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semanário | Lousada | Paços de Ferreira | Paredes | Penafiel | Valongo

Sex 04 Dezembro 2015Ano VIII, 442.ª Edição

Director: FRANCISCO COELHO DA ROCHAwww.verdadeiroolhar.pt | [email protected]

EuR 0,01 (IVA incluído)

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ColeCCionadora aliCe Queirós expõem espólio naCional e internaCional

pág. 03

VALONgO

AlbAno TeixeirA Tomou posse como comAndAnTe dos bombeiros de lousAdA

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pERíODO CONtuRbADO DA CORpORAçãO LEmbRADO NA CERImóNIA quE DECORREu NO FINAL DA SEmANA pASSADA

65 patinadores treinam oito horas/dia para apresentar espeCtáCulo de natal

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pAçOS DE FERREIRA

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empresa de segurança alimentar instala-se em Baltar – parada

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pAREDES

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médico penAfidelense disTinguido em espAnhA

bRuNO SILVA VIu O SEu pOStER pREmIADO ENtRE mAIS DE 200 tRAbALHOS

SextA-feIrA, 04 dez De 201502

REgIãO

bANCO EuROpEu DE INVEStImENtO VAI ApOIAR EmpRESAS DA REgIãO

OO Vale do Sousa vai acolher um projecto pioneiro do Banco Europeu de Investimento (BEI) para apoio financeiro a empresas de pequena e média dimensão. Na última terça-feira, responsáveis desta entidade bancária detida pelos estados da União Europeia, acompanhados pelo presiden-te da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Emídio Gomes, explicaram que as empresas da região passarão a ter um acesso muito mais facilitado a linhas de crédito. O financiamento terá, como habitualmente acontece neste banco de investimento, condições muito mais vantajosas que as encontradas nas tradicio-nais entidades bancárias. Para o presidente da Comuni-dade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIMTS), Gonçalo Rocha, a instalação do BEI em Penafiel trata-se “de um marco histórico para a região”.

RESpONSáVEIS EStuDAm mECANISmOS DE ApOIO

Ainda há muito para concretizar, mas para os agentes políticos e económicos que, na última terça-feira, marcaram presença na con-ferência de imprensa realizada na sede da CIMTS o projecto que o BEI quer materializar no Sousa e Tâmega poderá revolucionar o tecido empresarial regional.

emPreSárIoS PoDerão recorrer A lInhAS De créDIto em conDIçõeS mUIto VAntAjoSAS

“Não será a galinha dos ovos de ouro, mas será um grande projec-to para a região”, sustentou Gon-çalo Rocha. “O Luxemburgo está mais perto de nós”, acrescentou o presidente da CIMTS, numa clara referência às instituições euro-peias sedeadas neste país. “Trazer uma instituição desta dimensão para o nosso territó-rio é ajudar a fazer grandes os projectos de cá. É uma iniciativa pioneira”, sustentou, por sua vez, Emídio Gomes. Já Francisco Coelho, um dos representantes do BEI que visi-tou a região durante dois dias, explicou a presença do banco no Tâmega e Sousa. “O BEI procu-rou zonas da Europa para apoiar projectos sociais”, disse. Quan-do falou em “projectos sociais”, Francisco Coelho referiu-se a empresas de pequena e média di-mensão que, normalmente, não têm acesso a linhas de crédito para alavancar os seus negó-cios. Por isso, a grande novidade do “projecto pioneiro” que o BEI quer consolidar na região passa por permitir que os empresários dos concelhos da CIMTS tenham acesso a dinheiro emprestado em condições muito vantajosas e, desta forma, desenvolvam as suas empresas. “Vamos procurar identificar onde estão as dificul-dades dos empresários no acesso às linhas de crédito e resolvê-las. O modelo ainda não está defini-do”, frisou. Também o presidente da CCDRN lembrou que, neste momento, “o caderno de encargos está em

banco criado para desenvolver a Europa

O BEI foi criado em 1958, é detido pelos países da União Europeia (UE) e tem sede no Luxemburgo. Entre os seus principais objectivos está “me-lhorar o potencial da Europa em termos de emprego e cres-cimento, apoiar acções para atenuar as alterações climáti-cas e promover as políticas eu-ropeias no exterior da UE”.Segundo o próprio BEI, esta entidade bancária “levanta dinheiro nos mercados de ca-pitais e empresta-o em con-dições favoráveis a projectos que apoiem os objectivos da

UE”. “Cerca de 90 por cento dos empréstimos são concedidos para investimentos dentro da UE. Nenhum do dinheiro em-prestado pelo BEI provém do orçamento da UE”, lê-se no site do banco. No mesmo local, in-forma-se que “os empréstimos de valor superior a 25 milhões de euros são concedidos direc-tamente pelo BEI” e, quando se tratam de empréstimos mais pequenos, “o BEI abre linhas de crédito para instituições financeiras que, por sua vez, emprestam o dinheiro aos in-teressados”.

branco”. Ou seja, que ainda não está definido quem, nem como poderá aceder ao dinheiro do BEI. Mas alegou que, em 2016, já ha-verá empresas a beneficiar desse financiamento. “Os valores dis-

ponibilizados pelo BEI serão os que forem precisos”, assegurou. Emídio Gomes defendeu ainda que a presença do BEI no Tâmega e Sousa ajudará, igualmente, a “exponenciar os fundos europeus

do programa 2020”. Quis com isto dizer que os empresários da região poderão recorrer ao BEI para assegurar as verbas que têm de apresentar sempre que benefi-ciarem de fundos europeus.

Comitiva do bEI visitou o projecto do padre Samuel guedes

SextA-feIrA, 04 dez De 2015 03

VALONgO

ISAbEL RODRIguES mONtEIRO

[email protected]

COLECCIONADORA ALICE quEIRóS ExpõEm ESpóLIO NACIONAL E INtERNACIONAL

O Museu Municipal de Valon-go acolhe, até ao próximo dia 8 de Dezembro, mais uma edição da exposição de presépios. A mostra, inaugurada na passada sexta-feira, reúne 340 exemplares provenientes de vários países e até alguns de pe-quenos grandes artistas dos três aos seis anos. Todos eles fazem parte de uma colecção privada, pertencente a Alice Queirós, residente em Valongo, mas natural de Baião. Para qualquer um de nós uma co-lecção de mais de três centenas de presépios seria classificada como uma vasta colecção, mas para Alice Queirós, educadora de infância de profissão, esta é apenas “uma peque-na colecção”. E até nem é preciso ter uma casa muito grande ou muitos ar-rumos para os acondicionar. Até ago-ra bastaram duas vitrinas em casa para colocar os 340 presépios. Mas como já não há quaquer espaço entre eles, Alice Queirós decidiu que é tem-po de colocar algumas regras e agora já não adquire exemplares grandes.

pAIxãO pOR pRESépIOS DESDE CRIANçA

A coleccionadora recorda que o gos-to pelos presépios vem da sua meni-nice, dos natais em família em que se juntavam os agregados dos 10

mUSeU mUnIcIPAl moStrA centenAS De PreSéPIoS Até 8 De jAneIro

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irmãos da sua mãe e os sete do pai. A paixão pelo coleccionismo surgiu mais tarde, no início da década de 90 quando uma amiga lhe ofereceu um prato da Vista Alegre com a represen-tação de um presépio. Daí seguiu-se um presépio de folheta e a partir daí não mais pararam as aquisições e as ofertas de amigos e familiares. Tam-bém na sua profissão os presépios são uma constante anual. O tema é trabalhado com os seus alunos tendo sempre como base a família e não há limites para a criatividade. Todos os anos um exemplar segue direitinho para a sua colecção particular. Uns desenhados, outros utilizando casca de noz, conchas e búzios da praia, são apenas alguns dos exemplos dos pre-sépios feitos com as crianças do Jar-dim de Infância da Escola da Azenha, em Campo. Este ano escolheu como matéria prima as latas de conserva. Um deles, já se sabe, terá espaço na vitrina da casa da professora, jun-to daqueles que foram oferecidos ou comprados nas viagens de Alice Queirós e até dos concebidos pela sua mãe, de 78 anos, que partilha o gosto pelos presépios.

mOStRA E VENDA DE pRESépIOS CONCEbIDOS pOR 17 ARtESãOS

Como complemento a esta mostra, será possível adquirir exemplares de presépios idealizados e concebi-dos por 17 artesãos do concelho de

Valongo. Aos domingos, serão reali-zados workshops ao vivo pelos arte-sãos do concelho, sendo esta também uma oportunidade para os visitantes ficarem com algumas ideias e com al-guma criatividade criar o seu próprio presépio. Na inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José

Manuel Ribeiro, destacou a impor-tância de dar a conhecer o trabalho dos artesãos do concelho, realçando que a Cultura “é poderosíssima” na “promoção dos territórios”. Lem-brando as marcas identitárias de Va-longo, José Manuel Ribeiro, frisou a importância dos recursos naturais e culturais na promoção do concelho.

A exposição pode ser visitada du-rante o horário normal de funcio-namento do Museu sito na Rua de S. Mamede, de segunda a sexta das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e aos domingos (29 de novembro, 6, 13, e 20 de dezembro de 2015), entre as 15h00 e as 18h00. Serão realizadas visitas guiadas, sob marcação.


VALONgO

ISAbEL RODRIguES mONtEIRO

[email protected]

pSp E JuNtA DE FREguESIA JuNtOS pELA ELImINAçãO DA VIOLêNCIA

No Dia Internacional pela Eli-minação da Violência Contra as Mulheres, 25 de Novembro, a Es-quadra da PSP de Ermesinde e a Junta de Freguesia assinalaram a efeméride com acções de sensibi-lização ao longo do dia e com uma sessão de técnicas de defesa pesso-al que juntou crianças, adolescen-tes e adultos. Para que o lema popular mude e passe a ser “quanto mais me respeitas mais gosto de ti”, os ele-mentos da equipa de proximidade da Esquadra de Ermesinde, que integra a Divisão Policial da Mais, percorreram a cidade numa acção de sensibilização junto do público feminino e masculino, alertando para a importância da denúncia das situações de violência, sejam elas de ordem pessoal ou de conhe-cidos, como explicou ao VERDADEI-RO OLHAR o subcomissário Dias Canário, comandante da Esquadra de Ermesinde. “Algumas pessoas ainda não têm conhecimento que este não é apenas um problema das vítimas”, disse, salientando que a violência doméstica é um crime público. Ainda segundo o coman-

eSqUADrA De ermeSInDe DInAmIzoU SeSSão De técnIcAS De DefeSA PeSSoAl

dante da Esquadra de Ermesinde têm-se registado mais denúncias, o que, sublinha, não significa que o número de casos tenha aumen-tado. “Há mais à vontade para de-nunciar as situações. Fruto da me-diatização há mais conhecimento e predisposição para denunciar o crime”, acrescentou. Também Luís Ramalho, presi-dente da Junta de Freguesia de Ermesinde, sublinhou a natureza de crime público e a obrigação de apresentar queixa, mesmo que não seja a pessoa ofendida. “Tem o dever de apresentar a queixa. Ninguém tem o direito de bater em ninguém. Temos de agir”, disse, re-alçando que as mulheres ainda são o maior número de vítimas. DEFESA pESSOAL ENVOLVE téCNICAS pARA mINORAR AgRESSãO

Depois do contacto individual da parte da manhã, seguiu-se uma sessão de técnicas de defesa pes-soal, ministrada por dois agentes da Unidade Especial de Polícia. A assistir à sessão dinamizada no exterior da Junta de Freguesia de Ermesinde esteve um público bas-tante heterogéneo, desde crianças de uma escola do 1º ciclo, alunos

da Escola Secundária de Erme-sinde e seniores utentes da Asso-ciação Ermesinde Cidade Aberta e Associação de Promoção Social de Ermesinde. Durante mais de uma hora aprenderam-se algumas téc-nicas para minorar a agressão que é dirigida à vítima, concluindo-se que mesmo sendo mais fraco fisica-mente é possível a defesa e até do-minar o agressor. Regina Diegues, reformada e utente da Associação de Promoção Social de Ermesinde, não quis deixar de experimentar as técnicas de defesa que, diz com armagura, “devia ter aprendido há 20 anos”. Com outro ânimo, até pelo gosto que tem pelas artes marciais, esteve Sofia Rijo, técnica da Asso-ciação Ermesinde Cidade Aberta. “É bastante gratificante que se pre-ocupem com esta problemática”, disse, lamentando, porém, que este tipo de sessão não chegue a mais público, já que são práticas que apenas são ministradas em insti-tuições privadas. No final da sessão, em que parti-cipou a PSP de Ermesinde e Corpo de Intervenção, a Associação Er-mesinde Cidade Aberta, a Escola Secundária de Ermesinde, o Agru-pamento de Escolas de S. Louren-ço-Valongo e a Associação Promo-ção Social e Cultural de Ermesinde, houve uma largada de balões em que cada participante escreveu uma mensagem contra a violência.

