
eein
g
RestrictedUnrestricted
P=0.02 P=0.01 P=0.003
JGIM 1993;8:130
The effect on resident attitudes of regulatory policies regarding pharmaceutical representative activities
3519 18
71
5037
0
20
40
60
80
100
Meals Gifts < $50 Social/recreationaloutings
RestrictedUnrestricted
JGIM 1993;8:130
Consideraram apropriado o recebimento de:
P=0.001 P=0.001 P=0.02
Encarando o desafio...
restringir a presença de propagandistas em unidades de saúde do SUS.
propor políticas restritivas nas Universidades
Encarando o desafio...Informação
Contrapropaganda
Produção e divulgação de informações independentes da indústria
Atuar na formação dos profissionais e na transformação da cultura sobre medicamentos
Encarando o desafio... Amostras grátis
Propor regulamentações para amostras grátis, a exemplo de outros países
Seminário Internacional de Propaganda Seminário Internacional de Propaganda de Medicamentosde Medicamentos
Jussara Calmon R. S. SoaresJussara Calmon R. S. [email protected]@vm.uff.br
Obrigada!Obrigada!¡Gracias!¡Gracias!
Thank you!Thank you!