FENómENO AbRANgE VítImAS DE tODAS AS CONDIçõES E EStRAtOS SOCIAIS

O Dia Internacional para a Elimi-nação da Violência Contra as Mu-lheres celebra-se todos os anos, desde 1999, como designado pela ONU, a 25 de Novembro, numa data que visa alertar a sociedade para os vários casos de violência contra as mulheres, nomeadamente casos de abuso ou assédio sexual, maus tratos físicos e psicológicos. De re-ferir que, em média, uma em cada três mulheres é vítima de violência doméstica. Segundo a Associação

Portuguesa de Apoio à Vítima o fenómeno da violência doméstica contra as mulheres abrange víti-mas de todas as condições e estra-tos sociais e económicos, sendo que os seus agressores também são de diferentes condições e estratos so-ciais e económicos. De acordo com os dados da Associação, as mulheres representam mais de 81 por cento das pessoas atendidas. Entre 2013 e 2014 a APAV registou um total de 12402 de mulheres vítimas de vio-lência doméstica. Destas situações reportadas à APAV, em cerca de 45 por cento das mesmas não existia apresentação de queixa criminal.


VALONgO

Câmara atribui prémio de mérito municipal de Integração de pessoas com Deficiência

IncentIVo A entIDADeS PúBlIcAS e PrIVADAS PArA IntegrAr PeSSoAS com IncAPAcIDADeS

A Câmara Municipal de Va-longo assinalou, na última quin-ta-feira, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, no Fórum Cultural de Ermesinde, com a atribuição do Prémio de Mérito Municipal de Integração de Pessoas com Deficiência. A distinção foi instituída, anuncia a autarquia, para incentivar as entidades públicas e privadas a promover a integração profissio-nal das pessoas com deficiências e incapacidades. Além da entrega deste galar-dão, que foi atribuído pela pri-meira vez, as comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência incluíram momentos musicais e uma mostra das enti-

RuI SILVEStRE ARRECADA EStRELA mICHELIN

O mais famoso guia gastro-nómico internacional, o conhe-cido Guia Michelin, terá em 2016 uma nova estrela do panorama nacional. Trata-se do chef Rui Sil-vestre, valonguense que lidera a cozinha do restaurante algarvio Bon Bon. Rui Silvestre nasceu em Va-longo mas vive no Algarve desde criança. Hoje com apenas 28 anos foi a grande novidade do pano-rama gastronómico nacional na gala anual do conhecido guia, que decorreu no passado dia 25 de Novembro, em Santiago de Com-postela, Espanha. Pela qualidade de Rui Silvestre o restaurante al-garvio Bon Bon passraá a constar do guia juntos de chefs como Die-ter Koschina, Hans Neuner, José Avillez, Willie Wurger, Leonel Pereira, Ricardo Costa, entre ou-tros. Ao longo da carreira, Rui Sil-vestre já passou por restauran-tes com estrelas Michelin, como o Ferme Saint Simion, com uma estrela, ou o Restaurant du Cas-tellet, com duas estrelas, ambos em França. Depois disso, passou pelo Costes, na Hungria, detentor de uma estrela, e pelo Petit Cen-tre du Monde, em Paris.

VAlongUenSe eStá A VIVer no AlgArVe

Repúdio de HeRança

O repúdio da herança é um negócio jurídico unila-teral não receptício e irrevogável, que tem lugar após abertura da sucessão, mas os seus efeitos re-troagem a essa data.

O repúdio de herança é utilizado quando alguém quer afastar-se da sucessão a uma herança da qual não está interessado.

Isto acontece quando: um herdeiro pode querer re-pudiar a herança por razões de ordem pessoal, por exemplo, evitar conflitos com outros interessados na partilha dessa herança ou por razões de ordem material e económica, por exemplo, para evitar o cumprimento de encargos ou obrigações decorren-tes dessa mesma herança.

Todavia, o herdeiro que repudia a herança ou o legado é substituído pelos seus descendentes por direito de representação, no caso do herdeiro repu-diante ser filho ou irmão do autor da sucessão, no âmbito da sucessão legal.

Já no âmbito da sucessão testamentária, o herdei-ro repudiante é sempre representado pelos seus descendentes, salvo se o testador tiver disposto de maneira diferente.

O repúdio está sujeito à forma exigida para a alie-nação da herança.

A herança não pode ser repudiada sob condição nem a termo.

boletim Jurídico Nº 183 / 2015

EDIFÍCIO CENTRO LEX - Advogados & SolicitadoresMorada: Rua da Saudade, n.º102 | 4560-531 PenafielTelefone: 255 713 162 | E-mail: [email protected]

mANuEL pEREIRA

Solicitador|Agente de execução

dades concelhias na área da deficiência. Foi também assi-nalado o primei-ro aniversário do Serviço de Infor-mação e Media-ção para Pessoas com Deficiência (SIM-PD). Durante a tarde, as co-m e m o r a ç õ e s incluíram um encontro com o escritor Nuno Meireles, na Biblioteca Mu-nicipal de Va-longo


pAçOS DE FERREIRA

65 pAtINADORES tREINAm OItO HORAS pOR DIA pARA mONtAR ESpECtáCuLO DE NAtAL

65 patinadores, muitos deles campeões regionais e nacionais, vão participar num espectáculo que promete deslumbrar as mais de três mil pessoas que, nos dias 18, 19 e 20 de Dezembro, deverão lotar as bancadas do Pavilhão Municipal de Paços de Ferreira. Enquanto essas datas não che-gam, os atletas da Juventude Pa-cense vão treinando oito horas por dia para que nada falhe no momento de apresentar uma co-reografia original e que, este ano, tem a história de Peter Pan como pano de fundo. Também os pais dos patinado-res vão, noite após noite, traba-lhando nos cenários e no guarda-roupa que são elaborados apenas e só com recurso à prata da casa. Esta foi a única forma encontra-da para criar um espectáculo que a organização garante ser de alta qualidade e que tem um orçamen-to de apenas 20 mil euros.

AtLEtAS DE ALtO RENDImENtO Em pIStA

É já o sétimo espectáculo que a secção de Patinagem Artística da Juventude Pacense apresenta. Este ano, o universo da Disney volta a ser fonte de inspiração e cedeu Peter Pan como figura central de uma coreografia que contará com 65 atletas, com ida-des compreendidas entre os 4 e os 24 anos, a patinar pela pista do Pavilhão Municipal de Paços de Ferreira. “Os atletas são todos formados na Juventude Pacense. E a coreografia é inteiramente original”, realça o treinador. Pedro Craveiro assegura que a qualidade está garantida com a presença de atletas de elite, con-sagrados com títulos regionais, nacionais e ainda com prestações de excelência a nível europeu. “Este espectáculo é o seguimento do que vamos fazendo ao longo do ano”, frisa.

ENtRADA CuStA CINCO EuROS

Durante uma hora, os espectado-res serão surpreendidos com mui-tos dos tradicionais movimentos e figuras da patinagem artística, mas ainda com um “espectáculo que conjuga multimédia, som e cenários fixos”. “Será um espec-táculo moderno, interactivo e no qual acontecerão triplo saltos”,

PAIS DoS AtletAS trABAlhAm toDAS AS noIteS noS cenárIoS e gUArDA-roUPA

Espectáculo vai ajudar criança com paralisia cerebral

O espectáculo de Natal da Juventude Pacense terá uma vertente solidária importante, ao permitir que duas crianças doentes concretizem, através da Make a Wish, um dos seus maiores desejos. Também parte da receita será canalizada para ajudar Maria Teresa, uma menina de 4 anos que sofre de paralisia cerebral. Esta criança de Fra-zão nasceu prematura e, um mês depois, foi-lhe diagnosti-cada uma doença que a impe-de de andar e lhe causa outros problemas de índole motora. “Já tem uma operação mar-cada no México que custa oito mil euros e está a realizar um

tratamento intensivo que vai-se alongar até Maio e que tem um custo de 300 euros por semana”, explicou o padrinho Filipe Men-des. No âmbito do espectáculo da Juventude Pacense e a reverter, igualmente, para a causa “Vamos ajudar a Teresinha a andar” irá realizar-se o 2º Passeio Bruno Pi-res, que tem já a presença garan-tida de vários ciclistas profissio-nais. “Quando me falaram deste caso eu fiquei logo interessado em ajudar. E quando conheci a Te-resinha aceitei logo ajudar”, refe-riu Bruno Pires. Uma caminhada e uma aula de zumba também fazem parte des-te programa solidário.

prometeu o treinador da Juven-tude Pacense numa conferência de imprensa realizada no último fim-de-semana. Nessa altura, Pe-dro Craveiro anunciou, igualmen-te, a presença de dois cantores, que actuarão ao vivo. Para que nada falhe nas três

datas já marcadas para a inter-pretação de Peter Pan, os 65 pati-nadores treinam desde Setembro. Os treinos têm decorrido após o fim das aulas, mas quando se ini-ciar o período de férias escolares, os ensaios serão efectuados ao longo de oito horas diárias.

Também os pais estão desde Setembro a trabalhar no espec-táculo. São eles que, todas as noi-tes, se juntam num dos pavilhões do Parque de Feiras e Exposições da Associação Empresarial de Paços de Ferreira para construir cenários, criar o guarda-roupa e

preparar a maquilhagem a usar pelos atletas. Só desta forma será possível promover um evento deste género com um orçamento de 20 mil euros. As entradas para o Peter Pan em patins custam seis euros, mas existe um pack especial para famílias.


pAçOS DE FERREIRA

CApãO VOLtA àS mESAS DOS REStAuRANtES DE pAçOS DE FERREIRA

Já começou a X Semana do “Capão à Freamunde”, evento que decorre até ao próximo dia 13. Até lá, sete restaurantes vão servir dezenas de pratos desta iguaria considerada única e que se assu-me como uma marca identificati-va de Freamunde e do concelho de Paços de Ferreira. A iniciativa termina com um jantar, no qual será eleito o me-lhor capão e com a Feira de Santa Luzia, que atrai milhares de pes-soas e muitos vendedores de ca-pões vivos.Esta é a primeira edição da Se-mana do Capão após a União Eu-ropeia ter atribuído ao “Capão à Freamunde” a Identificação Ge-ográfica Protegida. Uma medi-da que, reconheceram os vários agentes ligados ao capão, ainda não produziu efeitos na comer-cialização do petisco.

2500 CApõES VENDIDOS Em 2014

Foi em Maio deste ano que a União Europeia atribuiu ao “Capão à Fre-amunde” o estatuto de Identifica-ção Geográfica Protegida, concre-tizando, deste modo, uma ambição antiga da Câmara Municipal de Pa-ços de Ferreira, mas sobretudo da Junta de Freguesia de Freamunde e da Associação de Criadores de Capão. Na altura, a decisão euro-peia foi celebrada efusivamente, pois permitiria, alegavam as di-versas entidades, levar o “Capão à Freamunde” a todo o país, aumen-tando, assim, o seu reconhecimen-to e ainda os proveitos económicos para os criadores. Mas, sete meses depois da atribuição da Identifica-ção Geográfica Protegida, pouco

eStAtUto De IDentIfIcAção geográfIcA ProtegIDA AInDA não ProDUzIU oS efeItoS PretenDIDoS

de ser sazonal”. O líder da Associação de Cria-dores de Capão recorda que, em 2014 e apenas através dos cria-dores inscritos na associação, fo-ram vendidos 2500 capões.

mELHORES CApõES ESCOLHIDOS pOR JúRI quALIFICADO

Entretanto, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira continua a promover o “Capão à Freamunde” e apoia a X Semana Gastronómi-ca. Durante 13 dias, sete restau-rantes integram este petisco na sua ementa de fim-de-semana e disponibilizam-no, com uma mar-cação prévia de 24 horas, todos os dias da semana. O evento conta ainda com um jantar, no qual será escolhido por um júri constituído por vários chefs o melhor “Capão à Freamunde”. Já no dia seguinte, 13 de Dezembro, será eleito, num concurso a realizar na Feira de Santa Luzia, o melhor capão vivo. “O capão é uma forma de atrair pessoas ao concelho e dinamizar a economia local”, alegou o verea-dor Paulo Sérgio Barbosa.

das dificuldades encontradas, “o capão tem tudo para ser um bom negócio” e Armanda Fernandez, presidente da autarquia de Frea-munde, garante que “há pessoas interessadas em fazer do capão um negócio rentável”. “Cada vez mais temos pessoas à procura do capão e vamos ter de arranjar uma

forma de ter o capão por muito mais tempo durante o ano”, acres-centa. Ricardo Graça concorda: “Só neste mês fomos contactados por 30 restaurantes, mas temos o constrangimento de não poder-mos responder às encomendas. A nossa ambição é que o capão deixe

mudou neste sector tradicional. “2016 é o ano zero. Estamos a ulti-mar muitas coisas, mas não é fácil. O nosso alvo são os restaurantes, mas não podemos chegar lá com o capão debaixo do braço”, afirma Ricardo Graça, presidente da Asso-ciação de Criadores de Capão. Este responsável defende que, apesar


pAçOS DE FERREIRA

IDOSOS FIzERAm DA CâmARA muNICIpAL umA pIStA DE DANçA

Paços de Ferreira vai ter uma Aca-demia Municipal Sénior e, tal como o nome indica, esta escola estará vo-cacionada para ensinar dança aos idosos do concelho. Neste momento, a Câmara Municipal local, promoto-ra do projecto, ainda está a recolher a inscrição das pessoas interessadas para depois escolher o local onde decorrerão as aulas. Mas enquanto esse processo não fica concluído, cerca de 300 dos futuros alunos da Academia participaram num flash mob que teve como palco o próprio edifício da autarquia.

AUtArqUIA VAI crIAr AcADemIA mUnIcIPAl SénIor

ISAuRA DANçOu pELA pRImEIRA VEz AOS 82 ANOS

Um dos participantes na sessão de dança que ocupou, na tarde de quin-ta-feira da semana passada, os dois pisos e o exterior dos Paços do Con-celho foi Margarida Sequeira, de 77 anos. “Eu gosto de dançar, mas nun-ca pensei fazê-lo na Câmara”, admi-tiu a septuagenária. “Mas se houver mais vezes eu estarei presente”, acrescentou a utente do Centro So-cial e Paroquial de Frazão. Um pouco mais ao lado, Ricardo de Brito, 86 anos celebrados recen-temente, também tentava acom-panhar os movimentos dos alunos

da Escola Profissional Vértice. “Antigamente, dançava-se muito e isto faz-me lembrar esses tempos. É uma boa iniciativa e espero que não seja a última vez que aconte-ça”, referiu o idoso que frequenta o Centro Social e Paroquial de San-fins de Ferreira. Já Isaura Barbosa, utente do Centro Social e Paroquial da Seroa, aproveitou o flash mob realizado na Câmara Municipal para começar a aprender a dançar. “Nem em nova dancei. Trabalhei muito e não havia tempo para isso. Só agora é que es-tou a aprender e sempre que houver estarei cá”, revelou a mulher de 82 anos. Isaura terá mais oportunidades para dançar se for um dos muitos idosos já inscritos na Academia Municipal Sénior, um projecto do pelouro da Acção Social da autar-quia pacense. “Temos 300 idosos inscritos e ainda estamos a recolher inscrições. No final desse processo, vamos escolher um local adequado para o número de pessoas interes-sadas. Mas o mais certo é que os ido-sos sejam divididos em grupos para que as aulas de dança possam de-correr de uma melhor forma”, anun-ciou a vereadora Filomena Silva. A autarca esclarece que tanto a Academia Municipal Sénior, como o flash mob integram uma estraté-gia municipal que visa o “envelhe-cimento activo”. “Os seniores são o nosso passado, o nosso presente e o futuro que queremos ter. A ideia destas iniciativas é que eles saibam que esta casa [Câmara] também é deles”, frisou.

JS visitou Associação “Os pecaninos”

ActIVIDADe foI feItA no âmBIto DAS jornADAS jS PreSente

Na sexta-feira da semana passada, a Juventude Socialista de Paços de Ferreira deu início às Jornadas JS Presente. O objecti-vo desta iniciativa, informa, esta estrutura partidária, passa por “estar no terreno junto das pes-soas, associações e empresas sob o lema “JS Presente”. Na primeira visita de trabalho, alguns elementos da JS de Paços de Ferreira passaram uma tar-de na Associação de Defesa dos Animais “Os Pecaninos”, situada em Carvalhosa. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos, que recolhe animais da rua e que “os cuida com muito amor e carinho deixando-os prontos para adopção em bom estado de saúde, vacinados e com chip de

identificação”. Após a visita e uma longa con-versa sobre os problemas e ne-cessidades da associação, o gru-po de trabalho da JS saiu de lá “com o objectivo de ajudar no que puder esta associação, tendo já um relatório das suas necessi-dades”. “Queremos deixar uma palavra de agradecimento e de reconhecimento à dona Carolina e à Cláudia, que muito bem nos receberam e demonstraram que com sacrifícios e com amor à cau-sa é possível ajudar os animais. Em breve daremos mais notícias, que esperamos serem boas. Da nossa parte, terão na JS de Paços de Ferreira um forte aliado na de-fesa dos animais”, afirmou David Coelho.


pAREDES

transparência da escolha dos mo-delos é garantida pela apresen-tação dos respetivos critérios de seleção, para cada categoria de produto, que variam desde classes energéticas mais eficientes, para os eletrodomésticos já sujeitos ao sistema de etiquetagem energéti-ca, a menores consumos energé-ticos, distinção com certificações voluntárias, e emissões de gases com efeito de estufa mais redu-zidas, para as outras tipologias de produtos. E, como não é sufi-ciente comprar um aparelho com alto desempenho energético para economizar na carteira, no portal, são também fornecidos conselhos práticos relacionados com a com-pra, instalação, utilização, limpe-za, manutenção, e fim de vida dos aparelhos.A identificação dos modelos Top-ten.pt, nas superfícies de venda e online, é facilitada pela presença do Selo Topten - Líderes em efici-ência energética. Esta distinção é atribuída gratuitamente a todas as marcas com produtos distinguidos no nosso portal, sendo renovada, ou não, a cada atualização de ca-tegorias. Atualmente, mais de 40 marcas já aderiram ao selo Topten, podendo afixá-lo diretamente nos equipamentos ou nos respetivos materiais promocionais.O projeto teve início na Suíça, em 2000, e é atualmente desenvolvido em mais 15 países europeus, entre os quais Portugal, desde 2007, con-tando com o financiamento da Co-missão Europeia. A partir de 2010 foi alargado a outros continentes, estando presente na China e no Chile. O Topten pretende, contem-poraneamente, ajudar o consumi-dor a escolher os equipamentos com melhor desempenho energéti-co e ambiental e exercer influência juntos dos fabricantes no sentido da redução gradual do consumo de energia e outros recursos.A Quercus deixa o apelo para uma compra criteriosa, adaptada às suas reais necessidades e com atenção ao consumo energético do

equipamento a adquirir.

Numa altura em que inevi-tavelmente somos confrontados com promoções e descontos, de-vemos avaliar se, os produtos que compramos mais baratos, não nos vão pesar na carteira mais tarde. Estamos a falar, em particular, de aparelhos energeticamente pou-co eficientes, cujo consumo ex-cessivo, ao longo do seu tempo de vida, acaba por anular o reduzido custo inicial.Para orientar os consumidores existe o portal Topten.pt (http://www.topten.pt), gerido pela Quer-cus, que apresenta os melhores modelos, disponíveis no mercado Português, de entre 13 categorias de produtos: máquinas de lavar roupa, máquinas de lavar louça, frigoríficos & combinados, arcas & congeladores, fornos, máquinas de café, televisores, impressoras & multifunções, monitores, aspi-radores, aparelhos de ar condi-cionado, lâmpadas e automóveis. Os cerca de 850 modelos listados encontram-se divididos em sub-categorias, para se adequar às diferentes exigências e necessi-dades do público-alvo. Para além de vários dados sobre o consumo energético, são também indicados o preço aproximado de compra e o custo (em eletricidade e água, se for o caso) durante o seu ciclo de vida, sendo igualmente apresen-tado um modelo menos eficien-te, para que o consumidor possa comparar informações e avaliar a sua escolha.Os dados, regularmente atualiza-dos, que vai encontrar no portal, são recolhidos dos vários sites e

catálogos das marcas e ob-tidos por contacto direto

com alguns represen-tantes nacionais

das marcas, de forma a garantir

a sua exa-tidão.

A

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OLHAR VERDECONDutOR ALCOOLIzADO

AbALROOu CARROS EStACIONADOS

Um condutor de 19 anos abal-roou, ao início da madrugada de sábado, cinco carros que estavam estacionados no centro da cidade de Paredes. Apesar da violência do choque, o jovem continuou a marcha e, já noutra rua, bateu em mais uma viatura. Nesta altura, apercebeu-se que estava a ser perseguido por uma patrulha da GNR e tentou fugir a pé. Foi, no entanto, detido quase de ime-diato e sujeito ao teste de alcoolemia. O resultado foi superior a 2,30 gra-mas por litro de álcool no sangue.

tENtOu FugIR A pé

Segundo o VERDADEIRO OLHAR apurou, o condutor seguia ao volan-te de um modelo 316 da BMW poucos minutos depois da 1h00 de sábado. Contornou a rotunda 25 de Abril, que dá acesso à autoestrada, e tentou su-bir a rua dos Desportos que ladeia o edifício onde está situada a Casa do

joVem De 19 AnoS APAnhADo com UmA tAxA SUPerIor A 3,30 g/l De álcool no SAngUe

Benfica em Paredes. Nesse local, o jovem perdeu o controlo do carro e abalroou a maior parte dos carros que estavam estacionados do lado esquerdo da via. Apesar dos avulta-dos estragos causados, este condu-tor não parou a marcha e, um pouco mais à frente, seguiu numa rua de sentido proibido. Circulou ainda vá-rios metros até chegar perto do ce-mitério municipal, local onde bateu noutro carro estacionado. Nesta altura, o condutor percebeu

que uma patrulha da GNR já vinha no seu encalço e abandonou o BMW para tentar fugir a pé. Ainda o con-seguiu fazer durante algum tempo, mas acabou por ser apanhado pelos guardas. Sujeito ao teste de alcoolemia, o condutor, que também reside na ci-dade de Paredes, acusou uma taxa superior a 2,30 gramas por litro de álcool no sangue. Foi, posteriormen-te, notificado para se apresentar ao Tribunal amanhã.

DEtIDO pOR FuRtAR CARROS NA HORA DA mISSA

Um homem de 30 anos e residen-te em Baltar, Paredes, aproveitava a realização de missas para arrombar e furtar o interior dos carros dos fi-éis que ficavam estacionados junta à igreja. Na passada quinta-feira, a casa do indivíduo foi alvo de buscar por parte da GNR e, no final da opera-ção, os militares recuperaram vários dos objectos furtados. Tablets, má-quinas fotográficas, GPS e telemó-veis qua haviam sido furtados ainda estavam no domicílio do assaltante.

CONDuzIA CARRO SEm tER CARtA DE CONDuçãO

Segundo a GNR, foram realizadas duas buscas domiciliárias e duas buscas não domiciliárias na fregue-sia de Baltar, concelho de Paredes, tendo-se procedido à apreensão e

gnr fez BUScAS em BAltAr, PAreDeS

recuperação de vários artigos, no-meadamente dois tablets, três má-quinas fotográficas digitais, dois GPS, três telemóveis, um televisor portátil, duas malas de senhora, uma placa de internet móvel e um disco externo. Foram recuperados também sete carteiras pequenas, uma chave de ignição para viatura da marca Ford e dois pares de ócu-los de senhora.

Este material terá sido tudo furta-do do interior de viaturas que foram assaltadas quando os respectivos do-nos assistiam à missa. O suspeito da autoria dos furtos foi ainda detido por, no momento da abordagem da GNR, estar a conduzir um carro sem para tal estar habilita-do. Foi, por isso, notificado para com-parecer no Tribunal para ser julgado em processo sumário.


pAREDES

pAREDES CAptA NOVO INVEStImENtO

A autarquia de Paredes anun-ciou a captação de mais um inves-timento para o concelho. Trata-se da SAI – Segurança Alimentar In-tegrada, empresa que se vai ins-talar no Parque Empresarial de Paredes, situado em Baltar. Segundo comunicado do muni-cípio, “a SAI intervém em áreas que vão da enologia à viticultu-ra, passando por biotecnologia, química, microbiologia, controlo de qualidade, gestão da qualida-de ou segurança alimentar”. No mesmo documento, a Câmara Municipal de Paredes refere que a empresa “adquiriu três lotes com uma área total de cerca de 4.250 metros quadrados para ampliar a actividade, numa fase em que aposta na exportação dos pro-dutos e serviços”. A entrada em laboração das novas instalações, acrescenta a autarquia, está pre-vista para o próximo ano. “As políticas de captação de investimento da Câmara Munici-pal de Paredes continuam a dar frutos e instalação da SAI – Se-gurança Alimentar Integrada no

SAI – SegUrAnçA AlImentAr IntegrADA InStAlA-Se no PArqUe emPreSArIAl De BAltAr

Reaberta Sala Snoezelen no Centro Escolar de bitarães

A Câmara Municipal de Pare-des reabriu, na passada segunda-feira, a Sala Snoezelen, no Centro Escolar de Bitarães. A iniciativa realizaou-se no âmbito das co-memorações do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. O conceito de sala multidisciplinar Snoezelen proporciona confor-to através do uso de uma grande quantidade de estímulos senso-riais controlados, que podem ser usados de forma individual ou combinada, e que vão desde os efeitos de sons e notas musicais aos de luz, passando pela esti-mulação tátil e pelos aromas. O ambiente proporcionado é segu-ro e promove autocontrolo, auto-nomia, descoberta e exploração, bem como efeitos terapêuticos e pedagógicos positivos. Este am-biente multissensorial que se en-contra na Sala Snoezelen permite estimular os sentidos primários - tacto, paladar, visão, audição e olfacto - sem recorrer às capaci-dades intelectuais dos indivíduos. Apenas recorre às capacidades

ABertUrA DA SAlA InSerIDA nAS comemorAçõeS Do DIA InternAcIonAl DAS PeSSoAS com DefIcIêncIA

Parque Empresarial de Paredes, em Baltar, é mais um resultado palpável dessas boas práticas,

Números

- 4250 metros quadrados tem o espaço adquirido em Baltar

- 2016 é o ano em que as no-vas instalações entrarão em funcionamento

- 1000 postos de trabalho foram criados, garante a autarquia, em Paredes no último ano

- 23 % foi a percentagem de desemprego que reduziu no concelho

que ao longo do último ano ajuda-ram a criar mais de mil postos de trabalho no concelho, reduzindo

em 23 por cento a taxa de desem-prego”, sustenta fonte oficial do município.

sensoriais. A confiança e o relaxa-mento são incentivados através de terapias não diretivas. O equipa-mento está disponível para todos os alunos com necessidades edu-cativas especiais do concelho de

Paredes, bem como para os uten-tes de todas as Instituições Parti-culares de Solidariedade Social e instituições (IPSS) de apoio à de-ficiência. “A reabertura desta sala marca o início das comemorações

do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, em Paredes, assi-nalado a 3 de Dezembro, data em que vamos realizar uma cerimó-nia no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Será, ainda, construído

um puzzle gigante, no átrio da Câ-mara, pelas escolas e pelas IPSS do concelho”, revela Hermínia Mo-reira, vereadora dos Pelouros de Ação Social e Educação da Câmara Municipal de Paredes.


pENAFIEL

FERNANDA pINtO

[email protected]

méDICO pENAFIDELENSE DIStINguIDO Em ESpANHA

O penafidelense Bruno Silva, médico interno de Gastroentero-logia no Complexo Hospitalar Uni-versitário de Palência, em Espa-nha, participou, em Novembro, no XXXVII Congreso Nacional Espa-nhol de Endoscopias e viu um dos seus trabalhos de investigação distinguidos. A sua comunicação em formato poster foi premiada como a melhor do congresso entre mais de 200 trabalhos de toda a Espanha. Em Junho último, o mé-dico de 34 anos já tinha conquista-do um outro prémio no concurso de casos clínicos da Ordem de Mé-dicos de Palência.

tROCOu A gEStãO DE EmpRESAS pELA mEDICINA

Nasceu em Vila Boa de Quires, Marco de Canaveses, mas define-se como penafidelense, já que vi-veu em Croca a partir dos nove anos de idade até ir para a univer-sidade. A Medicina não surgiu como pri-meira escolha. “Quando acabei o 12.º ano, entrei no curso de Gestão de Empresas, na Faculdade Econo-mia da Universidade de Coimbra. Mas não gostava do curso e decidi mudar para não viver frustrado o resto da vida”, conta Bruno Silva.

BrUno SIlVA VIU o SeU PoSter PremIADo entre mAIS De 200 trABAlhoS

Por volta dos 21 anos, uma do-ença obrigou-o a consultas du-rante mais de dois anos. Foi nessa altura que a ideia de ser médico foi ganhando forma. “Apercebi-me do quão grato é ter uma profissão em que podes curar ou, pelo menos, melhorar a qualidade de vida de uma pessoa”, explica. Havia no entanto um gran-de impedimento: não tinha tido nem Biologia nem Química du-rante o ensino secundário. Não desistiu. Procurou alternativas e encontrou-a uma na República Dominicana onde os alunos, an-tes de ingressarem na faculdade de Medicina têm disciplinas como Biologia, Química ou Genética. Candidatou-se e ingressou na Uni-versidad Iberoamericana (UNIBE). Acabou por escolher a especiali-dade de Gastroenterologia, por gostar “mais de especialidades clí-nicas que cirúrgicas” e por “tratar-se de uma especialidade bastante completa já que combina a parte clínica (internamento e consultas externas) com técnicas (endosco-pia básica e avançada) e ecografia abdominal”. Está há dois anos e meio em Es-panha, onde conseguiu homolo-gar, mais facilmente, o seu título universitário. “Em menos de dois meses consegui a homologação, enquanto em Portugal demorava entre um ano e meio a dois anos”, justifica. Está no Complexo Hos-

pitalar Universitário de Palência, que fica a “apenas” três horas e meia de casa”.

pRémIOS DãO mOtIVAçãO ExtRA

Bruno Silva viu agora o seu traba-

lho de investigação reconhecido no Congresso Nacional de Endos-copias, evento anual para médicos de Gastroenterologia, que preten-de actualizar os médicos sobre os avanços de técnicas e tratamentos e divulgar trabalhos de investi-gação dos hospitais nacionais. O

último aconteceu este mês de No-vembro, em Saragoça, sendo que a investigação do penafidelense so-bre as vias biliares e uma técnica endoscópica inovadora, sobretu-do para pacientes com mais de 80 anos de idade, para evitar a cirur-gia (considerada de alto risco nes-sas idades) foi distinguida como o melhor poster, entre mais de 200 a concurso. O médico confessa que vencer foi uma surpresa. “Sabíamos que o estudo era prometedor, inovador e de qualidade, com poucos casos publicados, mas estávamos a com-petir com toda a Espanha, onde existem hospitais de dimensões superiores e com muito mais his-torial de investigação que o meu. No entanto, aqui fica a prova que não é necessário trabalhar num hospital grande para realizar-se excelentes trabalhos”, afirma. Em Junho, Bruno Silva já tinha também conquistado o primeiro prémio do concurso de casos clí-nicos realizado pela Ordem dos Médicos de Palência. Agora pu-blicou um caso clínico no Jornal Português de Gastroenterologia e adianta que tem um estudo qua-se terminado para ser publicado numa revista científica espanhola, além de estar a realizar outro es-tudo na área do cancro colo-rectal. “Não falta motivação” para conti-nuar a trabalhar, garante. Para já diz-se feliz em Espanha, mas diz que não descarta a possi-bilidade de ir para outro país da União Europeia ou de regressar a Portugal, onde tem as suas raízes e toda a família. “Irei fazer dois es-tágios em Portugal, um em Lisboa e outro no Porto. Terei contacto com a realidade portuguesa e aju-dar-me-ão a decidir”, conclui.

O seu poster foi considerado o melhor entre 200 a concurso

Em Junho já tinha sido distinguido pela Ordem de médicos de palência


pENAFIEL

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Livro “Sem coração” apresentado na biblioteca municipal

O escritor Miguel Miranda es-teve, no final da semana passada, na Biblioteca Municipal de Pena-fiel para a apresentação do seu livro “Sem Coração”. A apresentação do livro esteve a cargo do escritor e jornalista penafidelense Germano Silva. Miguel Miranda é médico e au-tor de vários romances, livros de contos e livros infantis. Recebeu o Grande Prémio de Conto da APE, pelo livro Contos à Moda do Porto (1996); o Prémio Caminho de Lite-ratura Policial pelo livro “O Estra-nho Caso do Cadáver Sorridente” (1997); e o Prémio Fialho de Almei-da em duas ocasiões, pelos livros “A Maldição do Louva-a-Deus” (2001) e “Todas as Cores do Vento” (2013). Foi finalista do Prémio PEN Narrativa 2012 (Todas as Cores

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Saúde da Criança28 de novembro - Penafiel

Queda de Cabelo26 de novembro - Porto

militares da gNR salvam mulher de morrer afogada

Dois militares do posto da GNR de São Vicente, em Penafiel, salva-ram, na tarde da última terça-feira, uma mulher de morrer afogada. Os guardas entraram no rio Tâmega e resgataram a vítima que, em segui-da, foi assistida pelos bombeiros e transportada para o hospital já sem correr risco de vida. A mulher foi salva pela patrulha quando tentava suicidar-se.

guARDAS FORAm buSCAR muLHER AO RIO

A mulher, de 42 anos e com filhos, estava desaparecida já há algumas horas quando o marido foi comuni-car o caso ao posto de Paredes da GNR. Nessa altura, o familiar reve-lou os impulsos suicidas da esposa, que já tinha ameaçado matar-se por várias vezes. Na última terça-feira, a mulher enviou, ao longo do

VítImA tInhA tomADo comPrImIDoS e entrADo nA ágUA Do rIo tâmegA

dia, várias mensagens de telemóvel a despedir-se dos familiares mais directos. Numa dessas mensagens, a mulher deixou entender que esta-ria nas imediações de um local que costumava frequentar juntamente com o marido: o parque de lazer de Alpendurada, no Marco de Canave-ses. Na posse desta informação, ra-pidamente uma patrulha do posto de São Vicente dirigiu-se para o local e, aí chegada, encontrou o carro da de-saparecida. Posteriormente, os mili-tares percorreram as margens do rio Tâmega à procura de sinais que pu-dessem indicar o paradeiro da desa-parecida e acabaram por encontrar a mulher. Esta já tinha tomado vários comprimidos e entrado na água para morrer. De imediato, os guardas tam-bém entraram no leito do rio e puxa-ram a vítima para terra. Em seguida, accionaram os bombeiros que, já na margem do rio Tâmega, prestaram a primeira assistência à vítima. Depois, transportaram-na para o Hospital Padre Américo, em Penafiel, onde fi-cou internada, mas já fora de perigo.

do Vento) e do Prémio Violeta Ne-gra 2014 do Festival de Literatu-ra Policial de Toulouse (Donnez Leur, Seigneur, le Repos Éternel, edição francesa de Dai-lhes, Se-nhor, o Eterno Repouso). No catálogo da Porto Editora fi-guram já os seus romances “Dai-lhes, Senhor, o Eterno Repouso”, “Todas as Cores do Vento” e “A Paixão de K”, bem como o livro de contos “A Fome do Licantropo” e “Outras Histórias”. No livro “Sem Coração”, o autor fala do roubo do coração de D. Pe-dro IV. “Dois homicídios, encapo-tados de morte natural, e o roubo do coração do rei D. Pedro IV do mausoléu da igreja da Lapa, no Porto, são o pretexto para uma nova investigação do detective privado Mário França.


pENAFIEL

utentes da misericórdia retratados em fotografias

A Santa Casa da Misericórdia de Penafiel inaugurou, no passado sábado, uma exposição fotográfica. A mostra tem a particularidade de retratar os próprios utentes da ins-tituição, que serviram de modelos para as lentes dos fotógrafos. A exposição estará patente ao público até ao próximo dia 11 de De-zembro. As portas abrem-se todos os dias entre as 15h00 e as 17h00. Para os responsáveis da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, a inauguração da exposição fotográfi-

exPoSIção eStá PAtente Até 11 De DezemBro

26 JUN 15

Em Julho, o concelho de Pare-des vai passar a contar com um Balcão de Atendimento Perma-nente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Esta valência ficará instalada na Aldeia Agrícola de Paredes e tem como objectivo proporcionar um serviço de proximidade. Recorde-se que, com a passa-gem de Paredes da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sou-sa para a Área Metropolitana do Porto, os habitantes do concelho deixaram de ter como referência o Centro de Emprego de Penafiel e os processos passaram a ser analisados pelos técnicos do Cen-tro de Emprego de Valongo.

A Câmara Municipal de Paredes e o Instituto do Emprego e Forma-ção Profissional assinaram, esta segunda-feira, um protocolo para a criação de um Balcão de Atendi-mento Permanente do IEFP na ci-dade. Esta valência, que vai fun-cionar nas instalações da Aldeia Agrícola de Paredes, será inaugu-rada em Julho. “No ano passado fomos o 7.º

concelho que mais diminuiu o de-semprego na região Norte. Este ano, tenho a convicção que vamos voltar a estar na linha da frente pelo trabalho que temos feito na captação de investimento. Mas é importante que os que se man-têm desempregados tenham pro-ximidade a um balcão de atendi-mento”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Paredes. “Somos o 27.º maior concelho do país. É difícil de entender como um concelho desta dimensão não tinha esta valência”, sustentou ainda Celso Ferreira. Presente na sessão, o delegado regional do IEFP, César Ferreira, elogiou o contributo de Paredes na resposta aos inscritos no cen-tro de emprego. “A taxa de desem-prego ainda é muito elevada mas estamos a combatê-la. O próximo passo será ajudar a encontrar melhor emprego”, afirmou. Já o presidente do IEFP, Jorge Gas-par, realçou a importância deste Instituto, que considerou ser “a mais importante instituição da administração pública portugue-sa”, por ter como destinatários toda a população e instituições portuguesas e ter uma presença “física e actuante em todo o país”. “O balcão não fará apenas atendi-mento administrativo. Vai traba-lhar com desempregados, empre-sas e jovens e recolher ofertas de emprego assim como apresentar ofertas formativas”, disse.

ALUNOS DE LORDELO COM BONS RESULTADOS NO SUPERTMATIK

Foram 20 os alunos do Agrupamento de Escolas de Lordelo que participaram nos campeonatos escolares su-perTmatik. A competição decorreu nas vertentes de cálculo mental, matemática, Ciências Natu-rais e Física e Química con-tando com a participação de milhares de alunos. No Quiz de Ciências Natu-rais (VI Campeonato) desta-que para as participações de Bárbara Pinho, do 7.º ano, que ficou em 7.º lugar; de João Pe-dro Dias, do 5.º ano, 9.º lugar e de Beatriz Rodrigues, do 8.º ano, 14.º lugar. Já no terceiro campeonato do Quis de Física e Química o aluno melhor colocado do agrupamento foi José Luís Rodrigues, do 9.º ano. Foi o sé-timo melhor da sua categoria.

MAIS DE 400 IDOSOS EM DESFILE

A Câmara Municipal de Paredes, através do Pro-grama Movimento Sénior e em parceria com o grupo Sinergias XXI (Centro Social e Paroquial de Baltar), orga-nizou, na semana passada, um desfile de marchas popu-lares de S. João nas instala-ções do quartel dos Bombei-ros Voluntários de Baltar. O projecto “Sinergias XXI” resulta de uma parceira en-tre diversas instituições so-ciais do concelho de Paredes com o objectivo de, em con-junto, planear e organizar actividades especificamente direcionadas para a comuni-dade sénior. O desfile de marchas de S. João com a participação de 420 idosos das 12 IPSS do concelho de Paredes. No final realizou-se uma sardi-nhada.

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ca promoveu “mais um dia alegre, de franco convívio e grande animação”. “Dirigentes, funcionários e amigos, quiseram associar-se à alegria que trouxe aos utentes seniores e suas famílias a inauguração duma expo-sição fotográfica onde os «actores» eram eles mesmos, os utentes. E fo-ram dezenas e dezena - enchendo por completo o Salão Polivalente – que se associaram a esta manifesta-ção. Houve música, bailado e muita, muita emoção”, descreve a institui-ção.

Para além da presença da Mesa Administrativa da Santa Casa da Mi-sericórdia de Penafiel, o evento con-tou com a participação da vereadora Daniela Oliveira.


pENAFIEL

DOENtE mENtAL NãO tEm ACOmpANHAmENtO E VIzINHOS tEmEm quE O pIOR ACONtEçA

Vítor Figueiredo, 42 anos, sofre de um atraso cognitivo e foi diag-nosticado como esquizofrénico, doenças que o impedem até de andar. Apesar da sua saúde frágil, este doente vive com um esporá-dico acompanhamento médico e nunca teve a possibilidade de fre-quentar qualquer instituição espe-cializada no tratamento deste tipo de casos. Por isso, Vítor passa os dias num pequeno apartamento do Bairro Fonte da Cruz, em Penafiel, apenas com a companhia da mãe, uma mulher a quem também já fo-ram diagnosticados problemas de alcoolismo. Várias entidades têm o caso si-nalizado, mas o certo é que este homem continua a habitar uma casa nauseabunda e a sofrer vários “ataques” que o levam a morder as próprias mãos. Os vizinhos temem que uma tragédia possa acontecer mais cedo ou mais tarde.

pASSA OS DIAS Em FRENtE à tELEVISãO

“Vitinho” foi durante muito tempo uma das figuras singulares da ci-dade de Penafiel. A residir perto do Estádio Municipal 25 de Abril, Vítor Figueiredo passava os dias junto dos jogadores do FC Penafiel, que o acarinhavam e, não raras vezes, o alimentavam. No entanto, em Dezembro de 2013, Vítor e a mãe foram, por falta de condições da casa onde viviam, realojados num dos apartamentos do Bairro Fon-te da Cruz e é aí que, desde então, habitam. Esta mudança afastou o homem de 42 anos, que sofre de esquizo-frenia e tem um atraso cognitivo fruto de um ataque de meningite em criança, da interacção social. Hoje, Vítor passa os dias em casa, sentado num sofá e em frente a

homem De 42 AnoS VIVe com mãe AlcoólIcA e chegA A morDer AS PróPrIAS mãoS Caso sinalizado por várias entidades

A Câmara Municipal de Penafiel refere que tomou conhecimento do caso de Ví-tor Figueiredo em Novembro de 2013, altura em este vivia numa casa degradada situa-da perto do Estádio Municipal 25 de Abril. Um mês depois, a família foi realojada numa das habitações municipais do Bairro Fonte da Cruz, na qual não pagam “renda, água e luz”. “Não é uma situação permanente e o senhorio já foi notificado para proceder às obras na casa antiga para que a família possa regressar para lá”, refere fonte oficial da autarquia. A mesma fonte ga-rante que a “Câmara efectuou todos os procedimentos da sua competência” ao sinalizar o caso e informar as entidades ligadas à saúde e a Segurança Social. “Também foi contacta-da a Associação Pais e Amigos Deficientes Mentais de Pena-fiel, mas não foi possível in-ternar o doente. A instituição está lotada”, revela. Já o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) con-firma que Vítor Figueiredo frequenta consultas de psi-quiatria. “A última consulta foi em Setembro e a próxima é em Maio”, frisa. Confirma ainda que este paciente deu entrada, só este ano, nove vezes no serviço de Urgência. Na última ocasião, Vítor apre-sentava ferimentos graves por ter mordido as próprias mãos e teve de ser suturado. “O caso está sinalizado pelo nosso Serviço Social. Tenta-ram interná-lo numa insti-tuição, mas não foi possível”, sustenta o CHTS. Até este momento, a Segu-rança Social ainda não res-pondeu às questões colocadas pelo VERDADEIRO OLHAR.

uma televisão. “Ele não consegue andar e arrasta-se do quarto até à sala. É no sofá que ele faz tudo, até as necessidades”, refere a mãe.

“quERIA quE mE AJuDASSEm”

Maria Orminda Magalhães, de 64 anos, foi vítima de violência doméstica e refugiou-se numa casa-abrigo. Quando voltou a Pe-nafiel, o ex-marido entregou-lhe o filho doente que “nunca esteve em nenhuma instituição” na qual desenvolvesse competências bá-sicas. Com o passar dos anos, também ela agravou um proble-ma que a afectava: o alcoolismo. Embora não o admita, e até tenha recusado submeter-se a um tra-tamento de desintoxicação, Maria Orminda consume demasiado ál-cool para ter condições para tra-tar do filho. “Um dos problemas desta família é a mãe consumir muito álcool. Ela não tem condi-ções mentais para tomar conta do filho”, refere uma das vizinhas. Os habitantes do bloco 5 do Bair-

ro Fonte da Cruz queixam-se do cheiro nauseabundo que exala do apartamento, mas temem, so-bretudo, o que pode acontecer à família. “Tememos o pior. Qual-quer dia morre alguém”, avisa uma das moradoras do prédio, que critica a falta de intervenção das entidades num caso que con-sidera “dramático”. “Eles não têm

as mínimas condições para viver sozinhos. A casa tem um cheiro nauseabundo”, salienta. Maria Orminda concorda com o cenário descrito: “O Vítor passa os dias em frente à televisão e tem de ir para o quarto de rastos, pois não consegue andar. O ideal era ele ir para uma instituição. Queria que me ajudassem”.

Associação dos Amigos do museu homenageia teresa Soeiro

com o PrémIo VAlor e mérIto A Associação de Amigos do Mu-seu Municipal de Penafiel vai, no próximo sábado, atribuir o “Prémio Valor e Mérito” de 2015, a Teresa Soeiro. Trata-se de “uma ilustre persona-lidade académica, que há mais de 40 anos se dedica ao estudo do patrimó-nio cultural do concelho de Penafiel,

tendo sido directora do Museu Mu-nicipal, durante 22 anos, entre 1985 e 2007 e fundadora da Associação de Amigos do Museu Municipal, em 1999”, refere nota de imprensa. O “Prémio Valor e Mérito” consta de um diploma e uma peça artís-tica, concedida à homenageada, em reconhecimento dos “serviços

prestados em prol da valorização do património, da cultura e turis-mo no concelho de Penafiel”. Com este galardão já foram distingui-dos José Mendes, António Barbosa de Melo e Avelina Brandão. Esta cerimónia terá lugar, pelas 16h30, no Auditório do Museu Mu-nicipal.


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pAREDES

Corrida S. Silvestre de Lousada

Para terminar o Ano Municipal do Desporto de Lousada, a vila vai ser palco da Corrida de S. Silvestre, que vai ter lugar no dia 19 de De-zembro, a partir das 17h30. As ins-crições para os dez quilómetros de extensão podem ser efectuadas até dia 15 de Dezembro, por um valor de oito euros. Em simultâneo, vai ser realizada uma Caminhada Solidária, com um percurso de seis quilómetros, cuja receita das inscrições, que é de dois euros por cada participante, rever-te a favor dos Bombeiros Voluntá-rios de Lousada. Também os mais pequenos não são esquecidos e, a partir das 16h00, tem início a São Silvestre da Pequenada, cuja inscrição é grátis. O evento é promovido pela Ha Aventuras e conta com o apoio da Câmara Municipal e Motoclube de Lousada. Para informações adicionais e inscrições deve ser utilizado o sítio da internet www.haaventuras.com.

InScrIçõeS ABertAS Até DIA 15

Lousada foi palco de acção de formação apoiada pelo Comité Olímpico

Realizou-se no sábado, a ac-ção de formação “Psicologia e Co-aching”, que teve como orador Rui Lança, licenciado em Ciências do Desporto Faculdade de Motricidade Humana, instituição na qual leccio-nou a disciplina de Educação Física. Rui Lança exerceu ainda funções de técnico na Câmara de Sintra.

“formAção De treInADoreS: PSIcologIA e coAchIng”

Esta foi mais uma actividade pro-movida pela Câmara Municipal de Lousada que contou com o apoio do Comité Olímpico de Portugal. Estiveram presentes mais de 90 pessoas, maioritariamente trei-nadores e pessoas ligadas a asso-ciações desportivas. Todas abor-daram, ao longo do dia, questões

relativas a técnicas de melhora-mento do rendimento e motivação dos atletas, bem como o comporta-mento que os treinadores devem adoptar. A importância do trabalho dos treinadores para potenciar o desem-penho físico e maior rendimento dos atletas foi outro tema discutido.

DalCapo actuam na biblioteca no sábado

No próximo sábado, a partir das 21h30, a Biblioteca Municipal, é palco do concerto de música pe-los DalCapo. O grupo tem como objectivo re-criar obras já existentes, aplicando conhecimentos musicais de forma séria e contextualizada, de manei-ra harmoniosa e envolvente. Os bilhetes para este evento po-dem ser adquiridos na Biblioteca Municipal, a partir de quatro eu-ros para adultos e três euros para estudantes. A entrada a menores de 12 anos é gratuita.

e AmI reAlIzA eVento SolIDárIo em SoUSelA

AmI pROmOVE gALA muSICAL

Já na segunda-feira, o Núcleo da Assistência Médica Internacional (AMI) de Lousada promove um espectáculo solidário. A final da Gala Musical conta com a presen-ça do grupo lousadense Rosas ne-gras e dos fadistas convidados. O evento vai ter lugar no audi-tório do Centro Social e Paroquial de Sousela, a partir das 21h30. O bilhete de entrada tem um valor de três euros.

Celebrado o “Dia Internacional das pessoas com Deficiência”

Lousada celebrou o “Dia In-ternacional das Pessoas com De-ficiência”. A primeira iniciativa decorreu no Pavilhão Municipal, com uma demonstração/experi-mentação de Parahóquei, promo-vida pela Federação Portuguesa de Hóquei. Depois, houve uma palestra so-bre o autismo, tendo como orado-ra Fátima Nunes, do Instituto de Desenvolvimento. A sessão de es-clarecimento teve como mote “Te-rapias e Práticas”, com workshop de Reiki, Ioga e Pilates. Ambas as

iniciativas realizaram-se na Bi-blioteca Municipal. O Espaço AJE recebeuu-ma outra iniciativa intitulada “Igual`Arte num Café”. Numa semana com diversas co-memorações, o Dia Internacional do Voluntariado também mere-ceu destaque com um Passeio dos Voluntários que estão a apoiar instituições lousadenses. Já no sábado, data oficial da comemo-ração, realizou-se um jogo da Se-leção nacional de Parahóquei, no Complexo Desportivo.


LOuSADA

Jangada teatro leva a palco “3 porquinhos” e um “patinho Feio”

É o regresso do denomina-do fenómeno ‘2 em 1… teatral’. O mesmo é dizer que no início do próximo mês de Dezembro vão estar em cena duas das peças que mais sucesso fizeram junto do público infanto-juvenil e familiar e que têm a chancela artística da Jangada Teatro: 3 Porquinhos e Patinho Feio.A peça “3 Porquinhos”, um mu-sical que andou a itinerar por diversas paragens geográficas e fez as delícias de muita gente, vai estar disponível ao público lousa-dense em duas datas distintas. O palco do Auditório Municipal de Lousada acolherá o retorno da peça no próximo dia 8 de Dezem-bro, terça-feira, dia feriado, pelas 16h00. No dia seguinte, 9 de De-zembro, a companhia fará nova

VárIAS DAtAS mArcADAS PArA o AUDItórIo mUnIcIPAl De loUSADA

FiCHa TÉCniCa/”3 porquinhos”dramaturgia e encenação: Luiz Oliveirainterpretação: Luiz Oliveira, Rita Calatré e Vítor FernandesMúsica original e pianista: Ricardo Fráguas Coreografia: Hugo RomanoBonifrates e Figurinos: Susana MoraisConceção plástica: Fernando Mo-reiraCenografia: Xico AlvesGénero artístico: Teatro musical com marionetasClassificação etária: M/4 duração: 50 min.

FiCHa TÉCniCa/”patinho Feio”dramaturgia e encenação:Luiz Oliveirainterpretação: Luiz Oliveira, Rita Calatré e Vítor FernandesMúsica original e pianista: Ricardo FráguasFigurinos: Susana Morais Cenografia: Xico AlvesGénero artístico: Teatro musical com marionetasClassificação etária: M/4duração: 50 min.

apresentação, no mesmo local, mas neste caso às 14h30. Tam-bém o concelho de Famalicão vai receber o espectáculo no dia 14 do próximo mês (segunda-feira), nas instalações do Salão Paro-quial de Gavião. O roteiro teatral dos “3 Porquinhos” prossegue na Casa das Artes de Felgueiras, no dia 16, e em Brito, Guimarães, 17 de Dezembro.Esta versão, de uma obra que já é vista como um clássico, tem como alicerce narrativo cinco bonifrates que interpretam as personagens principais: uma porca, três porquinhos e, para que o ramalhete fique completo, impõe-se também a existência de um lobo. A estes cinco elementos adicionam-se outras quatro per-sonagens que representam o ser

humano, em contracena directa, actor e ser inanimado. “3 Porquinhos” é assim, e na es-sência, um divertido musical onde as irreverentes marionetas vêm mostrar que a inteligência pode vencer a força. O piano, as marionetas e as vozes ao vivo ganham destaque na sobriedade das linhas cenográficas. O Patinho Feio, por seu turno, já viajou para regiões mais longín-quas ainda, fez parte da apos-ta na internacionalização que a companhia tem vindo a preconi-zar desde os primórdios da sua existência (1999) e foi represen-tada em Macau, em Março des-te ano, no âmbito de um convite formulado por agentes culturais daquele território (a companhia tem vindo a mostrar o respecti-

vo trabalho cénico-dramatúrgico em países como Lituânia, França, Espanha, Estados Unidos, México e Brasil).O calendário de apresentações desta peça é extenso: no dia 13 estarão em cena no Auditório Mu-nicipal de Lousada às 16h00; no dia 19 (sábado, às 11h00, às 15h00 e às 17h00) e dia 20 (domingo, às 10h00 e às 16h30), estarão no Theatro Circo, uma das mais míti-cas salas de espectáculos do País, em Braga.

A peça é inspirada no univer-so da banda sesenhada, onde se fundem pictoricamente o 2D das marionetas com o 3D dos actores, numa simbiose perfeita com a música e o canto ao vivo.”Deve realçar-se que estas duas peças se inserem na dinâmica de trabalho que a Jangada Teatro tem vindo a emprestar ao panorama teatral nacional e internacional ao longo dos seus quinze anos de exis-tência, que se comemoram precisa-mente no presente ano de 2015.


LOuSADA

REgIãO é A úNICA DO pAíS A tER um pLANO DE DESENVOLVImENtO SOCIAL

A Câmara Municipal de Lou-sada foi o palco da reunião da Plataforma Territorial Supra-concelhia do Tâmega. O encontro contou coma presença do diretor adjunto da Segurança Social do Centro Distrital do Porto, Ângelo Oliveira.Na sessão de abertura, altura em que foi apresentado o Plano de Desenvolvimento Social (PDS) Supraconcelhio 2020, a verea-dora da Acção Social da Câmara de Lousada, Cristina Moreira, começou por destacar que “o do-cumento apresentado é único e surge como junção do trabalho das Redes Sociais de cada um dos 11 municípios e tem a duração de seis anos”. Este Plano de Desenvolvimento Social Supramunicipal é único no país e tem na sua base, para além do trabalho das Redes Sociais, o Plano de Acção para a Emprega-bilidade da Comunidade Intermu-

DocUmento foI APreSentADo em loUSADA DUrAnte reUnIão DA PlAtAformA terrItorIAl SUPrAconcelhIA Do tâmegA

tRIbuNAIS DE LOuSADA E pAçOS DE FERREIRA EVACuADOS DEVIDO A AmEAçA DE bOmbA

Os tribunais de Lousada e Pa-ços de Ferreira foram, na manhã da última segunda-feira, evacu-ados devido a uma ameaça de bomba. A Equipa de Inactivação de Explosivos da GNR foi accio-nada e, depois de realizar buscas exaustivas a ambos os edifícios, concluiu que se tratava de uma falso alarme. Devido a este episódio, todas as diligências judiciais marcadas para Lousada e Paços de Ferreira foram canceladas.

CHAmADA pARA CENtRAL tELEFóNICA ObRIgOu A EVACuAR OS DOIS tRIbuNAIS

Segundo o VERDADEIRO OLHAR apurou, o alerta para a existência de uma bomba foi realizado logo pelas 9h00 da manhã da passada segunda-feira. A ameaça foi efectuada anoni-mamente através de um telefonema. Telefonema esse que foi atendido

gnr confIrmoU qUe Se trAtAVA De Um fAlSo AlertA

através de uma central telefónica que serve os tribunais de Lousada e de Paços de Ferreira. E como o autor da ameaça não especificou em que tribunal estava colocada a hipotéti-ca bomba, as autoridades decidiram evacuar os dois edifícios. Assim, to-das as diligências judiciais marcadas para esta segunda-feira foram can-celadas. Tal como é hábito neste tipo de si-tuações, a GNR accionou a sua Equi-pa de de Inactivação de Explosivos que, em primeiro lugar, efectuou uma busca no Tribunal de Paços de Ferreira. Ao final da manhã, o traba-lho dos militares permitiu afastar a possibilidade da existência de qual-quer engenho explosivo. Depois de Paços de Ferreira, os mesmos especialistas rumaram para o Tribunal de Lousada, onde proce-deram aos mesmos procedimentos que, tal como em Paços de Ferreira, confirmaram que se trava de uma falsa ameaça. Todas as operações da GNR foram acompanhadas por elementos das corporações de bombeiros de Paços de Ferreira e de Lousada.

nicipal do Tâmega e Sousa (2020). Os objectivos passam pelo orde-namento territorial, diagnósticos dos maiores problemas e as solu-ções apontadas.

O PDS Supramunicipal é resulta-do do trabalho de 400 actores de todas as áreas, desde a económi-ca à social, tendo como missão funcionar como um conjunto de

linhas orientadoras.Segundo Ângelo Oliveira “é im-portante que todos os interve-nientes deste projecto tenham a capacidade de conjugar esforços”.

“Apoiar a região nesta missão de implementação do PDS Supra-municipal é, sem dúvida, melho-rar as condições da população”, acrescentou.


LOuSADA

ALbANO tEIxEIRA tOmOu pOSSE COmO COmANDANtE DOS bOmbEIROS DE LOuSADA

Albano Teixeira tomou posse como comandante dos Bombei-ros Voluntários de Lousada. A cerimónia decorreu no final da semana passada e contou com a presença de responsáveis das muitas corporações do distrito do Porto, que não quiseram dei-xar de elogiar as qualidades de um especialista em protecção ci-vil que esteve prestes a emigrar para escapar ao flagelo do de-semprego. Só o convite da direc-ção da associação humanitária lousadense para serenar um cor-po activo em convulsão impediu que Albano Teixeira abandonasse o país. Agora, direcção e comando ga-rantem que estão unidos na con-cretização dos principais objecti-vos da corporação.

ESCOLHIDO pARA tERmINAR COm CONVuLSãO

A história é conhecida e já foi con-tada nas páginas do VERDADEIRO OLHAR. Em Abril do ano passado, 58 bombeiros exigiram a demissão do comandante Miguel Pacheco e pediram a passagem ao quadro de inactividade. A convulsão foi de

PeríoDo contUrBADo DA corPorAção lemBrADo nA cerImónIA qUe DecorreU no fInAl DA SemAnA PASSADA

um ESpECIALIStA quE IA EmIgRAR

A lbano Teixeira é um espe-cialista em protecção civil que o país esteve quase a perder. Sem emprego, o ex-comandan-te dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã esteve quase a emi-grar para o Congo e só o convi-te da corporação de Lousada o impediu de viajar. Na cerimó-nia de tomada de posse, todos garantiram que a continuida-de de Albano Teixeira nos bom-beiros é uma mais-valia ímpar. “Com o currículo que tens não podes falhar”, afirmou o vice-presidente da Liga de Bombei-ros, José Miranda.

COmANDANtE AOS 34 ANOS

Albano Teixeira nasceu em Vila Meã há 42 anos e foi na corporação desta terra que, aos 14 anos de idade, entrou em contacto com a realidade

dos Bombeiros. Foi o pai, tam-bém bombeiro, que lhe incutiu o gosto que fez com que, ao longo dos anos que se segui-ram, acumula-se conhecimento na área do socorro. Em 2003, tornou-se formador da Escola Nacional de Bombeiros na área de salvamento e desencarce-ramento e com apenas 34 anos de idade foi empossado coman-dante dos Bombeiros Voluntá-rios de Vila Meã, cargo que lhe permitiu integrar os órgãos sociais da Federação dos Bom-beiros do Distrito do Porto du-rante dois mandatos e o Esta-do-Maior do Comando Distrital de Operações de Socorro entre 2008 e 2014. Licenciou-se ainda em Engenharia de Protecção Civil. “Quando tinha feito dois anos do curso, quase tudo se desmorona. Fico sem emprego, com dois filhos para sustentar

e com compromissos para fazer face. Mas nesta altura, senti a importância da família que não me deixou desistir”, explicou Albano Teixeira na tomada de posse. Mesmo licenciado, Albano Teixeira viu-se forçado a aban-donar o comando da corpora-ção de Vila Meã, pois a única solução para escapar ao flage-lo do desemprego passava pela emigração. “Tinha duas opções: ou continuava comandante fora do país ou saía para bem do corpo de bombeiros e para não comprometer a sua missão em função da minha ausência”, ex-plicou. A viagem para o Congo esta-va prestes a acontecer quando o convite de Antero Correia fez com que os bombeiros portu-gueses mantivessem o especia-lista.

tal ordem que levou à demissão da direcção e à marcação de eleições, das quais emergiu uma equipa li-derada por Antero Correia. Duran-te os primeiros meses, a estrutura directiva manteve Miguel Pacheco em funções, mas acabou por de-cidir mudar de comandante. “Era necessário e muito importante

pôr termo a um conflito entre cor-po activo e comandante à data e, sobretudo, proteger o bom nome desta associação”, recordou, na sexta-feira da semana passada, Antero Correia. O actual presiden-te agradeceu, neste contexto, a Mi-guel Pacheco “o facto de ter contri-buído para que, numa situação de

conflito latente, a situação fosse solucionada da melhor forma”. A escolha de Albano Teixeira para comandante surgiu, assim, num ambiente conturbado que Antero Correia assegura estar ultrapassado. “Estamos todos unidos e imbuídos do mesmo es-pírito. Todos temos os mesmos

objectivos, todos queremos o melhor e o melhor é um corpo de bombeiros pronto e eficaz para cumprir a sua missão em todos os casos, em todos os cenários e todos os dias”, disse.

“Só FAz FALtA quEm Cá EStá”

No discurso de tomada de pos-se, também Albano Teixeira fez questão de fazer uma referência ao passado recente para lembrar a necessidade da união de todos os elementos. “Ficava bem aqui dizer e falar em disciplina, mas a disciplina que eu empenharei será aquela que vocês merece-rem e quiserem que eu empregue. Quero uma casa só, uma família, todos por um só objectivo”, afir-mou. O novo comandante de Lousada deixou ainda elogios aos “guer-reiros” da corporação. “Quero ser um guerreiro convosco e lutador em todas as missões em que esti-vermos presentes. Qualidade te-mos muita, competência também e vamos caminhando a caminhar. Só faz falta quem cá está, aqui não há supra nem super bombei-ros qua acham que fazem falta. Aqui há homens e mulheres por uma causa, a causa de ser bom-beiro pelo bem. E esses eu quero-os ao meu lado”, acrescentou.


LOuSADA

DIA INtERNACIONAL DA ANImAçãO Em LOuSADA

No passado dia 28 de Novem-bro assinalou-se o Dia Interna-cional da Animação e Lousada associou-se às comemorações com acções nas escolas. Desta forma, a Escola Básica e Secundá-ria de Lustosa foi o primeiro local a receber a actividade Panorama Infantil “Sensibilizar e Divertir”, durante a qual os alunos tiveram a oportunidade de visualizar di-versas curtas-metragens. Esta acção foi promovida pela Casa da Animação do Porto e teve como finalidade sensibilizar os mais novos, no caso alunos do 2.º ciclo, para a diversidade cultural e pluralidade de formas, técnicas e registos no mundo da anima-ção, ao mesmo tempo que se di-vertiram. As mini-oficinas de cinema de animação foram outra das ver-tentes que estiveram enquadra-das na Festa da Animação que se desenvolveu em cada um dos quatro agrupamentos. Nesses es-paços realizaram-se diversas ac-ções em que foram desenvolvidas as técnicas de pixilação e substi-tuição de objectos. A fase seguinte da actividade passa por uma visita à Casa Museu de Vilar, em data ainda a designar, e tem como tema “Portas Abertas na Casa Museu de Vilar”, que pretende envolver os alunos que participa-ram nas mini-oficinas.

“umA bIbLIOtECA à mEDIDA DOS SEuS SONHOS”

AUtArqUIA, cASA mUSeU De VIlAr e cASA DA AnImAção

Actividades à quarta-feira para diversos públicos

A Biblioteca Munici-pal está a desenvolver um conjunto de actividades para públicos distintos às quartas-feiras. Pelas 9h30 e 14h30, a Biblioteca tem como proposta de activida-de oficinas cujo tema é rela-tivo a “Memórias e literacia digital”. São ateliês de lite-racia digital aliados à reva-lorização das memórias das pessoas, especialmente re-lativas ao quotidiano local. Esta actividade tem como principais destinatários os seniores e desemprega-dos que se interessem pelo tema.

ExpOSIçãO E pALEStRAS SObRE “mAIS umA VIAgEm…DE muItAS”

No seguimento da exposi-ção intitulada “mais uma viagem…de muitas”, que está patente na Biblioteca até ao final deste mês, rea-lizou-se uma palestra. Esta iniciativa decorreu no dia 12 de novembro, e, através de Rita Carvalhas, abordou-se o tema “Arte comida? Co-mida arte?” . A exposição e palestra tiveram como des-tinatários principais estu-dantes do ensino secundá-rio e universitários.

movimentos Seniores e reclusos

Os Movimentos Seniores são outra presença assídua na Biblioteca e, nos últimos cinco anos, a Biblioteca disponibiliza um serviço de animação contí-nuo e regular adequada a esta faixa etária. “Liberdade para criar” é o nome de um projecto que está a ser desenvolvido no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, com visitas mensais que visam desenvol-ver atividades de leitura e es-crita com os reclusos.

pROJEtO INtERNACIONAL “EpubLISHER”

A Biblioteca estabelece ainda parceria com instituições liga-das à educação e à cultura de nível nacional e internacional.

“Epublisher” é o nome do pro-jecto europeu que o Município integra, em parceria com ins-tituições sediadas nas cidades de Vílnius, na Lituânia, Cracó-via, na Polónia e Lieto As, na Finlândia. O projecto pretende contribuir para o desenvol-vimento público, através da promoção de formas inovado-ras de publicação de poemas, facilitando assim o seu acesso e ajudando os poetas profis-sionais e amadores a alargar o seu público-alvo. Este projecto contempla a criação de uma plataforma in-ternacional e multilingue para poetas profissionais e amado-res e a promoção de eventos nacionais sobre poesia, entre outros.

Em festa esteve também a Biblio-teca Municipal de Lousada, que comemorou 12 anos de activida-de nas instalações actuais. As ce-lebrações contaram com um pro-grama recheado de actividades e iniciativas. Ao longo dos anos a Biblioteca Municipal tem desenvolvido vá-

rios projectos diferenciados, en-volvendo todas as faixas etárias da população. Assim, o sector da Animação, por solicitação dos estabelecimentos de ensino, no-meadamente escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância, dinamiza sessões de animação da leitura, horas do conto, oficinas de artes plásticas e outras actividades

de complemento das actividades lectivas, realizadas nas bibliote-cas escolares. Nas paragens lectivas e nas férias de Verão o número de uti-lizadores aumenta significativa-mente e os mais novos desenvol-vem, ao longo do dia, actividades lúdico-pedagógicas diversifica-das.


OLHAR (Im)pARCIAL

Volvidos dois anos, portanto metade do man-dato autárquico, é hora de se fazer um pequeno balanço do trabalho de quem exerce funções, assim como das oposições, que têm igualmente um papel preponderante no serviço da demo-cracia representativa. Não me causa, nem causará qualquer proble-ma, como de resto tenho feito por diversas vezes, enaltecer o que de bom é feito, pelo poder em funções, e em particular ao lon-go destes dois anos de mandato. Regista-se com agrado, a requalificação da zona industrial de Recezinhos, a par-ceria com o operador turístico de molde a proporcionar a vinda de turistas ao conce-lho, ainda que seja apenas ao museu mu-nicipal, eventos como a Escritaria, e outros marcadamente positivos. A política deve ser feita sempre pela po-sitiva, e acima de tudo os agentes políticos devem ter a dimensão de elogiar o que se faz bem, sem prejuízo de se criticar ou opi-nar (apresentando sugestões), relativa-mente ao menos bem conseguido. E na verdade, além do que se fez e fará de positivo, assusta particularmente assistir-mos a um populismo e a uma incoerência de tal forma inusitada de declarações pú-blicas que servem apenas para “inglês ver”. Quando se afirma que Penafiel, é o conce-lho classificado em sétimo lugar no que tan-ge ao investimento, era bom que se dissesse também que Penafiel, é o concelho da região e do distrito que pior paga aos seus fornece-dores municipais. Aliás, figura no leque ao nível nacional, dos concelhos que mais tempo demora a honrar os seus compromissos, o que levou até os vereado-

res do PS a apresentar uma proposta que a coli-gação com o voto de qualidade do presidente da CMP chumbou, para que se pagasse doravante aos fornecedores a 30 dias. Assusta-nos também assistirmos a inves-timentos que este executivo fez, que em nada contribuíram numa altura de crise é bom que se

diga para o nosso bem-estar coletivo. É inadmissível e de todo inaceitável, que se façam investimentos de milhares de euros na renovação do parque automóvel da presidên-cia e vereação, numa altura em que a maioria dos autarcas é comedido e cada vez menos faustoso nesse domínio. Mas em Penafiel, é precisamente o contrário.Fazer-se investimentos que se cifram em avul-

tados milhares de euros, numa peça escultórica, onde a relação custo beneficio, pura e simples-mente não tem retorno, são atos de gestão pou-co cuidada. Assistimos em Penafiel, ao facto de ser o concelho que mais usa e abusa dos ajustes diretos, denotando uma gestão pouco rigo-

rosa e pouco criteriosa. Para que os nossos leitores tenham noção, desde que este executivo tomou posse, os ajustes diretos atingiram níveis nunca vistos compara-tivamente com o passado, o que leva qualquer cidadão a questionar-se, por que razão em Pe-nafiel, o procedimento que é exceção, se tornou regra? Trata-se de uma importantíssima questão à

qual os eleitos em funções, ainda não consegui-ram dar resposta. Por tudo isto, quem gere uma câmara que usa e abusa dos ajustes diretos, que paga tar-diamente aos fornecedores, que faz obras cirúr-gicas em apenas parte das freguesias, deve ser mais comedido nas análises que faz à sua pró-

pria gestão. Há coisas que não basta ser... é preciso parecer... E em Penafiel, é preciso que seja e pareça que se tratem todos por igual, que todos tenham igualdade de oportunidades, que todos possam contratar com a edilidade, que todos recebam da mesma forma, que todos em suma sejam mesmo iguais.

SER E pARECER...

Consta da ATA da Assembleia da Freguesia de Cête de 12 de Dezembro de 2014, há quase um ano, que foi aprovada a realização de uma auditoria às contas daquela Junta de Fregue-sia. A proposta foi da iniciativa dos elementos eleitos pelo PS que se encontram em minoria na referida assembleia. Mais ficou claramen-

cidamente competente na sua área foi a quem recorreram. A sua afinidade politica facilitaria a abordagem e, tanto quanto se saiba, os polí-ticos não estão obrigados a não aplicarem os seus conhecimentos profissionais na ativida-de politica que exerçam. Pelo contrário seria estranho que o não fizessem. Sabendo que ter-

reno pisa e a qualidade dos seus adversários, o Dr. Alexandre Almeida recusou tal tarefa. Mas não recusou a ajuda pedida e recomendou uma outra colega da mesma profissão. Escolhida a auditora, submeteram o seu currículo pro-fissional à avaliação do executivo da Junta de Freguesia. Do currículo apresentado, como é

habitual, constavam as qualificações da profis-sional e os locais onde exercia a sua atividade. A auditora foi aprovada pelo senhor Presiden-te da Junta de Cête, na condição que o traba-lho fosse realizado na sua presença. Depois de se ter iniciado a avaliação das contas e de se terem recolhido as primeiras informações o

senhor Presidente da Junta, suspende a audi-toria justificando que essa foi a recomendação da Câmara Municipal de Paredes. Apesar de ter sido uma proposta legitimamente aprova-da pela Assembleia de Freguesia a auditora proposta, aprovada e contratada para realizar aquela tarefa suspendeu os seus trabalhos.

Perante esta decisão da Junta de Freguesia, os membros da Assembleia que tinham pro-posto a auditoria solicitaram que lhes fosse permitido, aos próprios, continuar a tarefa de avaliação da contabilidade dos últimos anos, o que lhe foi concedido. Apesar de se tratar de algo pouco comum e envolvendo várias pesso-

as a discrição foi mantida durante quase um ano. O resultado dessa avaliação ape-nas seria apresentado na Assembleia de Freguesia e esta decidiria o que fazer em seguida. Tanto quanto sabemos, seria um assunto a ser abordado na próxima As-sembleia de Freguesia de Dezembro. Afinal toda a discrição e cautela foram postas em causa perante a ruidosa pu-blicitação efetuada por um dos jornais locais, afeto ao PSD. A forma como a no-tícia é publicitada e a tentativa de criar um facto político, acusando o Dr. Ale-xandre Almeida de falta de ética, aguça mais o apetite de conhecer o resultado da referida auditoria. Perante o alarido levantado, tentando desviar a atenção do essencial – as contas de Cête – para a pessoa do Dr. Alexandra Almeida, assu-mido candidato à Câmara Municipal de Paredes em 2017, pretendeu-se matar dois coelhos com uma pancada só. É evi-

dente que se pretende minimizar as irregu-laridades que parecem existir nas contas da Junta de Freguesia de Cête e atingir a inte-gridade e o profissionalismo do Dr. Alexandre Almeida, forte opositor a todos os potenciais candidatos do PSD à Câmara de Paredes em 2017. Mais palavras para quê…

é NECESSáRIO REpOR A VERDADE

te expresso que seriam os proponentes quem deveria apresentar um técnico competente e sem custos para a Junta, uma das condições impostas para que todos aceitassem a audi-toria. Naturalmente que solicitaram ajuda a quem os podia ajudar. O Dr. Alexandre Almeida, revisor oficial de contas, profissional reconhe-

JOSé bAptIStA pEREIRA

membro de Assembleia municipal de Paredes pelo PS

ANDRé FERREIRA

Vereador eleito pelo PS na câmara municipal de Penafiel


OpINIãO

JOSé mARIA C. S. ANDRé

Professor no Instituto Superior técnico da Universidade de lisboa

Diante de uns milhares de pa-dres, em Roma, o Papa Francisco reconheceu que era difícil acompa-nhar todo o magistério eclesiásti-co e que importa sobretudo captar os grandes temas de cada época. E, nos nossos dias – explicou-lhes Francisco –, sobressai o anúncio da misericórdia de Deus. Sempre foi central, mas agora mais. Em Outubro de 1937, Deus con-fiou esta mensagem à freira Maria Faustina Kowalska. João Paulo II assumiu o conteúdo dessas reve-lações, canonizou esta freira, ins-tituiu o Domingo da Misericórdia e

A pORtA

deu um cunho especial ao pontifi-cado, que se nota particularmente na Encíclica «Dives in misericor-dia» ([Deus] Rico em misericórdia). Bento XVI prosseguiu na mesma linha, logo desde a sua Encíclica programática «Deus caritas est» (Deus é amor) e Francisco comen-tou que se limita a seguir os seus predecessores. Contrariando um pouco a hu-mildade do Papa, parece-me que há mais do que uma herança ma-ravilhosa recebida dos antecesso-res. Quando Deus foi buscar o Car-deal Bergoglio à longínqua cidade

de Buenos Aires, ele já trazia este lema, como chave do seu ministé-rio de bispo e agora de Papa: «Mi-serando atque eligendo». A frase (que se traduz por «olhando com misericórdia e escolhendo-o») sig-nifica que a vocação é um olhar de misericórdia. É um convite à conversão, a ser perdoado. Qua-tro dias depois da eleição, numa homilia sobre a conversão e o sa-cramento da Confissão, Francisco declarou: «A mensagem de Jesus é a misericórdia. Na minha opinião, digo-o humildemente, é a mensa-gem mais forte do Senhor».

Estas observações não se ex-cluem. As revelações de Santa Faustina Kowalska são para le-var a sério, os ensinamentos de João Paulo II e de Bento XVI têm grande valor e é evidente que a sensibilidade de Francisco joga um papel importante no progra-ma da Igreja para o próximo ano: «Pensei muito em como a Igreja poderia tornar mais evidente a sua missão de testemunhar a mi-sericórdia. Este caminho começa com a conversão espiritual. Por isso quis instituir um Jubileu extraordinário, centrado na mi-sericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia». Antiquado? Francisco encolhe os ombros: «Com convicção, po-nhamos novamente o sacramento da Reconciliação no centro, por-que permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia». João XXIII e Paulo VI colocaram o Concílio Vaticano II sob o man-to de Nossa Senhora e Francisco quer fazer exactamente o mesmo. O Concílio conclui-se na festa da Imaculada Conceição e o Ano da Misericórdia abrirá nessa mesma festa. A Imaculada é o projecto inicial de Deus, que nos sonhou imacu-lados, puros, cheios de beleza, no corpo e na alma. O pecado de Adão e Eva e os nossos pecados man-

charam essa beleza, mas o pecado nunca tem a última palavra. Ao es-colher a festa da Imaculada Con-ceição, Francisco quer mostrar que cada um de nós tem de ir, como Nossa Senhora, ao encontro do so-nho original de Deus. Ela leva-nos a ser perdoados, a recuperar a be-leza. Explica o Papa: «O Ano Santo abrir-se-á no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. Deus não quis abando-nar a humanidade à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria san-ta e imaculada no amor, para que se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a ple-nitude do perdão». Este ano vai ser a festa do per-dão. Perdoar e ser perdoados. «Bem-aventurados os misericor-diosos! – disse Jesus – porque al-cançarão misericórdia». Cada um a alcança na medida em que per-doar e acompanhar os que preci-sam de apoio. A partir desta terça-feira, 8 de Dezembro, na basílica de S. Pedro e em todo o mundo, a porta da mise-ricórdia ficará escancarada o ano inteiro, convidando os homens a abrirem o coração. Nossa Senhora está nesse caminho, porque ela é a «porta do céu», como lhe chama a liturgia.

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442.ª EDIçãO

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EDItORIAL

alinhamentosos exames são todos maus? Parecia que o novo Ministro da Educação ainda mal sabia o caminho para o seu novo gabi-nete e já estava tomada a primeira me-dida que envolvia o seu ministério: aca-bar com os exames nacionais no 4.º ano de escolaridade. E tudo isso se resolveu sem debate público nem qualquer estu-do que alicerçasse uma tal decisão e sem ouvirmos, sequer, a opinião do Ministro sobre o assunto. Simplesmente, acabou-se com os exames, para fazer a vontade ao PCP e ao BE. A Fenprof exultou de ale-gria e não houve mais comentários.

Confesso que me preocupa que no meu país se tomem decisões em matérias es-truturais do sistema educativo com esta ligeireza. Não tenho informações sufi-cientes para concluir se os exames do 4.º ano do 1.º ciclo são bons ou maus para o sistema educativo. Acredito até que existam fortes argumentos tanto contra como a favor da manutenção dos exames. Mas uma coisa é acabar com os exames que têm influência na nota final dos alu-nos e outra é deixar de haver qualquer tipo de avaliação no 1.º ciclo, uma vez que a medida aprovada no Parlamento elimina o exame final e não repõe as pro-vas de aferição (que não contavam para a nota final).

Não é possível aplicar políticas públicas de educação sem haver um controlo dos resultados finais. E isso só é possível se existir avaliação. Importa recordar que é esse tipo avaliação que permite a Por-tugal ser avaliado internacionalmente pelo PISA da OCDE.

Não há sucesso escolar sem avaliação, conte ou não para a nota final. A avalia-ção é um instrumento que permite perce-ber as dificuldades de aprendizagem dos alunos e corrigi-las, ajuda os professo-res a darem um melhor apoio aos alunos e, acima de tudo, permite ir adaptando as políticas de educação à realidade do país. Ao abdicar da avaliação, o PS está a

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SugEStãO DE LEItuRA

ceder de forma perigosa ao PCP, ao BE e, acima de tudo, à Fenprof, que, infelizmen-te, já demonstrou centenas de vezes ser o seu interesse maior a classe profissional que representa, e não os alunos. Resta esperar, portanto, que o novo Ministro da Educação consiga pôr travão a estes dis-parates parlamentares.


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pENAFIEL INAuguROu áRVORE DE NAtAL COm 15 mEtROS DE ALtuRA

Penafiel inaugurou, na passada terça-feira, o programa “Penafiel Ci-dade Natal”, do qual se destaca uma árvore de natal com cinco toneladas e 15 metros de altura. A árvore está situada no Largo Padre Américo, em frente à Igreja da Misericórdia, e a iluminação de Natal, que também faz parte do programa, pode ver-se nos principais acessos à cidade. O objectivo, diz a autarquia, é “animar o comércio local, turistas e cida-dãos, com muita luz, cor, música e um vasto programa de animação”.

bEbIDAS quENtES DIStRIbuíDAS pELAS RuAS DA CIDADE

PrIncIPAIS rUAS eStão IlUmInADAS neStA AltUrA Do Ano

pENAFIEL

Das actividades natalícias fazem ainda parte a actividade “mimo de Natal”, que prevê a distribui-ção, nas ruas da cidade e nos es-tabelecimentos comerciais, de bebidas quentes, por hospedeiras vestidas de Mãe Natal, música de rua, comboio mágico, presépios de rua e muitos divertimentos. Para Antonino de Sousa, pre-sidente da Câmara Municipal de Penafiel, “Penafiel continua a ser a Cidade Natal, repleta de muita iluminação e actividade”. “Este ano contamos com uma novida-de, uma árvore de Natal com 15 metros de altura que embeleza o espírito natalício e este espaço

magnífico, o Largo Padre Améri-co. Espalhado pela cidade temos também as casas do Pai Natal, presépios, música, cantares e um “miminho” que queremos ofere-cer a todos aqueles que visitam a cidade. A actividade “mimo de natal” vai contar com hospedei-ras devidamente vestidas de Mãe Natal que vão oferecer chá quen-te e chocolate quente a todos que nos visitam. O convite está feito, venham a Penafiel, cidade natal, nesta época natalícia e terão, certamente, uma visita agradá-vel, confortável e seguramente inesquecível”, acrescentou o pre-sidente da Câmara Municipal.

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